Caso você ainda não tenha ouvido, o Papa Bento XVI chega ao Brasil esta semana. Ele traz muitas coisas na bagagem. Não estou falando do “papa-móvel” ou de guardas suíços. Nem de suas roupas, inspiradas nas do sumo-sacerdote vetero-testamentário, que carregam quilômetros de fios de ouro e prata (aliás, o catolicismo tem tudo a ver com o livro de Levítico). Refiro-me aos séculos de tradição romanista.
Alguns volumes da sua bagagem, entretanto, apresentam um conteúdo, para os protestantes, no mínimo conflitantes:
1. O papa traz na bagagem a defesa de alguns valores que prezamos profundamente, como evangélicos, e que cada vez vemos menos protestantes históricos dispostos a defender: a defesa do casamento como instituição divina, a exclusividade da atividade sexual no casamento, o valor da vida intra-uterina, a defesa da heterossexualidade bíblica. Nestes termos, e somente nestes, mantemos uma certa simpatia à bagagem papal. Ficamos curiosos se a sua vinda não pode ser utilizada por Deus para despertar a consciência da sociedade à trajetória suicida na qual embarcou, com o abraçar da secularização desvairada.
2. Por outro lado, o papa traz consigo uma mala cheia de alimentos para a idolatria: vem ao Brasil para ser idolatrado e oficializar a idolatria ao Frei Galvão. A vinda do papa é uma super dose de esteróides para todas estas manifestações místicas que veremos acontecer nos próximos dias, incluindo mais um feriado na nossa nação moderna e laica onde observamos a clara distinção entre Igreja e Estado... ou não?! Tem sido interessante observar a Rede Globo e demais emissoras (incluindo a Record, que no passado “chutou a santa” e agora tem contrato de cobertura...) dedicar dezenas de minutos, a cada intervenção “jornalística”, para exaltar o catolicismo romano.
3. Vem junto na bagagem a esperança de revitalizar a fé católica na América Latina, que na década de 50 era de 93% e hoje anda em 64% (Data Folha) ou 74% (FGV) – quem diria, nossos institutos de pesquisa andam discordando na variação de 2%... será que tem ‘maquiagem’ por ai?
E Beckwith? Quem é ele? Provavelmente você ainda não ouviu falar do recente caso de ‘conversão’ de
Francis J. Beckwith ao catolicismo romano. O fato passaria despercebido do público evangélico se este Beckwith não fosse o presidente da
Evangelical Theological Society (ETS), a maior associação de acadêmicos evangélicos na América do Norte. O mais interessante no caso da conversão de Beckwith é o fato de que ele, conforme descreve no
blog Right Reason, mesmo tendo mudado suas convicções e decidido afiliar-se à Igreja Romana, pretendia continuar como presidente da ETS até o final de seu mandato, em novembro deste ano (veja quem já
foi presidente da ETS). A razão básica para esta decisão estaria no fato de que, na sua compreensão, a mudança de lealdade eclesiástica não o impediria de assinar a declaração de fé da ETS:
“Somente a Bíblia, e a Bíblia toda, é Palavra Escrita de Deus e é, portanto, inerrante em seus autógrafos. Deus é uma Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, cada um é uma pessoa não criada, uma em essência, iguais em poder e glória.”
Isto nos faz refletir sobre alguns pontos interessantes:
1. Uma declaração de fé tão sucinta não é suficiente base para se manter uma sociedade do porte e propósito da ETS, principalmente no que diz respeito aos diferenciais das convicções evangélicas. O fato é que vivemos num mundo religioso cada vez menos confessional e há uma tendência crescente ao linguajar vago e impreciso. Aparentemente, dentro do contexto atual, mesmo para um filósofo falante do calado de Beckwith, precisão não importa. A expressão “somente a Bíblia” (Sola Scriptura), de fato, pode significar muita coisa, inclusive a aceitação do “Magistério da Igreja” e toda a sua bagagem de tradição (aquela mesma do Bento) que leva à diminuição da intermediação singular de Cristo, dos postulados contra a idolatria e da exclusividade da justificação pela fé. Será que o real contraditório ficou tão difícil de enxergar?
2. O passo de Beckwith faz parte de um ethos religioso crescente, o da ‘jornada espiritual’. Segundo ele, nascido em um lar católico e tendo sido batizado e crismado antes dos 14 anos de idade, seu passo de retorno a ICAR é simples: “basta fazer a confissão, ser recebido de volta na Igreja e receber absolvição.” Para alguém que durante tempos conheceu ‘Sola Gratia’, parecem passos, no mínimo, estranhos. No entanto, tudo isto vai ficando muito comum no contexto pós-moderno da igreja emergente. Cada vez mais veremos isto acontecer.
