Hoje ouvi um renomado pastor falar que "para nós, cristãos, a verdade é uma Pessoa e não um conceito". Ele certamente está se baseando na declaração de Jesus "eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai senão por mim" (Jo 14:6) e usando-a para questionar a validade de declarações teológicas acerca de Deus, de Cristo, da salvação, etc. É o velho argumento de que o Cristianismo é uma relação com Deus e não um conjunto de declarações teológicas ou proposições doutrinárias.
Então, tá.
Eu concordo que o Cristianismo não pode ser reduzido a um conjunto de conceitos teológicos em detrimento da busca de um relacionamento pessoal e significativo com Deus mediante Jesus Cristo. Mas será que temos que excluir uma coisa em favor da outra?
O que é a declaração deste pastor, "a verdade é uma Pessoa e não um conceito," senão um conceito em si mesma? Se ele está dizendo a verdade, como acha que está, então a verdade é conceitual também. Ou não?
O próprio Jesus usou um conceito ou uma proposição ao dizer "eu sou o caminho, a verdade e a vida." Se isto aqui não for a verdade sob a forma de um conceito, o que mais será? Além do mais, se eu perguntasse ao ilustre pastor, "Tá. Mas, quem é Jesus, então?" - ele só poderia me responder a verdade usando conceitos, declarações, proposições, sentenças de sentido teológico.
Ah, outra coisa: se eu quiser conhecer esta Pessoa, que é a verdade, onde vou encontrá-la, como posso conhecê-la? Resposta: num livro, recheado de conceitos, na forma de declarações, afirmações, depoimentos, testemunhos e revelações, que é a Bíblia.
Esta raiva que determinados liberais têm contra a ideia de que existe verdade absoluta e que a mesma pode ser entendia e transmitida mediante conceitos, argumentos, declarações e proposições chega ao ponto de quererem separar Jesus do registro que foi feito dele pelos seus próprios apóstolos, a mando e orientação do próprio Jesus.
Boa tarde.
ResponderExcluirTambém ouvi essa afirmação e acredito que tenha sido da mesma pessoa.
Respeito muito esse pastor e o amo em Cristo, mas acho tal ideia muito perigosa, propondo um rompimento com a tradição histórica do cristianismo e abrindo as portas do imaginário para todo tipo de especulação!
" A igreja não estava fundamentada em um livro: seu fundamento era uma pessoa, Jesus Cristo, crucificado sob Pôncio Pilatos, ressuscitado dos mortos por Deus e reconhecido por seus seguidores como Senhor dos senhores"
ResponderExcluir( F.F. Bruce, O Cânon das Escrituras,São Paulo: Edit. Hagnos, 2011, pag,51)
Como é que a igreja primitiva estaria fundamentada em um livro, se o Cânon só foi oficialmente completado no ano 393, no Concílio de Hipona? me explique aí reverendo.
Adeilton,
ResponderExcluirA declaração de F. F. Bruce é completamente furada. O próprio Jesus ao definir sua pessoa e sua missão fazia referências constantes ao livro conhecido como Escrituras. Na verdade, ao final de seu ministério, antes de subir aos céus, ele reuniu os seus discípulos para as instruções finais e lhes disse: "São estas as palavras que eu vos falei, estando ainda convosco: importava se cumprisse tudo o que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então, lhes abriu o entendimento para compreenderem as Escrituras; e lhes disse: Assim está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém. (Luk 24:44-47 ARA).
É inegável que os escritos dos primeiros cristãos apelam constantemente para as Escrituras quando expõem a pessoa e a obra de Cristo. Cito apenas um trecho de Paulo, em que ele resume o Evangelho assim: "Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras". (1Co 15:3-4 ARA)
Dizer que a Igreja não estava fundamentada nos escritos do Antigo Testamento é um erro crasso de um exegeta tão proeminente como F.F. Bruce. Mas, ninguém é infalível, certo? É verdade que a vinda de Cristo e seu ministério são o ponto de partida para se entender as Escrituras, mas isto não significa negá-las ou rejeitá-las.
Abraços.
