segunda-feira, agosto 20, 2012

Augustus Nicodemus Lopes

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quarta-feira, agosto 15, 2012

Augustus Nicodemus Lopes

Se eu tiver fé, poderei fazer mais milagres do que Jesus? DITOS DIFÍCEIS DE JESUS - IV

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Em verdade, em verdade vos digo que aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai (João 14.12).

Jesus fez esta promessa aos seus discípulos na noite em que foi traído, antes de ir com eles para o Getsêmani, durante o jantar em que instituiu a Ceia. O Senhor falou que iria para o Pai preparar lugar para os discípulos (Jo 14.1-4), e em seguida explicou como eles chegariam lá (14.5-6). Respondendo ao pedido de Filipe para que lhes mostrasse o Pai, Jesus explica que Ele está de tal forma unido ao Pai, que vê-lo é ver o Pai (14.7-9). E como prova de que Ele está no Pai e o Pai está nEle, Jesus aponta para as obras que realizou (14.10-11). E em seguida, faz esta promessa, “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (14.12).

Este dito de Jesus é difícil porque parece prometer que seus discípulos seriam capazes de realizar os milagres que Ele realizou, e até mesmo maiores, se somente cressem nEle – e pelo que lemos no livro de Atos e na história da Igreja, esta promessa não parece ter-se cumprido. Compreender o real sentido desta passagem tem se tornado ainda mais crucial pois ela tem sido usada, após o surgimento do movimento pentecostal e seus desdobramentos, para defender modernas manifestações miraculosas, iguais e maiores dos que as efetuadas pelo próprio Jesus Cristo.

Há duas principais tentativas de interpretar este dito de Jesus:

1. As “obras” são os milagres físicos realizados por Jesus

A interpretação popular e mais comum, aceita pela maioria dos evangélicos no Brasil (esta maioria, por sua vez, é composta na maior parte por pentecostais e neopentecostais), é que Jesus realmente prometeu que seus discípulos seriam capazes de realizar os mesmos milagres que Ele realizou, e mesmo maiores. É importante notar que muitos membros de igrejas históricas, como presbiterianos, batistas, congregacionais e episcopais, entre outros, também foram influenciados por este ponto de vista. Nesta interpretação, a palavra “obras” é entendida exclusivamente como se referindo aos milagres físicos que Jesus realizou, como curas, exorcismos e ressurreição de mortos. Os adeptos desta interpretação entendem que existem hoje pastores, obreiros e crentes com capacidade para realizar os mesmos milagres de Jesus – e até maiores. Defendem que curas, visões, revelações e de outras atividades miraculosas estão acontecendo no seio de determinadas igrejas nos dias de hoje, exatamente como aconteceram nos dias de Jesus e dos apóstolos. E desta perspectiva, se uma igreja evangélica não realiza estes sinais e prodígios, significa que ela é fria, morta, sem fé viva em Jesus.

Apesar desta interpretação parecer piedosa e cheia de fé (e é por isto que muitos a aceitam), tem algumas dificuldades óbvias. Primeira, apesar dos milagres que realizaram, nem os apóstolos, que foram os cristãos mais próximos desta promessa, parecem ter suplantado aqueles de Jesus, em número e em natureza. Jesus andou sobre as águas, transformou água em vinho, acalmou tempestades e suas curas, segundo os Evangelhos, atingiram multidões. Não nos parece que os apóstolos, conforme temos no livro de Atos, suplantaram o Mestre neste ponto. Segundo, a História da Igreja não registra, após o período apostólico, a existência de homens que tivessem os mesmos dons miraculosos dos apóstolos e que tenham realizado milagres ao menos parecidos com os de Jesus. Na verdade, os grandes homens de Deus na História da Igreja nunca realizaram feitos miraculosos desta monta, como Agostinho, Lutero, Wycliffe, Calvino, Bunyan, Spurgeon, Moody, Lloyd-Jones, e muitos outros. Os pregadores pentecostais que afirmam ser capazes de realizar milagres semelhantes, e ainda maiores, não têm um ministério de cura e milagres consistente e ao menos semelhantes aos de Jesus. O famoso John Wimber, um dos maiores defensores das curas modernas, morreu de câncer na garganta. Antes de morrer, confessou que nunca conseguiu curar uma criança com problemas mentais, e nem conhecia ninguém que o tivesse feito.  Os cultos de cura de determinadas igrejas neopentecostais alegam milagres que são de difícil comprovação. Terceiro, esta interpretação deixa sem explicação o resto da frase de Jesus: “aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço e outras maiores fará, porque eu vou para junto do Pai” (14.12). E por último, esta interpretação implica que os cristãos que não fizeram os mesmos milagres que Jesus fez não tiveram fé suficiente, e assim, coloca na categoria de crentes “frios” os grandes vultos da História da Igreja e milhões de cristãos que nunca ressuscitaram um morto ou curaram uma doença.

