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segunda-feira, abril 21, 2014

Marquez, Llosa e Amado

O que Gabriel Garcia Marquez, Mario Vargas Llosa e Jorge Amado têm em comum?

Várias coisas: um incrível talento para a narrativa, popularidade inconteste dos seus escritos, honrarias internacionais recebidas (ainda que, dos três, somente Jorge Amado não foi agraciado com o Prêmio Nobel) e uma apresentação precisa (permeada pelo fantástico) de realidades latino-americanas bem típicas. 

Os três mantiveram, também, namoro ou relações sérias com o totalitarismo de esquerda. As convicções comunistas de Amado, são sobejamento conhecidas; a amizade de Gabriel Garcia Marquez com o "democrata" Fidel e as defesas do regime de Cuba, são marcas de sua vida; e o Llosa, bem, ele tem ataques de lucidez e já expôs a face negra da esquerda - especialmente a orquestração e terrorismo desta sob a bandeira ambientalista; mas, ultimamente (dez. de 2013), teve recaídas sérias e encheu de elogios o governo uruguaio do ex-guerrilheiro Mujica, defendendo a legalização da maconha e o casamento gay.

Mas, essencialmente, o grande ponto que os une é que compartilham de uma visão amoral da humanidade: as mulheres são objetos para a satisfação dos machos latinos; a linguagem e os temas são chulos e rasteiros; a visão é hedonista e não baseada em absolutos éticos; não há consequências para a quebra de princípios e para a imoralidade. Características tristes para esses grandes heróis latinos.

3 comentários:

  1. Eu nunca saio deste blog sem ser tremendamente edificado! Parabéns pela precisão, clareza, objetividade, atualidade... Deus abençoe esse trabalho!

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  2. Caro Solano,

    Não há a menor dúvida de que concordo com você. Mas eu fiquei assustado com uma característica que a BBC mostrou no Gabriel (que não me surpreenderia se fosse comum aos outros): inventar notícias.

    Veja: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2014/04/140417_marquez_jornalismo_lk_mm.shtml

    Note, como escritor de ficção é o que se espera dele. Especialmente diante do estilo que é sua característica, mas como jornalista...


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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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