3. Dentro deste mesmo espírito, é importante lembrar que falar em religião ou confissão é démodé. Hoje, fala-se em ‘espiritualidade’, outro termo vago que pode abrigar as contradições dos tempos pós-modernos. Muito desejaram a Beckwith “felicidades em sua caminhada”. Pessoalmente, oro para que sua decisão tenha volta. Aliás, segundo Nancy Pearcey, seis palavras têm se tornado o mantra do novo milênio: “Gosto de espiritualidade, não de religião”. (Verdade Absoluta, Nancy Pearcey,
CPAD, 2006, p. 133). Num pais tão ‘debochado’ como o nosso e com uma crise ética tremenda, 97% dos brasileiros dizem acreditar em Deus, com letra maiúscula, segundo pesquisa do último sábado, do Data Folha... percebe-se, por ai, mais uma imensa contradição.
4. Mas vejam o outro lado da coisa: à semelhança de Bento, os valores morais e a cosmovisão defendidos por Beckwith em seus livros ainda são os que muito apreciamos: anti-aborto, pró-família, intelligent design, etc. e é possível que Beckwith fuja para o campo que está menos eticamente relativista e mais claramente definido quando comparado com a configuração amorfa dos evangélicos contemporâneos. Mesmo com uma ética mais definida, a opção de Beckwith carrega prejuízos soteriológicos reais.
A lição que aprendo diante da vinda de Bento e da ‘desconversão’ de Beckwith: quem esquece de ser somente co-beligerante para se tornar aliado em causas comuns corre o risco de ‘caminhar espiritualmente’ por trilhas que o Evangelho encontrado na Palavra de Deus desaprova e de buscar conforto em um caminho místico e aconchegante, mas alienado da verdade.
Opa, Mauro! Excelente post, principalmente o final:
ResponderExcluir"quem esquece de ser somente co-beligerante para se tornar aliado em causas comuns corre o risco de ‘caminhar espiritualmente’ por trilhas que o Evangelho encontrado na Palavra de Deus desaprova e de buscar conforto em um caminho místico e aconchegante, mas alienado da verdade."
Conheço bem isso! Nos últimos tempos, percebi em um crescendo que me arrisquei nesse caminho, que poderia aos poucos me levar a obscurecer os obviamente mais importantes conteúdos da fé. Hoje, esse caminho da co-beligerância é algo que questiono muito: algo em que poucos cristãos devem realmente se aventurar.
Hoje mesmo, antes de ler este post, estava refletindo na minha relação com o conservadorismo. Muitos conservadores, católicos ou protestantes, vêem o conservadorismo como FIM - ou seja, fazem da luta pela manutenção dos valores judaico-cristãos ocidentais (e suas conquistas) a luta principal do cristianismo. Esquecem que o conservarismo não é o fim do cristão, mas o MEIO, pura graça comum que Deus usa para abençoar os homens de modo geral e trazer alguns (às vezes) para Seu conhecimento específico. O cristão que tem Seu conhecimento específico, cuja meta sempre é anunciar Jesus de várias maneiras, não pode privilegiar aspectos tão gerais quanto as marcas abençoadoras de Deus através do cristianismo como se isso fosse equivalente a conhecê-Lo. Creio que o católico faz precisamente isso, pois não vê a salvação como vemos. Ele acha que as pessoas podem ser salvas mesmo sem o conhecimento específico de Deus, com base em suas obras. Assim, um conservador protestante que coloque a co-beligerância acima da anunciação de Jesus tem grandes chances de, com o tempo, desenvolver uma teologia conciliadora capaz de dissolver a mensagem do Evangelho na graça comum. Creio que foi precisamente o que aconteceu com Beckwith - e precisamente o que aconteceria comigo, se eu tivesse: (1) deixado de prestar atenção em minha secura de alma na época em que eu estava privilegiando esses conteúdos co-beligerantes e (2) deixado de lado as inevitáveis reflexões de que esse caminho me levaria a me despojar do núcleo forte da fé protestante, a graça salvadora.
Louvado seja Deus, porque, comparado ao que poderia ter sido em minha vida, tudo não passou de uma leve confusão que logo foi resolvida. Que Ele possa ter misericórdia também de Beckwith, pois a confiança do homem em seu próprio braço é caminho de destruição.
Oi Norma,
ResponderExcluirAqui em SP, cabe-nos tolerar a bagunça que a presença física do papa vai causar. O Bush já foi um problema, mas o papa vai causar os maiores engarrafamentos da história (dia de chuva, horário que pico e transito fechado na 23 de maio - vai ser caótico).
Norma, eu creio estas coisas tendem a acontecer por uma razão: a idolatria da mente. Tenha certeza que não sou daqueles que acham que a salvação está a trinta centímetros da mente, no coração, e que alguns a perdem por tão pequena distância, como já ouvi várias vezes, e.
Mas a nossa estrutura caida tende a nos levar sempre de volta aos mesmos lugares de onde saimos. Não tenho como afirmar que isto é o que acontece com Beckwith, mas posso dizer que é uma tendência. Se for o caso, a pior idolatria não é a de se voltar aos santos e imagens, mas ao cativeiro da mente, presa pelo misticismo.
abs
Mauro
Que o Senhor nos livre
É, e só uma ressalva ao que escrevi, porque toda generalização é injusta - ficou parecendo que eu estava dizendo que todo católico conservador coloca os conteúdos políticos acima dos da fé, e não é isso que quis dizer! (Escrevi o comentário com sono, ontem à noite, já, viu, né.) O que quis dizer é que, por ver mais peso de salvação no homem, talvez o católico envolvido com política seja mais tentado que o protestante a colocar os conteúdos da fé em segundo lugar. Porque esse negócio de política envolve mesmo a gente.
