A renúncia do papa Bento XVI e a eleição do cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio para substituí-lo trazem à tona, mais uma vez, a questão da reivindicação da Igreja Católica de que o papa é o legítimo sucessor do apóstolo Pedro como cabeça da Igreja de Jesus Cristo aqui na terra. Francisco se senta no trono de Pedro. Então, tá.
Obviamente, a primeira questão a ser determinada é se o apóstolo Pedro, de alguma forma, teve algum trono, se ele foi uma espécie de papa da nascente igreja cristã no século I e se ele deixou sucessor, que por sua vez, nomeou seu próprio sucessor e assim por diante, até chegar, de Pedro, a Francisco. Eu digo “primeira questão” não somente por causa da sequência lógica da discussão, mas por causa da sua importância. Tanto católicos quanto protestantes tomam as Escrituras Sagradas como a Palavra de Deus. Portanto, é imprescindível que um conceito de tamanha importância como este tenha um mínimo de fundamento bíblico. Mas, será que tem?
É verdade que Cefas, também chamado de Simão Pedro, foi destacado pelo Senhor Jesus em várias ocasiões de entre os demais discípulos. Ele esteve entre os primeiros a serem chamados (Mt 4:18) e seu nome sempre aparece primeiro em todas as listas dos Doze (Mt 10:2; Mc 3:16). Jesus o inclui entre os seus discípulos mais chegados (Mt 17:1), embora o “discípulo amado” fosse João (Jo 19:26). Pedro sempre está à frente dos colegas em várias ocasiões: é o primeiro a tentar andar sobre as águas indo ao encontro de Jesus (Mt 14:28), é o primeiro a responder à pergunta de Jesus “quem vocês acham que eu sou” (Mt 16:16), mas também foi o primeiro a repreender Jesus afoitamente após o anúncio da cruz (Mt 16:22) e o primeiro a negá-lo (Mt 26:69-75). Foi a Pedro que Jesus disse, “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:17). Foi a ele que o Senhor disse, “quando te converteres, fortalece teus irmãos” (Lc 22:32). E foi a ele que Jesus dirigiu as famosas palavras, “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” (Mt 16:18-19).
Apesar de tudo isto, não se percebe da parte do próprio Pedro, dos seus colegas apóstolos e das igrejas da época de Pedro, que ele havia sido nomeado por Jesus como o cabeça da Igreja aqui neste mundo, para exercer a primazia sobre seus colegas e sobre os cristãos, e para ser o canal pelo qual Deus falaria, de maneira infalível, ao seu povo. Ele foi visto e acolhido como um líder da Igreja cristã juntamente com os demais apóstolos, mas jamais como o supremo cabeça da Igreja, sobressaindo-se dos demais.
Para começar, o apóstolo Paulo se sentiu perfeitamente à vontade para confrontá-lo e repreendê-lo publicamente quando Pedro foi dissimulado em certa ocasião para com os crentes gentios em Antioquia (Gl 2:11-14). O apóstolo Tiago, por sua vez, foi o líder maior do Concílio de Jerusalém que definiu a importante questão da participação dos gentios na Igreja, concílio este onde Pedro estava presente (Atos 15:1-21). E quando uma decisão foi tomada, ela foi enviada em nome dos “apóstolos e presbíteros” e não de Pedro (Atos 15:22). Os judeus convertidos, líderes da Igreja de Jerusalém, e que achavam que a circuncisão era necessária para os gentios que cressem em Jesus, não hesitaram em questionar Pedro e confrontá-lo abertamente quando ele chegou a Jerusalém, após ouvirem que ele tinha estado na casa de Cornélio, um gentio. E Pedro, humildemente, se explicou diante deles (Atos 11:1-3). Os crentes da igreja de Corinto não entenderam que Pedro estava numa categoria à parte, pois se sentiram a vontade para formarem grupos em torno dos nomes de Paulo, Apolo e do próprio Pedro, não reconhecendo Pedro como estando acima dos outros (1Cor 1:12).
O apóstolo Mateus, autor do Evangelho que carrega seu nome, não entendeu que a promessa de Jesus feita a Pedro, de que este receberia as chaves do Reino dos céus e o poder de ligar e desligar (Mt 16:18-19), era uma delegação exclusiva ao apóstolo, pois no capítulo seguinte registra as seguintes palavras de Jesus, desta feita a toda igreja:
Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão. Se, porém, não te ouvir, toma ainda contigo uma ou duas pessoas, para que, pelo depoimento de duas ou três testemunhas, toda palavra se estabeleça. E, se ele não os atender, dize-o à igreja; e, se recusar ouvir também a igreja, considera-o como gentio e publicano. Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra terá sido ligado nos céus, e tudo o que desligardes na terra terá sido desligado nos céus (Mat 18:15-18 - itálico adicionado para ênfase).
É muito instrutivo notar a maneira como o apóstolo Paulo via Pedro, a quem sempre se refere como Cefas, seu nome hebraico. Paulo o inclui juntamente com Apolo e a si próprio como meros instrumentos através dos quais Deus faz a sua obra na Igreja (1Cor 3:22). Se Paulo tivesse entendido que Pedro era o líder máximo da Igreja, não o teria citado por último ao dar exemplos de líderes cristãos que ganhavam sustento e levavam as esposas em missão (1Cor 9:4-5). Ele reconhece que Cefas é o líder da igreja de Jerusalém, mas o inclui entre os demais apóstolos (Gl 1:18-19) e ao mencionar os que eram colunas da igreja deixa Cefas em segundo, depois de Tiago (Gl 2:9). E em seguida narra abertamente o episódio em que o confrontou por ter se tornado repreensível (Gl 2:11 em diante). Bastante revelador é o que Paulo escreve quanto ao seu próprio chamado: “aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios” (Gal 2:6-8). Por estas palavras, Paulo se considerava tão papa quanto Pedro!