Ademais, Jesus diz em Mateus 22:29 ´Errais, não conhecendo as Escrituras, nem o poder de Deus
ResponderExcluirEstranho dizer que a obra de um estudioso é uma "furada", um chanceler da Universidade Mackenzie simplesmente descartando uma mente brilhante com F. F. Bruce. Vamos ver uma rápida biografia dele: F.F. Bruce (1910 - 1990) nasceu em Elgin, Moray, na Escócia, e foi educado na Universidade de Aberdeen, Cambridge University e na Universidade de Viena. Depois de ensinar grego por vários anos primeiro na Universidade de Edimburgo e, em seguida, na Universidade de Leeds tornou-se chefe do Departamento de História e Literatura Bíblica na Universidade de Sheffield em 1947. Em 1959, mudou-se para a Universidade de Manchester, onde se tornou professor de crítica bíblica e Exegese. Em sua carreira, escreveu cerca de trinta e três livros, e atuou como editor dos periódicos trimestrais The Evangelical Quarterly e Palestina Exploration Quarterly . O Professor F.F. Bruce se aposentou em 1978.
ResponderExcluirPorque se faz da Bíblia um ídolo e a adora, desprezando todas as verdades que ela ensina e não apenas interpretações.
ResponderExcluirSão Paulo teve razão quando escreveu aos Romanos (Rm 1,21,22): "Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus... antes se desvaneceram. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos".
Caríssimo Augustus Nicodemos,
ResponderExcluirPor que não revelar o nome e o contexto de origem da fala? Creio que ajudaria os leitores do Blog a avaliarem melhor as posições defendidas.
Petronio Borges.
www.pastorcomciencia.com.br
Vagner Lira,
ResponderExcluirO que tem a minha função na Universidade a ver com esta discussão aqui? Este tipo de argumentação tem a intenção de me desqualificar logo de saída e é típico de pessoas que não sabem dialogar ou argumentar com base na verdade.
Dr. Bruce é um dos maiores exegetas dentro do campo evangélico, mas isto não significa que ele é infalível, inerrante e autoritativo. E no caso presente, se a atribuição está correta, ele errou mesmo. Como outros exegetas de mesmo peso ou maior também erram.
Por que em vez de levantar o currículo de Bruce e querer vencer usando o argumento da autoridade você não responde ao meu argumento e às evidências que eu dei de que a igreja cristã estava sim se apoiando num livro, as escrituras do Antigo Testamento?
Currículo por currículo, eu poderia citar aqui o currículo de Don A. Carson, Douglas Moo, Leon Morris e dezenas de outros estudiosos que discordam de Bruce.
Sua resposta, que não respondeu nada, só confirma o que eu escrevi no post.
Vagner Lira,
ResponderExcluirhahahaha, você deve estar de brincadeira!
Você diz que se adora a Bíblia e em seguida faz uma citação da Bíblia para apoiar sua declaração!!!
É um claro exemplo de uma argumentação que se auto-destrói...
Reverendo você ouviu a fala do Papa em que o mesmo afirma que "somente cabe a igreja a interpretação da biblia"?
ResponderExcluirVoltemos a idade média só que atualmente exustem vários Luteros kakakka.
Vejamos quando o reverendo fala: ninguém é infalível, mostrando que todos podemos ter equívocos. F.F Bruce é um excelente teólogo, mas como é normal, mar que tem seus erros teológicos. O que o reverendo está combatendo concordo plenamente, pois estamos diante não somente de uma praga na igreja brasileira, que se chama teologia da prosperidade, mas outra praga difundido por Caio Fábio, que esta muito próxima da neo-ortodoxia, mas podemos chamar de neo-liberalismo.
ResponderExcluirReverendo o seu texto é muito claro.
Reverendo gostaria de ver o seu posicionamento sobre o caso marco Feliciano e os ativistas gays. Sei que anos atrás o senhor foi motivo de protesto no makhenzi
ResponderExcluirDaniel,
ResponderExcluirÉ um assunto bastante complexo e complicado. Por um lado, estou de acordo com o deputado Marco Feliciano e todos os demais parlamentares quando se opõem às tentativas de se implantar no Brasil leis que cerceiam a liberdade religiosa e de expressão. Por outro, discordo do pastor Marco Feliciano em muitas de suas posturas teológicas e da maneira como ele as expressa.
Nesta infeliz dicotomia, defender o deputado é inevitavelmente visto como defender o pastor e criticar o pastor é visto como criticar o deputado. Beco sem saída.
