tag:blogger.com,1999:blog-19876058.post114988836871877950..comments2024-02-23T16:25:23.339-03:00Comments on O Tempora, O Mores: A Neo-Ortodoxia e a Ressurreição de JesusMauro Meisterhttp://www.blogger.com/profile/05317918489654616216noreply@blogger.comBlogger24125tag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-58572346830936267762015-05-15T10:53:43.527-03:002015-05-15T10:53:43.527-03:00Caro Nicodemus, o senhor parece falar da Igreja Cr...Caro Nicodemus, o senhor parece falar da Igreja Cristã como que desconsiderando a heterogeneidade teológica das primeiras comunidades, anterior às uniformizações que conciliares especialmente a partir do século quarto. Há controvérsias (muitas). A alguns comentadores: criticar a reinterpretação de conceitos primeiramente usados pela ortodoxia parece-me contraditório. Não fez, a ortodoxia (desde o início), o mesmo, utilizando-se de conceitos filosóficos clássicos, especialmente platônicos? Conceitos são reinterpretados, relidos, ressignificados, em todos os campos.Jeyson Rodrigueshttps://www.blogger.com/profile/05501889545459400840noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-85141088746453448222007-03-08T16:40:00.000-03:002007-03-08T16:40:00.000-03:00Posso citar pelo menos dois importantes“neoortodox...Posso citar pelo menos dois importantes“neoortodoxos” que criam na ressurreição corpórea (além do Barth após “Dogmática”): Oscar Cullman (o melhor exegeta do segundo testamento dos últimos tempos) e Dietrich Bonhoeffer (e seu tão polêmico “cristianismo sem religião”). <BR/><BR/>A não ser que se caia em raciocício circular e petição de princípio, afirmando que pra ser neo-ortodoxo tinha que sustentar a posição “meta-histórica”. Pois os dois supracitados podem ser incluídos neste movimento, tanto como se inclui Reinhold e Richard Niebuhr, Bulltmann, Wolfhart, etc., e não se inclui, p. ex., Tillich. <BR/><BR/>Não se pode falar em “neo-ortodoxia” como bloco monolítico. Mas sim uma postura com boa margem de amplitude, em relação a questão religião/cultura, fé/razão, igreja/poder secular, crítica histórica/metafísica, etc. E um elo entre eles foi a ferramenta dialética para transcender antinomias. Falo em amplitude, pq podemos ver nas mesmas as diferenças entre Niebuhr e Paul Minear, Barth e Brunner, Cullman e Bulltmann, etc. Mas com pontos em comum. Não é uma crença em uma coisa ou outra de um credo que distingue movimentos!!!Uhhh<BR/><BR/>A infantilidade no extremo idealismo na pesquisa sobre história das idéias e movimentos por parte dos conservadores é que sempre em suas apologéticas apresentam como se cada um tivesse um mapa panorâmico sobre diversos movimentos, e de acordo com seus caprichos apontasse o dedo e dissesse: vou seguir esse aqui!<BR/><BR/>Se averiguarmos a polêmica anterior Kierkegaard e Hegel, sobre concepção do indivíduo na sociedade e história, os alertas de Nietzsche para com a massificação, a questão do idealismo e também do criticismo kantiano, a Revolução Francesa e noções de progresso, a proposta do iluminismo na teologia com o tão vulgarmente propalado epíteto “liberalismo teológico”, o colonialismo, as reestruturações organizacionais pós Revolução Industrial, a postura sóciopolítica da igreja, a discussão sobre a questão tecnológica e o espírito humano, a iminência e o decorrer das guerras, etc., polêmica epistemológica “idiografia X nomotética”,etc., etc., podemos começar a entender a “neortodoxia”.<BR/><BR/>Algo por demais extenso para tratar aqui. Mas posso adiantar, dentro das temáticas, preocupações, empreendimentos e reflexões dinâmicas em comum, os “neoortodoxos” aceitaram o desafio “liberal” de frente, procurando respostas honestas e íntegras (inclusive no âmbito a intelectual), sempre buscando a vida, a existência e o compartilhamento da angústia da condição humana, como contrapartidas. Buscaram as respostas relevantes para seu tempo.