Meu caro Bonfim,(*)
Foi realmente uma surpresa agradável encontrá-lo este fim de semana em Campos do Jordão, durante o feriado. Embora nossa conversa tenha sido breve, foi suficiente para relembrarmos os bons tempos que passamos quando éramos jovens na Igreja do Recife. Foi uma pena que não deu para aprofundarmos nossa discussão sobre Deus e as tragédias que ocorrem no mundo. Mas, como prometi, estou enviando este email para dar seqüência ao que pude apenas começar a dizer.
Fiquei preocupado com o jeito que você está querendo entender a tragédia que foi a queda do vôo 447 da Air France na semana passada. Você me deu a entender que está revoltado com o fato de que centenas de pessoas boas, desprevenidas, cidadãos de bem, foram apanhados numa tragédia e morreram de forma terrível, deixando para trás famílias, filhos, entes queridos. Você perguntou aflito, “Onde estava Deus quando tudo isto aconteceu?”
Eu entendo a sua preocupação com o dilema moral que tragédias representam quando vistas a partir do conceito cristão histórico e tradicional de Deus. Se Deus é pessoal, soberano, todo-poderoso, onisciente, amoroso e bom, como então podemos explicar a ocorrência das tragédias, calamidades, doenças, sofrimentos, que atingem bons e maus ao mesmo tempo?
Creio que qualquer tentativa que um cristão que crê que a Bíblia é a Palavra de Deus faça para entender as tragédias, desastres, catástrofes e outros males que sobrevêm à humanidade, não pode deixar de levar em consideração dois componentes da revelação bíblica, que são a realidade da queda moral e espiritual do homem e o caráter santo e justo de Deus.
Lemos em Gênesis 1—3 que Deus criou o homem, macho e fêmea, à sua imagem e semelhança, e que os colocou no jardim do Éden, com o mandamento para que não comessem do fruto proibido. O texto relata como eles desobedeceram a Deus, seduzidos pela astúcia e tentação de Satanás, e decaíram assim do estado de inocência, retidão e pureza em que haviam sido criados. As conseqüências, além da queda daquela retidão com que haviam sido criados, foram a separação de Deus, a perda da comunhão com ele, e a corrupção por inteiro de suas faculdades, como vontade, entendimento, emoções, consciência, arbítrio. Pior de tudo, ficaram sujeitos à morte, tanto espiritual, que consiste na separação de Deus, como a física e a eterna, esta última sendo a separação de Deus por toda a eternidade.
Este fato, que chamamos de “queda,” afetou não somente a Adão e Eva, mas trouxe estas conseqüências terríveis a toda a sua descendência, isto é, à humanidade que deles procede, pois eles eram o tronco e a cabeça da raça humana. Em outras palavras, a culpa deles foi imputada por Deus aos seus filhos, e a corrupção de sua natureza foi transmitida por geração ordinária a todos os seus descendentes. Desde cedo na história da Igreja cristã esta doutrina, que tem sido chamada de “pecado original”, foi questionada por gente como Pelágio, que afirmava que o pecado de Adão e Eva afetou somente a eles mesmos, e que seus filhos nasciam isentos, neutros, sem pecado, e sem culpa e sem corrupção inata. Tal idéia foi habilmente rechaçada por homens como Agostinho, Lutero, Calvino e muitos outros, que demonstraram claramente que o ensino bíblico é o que chamamos de depravação total e transmitida, culpa imputada e corrupção herdada. As conseqüências práticas para nós hoje são terríveis. Por causa desta corrupção inata, com a qual já nascemos, somos totalmente indispostos para com as coisas de Deus; somos, por natureza, inimigos de Deus e, portanto, filhos da ira. É desta natureza corrompida que procedem os nossos pecados, as nossas transgressões, as desobediências, as revoltas contra Deus e sua Palavra.
Agora chegamos no ponto crucial e mais relevante para nosso assunto. Entendo que a Bíblia deixa claro que os nossos pecados, tanto o original quanto os pecados atuais que cometemos, por serem transgressões da lei de Deus, nos tornam culpados e portanto sujeitos à ira justa de Deus, à sua justiça retributiva, pela qual ele trata o pecador de acordo com o que ele merece. Ou seja, a humanidade inteira, sem exceção – visto que não há um único justo, um único que seja inocente e sem pecado – está sujeita ao justo castigo de Deus, o que inclui – atenção! – a morte, as misérias espirituais, temporais (onde se enquadram as tragédias, as calamidades, os desastres, as doenças, o sofrimento) e as misérias espirituais (que a Bíblia chama de morte eterna, inferno, lago de fogo, etc.).
A Bíblia revela com muita clareza, e sem a menor preocupação de deixar Deus sujeito à crítica de ser cruel, déspota e injusto, que ele mesmo é quem determinou tragédias e calamidades sobre a raça humana, como parte das misérias temporais causadas pelo pecado original e as transgressões atuais. Isto, é claro, se você acredita realmente que a Bíblia é a Palavra de Deus, e não uma coleção de idéias, lendas, sagas, mitos e estórias politicamente motivadas e destinadas a justificar seus autores. De acordo com a Bíblia, foi Deus quem condenou a raça humana à morte no jardim (Gn 2.17; 3.19; Hb 9.27). Foi ele quem determinou a catástrofe do dilúvio, que aniquilou a raça humana com exceção da família de Noé (Gn 6.17; Mt 24.39; 2Pe 2.5). Foi ele quem destruiu Sodoma, Gomorra e mais várias cidades da região, com fogo caído do céu (Gn 19.24-25). Foi ele quem levantou e enviou os caldeus contra a nação de Israel e demais nações ao redor do Mediterrâneo, os quais mataram mulheres, velhos, crianças e fizeram prisioneiros de guerra (Dt 28.49-52; Hab 1.6-11). Foi ele quem levantou e enviou contra Israel povos vizinhos para saquear, matar e fazer prisioneiros (2Re 24.2; 2Cr 36.17; Jr 1.15-16). Foi ele quem ameaçou Israel com doenças, pestes, fomes, carestia, seca, pragas caso se desviassem dos seus caminhos (Dt 28). Foi ele quem enviou as dez pragas contra o Egito, ferindo, matando e trazendo sofrimento a milhares de egípcios, inclusive matando os seus primogênitos (Ex 9.13-14). Foi o próprio Jesus quem revelou a João o envio de catástrofes futuras sobre a raça humana, como castigos de Deus, próximo da vinda do Senhor, conforme o livro de Apocalipse, tais como guerras, fomes, pestes, pragas, doenças (Apocalipse 6—9), entre outros. Foi o próprio Jesus quem profetizou a chegada de guerras, fomes, terremotos, epidemias (Lc 21.9-11) e a destruição de Jerusalém, que ele chamou de “dias de vingança” de Deus contra o povo que matou o seu Filho, nos quais até mesmo as grávidas haveriam de sofrer (Lc 21.20-26). E por fim, Deus já decretou a catástrofe final, a destruição do mundo presente por meio do fogo, no dia do juízo final (2Pe 3.7; 10-12).
Isto não significa, na Bíblia, que o sofrimento das pessoas é sempre causado por uma culpa individual e específica. Há casos, sim, em que as pessoas foram castigadas com sofrimentos temporais em virtude de pecados específicos que cometeram, como por exemplo o rei Uzias que foi ferido de lepra por causa de seu pecado (2Cr 26.19; cf. também o caso de Miriã, Nm 12.10). O rei Davi perdeu um filho por causa de seu adultério (2Sm 12.14). Mas, em muitos outros casos, as tragédias, catástrofes, doenças e sofrimentos não se devem a um pecado específico, mas fazem parte das misérias temporais que sobrevêm à toda a raça humana por conta do estado de pecado e culpa em geral em que todos nós nos encontramos. Deus traz estas misérias e castigos para despertar a raça humana, para provocar o arrependimento, para refrear o pecado do homem, para incutir-lhe temor de Deus, para desapegar o homem das coisas desta vida e levá-lo a refletir sobre as coisas vindouras. Veja, por exemplo, a reflexão atribuída a Moisés no Salmo 90, provavelmente escrito durante os 40 anos de peregrinação no deserto. Veja frases como estas:
Tu reduzes o homem ao pó e dizes: Tornai, filhos dos homens... Tu os arrastas na torrente, são como um sono, como a relva que floresce de madrugada; de madrugada, viceja e floresce; à tarde, murcha e seca. Pois somos consumidos pela tua ira e pelo teu furor, conturbados. Diante de ti puseste as nossas iniqüidades e, sob a luz do teu rosto, os nossos pecados ocultos. Pois todos os nossos dias se passam na tua ira; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento...
Não devemos pensar que aquelas pessoas que ficam doentes, passam por tragédias, morrem em catástrofes – como os passageiros do AF 447 – eram mais pecadoras do que as demais ou que cometeram determinados pecados que lhes acarretou tal castigo. Foi o próprio Jesus quem ensinou isto quando lhe falaram do massacre dos galileus cometido por Pilatos e a tragédia da queda da torre de Siloé que matou dezoito (Lc 13.1-5). Ele ensinou a mesma coisa no caso do cego relatado em João 9.3-4. Os seus discípulos levantaram o problema do sofrimento do cego a partir de um conceito individualista de culpa, ponto que foi rejeitado por Jesus. A cegueira dele não se deveu a um pecado específico, quer dele, quer de seus pais. As pessoas nascem cegas, deformadas, morrem em tragédias e acidentes, perdem tudo que têm em catástrofes, não necessariamente porque são mais pecadoras do que as demais, mas porque somos todos pecadores, culpados, e sujeitos às misérias, castigos e males aqui neste mundo.
No caso do cego, Jesus disse que ele nascera assim “para que se manifestem nele as obras de Deus” (Jo 9.3). Sofrimento, calamidades, etc., não são somente um prelúdio do julgamento eterno de Deus; há também um tipo de sofrimento no qual Deus é glorificado por meio de Cristo em sua graça, e assim se torna, portanto, um exemplo e um prelúdio da salvação eterna. As tragédias servem para levar as pessoas a refletir sobre a temporalidade e fragilidade da vida, e para levá-las a refletir nas coisas espirituais e eternas. Muitos têm encontrado a Deus no caminho do sofrimento.
O que eu quero dizer, Bonfim, é que, diante de acidentes como a queda do AF 447, devemos nos lembrar que eles ocorrem como parte das misérias e castigos temporais resultantes das nossas culpas, de nossos pecados, como raça pecadora que somos. Poderia ser eu que estava naquele avião. Ou, alguém muito melhor e mais reto diante de Deus. Ainda assim, Deus não teria cometido qualquer injustiça, ainda que aquele avião estivesse cheio dos melhores homens e mulheres que já pisaram a face da terra. Pois mesmo estes são pecadores. Não existem inocentes diante de Deus, Bonfim. Pense nisto, antes de ficar indignado contra Deus diante do sofrimento humano.
Por último, preciso deixar claro duas coisas para você. Primeira, que nada do que eu disse acima me impede de chorar com os que choram, e sofrer com os que sofrem. Somos membros da mesma raça, e quando um sofre, sofremos com ele. Segunda, é preciso reconhecer que a revelação bíblica é suficiente, mas não exaustiva. Não temos todas as respostas para todas as perguntas que se levantam quando um acidente destes acontece. Não sabemos, por exemplo, porque foi o vôo AF 447 e não outro que caiu no oceano matando todos os seus ocupantes. Não conhecemos a vida de seus passageiros e nem os propósitos maiores e finais de Deus com aquela tragédia. Só a eternidade o revelará. Temos que conviver com a falta destas respostas neste lado da eternidade. Mas, é preferível isto a aceitar respostas que venham a negar o ensino claro da Bíblia sobre Deus, como por exemplo, especular que ele não é soberano e nem onisciente e onipotente. Posso não saber os motivos específicos, mas consola-me saber que Deus é justo, bom e verdadeiro, e que todas as suas obras são perfeitas e retas, e que nele não há engano.
No mais, termino com meu apelo para que você esteja sempre pronto a ser chamado à presença de Deus a qualquer instante. Somente em Cristo encontramos perdão para nossos pecados e reconciliação com Deus.
Um grande abraço,
Augustus
(*) Bonfim é um amigo fictício, embora os fatos não o sejam.
Uau caro Reverendo,
ResponderExcluirE eu, pobre de mim; passei a vida toda achando que a cédula que era contra nós havia sido riscada, mediante o sacrifício de Cristo. Ingenuamente, levo (levava) a vida achando que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus até que descubro no seu texto que Deus, a despeito das nossas cautelas e cuidados para não tentá-lo, continua bronqueado com a gente e é capaz de derrubar um avião para mostrar que que "As tragédias servem para levar as pessoas a refletir sobre a temporalidade e fragilidade da vida, .." Fiquei pesaroso sabendo que o Deus misericordioso (pensava eu) da Bíblia, no uso da sua soberania, precisa sacrificar centenas de vidas apenas para nos levar ".. a refletir nas coisas espirituais e eternas".
Ja estava difícil assimilar o deus do R. R. Soares, que disse que "Um avião só pode cair se não houver nenhum justo dentro dele", mas, pelo visto, a pedagogia desse deus irreverente não poupa ninguém.
Estamos irremediavelmente perdidos com esse deus pagão, caprichoso que só ele.
Paulo Silvano
Paulo Silvano,
ResponderExcluirEstou pronto a mudar meu texto desde que você me mostre na Bíblia que o sacrifício na cruz do Calvário realizado por Cristo marca um novo momento na história em que não estamos mais sujeitos às misérias e castigos temporais.
Na minha compreensão, os crentes em Cristo não estão isentos de sofrerem durante calamidades, desastres, tragédias e quedas de avião. João Batista morreu decapitado, os mártires do séc. I foram trucidados por feras, crucificados e decapitados, cristãos morreram aos montes durantes as pragas e pestes e guerras que assolaram o mundo no período bíblico. Perdi dois irmãos, um deles crente em Cristo, num acidente terrível de carro em 1985. Um grande cristão, amigo meu e de minha família, morreu com esposa e filhos na queda de um monomotor no interior de Pernambuco fazem alguns anos.
A cédula foi riscada, sim, mas se você ler o texto de Colossenses direitinho, verá que é a culpa de nossos pecados que foi removida de sorte que herdamos a vida eterna e não isenção de acidentes e habeas corpus contra tragédias.
Sim, Deus tem usado e vai continuar a usar tragédias para nos fazer refletir sobre a vida. E sabe o que é pior, Silvano? A dureza do coração é tão grande que muitos nem estão ai. Veja o que diz Apocalipse 16.9 "Com efeito, os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória".
Percebe-se por seu comentário que você concebe a possibilidade de agradar a Deus e merecer a salvação por seus méritos e obras. Acho que é está ai a raiz do seu pensamento errado.
Pagão e caprichoso é o deus que você formou à sua imagem, Silvano. Não o Deus da Bíblia, cuja ação descrevi no post em detalhes baseados na Bíblia, e que você acaba de insultar.
Graça e paz,Pastor.
ResponderExcluirCom imenso prazer escrevo este comentário,sou seu leitor e ouvinte a muito tempo,admiro seu ministério,louvo a Deus por ele.
Fui mais um vez edificado pelo presente texto,agradeço pela clareza e exposicão Bíblica.
Estamos esperando vc aqui em novo Acamp 2009 nos dias 19 a 21 deste Mês,final desta semana,que benção,rsrrs.
Jocimar Rangel da Silva 3ªIPB Colatina Es
Pr. Nicodemus,
ResponderExcluirO Silvano e tantos outros se esquecem de que Deus é soberano, e de que, em sua soberania, não deve e não tem que nos dar satisfação daquilo que faz, como faz, do jeito que faz e porquê faz. O apóstolo Paulo foi muito claro ao replicar provavelmente alguém como o Silvano, que questionou a justiça de Deus: "Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia. Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece. Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra. Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer" (Rm 9.15-19). Isso é soberania plena, completa e total. Será assim tão difícil entender?
Infelizmente, o sentimentalismo nos move ao errôneo caminho de questionar a Deus como se fóssemos "pobres criaturas, inocentes e injustiçadas" ou então diminui-lo em seu poder. Em qualquer um dos casos é distorção da verdade bíblica, e puro estado de rebeldia; pois "ó homem, quem és tu, que a Deus replicas?".
Abraços.