Este dilema - e outros similares - para os evangélicos talvez pudesse ter sido evitado se seguíssemos o princípio de que todo pastor que se elegesse a um cargo político deveria renunciar ao seu cargo pastoral para evitar que problemas na sua área de atuação política respinguem na função eclesiástica e na Igreja evangélica.
É o que tenho pensado sobre este assunto, ainda sem conclusões definitivas.
Um abraço.
Bom, sobre o texto, eu diria que a Verdade é um conceito se visto como o senhor a coloca, pelos motivos descritos, porém não vejo que isto nega a verdade de que a Verdade é uma pessoa, já que o conceito é este, de que a Verdade é a própria Pessoa de Jesus.
ResponderExcluirAssim, o conceito é de que a Verdade é uma Pessoa.
Boa tarde,
Em Cristo,
Felipe Wagner
Prezado Reverendo, em nenhum momento tive a intenção de desqualifica-lo pois o acho um homem culto, embora tenha divergência de opinião contigo, não me pronunciei sobre seu artigo, apenas achei deselegante a forma de se pronunciar como uma "furada" sobre F.F.Bruce e quis aos leitores do blog e comentários mostrar quem foi este senhor. No meu segundo post citei sobre a bibliolatria, mas não desqualifiquei a Biblia,, tanto que menciono sobre as verdades que ela ensina, entre elas, a verdade de RM 1, 21-22. O que contesto apenas é as milhares de interpretações dadas pelas milhares de igrejas ou denominações evangélicas que eu costumo chamar de política do abandono (se não concordo, abandono e abro outra), como fez James Wright e tantos outros.
ResponderExcluirAbraço.
Respondendo ao outro Post, o do Sr. Daniel, fica minha sugestão para conhecer melhor Lutero e seus pensamentos em livros escritos pelo próprio denominados: "os Judeus e suas mentiras" e também "conversas sobre a mesa". Você irá se surpreender com o que deixaram de lhe ensinar ou a falta de curiosidade de aprender. Fica a sugestão para que leia, depois daqueles, também "MY Kampf" de Adolph Hitler, e verá de onde veio a inspiração para o holocausto.
ResponderExcluirBoa leitura e surpresas. (Espero que esta seja publicada democraticamente)
Vagner,
ResponderExcluirDeselegância não se corrige com ataques ad-homini como o que você fez. E quem acha que os protestantes cometem bibliolatria demonstra ignorância igual ou maior do que a que você atribui a Daniel, quanto a Lutero. E por fim, por causa de sua ironia e sarcasmo, não publicarei seu último comentário até porque aqui não é uma democracia.
Sem a bíblia não conhecemos a Deus, sem a bíblia não podemos adorar a Deus, sem a bíblia não conheceremos o dom gratuito Deus que foi entregar o teu único filho por nos (Jo3.16).
ResponderExcluirO meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento(Os 4.6a) Então conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR; a sua saída, como a alva, é certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.Porque eu quero a misericórdia, e não o sacrifício; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos. (Os 6.3,6)
ResponderExcluirSó tenho a dizer que só através das Sagradas escrituras podemos conhecer a Deus. há so mais uma coisa que a amada Escritura Sagrada diz:
E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas o mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes. Aquele que diz que está nele, também deve andar como ele andou. (1Jo 2.3-6). Precisamos viver esta verdade!
Comentários um tanto quanto acalorados...
ResponderExcluirEu concordo com o Rev. Augustus Nicodemus, este pastor que afirmou que " a verdade é uma Pessoa e não um conceito" está totalmente equivocado, pois sua própria afirmativa é um conceito.
Certamente ele tente minar de fato a autoridade da palavra de Deus.
Todo cristão crê que a bíblia é inerrante e infalível. Pois o próprio Senhor Jesus nos ensina que a palvra de Deus é a verdade: "a tua palavra é a verdade."(Joao 17.17b ARA)
E para quem quiser dizer: "Ah...mas Jesus disse que a palavra de Deus é a verdade e não a bíblia."