<BR/>Diferentes do fundamentalismo que, a época, se refugiara soltando anátemas de fazer inveja à confissão Atanasiana e repetindo mantras pra si mesmo, numa postura alienadora. Barth a época, dialogou franca e honestamente com o criticismo histórico, e sem invalidá-lo buscando o artifício de botar medo para que ninguém resolvesse estuda-lo, forçou-o a uma autocrítica numa dialética rumo a fé, sem suicídio intelectual, mas sem falsas garantias de conforto. Niebuhr traçou um realismo que confrontara de frente a antropologia filosófica infantil do liberalismo e sombria do freudianismo e do calvinismo extremo. <BR/><BR/>Não sou um seguidor, um fanático embotado de nenhum deles, mas dentre outras coisas, foram os que melhor me iluminaram na minha postura existencial e reflexiva sobre eclesiologia e poder temporal, sobre existência e engajamento social.<BR/>Nenhum deles é um Mestre a ser seguido empernidamente, até pq temos muitas discussões, como a de Bruno Latour sobre a “modernidade”, para complexar nossas indagações e pensamentos a respeito das temáticas. Temos os estudos culturais... Mas também, não podemos ficar na via do “estereótipo fácil e manuseável”. <BR/><BR/>Abraços Ecumênicos na Graça de Deus Pai, Filho e Espírito Santo.Informadordeopiniaohttps://www.blogger.com/profile/12624379203086256026noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1152321265365277952006-07-07T22:14:00.000-03:002006-07-07T22:14:00.000-03:00Wendel,De fato, é terrível o destino final dos que...Wendel,<BR/><BR/>De fato, é terrível o destino final dos que não crêem. Desperta compaixão e misericórdia. Faz-nos examinar-mos a nós mesmos mais acuradamente e faz-nos correr humildemente para Jesus Cristo, o Salvador de pecadores. Como o profeta Jeremias, gostaríamos que nossos olhos se tornassem em fontes de águas para chorar pela miséria dos perdidos. Queira Deus dar-nos um coração compassivo e zelo evangelístico.<BR/><BR/>Um abraço.Augustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1152306453417431022006-07-07T18:07:00.000-03:002006-07-07T18:07:00.000-03:00Olá,Considero como um dos fundamentos centrais da ...Olá,<BR/>Considero como um dos fundamentos centrais da justiça divina a finitude de suas punições. <BR/><BR/>Em primeiro lugar, o ser humano é finito. Suas ações são finitas. As reações que elas geram são finitas também. Logo, a punição por estes atos (a morte), é justamente garantir a finitude do ser humano, para que ele não viva eternamente, e peque continuamente. Uma vez terminada a existência humana, não há mais pecado, nem culpa que se pode atribuir a ele. Deus elimina até mesmo a possibilidade de transferir a culpa pelos pecados aos descendentes do pecador, garantindo, portanto, que cada um responda pelo que fez, DENTRO dos limites da existência de cada um. <BR/><BR/>Em segundo lugar, a justiça divina é compreensível ao punido. Ele sofre a pena porque pecou. Se não há conhecimento da lei, não há pecado, é o que diz um dos mais importantes versículos da Bíblia. Claro que vai chegar o dia em que ninguém poderá alegar ignorância da Lei. Portanto, partindo do pressuposto que o condenado sabe porque está sendo punido, tendo em vista também que a lei do pecado exige a morte do pecador (que é simplesmente a extinção do indivíduo), ele portanto receberá uma condenação DEFINITIVA. <BR/><BR/>Sabemos que a graça de Deus foi concedida a nós exatamente para impedir este estado definitivo da morte. Através dela, nossa morte é um estado transitório, não-definitivo. Morremos, mas seremos ressuscitados um dia. <BR/><BR/>Existem muitas passagens bíblicas