Em um post anterior tratei da questão da necessidade de aferição da verdade por trás das divulgações da mídia. Ou seja, da mesma maneira que o “direito divino” dos reis foi disputado e descartado como uma falácia há alguns séculos, devemos, nos nossos tempos, exercer discernimento e rejeitar a ditadura da mídia. Proposições não se tornam verdade só por serem publicadas e não existe sanção ou direito divino da mídia de publicar qualquer coisa sem que primeiro se verifique a veracidade dos fatos.
Mas o que dizer da censura? Qual deve ser nossa posição perante esse fantasma, sempre contraposto à “liberdade de expressão”? A visão generalizada é a de que censura significa repressão, perda de liberdade. Nesse pensamento, qualquer coisa, qualquer tema, por mais amoral ou destrutivo que seja à sociedade pode ser impresso e divulgado e ai de quem ouse afirmar que deveriam existir controles e proteção a segmentos dessa mesma sociedade. Sob a bandeira da liberdade política, ou de ação, preserva-se a liberdade da disseminação da promiscuidade e de toda queda de princípios morais universalmente reconhecidos – aqueles que procedem e foram estabelecidos pelo próprio Deus, quer de forma objetiva e propositiva nas Escrituras (Sl 119.4, 142 e 128), quer aqueles impressos nas mentes das pessoas – naquilo que chamamos de consciência (Ro 2.14-15).
Mas o que dizer da censura? Qual deve ser nossa posição perante esse fantasma, sempre contraposto à “liberdade de expressão”? A visão generalizada é a de que censura significa repressão, perda de liberdade. Nesse pensamento, qualquer coisa, qualquer tema, por mais amoral ou destrutivo que seja à sociedade pode ser impresso e divulgado e ai de quem ouse afirmar que deveriam existir controles e proteção a segmentos dessa mesma sociedade. Sob a bandeira da liberdade política, ou de ação, preserva-se a liberdade da disseminação da promiscuidade e de toda queda de princípios morais universalmente reconhecidos – aqueles que procedem e foram estabelecidos pelo próprio Deus, quer de forma objetiva e propositiva nas Escrituras (Sl 119.4, 142 e 128), quer aqueles impressos nas mentes das pessoas – naquilo que chamamos de consciência (Ro 2.14-15).
O que acontece com esse assunto, na realidade, é que estamos sendo constantemente bombardeados com pelo menos duas falácias pelos meios de comunicação:
(1) Cada um de nós decide o que é bom, válido e correto para nossa pessoa e família, conseqüentemente qualquer forma de censura é errada, pois temos de nos expor a tudo para então tirarmos nossas próprias conclusões.
(2) Não temos o direito de impingir nossas conclusões ao próximo, conseqüentemente todas as coisas são permissíveis nos meios de comunicação, para reservar a "liberdade de expressão".
Essas afirmações são enganosas, porque são “meias verdades”. Nas questões não morais, o cristão poderia até aceitar esse raciocínio (exemplo: o que comer, conforme o desenvolvimento e diretrizes de Paulo sobre esses assuntos em Romanos 14 e 15), mas na realidade não é o homem, mas a Bíblia que estabelece os padrões morais de Deus, a distinção entre o certo e o errado.
O Salmo 19.7-9 nos mostra a realidade e a excelência da Lei de Deus. É verdade que temos no meio dos cristãos toda uma geração enfraquecida pela falta de entendimento e rejeição dessa Lei, mas a Palavra de Deus constantemente nos alerta para que não sejamos enganados:
Não vos enganeis...
- 1 Coríntios 6.9,10: “... nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus”. No entanto enquadram-se nessa condenação não somente o conteúdo da maioria dos programas de televisão que invadem os nossos lares, como também vários de seus autores – principalmente das novelas. Notem a constância com que elas impingem personagens travestidos, grotescamente procurando passar a idéia de que isso é algo não somente presente na sociedade, mas também algo natural e desejável.