Permita-me discordar, mas, como o próprio apóstolo Paulo (inspirado pelo Espirito Santo) diz: " Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra." (2Timóteo 3.16,17 ARA)
Fica claro, então, que a palvra de Deus é a verdade e que toda, que quiser "toda" mesmo, Escritura é inspirada por Deus para ensinar ao homem de Deus seja perfeito e habilitado para toda boa obra. Conclui-se que toda Escritura é verdadeira, pois provém de Deus.
Em Cristo,
Danilo Costa
Apesar de ser uma frase fora de um contexto, oque não é adequado fazer uma analise isolada de uma frase fora do seu contexto. Eu não vejo nenhum problema na declaração de que "a verdade é uma Pessoa e não um conceito" o senhor mesmo colocou que concorda que o Cristianismo não pode ser reduzido a um conjunto de conceitos teológicos (doutrinas) em detrimento de um relacionamento pessoal (vida) com Deus. Jesus quando passava seus ensinamentos usava parábolas que espelham a vida, que é relacionamento, e podem ser interpretados de diversas maneiras. Ele vivia de acordo com os conceitos da Lei, porém ele relativizava a Lei em favor da Vida.
ResponderExcluirEsta frase, deste pastor, não está excluindo uma coisa em favor da outra, só coloca a Vida acima das leis e conceitos. Não precisamos excluir os conceitos e doutrinas, porém estes devem servir a Vida e não o contrario. A Bíblia também deve servir a Vida, e não ser uma manual de regras e conceitos a serem seguidos rigidamente.
Por isso, o problema não é ser contra a ideia de existir uma verdade absoluta. É que ninguém é capaz de conhecer uma verdade absoluta, cada situação na vida precisa ser analisada, não existe uma formula para tudo.
É isso que esta frase, apesar de fora do seu contexto, transmite. Independente da frase ser um conceito em si, ela submete este conceito a Vida.
Penso que se o sujeito que falou essa frase tivesse dito algo como:
ResponderExcluir"A verdade é uma pessoa.(ponto)"
talvez teria causado menos estrago pois não teria deixado implícita esta falsa ideia de que "pessoa" e "conceito" são coisas necessariamente antagônicas entre si.
Agora tristeza mesmo é ver que existem pessoas lançando mão de termos tão desafortunados como "bibliolatria". Sinceramente, chegou a me dar um embrulho no estômago quando li essa palavra.
É como se o uso da Bíblia como exclusivo referencial de verdade pudesse ser comparado à adoração de algum ídolo.
Daqui a pouco vão começar a por a Santa Palavra do SENHOR em pé de igualdade com Baal, Astarote, os bezerros de ouro ou o panteão de ídolos do Romanismo Papista.
Lastimável!
poucos de nós tenham empreendido a jornada de fé cruzando o abismo entre o conhecimento e a experiência. Preferimos ler o mapa a visitar o lugar. O fantasma de nossa verdadeira incredulidade nos persuade de que não é a experiencia que é real, mas nossa explicação da experiência. Nossas crenças — aquilo que William Blake chamava de "algemas forjadas pela mente" — nos distanciam do domínio da experiência pessoal.
ResponderExcluirBrennan Manning
gustavo thomsen, já ouvi essa argumentação sobre a vida em detrimento da verdade. eu sei que parece boa, mas na verdade é preciso pensar sobre isso. Pois Jesus nunca desvinculou a vida da verdade. e, diferente do que vc afirma, o próprio Jesus nega a relativização da lei. Ele desrespeita a interpretação dos rabinos judeus de sua época, mas, como Deus que é, Ele dá à Lei o seu real significado. Portanto, não é relativização, antes a mais completa absolutização, mas dentro do parametro de Deus e dentro do significado que a escritura dá à lei, de aio, tutor, enfim.
ResponderExcluirNa verdade, eu creio que o Senhor Jesus vincula de forma absoluta a verdade e a vida, isso quando reune em si mesmo essas duas esferas da realidade (ao que se soma o caminho). Ademais ele vincula a verdade com a liberdade, pois diz "e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Portanto é impossível ter vida na mentira, ou ser livre na mentira.
Ademais disso, creio que nicodemus neste post quis proteger a revelação proposicional de Deus, e não negar a encarnação do verbo. As duas idéias se encaixam na revelação de Deus, e uma não nega a outra. A verdade é Jesus, e nós conhecemos Jesus primeiro através da revelação proposicional, o que nos permite ter um relacionamento pessoal com Ele.