que me levam a crer que a ausência definitiva de Deus da vida humana, a retirada total do Espírito que nos mantém vivos, isto fará com que os condenados no Dia do Juízo sejam extintos. Simplesmente serão consumidos. <BR/><BR/>Indícios do que estou afirmando estão por aí: vejam os viciados em drogas, por exemplo, que levam uma vida sem Deus... correm como despesperados atrás da última e mais potente dose alucinógena para que se sintam vivos, mas mesmo assim seu corpo, sua alma, e tudo que eles são, aos poucos se esvai... Eu creio que no dia do Juízo será assim também. Sem a presença de Deus em suas vidas, retirada como punição pelos seus pecados, entrarão em desespero, e acabarão consumidos, e finalmente extintos da presença de Deus. O desespero, aliás, é a mais grave enfermidade da alma humana, uma condição gravíssima, de acordo com Kierkegaard. Os ímpios, portanto, morrerão de desespero, de choro e ranger de dentes, como disse Jesus Cristo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150836397969921122006-06-20T17:46:00.000-03:002006-06-20T17:46:00.000-03:00Lindoberg,de esculpe a demora em responder ao seu ...Lindoberg,<BR/><BR/>de esculpe a demora em responder ao seu comentário. Aproveitei bem o último feriadão, e ao regressar as minhas atividades, encontrei, como sempre, bastante trabalho a ser feito. <BR/><BR/>Passo agora a responder às suas indagações: <BR/><BR/>Sim, o famoso teólogo evangélico inglês não pode ser outro senão um John Stott, que abertamente defende que a punição que aguarda os ímpios não é a eternidade de sofrimento, mais a extinção. Essa posição dele não tem sido muito divulgada no Brasil por causa das evidentes repercussões e reações negativas por parte dos evangélicos, na sua grande maioria comprometidos com a bíblia e que acreditam na realidade do inferno. Como eu também. <BR/><BR/>Sobre o ecumenismo, não li nada a respeito. Encontrei-me com John Stott duas vezes aqui no Brasil e aprendi a respeitá-lo pelo rigor acadêmico, seriedade teológica e compromisso com a verdade das escrituras. Único ponto em que discordava dele era quanto à realidade das penas eternas. Si agora, como parece estar acontecendo, ele está sendo atraído para o ecumenismo, vai ser mais um ponto de discordância. é uma pena. <BR/><BR/>Terei todo prazer em colaborar com seu blog. Estou mandando mensagem em particular. <BR/><BR/>Um abraço, <BR/><BR/>AugustusAugustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150835890445477132006-06-20T17:38:00.000-03:002006-06-20T17:38:00.000-03:00Marcelo,Você sabe que tenho evitado responder a es...Marcelo,<BR/><BR/>Você sabe que tenho evitado responder a esse tipo de pergunta... <BR/><BR/>Sei que cedo ou tarde vou quebrar a minha própria regra, mas por enquanto, deixemos os santos sem rotulação.<BR/><BR/>Abraços,<BR/>AugustusAugustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150835437389474722006-06-20T17:30:00.000-03:002006-06-20T17:30:00.000-03:00Caro Marcio, Obrigado pelo seu comentário. Da mesm...Caro Marcio, <BR/><BR/>Obrigado pelo seu comentário. Da mesma forma, aprecio a honestidade intelectual, bem como a humildade para reconhecermos o valor das pessoas de quem discordamos. Você cresceu no meu conceito, embora com certeza isso não significará nem um aumento do seu salário!!! <BR/><BR/>Um grande abraço, <BR/><BR/>AugustusAugustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150324612586155282006-06-14T19:36:00.000-03:002006-06-14T19:36:00.000-03:00Oi Professor!Pegando um gancho no coment do marcel...Oi Professor!