- 1 Coríntios 15.33: “as más conversações corrompem os bons costumes”. A palavra traduzida por "conversações" é a palavra grega homilia e significa, também, companhias, associações e comunicações, discursos. Vemos, conseqüentemente, a importância da má comunicação na dissolução dos costumes.
Como cristãos, se dizemos que aceitamos a Bíblia como normativa e fonte mestre de comportamento, temos que nos curvar às seguintes conclusões:
(1) Tudo que é contrário à Lei Moral de Deus deve ser rejeitado. Compete também aos Cristãos defenderem o ponto de vista de que esta rejeição deve fazer parte da estrutura básica da sociedade em que vivemos. Temos obrigação de proclamar este princípio, de denunciar imoralidades onde estas estão presentes (Sl 119.53 e 136). Democracia não significa subjetivismo na formação de leis, mas uma forma administrativa de nos regermos dentro da Lei.(2) Temos, assim, que ser a favor de algum tipo de censura, na medida em que esta venha a expressar o cumprimento da lei moral de Deus – no seu aspecto horizontal do relacionamentos e limites necessários ao convívio social e aos direitos dos semelhantes. Temos, também, que ser contra, na medida em que a censura se desviar desta linha e procurar apenas promover os pontos de vista não morais, sociais, ou políticos dos homens.(3) Não podemos aceitar o falso argumento de que se não quisermos dar ouvidos ou atenção a qualquer tipo objetável de comunicação basta não sintonizar ou não ler. Numa sociedade sem limites ou controles, somos agredidos diariamente no nosso caminhar ou em nossos lares. São bancas de revistas com a imoralidade explicitamente escancarada; outdoors ofensivos que atingem velhos e crianças sem distinção; inferninhos e casas de prostituição que abrem as portas em qualquer lugar e funcionam sem serem incomodadas sob as vistas cegas ou convenientemente embaçadas no embalo do propinoduto brasileiro; são vizinhanças que vão se deteriorando com a exposição total e agressiva de carne humana, no mercado de corpos vivos.
A censura e o estabelecimento de limites nessas áreas representam tão somente uma extensão lógica da auto-preservação de uma sociedade que cuida de si mesma. Os padrões para esse tipo de censura têm de estar enraizados não no subjetivismo dos censores (pessoas falíveis), mas na Lei Objetiva da Terra, que deve, por sua vez, refletir a Lei de Deus.
Muitos têm usado a diretriz bíblica de examinar tudo (1 Ts 5.21-23) como desculpa para receber e abrigar toda sorte de impurezas pelos meios de comunicação, em uma espécie de vale-tudo amoral. Ocorre que este texto bíblico não nos leva a uma exposição indevida a todo o tipo de lixo. Pelo contrário, ele nos direciona a confrontar as coisas que se atravessam à nossa frente e a rejeitar o que é impróprio, inadequado ou prejudicial. Não precisamos comer uma comida estragada para saber que ela não presta, pelo cheiro podemos conhecer o que é mau ou está estragado. Além disso, a própria continuidade do texto mostra a necessidade de fugir da aparência do mal. Não podemos, pois, estar envolvidos com o mal, sob o pretexto de estarmos examinando a questão.
Sou, portanto, defensor de algum tipo de censura que poupe os nossos filhos e as nossas famílias, hoje prisioneiras de uma sociedade amoral e insolente. Elas precisam ser poupadas do estímulo à sexualidade precoce; do mau gosto das relações sexuais diárias trazidas pelas novelas à mesa de jantar; dos anúncios que se intrometem em programas, selecionados pelo suposto conteúdo de mérito, trazendo o sexo e inversões sexuais agressivas como arma de venda; e de tantas outras situações que apelam aos sentimentos mais rasteiros e egoístas da natureza humana. Esta sociedade se preocupa muito em preservar supostas “liberdades”, mas se auto-destrói (Pv 5.22-23) esquecendo os seus integrantes e os valores que realmente precisam ser protegidos.
Pb. Solano,
ResponderExcluirBelo texto. Mas, numa mídia descaída por causa da moral falida do homem, como garantir que programas, revistas e até mesmo propagandas amorais sejam extirpadas de nosso meio?
