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segunda-feira, julho 20, 2009

O que os Reformados Entendem por Livre Arbítrio?

          A questão e as controvérsias sobre a existência ou não do livre arbítrio são antigas. A discussão se faz presente, com freqüência, no meio presbiteriano, porque somos reformados. Esse termo, reformados, significa que entendemos que as doutrinas resgatadas pela reforma do século 16, e expressas nos documentos e escritos históricos dos reformadores e dos que seguiram em suas pisadas, expressam da melhor maneira os ensinamentos da Palavra de Deus.

          Ocorre que nem sempre os que defendem, ou os que negam o livre arbítrio, se preocupam em um entendimento maior do conceito, nem em uma abordagem mais ampla dos textos bíblicos pertinentes ao tema compreendido nessa “liberdade”. Nesse sentido, tanto a defesa, como o ataque, podem levar a uma distorção do ensinamento bíblico e por isso é importante examinarmos em maior detalhe o que realmente entendemos por livre arbítrio.
          Podemos fazer isso indo até o nosso símbolo de fé – a Confissão de Westminster (CFW: 1642-47), não porque tenhamos ali a palavra final, mas porque a Confissão nos direciona à Escritura, sistematizando, em proposições concisas, as doutrinas chaves da fé cristã. É nela que encontramos exatamente todo um trecho exatamente sobre o livre arbítrio. O capítulo 9 da CFW tem cinco seções. Nelas lemos que a Bíblia nos ensina que:
1. A natureza humana não possui determinação intrínseca (natural) para o bem ou para o mal. Essa é a liberdade da natureza humana, procedente da estrutura da criação, e a Bíblia, com freqüência e naturalidade, faz referência a essa situação, apelando ao “querer” das pessoas (“te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois, a vida, para que vivas” – Dt 30.19; “... não quereis vir a mim para terdes vida” – Jo 5.40; “... Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram” – Mt 17.12).
2. Entretanto, essa plena liberdade existiu no que a CFW chama de “estado de inocência”, ou seja, até a queda em pecado. No Cap. 4, seção 2, falando “da Criação”, a CFW indica que nossos primeiros pais foram “deixados à liberdade da sua própria vontade, que era mutável”. Voltando ao Cap. 9, quando o pecado entrou no mundo o homem perdeu essa “liberdade e poder” (“...Deus fez o homem reto, mas ele se meteu em muitas astúcias” – Ec 7.29).
3. O livre arbítrio, portanto, faz parte da natureza criada, mas não subsiste na natureza caída. Como pecadores, não podemos realizar qualquer “bem espiritual” que leve à salvação. Nesse sentido, toda a raça humana está morta “no pecado”. As pessoas são incapazes, cegas pelo pecado, de converter-se, ou mesmo “de preparar-se para isso”. Perdemos, portanto, o livre arbítrio, com a queda em pecado (“... o pendor da carne é inimizade contra Deus... os que estão na carne não podem agradar a Deus” – Ro 8.7-8; “... Não há justo, nem um sequer... não há quem busque a Deus; todos se extraviaram...” – Ro 3.10 a 12; “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer” – Jo 6.44).
4. A situação atual da humanidade, sem livre arbítrio, é de escravidão ao pecado, mas a conversão, operada pelo toque regenerador do Espírito Santo é a libertação dessa escravidão. É a graça de Deus que habilita o homem a querer fazer o que é espiritualmente bom. Como permanecemos ainda pecadores e vivemos em um mundo que é pecado em pecado, não podemos realizar o bem perfeito, e eventualmente caímos também em pecado, mesmo depois de salvos ( “... todo o que comete pecado é escravo do pecado... Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” – Jo 8.34 e 36; “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” – Cl 1.13; “... uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” – Ro 6.18; “... nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto” – Ro 7.15),.
5. Somente na eternidade, em nossa glorificação, é que a nossa vontade “se torna perfeita e imutavelmente livre para o bem só” ( “Ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele” – 1 Jo 3.2).
          Esses pontos estabelecem o significado teológico da expressão livre arbítrio – a possibilidade de querer realizar o bem, que tem validade espiritual. Nesse sentido, as pessoas não o possuem em função do pecado e da natureza pecaminosa, que as conservam sob escravidão, fazendo-as escolher o pecado.
          A CFW ainda faz outras referências ao livre arbítrio, por exemplo, diz que Deus executa o seu plano “segundo o seu arbítrio” (Cap. 5, seção 3); diz ainda que a perseverança dos santos, ou seja a segurança dos crentes em um estado de salvação “não depende do livre arbítrio deles”, mas “do livre e imutável amor de Deus Pai” (Cap. 17, seção 2). Simultaneamente, uma liberdade de ação, e conseqüentes responsabilidades, é reconhecida, na CFW. No Cap. 20, seção 1, ela indica que os crentes procuram seguir os preceitos de Deus “... não movidos de um medo servil, mas de amor filial e espírito voluntário”. Por último, a CFW fala da liberdade de consciência (Cap. 20, seção 2), registrando que “só Deus é o senhor da consciência”; fala da “verdadeira liberdade de consciência”, e avisa contra “destruir a liberdade de consciência”, bem como contra nunca utilizar essa liberdade como pretexto para cometer “qualquer pecado” ou concupiscência, pois o propósito dela é servir “ao Senhor em santidade e justiça, diante dele todos os dias da nossa vida”.
          Devemos entender, assim, que quando indicamos que não possuímos livre arbítrio, não significa que somos robôs, agindo mecanicamente em um teatro da vida. Esse é o grande mistério: como Deus consegue nos dar essas faculdades decisórias, mas, ainda assim, cumprir o seu plano de forma imutável. Mais uma vez, é a CFW, que nos esclarece (Cap 3, seção 1 – “Dos eternos de Deus”), indicando que Deus “ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece”, porém “nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias”.
          Como reformados, precisamos cuidar, portanto, ao contestarmos o livre arbítrio, de não suprimirmos esse aspecto – de que decidimos organicamente as questões da nossa vida, mas Deus, soberanamente cumpre seus propósitos. Se assim fizermos, reduzimos os atos de Deus a um modus operandi que não é o dele, nem é o ensinado na Bíblia. Talvez uma distinção que pode auxiliar a nossa compreensão e dar maior precisão ao tratamento desse conceito, é a utilização do termo livre agência. Livre arbítrio, no sentido já explicado, foi perdido. Esteve presente em Adão e Eva, mas não se encontra na humanidade caída. Livre agência seria a capacidade recebida de Deus de planejarmos os nossos passos (Ti 4.13), de decidirmos o nosso caminhar. Quando entendemos bem esse aspecto, nunca vamos achar que essas decisões são autônomas, ou “desligadas” do plano de Deus (Ti 4.14-15). É ele que opera em nós “tanto o querer como o realizar” (Fl 2.13) e o faz milagrosamente, imperceptivelmente, sem “violentar a vontade da criatura”. Longe de ser uma contradição, esse entendimento reformado, retrata Deus em toda sua majestade, ao lado de criaturas preciosas. Livres agentes, que perderam a possibilidade de escolha do bem (livre arbítrio), mas continuam formadas à imagem e semelhança da divindade, necessitadas da redenção realizada em Cristo Jesus e aplicada nas vidas dos que constituirão o Povo de Deus, pelo seu Espírito Santo.
Solano Portela

67 comentários:

  1. Sobre este assunto, só posso dizer:
    Não tendo tido a graça de compreendê-lo de forma que possa falar com clareza sobre ele, detenho-me diante da soberania de Deus, implorando-Lhe dia e noite para que, se for da Sua vontade, instrua-me a respeito.

    Às minhas poucas ovelhas poupo-lhes o risco de abordar tal assunto. Digo-lhes apenas: Deus seja louvado por tudo que tiver decidido a esse respeito desde a fundação do mundo. Aceitemos as Suas decisões sem questioná-las. Amém!

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  2. Prezado Solano,

    Essa questão é muito polêmica! Sem embargo da maravilhosa bênção que recebemos de ser salvos graciosamente por DEUS, segundo a sua Soberana Vontade, Mas, no meu ponto de vista, é um dos temas mais fascinantes para estudo.

    Talvez seja a doutrina mais repudiada pelos outros cristãos (tanto os irmãos arminianos como até os romanos). Minha esposa, que se converteu na Assembléia de Deus, até hoje não aceita...

    O nosso ego é violentado ao ser confrontado com a verdade de que nada podemos fazer para ser salvos, nem mesmo querer nos voltar para DEUS...

    Temos a natural inclinação de querer participar...

    Mas, pessoalmente, fico absolutamente feliz e satisfeito que a obra redentora não depende de mim... Sou humano e falho, com toda certeza não daria conta de tamanha responsabilidade!!!

    A propósito do tema. Navegando pela internet, descobri naquele site "monergismo" um sermão do Spurgeon que contém uma paráfrase da oração do fariseu que resume a questão.

    Vou transcrevê-la: "Vocês têm ouvido uma quantidade grande de sermões arminianos, ouso dizer, mas vocês nunca ouvirão uma oração arminiana - porque os santos em oração se mostram iguais em palavra, ação e mente. Um arminiano de joelhos orará tão fervorosamente, quanto um calvinista. Ele não pode orar sobre o livre-arbítrio; não há espaço para isso. Imagine-o orando: "Senhor, eu te agradeço porque não sou como aqueles pobres e presunçosos Calvinistas. Senhor, eu nasci com o glorioso livre-arbítrio; Nasci com o poder pelo qual posso me voltar para ti por mim mesmo; tenho acrescido minha graça. Se todos tivessem feito com suas graças o mesmo que fiz com a minha, todos poderiam estar salvos agora. Senhor, eu sei que o Senhor não nos faz propensos a ti se nós mesmos não nos dispusermos a isto. Deste graça a todos; alguns não a cultivaram, mas eu a cultivei. Há muitos que irão para o inferno, mesmo estando tão comprados pelo sangue de Cristo quanto eu estou; tiveram tanto do Espírito Santo quanto me foi dado; tiveram uma boa chance, e foram tão abençoados quanto eu fui. Não foi a tua graça que nos fez diferentes; sei que ela fez muito, mas eu é que mudei de direção; eu fiz uso do que me foi dado, e os outros não - esta é a diferença entre mim e eles".
    Esta é uma oração do diabo, porque ninguém mais ofereceria uma oração como esta. Ah! Quando estão pregando e falando bem devagar, podem apresentar uma doutrina errada; mas quando vêm orar, a verdade escapa; eles não podem evitar."

    Um forte abraço!

    Cristiano Pereira de Magalhães

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  3. Quero parabenizar o autor do txto pela objetividade, sendo sucinto e claro, falando sobre um tma tão dificil em poucas palavras. o resúmo é otimo e esclarescedor. Estou transcrevendo o mesmo no meu blog. Feliz dia do amigo para todos.