<BR/><BR/>Pegando um gancho no coment do marcelo, comento: - Recentemente a revista Evangélica " Christianity Today" divulgou uma entrevista com o Pastor James Iaann Packer, a matéria foi publicada pela "resposta Fiel" no seguinte endereço "http://www.cpad.com.br/paginas/www.cpad.com.br/?acao=DT&dep=288&secao=2276&prod_id=32900 " numa das perguntas a "revista" pergunta: <I>RF Recentemente, alguns teólogos evangélicos liberais começaram a ressuscitar a teoria de que o Inferno não é uma realidade. Até um famoso teólogo evangélico inglês, conhecido no mundo todo pela sua ortodoxia, chegou inicialmente a simpatizar com a teoria. O senhor foi um dos que combateram esse movimento. Quais os perigos dessa heresia?<BR/></I> <B> ESSE famoso teólogo é Jonh Stott? </B> o que o Sr. teria a dizer sobre isso? Teria Jonh Stott se rendido ao ecumenismo? há uma interessante matéria neste endereço: http://www.bereanbeacon.org/articles_pdf/alignment_evang_apostasy.pdf e quanto a John Macarthur Jr que parce ter aderido ao "new evangelicalism", ou seja, tem participado de eventos ecumênicos com padres e pastores das vineyard, dos "promisse keepers" e outros movimentos ecumenistas, neopentecostais e dominionistas:<BR/><BR/>http://www.rapidnet.com/~jbeard/bdm/exposes/macarthur/general.htm<BR/><BR/>http://www.wayoflife.org/fbns/john-macarthur-newevang.html<BR/><BR/>No aguardo professo! desculpe a extenção do "Coment"... <BR/><BR/>PS. só uma última pergunta e acabo (rsrs) .. queria saber se tem como o Sr. me dar uma entrevista para divulgação em meu blog (http://portrasdacortina.blogspot.com ) caso positivo me dê um retorno em PVT no: gospel72003@yahoo.com.br <BR/><BR/>Muito obrigado!<BR/><BR/>NEle,<BR/>Lindemberg - Cristão Batista<BR/>Fortaleza - CEAnonymoushttps://www.blogger.com/profile/14978939858387598131noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150304903740866272006-06-14T14:08:00.000-03:002006-06-14T14:08:00.000-03:00Professor Augustus Nicodemus,Se não for abuso quer...Professor Augustus Nicodemus,<BR/><BR/>Se não for abuso querer que o senhor "rotule" santos que ainda estão entre nós, principalmente os reputados "colunas", em que classe poderíamos escrever o nome do pastor John Stott? Ele seria ortodoxo? <BR/><BR/>Marcelo Hagah<BR/>João Pessoa-PBMarcelohttps://www.blogger.com/profile/05022765554912779576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150246535654646972006-06-13T21:55:00.000-03:002006-06-13T21:55:00.000-03:00Augustus e Lindoberg,Creio que Paulo respondeu a p...Augustus e Lindoberg,<BR/><BR/>Creio que Paulo respondeu a pergunta: "se os restos mortais de Jesus fossem 'descobertos' na palestina, qual o nosso futuro?"<BR/><BR/>Vã seria a nossa fé a nossa pregação.<BR/><BR/>MauroMauro Meisterhttps://www.blogger.com/profile/05317918489654616216noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150213234237146132006-06-13T12:40:00.000-03:002006-06-13T12:40:00.000-03:00Caro Rev. Augustus,A honestidade intelectual é alg...Caro Rev. Augustus,<BR/>A honestidade intelectual é algo que muito admiro nas pessoas que formam opinião, e, devo deixar aqui escrito, registrado, que o sr. leva muito à sério essa questão, por isso, mesmo discordando aqui e ali de algumas análises que o sr. aqui faz, eu lhe admiro por sua seriedade.<BR/>Obrigado, igualmente, por fazer a ressalva que nem todos os neo-ortodoxos acreditam numa ressurreição 'espiritual', mas na física mesmo, e ainda que o sr. não conheça um neo-ortodoxo que assim crê, um dia, quando eu tiver o prazer de apertar tua mão, poderás dizer que conhece um neo-ortodoxo que crê na ressurreição física do Nosso Senhor e Salvador Jesus.<BR/>Um abraço carioca.