Creio que, começando pelo lar, usando limites estabelecidos pelos pais, a familia estaria de certo modo protegida, mas essa inferência se daria somente (ou no máximo) no seio da igreja.
Como construir um ambiente favorável e menos poluído pela mídia expressa hoje? O que estaria ao nosso alcance?
Obrigado de antemão,
André Scordamaglio
Olá, Presb. Solano.
ResponderExcluirMuito bom os seus dois artigos sobre “Liberdade de Expressão”. Gostaria de tecer o seguinte comentário.
Acredito que a Censura seja um meio de tolher, não a LIBERDADE, mas a LIBERTINAGEM. Pois é o que se vê escancaradamente na Mídia. Não é convincente o argumento de que nós temos o "controle", pois deixa de se levar em consideração a Natureza do Ser Humano, que é tendente ao pecado e à corrupção. É claro que muitos daqueles que defendem o uso do "controle", podendo optar por "trocar de canal", são voltados para o Naturalismo, acreditando na neutralidade do ser humano, ou seja, que ele nem é bom, nem é mau. Por não se objetivar no Padrão Externo (Deus e Sua Lei), o homem põe em seu lugar outros "padrões" que, normalmente, são fundamentados em si mesmo gerando um pluralismo ético, onde não há certo ou errado, moral, amoral ou imoral. É claro que tal posição é fruto da dicotomia Graça - Natureza(Schaffer) que atinge até mesmo os evangélicos, que, assim, passam a defender a "Liberdade Expressão", podendo cada um ver, ouvir e assistir o que bem desejar. O resultado é que as músicas (de todo tipos e letras), a arte (naturalista, morta, 'nu artístico', etc), o comportamento sexual (desde a pederastia até a zoofilia, a prostituição aberta, o erotismo explícito na TV em horário apropriado para o público infanto-juvenil, como aconteceu num programa sobre Games na qual se entrevistou uma ex-prostituta ensinando às crianças em como se entrar no mundo dos “programas”, é claro que não dos Softwares. A matéria se encontra em http://www.midiasemmascara.org/artigo.php?sid=4750) são veículos da propagação degenerativa dos valores Judaico-Cristãos. Uma pesquisadora chama este conjunto de “dieta sexual”(JANE BROWN). O resultado direto: sexo antes dos 13 anos de idade (veja a matéria, cujo título Sexo na mídia antecipa experiências de jovens, em http://www.estadao.com.br/ciencia/noticias/2006/abr/03/333.htm ). E o motivo deste Caos? A falta de censura edificada sobre a falácia da “Liberdade de Expressão”. A Justiça deveria, por exemplo, proibir músicas que incentivam a prostituição (aqui no Nordeste, nas Bandas de Bregas, as dançarinas ficam com roupas íntimas e são erguidas por seus parceiros de danças, na TV, em pleno Meio Dia! No sul são os Funks!), a mídia que promove em todos os horários a violência(através de desenhos animados, é claro!), o desrespeito aos pais, a autonomia adolescente, o “sexo seguro pela camisinha”(se é seguro, pra quê camisinha?), enquanto os valores Morais da Lei de Deus são relegados ou ridicularizados(Fidelidade Conjugal, Abstinência Sexual antes do Casamento, Honestidade[o País do Jeitinho], etc). Por tudo isso, sou a favor da Censura. Não a censura em que as informações são ideológicas ou mascaradas, mas a censura que respeita a Família, que preserva os Bons Costumes, que impede o “estupro” dos Lares com os dejetos televisivos expostos na MTV, Globo, Bancas de Jornais, etc. Não é a censura em que o Jornalista não possa criticar o Governo, como foi no caso do Boris Casoy; não é a censura que impediu um “simples caseiro”(como disse o Sr. Exmo. Apedeuta Presidente) de denunciar o “Chefão” Ex-Ministro Palocci; Aquela que impede ou distorce as informações para mostrar que está tudo bem no Brasil; Ou seja, rejeito a Censura Esquerdista, que promove a “Desordem e o Regresso”, que “Ordena a a falsa Liberdade de Expressão ” e o “Progresso aos Caos Social e Moral”.