Nem mesmo Pedro se via como um primus inter pares, alguém acima dos demais apóstolos. Quando entrou na casa de Cornélio para pregar o Evangelho, o centurião romano se ajoelhou diante dele em devoção. Pedro o ergue com estas palavras, “Ergue-te, que eu também sou homem” (Atos 10:26). Pedro reconhece humildemente que os escritos de Paulo são Escritura inspirada por Deus, esvaziando assim qualquer pretensão de que ele seria o único canal inspirado e infalível pelo qual Deus falava ao seu povo (2Pedro 3:15-16). E claramente explica que a pedra sobre a qual Jesus Cristo haveria de edificar a sua igreja era o próprio Cristo (1Pedro 2:4-8), dando assim a interpretação final e definitiva da famosa expressão “tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja”. A “pedra” referida pelo Senhor era o próprio Cristo.
Em resumo, ninguém no século I, ninguém mesmo, nem o próprio Pedro, entendeu que Jesus tinha dito a ele que ele era a pedra sobre a qual a Igreja cristã seria edificada. E nunca esta Igreja tomou medidas para achar um substituto para Pedro após a sua morte.
E isto introduz a segunda questão, que é a sucessão de Pedro. Creio que basta reproduzir aqui as palavras do próprio Pedro com relação à preservação do seu legado após a sua morte. Na sua segunda epístola ele faz menção de que tem consciência da proximidade de sua morte e que se esforçará para que os cristãos conservem a lembrança do Evangelho que ele e os demais apóstolos pregaram. E de que forma? Não apontando um sucessor para conservar este Evangelho como um guardião, mas registrando este Evangelho nas páginas sagradas da Escritura – é por isto que ele escreveu esta epístola. Confira por você mesmo:
Por esta razão, sempre estarei pronto para trazer-vos lembrados acerca destas coisas, embora estejais certos da verdade já presente convosco e nela confirmados. Também considero justo, enquanto estou neste tabernáculo, despertar-vos com essas lembranças, certo de que estou prestes a deixar o meu tabernáculo, como efetivamente nosso Senhor Jesus Cristo me revelou.Qual foi o esforço que Pedro fez para que, depois de sua partida deste mundo, os cristãos conservassem a lembrança do Evangelho, conforme sua declaração acima? Pedro deixa seu legado nas cartas que escreveu, e que ele considera suficientes para manter os cristãos relembrados de tudo que ele e os demais apóstolos ensinaram. Não há a menor noção de um substituto pessoal, alguém que tomasse seu lugar e transmitisse a outros sucessores o tesouro da fé cristã. Não foi à toa que a nota central da Reforma foi a rejeição do papado e o estabelecimento das Escrituras com sendo a única e infalível fonte de revelação divina.
Mas, de minha parte, esforçar-me-ei, diligentemente, por fazer que, a todo tempo, mesmo depois da minha partida, conserveis lembrança de tudo.
Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo. Temos, assim, tanto mais confirmada a palavra profética, e fazeis bem em atendê-la, como a uma candeia que brilha em lugar tenebroso, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração, sabendo, primeiramente, isto: que nenhuma profecia da Escritura provém de particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo (2Pedro 1:12-21 - itálico adicionado para ênfase).
Não questiono que Francisco seja o legítimo sucessor de Bento, como líder da Igreja Católica. O que não vejo é qualquer fundamento bíblico para aceitar que Pedro tenha sido papa e que Francisco é seu legítimo sucessor.
Graça e paz Rev. Augustus.
ResponderExcluirSe me permite, seria interessante ver o sr. abordar na série "ditos difíceis" a expressão “quando te converteres...” (Lc 22:32).
No mais, parabéns pela lucidez com que o sr. tratou o assunto.
Abs.
Mac.
Parabens pastor uma verdadeira aula.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirIrmão Augustus com permissão sua,a paz de Cristo.Ótimo estudo,muito esclarecedor,só passei pra lembrar que o Próprio Cefas disse que Jesus é a Pedra. Atos 4.11 Ele é a Pedraque foi rejeitada por vós,os edificadores,a qual foi posta por cabeça de esquina.
ResponderExcluirReverendo,
ResponderExcluirEstava com saudades dos posts aqui no Tempora.
Valeu a pena esperar!
Abraços em Cristo.
Henrique
Parabéns pelo post muito bom e de qualidade. A Deus toda glória! Oremos para que o Espírito Santo possa convencer os amados irmãos da verdade de que somente Cristo é tanto a Pedra quanto a Porta como o único Caminho ao Pai celestial. Com sua permissão vou colocar o seu post em meu blog, se assim houver permissão. Grato.
ResponderExcluir
ResponderExcluirAmado Rev. Graça e Paz.
Parabenizo pela matéria, pois ela mostra realmente a verdade bíblica. O lider da igreja, o cabeça é Cristo.Pedro realmente foi um lider, mas ele mesmo que disse.1 Pe 2:1-8. O Brasil e o mundo precisa saber que só Jesus é o nosso intercessor junto ao Pai.
no amor de Cristo Rev. Isaias Chagas
Claro que um católico esclarecido tem que se sujeitar ao magistério da igreja. Um protestante tem que se sujeitar a Escritura somente e aos ministros da igreja, enquanto estes forem sujeitos a Escritura. A Escritura acima de tudo, não a igreja. Roney Leao
ResponderExcluirUm católico esclarecido deve se sujeitar ao magistério imposto pela igreja, ainda que contrarie a Escritura, caso da idolatria por exemplo. Um protestante simplesmente tem que ter consciência cativa da Escritura, acima de que tudo e governado por ela. Roney Leao
ResponderExcluiro sustentaculo da verdade é Cristo não a igreja,a igreja fica em pé ou cai nessa premissa.E chave não tem nada de sucessão apostolica,Jesus não disse nada sobre isso.Wagner Lira a colocação do Reverendo não foi de afrontar ninguém qualquer que seja,mas de esclarecer biblicamente.Na paz.