ResponderExcluirNão tenho como saber exatamente o que aconteceu com Beckwith, mas como protestante é claro que gostaria que ele voltasse à cosmovisão anterior - que coloca o peso de salvação em Deus e reforça o fato de que somos pecadores. Mas, para além dessa discussão entre protestantismo e catolicismo, o conservadorismo sem Deus é o verdadeiro problema - e foi isso que ficou confuso no comentário anterior. O que quis dizer de fato: o conservador pode passar a vida lutando pela conservação da cultura judaico-cristã e, mesmo assim, não ter uma postura sincera diante de Deus, nem ser guiado pelo Espírito em sua vida. É o que Mauro falou sobre a mente: adoram-se as teorias e formas de pensar advindas do cristianismo em vez do próprio Cristo. Então, é claro que tanto católicos quanto protestantes podem cair nisso, embora eu acredite que a cosmovisão católica esteja mais sujeita a esse tipo de desvio. That's it. ;-)
Post bem oportuno. As pessoas estão buscando por algo. O misticismo atrai por ser sobrenatural e quando isso não é real, a televisão prepara o clima para que tudo ocorra direitinho: fanatismo, idolatria e confusão mental, pois muitos vêem o papa como Deus na terra. O engraçado de tudo isso é que o papa dos pobres usa roupas de grife e de ouro.
ResponderExcluirQuanto ao Beckwith, ele deve ter se saturado de si mesmo e de suas próprias teorias. Talvez ele precise de amigos.
Mauro,
ResponderExcluirSe for o caso, a pior idolatria não é a de se voltar aos santos e imagens, mas ao cativeiro da mente, presa pelo misticismo.
E desde quando os Católicos hipertrofiam o valor do misticismo? E desde quando rejeitam a exposição objetiva de minúcias de sua Fé? Ora bolas! Assim parece que ao mesmo tempo eles são um bando de néscios que se fiam em si mesmos e em suas própria revelações pessoais, e radicais separadores de razão e fé. Aí também é demais.
Para dar uma idéia de quanto essa idéia é infundada, atente para o fato de que foram justamente as visões pseudomísticas de uma aluna de Urs von Balthasar, Adrienne von Speyr, que o motivaram a especulações heréticas que muito influenciaram os 'modernos' teólogos. Da mesma maneira, o menosprezo pela inteligência e pela apresentação sincera sempre foi a marca das seitas inimigas da Igreja, como os maniqueus, que as substituíam por delírios teosóficos.
Para dar uma olhada no misticismo católico e aprofundar (ou mudar) sua visão, veja a poesia São João da Cruz. E me diga se os poemas dele coroboram seu juízo sobre os Católicos.
Ah, e antes de dizer qualquer coisa sobre a visão Católica da razão e da exposição da Fé, leia a Summa Contra Gentiles. Certinho? ;-)
Bento espera que esse continente "verdadeiramente católico" possa se converter no exemplo de sucesso das políticas de crescimento humano, justiça, respeito, cidadania.
ResponderExcluirEssa é a síntese de um comentário que vi na TV.
Cinco séculos não foram suficientes, e parece que "Nunca faremos senão confirmar a incompetência da America católica (ou seria caótica?)"
Olá Mauro
ResponderExcluirEu acredito que cada vez mais podemos ver um número crescente de evangélicos de volta ao catolicismo romano.
1 - Acho que a ICAR consegue passar e transferir um status de "segurança ética e espiritual" aos fiéis, amplamente abalada no meio evangélico devido aos escandalos que sempre envolvem dinheiro, pastores gananciosos e problemas congregacionais.
2 - A ICAR abriu muito espaço para renovação carismática que assimila o estilo pentecostal.
3 - Presença marcante da mídia jornalística.
4 - Menor preocupação da igreja evangélica com missões e maior preocupação com estruturas e instituições.
5 - A ICAR consegue "encaminhar" e "abafar" melhor os conflitos internos.
6 - A igreja evangélica esta parecendo hierarquicamente a ICAR da época da reforma.
7 - E o ponto principal: a igreja evangélica se esqueceu da SOLA GRATIA. Estrutura por estrutura, a ICAR acaba levando vantagem.
Não sei se todos compartilham do meu ponto de vista...mas é o que venho sentido ultimamente. Enquanto os evangelicos não se lembrarem das SOLAS, não apenas como conceito teológico, mas de vida...não sei o que ira acontecer.
Abraços
JP
Mauro, pelo visto a visita do Papa não vai servir só para provocar engarrafamentos em São Paulo. Veja o que ele está fazendo: mencionando a excomunhão para esses políticos safados pró-aborto, que só usam a frase "sou católico" para angariar votos, tal como o "caótico" Lula!