Muito Obrigado pela oportunidade.
Deus continue abençoando este blog
Rodrigues
Presbítero Solano,
ResponderExcluirRespeito muitíssimo a sua posição e a dos caros irmãos que expressaram a sua opinião, mas vamos partir para o outro lado da moeda.
Dentro de uma análise reformada que crê que o homem é totalmente depravado, uma censura que realmente daria certo seria aquela que a igreja e estado andassem de mãos dadas como na situação idealizada dos cristãos acionistas da [i]Massachusetts Bay Company[/i], uma comunidade bíblica, uma república santa e cristã, onde somente aqueles indivíduos cujas vidas fossem transformadas pela crença no Evangelho de Cristo, teriam direito a voto.
Eu pessoalmente sou contra a censura (a não ser que a gente consiga implantar um governo como o descrito acima), pois como podemos assegurar que os censores não iriam achar que o evangelho de Cristo deve ser censurado (vide Estados marxistas e islâmicos)?
A meu ver uma nação onde cada um seja responsável pelos seus atos e responda legalmente por eles (talvez até no olho por olho, dente por dente) seja suficiente e mais eficaz em minimizar os danos de uma sociedade pervertida.
Entenda o que eu quero dizer, em uma sociedade uniforme em que todos se submeteriam a uma única regra ( no nosso caso à moral bíblica) essa situação seria perfeita (não sei se possível), porém em sociedades altamente corrompidas como a sociedade brasileira ela se torna muito perigosa, pois aliada à depravação total pode se tornar um instrumento da perseguição total.
Pb. Solano,
ResponderExcluirEsta é uma preocupação diária... O que nossos estão vendo, lendo, ouvindo! Deus tenha misericórdia de nós e nos dê coragem de lutar, não apenas contra toda essa podridão de forma organizada, mas principalmente nos ajude a definir as regras do jogo dentro de nossas próprias casa!
Parece-me que os pais crentes temem censurar seus própios filhos, temem impor regras e limites quanto ao que eles podem ou não assistir... Isto é uma calamidade para nossas igrejas e para a santidade de nossos pequenos!
Deus tenha misericórdia de nós! Não sei onde vamos parar se nada for feito!
Um abraço!
Simone Quaresma
Olá,
ResponderExcluirParece-me que a "liberdade de expressão" tem vários perigos.Um dos perigos segundo o ponto de vista bíblico ou judaico refere-se ás mulheres e a sua tendência natural para falar na igreja. Cultural?
Hoje falar nisso só como piada,como outras verdades censuradas pela nossa cultura evangélica,que procurando valorizar o papel da mulher acabou por concordar com o pensamento feminista.Infelizmente a mulher saiu do lar e a família acabou.
Não emtendo o que Paulo queria dizer quando escreve a Timóteo "Todavia, será preservada através de sua missão de mãe, se ela permanecer em fé e amor, e santificação, com bom senso" (TM 2:15).
Um abraço
Daniel
Solano, sera que nao eh uma utopia imaginar o Brasil sem essa "liberdade", quando sabemos que exatamente isso eh que tem sido por muitos anos a bandeira levantada para valorizar o perfil do brasileiro como pessoa feliz e livre e maravilhosa.
ResponderExcluirPode ser que com a conscientizacao das familias a partir da igreja, com criterios estritos, com ensinos especificos a respeito da conduta moral de um cristao, com a intencao direta de promover a renovacao da mente de cada individuo para que cada um tenha a responsabilidade de censurar a partir de cada casa, programas televisivos ou qualquer outra agressao por qualquer outro meio de comunicacao.
Aliado a isso uma sistematica campanha, em rede, de protestos, por meio das "brechas" da lei, tambem a partir da igreja para poder diminuir o excesso de liberdade e quem sabe em algumas decadas teriamos uma geracao mais centrada, nao exatamente uma geracao crista, mas uma geracao com valores morais acentuados e solidos.