ResponderExcluirCaro Vágner Lira,
ResponderExcluirGraça e Paz.
Com todo o respeito, mas seus argumentos são falaciosos em seu âmago. Apontarei alguns deles:
"Quer dizer que os homens levaram 1500 anos para descobrir que a igreja fundada por Cristo estava errada e fizeram a reforma protestante." – Resposta: Falácia do apelo à antiguidade, pois considera o catolicismo como expressão da verdade diante de seu maior tempo de existência frente ao protestantismo. Ora, o mesmo princípio pode se aplicar ao judaísmo em confronto ao catolicismo, não poderia?!
“Lembre-se, quando Cristo elegeu Pedro como líder da igreja na terra, deu-lhes a chaves ( como Jesus é a Pedra e daria a chave a si mesmo? O texto é claro, foi dado a Pedro).” – Resposta: Ou você não leu o texto do reverendo ou ignorou os argumentos apresentados por ele. Refute-os ponto a ponto, caso puder.
“Quero perguntar-lhe: Jesus disse na fundação da primeira igreja que as portas do inferno não prevalecerão sobre ela, correto? Assim, o cisma dos anos de 1500 permitiu a denominada reforma protestante e esta, colocando a bíblia acima da igreja, sustentáculo da verdade, fundada por Cristo, permitiu a proliferação de dezenas de milhares de igrejas protestantes com centenas de dogmas e interpretações diferentes da bíblia.” – Resposta: Meu caro, as divisões ocorridas no seio do catolicismo são inúmeras ao longo da história. O que dizer da separação entre as igrejas da Síria e do Egito no século V? E o que dizer do grande cisma entre as Igrejas do Oriente e do Ocidente em 1054 (P.S.: os ortodoxos também reivindicam para si o título de Igreja verdadeira)? Logo, sua insinuação carece de respaldo histórico. Além disso, os verdadeiros protestantes possuem unidade nos fundamentos essenciais à fé.
Deixarei de comentar os demais equívocos lógicos e histórico-bíblicos que cometeste, pois daria para escrever um livro neste blog.
Sola Fide et Sola Scriptura.
(Gilson Oliveira Santos, Andradina, SP)
ResponderExcluirO homem mais novo a receber o título de sumo pontífice da Igreja Católica foi também o que mais vezes ocupou o trono da Santa Sé: em três ocasiões o nobre romano Teofilato de Tusculana (1020-1056) foi empossado como Benedito IX. No início do primeiro mandato, em 1032, ele era uma criança de 12 anos. Só se tornou líder da igreja porque pertencia à importante família Tuscalana, de Roma – e era aparentado a dois papas anteriores, João XIX e Benedito VIII. "Naquela época os papas eram eleitos pela influência de nobres poderosos", diz o historiador Carlos Roberto F. Nogueira, da Universidade de São Paulo. "Nas disputas políticas entre as famílias dentro do Vaticano havia até assassinatos." Numa dessas disputas eclesiásticas, em 1044 Benedito IX foi afastado sob a acusação de ter um comportamento sexual pouco condizente com sua condição de homem santo.
No seu lugar assumiu Silvestre III, da família rival Crechentii. Mas Benedito excomungou o substituto e voltou ao Vaticano. Novamente no poder, vendeu o cargo de papa a um padrinho, que assumiu em 1045 como Gregório VI. O imperador Henrique III, do Sacro Império Romano Germânico, que reinava sobre a Itália e a Alemanha, destituiu Gregório e nomeou seu protegido Clemente III – que morreu misteriosamente oito meses depois. Benedito, então com 27 anos, aproveitou a chance e convenceu o Conselho dos Bispos e reelegê-lo para o terceiro mandato.
A confusão só acabou em 1049, quando Leão IX assumiu o papado e regularizou as eleições para o cargo restringindo a influência dos nobres.
O sentido da passagem é claro: "te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ele" (Mat 16:18). A Igreja está edificada sobre Pedro e isso não deve causar espanto, já que Paulo confirma que somos "edificados sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina" (Ef 2:20).
ResponderExcluirE há uma promessa de preservação da mesma, como Ele diz em outra ocasião: "eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" (Mat 28:20).
Depois, Jesus ainda diz a Pedro em especial: "Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" (Luc 22:31-32).
Qual o sentido dessas promessas, se tais garantias não fossem transmitidas aos sucessores?
Entendam uma coisa: bem antes do cânon do Novo Testamento ser definido, Inácio de Antioquia já reconhecia que a Igreja de Roma "preside na caridade" sobre as outras igrejas, e todos já reconheciam nela a "cátedra de Pedro", e viam a realização das promessas de Jesus a Pedro em seu sucessor em Roma. Não dá para colocar a Bíblia contra a Tradição, a palavra escrita contra a Igreja que o Espírito Santo guia e preserva. São coisas inseparáveis.
A Pedra é Cristo, não Pedro. Glórias a Deus todos os dias por homens como Nicodemus que esclarece a verdade, apesar de muitos não conseguirem comprender e continuam a acreditar nos dogmas. Que o Senhor tenha misericórdia dos corações sinceros e nos supreenda abrindo os olhos dos Romanos.