    Joelson Gomes

    http://gracaplena.blogspot.com

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  4. Parabéns ao Prof. Solano por mais este post interessante, e ao irmão Cristiano pelo comentário brilhante, no qual faz alusão a Charles Spurgeon, pastor batista do século XIX e calvinista da mais pura cepa, pela graça de Deus. Gostaria de fazer uma observação sobre o termo "livre arbítrio" do modo como ele é entendido em alguns círculos evangélicos: creio que "livre arbítrio", do modo como é ensinado por muitos arminianos, semipelagianos e outros não-reformados, isto é, como sendo a capacidade de tomar decisões de modo completamente independente de toda e qualquer situação, é algo que jamais existiu, mesmo antes da Queda... como seres finitos, nosso "livre arbítrio" é finito (como o Prof. Solano, prefiro o termo "livre agência"). Como seres relativos (somente Deus é Absoluto), nosso "livre arbítrio" também é relativo... como seres dependentes (somente Deus é Independente), nosso "livre arbítrio" também é dependente. Uma vez mais parabéns ao Prof. Solano Portela, ao Dr. Mauro Meister e ao Dr. Augustus Nicodemus Lopes por este Blog fantástico. Vocês estão disponibilizando uma ferramenta poderosa para todos nós reformados, na internet. Que Deus os abençoe ricamente!
    Fábio Vaz
    www.alegrem-se.blogspot.com

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  5. Caro Anônimo:
    Nunca vamos compreender exaustivamente a questão, mas Deus nos dá certas indicações sobre a forma como ele trabalha, em Sua Palavra. Assim, o conhecimento que temos, ainda que parcial, será verdadeiro. Em adição, mesmo acatando a incompreensibilidade de muitos aspectos e atos da pessoa de Deus e de seu plano, não significa que tais ações sejam ilógicas - podemos não perceber a lógica, sob nosso prisma, mas Deus é Deus de coerência e de verdade. O ponto central, é nunca diminuir a soberania de Deus, ou exaltar a autonomia humana, por conta de nossa finitude cognitiva.
    Obrigado pela reflexão.

    Caro Cristiano:
    Grato pela citação do gigante Spurgeon, intenso e consagrado pregador da palavra - mestre evangelista - que defendia sobremaneira a soberania divina.

    Caro Pr. Joelson:
    Obrigado pelas palavras de incentivo e pela repercussão em seu blog, do nosso texto. Deus abençoe o seu ministério.

    Caro Fábio:
    Obrigado pelos comentários. Realmente, você tem razão. Não há postura, decisão ou caminho que sejam autônomos da pessoa de Deus, ou do plano divino. O interessante, é que os reformados podem aceitar essa visão subordinativa ao Conselho de Deus, das pessoas, sem traumas intelectuais. É uma questão de rendição ao ensinamento das escrituras. Enquanto que muitos, vilificando os reformados dizendo que nós procuramos "explicar a Deus" (quando é o contrário, deixamos Deus falar por si, sobre si), procuram exatamente diminuir Deus à finitude de seus pensamentos, atingindo uma lógica rasteira, que reduz Deus a um ser perplexo e atribulado, perante os caminhos de um mundo fora de seu controle...

    Abraços a todos

    Solano

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  6. Não sei se vocês já assistiram, meus irmãos, mas este vídeo do Piper é muito bom:

    http://www.youtube.com/watch?v=sXlxDLM_ODs

    Irmãos, jamais entenderemos como o livre-arbítrio (ou livre agência ou resposabilidade humana - estou considerando-os como sinônimos aqui) e a soberania de Deus coexistem. É melhor assumirmos isso (pois a Bíblia apresenta essas duas verdades) do que distorcermos (ou negarmos) ou um ou o outro.

    Agora no dia que um arminiano me convencer biblicamente e sem apelar que "morto" (Rm 3.9-18 // Ef 2.1-3) faz alguma coisa, inclusive escolhe ser salvo, eu deixo de ser um calvinista, ou melhor, um paulinista, ou melhor, um Jesuista!

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  7. Caro Solano

    É muito interessante realmente esta discussão. Preciso de alguns esclarecimentos seus, autor desse texto.
    1.)Onde encontro na Bíblia a indicação de que o livre arbítrio foi perdido depois da queda, como disseste?

    "3. O livre arbítrio, portanto, faz parte da natureza criada, mas não subsiste na natureza caída. "

    2.)Essas afirmações bíblicas constantes no CFW não são provas vetero e neo-testamentárias de que Deus leva em conta o querer do homem?

    "Se alguém QUISER vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me "

    3.)Se o homem não tem comdição de dar resposta alguma, pela sua depravação total, por que Jesus destaca o querer, a renuncia, o tomar a cruz, o segui-lo. Pela ótica reformada o homem não tem condição alguma de fazer isso.

    4.) A afirmação divina após a queda do homem: "Agora o homem é como um de nós conhecendo o bem e o mal, significa o que? Não é mais um apontamento para a liberdade do homem em escolher o bem ou o mal, pela graça de Deus?

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    1. Se quiser tome sua cruz e siga me jesus está falando do homem material humano vivo deixar sua família pai mãe irmão enfim e não do homem espiritual morto no pecado temos que entender isso certo quanto o homem é como um de nós conhecedor do bem e do mal significa conhecer distinguir o bem e o mal só isso mas o homem não tem força sozinho para se livrar do pecado sem Deus simples assim

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  8. O conceito de livre agência é somente uma forma diferente de falar do livre arbítrio.
    Eu como pentecostal entendo justamente assim: Temos liberdade de escolher caminhos, mas acima de tudo e de todos está o seberano Deus guiando a humanidade segundo seus planos eternos e imutáveis.

    http://valdivannascimento.blogspot.com/

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  9. Prezado Solano,

    (Gênesis 4:7) Se bem fizeres, não é certo que serás aceito? E se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e sobre ti será o seu desejo, mas sobre ele deves dominar.

    Consequências:
    1) Aqui está a fonte do budismo como filosofia de vida (a fonte do sofrimento está no desejo; a solução está no domínio próprio);

    2)Aqui está a fonte do hinduísmo de Gandhi, expresso na Baghavad Gita (autoconhecimento para o dominio próprio que leva a Deus). Gandhi dizia seguir a Cristo, pela prática do Sermão do Monte, mas não ao cristianismo estaturário e burocrático;

    3) Estaria aqui a fonte da Graça Comum?
    Calvino elegeu, como faculdades humanas fundamentais, a inteligência e a vontade. Tiago esclareceu que o desejo (ambição,ganância, etc) é a fonte das contendas e deu como solução a busca da sabedoria que, vindo de Deus, liberta o homem para que pratique a religião verdadeira (socorrer as viúvas e os órfãos na sua tribulação).

    Assim, poderíamos assumir (poderíamos?):

    1) Que a Graça Comum está ao alcance de todos que tenham tido os meios básicos da vida sã: provimento de necessidades típicas do organismo sadio, inclusive respeito e carinho;

    2) Que o aspecto espiritual, este sim, continua o grande mistério que ao eleito (que ninguém pode dizer quem é, até o último suspiro), e só ele, poderá discernir no momemto que Deus lhe aprouver (com ocorreu com o ladrão ao lado de Cristo).

    Conclusão provisória especulativa:
    Vivamos, pois, como livres agentes da Graça Comum e evoquemos a Graça Especial. Quanto a esta última, só Deus escolherá o momento certo de no-la trazer à consciência, para que não nos orgulhemos de nossa eventual situação privilegiada.

    Usei mal a minha capacidade (dada por Deus), de pensar com liberdade?

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  10. Leandro Leite21/7/09 14:36

    Já que o tema é sobre livre arbítrio gostaria de questionar, para esclarecer melhor: O Livre Arbítrio perdido é apenas o que conduz à Salvação ou é Livre Arbítrio para todas as ações morais do Ser Humano. É claro que ninguém pode fazer o bem sempre, mas também parece claro que os Seres Humanos possuem atitudes Boas muitas vezes. De fato, não são nem atitudes boas sempre, nem atitudes boas às vezes que podem nos salvar (o que apenas Deus, através de Jesus Cristo pode fazer), mas assim, quando fala de Livre Arbítrio a CFW refere-se apenas ao Livre Arbítrio para 'escolher' Deus ou ao Livre Arbítrio para escolher posturas morais adequadas???

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  11. Caro Solano:

    É muito complexo pensar em livre-arbítrio (ou livre-agência) como algo independente da soberania de Deus, pois, se o for, uma doutrina anula a outra.

    Creio que Spurgeon, na suposta e inverossímel oração do arminiano, citada por Fábio Vaz, consegiu dar o tom do significado de ambos os fundamentos bíblicos, mesmo porque, quando oramos segundo a vontade de Deus, os fatos se darão de acordo com essa vontade, e não unilateralmente conforme o que pedimos.

    Esse foi o dilema de Paulo em sua epístola aos Romanos: "Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?" Ou seja, não há em nós bem algum que nos faça, por nossa própria vontade, alcançar a graça, mas ela mesma nos atrai para o centro da soberania de Deus de modo que, pela livre-agência, cumprimos o seu propósito para conosco.

    Textos bíblicos que falam de nossas escolhas remetem apenas para esse exercício decisório que sempre será feito à luz da soberania divina.

    Para finalizar, o seu texto trouxe bastante luz ao assunto.

    Abraços

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  12. Na minha opinião o fato de DEUS ter um plano soberano e inalterável e ao mesmo tempo não violentar a vontade da criatura, é um dos temas que a mente humana não é capaz de raciocinar de forma exata, como o conceito de eternidade passada por exemplo.

    Mas a idéia de livre agência com certeza me ajudou a clarear mais um pouco o entendimento sobre isso.

    Abraço.