ResponderExcluirEstou tão feliz com a possibilidade de excomunhão em massa no Brasil que, mesmo não sendo católica, não posso deixar de vibrar a cada vez em que leio a notícia em primeira página nos jornais. Ele se diz católico e defende aborto? Excomunhão nele! Ele não quer ouvir o Papa? Pior ainda. Católico que não quer saber do Papa é como protestante que não crê que a Bíblia é a Palavra de Deus: só serve para fazer número em dados do IBGE. Cada um seja coerente com o que diz crer.
Bem que poderíamos adotar essa estratégia entre os protestantes, não? Ele se diz protestante e é pró-aborto? Disciplina nele! Não pode pregar, tem que ficar de molho até mudar a postura. Aborto é assassinato. Não tem meio-termo. Cristão que defende aborto jamais experimentou a graça salvadora de Cristo, ou precisa de cura profunda, urgente.
Bom momento para pensar nisso. Toda a mídia é, principalmente estes dias, só catolicismo. Acho que nós, evangélicos, deveríamos nos ter despertado para isso um pouco antes. O importante não é se nós vamos ou não perder membros para a igreja católica (até porque isso acontece em número muitíssimo pequeno, e na verdade, não é uma "perda", pois os que deixam o evangelho verdadeiro para caminhar na idolatria não estava convertido e sim convencido - e bastante enganado), mas sim se vamos deixar de ganhar membros dela. Esse é nosso principal alvo.
ResponderExcluirQue Deus abençoe (até o fim!)
Glória, 18 anos
Mauro,
ResponderExcluirOntem foi muito interessante ler no UOL dois títulos (o que, creio, refletem somente a superfície):
(1) Lula quer manter estado laico;
(2) Serra pedirá a betificação da irmã Dulce.
Abraços,
Tarcizio
Prezado Rev. Mauro Meister
ResponderExcluirParabéns pelo excelente post, extremamente oportuno e atual. Eu não poderia deixar de comentar porque esse é um assunto pelo qual me interesso bastante.
Existe uma tendência, que graças a Deus não vemos aqui, de reduzir o Papado e a Igreja de Roma meramente à esfera teológica perdendo de vista a dimensão política, que é o caldo de cultura aonde viceja o Vaticano, instituição que se nutre do poder político e dele depende diretamente, desde o princípio, como, aliás, já nos esclareceu Bauer : “And it appears to be no less self-evident that the Roman government finally came to recognize that the Christianity ecclesiastically organized from Rome was flesh of its flesh, came to unite with it, and thereby actually enabled it to achieve ultimate victory over unbelievers and heretics.”
Nos últimos tempos, temos visto com muito pesar protestantes das diversas denominações, quer schaefferianamente sob a bandeira da co-beligerância, quer sob a bandeira da adesão pura e simples, convergir para a órbita do papismo, pretensamente a pretexto da defesa de valores cristãos comuns. Assim a sua afirmação de que “Nestes termos, e somente nestes, mantemos uma certa simpatia à bagagem papal” deve ser recebida com muita alegria e otimismo, porque mostra que ainda há protestantes fiéis a Deus que não se deixaram seduzir pelo canto da sereia papista – não nos iludamos: Roma quer o que sempre quis, submeter toda a Cristandade à sua dominação. Continuemos sempre assim.
Outra coisa que chama a atenção é essa competição estatística acerca da percentagem de católicos e evangélicos na população. Ora, sabemos todos que “evangélico” é aquele que se declara como tal, enquanto que “católico” é todo aquele que não declara pertencer a qualquer outra fé – esse conceito de Landeskirche, herdado dos tempos do Império quando Roma reinava inconteste, por religião oficial do Brasil, ainda vai demorar a desaparecer. É preciso que ao responder o censo do IBGE somente os católicos praticantes se assumam como tais – e aí chegaremos aos tais dos 20%, de que falava Gustavo Corção.
Quando chegar esse dia, os “Beckwiths” não nos darão mais ânsias de vômito com suas traições - mesmo que estejamos em menor número, nos lembraremos de John Knox que disse que “um com Deus faz a maioria”. O importante é a Graça de Deus que nos escolheu para eleitos e os números aqui na Terra não farão a menor diferença.
Abaixo uma notícia – meio antiga – de que talvez o Papa lembre a Beckwith, para que ele saia logo da ETS:
Vaticano nega possibilidade de pertença simultânea à Igreja Católica e a uma comunidade protestante
O Vaticano recordou esta terça-feira que não é possível pertencer simultaneamente à Igreja católica e a uma comunidade protestante.
Um comunicado publicado pelo director da sala de imprensa da Santa Sé, Joaquín Navarro-Valls, desmente notícias surgidas na imprensa alemã, segundo as quais o então Cardeal Joseph Ratzinger estaria de acordo com o facto de o exegeta Klaus Berger se assumir como católico e, ao mesmo tempo, como protestante.
Segundo estas informações, Berger, que era católico, ao participar em 1968 da Ceia protestante, converteu-se num membro da igreja evangélico-luterana. Os artigos assinalavam que o Cardeal Ratzinger, eleito posteriormente Papa, teria sabido que o exegeta tinha “uma dupla pertença confessional” e não teria feito nenhuma objecção”.
“Esta afirmação é falsa”, declara o comunicado do porta-voz do Vaticano, esclarecendo que o Papa não tinha conhecimento da referida dupla pertença.
