A prefeita (sim, o substantivo tem dois gêneros, presidente, não) homossexual da cidade de Houston, Texas, um dos estados mais conservadores dos EUA, em plena democracia, emitiu junto com a advocacia da cidade, ainda na fase preliminar de um processo, uma intimação para que 5 pastores da cidade entregassem comunicações internas das igrejas, incluindo sermões que citassem "prefeito", "homossexualidade", "referendo" e etc. Isso em meio a uma luta contra uma nova lei "anti-discriminação", aprovada pelo City Council . Diante da "grita geral" por toda a nação, os advogados mudaram a intimação e retiraram 'sermões', mas colocaram 'discursos' no local. A Aliança de Defesa da Liberdade entrou no caso.
O fato: Essa nova lei, chamada de HERO (Houston Equal Rights Ordinance - são 36 páginas) inclui muitos itens, entre eles, o que se destaca, em nome da não discriminação, o uso de banheiros pelos transgêneros de acordo com suas preferências (em todos os prédios públicos e empresas, excluindo alguns casos, como associações religiosas). Imagine a situação: o marmanjo vestido de mulher, em nome da não discriminação, tem o direito de entrar no banheiro que sua esposa e filhas estão usando.A realidade nua e crua, ou trasvestida, é essa.
Diante disso o "Conselho de Pastores" da cidade entrou com uma petição para que tal lei, aprovada pelo City Council (6 votos a 5!) seja trazida a voto popular (este é um mecanismo na lei dos EUA, semelhante a um plebiscito, requerido por demanda popular - lá é chamada de referendo - me perdoem os conhecedores profundos das leis por lá, se erro nos detalhes). Foram recolhidas as assinaturas mas os advogados da cidade afirmam que muitas assinaturas são invalidas por várias razões e o pedido foi indeferido.
Discordando da situação, o conselho entrou com uma demanda judicial contra a decisão e agora acontece a fase de descoberta do processo. É nesse estágio que as intimações foram expedidas. O problema é que há ai uma violação séria de direitos, e o imbróglio está feito!
A questão que se levanta é a seguinte: qual o intento das intimações? Duas podem ser as respostas, que, a meu ver, esbarram no mesmo problema: liberdade de expressão! Uma porque querem averiguar se os pastores influenciaram nas decisões e assinaturas dos membros das igrejas. O que se entende do debate, comunicados e mídias sociais é que se os pastores influenciaram na decisão das assinaturas dos fieis, não deveriam fazer isto. É isso mesmo? Líder religioso não pode ter opinião política ou não expressá-la? A outra, pura intimidação mesmo. Assim como querem no Brasil, nos EUA já existem leis famigeradas, semelhantes ao PLC 122. Este pedido não passaria de um ato intimidador, digno de uma ditadura. E qual a razão de não se querer que a questão chegue a voto popular? Porque, quase certo, iriam perder, como já aconteceu em duas vezes anteriores, quando leis de teor semelhante foram submetidas ao voto popular. Mas, neste caso, quem se importa com o que a população quer? Vale o voto da minoria engajada que, em nome de seus direitos, quer tirar o direito dos demais. E tem mais, depois do imbróglio feito, isto vira guerra religiosa, colocando a população em geral, contra os religiosos, tática que é usada o tempo inteiro na politica brasileira. A proposta no Brasil ainda torna-se mais perigosa, pois, por decreto da presidência (ou seria presidância?) da república, uma questão como essa passaria por um "conselho popular", totalmente aparelhado, legitimando o ato e o discurso. Já vejo até a frase de efeito: "isto foi amplamente debatido nos conselhos populares, que representam a população por meio dos interessados".
Agora, pensemos: com projetos de lei como o infame PLC 122 (o movimento tem até um site que lista os amigos e inimigos), quão rapidamente estariam investigando pregações e entrando na justiça contra pastores, padres e outros religiosos de origem conservadora que acreditam que a homossexualidade é pecado? Se hoje o processo de intimidação já é presente, imagine depois! Por sinal, estes pastores podem acabar na cadeia, e isto delicia a muitos anti-religiosos! Espero os comentários raivosos, mas não garanto que os publicarei, até que uma lei me obrigue e a intimidação comece!
Para pesquisar direto na rede, digite Houston, Mayor, Subpoenas e encontrará muitas fontes.