ResponderExcluirCaro João A.,
ResponderExcluirVocê afirmou: "Qual o sentido dessas promessas, se tais garantias não fossem transmitidas aos sucessores?".
Neste sentido, você parte do pressuposto de que o apóstolo Pedro teve sucessores como papa da Igreja, argumento este refutado às claras no artigo do reverendo.
Além disso, o fato de Inácio de Antioquia ter concordado com a tese romana não ratifica seu argumento, pois incorres na falácia do apelo à autoridade uma vez que não há consenso entre os pais da Igreja nesta interpretação. Observe que, dos inúmeros “pais da Igreja”, somente 77 opinaram a respeito do assunto de Mateus 16:18, sendo que 44 reconheceram ser a FÉ DE PEDRO a rocha. 16 deles julgaram ser o próprio Cristo e somente 17 concordaram com a tese vaticana. Nenhum deles afirmavam a infalibilidade de Pedro e tão pouco o tinham como papa. Exemplo disso é S. Agostinho que em seu Livro I, Capítulo 21 das Retratações (Livro escrito no fim da sua vida, para retratar-se de seus escritos anteriores) expressamente afirma que sempre, salvo uma vez, ele havia explicado as palavras Sobre esta pedra – não como se referissem à pessoa de Pedro, mas sim a Cristo, cuja Divindade Pedro havia reconhecido e proclamado.
Graça e Paz.
Sempre soube que Jesus usou palavras diferente para fazer a afirmação que trás confusão em Português. Seria: "Tu és Pedro (petros = pedra pequena, pedregulho) e sobre esta pedra (Petra = rocha, em contraposição) edificarei a minha igreja". Teria Jesus chamado Pedro de Rocha?
ResponderExcluirConcluí que a Rocha a que Jesus se referiu e na qual se fundamentaria a Igreja era A REVELAÇÃO que Pedro teve do Pai: "Tu és o Cristo o Filho do Deus vivo!". Portanto a PETRA é a revelação de Jesus o Messias Filho de Deus. Porém, a maior autoridade para explicar o texto é o Reverendo! Abração a todos.
O erro dos que aqui defendem ser Pedro o primeiro papa é que ao invez de deconstruirem o argumento do pastor,ficam jogando outros argumentos ao vento.
ResponderExcluir1- Jesus deu o mesmo poder (das chaves) a todos os apóstolos e não somente a Pedro (Mt 18.18, se realmente fosse esse poder que tanto querem os catôlicos ele seria de exclusividade de Pedro.
2- Pedro nunca foi chamado de apóstolo-chefe, quanto mais de um representante de Cristo. Ele era apenas um dos "principais apóstolos" ( 2 cO 12.11;Gl 1.18-19). Na verdade, ele mesmo intitulou-se apenas como "um apóstolo"(1 Pe 1.1) e "também presbítero com eles" ( 1 Pe 5.1), e referiu-se a Cristo como sendo o "Sumo Pastor" (5.4).
3- O engraçado que até mesmo certas autoridades católicas estão de acordo que a referência de Mateus 16 não diz respeito a Pedro, poderia aqui exemplicar com João Crisóstomo e Agostinho que escreveram: Nesta pedra, então, disse Ele, a qual tu confessaste, Eu construirei minha Igreja. Esta Pedra é Cristo; e nesta fundação o próprio Pedro construiu (Agostinho-Comentário sobre o evangelho de João).
4-No primeiro concílio realizado em Jerusalém (At 15) a decisão final não partiu de Pedro, mas, sim, dos apóstolos e dos anciãos. Além disso, foi Tiago, e não Pedro, quem presidiu o conselho (At 15.13). Em momento algum Pedro reivindicou ser pastor das Igrejas, ates exortou aos presbíteros que cuidasse do rebanho de Deus ( 1 Pe 5.1-2). Embora reconhecesse ser um apóstolo (1 Pe 1.1), ele não se intitulou o apóstolo, ou chefe dos apóstolos. Sabia que era apenas um dos pilares da Igreja, junto com Tiago e João, e não o pilar (Gl 2.9).
Sérgio,
ResponderExcluirVários Padres, procurando extrair uma interpretação moral dessa passagem, apontaram que a Igreja está fundada sobre a confissão de fé de Pedro, o que TAMBÉM É VERDADEIRO. Mas o sentido literal da passagem não deixa dúvidas: "tu és Pedro, e sobre essa pedra edificarei minha Igreja". Quando Ele diz "essa pedra", temos uma referência ao nome de Pedro mencionado imediatamente antes. Do contrário, Ele diria: "tu és Pedro, mas edificarei minha Igreja sobre outra pedra, eu mesmo, ou sua confissão de fé". Esse não é o sentido literal da passagem, mas também é verdadeiro dizer que a Igreja está edificada sobre Cristo ou sobre a confissão de fé de Pedro.
Quem conhece os Padres sabe que Inácio ensinou que a Igreja de Roma "preside na caridade" as outras igrejas; que Irineu ensinou que é necessário que todas as igrejas concordem com ela (ad hanc enim ecclesiam propter potentiorem principalitatem necesse est omnem convenire ecclesiam); que Jerônimo ensinou que fora da união com cátedra de Pedro em Roma não havia verdadeiro Cristianismo; que Optato ensinou que a verdadeira sucessão dos Apóstolos só era possível em união com a cátedra de Pedro em Roma; etc. A Igreja antiga apelava à Sé Romana o tempo todo, desde os locais mais remotos.