Infelizmente o Paulo Silvano desconsidera que a maior "injustiça" da Terra foi ordenada pelo próprio Deus Pai antes da fundação do mundo, a saber, a morte do Seu Amado Filho Unigênito:
ResponderExcluir“Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram” (Atos 4:26-28)
Se Deus ativamente ordenou a morte de Seu Filho e nem por isso a Bíblia o chama de mau, mas exalta a Sua Bondade, por que não pode ocorrer calamidades a pecadores, mesmo àqueles redimidos por Cristo? Por que Deus não pode, de forma nenhuma, orquestrar tais calamidades para a Sua glória e para o bem daqueles que o amam?
"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." (Romanos 8:28)
Isso é o que deve confortar a todos os cristãos: que Deus está no controle de todas as coisas, inclusive das coisas ruins que nos ocorrem (seja algum acidente, trauma, sofrimento etc.), mas que tudo coopera para o nosso bem!
Por último, concordo completamente com o comentário acima do Jorge Fernandes.
Parabéns pelo post, Rev. Nicodemus.
Que Deus o continue a abençoar!
Parabéns pelo texto, Dr. Nicodemus. Muito bíblico e claro.
ResponderExcluirQuanto ao irmão Paulo Silvano, acho que ele confunde redenção com glorificação. A redenção não nos isenta de catástrofes, fome, doenças etc. Isso é na glorificação. Rm 8.22-23; 38-39 afirma que nós gememos também. Isso no mesmo capítulo que afirma que o Espírito testtifica que somos filhos de Deus, mas nada nos separará do amor de Cristo.
Portanto, com base nas palavras desse amado irmão, a falta de coerência doutrinária faz-nos desconhecer quem é Deus, como ele está confuso sobre o próprio Deus chamando-o ironicamente de pagão.
Pr. Nicodemos,
ResponderExcluirSei que a internet é certamente o mais rápido, democrático e difundido, meio de comunicação que existe atualmente, e fico feliz pela oportunidade de apreciar a eloqüência de vossos comentários difundida por este veículo apesar de saber que ainda é pouco conhecido e/ou lido pelas pessoas, crentes ou não, e que de certa forma, carecem, por vezes, mesmo sem saber, de reflexões como estas que as reafirmem sobre verdades Bíblicas, embora “esquecidas”, sobre o caráter de Deus.
Fato é que é cada vez mais comum, inclusive no meio cristão, certamente também, inclusive em vosso meio acadêmico, a idealização de um Deus que é totalmente Misericordioso (e sei bem que Ele o é), e que por isso é completamente subserviente aos caprichos das necessidades terrenas humanas, porque é amor. Hoje mesmo ouvi em uma radio daqui de Natal-RN um comentário de um Jornalista reconhecido nacionalmente falando da tragédia e de pessoas que por um ou outro motivo não havia embarcado no avião e sobreviveram enquanto outro caso fala de outro casal que iria embarcar no vôo, mas por atraso, o perdeu, e saiu um vôo depois. Passada uma semana este mesmo casal se envolveu em um acidente de carro, onde, a mulher veio a falecer, e o homem, estaria hospitalizado em estado grave. E levantava a polêmica sobre a hora de morrer, encerrando com o seguinte comentário pessoal: “A idéia de alguém crer em um ser que manuseia vidas como se fossem fantoches sobre um tabuleiro é no mínimo abusiva e absurda”
E a soberania de um Deus que é absolutamente Justo, contra um homem que todos os dias, decide conscientemente rebelar-se e cometer crimes contra esta Justiça Real? E deseja-se, como se possível, arrancar das mãos de Deus o “livro de todo selado, por dentro e por fora, por sete selos”. De um Deus que não somente é Senhor de história, mas que também está no controle desta história e que obviamente intervém nesta história.
Felizmente cresci, por intervenção e Graça do Senhor Jesus, sobre a disciplina de Prs. como Lutero e Calvino Rocha, o Sr., o Rev. Roberto Brasileiro, e principalmente o Pr. Jorge Noda com quem aprendi a inculcar ao coração verdades sobre Céu, inferno e vida eterna. Sobre a necessidade arrependimento do pecado e sobre o Sangue remidor. Que nada posso fazer para pagar ou merecer esta maravilhosa salvação. Cantando hinos que diziam da infinita alegria de um viver ao lado do nosso Senhor. Tentado com estas ferramentas um dia alcançar a excelência de dizer, sem hipocrisia, que minha vida é Cristo e que o morrer é lucro.
Por outro lado triste por perceber que em tão pouco tempo o homem foi capaz de diluir estas autenticidades do evangelho cristão, em sermões cada vez mais voltados a atender solicitudes presentes de um mundo materialista e egocêntrico.
Que Deus abençoe vosso ministério, e que por este possamos continuar sendo ensinados.
Igor Gomes.
o cristianismo bíblico desde o início da história enfrentou o desafio do paganismo ou da religião da natureza. Em alguns momentos ele sucumbiu diante da mensagem pagã, como na maior parte da chamada idade média; e, em outros momentos o cristianismo bíblico emergiu com uma mensagem de crítica à mentalidade pagã, como nos dias da Reforma.
ResponderExcluiro deus pagão é um pequeno deus que permite que o homem busque o seu próprio caminho. O paganismo promove uma sinergia entre a criatura e o criador (se é podemos chama-lo assim). A religiosidade pagã promove a barganha, a troca de favores entre divindade e adoradores. A mentalidade pagã se esforça em criar uma imagem de atualidade, chamando a si mesma de emergente, pós-moderna, contextualizada, mas não importa o rótulo, ela continua sendo a mesma velha heresia.
A Bíblia, no entanto, nos apresenta um Deus soberano, santo, imutável, glorioso, bondoso e misericordioso.
o cristianismo bíblico é relevante para os nossos dias, porque somente ele pode responder a contento as nossas questões de fé.
Diante do sofrimento, os servos de Deus não são chamados para dar explicações, mas para apresentar uma palavra de consolo.
Lembro de uma ocasião, quando um sacerdote influenciado por uma teologia "feita a partir do contexto latino-americano" que prometia a libertação das mazelas sociais, pregou no oficio fúnebre de uma criança que havia sido assassinada por um grupo de extermínio de uma grande cidade brasileira. O sacerdote destilou uma série de estatísticas, citações dos jornais e de Marx e salpicou com alguns poucos versículos bíblicos e ofereceu para a família enlutada uma explicação sócio-econômica para a morte da criança. Não preciso dizer que eles não se sentiram consolados.
Nos momentos de dor e de sofrimento necessitamos de uma palavra pastoral, fundamentada nas Escrituras, e do apoio fraternal da comunidade de fé que nos acompanha.
Por isso, pastor Augustus, acredito que suas palavras foram precisas e confortantes.
Pastoral sem faltar com a substância bíblica. Realmente o Deus que se revela na Bíblia e revela seus atributos choca algumas pessoas. Mas é melhor assim. O "deus" da teologia relacional não é supremo, soberano, todo-poderoso, criador e sustentador. Não promove deleite e satisfação.
ResponderExcluirObrigado pela postagem, pastor. Que o Todo-poderoso console o coração dos entes queridos e amigos dos que sofreram na tragédia. E que Deus soberano console a todos nós que choramos por isso. E que as pessoas enxerguem a Deus e as realidades eternas através do sofrimento.
Abs,
Juan
É uma carta (e-mail)em forma de sermão.Extremamente instrutivo, pois nos relembra terrívelmente os decretos de Deus e nossa fragilidade diante das tragédias e dilemas desta vida.
ResponderExcluirUm abraço forte
Querido pastor Augustus, Paz de Deus.
ResponderExcluirGostaria de ressaltar que esse post é muito valioso e vem em tempo muito oportuno. O fato é que mesmo esta semana em meu trabalho, já fui algumas vezes chamado à discussão deste tema específico e muitas vezes me sinto um pouco frustrado por achar que a minha argumentação nem sempre causa o impacto que gostaria . Talvez por limitações pessoais na argumentação, sempre acho muito difícil falar da justiça e soberania de Deus e dos seus insondáveis propósitos, visto que as pessoas em uma atitude muito natural do coração geralmente estendem a Deus os conceitos humanos de justiça e bons desígnios.
Em suma, agradeço por este post tratar desta questão profunda de maneira muito bem contextualizada, nos dando mais "munição" para fazer com que os momentos de discussões sobre as mazelas do mundo possam ser momentos onde Deus é glorificado e sua vontade e soberania aceita e compreendida.
Danyel
Puxa, Augustus, seu debate com o Silvano é desigual. Enquanto seu texto está recheado de Bíblia, Silvano só pode se queixar. Mais nada.
ResponderExcluirEsta turma, querendo "salvar" Deus, acaba por sepultá-lo na irrelevância.
Se Deus não é absolutamente soberano, se nem um fio de cabelo cai de nossa cabeça se não for por sua santa vontade, então estamos todos roubados, presos numa piada cósmica.
Estamos diante de uma divindade impotente, que sofre mas não pode assegurar absolutamente o triunfo do bem sobre o mal, já na santa comunidade cristã.
Ou, colocando de outra forma: se não foi um Deus justo e bom que decretou permitir a queda do Airbus, quem ou o quê o fez? O diabo? O acaso? A mãe natureza? E se Deus não é soberano, que esperança de conforto e vitória podemos ter no fim? O que fica, é que estes que negam a soberania e onipotência divina acabam por cair num dualismo metafísico inconsistente com a revelação bíblica. Tudo para tentar defender quem não precisa de defesa: o Deus justo, santo, soberano e bom. O Deus que faz a paz e cria o mal, que chama Ciro antes dele ter nascido.
Goel
Sim, eu creio na revelação do caráter de Deus pelas Escrituras. E, na minha ignorância, não tenho do que discordar das palavras do pastor Nicodemus.
ResponderExcluirMas, face a face com um familiar de uma vítima de uma efeméride como esta do Airbus - como confortá-la? Que tipo de abordagem?
Sei e creio na direção do Espírito Santo, contudo peço, por gentileza, orientação de um irmão.
Feliz cada novo dia...
Leo
Graça e Paz, (de fato)
ResponderExcluirReverendo,
Seu texto tem a pretensão de ser bíblico, e que de fato só pode ser assim afirmado pela ótica calvinista.
Mas existem outras maneiras, diferente da calvinista, que também advogam a si o serem bíblicas.
Tentar salpicar a doutrina da soberania como se para que Deus fosse soberano, Ele não pode ser livre, isto é decidir agir em relação ao mundo por meios que não decretos, é desconhecer qualquer outra forma de governo que não a imperialista.
Mas, apenas gostaria de deixar a reflexão de Santo Anselmo que "Deus não é só maior do quanto se pode pensar, mas Deus é o melhor do que se pode pensar".
Bem, me parece que existem seres humanos, que aliás a Bíblia usa como exemplo,melhores do que o Deus descrito neste texto calvinista.
Apenas, acredito piamente que nenhum cristão deveria ter outra imagem de Deus que não a de Jesus Cristo. N'Ele, todas as sombras e dúvidas que haviam sobre Deus foram sanadas, pois deixa explícito: DEUS É AMOR.
Leo,
ResponderExcluirQuando eu escrevi este texto, tinha em mente, não os familiares das vítimas e o consolo que elas precisam, mas as indagações e dúvidas quanto a Deus que muitas pessoas levantam diante de tragédias desta natureza.
Meu texto, portanto, não abordou a questão do conforto e consolo para os afetados com o desastre.
O que eu diria a elas? Numa hora destas, talvez a melhor coisa, inicialmente, não fosse dizer nada, mas chegar junto, orar, abraçar, chorar com a pessoa.
Se a pessoa fosse crente em Cristo, Se mais tarde houvesse oportunidade e fosse próprio, eu talvez dissesse duas coisas:
1) Tentaria consolar a pessoa com as palavras de Paulo aos parentes chorosos de mártires em 1Tessalonicenses, quando o apóstolo os conforta falando do reencontro de todos os crentes na vinda do Senhor.
2) Lembraria que Deus mostrou o seu amor através daquela que foi a maior de todas as tragédias, a morte de Seu Filho na cruz, crucificado injustamente, entregue pelo próprio Deus para morrer pelos pecadores, para que estes possam crer e viver eternamente, inda que perecendo em desastres.
Se a pessoa não crer nas Escrituras, este conforto de pouco adiantará.
Em nenhum caso, todavia, eu tentaria confortar alguém dizendo que Deus não tem nada a ver com isto, que ele não sabia do que ia acontecer e que ele não podia fazer nada para impedir a tragédia.
Jadielson,
ResponderExcluirVocê está certo quando diz que meu texto parte da ótica calvinista. Disto nunca fiz segredo. Basta ver os dizeres iniciais da nossa página principal no Tempora-Mores.
Todavia, o que faz um texto ser bíblico não é se ele é calvinista ou arminiano, mas se ele reflete, representa, explica, traduz, interpreta de maneira isenta, fiel, o ensino das Escrituras.
Por este motivo, concordo com você que existem outras maneiras, diferentes da calvinista, que advogam ser bíblicas. E pessoalmente creio que irmãos de outras persuasões têm feito excelentes interpretações e leituras das Escrituras.
O que não posso concordar é quando calvinistas, arminianos, teólogos relacionais, pentecostais, etc., seja quem for, faz violência ao texto bíblico, nega sua autoridade, ignora porções relevantes ao mesmo.
Como, por exemplo, é o seu caso.
Você diz que meu texto não é bíblico. Todavia, não vejo qualquer fundamentação bíblica em seu comentário. que possa dar suporte às suas afirmações. Você não gosta do meu texto simplesmente porque é um texto calvinista. Paciência.
Se o máximo que você pode apelar é Anselmo, porque me critica por seguir Calvino?
Caro Augusto,
ResponderExcluirNão disse que o seu texto não seja bíblico.
Minha intenção, se não transpareceu, era e é, dizer que todos com diferentes leituras dizem ser.
O que torna, não a Bíblia, mas as interpretações apenas pretensões.
A Bíblia, é de fato o conjunto de livros escolhidos como canônicos, mas as interpretações não são canônicas.
Apenas me referi, nada contra o calvinismo, ao fato de que a afirmação de ser Bíblica é bonita, mas relativa.
Jadielson,
ResponderExcluirObrigado por esclarecer seu comentário. Você tem razão quando diz que somente a Bíblia é infalível e que todas as interpretações são sujeitas ao relativismo.
O que eu ainda gostaria de argumentar é que a nossa subjetividade não é tal que nos impeça de acertar na leitura e na interpretação. E que quanto mais o intérprete está consciente de seus pressupostos mais capaz será de manter sua subjetividade em cheque.
De outra maneira, como você poderia ter sido capaz de ler meu texto, interpretá-lo e interagir com ele, se a leitura e a interpretação fossem tão subjetivos a ponto de jamais podermos estar certos de que realmente entendemos o que o autor quis dizer?
Você entendeu perfeitamente o que escrevi no post. Apenas discorda, mas que entendeu, entendeu, o que prova meu ponto.
Pois bem, da mesma forma que você leu e entendeu o que eu escrevi, é possível ler e entender corretamente o que o autor bíblico quis dizer ao escrever o texto sagrado. É nessa confiança que me atrevo a dizer que estou persuadido, por enquanto, que minha leitura e interpretação do que a Bíblia diz sobre Deus e as tragédias não estão tão equivocadas assim.
Gostei mesmo da frase
ResponderExcluir"é preciso reconhecer que a revelação bíblica é suficiente, mas não exaustiva. Não temos todas as respostas para todas as perguntas que se levantam quando um acidente destes acontece".
Ao meu ver, é exatamente na questão da ausência do "exaustivo" que a interpretação de eventos trágicos leva a conclusões divergentes.
Quem somos nós para entendermos tal tragédia (e tragédias piores como a matança de cristãos e animistas no Sudão, a opressão na Coreia do Norte etc) à luz da verdade revelada sobre a soberania divina na Biblia. Nosso Deus está além do nosso entendimento. Basta entendermos o que ele revelou. E é pouco diante de toda a eternidade.
Em relação a tragédia do AF447 nada posso declarar, apenas ser solidário com as vítimas e parentes. Muitas vezes fiz este trajeto com a Air France e sempre tive maravilhosas viagens. Resta-me agradecer a Deus e ao mesmo tempo ficar sem respostas diante deste dilema.
Acho que não é nossa tarefa explicar tragédias (acabaremos criando uma imagem errada de Deus), mas sim consolar e ajudar os atingidos.
Deus os abençoe!