Esclareço que não estou dizendo que Deus não faz milagres hoje. Creio que Ele faz, sim. Creio que Ele é poderoso para agir de forma sobrenatural neste mundo e que Ele faz isto constantemente. O que estou questionando é a interpretação desta passagem que afirma que se tivermos fé faremos milagres maiores do que aqueles realizados por Jesus.

2. As “obras” se referem ao avanço do Reino de Deus no mundo

A outra interpretação entende que Jesus se referia obra de salvação de pecadores, na qual, obviamente, milagres poderiam ocorrer. Os principais argumentos em favor desta interpretação são estes:

a. A expressão “quem crê em mim” é usada consistentemente no Evangelho de João para se referir ao crente em geral, em contraste com o mundo que não crê. Examine as passagens abaixo:

  • Jo 6:35  Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede.
  • Jo 6:47  Em verdade, em verdade vos digo: quem crê em mim tem a vida eterna.
  • Jo 11:25-26  Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?
  • Jo 12:46  Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas.

Fica claro pelas passagens acima que aqueles que crêem em Jesus são os crentes em geral, e que a fé em questão é a fé salvadora. Por analogia, a expressão “quem crê em mim” em João 14.12 também se refere a todo crente, e não àqueles que teriam uma fé tão forte que seriam capazes de exercer o mesmo poder de Jesus em realizar milagres – e até suplantá-lo!

b. O termo “obras” referindo-se às atividades de Jesus, é usado no Evangelho de João para se referir a tudo aquilo que Ele fez, conforme determinado pelo Pai, para mostrar Sua divindade, para salvar pecadores e para glorificar ao Pai. Veja estas passagens: Jo 4:34; 5:20,36;  6:28,29; 7:3; 9:3,4; 10:25,32,33,37,38; 14:10,11; 14:12; 15:24; 17:4. O termo “obras” não se refere exclusivamente aos milagres de Jesus, muito embora em algumas ocorrências os inclua. No contexto da passagem que estamos examinando, Jesus usa o termo “obras” para se referir às palavras que Ele tem falado: “Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras” (Jo 14.10). É evidente, portanto, que não se pode entender o termo “obras” em Jo 14.12 como se referindo exclusivamente aos milagres físicos realizados por Jesus. O termo é muito mais abrangente e se refere à sua toda atividade terrena realizada com o fim de salvar pecadores: palavras, atitudes e, sem dúvida, milagres.

c. A frase “porque eu vou para junto do Pai” fornece a chave para entender este dito difícil. Enquanto Jesus estava neste mundo, sua ação salvadora era limitada pela sua presença física. Seu retorno à presença do Pai significava a expansão ilimitada do Reino pelo mundo através do trabalho dos discípulos, começando em Jerusalém e até os confins da terra. Como vimos, as “obras” que Ele realizou não se limitavam apenas aos milagres físicos, mas incluíam a influência dos mesmos nas pessoas e a pregação do Reino efetuada por Jesus. Estas obras, porém, estavam limitadas pela Sua presença física em apenas um único lugar ao mesmo tempo. As “obras maiores” a ser realizadas pelos que crêem devem ser entendidas deste ponto de vista: os discípulos, através da pregação da Palavra no mundo todo, suplantaram em muito a área de atuação e influência do Senhor Jesus, quando encarnado.

Adotar a interpretação acima não significa dizer que milagres não acontecem mais hoje. Estou convencido de que eles acontecem e que estão implícitos neste dito do Senhor Jesus. Entretanto, eles ocorrem como parte da obra de expansão do Reino, que é a obra maior realizada pela Igreja.

O dito de Jesus, portanto, não está prometendo que qualquer crente que tenha fé suficiente será capaz de realizar os mesmos milagres que Jesus realizou e ainda maiores – a Escritura, a História e a realidade cotidiana estão aí para contestar esta interpretação – e sim que a Igreja seria capaz de avançar o Reino de Deus de uma forma que em muito suplantaria o que Jesus fez em seu ministério terreno. Os milagres certamente estariam e estão presentes, não como algo que sempre deve acontecer, dependendo da fé de alguns, e não por mãos de pretensos apóstolos e obreiros super-poderosos, mas como resposta do Cristo exaltado e glorificado às orações de seu povo.


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sexta-feira, agosto 10, 2012

Augustus Nicodemus Lopes

Criança Tem Anjo da Guarda? Ditos Difíceis de Jesus - III

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Vede, não desprezeis a qualquer destes pequeninos; porque eu vos afirmo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celeste” (Mateus 18:10).

Em certa ocasião, desejando dar aos discípulos uma lição sobre humildade (Mt 18.1), o Senhor Jesus chamou uma criança para perto de si (v. 2) e ensinou aos discípulos a necessidade de alguém se tornar como uma delas para entrar no Reino (v. 3-4). Receber uma criança no nome do Senhor significa receber ao próprio Senhor (v. 5). Em seguida, o Senhor falou do castigo dos que colocam tropeços diante dos “pequeninos” que crêem nEle (v. 6-9) e advertiu os discípulos a que não os desprezassem, diante do cuidado vigilante de Deus por eles, através dos anjos (v. 10).