Alguns tentam construir um mero primado de honra (primus inter pares), mas simplesmente negar que existe o primado, negar que o Bispo de Roma "preside na caridade" e que lá encontra-se a "cátedra de Pedro", implica que toda a Igreja antiga estava doida e inventou coisas do nada. Se fizeram isso, então por que acreditaríamos que transmitiram o Novo Testamento corretamente? O critério de reconhecimento dos livros inspirados era, basicamente, saber quais eram lidos nas igrejas católicas e recebidos POR ELAS como regra de fé pelos Apóstolos. Se essas igrejas eram apóstatas e o Espírito não as guiava, a Escritura também fica prejudicadas. Não porque a Escritura recebe sua autoridade da Igreja, mas porque RECONHECEMOS as Escrituras pelo testemunho da Igreja.
O artigo do pastor Nicodemus vai na contramão do Cristianismo histórico.
Sergio
ExcluirO inicio do seu argumento é errôneo, enquanto Pedro é mencionado na segunda pessoa (tu), a expressão esta pedra está na terceira pessoa.
A expressão sobre esta pedra relaciona-se com a resposta de Pedro, Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo. É sobre Cristo que a igreja foi edificada, e não sobre Pedro.Jesus afirmou que ele mesmo era pedra(Mt 21.42).
Se Pedro foi papa durante 25 anos, então existe algo errado,já que esse apóstolo foi martirizado no reinado de Nero, por volta de67 AD.Subtraindo desta data vinte cinco anos,retrocederemos ao ano 42 ou 43 AD.Nessa época não havia ocorrido ainda o Concílio de Jerusalém (At 15), que se deu mais ou menos no ano 48 AD,ou pouco depois.
Ótimo artigo!!! As questões em torno da teologia e conceito de um "Papa" são importantíssimas e relevantes no momento histórico em que vivemos. Vemos isso mais claramente quando pessoas se levantam para defender que Bergoglio seja sucessor de Pedro, mas não tocam no assunto de que Pedro cria e praticava um cristianismo absolutamente antagônico ao professado e praticado pelo pontífice máximo (Pedro aceitaria tal título?)
ResponderExcluirSegue a dica do estudo: "O Papa é o Supremo Pastor?"
http://simvemsenhorjesus.blogspot.com.br/2013/03/o-papa-e-o-supremo-pastor-igreja.html Ele pode esclarecer quem deseje esclarecimento!
Graça e Paz!!!
Caro João A.,
ResponderExcluirOs argumentos que apresentei ainda permanecem, visto que não foram refutadas por ti, muito menos os argumentos do reverendo.
Digamos que o sentido literal da passagem aponte realmente para a pessoa de Pedro. Pergunta: o que você faz com o texto de Mateus 18 - apresentado pelo Augustus -, onde Cristo diz que a toda a igreja foi dado o poder de "o que ligares na terra será desligado nos céus"? Isolar uma passagem da Escritura e interpretá-la conforme a conveniência é um equívoco GRAVE de hermenêutica.
Outra vez você utiliza do apelo à autoridade sobre o primado de Roma, mesmo eu tendo provado claramente que a maior parte dos chamados "Pais da Igreja" discordam da tese vaticana.
Quanto à construção do cânon neotestamentário, posto depois, pois identifiquei falhas no seu raciocínio.
Graça e Paz.
Rafael,
ResponderExcluirReleia, por gentileza, o meu argumento. Em momento algum eu afirmei que "esta pedra" refere-se a Pedro. O que argumentei foi que, MESMO QUE ESTA FOSSE A INTERPRETAÇÃO CORRETA (como defendem os católicos), ela não poderia ser vista de forma isolada dos outros textos que apontam claramente a igreja como pedras vivas e Cristo como pedra de esquina.
Entendeu, amado?! Um abraço!
Rafael,
ResponderExcluirVeja como eu dei ênfase no comentário que postei alhures sobre o meu entendimento concernente à interpretação de Mateus 16:18:
"Observe que, dos inúmeros “pais da Igreja”, somente 77 opinaram a respeito do assunto de Mateus 16:18, sendo que 44 reconheceram ser a FÉ DE PEDRO a rocha. 16 deles julgaram ser o próprio Cristo e somente 17 concordaram com a tese vaticana."
Creio que você errou o nome na crítica. Sem problemas! Irmãos em Cristo suportam isso.
Um abraço.
Perdão Sérgio minha resposta seria para o João A.
ResponderExcluirSérgio,
ResponderExcluirO que eu faço com o texto de Mateus 18? Ora, ninguém na Igreja Católica nega que as "chaves do reino" foram dadas a toda a Igreja. É por isso que a Igreja tem o poder de perdoar pecados ou retê-los, reconciliando ou não os pecadores. Não somente Pedro.
No entanto, Pedro recebe a promessa de maneira singular, como um REPRESENTANTE da Igreja. É assim que Agostinho interpretava:
"Se a sucessão linear de Bispos deve ser considerada, com quanto maior benefício à Igreja nós a consideramos do próprio Pedro, a quem, como representante da Igreja inteira, o Senhor disse: 'sobre essa pedra edificarei minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela'. Pois Linus sucedeu a Pedro, depois Clemente... [segue a lista de papas]. Nessa ordem de sucessão os donatistas não se encontra um Bispo donatista" (Epístola 53).
"Pedro, em muitas passagens, parece representar a Igreja. Especialmente naquela em que foi dito: 'eu te darei as chaves...'. Ora, por acaso Pedro recebeu essas chaves, e não Paulo? Por acaso Pedro recebeu, mas João e Tiago não receberam, junto com os demais Apóstolos? Ou não estão as chaves na Igreja em que os pecados são diariamente perdoados? Mas, em razão de Pedro ser figura e representante da Igreja, o que foi dado a ele singularmente, foi dado a toda a Igreja" (Sermão 149).