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  13. Caro Solano,
    Parafraseando o Valdivan que lhe perguntou em qual texto bíblico se lê que o homem perdeu o livre-arbítrio após a queda (e isso pode ser provado por uma infinidade de textos e passagens do A.T. e do N.T.; não que o homem perdeu o livre-arbítrio, mas que ele não o tem), pergunto:
    Em qual parte da Bíblia se lê que Adão e Eva, antes da Queda, detinham o livre-arbítrio?
    Concordo com Valdivan que livre-arbítrio e livre-agência são praticamente a mesma coisa (O pr. Geremias parece também concordar). Apenas o calvinista compatibilista não quer se apropriar de um termo tipicamente arminiano. Então, utiliza-se da livre-agência para "garantir" a responsabilidade humana, pois, sem ela, o homem seria inimputável, aos olhos compatibilistas.
    Porém, baseado na completa e total soberania de Deus, não é "mais escriturístico" crer que a responsabilidade humana está ligada não à liberdade do homem, mas à autoridade de Deus, o qual disse: "A alma que pecar, essa morrerá"? (Ez 18.4). Este não é o princípio correto para a responsabilidade? A autoridade divina sobre esse homem, pura e simplesmente, de fazer o que bem entender e quiser com ele, conforme a Sua vontade? Não é o que Paulo diz em Rm 9? Ao invés de se "apostar as fichas" em uma idéia extrabíblica de livre-arbítrio e/ou a livre-agência?
    Da mesma forma, as causas secundárias estariam alheias à vontade suprema de Deus?
    Para mim, tanto as causas primárias como as secundárias estão sujeitas completamente à vontade determinativa de Deus, a qual compõe o Seu decreto eterno, que, infalivelmente acontecerá, independente da vontade ou não do homem (o que é irrelevante).
    Se Deus não "violenta" a vontade humana, quer dizer que somos capazes de fazer o que bem entendemos e queremos, então, onde está a soberania divina? Como é possível Deus garantir a execução do Seu eterno decreto, enquanto o homem decide "livremente"? Quais garantias Ele tem de que faremos exatamente o que Ele planejou se somos dotados da mais ínfima "liberdade"? Isso não quer dizer que se é possível ser "livre" de Deus? E alguém pode ser "livre" de Deus?
    Soberania pressupõe autoridade, e autoridade pressupõe poder. É-se possível ter poder sem controle absoluto?
    Parabéns por abordar um tema tão "indigesto", e do qual muitos se furtam debater.
    Abraços.

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  14. Caro Professor Solano

    Com todo o respeito...
    Ao senhor, ao grande mestre Calvino, e aos doutores e teólogos da Confissão citada.

    Mas... a técnica de separar livre-arbítrio de livre-agência é até interessante se...

    Livre-arbítrio for pego como a capacidade de escolher entre o bem e o mal.

    Livre-agência for pego como a capacidade de se fazer as escolhas do di-a-dia.

    Neste caso, concordamos que Adão e Eva tinham livre-arbítrio, após a queda o homem passou a ser escravo do pecado e só conseguia escolher o mal e perdeu o livre-arbítrio.

    Neste caso, entendo que após o novo nascimento o homem recupera esta capacidade de escolha, passa a dizer não ao pecado (pelo reflexo do fruto do Espírito na aplicação de domínio próprio).

    Neste caso, entendo que após a ressurreição deixamos novamente de ter livre-arbítrio, pois ali não teremos a capacidade de escolher o mal.

    Neste caso nem Deus tem livre-arbítrio pois Ele não tem a capacidade de escolher o mal.

    Acho que vou ser longo... me desculpe.

    Mas neste caso a livre-agência também deverá estar subordinada totalmente à soberania de Deus.

    Sinceramente eu não faço esta distinção entre arbítrio e agência, mas tudo bem, não me importo com ela.

    O que me implica, e nisto discordo do senhor, admiro o Reverendo Augustus (por aquele texto clássico "Não sei") e admiro o Vincent Cheung por ser explícito e não colocar panos quentes na questão..., o que me implica (de implicar, incomodar) é quando os reformados e a Confissão de Fé nomeada (que não é inerrante, nem infalível, nem inspirada - apesar de excelente documento de fé), dizem que na livre-agência Deus não é "soberano" deixando o homem livre para escolher as suas trivialidades?

    Fazem uma ginástica danada para corrigir os irmãos pelagianos, semi-pelagianos, cassianistas, arminianos, e me vem com esta idéia de que Deus não é soberano sobre as causas secundárias....?

    Isto sim é de se refletir.
    A semente da livre-escolha que no arminianismo é escrachada, vem sutilmente colocada neste argumento de livre-agência totalmente "livre".

    Exemplo simples:

    A minha escolha diante do chamado do Evangelho implica a vontade soberana do nosso Deus. Até aqui concordamos.

    Mas dizer que as minhas escolhas corriqueiras que não afetam a salvação, mas que implicam em causas secundárias, dizer que sobre estas Deus não é soberano, é complicado demais.

    continua...

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  15. continuação...

    É semi-pelagianismo disfarçado de doutrina reformada.

    "Até o fio de cabelo..."
    "Aquele que opera o querer e o efetuar..."
    "Aquele que sabe o que iremos dizer antes de proferismos as palavras..."

    Enfim, não se trata de sermos robôs ou marionetes, se trata de algo muito pior, pois o controle que o manipulador tem sobre uma marionete é infinitamente inferior ao controle que Deus soberano tem sobre nós.

    Deus então será surpreendido por uma escolha trivial minha? Então como Ele é onisciente?

    O Reverendo Augustus recebe a minha admiração quando afirma as duas verdades (Deus é soberano. O homem é responsável moral pelo que escolhe) e depois diz que não sabe como as duas verdades (ambas bíblicas) ser harmonizam.

    Eu me considero determinista bíblico, que faço distinção do fatalismo, pois este tem que tudo está determinado por forças impessoais, e eu afirmo que tudo está determinado não por forças impessoais mas por um Deus soberano.

    Tantos causas primárias quanto secundárias.

    Se nas secundárias Deus não é soberano como podemos afirmar que Ele é onisciente se nós nem nos dispomos a decidir o que faremos destas causas secundárias?

    É uma forma de tornar a soberania de Deus diminuída.
    E isto não posso conceber.

    Prefiro dizer não sei, ou afirmar que Deus é soberano sobre tudo e todos como Vincent Cheung.

    Agora se o irmão dizer que inclusive a livre-agência se subordina totalmente a Deus, então estamos de acordo.

    Desculpe me delongar.

    Um grande abraço

    É preciso ter coragem para abordar este assunto, e o senhor a teve, apesar de aparentemente discordarmos.

    Mas é uma discordância cordial.

    Pode me corrigir a vontade, uma vez que não tenho a mínima vergonha de ser corrigido por quem quer que seja, e pelo senhor será até uma distinção.

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    1. Muito bom tinha muitas dúvidas e você esclareceu muitas delas abrs

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  16. Eu acho essa ilustração boa:

    A soberania de Deus e a responsabilidade do homem são como gêmeos siameses. Se tentarmos separá-los, um dos dois será sacrificado.

    Creio na eleição e predestinação dos santos. Creio na responsabilidade humana. Como conciliar? Não sei e não consigo. Que Deus seja louvado.

    Uma coisa tenho certeza: não tenho livre-arbítrio porque era escravo do pecado e agora sou servo de Cristo. Minha salvação veio de Deus somente, por sua graça irresistível, preparada desde a eternidade. Ainda assim, lutarei sempre para confirmá-la, não para alcançá-la, e serei eternamente grato por tão grande salvação. Ef 1 e 2.

    No mais, obrigado Solano por esse texto, que propicia reflexão e conhecimento.

    Deus continue te abençoando.

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  17. Pra mim um livro muito esclarecedor sobre o assunto é o livro "Eleitos mais livres" do Norman Geisler. O Livro tem alguns furos,mas não existe calvinista vivo para refuta - lo.Vcs calvinistas sempre nos acusam de soberbos,dizem que banimos a soberania divina,isso nao ´e verdade,mas muitos de vcs se gabam de sua predestinação. Calvino numca foi autoridade final em doutrina biblica,no entanto muitos de vcs fazem dele quase um deus.

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  18. Solano muito bom artigo. Quando se compartilha das mesmas opiniões teológicas não há muito o que questionar.

    Mas li alguns alguns conceitos em comentários postados que me soaram muito estranhos.

    Um deles é a recuperação do livre arbítrio com o novo nascimento. Que bom seria fazer a vontade de Deus sem nenhum impedimento! Creio que seja a vontade de qualquer cristão sincero. Mas, voltaríamos à condição de Adão e Eva: posso non pecare . Até que... acabaríamos pecando!

    E assim, quem sabe, Rm 7 nao teria necessidade de ser escrito, e Paulo poderia dormir tranquilo sem drama de, digamos, “consciência”. Pois tendo o “Espírito de Deus” e a “mente de Cristo”, e, certamente domínio próprio, lutava ele espiritualmente contra a vontade da carne. Certa vez ele quis passar adiante “mas o Espírito de Cristo o impediu” [Atos 16. 6-7]. Ele que havia entendido que seria bom pregar na Ásia, estando defronte da região de Mísia, passaria à Bitínia. A vontade do Senhor, no entanto, era a de que eles, ao contrário do “arbíitrio” de Paulo, rodeassem Mísia e descessem para Trôade!

    Outro conceito intrigante é esse que diz que após a ressurreição não teremos a capacidade de escolher o mal! Haverá mal no mundo porvir? Ou estaremos à mercê da adoração da glória de Deus, cumprindo livremente e de coração àquilo para o qual Deus nos criou? Em outras palavras, gozarmos Deus definitivamente em Sua Glória?

    E qto a “Deus não poder ter livre-arbítrio” e “não ter a capacidade de escolher o mal”. Que conceitos estranhos!

    Outra coisa que me intriga é o de colocarem na boca dos reformados conceitos não ensinados pelos calvinistas: à CFW nunca se atribuiu inspiração nem inerrância. Ela norteia os que sinceramente buscam entender as doutrinas bíblicas, e os que confessam aquelas doutrinas, pois se baseia e se fundamenta nos escritos bíblicos, conforme a interpretação reformada desses escritos.

    Nem creio que um reformado troque a Bíblia pela CFW. E dizer que os reformados “endeusam” Calvino, é desconhecer totalmente o que pregam os calvinistas.

    O artigo afirma que “Livre agência seria a capacidade recebida de Deus de planejarmos os nossos passos (Ti 4.13), de decidirmos o nosso caminhar. Quando entendemos bem esse aspecto, nunca vamos achar que essas decisões são autônomas, ou “desligadas” do plano de Deus (Ti 4.14-15). É ele que opera em nós “tanto o querer como o realizar” (Fl 2.13) e o faz milagrosamente, imperceptivelmente, sem “violentar a vontade da criatura”. Por acaso veio daí a tal “idéia de que Deus não é soberano sobre as causas secundárias....?”.

    Doutrinas anti-pelagianas, e contra outras heresias, não precisam ser refutadas pelos reformados, nem com muita nem com pouca ginástica, pois podem ser encontradas na Bíblia mesmo. Assim também lemos predestinação e eleição do princípio ao fim.

    Na paz do Senhor,
    Angélica Mansano.

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  19. Caro Professor Solano Portela

    Lendo seu texto, entendi que o "espírito" dele foi de levar a reformados ou não,a preocupação de defenderem suas posições com mais consistência e não de forma superficial.

    Diante dos comentários postados acima,apesar do "livre direito de todos de falarem", penso que se temos livre arbítrio e livre agência ou não, isso se tornou secundário diante de nossa falta de amor uns pelos outros expresso em nosso comentários.

