Nos EUA perto de 50% dos jovens de lares cristãos perdem a fé depois que entram na Universidade. Acho que os números são iguais no Brasil.
Acho que nossas igrejas e as escolas evangélicas não estão preparando os jovens para a visão de mundo naturalista e ateísta da academia.
Quando não perdem a fé, criam uma dicotomia entre fé e mundo, separando fé e entendimento, crer e pensar. Tempos difíceis estão por vir.
Eu concordo em partes, porque acho que a "luta" começa bem antes dos jovens irem para a Universidade: na época em que vivemos, a Era Digital, a informação está acessível de vários lugares (não só da TV ou dos pais), inclusive para as crianças, que desde cedo já começam tomando contato com a forma que o mundo pensa. Eu vejo já vários adolescentes assim. Já escrevi algo neste sentido em meu próprio blog.
ResponderExcluirFora que as pessoas que como eu que não tiveram o privilégio de estudar em escola evangélica já tomavam e ainda tomam contato com esta visão bem mais cedo.
Em resumo: o problema citado no post existe sim, as estatísticas estão aí como mostrado, mas acho que é "o buraco é mais embaixo".
Muito bem colocado Pr. Augustus Nicodemus Lopes,
ResponderExcluirNos últimos meses (especialmente nas últimas semanas) tenho pensado muito sobre isso, até escrevi algo relacionado em meu blog: http://diamanteseternos.blogspot.com.br/2012/05/o-desafio-do-neo-ateismo.html
é uma triste realidade e temos falhado sim, como igreja, em preparar nossos jovens para esse desafio.
Abraço,
Luiz Miguel
Rev. Augustus, já é um prolema antigo. Participei de um grupo cristão que atuava em escolas durante o colégio técnico e a universidade, mais nos moldes da Cruzada Estudantil. A maioria de nós não conseguia encontrar respostas e às vezes nem apoio nas igrejas para os questionamentos com que éramos bombardeados em nossos cursos. Assim, nosso primeiro objetivo era "manter a fé", evangelizar vinha depois. Muitos mantiveram a fé, alguns colegas conheceram o evangelho, mas mesmo assim, vimos muitos cristãos cedendo às tentações ora mais intelectuais, ora mais carnais.
ResponderExcluirNão é pela mente. É pela alma deles.
ResponderExcluirA pior coisa que pode acontecer a alguém é ser criado num lar "evangélico" entre aspas. Porque pais "evengélicos" entre aspas, tornarão o coração de seus filhos duros como pedras à pregação do evangelho. Nada do que a igreja ou escola cristã ensinar poderá florescer no coração de alguém que tem pais "evangélicos" entre aspas. Melhor seria a essa pessoa ter nascido num lar não cristão.
A bíblia diz que a pregação de um evangelho falso, pervertido, endurece os corações e pode matar a semente semeada.
Uma vida dupla dos pais pode matar a semente do evangelho no coração dos filhos.
Dr. Augustus Nicodemos !!!
ResponderExcluirEu tenho uma dúvida cruel a respeito das escrituras e não sei como me posicionar diante disso, visto que puritanos e mesmo Karl Barth compartilham do seguinte pensamento: "a possibilidade do conhecimento de Deus encontra-se na Palavra de Deus e em nenhum outro lugar". Sob essa perspectiva, o que seria do homem mediano que não tem acesso ao estudo das escrituras em seus idiomas originais? Como enxergar as revelações, profecias e milagres (sendo estas, a princípio, manifestações de Deus)?
Minha dúvida flui da preocupação que tenho a respeito de falsos mestres, que aparentam amontoar para si um vasto conhecimento sobre as escrituras e induzem muitos jovens a acolher suas interpretações bíblicas, em função de seu “vasto” conhecimento. O fato, é que se Deus “manifesta-se somente através da palavra” e pouquíssimos cristãos tem um aprofundado conhecimento a respeito da Teologia (Fundamentalista ou Liberal) e a repercussão prática de suas premissas, somente os detentores deste conhecimento conheceriam a Deus.
Gostaria que esta dúvida fosse dirimida pelo Dr. Augustus Nicodemos, pois o admiro e me identifico com seu repúdio à Teologia Liberal.
Realmente Dr. Nicodemus, trabalho numa Empresa e sou cercado por jovens confusos, questionadores e percebo que estão cada vez mais distante do conhecimento verdadeiro de Cristo e de sua palavra, será necessário muito empenho dos pastores e líderes para ajudá-los e assim fortalecer a igreja do Senhor com a ajuda do Espírito Santo!
ResponderExcluirReverendo, esse assunto poderia, caso não seja, ser tema de palestras, pois realmente é preocupante esse dado e, inclusive dentro das igrejas reformadas, onde valoriza-se a palavra e procura-se ter uma atenção ao ensino das Escrituras.
ResponderExcluirJá vi casos de pastores levarem psicólogos para darem palestras em igrejas, esses nem sendo cristãos, e rejeitando um psicólogo cristão. Pergunto: ensina-se à luz do que? Penso que das Escrituras, ou estou equivocado?
O jovem necessita de referenciais, professores universitários cristãos, alunos cristãos, e esses, alertando sobre o caminho.
Reverendo, sou grato a Deus pela vida do senhor, pois tem contribuído significativamente para essa geração. Peço a Deus que muitos outros levantem-se para batalhar pela fé, que um dia nos salvou.
Graça e paz.
Prezado Reverendo,
ResponderExcluirEu partilho da preocupação com a consolidação da fé cristã, principalmente por parte dos jovens que enfrentam diversos embates no campo acadêmico.
Um dos textos mais maduros e didáticos que li recentemente a respeito dos "enganos no diálogo entre ciência e fé" foi do Rev. Francisco Leonardo Schalkwijk, que pode ser encontrado neste link.
Também tenho tentado racionalizar a respeito da questão entre fé e ciência, por exemplo nos textos "Filhos da luz" e "A fé na ciência".
Gostaria de compartilhar a sugestão de dois livros edificantes na abordagem destas questões relacionadas, que tive a oportunidade de ler recentemente:
"De todo o teu entendimento", Gene E. Veith, Jr.
"Pense - a vida da mente e o amor de Deus", John Piper
Saudações cordiais cristãs.
Caro reverendo,
ResponderExcluirCreio que é bastante difícil mesmo para um cristão se manter fiel no meio universitário, onde impera o universalismos, materialismo e outros "ismos". Mas creio também que um cristão convicto não se embaraça com os negócios desta vida. Me converti no início da minha faculdade e me mantive fiel ao meu Deus. Lógico que passei por vários apertos mas sempre me prostrava novamente aos pés do meu Redentor pedindo por misericórdia e perdão. Não deixei me levar por nenhum dos ensinos heréticos e , mesmo novo na fé, o Espírito deu-me sabedoria para participar de alguns debates com professores humanistas e relativistas, não caindo em seus engodos. Haja jejum e oração! O que fica é, se a pessoa realmente está em Cristo, não se deixará influenciar por doutrinas ou ensinamentos contrários a Palavra de Deus.
Graça e paz!