A experiencia que vejo aqui nos EUA, eh que isso pode funcionar, aqui tem funcionado e olha (voce sabe) nao eh facil pois a libertinagem aqui tambem "amadureceu" e algumas vezes lutam de igual para igual.
Sera que o remanescente reformado nao estaria disposto a assumir um posicionamento pratico na sociedade a partir de dentro das "quatro paredes"??
Seu texto seria a aula inicial para esse "movimento" que desde ja apoio e divulgarei, muito obrigado.
Wilson Bento
Caro Solano,
ResponderExcluirPenso que o evangelho floresceu dentro de sociedades tão sexualizadas (ou até mais) quanto as atuais. Não vejo, nas Escrituras, Paulo ou qualquer dos apóstolos tentando fazer "mudanças nas Leis" ou "piquetes" pra defender qualquer coisa.
Parece que eles não tinham "projeto de poder". Ou seja, não pensavam em mudar a sociedade de fora pra dentro, mas de dentro (do indíviduo) para fora.
A melhor censura do mundo, na TV, pra mim, ainda é o controle remoto.
Bento
Tenho pensado que qualquer pessoa que admite a verdade há de rejeitar aquilo que é contrário a ela. Por isso, acredito que o senhor está certo quando diz que o cristão admite certo tipo de censura, isso é, a censura à mentira. E o que são os valores que a sociedade tem apresentado, senão mentiras? Isso diz respeito, de igual modo, a qualquer tipo de informação apresentada por qualquer mídia.
ResponderExcluirAbraços aos amigos.
Pb Solano, tenho visto essa mesma liberdade sendo usada frequentemente para justificar até o abandono da fé. Exemplo disso é a comunidade (não oficial) da Igreja Presbiteriana do Brasil no orkut. Não precisamos procurar muito para encontrar fóruns onde se defende atitudes contrárias às escrituras, membros de igrejas dizendo coisas horríveis a respeito do sexo e de outros assuntos pertinentes ao casamento e ao namoro, entre outros, claro. Pastores, seminaristas e simpatizantes de nossa igreja colocam lá exatamente o contrário do que nossa Confissão de fé, nossa doutrina, a Bíblia falam! Se alguém tenta dizer o contrário, é hostilizado e bombardeado por ironias, afinal, eles têm liberdade de expressão, não é mesmo?
ResponderExcluirEm resumo, vemos que essa liberdade de expressão em alguns momentos, torna-se a própria loucura de muitos (1Co 1.18-25).
Deus continue o abençoando e usando para o crescimento do seu reino!
Pb. Solano,
ResponderExcluirConcordo plenamente com o pensamento expresso no texto. Não devemos nos calar! Denunciar esse sistema pecaminoso que está em oposição a Deus é preciso.
Se as famílias forem atingidas por conceitos sadios a sociedade vai ganhar muito!
Parabéns!
Rev. Wilson Lázaro
Olá Presbitero Solano.
ResponderExcluirTive a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente quando o Sr. e sua família visitaram a centenária Igreja Central de Itapetininga da qual faço parte. Uma dica: meu sobrenome é quase tão difícil quanto o de vossa esposa. O dela é definitivamente insuperável(conversamos sobre isso no social após uma pregação do Sr. num sábado).
Quanto ao post que fala sobre censura, gostaria de acrescentar um viés contrário a mensagem que o senhor postou, muito embora sobre certo aspecto não dicordo dos seus argumentos, que são ao meu ver uma forma de defesa, mas não sei se é a melhor forma de defesa, ou se é apenas um paliativo.
A impressão que tenho é que a censura já existe e está funcionando a pleno vapor na mídia brasileira. Os autores de novelas, os donos das emissoras, o redatores dos principais jornais do brasil, bem como a imensa gama de jornalistas brasileiros, com raras exceções, bloqueam e censuram qualquer movimento do tipo conservador nos programas de televisão, nos artigos das revistas ou nas redações dos jornais. Se um jornalista quer sobreviver ele deve necessariamente ser um adepto do "politicamente correto", defensor de relativismo e do subjetivismo. Na revista Veja, por exemplo, entre os seus colunistas, Diono Mainardi é o único sujeito que pode forçosamente ser chamado de conservador. Todos os demais são liberais que esboçam um certo saber, mas que na verdade não sabem nada, pois argumentam sempre a partir de conceitos prontos que, num debate sério, não suportam dois minutos da discussão.