Matias
Reverendo,
ResponderExcluirÀs vezes fico pensando em como o comportamento de Deus para com nós é muitas vezes paradoxal, aos olhos humanos. Vemos um Deus irado com a raça humana caída, não poupando sequer os escolhidos dos castigos temporais, já que até mesmo os escolhidos não perderam sua natureza caída, necessitando de uma capa santa para cobrí-los diante de um Deus santo e justo, justificação essa obtida pela morte de Cristo.
Porém, vejo na Bíblia também um Deus amoroso, apaixonado pelo seu povo, doido por manter um relacionamento de amor com o homem, e que ao mesmo tempo se sente desprezado pelo Seu povo, sofrendo por causa disso. Nos profetas, por exemplo, vemos essas duas imagens: a do pai irado e a do cônjuge desprezado. Em Jeremias, vemos muito claramente isso, pois nos primeiros capítulos Deus se mostra como um pai ofendido tentando argumentar com um filho rebelde. Mas em Jeremias também, o mode de Deus falar muda no meio do caminho, do de pai para o de amante, no caso um amante traído, que deseja ser amado. Em Oséias vemos Deus sofrendo novamente pq o povo rompera com o fluxo de dependência, e lá vemos a profunda tristeza de Deus que queria uma esposa, mas só conseguiu encontrar uma filha. Reverendo, lendo as Escrituras, me pego sempre com algumas dúvidas, e angústias, pois de um lado vemos um Deus irado com a humanidade, que não poupa nem o povo escolhido (e isso é bíblico), e de outro vemos um Deus que ama demais seu povo, que quer sempre recomeçar, que envia seu Filho para morrer pelo seu povo, um Deus que ama e necessita ser amado pelo seu povo. Confesso que não consigo entender Deus completamente, reverendo...E o engraçado é que não dá pra ficar bravo e indignado com Deus por qualquer de seus atos, quando olhamos pra Jesus...eita, sujeito fácil de se amar! Ficamos mesmo constragidos com o amor de Cristo!!
Desculpe por me empolgar e escrever demais, mas precisava abrir meu coração e compartilhar essas dúvidas e angústias com o senhor. O que o senhor acha, reverendo?
Parabéns pelo texto!
Marco Duarte
“Onde estava Deus quando tudo isto aconteceu?” Quando a tragédia aconteceu Deus estava (e está) em todos os lugares, como o Criador e Sustentador de tudo (Jó 38-41). Essa é a resposta, ou melhor, a síntese das 70 perguntas feitas por Deus a Jó. O problema é que a pergunta “Onde estava Deus quando tudo isto aconteceu?” já contém a primeira sentença a Deus: "Ele não é bom". Isso por que a pergunta de Bonfim é dominada pela avassaladora emoção dos fatos. Colocamos, então, Deus no banco dos réus mais cruéis da História. Atribuímos a Ele a culpa.
ResponderExcluirCreio também (e não me entendam mal) que isso é legítimo. Quem, no momento de maior angustia, nunca se sentiu um "ateu" por pensar distorcidamente sobre Deus e sua bondade? “Onde está Deus? Esse é um dos sintomas mais inquietante... Se a bondade de Deus não é coerente com o ato de nos ferir, então, ou Deus não é bom, ou não há Deus algum: pois na única vida que conhecemos Ele nos fere de um modo tal, além de nossos piores pavores, acima de tudo o que podemos imaginar. Se essa bondade for condizente com o ato de nos ferir, então Ele pode muito bem fazer isso depois da morte de maneira tão intolerável quanto antes dela. Às vezes é difícil não dizer: "Deus, perdoe a Deus". Às vezes, é difícil dizer tanto; mas, se nossa fé for verdadeira, ele não fez isso. Ele crucificou-se... (C.S.Lewis).
Mas antes de fazermos o julgamento de e sobre Deus e lavrarmos a segunda sentença (a de morte por “injustiça” divina), é ,sem demora, essencial nos lançarmos aos pés do Salvador e nos agarrarmos a boa teologia de que "culpa" é algo atribuído somente a pecadores e não ao Santo. Com isso a dor não terminará de súbito, porém ela não será maior do que Deus. A tragédia que aconteceu no Éden (Gn 1-3) dá “o porquê” de todas as demais tragédias. Já a cruz de Cristo Jesus responde a pergunta: “Onde estava Deus quando tudo isto aconteceu?”
Caro Rev. Augustus,
ResponderExcluirexcelente texto como sempre. Grato a Deus por sua vida e discernimento. Permita-me apenas avaliar uma questão : É interessante como as tentativas de se questionar a autoridade da Escritura vão se sofisticando. Antes era o texto que poderia conter erros, agora são as interpretações que são pretensões !!!
Me perdoem todos, mas se a interpretação do Dr. ao (pequeno)texto do Paulo Silvano foi essa...(?!?!?!) então não se pode nem começar a discutir interpretação que ele faz da Bíblia. Vai ficar difícil.
ResponderExcluirMe parece que esse Paulo Silvano disse outra coisa!!!
Joel Santos
Rev. Augustus,
ResponderExcluirMuito bom texto. É interessante como as pessoas esquecem que a tecnologia sempre estará passível de falha, principalmente se há deslocamento físico em alta velocidade. Esquecem que o acidente será sempre o fantasma da tecnologia, pois se há a possibilidade, também é bem possível que ele ocorra.
Elas esquecem também que somente Deus pode, de modo soberano, permitir ou não que este acidente ocorra, pois todas as coisas estão sujeitas a sua vontade, quer queiramos, quer não.
Agora imagine reverendo, o que estas pessoas estão pensando sobre uma passageira chamada Johanna Ganthaler, que passou uns dias de férias no Brasil com ao seu marido e não embarcou no avião da Air France e mesmo assim morreu no dia 12 de Junho num acidente de carro em Kufstein, na Áustria. Apenas 12 dias depois.
Fico imaginando, se muitas pessoas já se atreveram a chamar Deus de injusto com o que ocorreu no vôo 447, o que dirão desse episódio tão fatídico? Tão misterioso? E colossalmente coincidente?
Abraço.
Olá
ResponderExcluirAugusto
Estava sentindo falta dos seus artigos, mais esse chegou nos colocando mais agua na boca para a chegada de um novo.
Infelismente muitos ainda querem intepletar Deus com o sentimento e não com as escrituras, principalmente quando essas são duras.
Deus abençoe
Rev. Augustus,
ResponderExcluirMais uma vez o senhor foi feliz em suas palavras.
Louvo a Deus pela tua vida e pela capacitação do Espírito Santo.
A forma como o senhor trata a Palvra de Deus é preciosa!
Parabéns!!!
Pr. Diego Ramon
(Presbiteriana de Rio Doce - Olinda-PE)
Caro Reverendo
ResponderExcluirFui enganado pelo título...
Creia-me que iniciei lendo o texto pensando que tinhas de fato encontrado com o Gondim, sim aquele outro pastor de debates anteriores sobre a mesma temática.
Só no final é que vi que Bonfim não era o Gondim.
Lembrei então que Conan Doyle inventou o famoso Sherlock Holmes, mas depois Maurice Leblanc no seu Arsene Lupin derrotava Herlock Sholmes, e eu menino levei vários livros sobre o Arsene Lupin para descobrir (cair a ficha) que Sholmes não era Holmes... assim como agora fui enganado em não perceber que Bonfim não era o Gondim.
Terá sido intencional?
Se foi, muito criativo.
Se não foi, mesmo assim uma coincidência notável.
Tirando as divagações de lado, para mim basta pensar na morte.
Não seria uma injustiça a morte do cristão?
A morte não é o pior prato de sofrimento que o homem pode comer?
Deus não seria injusto matando todas as pessoas?
E olha que já fiz mais ou menos as contas, mas não é preciso fazê-las, no final do blog do Reverendo Folton vem um gráfico atualizado on-line, que dá por estatística e aproximação o número de mortos desde o início do ano.
Exatos 26 milhões trezentos e onze mil (às 08:03) desde o início do ano.
Como a Bíblia afirma que nenhum passarinho morre sem que Deus antes autorize, então isto dá uma conta de (26 milhões / Aproximadamente 180 dias desde o início do ano) 146 mil mortes por dia....
Ou seja, não dá para ficar julgando a Deus.
Pois ele biblicamente falando, autoriza a morte de 6000 pessoas por hora, mais ou menos 100 por minuto.
Aos olhos humanos existe coisa mais macabra?
Imagine qualquer humano (Hitler) autorizando a morte de 100 pessoas por minuto?
O irmão lá do primeiro comentário precisa se converter ao verdadeiro Deus da Bíblia, infelizmente esta é a verdade, do contrário, ao ler a Bíblia e depois fazer as contas acima, e se continuar pensando o que pensa, vai acabar blasfemando contra Deus, e seu comentário final quase se aproxima disto.
Por esta teologia do Deus somente bom, o cristão ao se converter, deveria ser arrebatado na hora, em vez de passar pelo processo da morte.
Mas então (já estou me estendendo, desculpe) as igrejas estariam vazias, pois ninguém iria querer passar pela conversão e vivificação do Espírito Santo, pois a morte seria certa....
Seria até interessante.... não custa lembrar que conheço vários irmãos que na hora da morte quando de câncer ou outra doença terminal, primeiro apelaram para os melhores médicos (até ai tudo bem), depois os melhores profetas, depois curandeiros, e já conheci um que chegou a ir a uma “irmã” índia que tinha o poder de curar... O texto “viver é Cristo e morrer é lucro...” não está na Bíblia destes irmãos.
A questão da morte é pergunta que não se faz numa igreja. Tipo “Quem quer ir para o céu?” Muitos levantam a mão. “Agora pela morte?” A maioria baixaria a mão.
Não é uma hipocrisia isto tudo?
E a separação de Deus (irado) e Jesus (amoroso) também me incomoda.
João não diz que Jesus ERA Deus, e que ESTAVA com Deus, e que TODAS as coisas foram feitas por Ele e SEM ELE nada do que foi feito se fez? O apóstolo não diz que Deus (E Jesus igualmente portanto sendo eles UM) está antes de todas as coisas?
Então como conseguem fazer esta distinção entre irado (Deus) e amoroso (Jesus)?
Quem foi o vingador que passou pelo Egito para matar os primogênitos? Não foi Jesus?
São politeístas estes irmãos?
Que Deus os convença da Verdade e os traga submissos e cativos ao que está revelado nas escrituras.
Se Ele quiser Ele fará isto.
E é a minha esperança para estes irmãos.
Joel Santos,
ResponderExcluirFica mais fácil se você disser o que realmente Paulo Silvano quis dizer e que eu não entendi, nem nenhum dos mais de 15 comentaristas que escreveram em seguida, e que só você entendeu.
Abs.
Prezado Dr Augustus,
ResponderExcluirUm acidente de avião, na minha opinião, chama a atenção grande parte por causa do sensacionalismo da imprensa. Como a Gripe Suína, que ameaçava infectar a humanidade mas parece que deu uma "aquietada"...
Desculpe se soa frio ou insensível, mas enquanto as pessoas colocam Deus na cadeira dos réus por causa de 228 pessoas que morreram juntas num acidente de avião, outras milhares morreram naquele dia e todos os dias pelos mais diversos motivos: fome, assassinatos, incêndios, doenças, acidentes, etc. Mas isso não causa comoção nas pessoas.
Tem uma frase, me perdoem a ignorância por não ter certeza do autor e de como ela é escrita originalmente, mas a idéia é de que a Palavra de Deus repele os que não a querem entender e atrai os que abrem o coração pra ela, algo assim... creio que essas tragédias também tem esse efeito de repelir-atrair os homens para a presença de Deus.
Diante desses fatos, uns temem a Deus... outros se acham no direito de julgá-lo...
Fico com Paulo, o apóstolo, não o Silvano:
"Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: 'Por que me fizeste assim?'" (Rm 9.20)
Rev. Augustus,
ResponderExcluirGostaria de cumprimentá-lo pela precisão com que conceituou as tragédias sob a ótica Cristã.
Todas essas tragédias levam-nos a mostrar como somos frágeis e dependentes de DEUS. O irmão mencionou o Salmo 90, pois gostaria de destacar o verso 1º que, com todas as letras, diz que nosso refúgio é o SENHOR (de geração em geração). Só podemos existir, respirar, sobreviver, enquanto DEUS quiser...
É loucura pensar diferente. Nossa existência é absolutamente dependente da Graça e da Vontade de DEUS. Estamos aqui para cumprir um propósito específico, que somente o SENHOR conhece.
Pessoalmente, fico muito feliz e confortado sabendo que toda a minha vida está nas mãos de DEUS. Diariamente, sinto seu cuidado. Infelizmente, a grande maioria das pessoas não percebe o que ocorre bem na frente delas!!!
Como irei morrer, sinceramente, não me interessa. Tragédia, doenças, acidentes... Não importa. O que importa é que, fazendo coro com o Apóstolo Paulo, "(...) porque sei em que tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele Dia.".
Como o SENHOR é grandioso, eterno, imutável, poderoso etc. e nós miseros pecadores, perenes, fracos etc.. As tragédias nos contam, com todas as letras, essa grande verdade.
Já vivi tragédias pessoais fortes. Talvez a principal foi ver meu irmão caçula morrer aos 24 anos, de forma repentina. Mas, o SENHOR sempre esteve comigo e nunca me abandonou.
Quanto ao sofrimento das vítimas é óbvio que nos comove profundamente. Fico imaginando quantas famílias não foram bruscamente separadas. Sonhos e ilusões destruídos...
A dor é muito forte... Mais uma vez, voltando ao Salmo 90, não foi à toa que Moisés orou pedindo que DEUS nos alegrasse por tantos quanto nos tem aflingido (verso 15).
Rev. Augustus, será que nós já estamos vivendo o "princípio das dores"? Ou já estamos além? O senhor poderia nos dar a sua opinião?
O grande consolo é que o SENHOR JESUS está voltando e enxugará todas as nossas lágrimas!!!
Que DEUS o abençoe e continue a lhe inspirar na condução de seu ministério.
Cordialmente, em Cristo Jesus.
Cristiano Pereira de Magalhães
Prezado Pr Augustus, sou um reformado de Belém do Pará. Quero lhe parabenizar por sua coragem de se posicionar biblicamente diante de diversas situações polemicas da vida, como no caso deste terrível acidente e sua relação com Deus. Creio que nós seres humanos finitos sempre teremos dificuldades de entender os planos do Infinito e Soberano Deus. Por isso devemos ir até onde sua Palavra nos informa e não dar nem um passo adiante e corajosamente não dar nenhum passo atrás com o intuito de agradar os homens. Creio que foi isso que o senhor fez em seu texto: Ficou com a Bíblia. Que Deus continue dando desta graça ao senhor Pr Augustus!
ResponderExcluirCoelho Jr
Prezados(as),
ResponderExcluirNão consigo entender o drama. O homem cresce, nasce e morre. Assim foi determinado antes da criação do mundo. A verdadeira vida, em função disso, é claro que não está neste mundo. Vivemos na caverna.
Da minha parte, estou ansioso para, cumprindo as minhas responsabilidades neste mundo, passar a viver no outro. Suponho - aliás, tenho certeza - de que lá é que a vida vale a pena!
Caro Oliveira,
ResponderExcluirA carta ao Bonfim não é resposta direta à teologia relacional, mas acaba tocando aqui e ali em alguns pontos.
Tem uma postagem que trata do pensamento do Pr. Gondim de forma direta em:
http://paoevinho.wordpress.com/2009/06/16/ricardo-gondim-o-hemofobico/
Caro Augusus,
ResponderExcluirParabéns pelo texto! Como sempre seus escritos são vazados em sólida teologia bíblica e não dão margem para que pessoas como Paulo Silvano (do primeiro comentário) e Jadielson enxerguem brechas nos teus escritos. O curioso é que a maioria dos teus críticos não apresenta razões bíblicas para tentar te refutar, e ficam procurando razões filosóficas e humanistas para lograr algum êxito (para eles, o teu antigo apelido de "Brutus" se justifica por essa tua postura - kkk!).
Realmente, o assunto que você escolheu para dissertar é bastante complexo, algo que ainda está bastante recente nos sentimentos de todos nós que acompanhamos as notícias dessa tragédia. Mas algo tinha que ser dito de uma perspectiva bíblica, e você fez isso com maestria, ao refutar os postulados difundidos pelo Teísmo Aberto (Teologia Relacional). ABRE PARÊNTESE.Inclusive, acho que você não escolheu o nome "Bonfim" por acaso. Penso que você raciocinou que, se todas as coisas são para a glória de Deus, elas visam mesmo um "bom fim" (entendeu o trocadilho? kkk!). FECHA PARÊNTESE.