Se me permite a intromissão, eu me questiono como os que declaram tais coisas se relacionam com a ordem de ensinando aos discípulos a guardar todas as coisas que Jesus nos ordenou (cf. Mateus 28:20). Se a ordem de Cristo é que ensinemos tudo aquilo que Ele manda, parece óbvio que isto implica que nossa missão é de explicar, instruir e transmitir conteúdo a respeito das ordens de Cristo, a fim de que o convertido compreenda os mandamentos do Senhor. Como não ver que nossa missão esta intimamente ligada com a comunicação de verdades proposicionais? Parece que Lewis Munford estava correto: a era moderna se especializou no rebaixamento da linguagem. Uma pena que esta praga tenha invadido também o pensamento da igreja.
ResponderExcluirGrande abraço.
Frases assim" a verdade é uma Pessoa e não um conceito" é tipica da coleção dos enamorados do liberalismo, com o qual perigosamente já flertei. Embora tais frases tenham muitas vezes sido escritas por cristãos sinceramente equivocados,outras não e trazem em sí só aparência de piedade quando na realidade o que querem é desconstruir as bases de nossa fé conforme ensinada pela escritura,Jesus, apóstolos e primeiros cristãos. Muitas delas já pegaram e parecem definir os desigrejados, decepcionados, insubmissos a autoridade da igreja enfim os diversos grupos dissidentes da são doutrina, frases como "eu não preciso de teologia ou (igreja) eu preciso é de Jesus" já é o lema de muitos. Li aqui mesmo em algum dos seus textos sobre liberalismo que o problema de se desconstruir algo é que depois outro algo(conceito) vai ser reconstruído no lugar e tenho muito medo do que tem sido construído no lugar dos fundamentos outrora firmados em base solida. Abraço sempre muito interessada em sua opinião e interpretação bíblica
ResponderExcluirDani Lima
Prezado Wagner Lira,
ResponderExcluirVocê está precisando rever seus conceitos de argumentação. Seu argumento em defesa da "mente brilhante" F.F. Bruce contra o Dr Augustus Dicodemus não é um argumento válido.
Não prova nada. Não desqualifica o argumento do Dr Nicodemus. É um apelo à reputação, é apenas uma falácia: Magister Dixit.
Veja mais em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Magister_dixit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Argumentum_ad_verecundiam
Irmãos separados, não vale a pena discutir sobre idolatria ensinada erradamente por pastores evangélicos dogmatizados ou bibliolatria como argumentos, pois a Biblia catolica e protestante é a mesma, exceto pelos sete livros deuterocanonicos ausentes indevidamente. Sei que haverá o dia em que, indubitavelmente, vocês retornarão para igreja fundada por Jesus Cristo há quase 2000 anos. Sei, erros existem, pois são homens que a lideram na terra. Mas qual não há? Pois todos sabemos que as milhares de denominações evangélicas foram fundadas por homens de 500 anos para cá. Contra isso não há nenhuma refutação. Aguardaremos ansiosos pela comunhão cristã e alguns passos neste sentido já são vistos, como exemplo a reciprocidade do aceite do batismo na igreja presbiteriana dos USA com a católica, o ecumenismo da igreja luterana e da presbiteriana unida no Brasil. Continuamos aguardando-os de braços abertos e esse dia vai chegar, não duvidem disso. Na graça de Deus
ResponderExcluirSe houver alguma dúvida que o ecumenismo é o caminho, Consulte os sites abaixo e vejam como já há dialogo:
http://noticias.gospelmais.com.br/acordo-evangelicos-reconhecam-batismos-catolicos-49178.html
CESE - www.cese.org.br
CONIC - www.conic.org.br
Luccas, minha argumentação não coloca em detrimento a verdade, eu não estou desvinculando a vida da verdade, apenas acredito que a verdade tem que ser vista a luz da vida. Esta busca incansável por uma verdade absoluta traz prejuízos a vida. Se você tomar uma interpretação ou um conceito que você faz da verdade como absoluto, você corre o risco de deixar alguém perder a vida em um sabado porque ele precisa ser guardado. Por isso eu digo que Jesus relativizava a lei, ou como você disse melhor, ele relativizava a interpretação dada a lei, dando a lei o seu real significado que é servir a vida. As leis existem para proteger a vida. E quando digo vida, não um é um simples conceito de vida, é vivencia. Qualquer lei, conceito deve ser relativizado de acordo com a situação, por exemplo, minta ou seja espancado pelo pai, roube um pão ou veja seu filho morrer de fome, mate ou deixe sua esposa ser morta. As situações de vivencia não cabem em um conceito de verdade fechado, eles cabem na vida de uma Pessoa baseada no amor. Acredito que esta frase não negue doutrinas, conceitos, ela simplesmente não os escreve em uma pedra e bate na cabeça das pessoas cada vez que elas precisam pensar e viver diferente.