    Fui da denominação Metodista durante 10 anos, hoje sou um pastor pentecostal com teologia pentecostal histórica, tenho aprendido, apesar das diferenças, muito com os chamados reformados, Metodistas, com a Assembléia de Deus e outros. Por isso em vez de debater com esse arranhões, registro meu amor pelos meus irmãos reformados ou não.

    Pr.Paulo C.Nogueira
    Ministério Religare
    minreligare.blogsot.com

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  20. O arbítrio é fato, todavia não é livre, não foi e jamais será. A criação estará sempre sujeita ao seu criador, haja vista o próprio existir enquanto existente. Inexiste prévia escolha para não existir, e, quando existente estará o que existe como servo do pecado e/ou servo da justiça.
    Parece absurdo, contudo não é. Pois é! Assim é que é. Não gostamos, mais é, e não podemos mudar o que é.

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  21. Dr Solano,

    Texto fantastico. Tema sempre atual e muitas vezes mal compreendido até por reformados de berço...

    Não é para menos. Veja Chesterton, por exemplo. Reputo o mais brilhante entre os brilhantes e, no entanto, escorrega e nos reputa determinismo!

    Aproveito a oportunidade para apresentar o Genizah: Um blog cristão diferente que oferece ótimo conteúdo protestante, muito humor e bom combate às heresias e ao sincretismo que vem solapando a igreja evangélica.


    A Paz e o Bem!

    Abraços,

    Danilo Fernandes

    http://www.genizahvirtual.com/

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  22. Doutora Angelica

    O problema não está na confissão.
    Mas sim na interpretação compatibilista que se dá para ela.

    O professor argumenta baseado na confissão de que a regeneração do Espírito Santo (que pego aqui como sinônimo do novo nascimento sobrenatural em Cristo) nos liberta da escravidão do pecado. Se fomos libertos isto não significa que agora somos capazes de dizer NÃO para o pecado e se assim fazemos o livre arbírtrio (estou falando do conceito de livre arbítrio e não de liberdade autônoma de escolha) não retornou?

    Eu não disse que deixamos de pecar.
    Se o pecado é eventual significa que costumeiramente somos capazes (pelo ES) de dizer NÃO para ele, coisa que antes do novo nascimento não tínhamos capacidade de fazer.

    Veja doutora como é complicado fazer esta distinção entre arbítrio e agência, pois me pareceu que até mesmo a senhora intercambiou os termos, pois Paulo quando da escolha se viajava ou não neste caso não se trata de livre arbítrio (pois não é escolha moral) mas de livre agência, mas já Paulo no capítulo 7 de Romanos aí sim trata-se de livre arbítrio (pois é escolha moral) e em ambos os casos suas escolhas não foram autônomas.

    Sobre a parte de conceitos estranhos, vamos relembrar os conceitos e eu acrescento mais um para tentar ser mais claro no que disse:

    Livre arbítrio: Capacidade de fazer escolhas morais (escolher o bem ou o mal).
    Livre agência: Capacidade de fazer escolhas triviais.
    Liberdade Autônoma: Capacidade de se fazer escolhas quaisquer independente dos decretos eternos de Deus feitos antes da fundação do mundo.

    1. Deus tem livre arbítrio? Não pois Ele não pode fazer uma coisa que vá contra a sua própria natureza santa, logo Deus não tem capacidade para fazer o mal.
    2. Deus tem livre agência? Sim. Ele faz o que quer sejam pequenas ou grandes coisas.
    3. Deus tem liberdade autônoma? Sim. Ele não está subordinado a ninguém.

    4. Adão antes da queda tinha livre arbítrio? Sim pois ele ainda não era escravo do pecado.
    5. Adão antes da queda tinha livre agência? Pela ótica humana sim...
    6. Adão antes da queda tinha liberdade autônoma? NÃO! E é aqui que a discussão se apoquenta, pois Adão não podia ser livre para fazer o que bem entendesse, pois se assim fosse Deus não seria onisciente, pois não teria como saber o que Adão faria antes de Adão se decidir a fazer o que quer que seja. É isto mesmo, estou afirmando que até mesmo a queda foi preordenada por Deus, e por isto a meu ver as escrituras afirmam que o Cordeiro de Deus foi morto antes da fundação do mundo.

    E assim por diante...

    Nunca em momento algum alguém terá liberdade autônoma, pois isto pressuporá que Deus deixou de ser soberanamente onisciente.

    Na linha do tempo, o nosso Deus é soberano e onisciente sobre tudo o que vai ocorrer ao infinito.
    Logo "livre" arbítrio, e "livre" agência é maneira de dizer, pois ninguém nunca será livre de fazer escolhas diferentes do que a onisciência de Deus já anteviu, mesmo na eternidade.

    Se Ele sabe as coisas antes de ocorrerem, estas não poderão (mesmo as triviais) se darem diferente daquilo que Ele já sabe de antemão que vão ocorrer.

    Não fique escandalizada quando eu afirmo que neste contexto de conceitos Deus não tem livre arbítrio, relembre o conceito (capacidade de escolher e fazer tanto o bem quanto o mal) e depois me diga, Ele tem?

    Por isto que não me importo com a distinção dos conceitos, pois na cabeça da maioria absoluta das pessoas livre arbítrio não significa isto que falamos, mas sim a capacidade de fazer o que dá na telha.

    Afirmar que a livre agência é "livre" para tentar compatibilizar isto com a verdade bíblica que afirma que os homens são responsáveis pelo que fazem... e fazer isto baseado na Confissão nomeada, é um argumento que eu tenho dificuldade de aceitar.

    Prefiro dizer "não sei".
    E depois de ler seu comentário, relendo bem devagarinho o que o Prof. Solano escreveu, ele fala em isto ser um "mistério" para ele.

    Então as divergências são quase inexistentes.

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  23. Caro Solano,

    É com muita tristeza que vejo a Soberania de Deus sendo banida em nome da autonomia de um homem que deseja ser o centro do Universo, num ápice de auto-glorificação.

    Nestes tempos pós-modernos, quando a auto-suficiência é a palavra de ordem, o homem não está disposto a depender de ninguém, muito menos de Deus - principalmente em uma questão tão importante como a própria salvação.

    Sinceramente? São uns tolos. Na verdade eu dou graças a Deus porque esta tão grande salvação não depende de mim, mas do Deus Soberano que me chamou por sua graça. Dependesse de mim, ou do meu "arbítrio", poderia eu cair em pecado e perder a minha salvação. Felizmente, não depende de quem corre, mas de Deus, que tem misericórdia de nós.

    Nele, que inseriu o nome dos escolhidos no livro da vida desde a fundação do mundo;

    Leonardo Gonçalves
    blog Púlpito Cristão

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  24. Calvino era mais sábio do que eu pensava:

    Leia-se nas Institutas, Vol.3, Cultura Cristã, 2006, página 38, as seguintes notas de rodapé:

    1"A predestinação divina se constitui realmente num labirinto do qual a mente humana é completamente incapaz de desembaraçar-se. Mas a curiosidade humana é tão insistente que, quanto mais perigoso é um assunto, tanto mais ousadamente ela se precipita para ele. (...)"

    2 O Ser essencial de Deus devemos adorar, não pesquisar com curiosidade.

    Chesterton, o mais brilhante entre os brilhantes intelectos do Cristianismo (leia-se o seu livro Ortodoxia se quiser colocar Richard Dawkins no bolso), afirmou que Calvino é culpado de ter levantado a bandeira do "abismo da predestinação".

    Mas, logo se vê que Calvino também sabia disso. Só não correu do assunto, pois ele está na Bíblia de forma escancarada, ainda que lá esteja, também, o seu oposto. Dai, parece-me sábio fugir das antinomias e concentrarmo-nos no essencial: o amor.

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  25. Caro Solano, parabéns pelo seu texto. Considero-o muito esclarecedor. No entando, gostaria de comentar as afirmações feitas pelo irmão Dinho.

    Você está errado em dizer o livro do Dr. Geisler é esclarecedor. Se existe algum livro que poderia ganhar o prêmio do mais confuso livro de teologia da década, seria esse. Geisler confunde conceitos claros e definidos pelos autores reformados, faz citações de autores fora do contexto e força-os a dizerem o que ele não disseram. Ao tentar criar uma opção entre o Calvinismo exagerado e o arminianismo, ele se mostra um bom arminiano e não quer confessar.

    Quanto a não ter calvinista vivo para refuta-lo. Conheço muitos e destaco aqui dois: O Dr. Franklin Ferreira, que escreveu um artigo-resenha do livro, que está publicado no site Monergismo.

    Eis o link: http://www.monergismo.com/textos/resenhas/eleitos_livres_franklin.htm

    Outro autor, que refuta muito bem o Dr. Geisler, é James White. Aqui vai um link da tradução de um trecho do livro The Potter´s Freedom (A liberdade do Oleiro):
    http://www.monergismo.com/textos/graca_irresistivel/jesus_calvinismo_white.htm

    Caro Dinho, pesquise e analise bem as refutações e se ainda assim você quiser continuar como arminiano, mantenha-se firme, afinal você tem a força.

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  26. Boa noite.

    Extraí da CFW alguns comentários, que representam meu modo de pensar, como reformada, esperando seja útil aos irmãos.

    Será dividida em duas partes por seu texto longo.

    obrigada.

    CFW – COMENTADA POR A. A. HODGE
    Cap. VI, [p. 149-151] - DA QUEDA DO HOMEM, DO PECADO E DE SUA PUNIÇÃO.

    Seção I –

    Ensina que ao trazer “Adão e Eva à existência, com santidade e suficiente conhecimento no tocante à sua vontade, com capacidade para obediência, ainda que falíveis...” e que o pecado deles “foi permissivamente incluído no soberano propósito de Deus” e “que ao fazer isso Deus se dignou ordená-lo para sua própria glória”.

    A CFW comenta que “parece ser o plano geral, eminentemente sábio e justo de Deus, introduzir todos os objetos recém-criados do governo moral num estado de provação, por certo tempo, durante o quel ele faz seu caráter e destino permanentes dependerem da própria ação deles. Ele os cria santos, ainda que capazes de cair”.

    CAP. IX – DO LIVRE ARBÍTRIO –

    As seções desse capítulo ensinam as “várias condições que caracterizam a livre agência do homem em seus quatro diferentes estados”: “de inocência, de pecado hereditário, de graça e de glória”. Em todos eles “o homem é imutavelmente um agente livre e responsável, e em todos os casos escolhendo ou rejeitando, em um modo geral, o que prefere fazer”. [p. 222]

    A CFW define o homem como agente livre, pois, “ele possui o poder de originar ação; que ele se move por iniciativa própria, e não apenas se move quando é movido por razão externa”; “que ele sempre quer aquilo que... deseja querer”; “que é munido de razão para distinguir entre o certo e o errado, a fim de que seus desejos e consequentes volições possam ser tanto racionais quanto justas; e no entanto, seus desejos não são necessáriamente nem racionais nem justos, mas são formados sob a luz da razão e da consciência, quer conformáveis quer contrários a eles, segundo a disposição habitual permanente ou carater moral da própria alma.