Aproveitando o "gancho", o tema que você abordou está presente no herético livro "A Cabana", do qual escrevi uma resenha e publiquei no meu blog (opticareformata.blogspot.com).
Se puder, dê uma olhadinha e comente a respeito.
Um grande abraço!
Rev. Augustus,
ResponderExcluirEm sua resposta ao Oliveira no remete ao texto postado em http://paoevinho.wordpress.com/2009/06/16/ricardo-gondim-o-hemofobico/
Quem é o autor deste texto? Não me parece de sua lavra, esta eivado de uma visão pré-milenista...
Rev. Sandro
Sandro,
ResponderExcluirNão, não é da minha lavra. Indiquei apenas por que ele trata de forma muito direta da visão do Pr. Gondim quanto às tragédias no AT, enquanto que meu post só tangencia, de leve, o pensamento deste pensador.
Abs.
Caro professor,
ResponderExcluirqdo li esse seu artigo ele contava com apenas os 2 primeiros comentários.
Fui vendo os comentários crescendo e se perdendo em duas linhas: uma de elogios à sua teologia [ou à sua pessoa] como se ela fosse "novidade" [a impressão q tive é q nem todos conhecem teologia reformada...]; e a outra, voltada para críticas ao primeiro comentarista.
Esquecendo de discutir o assunto em si -o ponto de vista bíblico da questão da soberania de Deus relacionado às castátrofes e desastres de grandes proporções, e aproveitar do autor,
foram se perdendo em considerações q flutuaram na periferia. Essas podem afastar aqueles q poderiam aprender dos q pensam conforme a teologia que é a "essência da Bíblia e nada mais", como diria Spurgeon.
Minha oração é q o "chicote" da Reforma possa ter benéficamente açoitado àqueles que, de uma forma menos bíblica, pensam diferente de da forma exposta pelo texto.
Um grande abraço...
Angélica Mansano.
Caro reverendo, agradeço muitíssimo pelos serviços prestados ao meu reino. Graças aos seus textos, muitas e muitas pessoas, que não poderiam, graças ao parco senso de justiça que possuem, castigar nos netos as faltas dos filhos, se afastarão ainda mais da imagem que você pinta do seu Deus (que é capaz de punir em todos os castigos de dois seres humanos...). Até incitei um rapazinho a escrever alguma coisa sobre seu post, mas ele não se convenceu. E estava certo, devo reconhecer: se o senhor descobre de onde ele é, não mediria esforços para expulsá-lo de sua amada IPB, afinal de contas, quem não "rezar em sua cartilha" (perdoe o termo "rezar") não reza na cartilha de Cristo. Outra forma de dizer isso seria: quem não é pelos puritanos é contra Cristo..., daí a cruzada de vocês para exterminar qualquer pensamento diferente. Fico muito feliz pela qualidade do exercício de amor cristão que tens demonstrado. É assim que eu gosto! O senhor já pensou, sinceramente, que, se os métodos inquisitoriais de outrora fossem mantidos, o senhor mesmo mandaria uns e outros para a foqueira em nome da sã doutrina? Continue assim, caro reverendo, em sua cruzada pela ortodoxia... e jogue ainda mais lama na cruz do meu inimigo. Saudações,
ResponderExcluirSatã.
Satã,
ResponderExcluirNão foi à toa que meu Mestre e Salvador disse que você é o pai da mentira, e que nunca se firmou na verdade.
Não foi sem razão que ele disse que os teus servos, Satã, se transfiguram em ministros de Cristo, da mesma forma que tu te transfiguras em anjo de luz. A prova é que este servo que tu usastes para escrever este comentário o faz como se movido por piedade ou interesse nas pessoas. Tudo mentira.
Não é à toa, Satã, que a Bíblia diz que tu usas pessoas fracas, covardes, que se prestam a teu serviço, como Judas, pois tu não tens coragem de assumir, de revelar tua verdadeira identidade.
Certa está a Palavra de Deus, Satã, quando diz que em breve você será pisoteado por mim e pelos meus irmãos em Cristo, pois Ele já esmagou a tua cabeça na cruz e na ressurreição.
Peço licença para dizer aos leitores que discordam de mim que não considero que o façam por estarem endemoninhados, como o leitor que fez este comentário.
Aliás, Satã, já passamos do meio milhão de acessos ao blog, deve ser por isto que você está todo magoado.
Pastor Augustus Nicodemus,
ResponderExcluir"Deus já decretou a catástrofe final, a destruição do mundo presente por meio do fogo, no dia do juízo final (2Pe 3.7; 10-12)."Gostaria de saber se o senhor sustenta a posição de que o mundo, a criação será aniquilada? Grato,
André Marques.
Rev. Augustus,
ResponderExcluirQuando Satanás se preocupa em mexer é porque está se sentindo incomodado.
Obs: Não sou "pentecostal' viu!? kkkk
Parabéns mais uma vez pelo texto,
Em Cristo,
Pr. Diego Ramon
(IP Rio Doce - Olinda-PE)
Graça e paz Rev. Augustus.
ResponderExcluirLi o seu post e fui muito edificado por ele, então, que o Senhor continue dando habilidade as suas mãos para escrever (ou seria teclar?) outros tantos textos dignos de apreciação.
Mais ou menos na linha do que o Sr. escreveu, gostaria de deixar aqui as palavras de William Hendriksen em seu livro Mais Que Vencedores, pág. 115-116.
“Sempre que, na História, a Igreja é fiel à sua vocação e dá testemunho da verdade, sobrevirão tribulações. Mesmo à parte desse fato, a Igreja está no mundo. Conseqüentemente, ela sofre junto com o mundo. Os filhos de Deus não escapam aos horrores da guerra, da fome e da pestilência. A Igreja precisa dessas tribulações. Precisa tanto do antagonismo direto do mundo quanto da participação comum nos espantos que pertencem à vida terrena como resultado do pecado. A igreja, também, é pecadora. Tem constante necessidade de purificação e santificação.
Essas tribulações, portanto, são empregadas pelo nosso Senhor como instrumento para o nosso progresso espiritual. Vemos o estrado dos pés de Deus. Não nos esqueçamos do seu trono! Costumamos dizer que todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus, que são chamados pelo seu propósito, mas cremos nisso? Algumas vezes falamos e agimos como se o controle dos eventos e o destino do mundo estivesse nas mãos de homens em vez de nas mãos de Deus. [...]
No meio da provação e da tribulação, possam os nossos olhos estar fixos naquele que é Rei dos reis e Senhor dos senhores. ”
Sei que o contexto do Dr. Hendriksen é um “pouquinho” diferente do seu post, mas achei pertinente transcrevê-lo aqui por causa dos temas do sofrimento e da Soberania de Deus que estão presentes em ambos os textos.
A conclusão que tiro é que algumas vezes o cristão consegue ser tão prepotente (senão mais) quanto aqueles que não professam a fé cristã. Agem dessa maneira por acharem que estão em uma condição especial de graça (e de fato estão) e que por essas e outras (como viver uma teologia triunfalista, por exemplo) erroneamente pensam e se sentem como se tivessem que ter o “corpo fechado” por causa da obra de Cristo.
Assim, termino minhas considerações citando Paulo em Filipenses 1:29: “Porque a vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nele, como também padecer por ele”. (grifo meu)
Abraços fraternos,
Mac.
Essa versão desatualizada do Fitafuso veio do nada bater papo num blog que não prega teo da prosperidade, maldição hereditária e aberrações teológicas afins. Quem diria!! O velho Satã que agia na maioria das vezes no anonimato e sutilmente agora tá afim de blogar e aparecer diretamente e assinar o nome. Cansou de ficar atrás dos "grandes" tele evangelistas? Parou de se parecer com anjo de luz porque?? E o pior (pra vocês, claro!), parou de citar distorcidamente a Palavra de Deus, como fez lá no Éden e no deserto com o Senhor Jesus. Virou uma espécie de colunista opinativo de tablóide? Falou em puritanismo, em ortodoxia, cartilha, mas foi tão vago e genérico na resposta que nem convenceria um outro Vermembile qualquer de seguí-lo como discípulo. Aconselho a leitura pra você, Satã, dos livros "Os Puritanos" de Lloyd-Jones e "Apologética" de Alister McGrath. O segundo pode te ajudar a convencer mais e o primeiro vai te ajudar um pouco a citar com propriedade a palavra "puritanismo". Volte a estudar a Bíblia, especialmente o livro de Atos. Você sempre se opôs a Palavra. O melhor que você pode fazer na blogosfera é incentivar outros blogueiros a continuar escrevendo posts sobre teo relacional e afins +, como sempre, artigos sobre fofocas e sexo. Afinal, muitos e muitos crentes gostam disso mesmo.
ResponderExcluirSatanás é mentiroso, rev., mas esse daí tá muito longe de ser astuto. Coitado. Vai virar motivo de chacota aqui kkkk
Caro Pr. Augustus
ResponderExcluirFique firme na luta e que Deus lhe sustnte!
Luiz Correia
Para ser sincero, acho que gostei mais da resposta ao Paulo Silvano do que da carta ao "Bonfim". Muito bom!
ResponderExcluirQue Deus continue o sustentando, e levantando mais servos Dele, como o sr.
Abraços.
hehehe, tenho certeza que esse satazinho mediocre aí não é aquele descrito em Judas vers 9; Mas deixando a piadinha com a cara do cão de lado, fiquei numa duvida: essa afirmação, "Em outras palavras, a culpa deles foi imputada por Deus aos seus filhos, e a corrupção de sua natureza foi transmitida por geração ordinária a todos os seus descendentes", não entra em conflito com Ezequiel 18:2 "Que pensais, vós, os que usais esta parábola sobre a terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram?" Um forte abraço e que Deus, em sua soberania, continue lhe abençoando. Paz...
ResponderExcluirCaro Nicodemos,
ResponderExcluirRespeito seu esforço por ajustar idéias de forma tão apolínea e racional. No entanto acho extremamente insensível e reducionista seus argumentos, pois todos remetem sempre a idéia medieval de Deus (lógico que você vai contra-argumentar, espero). Acho que mesmo dizendo-se reconhecedor da nossa limitação em não ter todas as respostas para os dramas da vida, suas palavras o contradizem, pois, tenta incansavelmente responde-las de forma mais lógica possível. Contudo, pela incapacidade provada em não obter todas as respostas desejadas você lança nas costas de Deus - como sempre o faz sem a menor cerimonia - a responsabilidade pelas mazelas humanas. Você até que tenta impo-las sobre o homem, mas ao final - devido a necessidade doentia de se provar que Deus é soberano , como se Ele precisasse do "grande Nicodemos" para prová-lo - fica tudo na conta de Deus, Ele em última análise é o mandante das tragédias. Aliás, me parece que dentro do seu pacote teológico medieval Deus é glorificado mais quando mata centenas de pessoas de fome, doenças, acidentes e guerras do que quando alguém motivado por Ele tenta trazer paz em algum lugar. Acho que a cátedra não lhe faz muito bem, um pouco de pé no chão faz bem e não engorda. Teologia ganha-pão não engrandece Deus em nada, e sim quem a propaga.
No seu falar me parece que Deus "acorda" todos os dias com uma bronca danada da humanidade e vai durante o dia inteiro fazer de tudo para dar uma lição nos insubordinados, mas de "tabela" afeta também um ou outro que não estão na sua agenda de vinganças; coisas da vida. Você diz ser capaz de chorar com os que choram, mas não só neste como em outros textos , você parece vibrar quando uma tragédia destas acontece. Não consigo imaginar Deus se alegrando a cada nova catástrofe, promovida pelo próprio, somente por que isso o engrandece e prova sua soberania. Quando digo que não consigo imaginar isso não é simplesmente por resistência a palavra de Deus como você pode, de forma sarcástica - sua especialidade - me refutar. Pelo contrário, quando leio sobre a vida de Jesus e seus atos de misericórdia, se você está certo em seu ponto de vista sobre Deus, então Jesus está totalmente equivocado sobre o Pai. Sendo que o Mestre de Nazaré age na contramão do que você afirma sobre Deus. Entre o seu "Deus" e o de Jesus, sinceramente sou mais Ele.
Alex Carrari
Em minha opinião, as refutações dirigidas contra este post, não trazem luz a questão. O pr. Nicodemos, autor deste post, trouxe compreensão bíblica dos fatos. E o que os seus acusadores trazem? Nada, somente filosofia, sem nenhum respaldo bíblico. O Alex Carrari, por exemplo, acha que o Deus do antigo testamento é diferente do novo testamento, sendo que o próprio Jesus, veio para cumprir a lei, e assim salvar o seu povo de seus pecados, que os levavam justamente a... ira de Deus. Por favor pessoal, se querem refutar o post, façam isso a luz da bíblia, ou deixem claro que não crêem de todo na mesma.
ResponderExcluiratt,
Pedro
Pr. Nicodemus,
ResponderExcluirÉ interessante como os liberais, relacionais e heréticos têm ojeriza, verdadeira aversão pela Palavra de Deus. Em seus argumentos estapafúrdios, acusam-nos de desvio quando não são capazes de apresentar um só versículo que os corrobore, e diante das evidências bíblicas, ficam raivosos, imprecam e alegam que distorcemos a Escritura, contudo, sem prova alguma. Apenas falatório inócuo e falacioso bem ao gosto dos existencialistas. Evocam Sartre, Camus, Nietzsche, Freud, Marx e um sem número de ateus/materialistas mas nem uma citação bíblica. Deve ser realmente difícil para quem prega um outro evangelho...
Talvez por isso, o Alex tenha sido tão dúbio, ou melhor, blasfemo, em sua última afirmação. O que ele quis dizer com "Entre o seu 'Deus' e o de Jesus"?
Abraços.
Pr. Nicodemus e leitores,
ResponderExcluirPaz!
ao ler o post e os diversos comentários vejo como necessitamos muitíssimo de exposição bíblica. E além do ensino, uma completa sujeição às Escrituras.
Os homens não se conformam com a revelação de Deus na sua Palavra. Vemos como é certa a palavra em II Tm 4.3 "... virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos...".
Mesmo diante da exposição das Escrituras, muitos preferem suas próprias idéias e se sentem ofendidos pela Verdade.
Há algum tempo atrás me debatia diante diversas questões, até que fui "vencido" pela Palavra de Deus. Pela misericórdia do Senhor, a Sua soberania te se tornado clara pra mim, e outras verdades das quais somente o Espírito pode convencer o homem. Temo ao grandioso Deus e glorifico o Seu nome pela Sua grande misericórdia conosco, manifestada por meio de Cristo.
Que o nosso Senhor continue concedendo intrepidez e ousadia para apresentar a Verdade com graça e sabedoria, "retendo firme a palavra fiel, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para exortar na sã doutrina, como para convencer os contradizentes." Tt 1.9
Em Cristo,
Luiz Fernando
http://veredasdireitas.blogspot.com/
Para aqueles que enxergam um Jesus diferente do Deus do A.T., pergunto:
ResponderExcluirSe a Jesus não podemos conciliar o Deus do A.T. que era tão vigoroso e enfático em suas respostas as transgressões dos povos pagãos e também de Israel, então teremos que rasurar ou mesmo rasgar da Bíblia todos os 22 capítulos de Apocalipse, pois o mesmo Jesus amoroso e misericordioso dos Evangelhos é o mesmo que revelou a João as seguintes palavras:
De sua boca sai uma espada afiada, com a qual ferirá as nações. "Ele as governará com cetro de ferro". Ele pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus todo-poderoso. Em seu manto e em sua coxa está escrito este nome: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES. (Ap 19:15,16)
Ora, alguns pensam que atribuir a Deus tais calamidades e tragédias é um excesso, mas isso não é nada perto daquilo que ele fará no último dia com aqueles que não estiverem na Verdade.
Ainda, será que alguns não estão se esquecendo da realidade BÍBLICA e ATUAL do inferno, que é infinitamente pior do que qualquer mazela física e temporal? Esse mesmo inferno não foi o próprio Senhor que fez para o diabo e seus anjos e todos aqueles que estão mortos em seus pecados, caso pereçam sem Cristo?