ResponderExcluirPor isso, creio que este post quer simplesmente desmoralizar alguém com uma ideia diferente e quem simpatiza com essa ideia, sem um dialogo com argumentos justos.
"já ouvi essa argumentação sobre a vida em detrimento da verdade."
ResponderExcluirEu também, Luccas Andrade. Especialmente de um tal de Friedrich Nietzsche. Ele gostava de chamar o Cristianismo de "platonismo para o povo" e achava essa mania de ficar buscando a verdade uma praga que arruína a vida. Pobre diabo!
Com relação a questão da relativização da lei, quem fazia isso eram os fariseus e não Cristo. É por isso que ele os chamava de hipócritas.
Um exemplo claro é o do apedrejamento da mulher adúltera em João 8. Segundo a lei, tanto a adúltera quanto o adúltero deveriam morrer (Levítico 20:10), mas os fariseus só levaram a mulher para ser condenada e deixaram o homem livre. Isso não é um exemplo claro de relativização da Lei? E quem o cometeu: Cristo ou os Fariseus a quem ele tanto criticou e chamou de hipócritas?
Um abraço...
gostei muito das respostas firmes e diretas o blog está de parabens valeu teras postagens Augustus nidodemus que o Senhor Deus te abençoe.
ResponderExcluirGostei muito deste artigo.tenho escutado muito sobre esta afirmação.Acredito que muitas vezes as pessoas afirmam que a verdade é uma Pessoa e não um conceito para esconder a grande falta de conhecimento doutrinário ou teológico que tem.A falta de conhecimento bíblico sobre a Pessoa de Jesus tem gerado muitos religiosos que afirmam este conceito errôneo e afirmam conhecer esta Pessoa(Jesus)baseado somente em experiencias pessoais que muitas vezes não tem respaldo bíblico.
ResponderExcluirGraça e paz... UFA!!! Assustei agora Rev. Augustus Nicodemus Lopes, estava lendo uma obra de um também renomado pastor e por confundir as frases achei que fosse logo este... Então depois de uma repassada novamente no livro notei que as frases eram diferentes:
ResponderExcluir"Nós, cristãos, cremos em verdades absolutas. Defendemos verdades absolutas. Jesus é a Verdade. Sua Palavra é a verdade."
Que susto!!
Até mais meu amado,
Em oração,
Paulo Henrique Rocha.
Ubiratan - Creio naquilo que foi dito por Jesus: "Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam; 40 E não quereis vir a mim para terdes vida". A Palavra e a Vida, a ausência de qualquer uma delas invalida a salvação.
ResponderExcluirAdriana,
ResponderExcluir"Irmãos separados, não vale a pena discutir sobre idolatria ensinada erradamente por pastores evangélicos dogmatizados"
Claro que vale. Idolatria é pecado que afronta a Deus. A adoração de imagens, de Maria e dos santos que se faz na Igreja católica é idolatria. A distinção doulia/latria é apenas semântica.
"ABiblia catolica e protestante é a mesma, exceto pelos sete livros deuterocanonicos ausentes indevidamente".
Ao contrário, estes livros nunca deveriam estar no cânon. Além de ensinarem coisas contrárias à Bíblia, nunca foram aceitos pelos judeus, foram escritos em grego e não hebraico e sistematicamente rejeitados das listas do canon elaboradas durante os primeiros séculos.
"Sei que haverá o dia em que, indubitavelmente, vocês retornarão para igreja fundada por Jesus Cristo há quase 2000 anos".