Ao não ter conhecimento do facto, “o Cardeal não teria, portanto, nenhum motivo para tomar uma decisão sobre a questão da pertença confessional do senhor Berger, e de facto, nunca se pronunciou sobre isso”, refere Navarro-Valls.
A nota oficial assegura que as normas do Direito Canónico - que excluem uma pertença simultânea à Igreja católica e a uma comunidade protestante, como no caso de uma "Landeskirche" protestante – continuam em vigor e que “desta regra da Igreja não se pode obter dispensa, nem sequer no sacramento da Reconciliação”.
Osvaldo Pimentel Filho
IP Vila Mariana - São Paulo
Prezado Pedro,
ResponderExcluirDesculpa a demora. É que eu sai para compra a "summa" prá não ter que ler tudo na telinha. Resolvi dar esta explicação antes de começar a ler, pq vou levar ano ou mais. Como vc pensa que não posso falar nada sobre a relação de razão e fé antes de fazê-lo, vou ficar caladinho ... não posso nem lhe responder.
Certinho ;-)
Mauro
Caro Mauro:
ResponderExcluirExcelente distinção entre "co-beligerantes" (posição aceitável) e "aliados" (posição impossível).
Vários comentários excelentes, aqui postados, também. Entre esses, os da Norma, com depoimento pessoal precioso e trazendo também uma grande luz entre a proeminência da essência acima da forma, quanto ao conservadorismo. O outro, o do Osvaldo, indicando que a antítese tem raizes e razão de ser, e continua profunda - não pode ser eliminada sem o comprometimento dos pilares das verdades bíblicas.
Abs
Solano
Obrigada, Solano, pelo também precioso feedback!
ResponderExcluirOlha, eu estou tão "escaldada" que já me pergunto se também a co-beligerância seria aceitável! :-) Sei não, sou tão intensa em tudo que faço que talvez não consiga distinguir os limites...
Que Deus nos ajude a discernir esses limites, fazendo sempre as melhores escolhas!
Abração!
Caro Mauro,
ResponderExcluirDesculpe pela eventual agressividade do meu comentário. É que eu costumo me sentir um pouco irritado quando alguém diz que Católicos são idólatras, especialmente se o diz sem boa argumentação. Mas como seu estilo é claro, bem estruturado, não é esse o caso.
O problema de dar opiniões sobre o Catolicismo é que os juízos podem ser bem fracos, sem consistência ou base; e eu já vi disso várias vezes entre alguns protestantes. Mas claro que não os ponho no mesmo saco. Por exemplo: já li críticas a Santo Agostinho com as quais discordava, reconhecendo, no entanto, a lógica delas. E essa é mais ou menos a minha impressão sobre seu post.
Quanto à Summa, eu a citei justamente porque ela é simples, sincera e sem tergiversações; e foi escrita para expor alguns assuntos relativos ao Catolicismo racionalmente, sem recorrer a nenhuma ‘autoridade’ eclesiástica em especial. Nesse sentido, uma boa crítica sobre a visão católica de razão é fé deve considerá-la, ou então vai se tornar uma opinião flutuando no ar, como as do que discutem sobre futebol sem saber como se joga.
Não se preocupe de levar um ano ou mais nela: é um livro esplêndido. Acho que mesmo um calvinista poderá notar o gênio e a abrangência de Santo Tomás. Para dar uma pequena idéia, veja os argumentos dele em favor da transubstanciação aqui. Você pode não concordar, mas que são bons são... :-)
Um abraço.
Pedro
Oi Norma,
ResponderExcluirObrigado pelas preciosas notas. De fato, é possível "se apaixonar mais pela rede do que o mar".
Teologia nem sempre, e muitas vezes, tem pouco a ver com salvação, vida diante de Deus e caminhar com ele conforme ensinado nas Escrituras e pode, facilmente, tornar-se um bom jogo. Que o Senhor da graça nos livre de cair neste laço!
Paulo,
Obrigado pela comentário. Só uma observação, que acho interessante... a riqueza do catolicismo corresponde ao lado romanista da 'teologia da properidade', sem a promessa de riqueza para os fiéis. Essa foi a 'revolta' dos teólogos da libertaçào católicos contra a 'exploração' do vaticano e também a sua derrocada. Veja Boff, que garante que a Teologia da Libertação está bem viva e que o erro do catolicismo, e dai a perda de fiéis, foi ter esfriado a coisa.
abs
Anderon,
Este "continente verdadeiramente católico", apesar de todo o movimento que temos visto, conta com algumas mãos poderosas, mas sem elas some rapidinho. Benidictus tem que cuidar mesmo deste aprisco, se não vai tudo embora.
abs
JP,
ResponderExcluirConcordo e discordo...
1. Concordo: são eficientes na mordaça... em um outro post, não publicado por causa da linguagem, o autor fala sobre uma série chamada "Sex Crimes and the Vatican". Acho que ainda vou assistir, produzida pela BBC e disponível no YouTube:
http://www.youtube.com/results?
search_query=sex+crimes+and+
the+vatican
2. É verdade.