Creio que ninguém aqui, que concorda com o que foi escrito pelo Rev. Augustus, pense ou haja de forma insensível e fria diante de situações críticas determinadas e permitidas por Deus. Apenas concordamos que as Escrituras dizem que o “oleiro pode fazer o que bem quer com o seu vaso”.
Se voltarmos ao primeiro século veremos que na destruição do Templo em Jerusalém em 70d.C. muitos "inocentes" pagaram com suas vidas, no entanto o próprio Senhor Jesus profetizou a respeito de tal evento (Mt 24) sendo que foi o próprio Senhor que naquele momento veio em julgamento.
(mais detalhes no http://www.a-milenismo.blogspot.com/)
Não concordo em tudo com o Rev. Augustus (sou pentecostal), mas tenho prazer de tê-lo como irmão em Cristo e ainda assim ter em comum alguns pensamentos (sou amilenista).
“Nas coisas necessárias, a unidade; nas duvidosas, a liberdade; e em todas, a caridade.”
Agostinho.
Em Cristo,
Mac.
Alex,
ResponderExcluirO que é uma idéia medieval de Deus? Sou um biblista, não teólogo sistemático. Minhas idéias sobre Deus são retiradas da minha exegese da Bíblia. O que afirmei sobre Deus no meu post foi embasado nas Escrituras. Citei passagens após passagens que servem de base à minha carta a Bonfim. O que a idade medieval tem a ver com isso?
Eu não disse que não sabemos os motivos das tragédias. Releia meu post. O que eu disse é que não sabemos pontos como "por que o AF 447 e não um vôo da Emirates". Todavia, as causas gerais e os objetivos gerais das tragédias são claramente delineadas na Bíblia, conforme mostrei.
Não coloque palavras em minha boca. Eu nunca disse que Deus se alegra e tem prazer nas tragédias. E gostaria de ver onde, nos meus escritos, eu dei a impressão que me alegro com o sofrimento dos outros como você insinua. O que é pior? A minha ironia, que você aborrece, ou sua representação falseada do que eu creio?
Você prefere o Deus de Jesus. Então, tá. O que você sabe sobre o Deus de Jesus? Vamos ver o que Jesus disse sobre o assunto.
Foi Jesus quem se referiu, com aprovação, ao dilúvio mandando por Deus (Luc 17.26-30) e à destruição de Sodoma e Gomorra feita por Deus (Mat 11.20-24). Foi o próprio Jesus quem disse que aquele homem nasceu cego para que nele se manifestassem as obras de Deus (Jo 9.1-3). Foi Jesus que disse que a destruição de Jerusalém eram "dias de vingança" contra aquela geração que crucificara seu Filho (Luc 21.20-22). Por enquanto, não estou vendo diferença alguma entre o Deus de Jesus e o meu. Os atos de misericórdia de Jesus nunca o impediram de exercer e se referir aos atos de justiça de Deus.
Quem tem uma visão reducionista de Deus é você. Seu Deus é uma caricatura do Deus de Jesus, do Deus da Bíblia. O Deus verdadeiro é misericordioso, mas também justo. Ele é amor, mas aborrece o pecado. Ele é compassivo, mas fogo devorador contra os obstinados e endurecidos. Ele é um Deus que revela seu amor e sua misericórdia nos eleitos e sua ira e sua justiça nos ímpios.
Quem está na contramão da Bíblia é você, Alex.
Pois é, Alex, não estou vendo muita diferença entre Jesus e o Deus do AT. Ao final, eu vejo que você tem lido muito pouco o que Jesus ensinou e deve estar apenas repetindo chavões que escutou mas que nunca se deu ao trabalho de verificar na fonte.
Você não me conhece, Alex. Sou muito pé no chão. Sou pastor de uma igreja na periferia de São Paulo, pai de quatro adolescentes, nordestino, plantador de igrejas entre cortadores de cana, pescadores e viciados em drogas. O que você não gosta em mim não é que tenho títulos teológicos, adquiridos com esforço e dedicação. Mas o fato que eu aceito a Bíblia como a Palavra de Deus e não me envergonho de afirmar o que ela ensina, mesmo que não seja popular.
Caro professor,
ResponderExcluirUma questão que ao princípio da minha vida evangélica não havia me preocupado foi a do “reducionismo”.
Essa só surgiu quando pessoas até bem instruídas, começaram a se levantar e negar a existência de culpa, como se essa fosse algo apenas resultado dos conflitos internos de alguém como Lutero e, portanto, ligada às questões medievais e baseada em conceitos ultrapassados.
Mas, na minha área de trabalho, lidando com seres humanos doentes tanto física como emocionalmente, não posso deixar de perceber a doença que embasa essas duas áreas do ser.
Embora seja eu apenas uma pulga, como assim se considerava Davi no confronto com Saul, a primeira percepção que tive da origem das mazelas humanas [e do mundo que nos cerca] quando da minha primeira leitura bíblica, estava naquela primeira desobediência do Homem contra o seu Criador.
E que, embora Esse já tivesse dito àquele representante da raça humana, que “não comesse do fruto do conhecimento do bem e do mal, porque certamente morreria” a consequência não ficou somente na esfera humana, pois logo a seguir à desobediência, e já por misericórdia do Criador, a justiça retributiva daquele que os criou recaiu sobre uma ovelha primogênita, de três anos, sem mácula e sem defeitos.
Aquela foi sacrificada no lugar daqueles primeiros representantes da vida humana, ela que não tinha nada a ver com a ousadia humana. Tal culpa não caiu diretamente sobre aquele casal desrespeitoso, que se esqueceu das ordens e pretendeu viver sem as instruções do Criador.
Desviada assim a promessa de morte daqueles primeiros humanos, segundo o Criador lhes havia dito, me parece que Ele lhes dava tempo de resolverem a questão, pois a morte sim havia entrado no mundo. Mas, não foram só os animais que passaram a morrer, mas expulsos do Éden, deixaram de ter acesso à árvore da vida, da qual (nos diz Gn 2.9) foi colocada no centro daquele jardim, da qual podiam comer livremente, conforme Gn1.16.
Mas agora, estavam em pecado; vivam fisicamente, mas estavam mortos. Foram expulsos justamente para não usufruir dela, a arvore da vida, e vivessem nesse estado eternamente (Gn 3.22). Apesar disso, a morte havia entrado...
O caráter deles (seres humanos) caiu também com aquela primeira transgressão: usaram de subterfúgios para se pouparem.
Antes da chegada do Criador se esconderam atrás das árvores, e na frente do Juiz, um jogou a culpa no outro, e até no próprio Criador (Gn 3. 7. 10, 12, 13). Não fazem os seres humanos as mesmas coisas ainda hoje?
Mas voltemos ao Éden.
Embora Ele já soubesse que os seres humanos não conseguiriam resolver a questão por si mesmos, o próprio Criador resolveu a questão ali, no Éden, quando assume o problema em si mesmo.
Ou seja, ele praticamente reduz a questão da transgressão ao Seu mandato, resolvendo-a em Si mesmo.
A morte já havia sido anteriormente decretada. “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descedência e o seu descendente.
Este te ferirá a cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar” de Gn. 3.15, me parece uma boa amostra de como o problema da justiça retributiva de Deus foi tirado de cima dos humanos, reduzindo ainda a questão a um ato de misericórdia: caindo sobre Si livrou-nos inclusive da culpa daquela trangressão.
[continua no próximo post]
Angelica Mansano.
[continuação do meu post anterior]
ResponderExcluirReduziu tudo em uma questão: vocês transgrediram! Eu livro vocês da culpa, mas não das consequências dessa trangressão: a morte física havia entrado.
O ser humano não precisaria mais ficar escondido “por entre as árvores do jardim”(Gn 3.8) porque “viram que estavam nus” (Gn 3.7) e não mais precisariam “coser folhas de figueiras” para fazer “cintas” para esconderam-se atrás das mesmas. A solução do problema reduziu-se no “descendente da mulher”. Ele levou a culpa.
Por outro lado, quando nos bancos dos primeiros anos de Medicina, houve um famoso professor (Prof. Dr. Bruno Sorensen) que diria algo que me impressionou na ocasião: “O ser humano já nasce com sua doença, aquela com a qual irá morrer”. Fiquei por muito tempo pensando “por quê”. A resposta a isso veio muitos anos mais tarde, com aquela primeira leitura que fiz da Bíblia.
Embora essa teoria tão pueril e tão verdadeira tivesse passado a ser verdade no meu coração [a causa dos males da humanidade como originados no pecado original], qual não foi minha surpresa de, já madura na fé e tendo passado pelos bancos da Faculdade de Psicologia, ouvir logo nos primeiros meses do curso, os professores [que desconhecem a “loucura da pregação”] dizerem que “não existe uma mente perfeita: todos nascemos com defeitos na área emocional; todos somos neuróticos, com maior ou menor grau. Somos normalmente neuróticos! Uns se equilibram, outros se desequilibram, uns se tratam, outros não”.
E como explicar essa questão se não voltando ao Éden?
E fora do Éden? Não me diz a Bíblia que Caim era emocionalmente perverso, apesar de ter sido avisado em particular por Deus, e que mesmo assim, praticou o que intentou (Gn 4.6-8)? Então, até nas Ciências que estudei, Medicina ePsicologia, vi quanto a Bíblia é verdadeira ao reduzir a questão ao pecado cometido no Éden. Ainda mais que leio que essa verdade de que não somos perfeitos é contada nos Salmos (Sl 14.1) e repetida por Paulo (Rm 3.10-12). O VT e o AT estão sempre voltando ao Éden.
O ser humano que vejo triúno (corpo, mente e alma) estava morto. Era só questão de tempo para ser “enterrado”! Estou sempre reduzindo as coisas ao pecado original do ser humano. Sempre me entendo no Éden; todavia, me conforto no Cordeiro. Não me escondo mais entre as árvores, nem faço roupinhas de folhas da figueira, mas me escondo espiritualmetne no Cordeiro. Sempre “me reduzo a pó”. Sempre volto às origens. Isso é reducionismo.
No meu entendimento, Deus reduz toda essa questão à desobediência praticada no Éden, e no pecado que afrontou Sua santidade. A consequência, mesmo já antecipada por Ele, recaiu sim sobre nós. Mesmo assim vejo como Ele usou de misericórdia para conosco, assumindo o nosso erro, livrando-nos espiritualmente. Além do mais, Ele não poderia ir contra sua própria ordem: “certamente morrerás”, “multiplicarei sobremodo suas dores”, “o seu desejo será para o teu marido, e ele te dominará”, “maldita é a terra por sua causa”, “em fadigas obterá dela o sustento durante os dias da sua vida”, a terra “produzirá cardos e abrolhos”, “no suor do teu rosto comerás o teu pão até que tornes à terra, porque és pó e ao pó voltarás”. Não é Deus reducionista também?
E não é que Eva foi constituída “mãe de todos os seres humanos”? Depois de expulsa, não deu ela à luz a Caim? As consequências ainda correm ao nosso redor. Cabe a nós dominá-las.
Um grande abraço,
Angélica Mansano.
Senhores e Senhoras,
ResponderExcluirEu pensava encontrar neste Blog argumentos que me permitissem posicionar-me frente à seguinte situação:
1) fazer opção entre as linhas de intepretação da Bíblia que dizem: 1.1 - ela é a Palavra de Deus; 1.2 - ela contém a Palavra de Deus; 1.3 - ela torna-se a Palavra de Deus;
2) proteger-me contra os argumentos bem articulados de, por exemplo: 2.1 - Thomas Paine, em seu The Age of Reason; 2.2 - Ludwig Feuerbach, em seu A Essência do Cristianismo; 2.2 - Bertrand Russel, em seu Por Que Não Sou Cristão.
Infelizmente só encontro confusão. Intérpretes da Bíblia que se digladiam entre si, reivindicando sabedoria.
Estou desanimado com vocês, mas continuo firme na minha submissão à mensagem do amor de Cristo.
Discípulo de Jesus
Interessante, meio paralelamente ao assunto, tive um "debate" no twitter sobre crianças nascerem sem pecado (http://www.estudosdabiblia.net/bd26.htm), eu obviamente quero conhecer mais sobre a posição do "pecado original" sobre as crianças.
ResponderExcluirEu defendi a posição do pecado original, citei que Jesus é piedoso e perdoa os infantes sem eles saberem.
E apesar de discordar contigo em inúmeras coisas, esse seu texto consolou meu coração.
Abraços, fique com Deus.
Querido Rev. Nicodemos, gostaria de expressar que seu serviço como Ministro do Evangelho de Cristo tem glorificado o nome de Deus. Continue na sã doutrina e prestando este excelente serviço ao Reino de Deus.
ResponderExcluirRev. Carlos Jr
Ministro Presbiteriano.
Bem-aventurados sois quando, por minha causa, vos injuriarem, e vos perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Mt 5.11
Angélica,
ResponderExcluirObrigado por sua reflexão. Concordo -- tudo tem origem no Éden.
Abraços!
Discípulo de Jesus,
ResponderExcluirA coisa está ficando animada por aqui. Primeiro, Satã aparece; e agora um "discípulo de Jesus".
Publicamos ambos os comentários. Agora ninguém pode nos acusar de que somos fundamentalistas, inquisitoriais, xiitas. Estamos dando vez e voz ao bem e ao mal, ao maligno e ao discípulo.
Ou será que não são tão opostos assim...?
Será que este "discípulo" não será o próprio Satã transfigurado em anjo de luz?
Senão, vejamos:
1) O "discípulo" usa o mesmo recurso que Satã usou, que é a anonimidade.
2) O "discípulo" é leitor assíduo do blog, como Satã.
3) O "discípulo" anda lendo livros que certamente estão na bibliografia indicada por Satã.
4) O "discípulo" é analfabeto funcional, igual a Satã, pois diz que não encontrou no blog nada sobre a Palavra de Deus, quando temos vários posts sobre o assunto -- é só saber usar o recurso da pesquisa, coisa que o tinhoso não sabe fazer.
5) Falta inteligência ao "discípulo" pois só percebe confusão e degládio onde o que existe é discussão respeitosa, aberta, de pontos de vista.
Concluo que são a mesma pessoa. Provavelmente a que já por bastante tempo costuma usar pseudônimos para publicar comentários no post.
Portanto, xô, "discípulo"!
Graça e paz da parte de nosso Senhor Jesus Cristo, vejo que o assunto mecheu, até com os servos de satanas.
ResponderExcluirQue vem a este mundo confundir, roubar e matar, mais o que estão em Cristo, Já está livre da casta do maligno.
Que Deus seja Louvado por essas palavras que são escritas na luz das escrituras.
Paulo Cesar
servo de jesus Cristo
Igreja presbiteriana no Champagnat
curitiba-pr
Caro Pastor Nicodemus,
ResponderExcluirFico muito feliz ao ler seus textos e comentários e ver que sua cosmovisão está muito bem fundamentada. Não que eu seja O Juiz para dizer qual é a melhor visão; apenas, na minha ignorância, concordo com esta cosmovisão reformada. Uma pena que não conheço pastores batistas com essa visão aqui em Brasília, onde moro. Gostaria inclusive de ouvir o seu conselho: como a grande maioria das igrejas batistas no Brasil seguem a teologia arminiana, visão da qual não compartilho, deveria eu mudar de igreja para uma presbiteriana (ou qualquer outra confessionária do calvinismo)? Isto porque não concordo com certos pontos, como o batismo de crianças. (De qualquer modo, acho impossível concordar 100% com qualquer regimento de uma igreja ou denominação, então obviamente, devo escolher alguma no final.
Outra: já ouvi de líderes da minha igreja que se continuar sendo calvinista, não posso permanecer numa igreja batista. O sr. concorda com toda esta divisão ou também acha que as denominações acabam por dividir o povo de Deus?
Por último, gostaria de lhe chamar a atenção para uma coisa: acho que às vezes a rejeição que o sr. desperta nos outros, nos seus comentários, talvez decorra de uma linguagem um tanto quanto ofensiva, ainda que não seja essa a sua intenção. Como diz em Pv. 15:1, "A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira.". Digo isso porque frequentemente tenho de me voltar a esse versículo e lembrar a mim mesmo que, ainda que eu fale as coisas certas, tenho de me preocupar com a maneira certa de me expressar para que minha mensagem seja plenamente compreendida.
Deus nos abençoe!