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150204941708195692006-06-13T10:22:00.000-03:002006-06-13T10:22:00.000-03:00Oi Professor, Grato por sua resposta! bem, acho qu...Oi Professor, Grato por sua resposta! bem, acho que não fui muito claro quanto a minha pergunta... na verdade eu deveria ter perguntado quais seriam as implicações teológicas dessa suposta "descoberta"... mas é como o Sr. disse, creio que não vale à pena gastar tempo especulando isso e respondendo ao irrespondível, o que mantém viva a nossa esperança está no fato de ELe está vivo! e para todo o Sempre! eu vi essa pergunta sendo feita por um professor lá no meu seminário (STBC _Seminário Teológico Batista do Ceará).<BR/><BR/>abraços!Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/14978939858387598131noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150203454487361462006-06-13T09:57:00.000-03:002006-06-13T09:57:00.000-03:00Lindoberg,Obrigado por sua contribuição.A grande d...<B>Lindoberg</B>,<BR/><BR/>Obrigado por sua contribuição.<BR/><BR/>A grande dificuldade com Karl Barth é que ele teve várias fases do desenvolvimento da sua teologia e do seu pensamento. A natureza paradoxal da sua maneira de pensar permitia que afirmasse duas coisas aparentemente contraditórias.<BR/><BR/>Espero sinceramente que ele, na última fase, tenha crido na ressurreição física do Senhor Jesus. Pois, ele mantinha outras doutrinas que realmente eram da ortodoxia, como a Trindade e a divindade do Senhor.<BR/><BR/>Nesse sentido, sim, eu concordo, Barth era melhor que outros neo-ortodoxos.<BR/><BR/>Sobre sua pergunta, "se os restos mortais de Jesus fossem 'descobertos' na palestina, qual o nosso futuro?" eu não tenho resposta, pois não serão achados. <BR/><BR/>Um abraço.Augustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150202727994248172006-06-13T09:45:00.000-03:002006-06-13T09:45:00.000-03:00Nagel,É por isso que temos dito aqui que a neo-ort...<B>Nagel</B>,<BR/><BR/>É por isso que temos dito aqui que a neo-ortodoxia é assim chamada porque tenta manter uma relação com a antiga ortodoxia enquanto traz novoc conceitos, alguns deles alheios à ortodoxia da Igreja. <BR/><BR/>Agora, sobre Bultmann, você está correto, não dá para encaixá-lo perfeitamente dentro do movimento neo-ortodoxo. Todavia, lembre que ele e Barth andaram de mãos dadas no início.<BR/><BR/>Um abraço.Augustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150163291691069602006-06-12T22:48:00.000-03:002006-06-12T22:48:00.000-03:00Augustus,Eu também ainda estou por conhecer um neo...Augustus,<BR/><BR/>Eu também ainda estou por conhecer um neo-ortodoxo que creia na ressurreição física de Cristo... pero que las hay, las hay.<BR/><BR/>Muito esclarecedor o post. Ainda que postando junto, tenho aprendido muito sobre a neo-ortodoxia. Creio que dois calcanhares neo-ortodoxos são a Criação e a Ressurreição. <BR/>abs<BR/>MauroMauro Meisterhttps://www.blogger.com/profile/05317918489654616216noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1150152141511321112006-06-12T19:42:00.000-03:002006-06-12T19:42:00.000-03:00Querido Professor, Graça e Paz!Uma das primeiras o...Querido Professor, Graça e Paz!<BR/><BR/>Uma das primeiras obras de Barth alegava que o significado do túmulo vazio era no mínimo em relação à ressurreição. Entretanto, ele ficou chocado com as declarações de Bultmann a acerca da ressurreição - que implicava no fato de que a ressurreição carecia de fundamento histórico. Barth passou então a dedicar grande ênfase aos relatos registrados no Evangelho a respeito do túmulo vazio. Disse ele: "o túmulo vazio é um sinal indispensável que impede qualquer possível erro de interpretação. No ensaio entitulado: "Rudolf Butmann - an attempt to understand him", ele demonstra que a ressurreição de Cristo não fora um evento exclusivamente interior ou subjetivo, mas sim algo que deixara um MARCO na história. Isso não seria suficiente para classificá-lo tendo contribuído para uma melhor ortodoxia? (ao menos neste ponto?) e quanto a sua contribuição no resgate (ou interesse) pela Doutrina da Trindade?... e vou além (diante de tantas "descobertas" hoje pela ciência): se os restos mortais de Jesus fossem "descobertos" na palestina, qual o nosso futuro?Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/14978939858387598131noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1149998080610628032006-06-11T00:54:00.000-03:002006-06-11T00:54:00.000-03:00Professor Augustus, sabe o que é interessante? No ...Professor Augustus, sabe o que é interessante? No primeiro contato que tive com a teologia crítica no Seminário do Sul, vi em Barth um ótimo auxílio. Mas depois fui percebendo que ainda não era o ideal. Percebi, por fim, que há um abismo epistemológico entre nós, conservadores, e eles, os neo-ortodoxos. Quem me ajudou muito nessa compreensão foi Schaeffer. :)<BR/><BR/>Uma outra coisa, eu venho lendo os posts sobre a neo-ortodoxia, sobre a teologia barthiana, etc, mas tenho dificuldades de encaixar Bultmann dentro desse movimento. Não sei se estou enganado. Vejo a teologia bultmaniana bem afastada dos outros neo-ortodoxos.<BR/><BR/>Obrigado pelas informações. Inclusive pelas explicações quanto ao relacionamento entre gnosticismo e cristianismo.<BR/><BR/>Abraços.Gustavo Nagelhttps://www.blogger.com/profile/03747211882265045306noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1149995223345530052006-06-11T00:07:00.000-03:002006-06-11T00:07:00.000-03:00Lou, que bom vê-lo fora de sua caverna.Gostei imen...<B>Lou</B>, que bom vê-lo fora de sua caverna.<BR/><BR/>Gostei imensamente do seu comentário: cheio de humor e profundamente teológico. O bom humor está em reconhecer que você é feio, velho e gordo mesmo, e que não gostaria de passar o resto da eternidade dessa forma. Como outro que é também feio, velho e gordo, eu concordo com você.<BR/><BR/>A profundidade teológica está nisso: em reconhecer que nosso corpo será semelhante ao de Cristo mas ignorar o que isso representará em termos práticos para os feios, gordos, velhos, e deficientes.<BR/><BR/>Confesso que também não sei a resposta. Sei apenas o que a Bíblia diz: será um corpo glorioso, imortal e apropriado para a vida eterna. Como o do Cristo ressurreto. Quanto aos detalhes, descobriremos naquele grande Dia!<BR/><BR/>Um abraço!Augustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1149994860275432982006-06-11T00:01:00.000-03:002006-06-11T00:01:00.000-03:00Rodrigo,Quando eu disse que "A neo-ortodoxia, toda...<B>Rodrigo</B>,<BR/><BR/>Quando eu disse que "<I>A neo-ortodoxia, todavia, provavelmente influenciada pela mentalidade gnóstica, tem a tendência de espiritualizar a ressurreição de Jesus</I>", não estava fazendo uma afirmação final. Note que eu disse "provavelmente". Eu tinha em mente (e você não podia advinhar, pois eu não disse) o fato que um dos primeiros dentro da Cristandade a negar o aspecto material e físico da ressurreição de Jesus foi Orígenes, um estudioso do século II profundamente influenciado pelo gnosticismo. A mentalidade gnóstica nunca deixou totalmente a Igreja Cristã, apesar do gnosticismo ter sido combatido e declarado herético pelos concílios antigos da Igreja. Por isso, quando neo-ortodoxos negam a materialidade do corpo da ressurreição, estão alinhados, não com a ortodoxia da Igreja, mas com o gnosticismo, como Orígenes. Daí minha frase que, reconheço, poderia ter sido mais explícita.<BR/><BR/>Agora, comento sua afirmação que "<I>o Cristianismo que foi influenciado pela mentalidade gnóstica</I>". Note algumas coisas. Primeira, é você mesmo quem faz uma distinção entre neo-ortodoxia e Cristianismo, ao dizer que a neo-ortodoxia não foi influenciada pela mentalidade gnóstica e sim o Cristianismo. Ato falho?