Paulo diz que somos "edificados sobre o fundamento dos Apóstolos e dos Profetas" (Ef 2:20). Mas Jesus edifica a Igreja sobre Pedro em especial. Toda a Igreja recebe as chaves em Mateus 18 e João 20, mas em Mateus 16 Jesus dá uma promessa singular a Pedro. Há contradição? Não, pois Pedro é figura e representante de toda a Igreja.
Jesus promete preservar Sua Igreja: "eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" (Mat 28:20). Mas preserva também a fé de Pedro de maneira especial: "roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça" (Lc 22:32). E com qual finalidade? Jesus responde: "tu, quando te converteres, confirma teus irmãos" (Lc 22:32). O primado petrino é instrumento de manutenção da unidade.
Respeito sua interpretação, mas discordo. Não posso continuar esse debate por falta de tempo. Abraços, e que o sangue de Cristo nos limpe de todo pecado e nos conduza à vida eterna!
Eu peço desculpas, mas vou ter de fazer uma crítica às pessoas que defendem ser Pedro um papa. O problema é que vocês acreditam de forma cega ao que os outros lhes ensinam. Na catequese, na crisma ou em qualquer outro lugar vocês aprenderam que Pedro foi papa e asseitaram sem questionar. Desafio vocês a pesquisarem. Procurem algum documento histórico do cristianismo do primeiro ou do segundo século que afirmam que Pedro foi papa. Mas eu posso citar para vocês documentos históricos com os seguintes fatos:
ResponderExcluir1) O termo papa originalmente significava simplesmente "papai". Isso significa que esse termo (papa) era um título dado a qualquer bispo distinto. Com isso eu quero dizer que existem documentos onde se afirma que o bispo de Cartago (Cipriano) era "papa", que o bispo de Alexandria (Atanásio) era papa. Não porque eles eram papas no significado que os católicos inventaram, mas porque eles eram BISPOS DISTINTOS.
2) No início da Igreja o centro numérico do cristianismo estava no oriente e não no ocidente ou em Roma. Por isso, os bispos de Antioquia e Alexandria eram mais importantes e poderosos do que o bispo de Roma (existem documentos históricos comprovando isso).
3) O bispado de Roma se tornou importante somente depois que o Império Romano asseitou a fé cristã. Mesmo nesse período havia cinco bispados importantes para o cristianismo: o de Jerusalém, o de Antioquia, o de Alexandria, o de Constantinopla e o de Roma (procure algum documento histórico que afirma que o bispado de Roma era mais importante que você NÃO VAI ENCONTRAR NENHUM)
4) O bispado de Roma só virou "universal" para o mundo ocidental depois que a igreja do ocidente se dividiu com a do oriente e depois que os muçulmanos varreram do mapa os bispados de Antioquia, Alexandria e Jerusalém (o bispado de Roma ficou universal porque foi o único que sobrou).
A lição que quero transmitir é a seguinte: não precise acreditar no que eu disse, mas corra atrás, pesquise, estude. Só não asseite de forma cega o que vocês aprenderam na catequese, crisma, etc... O fato é que os argumentos aqui são históricos e fortes (existem documentos históricos que provam o que falei). Para vocês rebaterem precisam estudar.
Um abraço e que Deus nos abençoe.
O fato é que se Pedro foi o primeiro papa, ele foi um papa bem diferente dos que já apareceram.
ResponderExcluirVejamos:
Pedro era financeiramente pobre.
“E disse Pedro: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda”. (At.3:6).
A bíblia mostra claramente que Pedro era casado.
“E Jesus, entrando na casa de Pedro, viu a sogra deste jazendo com febre.” (Mt.8:14).
O celibato, não é uma exigência para ser papa?
Pedro foi um homem repreensível.
“E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, porque era repreensível”.
“Mas, quando vi que não andava bem e direitamente conforme a verdade do evangelho, disse a Pedro na presença de todos: Se tu, sendo Judeu, vives como gentios e não como judeu, por que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gl.2:11,14).
Onde fica a infalibilidade papal, que segundo a Igreja Católica é a garantia de preservação de todo erro doutrinal pela assistência do Espírito Santo? Eles afirmam que devido à assistência divina, o papa e seus seguidores não podem errar, nem induzir em erro, no que diz respeito a questões de fé ou moral.
Leia:http://escritosbiblicos.blogspot.com.br/2013/02/o-papismo.html
Pois então, João A. Até aqui, já ficou bem demonstrado que seus argumentos são simplesmente firmados em falácias históricas e exegeticas. A questão da qual tu não podes arredar, fica no ombro do magistério da igreja católica, mesmo que sacrifique a Escritura. Se conseguires, tire os óculos que lhe colocaram para ler, e submeta seu pensamento e seu coração apenas e tão somente a Escritura. Roney Leao
ResponderExcluirCaro João A.,
ResponderExcluirResponderei em tópicos para facilitar o entendimento, apesar de me sentir incomodado pelo fato de você manter posição mesmo quando refutado às claras, não enfrentando os argumentos apresentados. Um debate sadio não se constrói assim.
Mateus 16:18 e Pedro:
Infelizmente, mais uma vez você utiliza-se do falacioso apelo à autoridade no intento de adicionar credibilidade ao que dizes. Não obstante, percebe-se que o sentido literal da passagem NÃO É unanimidade entre os chamados “pais da Igreja” como comentei alhures. Mais uma vez repito: dos inúmeros “pais da Igreja”, somente 77 opinaram a respeito do assunto de Mateus 16:18, sendo que 44 reconheceram ser a FÉ DE PEDRO a rocha, 16 deles julgaram ser o próprio Cristo e somente 17 concordaram com a tese vaticana. Nenhum deles afirmavam a infalibilidade de Pedro e tão pouco o tinham como papa.