Marcos,
ResponderExcluirExistem muitos batistas que são reformados. Não creio que um batista deva passar para uma igreja presbiteriana, a não ser que seja impedido de continuar por causa de sua fidelidade à Bíblia. Para mim o Reino é muito maior que os presbiterianos.
Um abraço.
Pr. Nicodemus e Marcos,
ResponderExcluirprimeiramente quero dizer o quanto me alegro pela resposta ao Marcos. Ver o Reino de Deus é muito mais importante!!
Tenho origem batista, e apesar de hoje não estar congregando numa igreja batista, quando comecei a compreender as verdades que tem sido chamadas historicamente de reformadas, busquei auxílio de irmãos que são batistas, reformados. Há um site onde é possível ter contato (http://www.crbb.org.br/), da Comunhão Reformada Batista no Brasil. Não é uma nova denominação, mas são irmãos reformados que buscam comunhão. Ainda não sou associado à CRBB, mas tenho tido contato com um pastor reformado, presbiteriano, indicado por irmãos da Comunhão. Isso tem me tem auxiliado a vencer as dificuldades que tem surgido no caminho.
Em Cristo,
Luiz Fernando Carvalho
Parabéns Pr. Augustos pela paciência em responder os comentários, até o de Satanás.
ResponderExcluirConfesso que preciso dessa paciência para dialogar com cada tipo, herege, satã, discípulos de satã, confusos, etc.
Que Deus te dê força, ânimo e sabedoria para ensinar as ovelhas portegê-las dos lobos.
A paz
TAles
Esse é um comentário que me lembrarei pelo resto da vida:
ResponderExcluir... diante de acidentes como a queda do AF 447, devemos nos lembrar que eles ocorrem como parte das misérias e castigos temporais resultantes das nossas culpas, de nossos pecados, como raça pecadora que somos.
É importante lembrar que o sofrimento existe também porque vivemos em um mundo maculado.
Obrigado Rev. Nicodemos. Embora tenhamos discordado severamente em outro momento, eu o admiro e espero que se fortaleça cada vez mais na fé.
E solicito que um dia você possa falar sobre a doutrina do casamento. Eu abomino a heresia mórmon (sou presbiteriano teonomista), mas concordo com eles quando dizem que o casamento é eterno. Creio ter boas razões teológicas para isso.
Rev. Augustus
ResponderExcluirInfelizmente, nesta era pós-moderna a tentativa de mudarem o sentido e o significado de termos que nos dignificam está sendo cada vez mais distorcidas pelas intolerâncias dos ditos "tolerantes" p. e. o termo fundamentalismo é sadio, pois se refere a base do conhecimento das Escrituras (doutrinas), mas os defensores de satã lutam para relativizar as verdades absolutas da Palavra de Deus.
Um abraço
Pr Ricardo F Nechaeff
Este post me fez agradecer a Deus por ter me alertado e ensinado e por ter me direcionado a sentir mais temor, reverência e respeito ao SENHOR Deus, e por pedir-Lhe ainda mais perdão pelos meus pecados, por reconhecer ainda mais o quanto sou frágil e dependente totalmente de Deus.
ResponderExcluirRv;Augustus, Fale sempre a verdade.porque prevalance nesse cometario a opinao da soberania. Isto e que bom. Mas nos nao sabemos que acontecer ao redor. Somente o SENHOR...
ResponderExcluirContinua no seu longo trabalhor que espinhoso e tambem gratificante.Porque recompensa vem no SENHOR... suo de fort-ce da ipb
rsrsr
ResponderExcluirRecentemente eu ouvi uma interpretação espírita para esse assunto do pecado original.
ResponderExcluirA doutrina do pecado original, para eles, só tem fundamento, se a alma preexistir antes da vida física no corpo.
Para eles, seria um contrasenso e um atentado contra o que se entende como justiça, se Deus responsabilizasse todos os homens, de todos os tempos, pelo pecado de um só.
Eles entendem que nós sofremos as consequências dos nossos próprios pecados, e não do pecado de outras pessoas, já que preexistimos, e quando renascemos, trazemos os germens das imperfeições e dos defeitos que não foram corrigidos nas nossas existências passadas. Isto, segundo eles, explica as tendências que temos para certos vícios , ou até mesmo certos pendores, certos talentos que parece até que já nascemos com eles. E explica também, tragédias, algumas coletivas, que acontecem com pessoas, aprentemente inocentes e boas,mas que teriam uma culpa referente a esta ou a outras existências.
Enfim, para os espíritas esse é o verdadeiro pecado original cujas conseqüências naturalmente sofremos, mas com a diferença de que sofremos a pena das nossas próprias faltas, e não das de outrem.
Então, por exemplo, alguém pensa: como Jesus teria morrido pelo meus pecados, se eu nem existia, eu nem estava lá...
Ou estava e não sabe???
O que o senhor acha disso?
Eu não sou espírita. Sou Cristã de orientação protestante.
Caro rev. Augustus:
ResponderExcluirTenho o privilégio de ter um jardim em nossa casa.
Por algum tempo, as formigas insistiam em destruir minhas roseiras.
Procurei "dialogar" com elas, busquei alguns paliativos, mas elas não tomavam jeito: assim que as rosas desabrochavam, lá iam elas outra vez destruí-las.
Para preservar a beleza e a estética do jardim, tomei então uma atitude radical: localizei o formigueiro e acabei com ele!
É possível que tenham ficado algumas formigas sobreviventes. É possível que elas reconstruam o formigueiro. E vou ter de destruí-lo de novo! Mas imagino o que tenham "pensado:
- Como se explica o nosso sofrimento, se somos tão íntegras!
- Como responder a essa tragédia que nos sobreveio, se estamos apenas a cuidar de nossa sobrevivência!
- Esse "humano poderoso" que matou as nossas companheiras é tirano e injusto!
Bem, não estou preocupado com o que elas possam ter "pensado" ou não, mas que farei tudo para manter belo o meu jardim, isso vou!
Abraços
Caro Rev Nicodemus,
ResponderExcluirDo Twitter vim direto para este post acatando sugestão do Hélio "Ayashi". Li-o, meditei-no e mais uma vez me edifiquei. Fui descendo pelos comentários aduzidos e até cheguei ao do Sr Satã.
Decerto como foi salientado não se trata do próprio Sr Satã em pessoa. Aquele um deve ter destacado alqém dentre os seus mais relapsos e burros sequazes. Nesse sentido insuflado a sua mente fraca.
Creio que o Dr Satã deve ficar destacando figuras espirituais, azes da maldade, para o atormentar nas caladas da noite, como faz com outros conservos seus espalhados pelo mundo. E com isso me preocupo. Deus que o defenda, meu amado irmãos dos dragões da maldade nos atacam no leito, aproveitando do nosso cansaço, stress...
Certamente levamos desvantangens em relação a esses individuos que imposturam até o próprio satã. Imposturam e enaltecem o dito cujo.
Levamos desvantagens por que não somos capazes de semelhantes grosserias...
Á pessoa que escreveu isso, se colocando no lugar do próprio satã, imitando de forma grotesca C.S. Lewis que colocou palavras na boca de demónios, eu oro para deixe de ser preconceituoso e ame da maneira como essa pessoa necessita ser amada.
Penso que C.S.Lewis fez isso para ensinar os expedientes que o reino das trevas utilizam na vida prática e pessoal, as artimanhas da tentação.
Nunca creria que Lewis tivesse a coragem de vestir a máscara do demÔnio para abordar assuntos que envolvem polêmica teológica, política e expressão de idiossincasias. Imagine-se a moda pega...
Aliás, Lewis sempre foi um critico do calvinismo, nunca fugindo do contraponto, jamais precisou partir para a agressão pura e simples. Era o que poderia esperar de um gentleman inglês. O que poderiamos esperar de um anti-calvinista, semeador de cizâness entre irmãos da IPB, e ativista politico? Num contexto de Lula?petismo/sarneysismo? Partida para o insulto, jugo sujo...
Alguém diz "liberal"? Tenta ser. Não chega nem a isso por falta de envergadura cultural. Acomoda-se com alguma amorfa que contraponha a nossa forma de doutrina, que, bem verdade, nunca cansamos de admitir, é uma forma dentre outras. Como outros em relação a outras, nós simples consideramos a melhor, mesmo assim em comparação com as outras.
Nada justifica, o que o Satanista diz é que, nós, todos nós, que compartilharmos das idéias por você esposadas estamos a serviço do diabo? E se isso fosse verdade, não era o caso de dar tanto cartaz para o Dr Satã. Mas como isso não é verdade, essa gracinha beira à blasfêmia. Depois o infeliz desse perde a paz, apostata-se... vai para diabo que o carregue, vai dizer que a culpa é nossa?
Velho costume do capeta e dos encapetados: jogar a culpa nos outros...
Bom, de qualquer forma você mandou bem se dirigindo não a essa cara que desfez o rosto, a identidade, tão diferentemento do que fez Paulo Silvino, que merece todo o nosso respeito, mas ao principe das tevras mesmo a quem você tem incomodado. Vade retro satanás, sempre cogitando das coisas dos homens e nunca as de Deus!
Noves fora tudo isso, eu creio que falta a você e a outros (a nós) que abordam o tema, sempre recorrente das tragédias que se acometem aos inocentes, o foco à contigência relativa das causas secundárias, a qual, por motivos totalmente absconsos e incmpreensíveis, Deus fez e faz responsabilizar aos homens por tragédias que em tese poderiam ser evitadas. Aqui está o xis da questão: talvez nós elevamos demais os nossos pensamentos às elevadas causas primárias que tangem a promoção da glória de Deus e não aventamos das causas secundáias, o que certamente confunde os espiritos de porco de plantão.
Com isso não desejo ofender aos meus amados companheiros de torcida da imponente Socieddade Esportiva Palmeiras, o meu time de coração, dando, com muito contragosto, parabéns aqui aos corintianos de plantão...
Abração
Caro Pastor Nicodemus,
ResponderExcluirTenho lido o que o senhor escreve, inclusive a última leitura foi o irretocável "Batalha Espiritual".
Acompanho, também, as publicações do "Bonfim", as quais também tem edificado o meu coração.
Não discordo dos argumentos bíblicos do seu texto. Paradoxalmente, não consigo enxergar nenhuma heresia (e aqui observe o senhor que não estou dizendo que o senhor classificou como heresia o que foi escrito por "Bonfim").
Sabe, Pastor, eu consigo entender a angústia e a dor profundas de quem questiona a Deus, embora sendo pó. Lembro-me de Deus, no Livro de Jó, dizer com muitas metáforas poéticas que não devia satisfação a Jó por seus atos. Porém, não há qualquer condenação ou castigo contra Jó por ter "litigado" com Deus, a ponto de pleitear, em sua profunda insignificância humana, uma explicação por parte de Deus.
O próprio Jesus clamou: "Deus meu, por que me desamparaste?". Obviamente que sabemos, amado Pastor, que Deus jamais desampara qualquer filho seu. Afinal, ainda que uma mãe esqueça do próprio filho, Deus nunca nos abandona ou esquece de nós.
Tenho aprendido muito com Jesus, amado Pastor. E tenho concordado com o Caio Fábio quando este diz que qualquer exegese bíblica que não passe pela Nova Aliança do sangue de Jesus merece ser vista com cautelas. Afinal, embora "toda a Palavra de Deus seja inspirada e útil para o ensino", reconheçamos Deus - a partir do triunfo de Cristo na cruz - aboliu a Lei e adotou uma nova postura em relação à humanidade.
Creio na Palavra de Deus quando Paulo diz que o saber ensoberbece, mas o amor edifica.
Creio que Jesus, ao não ordenar a execução da adúltera (pasme, passando por cima da Lei que o próprio Deus ordenou!), deixou claro que Deus é maior, inclusive, que sua Palavra, embora entre Deus e a Palavra de Deus haja perfeita sintonia e não exista qualquer contradição.
O Deus que eu conheço não tem prazer na morte do ímpio. É o mesmo Deus que, embora tenha sentido "peso" em seu coração com o pecado do homem nos tempos de Noé, conseguiu, mesmo sendo Deus, "arrepender-se" (eu sei, Pastor, é uma figura de linguagem) de ter trazido o mal sobre toda a criação.
Sabe, amado Pastor, tenho entendido que quem ama o próximo já cumpriu TODA a lei. E não estou mensurando nem avaliando quem tem amor maior, pois não tenho autoridade. O único amor MAIOR que a Bíblia cita é o que diz Jesus: o amor de dar a própria vida por seus amigos.
Muitas vezes os doutores da lei e os sacerdotes dos tempos de Jesus tentaram confrontar a Jesus usando a própria Palavra de Deus. Nada que me assombre, particularmente, pois segundo Jesus, muitos eram filhos do diabo... O mesmo diabo que se valeu da mesma técnica no deserto: "Se és o Filho de Deus...", enquanto disparava textos bíblicos em contextos, no mínimo, distorcidos.
Sabe, amado Pastor, concordo mesmo com o DEUS que está no controle. Mas, para mim, isso basta. Nem um fio de cabelo cai da nossa cabeça se Deus não permitir, não é isso? Quanto mais um avião de 119,6 toneladas com 228 pessoas dentro, pessoas estas que Deus amou a ponto de mandar seu próprio Filho para morrer injustamente por elas. E digo injustamente porque não merecíamos, e não porque haja qualquer injustiça em Deus. Retornando, Pastor, isso me basta, a graça de Deus me basta, o seu amor, conhecer o seu caráter, revelado em Sua Palavra como um Deus amoroso, misercordioso, compassivo, assaz benigno, embora nada disso exclua seu caráter justo e mesmo disciplinador. Porém, amado Pastor, "quem conheceu a mente do Senhor"? Não cabe a nós especularmos.
Bonfim, em seu amor - o qual conheço - sente as dores da humanidade como nem todos conseguem sentir. Como os profetas que gemiam por causa da dor e do sofrimento do mundo, Bonfim não deixa de ser profeta de Deus por amar tão cegamente ao ponto de se exceder, muitas vezes, em sua sinceridade teológica, atributo que poucos têm nos dias de hoje. (continua)
Amado Pastor, caso eu fosse eu dos ocupantes do Air France, certamente eu estaria, nesse exato momento, no lucro. Digo isso sem qualquer sombra de dúvidas. Mas se eu fosse familiar de algum dos mortos... Bem, suponhamos que a minha jovem esposa estivesse naquele avião, certamente que eu glorificaria a Deus pelos anos que o Senhor deu a ela de vida, e pelos anos em que fui abençoado por seu amor e sua companhia. Mas tudo o que eu não gostaria era de ouvir que "Deus isso, Deus aquilo outro, e blá-blá-blá, e coisa e tal, e etecetera". Quando Lázaro morreu, a teologia de Jesus se resumiu ao choro. Se derramou apenas lágrimas, se pranteou com soluços ou algo do gênero, a Bíblia não o diz. Mas Ele não ficou conjecturando, com teorias caras ou baratas, a respeito da estratégia de Deus para levar o homem ao arrependimento. Nisso concordo com o Silvano: é a bondade de Deus (e isso é Bíblico) que nos conduz à mudança de vida.
ResponderExcluirAbraão disse ao rico - na parábola que Jesus contou sobre o rico e o outro Lázaro - que ainda que alguém voltasse dentre os mortos para falar sobre arrependimento, os vivos se arrependeriam; afinal, Moisés e os profetas eram suficientes. Mutatis mutandi, digo-lhe, amado Pastor: nem que Deus mandasse 228 vivos para o mundo dos mortos, os vivos arrepender-se-iam de todo o seu pecado. O plano de Deus para salvar o homem e levá-lo ao arrependimento consumou-se na cruz de Cristo, por seu sacrifício completo e definitivo.
Quero, Pastor, nesses momentos de dor, aprender com Jesus: palavras geralmente falam menos as lágrimas nestes momentos. Melhor nos retirarmos ao silêncio, como fez o Senhor Jesus quando morreu João Batista, embora Ele fosse o criador de tudo e de todos.
Que o senhor, querido Pastor, receba estas palavras com a certeza que o amo, o respeito, o admiro e que continuarei lendo as boas coisas que o senhor escreve. Como não somos os autores da Bíblia, certamente falaremos, aqui ou acolá, coisas que não vêm do coração de Deus. Aí, então, seguirei outro conselho da Bíblia, a única e inerrante PALAVRA DE DEUS: reterei o que é bom. e acredite, amado Pastor: tanto o Senhor quando o sensível Bonfim já têm dito muitas coisas que ficaram retidas e gravadas em meu coração.