    Adão, em seu estado de inocência era um agente livre...

    QUANTO AO ESTADO EM QUE OS REGENERADOS SÃO INTRODUZIDOS PELA GRAÇA .... (p.227)

    Diz a CFW que o “cristão regenerado permanece, como antes, um agente livre, querendo sempre, em termos gerais, o que deseja querer. [...]

    No ato da regeneração, o Espírito Santo implanta um novo princípio, hábito ou tendência espiritual, nas inclinações da alma, os quais, sendo subsequentemente nutridos e dirigidos pelo Espírito habitante, libertem o homem de sua natural escravidão sob o pecado e o capacitam com prevalência a querer espontaneamente aquilo que é espiritualmente bom.

    E , contudo, em decorrência dos hesitantes restos dos hábitos morais corruptos de sua alma, aí permanece um conflito de tendências, de modo que o cristão não apenas quer imperfeitamente o que é bom, mas também o que é mau.”


    abs
    angélica.

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  27. 2a. parte

    QUANTO ao estado dos homens glorificados no céu, nossa Confissão ensina que continuam, como antes, agentes livres; contudo, os restos de suas velhas tendências morais corruptas, sendo extirpadas para sempre, a as graciosas disposições implantadas na regeneração, sendo aperfeiçoadas, e o homem todo, sendo conduzido à medida da estatura do varão perfeito, à semelhança da humanidade glorificada de Cristo, permanecem para sempre perfeitamente livres e imutavelmente dispostos à perfeita santidade.
    Adão era santo e instável. Os homens não regenerados são impuros e estáveis; isto é, são permanentes na impureza. Os homens regenerados possuem duas tendências morais opostas, digladiando-se pelo domínio em seus corações. [Os homens]São lançados entre elas, contudo, a tendência graciosamente implantada, gradualmente prevalece perfeitamente. Os homens glorificados são santos e estáveis. São todos livres, e... responsáveis.
    Seção I – Deus dotou o homem com tal liberdade natural, que ela nem é forçada nem para o bem nem para o mal, nem a isso determinada por qualquer necessiade absoluta de sua natureza. (Mt 17.12; Tg 1.14; Dt 30.19).
    EXPOSIÇÃO
    [...] o homem, em virtude de sua criação, é dotado com uma inalienável faculdade de autodeterminação, com o poder de agir e deixar de agir, e de agir da forma como o homem mesmo, conforme a circusntância, deseja no momento.
    [...]
    O homem é mantido responsável no mesmo grau, por sua consciência, e por Deus, por sua própria ação. [...] uma pessoa possui a faculdade inalienável de em conjunto escolher o que julga certo ou desejável ... (pois) enquanto somos conscientes, em cada ato deliberado de escolha, que podíamos ter escolhidp de outra forma, sendo todas as condições externas as mesmas, sentimos sempre que nossa escolha foi determinada pela soma total de nossa visão, emoções e tendências do momento. Uma pessoa escolhe livremente o que deseja escolher. Ela não escolheria livremente caso escolhesse de outra forma. Mas seu desejo nas premissas é determinado por todo seu estado intelectual e emocional do momento.
    Seção II
    O homem, em seu estado de inocência tinha a lberdade e o poder de querer e fazer aquilo que é bom e agradável a Deus, mas, mudavelmente, de maneira tal que pudesse cair desse estado. Ecl 7.9, Gn 1.26; Gn 2.16,17; 3.6.
    Seção III
    O homem, com sua queda num estado de pecado, perdeu totalmente sua capacidade da vontade quanto a qualquer bem espiritual que acompanhe a salvação; de tal maneira que o homem natural, tornando-se totalmente indisposto no tocante àquele bem, e morto em pecado, não é capaz por sua própria força, de converter-se nem ainda de preparar-se para isso. Rm 5.6; 8.7; Jo 15.5; Rm 3.10-12; Ef 2.1,5; Cl 2.13; Jo 6.44, 65; Ef 2. 2-5; 1 Cor 2.14; Tt 3.3-5.
    Seção V
    Somente em estado de glória é que o homem será perfeitamente e imuntavelmente livre para fazer o bem. Ef 4.13; Hb 12.23; 1 Jo 3.12; Jd 24.

    abs
    angélica.

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  28. Doutora Angélica

    Esta será a minha última fala, afinal tenho medo de ser chato, inconveniente, petulante, etc...

    Não dá para comentar tudo o que você trouxe como contribuição, então vou pegar apenas uma frase (a última) e interpretá-la de quatro maneiras diferentes...

    A frase é esta: "Somente em estado de glória é que o homem será perfeitamente e imutavelmente livre para fazer o bem."

    1. ... imutavelmente livre (LIVRE ARBÍTRIO) para fazer o bem.

    Não é o caso de ser livre arbítrio pois se só estaremos imutavelmente fazendo o bem, não existe a possibilidade nem remota (pois é condição imutável) de se fazer o mal.

    2. ... imutavelmente livre (LIVRE AGÊNCIA) para fazer o bem.

    Não é o caso, pois se trata de fazer o bem, e isto (fazer o bem) não é vontade trivial mas sim vontade moral.

    3. ... imutavelmente livre (LIBERDADE AUTÔNOMA) para fazer o bem.

    Não é o caso também, pois mesmo na eternidade ninguém irá surpreender a Deus fazendo uma coisa diferente daquilo que a sua onisciência já sabe que faremos.

    4. ... imutavelmente livre (TOTALMENTE DO PECADO) para fazer o bem.

    A meu ver é este o caso de se interpretar esta frase.

    Ou seja, (veja como esta distinção em conceitos leva a viagens interessantes) um mesmo texto falando de "livre" pode levar a várias considerações.

    De forma análoga a Confissão que referendamos, é interpretada de diferentes maneiras: Um interpreta que a livre agência é "livre", outro interpreta que livre agência não é autônoma, outro interpreta como sendo um mistério não revelado para a nossa mente finita, e por ai vai...

    Dependendo do tipo de interpretação teremos hipercalvinistas, calvinistas deterministas bíblicos, calvinistas moderados, calvinistas compatibilistas, calvinistas inconsistentes (são suavemente arminianos sem saber que são), e os anti-calvinistas.

    Foi um prazer "conhecê-la" e "duelar" palavras consigo.

    Sempre respeitosa e prudente nas palavras.

    Um grande abraço, e se Deus permitir volto somente em uma postagem futura.

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  29. Revendo um livrinho que comprei em Campinas, em 2001, “O Que é a Fé Reformada”, cujos autores são John Richard de Witt (I - O Que é a Fé Reformada”); Terry L. Johnson”(II - “Porque a Fé Reformada”); F. Solano Portela (III - “A Mensagem da Reforma para os dias de Hoje”), 1ª ed., 2001, Ed. Puritanos, SP,

    anotei o seguinte que julgo interessante por causa de alguns posts:

    Quanto à fonte de autoridade [da fé Reformada]:

    Diz o autor que “não existe uma única fonte de autoridade à qual poderíamos recorrer em busca de uma expressão que defina com autoridade a fé Reformada”, pois, “certamente devemoas muito a João Calvino”, mas “também a Agostinho, ... Anselmo, Martinho Lutero”. E que, não importando quão grande foram esses homens, diz o autor que “eles não tinham a pretensão” de falar “com autoridade da revelação divina, ou de forma tal que a igreja fosse constrangida a lhes obedecer”.

    Além do mais, acrescenta que “no Cristianismo evangélico, “não existe papa que pode falar ex catedra, e assim impor pronunciamentos infalíveis aos fiés”.[p. 8,9].

    O autor ainda adiciona, com honestidade, que aos seus alunos costuma ensinar que “se é para aprender qual foi a posição Reformada nesse ou naquele ponto de doutrina” para se obter “um entendimento oficial da fé Reformada”, deveriam “olhar não para os escritos dos teólogos, mas sim para as confissões das igrejas: a confissão Belga, o catecismo de Heidelberg, a Segunda Confissão Helvética, os Cânones de Dort, a Confissão de Fé de Westminster e seus respectivos catecismos”.

    Dessa forma “chegariam mais próximo de um consensus eglesiae, um consenso da igreja, nesses momentos específicos da história, com relação ao ensino da Palavra de Deus”.

    Ao falar dos distintivos da Fé Reformada [as doutrinas reformadas], o autor ao se referir ao ensino das doutrinas bíblicas (Rm 10.15), diz que “João Calvino não inventou a doutrina da predestinação” [p. 29], embora seja essa questão passiva para os reformados achei pertinente trazer essa aformação, dita por um autor reformado.

    Uma outra coisa que penso ser interessante deixar claro é que tradicionalmente denomeou-se reformados apenas o ramo calvinista dos evangélicos, e não todas as denominações tidas como tradicionais, como percebi em alguns posts. Assim, Metodistas, Luteranos, Batistas não são reformados, embora haja muitos calvinistas nessas denominações.

    Um abraço,

    angélica.

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  30. Caro Solano,

    Muito boa a postagem. Gostaria de sugerir ao irmão que escrevesse algo sobre a Perseverança dos Santos. Tenho debatido calorosamente com o Pr Ciro Sanches Zibordi em seu blog, pois esse referido pastor tem escrito uma série de textos afirmando que o salvo pode perder sua salvação. Veja o debate que travei com ele em http://cirozibordi.blogspot.com/2009/07/e-possivel-perder-salvacao-se-ela-nos_8139.html (vide os comentários). Ver também http://cirozibordi.blogspot.com/2009/07/e-possivel-perder-salvacao-se-ela-nos_25.html.

    Sugiro aos blogueiros do Temporas que escreva algo que exponha a perpectiva reformada para os leitores, se possível, até, que comentem os textos do Pr Ciro no blog dele.

    Fica a sugestão.

    Um grande abraço!
    opticareformata.blogspot.com

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  31. Excelente artigo! Tenho também reunido uma coletânea de artigos teológicos de vários autores e compartilho com vocês!

    www.maxmode.blogspot.com

    Abraços!

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  32. Questionar a doutrina da soberania de Deus é um claro sinal da queda. Se não acontecesse isso, poderíamos até questionar a depravação total.

    Por isso, duas coisas me impressionam:

    A primeira é que podem questionar a doutrina em si, mas não a interpretação desses versos expostos nesse texto.

    A segunda é que os evangelistas, apóstolos e profetas não tiveram problema em expor essas doutrina às igrejas da época. Os evangelhos tinham intenção doutrinária e os evangelistas escolheram passagens que demonstram a soberania excelente de Deus e até do juízo de Judas.