Este dito é difícil porque sugere a existência de “ anjos da guarda” de crianças, que estariam constantemente na presença de Deus, velando e cuidando das crianças. O conceito de que cada crente tem um anjo da guarda enviado por Deus sempre foi popular entre os cristãos, e tem se tornado ainda mais popular com a crescente onda de fascínio pelos anjos que tem invadido as igrejas evangélicas, acompanhando o aumento do misticismo e do ocultismo no mundo.

Há várias interpretações para este dito difícil de Jesus.

1. Os anjos no céu são as almas das crianças quando morrem.

De acordo com este entendimento, Jesus ensinou que as almas das crianças (os “anjos” delas) vão para o céu após a morte das crianças, e ficam continuamente na presença de Deus. De acordo com esta interpretação, Jesus mandou que os discípulos não desprezassem as crianças pois elas, quando morrem, vão, na forma de anjos, morar na presença de Deus. Alegam que Jesus se referiu aos “seus anjos no céu”, indicando que se refere ao que acontece após a morte. A dificuldade óbvia com esta interpretação é que identifica alma com anjo, uma associação impossível à luz do Novo Testamento. A alma faz parte da personalidade humana, enquanto que um anjo é um ser distinto do homem. As pessoas não se transformam em anjos quando morrem, conforme a crendice popular, mas suas almas comparecem, como almas, à presença de Deus.

2. Cada criança tem um anjo da guarda.

Outra interpretação entende que a expressão “seus anjos” se refere a anjos destacados por Deus para guardar cada criança, e que neste labor, eles ficam subindo constantemente ao céu, na presença de Deus, para dar relatórios de suas atividades e interceder em favor das crianças. Esta doutrina é defendida pela Igreja Católica, que diz que no batismo cada criança recebe seu anjo da guarda, que é enviado por Deus para proteger e aconselhar esta criança toda a sua vida. Esse anjo é também chamado, na teologia católica, de "anjo custódio".

Há várias passagens bíblicas usadas para defender esta interpretação. “O anjo do SENHOR acampa-se ao redor dos que o temem e os livra” (Salmo 34:7) é uma das mais conhecidas. Também Gênesis 48.16, onde Jacó se refere a um anjo que o teria livrado de todo o mal (na verdade, refere-se ao anjo do Senhor). Menciona-se também o anjo que veio em socorro de Daniel (Dn 6.22). Estas e outras passagens entretanto não provam o ponto, apenas mostram que Deus envia anjos para proteger e salvar seus servos em determinados momentos. A idéia de “ anjo da guarda” para cada criança é bastante estranha à luz da doutrina bíblica, muito embora esteja claro que uma das funções dos anjos é proteger os filhos de Deus. Nenhuma das passagens geralmente usadas para provar a existência de “anjo da guarda” realmente prova coisa alguma. Ao final, existe muita influência da crendice e da superstição popular sobre o assunto.

3. Os “pequeninos” são os crentes em Jesus Cristo.

A outra interpretação defende que a chave para entendermos este dito difícil de Jesus é a palavra “pequeninos”. A quem Jesus se refere? O termo pode ser tomado literalmente como se referindo às crianças, como as duas interpretações acima o fazem, ou figuradamente, como se referindo aos discípulos de Jesus. Esta última possibilidade resolve o problema e tem apoio bíblico. Primeiro, Jesus usa regularmente o termo “pequeninos” para se referir aos discípulos, cf Mt 10.42; 18.6; Mc 9.42; Lc 17.2. Note que nos versos 1-5 Ele se referiu claramente às “crianças”, e nos versos 6-10 Ele menciona os “pequeninos”.  Segundo, os discípulos são comparados com crianças, no que diz respeito à confiança em Deus. Terceiro, a passagem se encaixa no ensino geral do Novo Testamento sobre o ministério dos anjos em favor dos filhos de Deus, como Hebreus 1.14. Portanto, a melhor explicação para esta passagem é que Jesus está ensinando que Deus envia seus anjos para assistir aos “pequeninos”, que são os seus discípulos, os filhos de Deus pela fé, comparados a crianças, e que, portanto, nós não devemos desprezar estes “pequeninos”. Esse ministério angélico para com os “pequeninos” faz parte do cuidado geral que os anjos desempenham, pelo povo de Deus (cf. Sl 91.11; Hb 1.14; Lc 16.22).

A passagem não está ensinando que cada crente ou criança tem seu próprio “anjo da guarda”, como era crido popularmente  entre os judeus na época da igreja primitiva. Fazia parte desta crença que o “anjo guardião” poderia tomar a forma do seu protegido (cf. At 12.15). Ela simplesmente expressa o cuidado geral de Deus por seu povo através dos anjos.
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sábado, agosto 04, 2012

Augustus Nicodemus Lopes

No ar, os vídeos do Congresso de Teologia do Mackenzie com Nancy Pearcey

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Agora já estão disponíveis os vídeos do Congresso de Teologia no Mackenzie com a Dra. Nancy Pearcey e város outros palestrantes. Os vídeos podem ser assistidos no site do Mackenzie ou baixados.

Clique aqui.
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