Em tempo: não coloquei nenhuma referência dos textos bíblicos porque certamente o senhor e os seus assíduos leitores conseguirão identificar as inúmeras referências que usei, ainda que nas entrelinhas.
Não sou de Paulo, nem de Apolo.
Seu irmão em Cristo,
Natan Vasconcelos
Igreja Presbiteriana de Maraponga – Fortaleza/CE
Fortaleza/CE, 10 horas da manhã do dia 7 de julho de 2009.
Caro Natan (1),
ResponderExcluirA quantidade de vezes que você me chama de "amado pastor" e o tom paternal (os americanos diriam "patronizing") com que me dirige seus conselhos me fazem sentir como um jovem pastor que andou dizendo besteiras e que está sendo corrigido por um velho e experiente cristão, versado nas Escrituras e na teologia, com o coração transbordante de amor por mim.
Como eu não tenho como verificar se esta impressão a seu respeito corresponde à verdade, diante da quantidade de comentários que tentam colocar aqui usando perfis, nomes e atitudes falsas, acho que terei de lhe dar o benefício da dúvida. Vou responder como se você de fato me amasse e estivesse sinceramente preocupado com as coisas que escrevi.
Há várias coisas em seus comentários com que concordo e não precisamos gastar tempo aqui revendo-as.
Vou me concentrar, amado Natan, em algumas, digamos, imprecisões de seus argumentos e reflexões.
1 - Você diz que Deus aboliu a Lei e adotou uma nova postura diante da humanidade. Creio que é aqui que reside, digamos, o equívoco de seu raciocínio. O próprio Jesus disse que não vei abolir a Lei, mas cumpri-la. Portanto, quando Paulo diz que a Lei foi abolida, devemos perguntar em que sentido ela o foi. E quanto a isto não temos dúvida: a Lei foi abolida quanto ao seu poder para nos condenar, visto que Cristo a cumpriu e satisfez plenamente na cruz. Ela todavia permanece como expressão da santidade e do caráter de Deus, como norma de gratidão para os crentes, como aio para nos conduzir a Cristo, e como o referencial pelo qual Deus haverá de julgar a humanidade no Dia do Juízo.
Quando você diz que Deus aboliu a Lei, dá a entender que Ele não mais condena, não mais julga, não mais castiga, quando o próprio Jesus foi quem mais falou do inferno no Novo Testamento, advertiu contra o juízo de Deus, falou sobre o dia do grande julgamento (Mateus 25 e 26). Paulo e demais autores do NT constantemente advertem seus ouvintes de que Deus haverá de julgar os vivos e os mortos, e que os mesmos devem andar de conformidade com a vontade de Deus para que não sejam julgados com o mundo.
(continua)
Amado Natan (2),
ResponderExcluirEsta separação entre Lei e graça, entre o Deus do AT e o Deus do NT, é um, digamos, equívoco tão antigo quanto Marcião, um, digamos, herético do século II, que disse que o Deus do AT não era o mesmo Pai de Jesus Cristo, e que tirou da sua relação de livros inspirados todo o AT e vários do NT que falavam sobre a Lei.
Amado Natan, você tem razão quando diz que o saber ensoberbece, e que o amor edifica. Você certamente está a par do contexto em que Paulo falou estas palavras. Em 1Cor 8 ele está repreendendo os "fortes" da igreja de Corinto que estavam abusando de seu conhecimento sobre Deus para comer carne sacrificada aos ídolos, dizendo que Deus não se preocupava mais com estas coisas, e que tudo era permitido. Faltava-lhes amor para com os fracos, que não conseguiam comer carne sacrificada. Logo, creio que esta passagem é de fato uma grande advertência aos que pensam que Deus aboliu a Lei: este conhecimento ensoberbece, mas o amor, que se resume no cumprimento da Lei, edifica.
Outro, digamos, equívoco, amado Natan, que você comete é dizer que Jesus passou por cima da própria Lei que Deus ordenou, ao não condenar a mulher adúltera (João 8). De fato, o adultério era punido com a morte, de acordo com a Lei de Moisés, embora esta prática já estivesse em desuso nos dias de Jesus e o divórcio tinha sido estabelecido como solução para estes casos (veja Jeremias 3:8; e a própria Lei, Deuteronômio 24:1). Mas, mesmo que a Lei estivesse em vigor entre os judeus, a pergunta é: quem tinha o poder para julgar e condenar casos de adultério, e executar a sentença? Era o Sinédrio, amado Natan, do qual Jesus não fazia parte. Ao perdoar o pecado da mulher, provavelmente por ter sentido nela arrependimento, quem sabe? -- Jesus não estava passando por cima da Lei. Simplesmente não lhe cabia matar a mulher, tomando sobre si o direito do Estado. Ao despedi-la em paz, ele não estava revogando a penalidade dela. O perdão de Deus nem sempre significa isenção das consequências de nosso pecado. Deus perdoou o adultério de Davi, mas o filho de Davi morreu como castigo.
(continua)
Amado Natan (3),
ResponderExcluirO Deus que eu conheço também não tem prazer na morte do ímpio. Não há nada em meus escritos que por um único momento sugira que eu creia diferente disto. Todavia, o Deus que eu conheço é santo, justo e reto, aborrece o pecado e não toma o pecador como inocente.
Outro equívoco de sua parte, amado Natan, é pensar que o amor que cumpre a lei ao mesmo tempo a anula. Quem ama o próximo não vai adulterar com a mulher dele, não vai dar mau testemunho dele, não vai roubar as coisas dele, não vai atentar contra a vida dele e nem vai cobiçar as coisas dele. Ou seja, o amor não só cumpre como estabelece a lei como norma de expressão deste amor. O que é dar a vida pelos amigos? Começa respeitando tudo o que este amigo é e o que ele tem.
Permita-me um outro reparo nos seus comentários, amado Natan. A expressão que você usa "quem conheceu a mente do senhor" como base para dizer que não devemos tentar entender as coisas de Deus está fora de contexto. Pois logo em seguida, Paulo acrescenta: "pois nós temos a mente de Cristo" (1Cor 2:16). Ou seja, o que o texto está dizendo é que os descrentes, que não têm a mente de Cristo, não podem conhecer os mistérios de Deus. Mas os crentes, que têm esta mente, podem. Isto não significa conhecimento exaustivo de Deus, mas ao menos conhecimento suficiente de quem Ele é e do motivo pelo qual ele faz certas coisas. Creio que deixei muito claro em meu post a fundamentação bíblica para minha afirmação que Deus decreta, sim, tragédias e catástrofes, como parte das misérias gerais que nos acometem, pecadores que somos. Para essas passagens, não vi resposta sua.
Por último, pois já está ficando longo demais, você não conhece Bonfim. É uma pessoa fictícia. Pare de colocar no meu post aquilo que ele não diz.
Amado Natan, dizer que a teologia de Jesus se resumiu ao choro diante da morte de Lázaro é demonstrar a mais completa falta de conhecimento bíblico. Você não leu João 11? Não viu o discurso de Jesus sobre a ressurreição e a vida eterna com base na ressurreição de Lázaro? Não entendeu que ele se demorou a vir para ver Lázaro exatamente para dar tempo para que ele morresse, para que ele pudesse fazer algo mais do que chorar, que foi ressuscitá-lo e ensinar a todos acerca da ressurreição dos mortos e a vida futura? Caramba, amado Natan, esta foi mal mesmo...
Outra vez você se engana ao dizer que Jesus se retirou em silêncio diante da morte de João Batista. Não leu que Jesus aproveitou o momento para falar acerca de João, que ele era grande no Reino de Deus, e dai tirar uma lição para seus ouvintes?
Que você, amado Natan, receba estas minhas palavras com humildade. Mesmo que você as endereçou em tom paternal, entremeadas de expressões "amado", não se sinta ferido. Se voce me ama, respeita e admira, como diz, vai pensar e refletir no que eu escrevi.
Um abraço.
Ao ler as pérolas de Natan e os contrapontos do Nicodemus, chego à conclusão, ainda que não definitiva: o assunto vai dar muito ainda para o Terceiro Tempo do Milton Neves de após os cataclismas.
ResponderExcluirContinuo...
Repare bem, o que se citam nessas mesas redondas: o técmico (onde estava Deus? De certo ele não entra em campo e por isso tudo está indeterminado... Ele teve culpa porque não alterou o scratch e script, agora todos choramos o resultado...), os jagadores, a torcida, a bola, o juiz, a diretoria, o acaso, o sobrenatural...
ResponderExcluirGosto de assistir a esses programas sempre o Palmeiras ganha. A tragédia está do outro lado. A comparação é desproporcional mas não é depropositada. Gostamos de comentar os incidentes e correlacionar os fatos preditos (Galvão, eu sabia, 7 a zero pra nós...) com os realizados e por ai vai.
Nâo é novidade teologizar sobre hecatombes. Agostinho construiu boa parte de sua teologia comentando no "depois do apito" das trágicas invasões e dos cercos bárbaros à Roma.
Não precisa nem ir tão longe. O Papa da época do Massacre da Noite de São Bartolomeu discorreu abrobrentamente sob o infeliz destino dos hereges protestantes quando o Senhor Deus, que então estava no controle de tudo, enfim, resolveu atender aos rogos de sua santidade o seu antecessor no sentido "Exurge Dei" e "toma conta da sua vinha" e a defenda-a desses "lobos vorazes". Ele tripudiou sobre a ceifa de mais de 80 mil reformados defendendo a mesma lógica de que Deus é soberano e ao seu tempo JULGARÁ os infiéis. Nâo demorou muito a Invencivel Armada Espanhola naufragou em uma simples travessia do Canal da Mancha, quando iria atacar os reformados. O Papa dessa vez declenou do convite de Milton Neves. "Aonde está Deus que não defendeu os seus eleitos? Bom, agora é calar a nossa vã teologia e filosofia e chorar..."
ResponderExcluirAlíás, foi a partir dai que se intensificou o trabalho dos jesuitas em rever os conceitos e tirar Deus definitivamente desse jogada dos cataclismas. Decerto Deus não tem, não teve, não terá, a ver com nada/tudo disso... Aliás, tudo está indeterminado. Deus só faz mesmo somente sofrer enquanto a humanidade está sozinha rumo ao seu destino cruel.
Nunca mais o Papa falou de desastres enquanto julgamento divino sobre inféis.
ResponderExcluirSe nem o Papa que falava, agora fala, quem somos nós para falar somente que se trata de juizos. Somente dizemos que Deus não está alheio aos fatos.
Uns 450 anos depois, estou de cara com um jesuita. Um dileto amigo, padre casado, cearense, com doutarado em Roma, consultor legislativo do Senado aposentado, doutor no duro, gente do mais fino calibre, incumbido de palestrar para um grupo do qual pertencemos e acima de tudo, JESUITA, comentando o incidente AF-477 disse, "evocar o nome ou presença de Deus nesse incidente não passa de blasfemia". Deus não tem nada a ver com isso, foi pego de surpresa tal como somos pegos. Como sempre protestei e disse: "tai irmão não gostei disso: blasfêmia por que? Teria blasfemado o Papa quando tributou a Deus o Massacre da Noite São Bartolomeu? E não fez a chamada à comemoração com dobrada de sinos, missas e até mandou cunhar moedas? Deus estava presente ali e agora se aliena... O distico na moeda dizia "Grandes são as obras do Senhor!"
Veja bem. Vamos deixar de lero-lero, se se nos incomoda o lero-lero. Esses caras que se apressam em tirar o Deus da Providência da jogada e os que também se apressam em colocar Deus como apenas como justo juiz por trás dos eventos naturais ou humanos, não estão nem um pouco preocupados com as vitimas. Se tivessem iriam direto às vitimas e diriam a todos o quanto todos nós sentimos muito, a despeito do que todos nós cremos, aliás, não é uma tragédia que acomete somente corintianos ou palmeirenses, católicos ou protestantes, ou calvinista ou anti-calvinistas. É uma tragédia humana pela qual sentimos muito. Agora se aproveita a tragédia para tirar/colocar Deus na jogada.Para teologizar ou filosofar. Nada contra. Mas não me venha dizer que não sinto muito. Não me venha dizer que o meu Deus deve deixar de ser Deus, porque não pôde ou não quis evitar a tragédia.
Eu fico preocupado com essas edições de "terceiro tempo", de "trocas de passe", "depois do apito", do que "sabe o que eu acho", pois no Apocalipse a gente vê predição tipo a humanidade reduzida em um terço. Sabe o que é isso: 2,5 bilhoes de vidas serão ceifadas! 2,5 bilhoes de vidas que provavelmente não estarão fora do controle ou da influência ou da proteção divina?
Ora se a perda de uns 300, ou de umas 10 mil nos deixam perdidos em sentimentalismos e outras afetaçoes a ponto de desconfiarmos até da providência divina é, como diz o Estevão, "meior" Jesus arrebatar os arminianos, teo-abertos, espiritas, católicos romanos... Todos subindo ao som de Altemar Dutra, "sentimental eu sou... eu sou demais...". Aliás, para eles o arrebatamento já vem tarde... Eles já viram desgraça demais e nem ainda é a grande tribulação.
É como diria o outro, tá ruuusso...
Reverendo me permita mais um comentário...
ResponderExcluirDe Natan (Oliveira) para Natan (Vasconcelos):
A lei foi abolida? (Você afirmou!)
Então o texto bíblico abaixo não está mais vigente?
"Quando um homem se deitar com um animal, certamente morrerá; e matareis o animal." Levítico 20.15
Este mandamento não está repetido no Novo Testamento... isto significa então (pela sua ótica) de que eu posso ter relações sexuais com a minha cachorra, e isto deixou de ser abominação aos olhos de Deus?
Poderia citar várias outras aberrações que teriam deixado de serem pecado (pela sua ótica pois lei abolida - ilícito inexistente), mas ficarei somente neste enquanto exemplo.
Se afirmares que esta abominação continua vigente (sexo com animais), me diga: Que padrão usas? Ou melhor, que lei aplicas como base para esta afirmação?
Saudações do seu homônimo e no aguardo do seu parecer.
Caro Natan,
ResponderExcluirRecebi seu comentário particular e como você pediu, não vou publicá-lo.
Peço-lhe desculpas por ter sido irônico no meu tratamento. Sua maneira de falar "amado" não era nenhuma ironia da sua parte, como eu imaginei.
Fiquei feliz também que você recebeu com humildade meus contra-argumentos e que está ponderando os mesmos.
Um grande abraço fraterno e sincero.
(Pastor Nicodemus, publique apenas se achar conveniente)
ResponderExcluirCaro Natan Oliveira,
Creio que não seja respeitoso nos valermos de um espaço que não nos pertence para discutirmos (no bom sentido) sobre qualquer tema, seja ele polêmico ou não.
Certamente você não entendeu o que eu quis dizer. Por sua interpretação, eu estaria dizendo, inclusive, que "Amar a Deus" deixou de ser mandamento e que a idolatria não é mais condenável. Certamente, houve falha comunicação.
Se deseja realmente conversar, trocar idéias ou debater de forma amável, pode escrever para mim no e-mail natandpf@yahoo.com.br
Quanto ao se deitar com seu animal de estimação, se puder fazer isso e ainda dizer é "para Justiça e santificação" e "para a Glória de Deus"... Bem, se é que isto é possível (embora saibamos que não é), faça-o. Mas lembre-se:
"Pois que, assim como apresentastes os vossos membros para servirem à imundícia, e à maldade para maldade, assim apresentai agora os vossos membros para servirem à justiça para santificação" (Romanos 6:19)
"Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus." (1 Coríntios 10:31)
Por fim, caro Oliveira, só respondi (e se está publicação for publicada, terá sido por gentileza do Rev. Nicodemus) porque creio ter direito a uma réplica. Mas não haverá tréplicas por aqui, por isso peço-lhe o favor de não mais usar este post para questionar-me sobre nada: assim como você, estou aqui para aprender com o Rev. Nicodemus, e não para ensinar nada.
Com sinceridade e afeto,
Natan Vasconcelos
natandpf@yahoo.com.br
Aproveitem a oportunidade em que a Lei veio à tona, e leiam "Lei & Graça", [advinhem de quem?!] Mauro Meister, da Ed. Cultura Cristã, 2003. Sobre o assunto, há um artigo que antecipou o livro, na Fides,[4/2 julho/dezembro de 1999] disponibilizado on line:
ResponderExcluirhttp://www4.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_IV__1999__2/Mauro.pdf
Vale a pena!
abraços,
angélica.