    Isso demonstra que a nossa natureza caída não suporta a Sã Doutrina mesmo. Precisamos sempre da graça de Deus em Cristo Jesus e ir para Rm 11.33.

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  33. Um pouco de espistemologia genética Cristã,

    Nascemos louvando a Deus por lábios inocentes. Temos muitas opiniões na adolescência e juventude. Até mesmo cremos.

    Em seguida, estudamos e nos tornamos escolásticos. Demonstramos conhecimento de palavras. Neste ponto, Nietzsche e Wittigenstein nos demolem.

    Um pouco mais e desprezamos nosso "conhecimento", trocando-o pela sã doutrina de Jesus: fazer mais e falar menos, construindo sobre a rocha!

    Fiquemos, então, com a sabedoria que vem de Deus: "de tudo o que foi dito ... o silêncio ativo na prática do amor é a melhor demonstração do endereço da nossa predestinação."

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  34. Marcos Cardoso25/7/09 23:57

    Eu sei dizer que esse negócio de "livre arbítrio" é muito estranho, principalmente porque "enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso...Jeremias 17:9", se "isso" (livre arbítrio) existir, eu não quero "isso" não... prefiro renunciar às minhas vontades, negar a mim mesmo e, ser servo, escravo de Jesus Cristo, Ele sabe o que é melhor, bem mais que eu.

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  35. Dr. Augustus,Dr. Solano e Dr. Mauro,


    Seria muito interessante se fossemos presenteados pelos irmãos com um estudo da Doutrina da Trindade, pois vemos que ainda há muita deturpação no que diz respeito a essa doutrina e ainda muito o que entender.

    Que Deus continue abençoando aos amados irmão, e desde já agradeço!

    Att,
    Cleiton Tenório

    ResponderExcluir
  36. Olá Solano! Graça e Paz!

    gostei muito do texto, entendo que a Raça Humana teve a chance de escolher a seguir Deus ou ao pecado em Adão e Eva, mas sabemos qual foi sua escolha: "o pecado". Ora, se Biblia em Romanos diz que estavamos mortos espiritualmente no pecado, como poderiamos fazer escolhas senão somente o pecado? Sinceramente este assunto para mim nem deveria ser polêmico, pois a Biblia é clara e direta quanto a este assunto: só por Deus que temos a salvação, o arrependimento dos pecados cometidos. E quanto as ordenanças de Deus a uma vida de santidade sem pecados? para mim simplismente mostra a capacidade de "não pecar" do cristão que lhe foi concedida através do Ato da Salvação de Cristo! Mas isso quando estamos em "Espirito", pois as vezes nos deixamos nos levar pela carne pois ainda somos humanos(e a nossa responsabilidade é nunca nos conformarmos com isso). Enfim, este é o meu entendimento: não podemos escolher "não pecar" para sempre pois ainda não fomos glorificados, mas estamos "vivos através do Espirito" que nos permite cumprir sua Palavra, e é a nossa responsabilidade buscá-lo, mas isso só acontece porque Deus pela sua infinita misericórdia nos concedeu essa possibilidade mental.

    ainda tenho muito que aprender,
    Jonatas

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  37. Com todo respeito ao Leonardo Bruno Galdino que fez a seguinte sugestão:

    "Sugiro aos blogueiros do Temporas que escreva algo que exponha a perpectiva reformada para os leitores, se possível, até, que comentem os textos do Pr Ciro no blog dele",

    Não entendo qual finalidade de tal sugestão.

    A impressão que possuo é que:

    1) Deseja ter confirmação e aprovação (entenda-se apoio) de sua confissão teológica, ou

    2)Tem um desejo doentio de fazer com que outros de posição contrária mude de opinião, e passe a pensar como ele, ou

    3) Nem sabe direito no que crê e passa o tempo tentando "racionalizar" suas próprias crenças.

    Acompanho a muito tempo o bog dos amados irmãos Augustus Nicodemus, Solano Portela e Mauro Meister.

    Já tive oportunidade de ouvi-los nas Conferências da Fiel, e em nenhum momento sequer os vejo tentando convencer alguém.

    Pelo contrário,cumprem seus papéis de orientar, ensinar e, até, tentar explicar melhor no que crêem.

    Não é o tipo de pensamento e atitude de todos que aqui comentam.

    Fica o texto de Paulo aos Romanos, capítulo 14:

    v.5 - "Há quem considere um dia mais sagrado que outrog; há quem considere iguais todos os dias. Cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente. 6 Aquele que considera um dia como especial, para o Senhor assim o faz. Aquele que come carne, come para o Senhor, pois dá graças a Deus; e aquele que se abstém, para o Senhor se abstém, e dá graças a Deus. 7 Pois nenhum de nós vive apenas para si, e nenhum de nós morre apenas para si. 8 Se vivemos, vivemos para o Senhor; e, se morremos, morremos para o Senhor. Assim, quer vivamos, quer morramos, pertencemos ao Senhor.
    9 Por esta razão Cristo morreu e voltou a viver, para ser Senhor de vivos e de mortos. 10 Portanto, você, por que julga seu irmão? E por que despreza seu irmão? Pois todos compareceremos diante do tribunal de Deus. 11 Porque está escrito:
    “ ‘Por mim mesmo jurei’,
    diz o Senhor,
    ‘diante de mim
    todo joelho se dobrará
    e toda língua confessará
    que sou Deus’ ”a.
    12 Assim, cada um de nós prestará contas de si mesmo a Deus.
    13 Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. 14 Como alguém que está no Senhor Jesus, tenho plena convicção de que nenhum alimentob é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é impuro. 15 Se o seu irmão se entristece devido ao que você come, você já não está agindo por amor. Por causa da sua comida, não destrua seu irmão, por quem Cristo morreu. 16 Aquilo que é bom para vocês não se torne objeto de maledicência. 17 Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; 18 aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.
    19 Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. 20 Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todo alimento é puro, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. 21 É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cairc.
    22 Assim, seja qual for o seu modo de crer a respeito destas coisas, que isso permaneça entre você e Deus. Feliz é o homem que não se condena naquilo que aprova. 23 Mas aquele que tem dúvida é condenado se comer, porque não come com fé; e tudo o que não provém da fé é pecado."

    Um grande abraço e paz do Senhor Jesus Cristo,

    MSP

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  38. Com todo respeito ao Pr Mozart Paulino,

    1)Não desejo ter "confirmação e aprovação" da minha confissão teológica. Aliás, não seriam os blogueiros do Temporas (com todo respeito e profunda admiração que tenho por eles) quem a aprovariam, e sim, as Escrituras (sei que os blogueiros do Temporas entenderão o que quis transmitir);

    2)Não possuo um "desejo doentio de fazer com que outros de posição contrária mude de opinião" e muito menos que pensem igual a mim. Quem o irmão acha que é para fazer um julgamento desses a meu respeito? Porventura é o irmão quem "esquadrinha os pensamentos"?;

    3)Sei muito bem no que creio, e não fico passando o tempo tentando "racionalizar" as minhas crenças.Por acaso a minha fé tem que passar pelo crivo do irmão? O "Sola Scriptura" agora deverá ser mudado para "Solus Mozart Paulino"? Sou um cristão reformado e tenho absoluta convicção no que creio.

    Minha intenção em propor aos blogueiros do Temporas para que escrevam algo sobre a Perseverança dos Santos é simplesmente para que eles exponham a perspectiva reformada sobre o assunto, e não para entrarem em discussões vazias e infrutíferas. Sugeri a eles que visitassem o blog do Pr Ciro para que eles mesmos tirassem suas próprias conclusões sobre o assunto. Ou o irmão acha que dizer que o salvo perde sua salvação é algo de pífia importância? Aliás, o texto de Romanos que o irmão usou não defende nenhum conformismo doutrinário! Paulo está discutindo sobre costumes, mas duvido que ele tivesse a mesma postura diante, por exemplo, da doutrina da Justificação pela Fé ou da Predestinação (cf. Rm 9).

    E tem mais uma coisa. Deixe que os blogueiros do Temporas respondam à minha solicitação. Eles já são bem grandinhos para decidirem isso.

    Sem mais palavras,
    Leonardo Bruno Galdino.

    P.S.: Desculpem-me os blogueiros do Temporas por usar indevidamente (?) esse espaço.

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  39. Meu jovem Leonardo,

    Não sou esquadrinhador de coração de ninguém.

    Aliás, o próprio irmão fez comentário (público) no blog do Danilo Neves, e agora no Tempora.

    Não estou afirmando que um estudo minucioso sobre esse assunto não é de suma importância. Pelo contrário.

    Porém o irmão esqueceu de mencionar, nesse seu comentário, que a minha argumentação foi sobre a sua colocação de "COMBATE".

    Não foi o irmão que utilizou esse termo no http://umpcgyn.blogspot.com/2009/07/vida-eterna-e-para-sempre-francis.html ? Vou ajudá-lo a lembrar:

    "Caro Danilo,

    Quanto ao Pr Ciro, resolvi me engajar num "combate" também. Se quiser, dê uma conferida nos meus comentários (li os seus).

    http://cirozibordi.blogspot.com/2009/07/e-possivel-perder-salvacao-se-ela-nos_8139.html"

    Percebi que o irmão não é ignorante e sabe usar a caneta, digo, teclado.

    E eu também não sou desconhecedor.

    Para finalizar, por hora, sei muito bem que os autores do abençoado TEMPORA MORES são bem grandinhos, mas se o irmão quisesse que somente eles comentassem e fizessem suas observações, por que então não enviou mensagem exclusiva a eles?

    A partir do momento que se coloca um comentário no blog de outros, deixa de ser confiencial e passa a ser público.

    "Ah, não possuo o e-mail deles", você pode alegar.

    Isso é simples. Basta fazer um comentário, e pedir para os irmãos do Tempora não publicá-lo, e estaria resolvido.

    ESSE É O MEU DIREITO DE RESPOSTA.

    De seu conservo,

    MSP

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  40. Caro Prof. Solano!

    Muito boa a explicação que foi feito desse texto, com relação a salvação, o homem caído jamais se voltaria para Deus se não partisse do Criador tão grande misericórdia.

    Com relação a nossa livre agência, acredito que Deus pode sim, deixar por nossa conta o que eu escolhemos para nossa profissão, que cor de roupa usar num dia, qual viagem fazer, o que comer num restaurante.....e creio que também sou responsável por algumas escolhas erradas também. Aquilo que é impossível ao homem (salvação) é possível para Deus, mas aquilo que o homem pode fazer Deus não move uma palha.

    Gostaria mesmo é de ser um robô de Deus, porque só assim faria só o que agrada ao meu Senhor, mas como o próprio Paulo disse: O bem que quero fazer esse não faço, mas o mal que não quero fazer esse faço.