Para provar que tal interpretação não é unânime, observe como Orígenes interpreta esta passagem: “Jesus responde com estas palavras à confissão de Pedro: este torna-se a pedra sobre a qual será fundada a Igreja porque exprimiu a Fé verdadeira na divindade de Cristo. Se nós dissermos também: ‘Tu és o Cristo, Filho de Deus Vivo’, então tornamo-nos também Pedro (…) porque quem quer que seja que se una a Cristo torna-se pedra. Cristo daria as chaves do Reino apenas a Pedro, enquanto as outras pessoas abençoadas não as poderiam receber?”
Conclusão: A história nega suas assertivas.
Primado de Roma:
Mais uma vez, falácia do apelo à autoridade diante de casos em que não existe convergência entre os chamados “pais da Igreja” neste assunto específico do primado de Roma (como você insiste em falácias, hein?! Umas aulas de lógica e argumentação não lhe fariam mal). E, cá entre nós, a história não confirma em momento algum a estada de Pedro em Roma, como a “tradição” afirma. Quero apenas lembrar que, até a segunda metade do segundo século, NENHUM DOCUMENTO afirmava notadamente a estada e o martírio de Pedro em Roma. Observe: NENHUM! Assim, toda a sua argumentação cai por terra!
Quanto à “tradição apostólica”, pergunto: baseado em qual parte das Escrituras você sustenta esta conclusão? A promessa de Jesus em preservar a sua Igreja não sustenta, de maneira alguma, a sucessão apostólica. Sua afirmativa é, logicamente, INVÁLIDA.
Muito teria a responder diante de imensos equívocos históricos, bíblicos e lógicos que cometes à exaustão, mas o tempo é curto. Só queria acrescentar algo: o artigo do pastor Nicodemus concorda com o cristianismo histórico E bíblico (o que é mais importante, né?!).
Sola Fide et Sola Scriptura.
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ResponderExcluirEssa promessa Vagner Lira dita por Jesus seria para a Icar? Queria que me mostrasse algum embasamento bíblico e histórico que ateste isso.
ExcluirAcho o Nicodemus muito bom, preparadíssimo mas a abordagem destoa da perspectiva de Lucas nos 12 primeiros capítulos da narrativa da história da Igreja Primitiva. Pedro é a figura principal entre os apóstolos. Ele não só fez a primeira proclamação oficial aos judeus em Jerusalém no dia de Pentecoste como também foi o primeiro a apresentar o evangelho aos gentios com sua pregação na casa de Cornélio.
ResponderExcluirNão obstante, no que tange ao conceito hierárquico e autoritário que aparecia na Igreja Católica Romana medieval, não se observa realmente, nos relatos das atividades de Pedro no Novo Testamento nenhum traço do mencionado conceito de hierarquia.
Rev. Augustus, a idolatria dos católicos é demais... Me sinto honrado por fazer parte da Igreja Presbiteriana do Brasil, bem como tê-lo como líder, instruidor, belo referencial, como foi meu avô Pedro Bezerra Cavalcanti, Presbítero da Igreja Presbiteriana da Boa Vista, da PIPR, exemplo de servo do Senhor, em humildade em vida santa, em transmissão do evangelho. Assim como tantos outros nomes como Presbítero Josimar Henrique, Presbítero Eudes Horst, Presbítero David Mattos, Rev. Benedido Mattos, Rev. Paulo Brasil, é realmente uma bênção muito grande fazer parte desse Corpo que busca verdadeiramente a face do Senhor e não a imagem alguma de semelhança do que há na Terra, debaixo da terra, no mar... Ele não tomará por inocente os que tropeçaram na Pedra angular, a saber Jesus Cristo o nosso único Rei. Fiquei com a impressão que o Papa bento ficou com receio de permanecer no "trono", como grande intérprete que é saiu enquanto havia tempo.
ResponderExcluirUm abraço caloroso,
Pedrinho
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ExcluirVagner Lira, é estranho você fundamentar que 'as portas do inferno' não prevaleceriam contra a instituição 'Igreja Católica Apostólica Romana'.
ResponderExcluirFazendo isso:
1- Você particulariza o corpo de Cristo, usando o mesmo argumento falacioso de que 'só há salvação na igreja romana'. As portas do inferno não prevalecerão sim, mas contra o CORPO DE CRISTO.
2- Em fatos históricos é um argumento tão falacioso quanto o próprio Cefas ser o papa, pois gostaria que você me explicasse os dois cismas sofridos pela igreja, o do Oriente e do Ocidente... A fundação de outro papado em Constantinopla, o pseudo-sequestro papal para a França...
Se o seu argumento é institucional e histórico, nós concluímos então que por essa lógica a igreja romana não seria a citada no trecho das 'portas do inferno', caso contrário elas já teriam prevalecido.
Sola Scriptura.
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ExcluirEssa questão mostra a maior contribuição que a Reforma deu para os Cristãos. Ela retirou a autoridade espiritual que estava nas mãos de homens falíveis, muitos deles com um péssimo proceder que em nada se identificaria com o Cristianismo, e transferiu para as escrituras. Assim, ninguém é infalível, a última palavra sempre estará na Bíblia. É uma pena que a idolatria esteja tão enraizada na fé católica. É impressionante como nos mínimos detalhes, percebe-se a tendência de dar a glória exclusiva de Deus a homens falíveis, pecadores, tão necessitados da glória quanto qualquer um de nós.
ResponderExcluirCaro Vagner Lira,
ResponderExcluirJesus diz em João 8:32, "conhecereis a verdade e a verdade os libertará".
A palavra verdade deste versículo (aletheia) é a mesma usada em João 14:6 ("Eu sou o caminho, a verdade e a vida").