Natan (Vasconcelos)
ResponderExcluirPrimeiro me desculpe se o ofendi, não era o propósito.
O propósito era provocar você e propor uma reflexão da sua parte, através de um exemplo chocante, mas nunca ofender.
Sobre não ser respeitoso usar o blog alheio para debater com terceiros, não vejo problemas, isto porque este blog é moderado, e assim fica a critério do reverendo publicar ou não os nossos debates. Eu até acho saudável, já fui corrigido, ajudado, e esclarecido por terceiros aqui neste espaço, oportunidade que no meu blog não seria possível, devido a seu número reduzido de leitores... risos...
Sobre a suposta falha de comunicação, entendo (pela hipótese apresentada pela sua ótica de que a lei teria sido abolida) que o amor não deixou de ser mandamento pois é um mandamento que é repetido no Novo Testamento, assim estaria valendo pela repetição, ou reedição, sendo o restante da lei abolido, mas esta parte de amar continuaria vigente, pois foi repetida. O mesmo raciocínio se aplica a idolatria, que a meu ver é também mandamento repetido no Novo Testamento. Eu lhe cite um mandamento que não é repetido no Novo Testamento, assim ele estaria na parte abolida.
Vou escrever, se não hoje, mas no mais tardar até o domingo diretamente para o seu e-mail para continuarmos o nosso debate, aqui vou me restringir a responder o seu parecer. E será uma honra conhecê-lo melhor.
Sobre a parte que citas "para Justiça e santificação" e a outra "para a Glória de Deus" poderia ser usado também por aquele que acha que quando tem relações sexuais com sua esposa tem que ficar pedindo perdão por estar sentindo prazer, uma vez que não consegue ver como que o sexo matrimonial pode servir "para a Glória de Deus", nem para "Justiça e santificação". Incapaz de ver que o sexo no casamento é lícito, puro e bom, devido a intimidade que a situação exige, tem dificuldade de saber que isto não é prática de imundícia. Mas porque sabemos que não é imundo (o sexo com a esposa)? Porque a lei não proibe. E porque sabemos que o sexo com animais é imundo (sei que é chocante)? Porque a lei proibe. Afinal o texto diz "Mas eu não conheci o pecado senão pela lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: não cobiçarás." romanos 7.7b
O meu ponto é que se a lei não diz sobre sexo com animais ou se a lei foi abolida, então o ilícito é inexistente.
Quando falas "faça-o", não terias sido deselegante e ofensivo até? Acho que ficou bem claro que eu sempre achei tal prática uma abominação. Mas não precisa pedir desculpa, já antecipo o perdão.
Sobre apresentar nossos corpos a serviço da imundície, a pergunta permanece: Quem determina o que é e o que não é imundície? Não é a lei? Não fique chocado, mas se a lei não proibice, seria lícito tal prática, assim como foi lícito da parte de Abraão casar com sua irmã Sara, mas depois de publicada a lei, se tornou ilícito, uma vez que está escrito: "A nudez da tua irmã, filha de teu pai, ou filha de tua mãe, nascida em casa, ou fora de casa, a sua nudez não descobrirás." Levítico 18.9
Acho que tens direito a tréplica também, mas caso não seja o seu entendimento nem vontade fazê-lo neste espaço, vou te enviar um e-mail para que possamos continuar a conversa virtual.
Respondida a parte que citastes na sua réplica, a seu pedido não lhe farei mais nenhuma pergunta.
E caso estejas me acusando de usar o blog alheio para ensinar alguma coisa (talvez não tenha sido esta a sua intenção) eu de fato faço isto as vezes, mas não foi o caso, pois eu só lhe perguntei que padrão usas para afirmar que uma prática é imundície uma vez que a lei que isto afirmava foi abolida.
Fica na paz.
Um abraço e continuamos via e-mail, lá vou dividir contigo minhas impressões sobre o que ilícito ou não, antes da lei, e depois da cruz.
E não esqueça de me desculpar, não tive a intenção de ofendê-lo. Provocá-lo ao debate sim, mas ofendê-lo de forma alguma.
Natan de Oliveira
Paz do Senhor Jesus, pastor Augustus. Fico muito feliz quando leio seus textos tão esclarecedores e profundos. Saiba que sou seu admirador e já li seu livr, "O que estão fazendo com a igreja", umas cinco vezes. Continue refeltindo a luz de Cristo em seus textos que tanto nos ajudam. Saúde para toda a sua família e sucesso ao seu ministério. Quando tiver um tempinho e quiser comentar alguns textos meus que estou colocando no meu blog, eu fico muito honrado com a sua agradável visita. www.eliseumarcelo.blogspot.com. Deus continue abençoando sua vida em Cristo Jesus.
ResponderExcluirEm Cristo
Eliseu Marcelo
Boa noite Rev. Augustus,quero parabeniza-lo pelos seus textos tão esclarecedores, quero aproveitar a oportunidade e solicitar que o Pr. esceva sobre a "Salmodia Exclusiva" de Brain M. Schwertley. No aguardo, em Cristo Jesus.
ResponderExcluirCaro Reverendo Augustus,
ResponderExcluirEstive lendo os textos acima e com isto surgiram algumas questoes que agradeceria imenso o vosso esclarecimento.
Ja a mais de um ano eu e minha familia frequentamos a Igreja Presbiteriana na condicao de visitante, e recentemente tive o prazer de ter la a minha filha de quinze anos batizada e agora membro da Igreja. O mesmo nao foi possivel com o meu filho de quarto anos pois um dos pais tem que ser membro para que entao ele possa tambem ser batizado.
Como podes perceber, apesar de eu ainda nao membro da Igreja Presbiteriana esta eh a Igreja cuja doutrina, o pouco que conheco, eh a que mais me identifico e quando la estou sinto la uma forte comunhao com Deus.
Quando lendo os textos acima, se eh que ententendo correctamente, Deus ja predestinou aquilo que ira nos acontecer e portanto eu que voo muito nao devo me preocupar com os acidentes aereos pois quando chegar a minha hora de partir nao importa se estarei em um aviao, ou em outro lugar qualquer. Deus ja predestinou aquilo que ira acontecer com todos nos e portanto nao devemos nos preocupar com qual sera o nosso fim ca na terra.
A minha primeira questao eh se esta correcto a forma que entendi a cerca da predestinacao. E se tambem esta eh a forma que Igreja Presbiteriana prega.
Para alem do mais tambem gostaria do vosso esclarecimento sobre predestinacao no que se refere a salvacao.
Gostaria de saber do ponto de vista da predestinacao Deus ja escolheu aqueles que serao salvos, e portanto na Igreja poderemos ter pessoas que apesar de todo esforco nao alcancarao a salvacao.
Um fraterno Abraco
Ruben
pastor Augustus!
ResponderExcluireste texte seria bem aplicado neste caso?
Isaías 45:7 Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o SENHOR, faço todas estas coisas.
um grande abraço
fileto
Fileto,
ResponderExcluirAcho que sim, pois o "mal" mencionado ai não é o mal moral (pecado) mas o mal circunstancial, castigos da parte de Deus visando punir os impios e corrigir os que são seus.
Rev.Augustus,
ResponderExcluirLendo o post do Presb.Solano,voltei prá ler o seu.
Não entendo quando diz-se que Calvinismo não é bíblico! Não quero discutir isso, até porque nem sei. Mas acho vocês tão lúcidos e coerentes com a Palavra.
O texto foi generoso, misericordioso, trazendo conforto e
fortalecimento da fé. Quanto ao que o senhor falou sobre abordar o
sem ser a crentes, é complicado,recentemente uma amiga minha perdeu um filho num assalto, quis confortá-la (que ousadia!) falando da vontade de Deus, mesmo sem a gente entender,etc.etc. Ela ficou brava,tentei outras vezes quando ela me ligava chorosa (entendo a dor, deve ser terrível), quase perco a amizade. Hoje só a escuto e oro por ela e por mim para que Deus me dê sabedoria numa hora dessa.
Deus o abençoe.
Tania Cassiano
(Escreví besteira, mas só prá o senhor saber que foi recofortante o seu post e o do Presb).
Deus o abençoe.
Tânia Cassiano
Graça e paz,Rev.Augusto lopes Nicodemos...
ResponderExcluirGostei da sua argumentação em relação as catastrofes,e calamidades que estão acontecendo em nossos dias." Muitas pessoas perguntam? aonde está Deus quando tudo isto acontece? pessoas morrendo, familias destruidas por causa de terremotos, tempestades, vendavais e etc....
Respondo eu!!! Deus está no mesmo lugar que sempre teve, no ceus, e segundo a sua soberania ele pode fazer o quer como voce disse em seu comentario sobre os fatos ocorridos no Antigo Testamento e algumas citações até mesmo de Jesus.
O problema " Reverendo", é que algumas pessoas usam a argumentação de Epicuro sobre o sofrimento Humano e querem atribuir as catastrofes a Deus, mais vejo que não é bem assim, infelismente nossa politica do pais está um lixo, e as pessoas que jogam lixo na rua, com certeza a chuva vem e ira entupir os boeiros da cidade,inundações,enchentes, daqui a pouco as pessoas vam colocar a culpa em Deus também é mais facil não acha, porque é mais facil jogar a responsabilidade em Deus, do que ser responsavel pelos nossos atos," As nossas decisões no presente refletiram no futuro", as pessoas esquecem disso.
Por este motivo existem pessoas na atualidade querendo colocar Deus na parede, agora tudo que acontece é culpa de Deus, até os famosos teologos que estão aderindo o TEISMO ABERTO,ou a teologia RELACIONAL, eles conseguem colocar Deus na parede também, sendo que isto na pratica nunca conseguiram, e diss; a Escritura, em um determinado momento da História da Humanidade, todo o joelho se dobrara diante da presença do Todo poderoso, ai eu quero ver aonde estará os seguidores de EPICURO,OS SEGUIDORES DO TEÍSMO ABERTO, que não acreditam na Soberania de Deus, creio eu que eles não acreditam nem mesmo na sua propria existencia.
E infelismente muitas pessoas estão perdendo o seu tempo em querer explicar o o que a Escritura não explica, que Deus continue iluminando a sua mente reverendo e te dando da sua graça e plenitude para enfrentar os teologos que aderiram a teologia relacional ou o famoso Teísmo Aberto.
Um grande Abraço...
Prof°.Fernando Ripoli
( Pós-graduando em teologia e história do Protestantismo no Brasil)FTBSP.
Assembléia de Deus "Campo de Mauá"
PAZ E GRAÇA SENHOR AUGUSTOS, O SENHOR NAO TEM IDEIA SABE E CONHECE A PROFUNDIDADE DA PALAVRA MAS NAO TEM IDEIA ACREDITO QUE NAO, DE COMO SUAS EXPOSIÇÕES PELA PALAVRA EDIFICAM A FÉ, SOU UM HOMEM QUE QUASE NAO ANDO 37 ANOS APENAS, E SEMPRE TIVE MINHAS QUESTOES AGRADEÇO A DEUS PELO SEU TRABALHO, QUANTO AO SATÃ ? TODO MUNDO SABE "ESPIRITAS ATACAM A PESSOA DE DEUS, POR CAUSA DA SENTENÇA, O EVOLUÇÃO DELES NAO FICA DE PÉ DA PALAVRA DO SENHOR" E A FORMA MAIS CLARA DE MANIFESTAR O DESCONTENTAMENTO COM O INFERNO E APLICAR A IDEIA DE ESTARMOS EM RESPONSABILIDADE NA EVOLUÇÃO ATRAVEZ DA REEENCARNAÇÃO. FIXAM SEMPRE 2 DISCURSO.
ResponderExcluirJESUS ERA UM MESTRE EVOLUIDO PALAVRA QUE ELE QUASE USOU NO TEXTO DELE.
E SEGUNDO O DEUS DO ANTIGO TEXTAMENTO E DISCORDANTE DO NOVO PAR APODER TIRAR A LEGITIMIDADE DAS SENTENSAS DO ANTIGO E DEPOIS DIZE4R QUE E TUDO RELIGIAO QUE TEM FALHAS.
NO FUNDO NO FUNDO E COMO PAULO DIZ A TIMOTEO, E COMO O SENHOR DISSE AQUI FALSA LUZ , FALSA SABEDORIA AFIRMAR O QUE QUER PÓR MEIO DO QUE ACREDITAMOS E FALAMOS.
QUANDO NOA DIZ QUE NAO HA VERDADE BIBLICA NOS POST? SÓ PROVA QUE NAO LEU SE LEU NAO ENTENDEU.
PRAZER EM CRISTO SEMPRE ACOMPANHAR SUAS ESXPOSIÇOES MESMO QUANDO NAO CONCORDO NAO ENTENDO MAS E UM SINAL DE COERENCIA NUM MUNDO CHEIO DE INCOERENCIAS
Olá reverendo, gostaria de sanar uma dúvida que possuo, no caso específico de uma tragédia aérea, tal qual, a descrita em seu texto. Será que é impossível se considerar que pode ter havido uma pane de caráter mecânico ou eletrônico, não detectada pelas vistorias periódicas? Outro exemplo, um ser humano come açúcar em excesso e após alguns anos é diagnosticado com diabetes, pode ele considerar isso como uma realização da soberania de Deus, sem que antes precise admitir que é o maior culpado pelo diagnóstico? Até que ponto devemos excluir a possibilidade de falha humana em uma inspeção de rotina que causou uma pane na aeronave? Espero que o senhor perceba que não argumento como deísta e sim como Teísta, ao que corroboro minha afirmação com a seguinte frase: como pode Deus permitir a liberdade de escolha de um ser humano sem que conceda-lhe no mínimo certa liberdade, ainda que cercada por sua soberania, a citar-se o caso do homem que come açúcar em demasia, Deus concedeu-lhe tal direito não o impedindo (Gl 6.7) . Nada, de fato, escapa a permissão Divina, mas em um caso de acidente, caso Deus o fosse impedir deveria Ele romper algo que Ele próprio em sua Soberana Vontade conferiu ao homem, a saber, as consequências de seus atos, criando, dessa forma, uma realidade alternativa, haja visto que só é livre de fato quem pode escolher e arcar com suas escolhas e consequências.
ResponderExcluirDito isto, não posso de maneira nenhuma discordar com o senhor quando afirma a respeito da brevidade da vida, mas me parece que no texto de Lucas 13.1-5 no qual o senhor também fez menção, não cite com clareza que Deus derrubou a torre, ou que Deus Usou Pilatos para matar os galileus, e, sim que a ênfase decai no arrependimento. Isto é, nesse texto Jesus chama a atenção ao que realmente importa, que morrendo em acidentes ou não vivendo pouco ou muito, sem o "arrependimento" (o senhor já percebeu que sou arminiano, mas não quero entrar nesse tipo de discussão) todos acabariam por morrer também e pior poderiam estar afastados de Deus eternamente (visto a ênfase do arrependimento). Ainda nesse mesmo ponto de vista, o que motivou Paulo a dizer "o viver é Cristo e o morrer é ganho" (Fp 1.21) e ainda "Mas nós somos cidadãos do céu e estamos esperando ansiosamente o nosso Salvador" (Fp 3.20), senão uma vida levada a diante, de tal forma, para Cristo que considerava sua maior vitória estar mais próximo de seu mestre Jesus? Ou ainda em outras palavras não estamos por demais nos apegando a esta presente vida, a ponto de construirmos aqui nosso império e tudo o que vier contra essa ideia se torna uma desgraça? Quando foi que deixamos de viver a realidade máxima da Nova Aliança e do Cristianismo de que nossa maior vitória se dará completa apenas na próxima vida? Um grande abraço reverendo, agradeço sua ajuda para solucionar minhas questões, Deus abençoe grandemente....
Caro Romulo,
ResponderExcluirAcredito que a resposta que você pede já foi dada nos comentários acima e no próprio texto.
Você está procurando uma solução para uma equação que não tem resposta aqui neste mundo. Deus é absolutamente soberano e tudo acontece exatamente como Ele deseja. Ao mesmo tempo, Ele faz isto sem violar a liberdade de suas criaturas e consequentemente, deixando a todos responsáveis por seus atos. Como isto acontece, a Bíblia não responde. E portanto, qualquer tentativa nossa de resposta sempre será imperfeita.
Um abraço.