    Soli Deo Gloria

    Marcone Figueira Cabral

    http://mafiareformada.blogspot.com/

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  41. Nem mesmo Adão (natureza criada) se encaixa no conceito de "livre arbítrio", pois, não conhecendo o mal e seus desdobramentos, como poderia decidir sobre qual caminho a ser tomado?

    De qualquer forma, o estudo sobre o tema me atrai.

    No fundo, Deus não cabe em nenhuma doutrina(nem mesmo na predestinação/eleição). Mas é bom saber que Ele está no controle de tudo.

    Um abraço a todos.

    Mesquita.

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  42. Olá, sou frequentador assíduo deste blog, ainda que não faço muitos comentários, mas hoje quero deixar registrado meu apoio ao Leonardo Bruno Galdino, face a repreensão do pr. Mozart Paulino. Depois que li o comentário que o Leonardo escreveu aqui no blog, visitei os links que ele postou, e realmente vi o duro debate que ele travou com o pr. Ciro sobre a doutrina da perseverança dos santos. No último post do pr. Nicodemos: "Carta a Bonfim: Deus e as tragédias", comentei que as pessoas que argumentavam contra o texto não expunham à luz da palavra suas respostas, enquanto o pr. Nicodemos demonstrou por meio da palavra de Deus aquilo que acreditava. Digo isso agora, pois o Pr. Ciro do referido blog que o irmão Leonardo citou, tem refutado as doutrinas calvinistas biblicamente, e apesar do irmão Leornado ter resistido bravamente, ao meu ver não conseguiu refutar adequadamente, acredito eu que ainda por ser muito jovem. Acredito que seria interessante que or irmãos do blog o Tempora o Mores, seguissem a sugestão do irmão Leornado. Um abraço!
    att.,
    Pedro Henrique

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  43. Meu caro Pr Mozart Paulino,

    Realmente, devo confessar que o irmão tem razão. Eu não devo fazer um comentário público sobre um anseio particular. Tudo poderia ser resolvido se simplesmente eu dissesse aos blogueiros do Tempora-Mores que eles não precisavam publicar meu comentário, mas, sinceramente, eu não atentei para essa "técnica". Quando escrevi no blog do Danilo Neves algo parecido foi também porque não atentei para isso. Aliás, por não atentar para esse recurso é que eu acabo tranformando o formulário de comentários dos blogs alheios em verdadeiras "salas de chat", o que não pretendo fazer mais a partir da dica que o irmão acabou de me dar, a saber, a de dizer aos bloggeiros que "não precisam publicar esse comentário".

    Também dou razão ao comentário do Pedro Henrique (acima), não porque ele acatou minha sugestão, e sim quando ele falou que eu ainda sou muito jovem. Preciso ganhar muita experiência ainda, não para "discutir de igual para igual" com os outros, mas para amadurecer mais e deixar de lado certos impulsos nocivos ao crescimento espiritual.

    Gostaria de, PUBLICAMENTE, pedir desculpas ao irmão pelas expressões grosseiras e irônicas que de minha parte escrevi em comentário anterior. Espero ser atendido pelo irmão.

    Um grande abraço, em Cristo, nosso Supremo Pastor,

    Leonardo Bruno Galdino.

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  44. Querido irmão Leonardo,

    Quero externar minha gratidão ao irmão pelas suas palavras, pois sei que não é o nosso ponto de diferença teológica que nos fará se separar do amor de Cristo.

    Também peço desculpas se minhas palavras foram em algum momento indelicadas.

    Estamos todos rumo à perfeição.

    Ainda não chegamos na glória.

    Que o Senhor o abençoe grandemente.

    MSP

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  45. Prezados,

    Dentro em breve o Felipe Sabino, da Editora Monergismo, colocará à venda o livro "O Autor do Pecado" do Vincent Cheung http://livros.monergismo.com/index.php?page=shop.product_details&flypage=flypage.tpl&product_id=118&category_id=29&option=com_virtuemart&Itemid=71 . Provavelmente será a leitura definitiva sobre o tema. Para aqueles que não podem esperar, o livro pode ser acessado aqui http://www.monergismo.com/textos/livros/autor_pecado_livro_cheung.pdf . Muito esclarecedor também é o livro "Soberania Banida" do Prof. R. K. McGregor Wright e publicado pela Cultura Cristã. Um abraço a todos!

    Osmar Neves, Brasília-DF em 31/07/2009.

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  46. O Leonardo e o Pastor Mozart apresentaram evidências de levar a mensagem de Crito a sério!

    Que o fato nos sirva de exemplo!

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  47. Anônimo2/8/09 14:52

    Sugestão à todos (que entendam inglês de ouvido, infelizmente):

    http://www.4shared.com/file/72811080/6df6dcf5/Five_Point_Calvinism_-_Geisler_Norman.html

    Norman Geisler explica porque não é um calvinista de 5 pontos. Se você não sabe quem é Norman Geisler, Google.

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  48. No que me diz respeito, sei quem é Norman Geisler, meu caro "crentinho"... na verdade, Geisler é um semipelagiano que gosta de brincar de faz-de-conta (no caso, fingindo ser calvinista e chamando os verdadeiros calvinistas de "extremados" ou coisa do tipo. É o que ele faz em seu (péssimo) livro "Eleitos, mas livres"). Graças a Deus que Geisler não é calvinista - nem de 5 pontos nem de ponto nenhum! Seria uma ofensa ao Calvinismo ter alguém como Geisler em suas fileiras. Um grande abraço,
    Fábio Vaz.
    www.alegrem-se.blogspot.com

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  49. Anônimo4/8/09 11:45

    Caro Solano,
    Obrigado por tocar nesse assunto no seu post.
    Lembrei-me das aulas do Rev. Heber Campos quando citava, salvo engano, os termos usado por Agostinho para nos ajudar a entender esse assunto, quanto ao estado que a humanidade se encontra antes da queda, depois da queda, enquanto na terra, e pós-morte:
    posse non pecare (posso não pecar) - Adão e Eva antes da queda quando usufruiam do Lívre Arbítrio;
    non posse non pecare (não posso não pecar) - Adão (Eva) e toda a humanidade depois da queda;
    posse non pecare (posso não pecar) - os Livres Agentes salvos e remidos;
    non posse pecare (não posso não pecar) - os salvos ressurretos com seus corpos glorificados.
    Corrija-me se estiver enganado...
    Penso que essas expressões representam de forma resumida o assunto de Lívre Arbítrio e Livre Agência.
    Grande abraço,
    Marcelo Carvalho

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  50. O que é isso Fabio Vaz??!!! O livro do Geisler tem alguns furos...Mas na parte em que ele expoe os textos biblicos ele consegue refutar sim as falacias do pensamento calvinista.. E seria um orgulho sim pra vcs calvinistas o terem em suas fileiras.Afinal ele é um dos maiores apologistas do cristianismo. Isoo vc nao pode negar.

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  51. Anônimo6/8/09 19:48

    Caro Solano e blogueiros,
    Não falarei o que eu penso sobre esse complexo assunto. Contudo, suponho que grande parte do que aqui foi debatido seria desnecessária se definíssemos o que é que queremos dizer quando dizemos "livre-arbítrio". Infelizmente a confissão não define o termo. O que já dificulta a sua compreensão. Aliás, ela só cita o termo "Livre-Arbítrio" no título do capítulo 9 (pelo menos na edição brasileira). Não sei se quando ela usa a expressão "liberdade" está se referindo ao que consideramos livre-arbítrio ?!. Agostinho, por exemplo, fazia diferença entre esses dois termos. Se não houver uma definição básica, um ponto de partida, não haverá réplica, nem mesmo diálogo, uma vez que sempre estaremos falando de coisas diferentes. É o que eu senti, por exemplo, quando li os comentários dos arminianos acima: na boca deles, o significado de "livre-arbítrio" não é o mesmo de um calvinista. Semelhantemente, acontece com as expresões: "predestinação", eleição", "batismo com o E.S.", etc. Em pucas palavras, acredito que não existe nenhum arbítrio livre de causa, pois, se tal existisse, seria "Deus", porque esse é o único não causado. Exceto Deus, tudo existe a partir de uma causa. Portanto, um arbítrio livre inexiste, necessariamente.

    Em Cristo,
    Gerson.

    P.S. Favor retificar a frase escrita por Marcelo Carvalho, na penúltima postagem: "non posse pecare (não posso não pecar)" - os salvos ressurretos com seus corpos glorificados". O segundo "não" entre parênteses não existe, à semelhança do libre-arbítrio.

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  52. CASO ESTEJA REENVIANDO POR FAVOR DESCONSIDERE.

    Amado, profº Solano,

    Sou seu aluno na pós de Fundamentos Cristãos da Educação.

    Obrigado pelo artigo que procura esclarecer um assunto que desafia nosso entendimento e nos estimula ao aprofundamento das Escrituras.

    Embora de formação pentecostal, aprendi a admirar os que dedicam a vida a expor a vida de Cristo e não "destruir" os irmãos em função de suas diferenças.

    Desde a adolescência, para mim sempre tão próxima, resolvi parte desta disputa teológica focando os exemplares John Wesley e George Whitefield. Ambos em lados extremos em suas convicções neste assunto, mas extremamente prolíficos, frutíferos e exemplares em seus ministérios, exaltando a Jesus e respeitando-se até a morte.

    Gostaria de expor com simplicidade o que elaborei sobre o assunto até para que os irmãos exponham suas opiniões. Imaginei o homem caído como um prisioneiro condenado por seus pecados. Ele tem sua cela e está privado da liberdade. Dentro da prisão tem direito a alimentação, uma hora para expor-se ao sol, banho, visitas, etc. Ele está preso, mas tem detro da prisão "liberdade" para expor-se ao sol ou não; alimentar-se ou não, receber visita ou não. Ele pode, no pátio, esconder-se ou expor-se ao sol. Não seria essa a limitação do "livre-arbítrio" disponível?
    Ao concordar em expor-se ao Sol da Justiça é-lhe dado a oportunidade de decidir se recebe ou não a graça de Deus por meio de Cristo. Nestas condições de extrema restrição ainda haveria, a meu ver, liberdade de escolha, responsabilidade que caberia ainda a cada um.
    Vejam que faço a figura com extrema simplicidade. Destruam-na, mas melhor seria se a aprimorassem a fim de que se possa entender um pouco mais essa ampla e desafiante mensagem bíblica.