(http://time.com/3514166/houston-pastors-sermons-subpoenaed/)
Talvez seja esse, mais um sinal para que as lideranças das igrejas abram os olhos, para não serem pegas de surpresa, como foram os discípulos de Emaús. O Profeta verdadeiro não teme perseguições, nem morte, tampouco qualquer ameaça advinda desse sistema, que está com seus dias contados e definidos pelo Grande Rei. O verdadeiro Profeta revela à sua igreja, a realidade do contexto político, social e econômico em que vive sua nação e o mundo. O verdadeiro Profeta não se cala diante dos profetas hereges da pós-modernidade, nem os trata como amigos, ao contrário, os trata, da mesma forma em que Cristo tratou os hereges do sEu tempo. A impressão que fica é a de que a igreja está sendo surpreendida todas as vezes que algo inusitado ocorre no campo da perseguição aos crentes.
ResponderExcluirDa maneira como estão sendo formados atualmente nossos pastores, pode se concluir, que os seminários estacionaram num modelo anacrônico de grade curricular que precisa urgentemente ser revisto, para que possam formar PROFETAS de Verdade.
Reverendo, o Sr está sabendo deste caso?
ResponderExcluirhttps://www.facebook.com/photo.php?fbid=1498316690420943&set=a.1391912181061395.1073741828.100007278788693&type=1
isso é um absurdo, e eles ainda se dizem defensores dos direitos humanos, esquecem que o país deles foi fundado alicerçado nos ideais puritanos.
ResponderExcluirÉ a morte da democracia , meu querido chanceler.... infelizmente! Mas não sem minha luta! Oremos!
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ResponderExcluirCaro Mauro,
ResponderExcluirEu sou morador da regiao metropolitana de Houston desde 2009 e estou acompanhando de perto o desenrolar desta lei, que de fato, se parece muito com o PLC 122. Algum tempo antes da votacao da lei, recebi um e-mail sugerindo que escrevessemos a dita prefeita e os vereadores manifestando preocupacao com a tal lei. Embora nao seja eleitor nem real nem potencial (minha cidadania eh brasileira portanto voto apenas nas eleicoes presidenciais brasileiras a cada quatro anos do exterior), por simpatia a causa e como morador da cidade, escrevi uma carta a prefeita e a cada um dos vereadores da cidade manifestando minha posicao contraria a tal lei. Recebi uma resposta automatica apenas de uma vereadora, dizendo que nao concordava com a lei, nao por conta da questao da Liberdade de religiao mas porque nao acreditavam que a prefeitura fosse o foro para este tipo de discussao ou lei, que as leis federais seriam o bastante e que isto traria um onus adicional para a cidade no que diz respeito a fiscalizacao e punicao de quem violasse a lei.
Eu pessoalmente acredito que estes mandatos judiciais sao uma afronta a Liberdade religiosa e Liberdade de expressao e nao tenho duvidas de que a prefeita esta fazendo tudo isso como parte de sua agenda pessoal, seguindo a tendencia de algumas outras cidades liberais aqui no estado do Texas, a saber Austin e San Antonio.
A despeito de tudo isto, gostaria de trazer a luz alguns fatos nao tao conhecidos e ao final uma pergunta. Existem muitas igrejas aqui que sao muito ativas politicamente. A Convencao Batista do Sul tem uma comissao de etica e liberdade religiosa que faz lobby em Washington DC em todas as causas que defendem. Em algumas igrejas eles montam bancadas e colocam pessoas para estimular o registro de titulos de eleitores e a coleta de assinaturas para abaixo assinados como a da HERO e agora mais recentemente para evitar que a definicao de casamento no estado do Texas seja alterada como aconteceu em outros estados. Por vezes, series de pregacoes inteiras sao dedicadas a problemas contemporaneos e politicos, especialmente na epoca das eleicoes. Reunioes de oracao e eventos que duram todo o fim de semana com politicos cristaos ilustres sao realizados frequentemente. No entanto, existem restricoes legais para certas atividades politicas por parte de igrejas por conta do fato das mesmas gozarem de isencao fiscal. Entao considerando todo o exposto aqui, eu fico me perguntando, se dizemos que o estado nao pode se intrometer nas questoes da igreja de maneira nenhuma, ate aonde e de que modo a igreja pode se manifestar e participar do processo politico para defender os padroes morais que Deus nos deixou? Onde ficaria esta linha por vezes um tanto tenue entre a igreja e o estado?
Fabio
Assustadora toda essa agenda homossexual... recomendo a leitura do excelente livro/ebook Desejo e Engano http://ministeriofiel.com.br/ebooks/detalhes/67/Desejo_e_Engano de Albert Mohler Jr, em especial dos capítulos sobre "A era da Perversidade Polimorfa". A igreja não pode se calar! Temos que orar
ResponderExcluirDesejam tolerância para a ideologia homossexual e suas nuances, mas são intolerantes para os que discordam deles. É um grande contrassenso.
ResponderExcluirPodemos aguardar os abusos que virão.
Gilson Barbosa