Só conhecendo a Jesus e a Sua Palavra, poderemos obter discernimento espiritual para ver os caminhos que trilhamos.
Adicionalmente, recomendo que você leia a Declaração 424 do Catecismo da Igreja Católica, visto que ele diz que a famosa declaração de Jesus em Mateus 16:18 se refere à verdade "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo."
Para abreviar o tempo, reproduzo aqui o texto ipsis litteris: "424. Movidos pela graça do Espírito Santo e atraídos pelo Pai, cremos e confessamos acerca de Jesus: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16,16). Foi sobre a rocha desta fé, confessada por São Pedro, que Cristo construiu sua Igreja."
O Senhor conceda entendimento a todos nós e que a Sua verdade prevaleça sobre nossas convicções, pois o importante é que Ele cresça e nós diminuamos (João 3:30).
Deus o abençoe.
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ResponderExcluirCaro Augustus,
ResponderExcluirPrimeiro: Excelente texto. Que Deus continue sem sendo glorificado pelo teu trabalho.
Segundo: Você me dá permissão para usá-lo no boletim da Igreja (com os devidos créditos)?
Abraços
Fôlton
Vagner Lira
ResponderExcluirFaço questão de colocar a confissão e aqui e espero que o snehor me mostre onde ela afirma que somente a IPB salva,no aguardo.
http://www.monergismo.com/textos/credos/cfw.htm
Vagner Lira
ResponderExcluirQue eu saiba,a Confissão de Fé não está no mesmo nível da Escritura Sagrada, ficando sempre subordinada a esta.
Se pudesse me mostrar algum cristão que afirma que a Confissão está em pé de igualdade com as Sagradas Escrituras seu argumento ai sim teria válidade.
Vágner Lira,
ResponderExcluirSegue abaixo um trecho do capítulo 25 da CFW:
"I. A Igreja Católica ou Universal, que é invisível, consta do número total dos eleitos que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo, seu cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todas as coisas.
Ref.: Ef. 1: 10, 22-23; Col. 1: 18.
II. A Igreja Visível, que também é católica ou universal sob o Evangelho (não sendo restrita a uma nação, como antes sob a Lei) consta de todos aqueles que pelo mundo inteiro professam a verdadeira religião, juntamente com seus filhos; é o Reino do Senhor Jesus, a casa e família de Deus, fora da qual não há possibilidade ordinária de salvação.
Ref.: I Cor. 1:2, e 12:12-13,; Sal .2:8; I Cor. 7 :14; At. 2:39; Gen. 17:7; Rom. 9:16; Mat. 13:3 Col. 1:13; Ef. 2:19, e 3:15; Mat. 10:32-33; At. 2:47."
Pergunta: onde a CFW afirma que somente a IPB salva?
Meu caro, você foi pego na MENTIRA! E mentira, meu irmão, tem perna curna e é obra do diabo.
Graça e Paz.
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ExcluirVagner Lira
ExcluirFugiu totalmente do escopo do assunto, o caso em suma foi demonstrar que na Confissão relata que somente a IPB salva.
Foi anexado tal confissão que por meio desta foi desmascarado seu argumento.
A verdadeira religião é a que aceita Jesus como único caminho para salvação sem interlocutores ou mediadores,que segue a vontade de Deus por meio da sua palavra e não por acrescimos ao pé de igualdade e veracidade frente a esta.
Presbiteriana é uma denominação como outras(No sentido da Batista,Congregacional)e não uma religião.
Eu disse em cima que a confissão nunca foi e nunca será infálivel,nossa única regra de fé seria as escrituras.
Por favor caro Vagner,se atenha ao estudo abordado pelo referido pastor,mostre quais seriam os possíveis erros e aproveite evite usar o argumento da autoridade(muito obsoleto).
Boa tarde, irmãos.A Graça do Senhor esteja convosco.
ResponderExcluirA seitas e os movimentos contraditórios, tem um ponto particular entre eles :professam que somente alguém que se sujeitem as suas doutrinas e dogmas,é condição "sine qua non "para que se obtenha a salvação eterna pos morte ; A lista é imensa e o CAtolicismo Romano, mestre e 'ma~e das seitas"encabeça a lista por agregar não so este absurdo, como também adotar outras heresias em seus dogmas ,como a intercessão de mortos, salvação pelas obras, rejeição da Biblia como unica regra de fé e pratica cristã.OS mormons, adventistas , Adeptos da CCB ,e outras religiões estao nesta empreitada.O leitor catolico andou em circulos e não provou nada atestando que a Igreja PResbiteriana adota esta prática doutrinaria.Obio que nao.O Crente que examina a Biblia nunca cai numa rede e seitas como o romanismo .A salvação das almas não estão restritas a enominações.jesus é a salvação .Aorda catolico.A Babilonia esta caindo.SAI DELA>
Com todo respeito às demais opiniões, mas o legado que o Messias nos deixa é uma doutrina, calcada no supremo mandamento: "Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo" (João 15:12) e "...Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mt.18:20). As religiões, do latim: "religare", são criações da ingerência do homem, usando a Palavra de Deus na contramão do objetivo de Cristo, promovendo o sectarismo religioso como somos adoestados em Gálatas 5:15 “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede não vos consumais uns aos outros.” Outro grande alerta está em Lucas 6:37-38 “Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados. Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos deitarão no regaço; porque com a mesma medida com que medis, vos medirão a vós.” A todo instante Cristo nos exorta a UNIFICAR PELO PERDÃO, PELO AMOR. Não se esqueçam: "...Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles" (Mt.18:20) - Fiquem na paz!
ResponderExcluirDonizete Santos,
ResponderExcluirII JOÃO 1
10 Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis
essa não é a orientação bíblica quando a sã doutrina esta em cheque.