<BR/><BR/>Segunda, você talvez não esteja consciente de que na época de Paulo, que você afirma ter sido influenciado pelo gnosticismo, o gnosticismo não era ainda um movimento com suas doutrinas definidas e suas instituições desenvolvidas. Era na realidade um proto-gnosticismo, que enfatizava a necessidade de conhecimento para a salvação e trabalhava com a dualidade entre matéria e espírito. Foi somente no século II que o gnosticismo alcançou sua forma desenvolvida, e tornou-se uma grave ameaça ao Cristianismo. Foi combatido veementemente por muitos dos Pais da Igreja. Portanto, cronologicamente falando, foi o gnosticismo que tomou emprestado o vocabulário de Paulo e não o contrário. <BR/><BR/>Esse foi o equívoco de Bultmann, Wilkins, Bousset, Wrede e os demais mestres da "escola da hitória das religiões" de Tübingen que afirmaram que Paulo era gnóstico. Sugiro que você estude melhor o assunto. Leia, por exemplo, a obra de Ridderbos sobre Paulo, "A teologia do apóstolo Paulo", disponível pela cada editora de minha denominação, a Igreja Presbiteriana do Brasil.<BR/><BR/>Ridderbos foi contemporâneo de Bultmann e de maneira eficiente e convincente demonstrou o erro desse liberal. Note ainda que hoje, na área de estudos do Novo Testamento, predomina o conceito que o pano-de-fundo da teologia de Paulo é o judaísmo. Todos os conceitos paulinos atribuidos ao gnosticismo, como conhecimento, sabedoria, savação e a sua antropologia, por exemplo, são encontrados no Antigo Testamento e na reflexão judaica do Segundo Templo.<BR/><BR/>Portanto, as comparações que você faz, sugerindo que o Cristianismo apostólico foi influenciado pelo gnosticismo e que emprestou do gnosticismo os seus principais conceitos doutrinários, são anacrônicas. Permita-me sugerir que você não leia somente Bultmann. Leia outros autores, tão competentes quanto eles, com a vantagem de crerem na Bíblia.<BR/><BR/>Você termina dizendo "<I>Por fim, seria lamentável generalizar que todos os autores neo-ortodoxos crêem que a ressurreição não foi literal</I>". Concordo inteiramente, e por esse motivo, não generalizei. Releia o meu post, por favor. Evitei a generalização, não porque eu conheça algum autor neo-ortodoxo que afirme a ressurreição de Jesus em carne e osso. Confesso que não conheço nenhum. Mas, você certamente deve conhecer.<BR/><BR/>Um abraço.Augustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1149965639624120302006-06-10T15:53:00.000-03:002006-06-10T15:53:00.000-03:00Caramba Augustus,interessantíssimo! Ainda que a ne...Caramba Augustus,<BR/><BR/>interessantíssimo! Ainda que a neo-ortodoxia tente andar de mãos dadas conosco pelo rompimento para com a teologia liberal clássica, eles não romperam suficientemente, formulando assim, uma hermenêutica gnóstica dos textos sagrados.<BR/><BR/>Exemplo dessa separação radical entre matéria e corpo está na doutrina barthiana da pecaminosidade do corpo de Jesus, ou seja, Barth cria que Jesus, por ser homem e nascido de mulher (ele cria no nascimento virginal, Brunner não.) estava debaixo também da condição da queda humana. <BR/><BR/>No mínimo isso tudo é estranho,rs!<BR/>Abração,<BR/>JuanAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1149959736810937942006-06-10T14:15:00.000-03:002006-06-10T14:15:00.000-03:00NicodemusVocê e eu ressuscitarmos com o mesmo corp...Nicodemus<BR/><BR/>Você e eu ressuscitarmos com o mesmo corpinho será, no mínimo, uma brincadeira de mau gosto. Acredito na ressurreição e espero por ela. Mas, gostaria de um corpo jovem, mais de 1,90, olhos claros, cabelos, etc... Ah! e menos de 90 kgs, também. Jesus ressuscitou aos 33 anos, mas, e nós com nossa idade tão avançada?Lou H. Mellohttps://www.blogger.com/profile/09487096425191519434noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1149903606262306892006-06-09T22:40:00.000-03:002006-06-09T22:40:00.000-03:00"A neo-ortodoxia, todavia, provavelmente influenci..."A neo-ortodoxia, todavia, provavelmente influenciada pela mentalidade gnóstica, tem a tendência de espiritualizar a ressurreição de Jesus."