Não voltaremos pois nunca saimos dela. Quem saiu foi a Igreja Católica à medida que foi se desviando do Evangelho simples e acrescentando doutrinas e práticas completamente erradas e sem base bíblica, como o papado, a adoração de Maria, o purgatório, os sacramentos, a mediação dos santos, só para mencionar umas poucas...
"Sei, erros existem, pois são homens que a lideram na terra. Mas qual não há? Pois todos sabemos que as milhares de denominações evangélicas foram fundadas por homens de 500 anos para cá. Contra isso não há nenhuma refutação".
Nem precisamos refutar. É o preço que pagamos pela liberdade de consciência. Prefiro isto a ficar cativo debaixo de um homem considerado infalível e sem possibilidade de examinar a Bíblia por mim mesmo e chegar às minhas conclusões.
Todas estas milhares de denominações protestantes têm mais união entre si do que as ordens católicas que vivem em guerra entre si. Para não falar dos movimentos dentro da própria Igreja Católica, como a teologia da libertação, movimento pela ordenação de mulheres, etc. etc. Não tem diferença alguma dos protestantes. A diferença é que esta pretensa unidade da igreja católica é artificial, mantida em torno do papa e do magistério católico. Prefiro a unidade que se baseia na Bíblia.
"Aguardaremos ansiosos pela comunhão cristã e alguns passos neste sentido já são vistos, como exemplo a reciprocidade do aceite do batismo na igreja presbiteriana dos USA com a católica, o ecumenismo da igreja luterana e da presbiteriana unida no Brasil. Continuamos aguardando-os de braços abertos e esse dia vai chegar, não duvidem disso".
Obrigado pelo convite, mas porque eu iria para uma igreja que está perdendo membros a olhos vistos? Cada dia vocês mais e mais pessoas saem da Igreja Católica e vão para as igrejas protestantes. Em 20 anos os evangélicos vão superar em número os católicos no Brasil. Nós é que estamos de braços abertos esperando você. Venha logo!
A idolatria à Letra, sob a forma moderna, a saber, aquilo a que alguns chamam "bibliolatria", é uma bandeira que tem sido levantada com força pelos seminaristas de orientação conservadora, especialmente batistas tradicionais e presbiterianos.
ResponderExcluirNão é por acaso que os adeptos de tais conceitos - "bibliolátricos" - sejam em sua maioria pertences a ciclos intelectuais, visto que seus argumentos estão quase sempre desvinculados do cotidiano, dos problemas sociais, das carências concretas de nosso tempo, mas tão somente preocupados com suas formas de filosofia, sua teologia, doutrinas, verdades absolutas, leis inquestionáveis, tradições, repetições e anacronismos. Em detrimento da simplicidade do Cristo vivo, cujo ministério consistiu antes no serviço que no juízo e antes no ensino revisado das escrituras que na sua recondução, adotam como princípio norteador de sua fé uma construção literária congelada, fechada e em certo aspecto estreita.
Assim é mais fácil, é claro. Guiar-se no mundo a partir de um manual fechado, de poucas páginas, apesar de suas complicações, é bem menos desafiador do que encarar a nossa própria responsabilidade em relação ao legado deixado por Cristo, nosso dever quanto à escrita da História e do Evangelho que não cessa.
Um evangelho interpretado ao conforto das quatro paredes e do ar-condicionado de seminários caríssimos não tem problemas em se manter engessado por séculos. Convém à tradição familiar patriarcal, à manutenção da ordem política e hierárquica vigente e à continuidade de injustiças, preconceitos e desigualdade a crença em um Jesus literário, limitado a verdades imutáveis e fatos passados.
Encarar a verdade, e a Cristo, como Pessoa e pessoa cuja voz não se limita a um livro e cujo Espírito não tem voz mecânica nem um vocabulário limitado - o qual não é, também, como se diz aqui no Ceará, um "disco enganchado" - é arriscado demais. Poderes estão em jogo, cargos, títulos, mercados e bibliotecas. Não temos tempo para isso. É mais fácil replicarmos o falatório e fingirmos lutar contra a vileza do mundo enquanto, na verdade, somos seus mantenedores omissos...
Karllo,
ResponderExcluirVamos lá:
"A idolatria à Letra, sob a forma moderna, a saber, aquilo a que alguns chamam "bibliolatria", é uma bandeira que tem sido levantada com força pelos seminaristas de orientação conservadora, especialmente batistas tradicionais e presbiterianos."