    Até breve,
    Grato
    Abração
    Joubert de O. Sobº, pr.
    emfamilia23.blogspot.com

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  53. Dinho:
    Com certeza não compartilhamos do mesmo ponto de vista a respeito das doutrinas da graça (e nem de Norman Geisler...).
    De qualquer modo, você mencionou que Geisler apontou algumas "falácias do calvinismo". Creio que Geisler e você estão enganados, mas como você não citou as referidas "falácias", não tenho como responder detalhadamente a isso.
    De qualquer modo, peço perdão se feri a sua susceptibilidade.
    Um abraço calvinista,
    Fábio Vaz.
    www.alegrem-se.blogspot.com

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  54. Fábio, você é que deveria, em primeiro lugar, indicar e mostrar Biblicamente onde Geisler erra no áudio que indiquei. Porque no arquivo o que ele faz é justamente mostrar Biblicamente os motivos pelos quais não é um calvinista de 5 pontos (e porque essa não é uma posição completamente satisfatória).

    Porém ao invés disso o que você faz logo de cara é recorrer ao sarcasmo ofensivo, o que não resolve nada, não edifica ninguém e ainda faz com que a partir de agora, eu e talvez outros pensem que você só quer saber de brigar pra ser o certo em tudo.

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  55. Prezados, por favor vão ler o Vincent Cheung! Se depois de o lerem vocês ainda imaginarem que o Geisler refutou o calvinismo, vocês só podem estar de brincadeira!

    Osmar Neves, Brasília-DF em 11/08/2009.

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  56. me chamo Daniel correia e sou de recife. gostaria de deixar meu comentario aqui pois tenho plena convicçâo da importancia do assunto porem quero deixar claro o meu espanto com relaçâo ao sr:Fabio vaz e o sr:Dinho pois pude notar que estâo se degladiando defendendo presupostos humanos de forma quase fanática é óbvio que tanto calvinistas quanto arminianos tem seus pontos negativos porem os defenssores de táis correntes a defendem como se cristo nâo existisse e não falasse nada sobre o assunto.meus queridos discutam o assunto porem nâo esquecam que vocês sâo irmâos o rev Augustus deixa isso claro em seu livro 'o que estâo fezendo com a igreja'pensem nisso uma boa indicaçâo pra tal assunto é o livro 'a soberania banida' fiquem na paz e parabens pera postador do assunto

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  57. Livre agência e livre arbítrio.

    Era uma vez uma águia que vivia muito feliz por ser livre; nos picos dos altos montes fez sua morada, voava por cima de nuvens e praticava sua rapinagem onde bem entendia. Certo dia disse para suas irmãs:
    -Decidi que irei mais além, sairei desta atmosfera e voarei pelo espaço, passarei por sóis e estrelas, pois sou livre.
    Mas ao tentar teve sempre de voltar após chegar a certa altura. Foi quando uma águia mais idosa disse:
    -Pensas que podes sair pelo espaço a fora voando? Lá não há oxigênio e não respirarás, não poderás impulsionar-te pelo espaço com asas. Não tendes tal liberdade de escolha. As leis físicas, químicas e biológicas são rígidas.

    Ao que respondeu a águia “astronauta”:

    -Que vida cruel, que escravidão. Nem posso sair do planeta!

    Pois bem, Lúcifer teve a oportunidade de escolher, junto com outros anjos, incluindo Gabriel, viverem para sempre na obediência a Deus ou na desobediência. Lúcifer escolheu o mal, Gabriel o bem e ambos foram selados, não podendo mais escolher o mal ou bem, para sempre.
    Adão e Eva escolheram o mal também e tanto Lúcifer quanto Adão morreram espiritualmente e morto não escolhe mais a vida eterna. Somente por Obra do Espírito Santo poderá alguém voltar-se novamente para o bem e Deus, por Sua vontade, somente faz isso com homens e não com anjos decaídos.

    Os homens nesta vida terena não podem escolher por conta própria saírem voando pelo espaço como a águia desejava, quer dizer , a salvação. Mas poderão voar bastante por aí, neste espaço terreno, escolhendo também onde fazer o ninho, qual caça irá buscar etc. E isto é a livre agência.

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  58. Eu só posso dizer que acho tudo isso MARAVILHOSO! Se não fosse por Graça, não haveria jamais a possibilidade de eu pertencer a Família de Deus, pois reconheço que o pecado retirou de mim toda possibilidade de fazer um mínimo movimento sequer em direção da minha própria salvação, visto que o pecado me matou! No entanto, Deus em Sua Soberania e Amor, decidiu lá na eternidade que eu seria dEle, e porque me amou, enviou o Seu próprio Filho, Jesus Cristo, o qual morreu no meu lugar, ressuscitou e me chamou da morte para vida! SÓ A GRAÇA!

    Vidal
    Igreja Comunidade Vida com Propósito - Santos-SP

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  59. Dinho:
    Não estava sendo sarcástico. E tomei esse tempo todo para responder, simplesmente porque fui ler Norman Geisler ("Introdução à Bíblia", "Não tenho fé suficiente para ser ateu" - escrito em parceria com Frank Turek - e "A Inerrância da Bíblia", todos publicados pela Editora Vida). Você tem razão, Geisler é um apologeta brilhante. (A CPAD, se não me engano, lançou sua "Teologia Sistemática" em português). Peço perdão novamente pela minha impulsividade - Daniel Correia, você tem razão, agi como se Cristo não estivesse conosco. Peço perdão a vocês dois e a todos os que participam deste blog, e, repito, não estou sendo sarcástico. Na verdade, continuo acreditando que Norman Geisler errou em sua análise a respeito do calvinismo, e minha opinião pessoal - particular - é que seu livro "Eleitos, mas livres" é muito ruim... Mas ele escreve de forma admirável nos livros que citei acima, no campo da Apologética, e sim, seria excelente tê-lo nas "fileiras" calvinistas. Abraços para todos, vou continuar defendendo minha fé e meus pontos de vista teológicos, mas como observou Daniel Correia, sem fanatismos e sempre tendo em mente que Cristo está, sim, presente o tempo todo conosco.

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  60. de qualquer forma temos mesmo que tratar desse assunto tão polêmicos.

    afinal "não temos escolha".

    paz a todos belo post, belos comentarios.

    isso é "o tempora o mores" sempre
    um grande diferencial!

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  61. Anônimo2/7/13 02:09

    Amados, no meu entender, partindo do entendimento que livre arbítrio significa arbitrar sem influência interna ou externa, digo que Adão não tinha livre arbítrio. Porquê?
    1- Adão tinha livre agência e no exercício da mesma, Adão e Eva praticaram uma desobediência pois havia uma ordem proferida: " Não comerás"

    2- O homem não tinha conhecimento do bem e do mau. Neste caso fica a dúvida: Arbitrar sobre o quê?! Baseado em quê?!

    3- Com relaçã a culpa, esta
    não foi de Deus porque embora desprovido de conhecimento, havia uma ordem proferida, uma determinação para não comer.

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  62. Mesmo antes da queda o homem não tinha liberdade plena, pois Deus deu uma restrição a ele, observem : E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás
    (Gênesis 2:16-17).
    Assim podemos constatar que essa liberdade era restritiva e não absoluta, era condicional,o homem tinha liberdade para tomar uma decisão diante do que foi determinado por Deus e não por sua própria determinação.

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  63. Se o homem não tem livre arbítrio, me expliquem isso que Paulo estar se referindo...???

    15. Vigiai para que ninguém se exclua da graça de Deus; que nenhuma raiz de mágoa venenosa brote e vos cause confusão, contaminando muitos; 16. que não se abrigue entre vós nenhum imoral ou profano, como Esaú, o qual por uma refeição desejada, vendeu todos os seus direitos de herança como filho mais velho. 17. E, assim, como bem sabeis, quando mais tarde quis herdar a bênção, foi rejeitado; e não teve como cancelar sua decisão, apesar de ter buscado a bênção desesperadamente..

    Tem saída não o homem queira ou não queira irá prestar conta de seus atos, perante o trono de Deus...

    2. Mas nós sabemos que o julgamento de Deus é de acordo com a verdade contra os que praticam tais ações. 3. Deste modo, quando tu, um simples ser humano, os julga e, todavia, praticas os mesmos atos, pensas que de alguma forma escaparás ao juízo de Deus? 4. Ou, porventura, desprezas a imensa riqueza da bondade, tolerância e paciência, não percebendo que é a própria misericórdia de Deus que te conduz ao arrependimento? 5. Entretanto, por causa da tua teimosia e do teu coração insensível e que não se arrepende, acumulas ira sobre ti no dia da ira de Deus, quando se revelará plenamente o seu justo julgamento. 6. Deus retribuirá a cada um segundo o seu procedimento. 7. Ele concederá vida eterna aos que perseverando em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade. 8. Por outro lado, reservará ira e indignação para todos os que se conservam egoístas, que rejeitam a verdade e preferem seguir a injustiça. 9. Ele trará tribulação e angústia sobre todo ser humano que persiste em praticar o mal, em primeiro lugar para o judeu, e, em seguida, para o grego; 10. porém, glória, honra e paz para todo aquele que perseverar na prática do bem; primeiro para o judeu, depois para o grego. 11. Porquanto em Deus não existe parcialidade alguma...romanos 2.

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  64. liberum arbitrium
    Excepcional
    _—• Incontestavelmente, o livre arbítrio foi perdido no Éden. Hoje, os homens agem (livre agência) dentro das inclinações de sua natureza caída, contudo, mais que felizes são todos os que misericordiosamente foram atraídos pelo Pai, e em Cristo Jesus alcançaram o acesso ao que chamamos de livre graça. _—• E como já bem disse Lutero: “Se algum homem, de alguma maneira atribuir a salvação ao livre-arbítrio do homem, mesmo a ínfima parte, nada sabe sobre a graça e não conheceu Jesus Cristo corretamente.”

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  65. Com respeito aos irmãos que concordam com o artigo, além de eu não concordar, é nítido ver uma grande contradição no próprio artigo...e quero chamar atençãoa essa observação...Quando o próprio autor no início cita textos bíblicos mostrando a liberdade do homem, como Dt 30.19 entre vários outros, depois ele diz que essa liberdade somente Adão a tinha antes da queda..Mas aí a pergunta, os textos citados por ele, como Dt 30.19, etc, são Após a queda...portanto não se sustenta...ao meu ver, para não crer no livre arbitrio, foi criado o termo livre agência, como meio para tentar camuflar ou omitir a realidade do livre árbitrio, uma vez que essa verdade está repleta nas escrituras...outro ponto é que os reformadores acham que se o homem tem livre arbitrio, isso anularia a soberania de Deus, outra contradição, uma vez que no próprio artigo mostra que eles creem que Adão tinha o livre arbitrio, e isso todos sabemos que não interferiu na soberania de Deus..ou seja, se não interferiu antes, tmb não interfere depois..simples assim...reconhecemos que sim Após a queda, o homem necessita ser habilitado pela graça, mas essa é resistivel, conforme ensina as escrituras..At 7.51, MT 23.37, AP 20.17, et

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