<BR/><BR/>Creio ser um engano essa afirmação. O Cristianismo é que foi influenciado pela mentalidade gnóstica. O mundo era a pátria para os judeus. Já o cristianismo, influenciado pelo gnosticismo, que passou a acreditar nesse plano terrestre como temporário em comparação com a pátria celestial (mundo da luz).<BR/><BR/>O cristianismo helenista de Paulo tem clara influência da mitologia gnóstica. É linguagem gnóstica quando Satã é chamado de "o deus deste éon" ou "príncipe deste mundo". A antropologia paulina é claramente gnóstica também. A busca por conhecimento (gnose) em Corinto também.<BR/><BR/>Não é a neo-ortodoxia que pressupõe categorias gnósticas à respeito da encarnação, ressurreição e exaltação, mas o próprio Paulo, como exemplo.<BR/><BR/>E não sem base bíblica identifica Bultmann como idêntica a fé na ressurreiçào de Cristo e a fé de que na palavra anunciada fala o próprio Cristo, pois somos embaixadores da parte de Cristo (2Co 5.20). E bem diz que "Cristo não está presente no querigma como uma grande personalidade histórica está presente em sua obra e em sua atuação histórica." (1) Assim, se o ouvinte crê na palavra que anuncia a morte e a vida, então ele crê no ressurreto.<BR/><BR/>Por fim, seria lamentável generalizar que todos os autores neo-ortodoxos crêem que a ressurreição não foi literal.<BR/><BR/>(1) Teologia do NT, BultmannAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1149902306824291332006-06-09T22:18:00.000-03:002006-06-09T22:18:00.000-03:00Charles,Obrigado pelo replay. É isso mesmo.Um abra...Charles,<BR/><BR/>Obrigado pelo replay. É isso mesmo.<BR/><BR/>Um abraço!Augustus Nicodemus Lopeshttps://www.blogger.com/profile/04362983992398308974noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-19876058.post-1149893663940764612006-06-09T19:54:00.000-03:002006-06-09T19:54:00.000-03:00Vale a pena o 'replay'.Obs.: Este mesmo fato foi c...Vale a pena o 'replay'.<BR/><BR/>Obs.: Este mesmo fato foi confirmado pelo Pr Juan de Paula da igreja do Pr Franklin Ferreira. Ele também ouviu a mesma coisa do Dr Shedd. <BR/><BR/>---<BR/><BR/>Rev. Augustus,<BR/><BR/>Bem, sobre o citado Bultmann, gostaria de compartilhar um ocorrido em que o próprio Dr. Russell Shedd esteve presente diante do teólogo alemão. <BR/><BR/>Cabe destacar que o Dr. Shedd mesmo relatou o acontecido a mim e a mais algumas pessoas. Ele foi testemunha ocular "do fato histórico" - e não de "um Bultmann da fé" propagado por um boato. <BR/><BR/>Eis aqui o relato, de memória, do que ouvi do Dr. Shedd a respeito de Bultmann: <BR/><BR/>----<BR/><BR/>Pergunta: - O sr. crê na ressurreição de Cristo?<BR/><BR/>Bultmann: - Sim, creio.<BR/><BR/>Pergunta: - Mas o sr. crê mesmo na ressurreição corporal do Jesus dentre os mortos, como fato histórico? <BR/><BR/>Bultmann: - Não, desta forma não. Creio que Ele ressuscitou no coração dos discípulos.<BR/><BR/>Pergunta: - O sr. crê no credo apostólico?<BR/><BR/>Bultmann: - Do credo apostólico creio apenas na afirmação "sofreu sob Poncio Pilatos".<BR/><BR/>----<BR/><BR/>O problema que vejo em Bultmann e de outros que seguem escolas teológicas similares a dele é da apropriação do vocabulário consagrado pela ortodoxia para sustentar novas definições. Pelo exemplo acima, ou é uma santa ingenuídade ou falta de honestidade teólogica. No último caso, é um exemplo de "semiótica discursiva"..https://www.blogger.com/profile/14607252964637278084noreply@blogger.com