3. No Brasil, a Globo que o diga.
4. Sim e não... (como motivos). Afinal, quem é mais institucional?
5. O mesmo do 1...
6. É veradade, mas isto pode ser tanto para a perda dos veradeiros fiéis quanto para o ganho dos falsos - o neo-evangélicos tem tentado imitar a ICAR em muita coisa, inclusive no apostolicismo...
7. Conocordo 100%
Voltemos aos Solas nos quais a ICAR bate constante e veementemente...
abs
Mauro
Obrigado, Presb. Solano, pelo incentivo. Talvez eu tenha radicalizado um pouco porém isso é de tanto ver injustiças e parcialidades neste País.
ResponderExcluirabraços
Osvaldo Pimentel Filho
IP Vila Mariana - São Paulo
Prezada Glória,
ResponderExcluirCreio que nosso alvo são os eleitos, onde quer que estejam... e pode ser que muitos esteja na ICAR. Sigamos em frente.
abs
Mauro
TJ,
ResponderExcluirÉ o nosso Estado "loico"!!!
abs
Prezado Osvaldo,
Obrigado pelo precioso comentário. Em certo sentido, o peso político é maior que o religioso e o primeiro alimenta o segundo.
Devemos lembrar de uma coisa: "A Igreja Católica ou Universal, que é invisível, consta do número total dos eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo, seu cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todas as coisas."
abs
Mauro
Quem tiver interesse pode ler duas postagens que escrevi sobre o catolicismo. Na minha opinião, esse pessoal precisa ser evangelizado, pura e simplesmente. A defesa do catolicismo que o pessoal da turminha do Olavo de Carvalho faz nunca me atraiu para a apostasia, graças a Deus.
ResponderExcluirhttp://crentinho.wordpress.com/2007/04/13/icar-os-apocrifos/
http://crentinho.wordpress.com/2007/05/13/icar-o-dogma-do-purgatorio/
Muito bom comentário, Rev. Mauro - obrigado por lembrar. É exatamente por isso que recuso-me a chamar a Igreja de Roma de "católica".
ResponderExcluirabraços
Osvaldo Pimentel Filho
IP Vila Mariana - São Paulo
Vejam essa! O Bento XVI é dos nossos!
ResponderExcluirBento 16 e a guerra na igreja
LEONARDO BOFF
AS GUERRAS não existem apenas no mundo. Dentro da igreja há também uma guerra de baixa intensidade. Ela faz muitas vítimas, com os instrumentos adequados da guerra religiosa, escondidos sob palavras, não raro, piedosas e espirituais. Só para dar um exemplo pessoal: quando fui condenado pelo então cardeal Joseph Ratzinger em 1985 por causa do meu livro "Igreja: carisma e poder", foi-me imposto o que ele denominou de "silêncio obsequioso".
Esse eufemismo implicava muita violência: deposição de cátedra, remoção de editor religioso da Vozes, da redação da "Revista Eclesiástica Brasileira", proibição severa de falar, dar entrevistas, escrever e publicar sobre qualquer assunto.
Objetivamente "obsequioso" não possui nada de obsequioso.
O mesmo ocorreu com o teólogo da libertação Jon Sobrino, de El Salvador, condenado em fevereiro deste ano. Recebeu apenas uma "notificação". Esta inocente palavra, "notificatio", esconde violência porque ele não pode mais falar, nem dar aulas, conceder entrevistas e acompanhar qualquer trabalho pastoral. O vitimado por uma condenação é "moralmente" morto, pois vem colocado sob suspeita geral, tolhido, isolado e psicologicamente submetido a graves transtornos, o que levou a alguns a terem neuroses e a um deles, famoso, perseguido por idéias de suicídio.
Nós fomos, no mínimo, caçados e anulados, pois um teólogo possui apenas como instrumento de trabalho a palavra escrita e falada. E estas lhe foram seqüestradas, coisa que conhecemos das ditaduras militares.
O que foi escrito acima parece irrelevante, pois é algo pessoal, mas não deixa de ser ilustrativo da guerra religiosa vigente dentro da Igreja. Nela o então cardeal Ratzinger era general. Hoje como papa é o comandante em chefe. Qual é este embate? É importante referi-lo para entender palavras e advertências do papa e a partir de que modelo de teologia e de Igreja constrói o seu discurso.
Dito de uma forma simplificadora, mas real: há na igreja duas opções claramente opostas, o que não impede que, na prática, possam se entrelaçar. Face ao mundo, à cultura e à sociedade há a atitude de confronto ou de diálogo.
A partir da Reforma no século 16 predominou na Igreja Católica romana a atitude de confronto: primeiro com as Igrejas protestantes (evangélicas) e depois com a modernidade.
Face à Reforma houve excomunhões, e face à modernidade, anátemas e condenações de coisas que nos parecem até risíveis: contra a ciência, a democracia, os direitos humanos, a industrialização. A Igreja se havia transformado numa fortaleza contra as vagas de reformismo, secularismo, modernismo e relativismo. Missão da igreja, segundo esse modelo do confronto, é testemunhar as verdades eternas, anunciar a Cristo como o único Redentor da humanidade e a Igreja sua única e exclusiva mediadora, fora da qual não há salvação.