RepresentaçãO falsa e maliciosa dos que crêem que a Bíblia é a Palavra de Deus. Nenhum deles idolatra a Bíbia, não a adora e nem lhe dirige orações. Consideram-na como a Palavra infalível de Deus e por isto se curvam diante da autoridade do Deus que fala através dela. A acusação de bibliolatria é maliciosa e pejorativa e tem como alvo rotulação para já desqualificar os outros.
"Não é por acaso que os adeptos de tais conceitos - "bibliolátricos" - sejam em sua maioria pertences a ciclos intelectuais, visto que seus argumentos estão quase sempre desvinculados do cotidiano, dos problemas sociais, das carências concretas de nosso tempo, mas tão somente preocupados com suas formas de filosofia, sua teologia, doutrinas, verdades absolutas, leis inquestionáveis, tradições, repetições e anacronismos."
Demonstra a mais completa ignorância da realidade. OS pentecostais, que representam 80% dos evangélicos, acreditam que a Bíblia é a suprema Palavra de Deus e não podem ser considerados como pertencentes a circulos intelectuais. Além disto, foram os intelectuais como Kuyper que fundaram universidades, asilos, hospitais e escolas para ajudar os pobres, como Calvino em Genebra. Karllo, vá estudar história antes de vir dizer asneira aqui no blog.
"Em detrimento da simplicidade do Cristo vivo, cujo ministério consistiu antes no serviço que no juízo e antes no ensino revisado das escrituras que na sua recondução, adotam como princípio norteador de sua fé uma construção literária congelada, fechada e em certo aspecto estreita."
Que Cristo vivo? Quem é ele: Onde o encontramos? E como sabemos que ele está vivo? Resposta: somente na Bíblia, não é Karllo? E se vocÊ não a considerar infalível, como pode ter certeza que a declaração dela, de que Cristo ressuscitou e vive, está correta? Além de ignorante é incoerente.
Nem vou refutar o resto. É verborragia sem sentido, um misticismo sem fundamento que, seu eu fosse investigar, revelaria um teórico que não faz nada do que está dizendo aqui.
A impressão que tenho é que o Dr. Augustus Nicodemus ficou mais conhecido entre os Romanistas após o excelente texto que ele escreveu sobre o Papa ter circulado nas comunidades virtuais frequentadas pelos seguidores da Religião Romanista.
ResponderExcluirE, pelo visto, estão espumando de ódio contra a Fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos, pois mais uma vez eles insistem em se referir a Santa Palavra do Senhor Jesus Cristo com aquela terminologia nojenta e blasfema.
Lastimável!
como diria Paulo, "ate tem zelo mas o fazem sem entendimento." Tristezaz que me da de ver esse presbiterianismo morrendo e morrendo
ResponderExcluirHá alguns minutos atrás, acabei de ler a exposição de F. F. Bruce sobre Romanos 7. E, agora, li sua citação e os comentários que se seguiram. E tudo me soou estranho.
ResponderExcluirAcho que eu fiz o que todos que comentaram sobre o F. F. Bruce deveria ter feito: abri o livro referido e fui ler o Bruce.
A citação completa é:
"No princípio de sua existência, a igreja achou-se suprida de um livro, uma coleção de Escrituras Sagradas que herdara. A igreja não estava fundamentada em um livro: seu fundamento era uma pessoa, Jesus Cristo, crucificado sob Pôncio Pilatos, ressuscitados sobre os mortos por Deus e reconhecido por seus seguidores como Senhor dos senhores. Mas o livro testemunhava dele, e por essa função, seus seguidores o consideravam indispensável. Ao mesmo tempo, eles consideravam o registro de sua vida e ensino, sofrimento e triunfo como indispensável para o entendimento do livro."
E o livro segue desfazendo qualquer mau entendido a qualquer leitor que busque esclarecimento.
Portanto, reconsiderem.
E acho até que a citação "mais" completa responde a questão do tópico: soa circular, mas o "livro" legitima a Pessoa, e a Pessoa confirma o "livro".
Aproveitando, Prof. Augustus, nos indique bons livros na direção desse livro do Bruce.
Abs