Já o espaço reservado para os conservadores na política brasileira até existe, pois acredito que todo povo de qualquer Nação é sempre conservador, o que não existe é gente para ocupar este espaço. Desa forma o que nós vivemos é a censura por excelência, pois não há opção pra o brasileiro. Basta ligar a TV ou ler um jornal ou uma revista.
É aquela velha história: Têm lá um ditador e aí vem um grupo que tira o tal ditador de lá para depois cometer os mesmos erros do ditador posto-e-morto cometeu outrora.
Particularmente não acredito em ações coercitivas por parte do Estado Democrático moderno para impor conduta nas pessoas, pois isto é controle e sou contra o controle.
Todo e qualquer cidadão do povo deseja chegar em casa, beijar a esposa e os filho, esquentar a comida no micro-ondas e sentar na frente do sofá para comer. Se reformas devem ser feitas estas devem partir da elites, mas onde está a elite conservadora brasileira? Os políticos conservadores? Se alguém sabe onde estão então me contem pq eu não conheço nenhum. Há sim indivíduos individuais soltos no espaço como átomos perdidos, incapazes de se organizar de forma coerente e inteligente.
O que eu quero dizer é que o povo brasileiro foi sequestrado e vive num estado constante de desinformação e censura por parte de uma elite de jornalistas e indivíduos, ligados com a mídia, que metodicamente desejam a revolução cultural pela via da desconstrução das tradições judaíco-cristãs que caracterizam o ocidente, ou seja nós todos. Por outro lado a possível( possibilidade) elite política conservadora brasileira está, perdida, não consegue se pronunciar, é incapaz de falar, apenas responde aos "socos e pontapés" da mídia liberal com gemidos e gritos de socorro, sem saber o que fazer.
Resta portanto à família brasileira em casa tentar se defender desta loucura, como o fazendeiro do velho oeste americano que ensinava o filho de 06 ou 07 anos a manusear uma arma para defender a família. Temos que ensinar os nossos filhos desde cedo, apontando a malícia em tudo que está ao nosso redor, até que um dia um grupo de conservadores aceitem reformar a política no Brasil e criar um grupo organizado que ocupe o seu devido espaço(particularmente acho que esta é a maior fatia do bolo). Aí sim o brasileiro poderá escolher entre os olhos e a ramela, por hora só temos a ramela.
Graça e paz.
Alex.
Prezado Presb. Solano,
ResponderExcluirEm discussão saudável com algums membros da Igreja que frequento, entramos no tema "novelas": Se seria ou não saudável, assistirmos as novelas globais! Essa discussão nasceu em plena expectativa do final da novela Avenida Brasil. Houve quem defendesse ferrenhamente que não tinha "nada a ver assistir à novela", como também houve quem defendesse a não apreciação por parte dos crentes desses programas que em nada contribuem para a edificação da fé! Faço parte desse último grupo! Então eu me lembrei desse velho texto de sua autoria, que guardo com muito apreço em minha memória! Confesso que relí comovido esse texto, pois penso exatamente como o irmão defende aquí! Uma visão equilibrada e extremamente fiel aos princípios claramente ensinados na Palavra de Deus!
Peço sua permissão para usá-lo como guia de estudo na classe de ED, da qual sou professor, pois penso eu que o tema é relevante, e de grande importância para o momento que a Igreja está vivendo atualmente, tempos em que a secularização tem invadido até mesmo as Igrejas historicamente Reformadas! Que Deus nos ajude!
Na paz de Jesus,
Wanderlei S. Ferreira
Caro Wanderley:
ResponderExcluirObrigado pela lembrança e palavras de estímulo. Pode utilizar qualquer texto meu, irmão.
Abs
Solano