Em seu documento de 2000, Dominus Jesus, o cardeal Ratzinger reafirma tal visão com a máxima clareza e laivos de fundamentalismo. Tudo é centralizado no Cristo. Esta atitude belicosa predominou até os anos 60 do século passado quando foi eleito um papa ancião, quase desconhecido, mas cheio de coração e bom senso, João 23. Seu propósito era passar do anátema ao diálogo. Quis escancarar as portas e janelas da Igreja para arejá-la. Considerava blasfêmia contra o Espírito Santo imaginar que os modernos só pensam erros e praticam o mal.
Há bondade no mundo, como há maldade na Igreja. Importa é dialogar, intercambiar e aprender um do outro. A Igreja que evangeliza deve ela mesma ser evangelizada por tudo aquilo que de bom, honesto, verdadeiro e sagrado puder ser identificado na história humana.
Deus mesmo chega sempre antes do missionário, pois o Espírito Criador sopra onde quiser e está sempre presente nas buscas humanas suscitando bondade, justiça, compaixão e amor em todos. A figura do Espírito ganha centralidade.
Fruto da opção pelo diálogo foi o Concílio Vaticano 2º (1962-1965), que representou um acerto de contas com a Reforma pelo ecumenismo e com a modernidade pelo mútuo reconhecimento e pela colaboração em vista de algo maior que a própria Igreja, uma humanidade mais dignificada e uma Terra mais cuidada.
Este "aggiornamento" trouxe grande vitalidade em toda a Igreja, especialmente na América Latina, que criou espaço para aquilo que se chamou de Igreja da base ou da libertação e da Teologia da Libertação. Mas acirrou também as frentes.
Grupos conservadores, especialmente incrustados na burocracia do Vaticano, conseguiram se articular e organizaram um movimento de restauração, de volta à grande tradição.
Este grupo foi enormemente reforçado sob João Paulo 2º, que vinha da resistência polonesa ao marxismo. Chamou como braço direito e principal conselheiro, seu amigo, o teólogo Joseph Ratzinger, elevando-o diretamente ao cardinalato e fazendo-o presidente da Congregação para a Doutrina da Fé, a ex-Inquisição.
Aí se processou de forma sistemática, vinda de cima, uma verdadeira Contra-Reforma Católica. O próprio cardeal Ratzinger no seu conhecido "Rapporto sulla fede", de 1985, um verdadeiro balanço da fé, dizia claramente: "A restauração que propiciamos busca um novo equilíbrio depois dos exageros e de uma abertura indiscriminada ao mundo".
Ele elaborou teologicamente a opção pelo confronto a partir de sua formação de base, o agostinismo, sobre o qual fez duas teses minuciosamente trabalhadas. Notoriamente Santo Agostinho opera um dualismo na visão do mundo e da Igreja. Por um lado está a cidade de Deus e por outro a cidade dos homens, por uma parte a natureza decaída e por outra, a graça sobrenatural.
O Adão decaído não pode redimir-se por si mesmo, seja pelo trabalho religioso e ético (heresia do pelagianismo) seja por seu empenho social e cultural.
Precisa do Redentor. Ele se continua e se faz presente pela Igreja, sem a qual nada ganha altura sobrenatural e se salva.
Em razão desta chave de leitura, o papa Bento 16 se confronta com a modernidade, vendo nela a arrogância do homem buscando sua emancipação por próprias forças. Por mais valores que ela possa apresentar, não são suficientes, pois não alcançam o nível sobrenatural, único caráter realmente emancipador. Nela vê mais que tudo secularismo, materialismo e relativismo. Essa é também sua dificuldade com a Teologia da Libertação. A libertação social, econômica e política que pretendemos, segundo ele, não é verdadeira libertação, porque não passa pela mediação do sobrenatural.
Para concluir, se o atual papa tivesse assumido uma teologia do Espírito, coisa ausente em sua produção teológica, teria uma leitura menos pessimista da modernidade.
No atual momento se dá o forte embate entre essas duas opções. A Igreja latino-americana pende mais pela opção do diálogo. Esta é mais adequada à cultura brasileira que não é fundamentalista nem dogmática, mas profundamente relacional e dialogal com todas as correntes espirituais.
Somos naturalmente sincréticos na convicção de que em todos os caminhos espirituais há bondade para além dos desvios e que, definitivamente, tudo acaba em Deus.
Não parece ser esta a opção de Bento 16: seus discursos enfatizam a construção da Igreja em sua forte identidade para que seu testemunho seja vigoroso e possa levar valores perenes a um mundo carente deles, como se viu claramente em seu discurso aos bispos brasileiros na catedral de São Paulo.
Essa Igreja é necessariamente de poucos, coisa reafirmada pelo teólogo Ratzinger em muitas de suas obras. Mas esses poucos devem ser santos, zelosos e comprometido com a missão de orientar e conduzir os muitos, sem se deixar contaminar por eles e pelo mundo.
Ocorre que esses poucos nem sempre são bons. Haja vista os padres pedófilos. Por isso, a Igreja precisa renunciar a certa arrogância, ser mais humilde e confiar que o Espírito e o Cristo cósmico dirijam seus passos e os da humanidade por caminhos com sentido e vida.
Cristo Cósmico??? Quá quá quá! Não ouvia essa expressão desde que larguei o esoterismo, há mais de dez anos...
ResponderExcluirLeonardo Boff é mico onde quer que vá, queixando-se de Ratzinger e fazendo-se de vítima do hoje Papa pela enésima vez. Mas esse é um dos passatempos preferidos da esquerda: fazer-se de vítima, para agir à vontade como o opressor por trás da máscara de oprimido. Ora, o Papa é rejeitado pela Teologia da Libertação porque sabe o que isso é: cristianismo por fora, comunismo por dentro.
Sem dúvida, Ratzinger está muito mais perto de nós que Boff. Mas, quando a crentaiada mais chique e "esclarecida" (aspas corpo 50) lê alguma coisa fora dos arraiais evangélicos, recorre inapelavelmente a Boff. [Suspiro de desalento.]
Olá a todos
ResponderExcluirCerta vez eu ouvi um pastor adepto da teologia da Libertação recontar o AT a luz do conflito de classes e da visão teleológica do determinismo histórico marxista.
Isso me deixou bastante preocupado. A partir do momento em que se adiciona esse tipo de visão rompe-se com todo o conteúdo do evangelho pregado por Jesus e propagado por Paulo.
O mais interessante, e que fico me perguntando as vezes.
Por que será que a teologia da libertação, em larga medida, ganha adeptos oriundos da ICAR e Protestantes Históricas?
A ICAR por se uma igreja com um sistema de poder centralizado, consegue abafar. Por sua vez, a Teologia da Libertação permanece presente no cristianismo, principalmente, pela adesão de protestantes históricos, como luteranos, anglicanos e presbiterianos.
Alguém teria uma explicação para tal fato?
Abraços
JP
JP,
ResponderExcluirEu tenho o esboço de uma explicação. Pude notar alguns fatos que favorecem a disseminação da TL:
1. Alguns sacerdotes e estudantes de Teologia são achincalhados e patrulhados por não segirem a Vulgata marxista, em seminários e faculdades.
2. O marxismo é poderosíssimo entre os 'intelectuais' brasileiros.
3. Entre as editoras brasileiras, há uma estratégia para que não sejam publicados livros importantes para o conhecimento do movimento revolucionário;
4. A grande mídia brasileira é INTEIRA esquerdista.
5. Os sacerdotes que são fiéis à ortodoxia não aparecem nessa mesma mídia brasileira.
6. Pelo menos na Igreja Católica, há provas da infiltração de agentes soviéticos desde os anos 50, e desde aquela época preparam um tática de subversão ideológica.
7. O próprio marxismo é sedutor, justamente porque ele alega explicar TODOS os acontecimentos históricos através de um sistema perfeito e irretocável. A ideologia revolucionária já é, em seu próprio conteúdo, tremendamente enganadora e sedutora.
Espero que tenha ajudado :-)
Prezado Mauro,
ResponderExcluirtive curiosidade suficiente para ler muitos dos comentários postados no site do Beckwith, cujo link você sinalizou. Alguns são interessantíssimos, outros, muito engraçados... Transcrevo apenas este:
"Almost a decade ago I (a Mennonite) found myself walking into a bar with a Lutheran, a Roman Catholic and an Antiochian Orthodox. The occasion was a continuing theological discussion after a class at Fuller Sem.
Over many pints and many classes I've come to realize that the differences that divide us are nothing compared to the One who unites us.
Grace and Peace to you and your family from the risen Saviour we all serve". (Jim Getz)
Um dos comentadores, Mark Brumley, sugeriu a leitura do seu artigo intitulado "Why Only Catholicism Can Make Protestantism Work: Louis Bouyer on the Reformation"
(http://www.catholiceducation.org/articles/apologetics/ap0097.html)
Dê uma conferida, e veja também a resposta final do Beckwith aos comentadores.
Abraço,
Oswaldo
Atilio, JP, Norma, Pedro e Oswaldo...
ResponderExcluirDesculpem a demora na atenção, mas os dias estão ocupados...Obrigado pelas contribuições e comentários. Li os comentários finais no blog do Beckwith... sem comentários...
abs
Rev. Nicodemos,
ResponderExcluirLi este seu post hoje, 26 de julho de 2007, (o papa já foi embora há muito tempo ...), mas uma parte do texto me chamou a atenção:
"a cosmovisão defendidos por Beckwith em seus livros ainda são os que muito apreciamos: anti-aborto, pró-família, intelligent design,"
Minha dúvida é: O sr. aprecia o "intelligent design" ?
Pelo que sei (é pouco o que sei), "intelligent design", apesar de ter a idéia de "Deus", vai contra a idéia de interpretação literal da criação.
É isso mesmo?
Prezado Ailsom,
ResponderExcluirQuem escreveu esse post foi Mauro. Todavia, posso responder que aprecio o Design inteligente, que não é bem isso que você está pensando. Leia meu post aqui no blog entitulado "Um Pé na Porta" onde falo do DI.
Abraços.