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terça-feira, fevereiro 22, 2011

Quando a Cultura Vira Evangelho


O relacionamento dos cristãos com a cultura na qual estão inseridos sempre representou um grande desafio para eles. Opções como amoldar-se, rejeitar a cultura, idolatrá-la ou tentar redimi-la têm encontrado adeptos em todo lugar e época. Em nosso país, com uma cultura tão rica, variada e envolvente, o desafio parece ainda maior nos dias atuais. Como aqueles que crêem em Jesus Cristo e adotam os valores bíblicos quanto à família, trabalho, lazer, conhecimento e as pessoas em geral podem se relacionar com esta cultura?

Existem muitas definições disponíveis e parecidas de cultura. No geral, define-se como o conjunto de valores, crenças e práticas de uma sociedade em particular, que inclui artes, religião, ética, costumes, maneira de ser, divertir-se, organizar-se, etc.

Os cristãos acrescentam um item a mais a qualquer definição de cultura, que é a sua contaminação. Não existe cultura neutra, isenta, pura e inocente. Ela reflete a situação moral e espiritual das pessoas que a compõem, ou seja, uma mistura de coisas boas decorrentes da imagem de Deus no ser humano e da graça comum, e coisas pecaminosas resultantes da depravação e corrupção do coração humano. Toda cultura, portanto, por mais civilizada que seja, traz valores pecaminosos, crenças equivocadas, práticas iníquas que se refletem na arte, música, literatura, cinema, religiões, costumes e tudo mais que a compõe.

Deste ponto de vista a definição de cultura é bem próxima à definição que a Bíblia dá de "mundo," a saber, aquele sistema de valores, crenças, práticas e a maneira de viver das pessoas sem Deus. Poderíamos dizer que “mundo” compreende os traços da cultura humana que refletem a sua decadência moral e espiritual e seu antagonismo contra Deus.

De acordo com João as paixões carnais, a cobiça e a arrogância do homem marcam o mundo. Como tal, o mundo é frontalmente inimigo de Deus e os cristãos não devem amá-lo:

1João 2:15-16 - "Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não procede do Pai, mas procede do mundo."

Tiago vai na mesma linha:

Tiago 4:4 - "Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus".

Escrevendo aos romanos, Paulo os orienta a não se moldarem ao presente século - um conceito escatológico do mundo presente, debaixo da lei e do pecado e caminhando para seu fim:

Romanos 12:2 - "E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus".

O próprio Jesus ensinou que o mundo o odeia e odeia aqueles que são seus dicípulos, pois não são do mundo:

João 15:18-19 – “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo,  pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia”.

Não é de se estranhar, portanto, que aqueles cristãos que levam a Bíblia a sério sempre tiveram uma atitude, no mínimo, cautelosa em relação à cultura, por perceberem nela traços da corrupção humana - ou seja, do mundo.

Ao mesmo tempo em que a Bíblia define o mundo de maneira negativa, ela admite que existem coisas boas na sociedade em decorrência do homem ainda manter a imagem de Deus – em que pese a Queda – e em decorrência de Deus agir na humanidade em geral de maneira graciosa. Deus concede às pessoas, sendo elas cristãs ou não, capacidade, habilidades, perspicácia, criatividade, talentos naturais para as artes em geral, para a música – enfim, aquilo que chamamos de graça comum. É interessante que os primeiros instrumentos musicais mencionados na Bíblia aparecem no contexto da descendência de Caim (Gênesis 4:21) bem como os primeiros ferreiros (4:22) e fazedores de tendas (4:20). Paulo conhecia e citou vários autores da sua época, que certamente não eram cristãos (Epimênides, Tt 1:12; Menander, 1Cor 15:32; Aratus, Acts 17:28). Jesus participou de festas de casamento (João 2) e Paulo não desencorajou os crentes de Corinto a participar de refeições com seus amigos pagãos, a não ser em alguns casos de consciência (1Co 10:27-28).

Portanto, a grande questão sempre foi aquela do limite – onde eu risco a linha de separação? Até que ponto os cristãos podem desfrutar deste mundo, até onde podem se amoldar à cultura deste mundo e fazer parte dela?

Dá para ver porque ao longo da história a Igreja cristã foi considerada algumas vezes como obscurantista, reacionária, um gueto contra-cultural. Nem sempre os seus inimigos perceberam que os cristãos, boa parte do tempo, estavam reagindo ao mundo, àquilo que existe de pecaminoso na cultura, e não à cultura em si. Quando missionários cristãos lutam contra a prática indígena de matar crianças, eles não estão querendo acabar com a cultura dos índios, mas redimi-la dos traços que o pecado deixou nela. Eles estão lutando contra o mundo. Quando cristãos criticam Darwin, não estão necessariamente deixando de reconhecer sua contribuição para nosso conhecimento dos processos naturais, mas estão se posicionando contra a filosofia naturalista que controlou seu pensamento. Quando torcem o nariz para Jacques Derrida, não estão negando sua correta percepção das ambigüidades na linguagem, mas sua conclusão de que não existe sentido num texto. Gosto de Jorge Amado mas abomino seu gosto pela pornografia,

Por ignorarem ou desprezarem a presença contaminadora do mundo na cultura é que alguns evangélicos identificam a cultura como a expressão mais pura e autêntica da humanidade. Assim, atenuam – e até negam – a diferença entre graça comum e graça salvadora, entre revelação natural e revelação especial. Evangelizar não é mais chamar as pessoas ao arrependimento de seus pecados – refletidos inclusive em suas produções culturais, poéticas, artísticas e musicais – mas em afirmar a cultura dos povos em todos os seus aspectos. O Reino de Deus é identificado com a cultura. Não há espaço para transformação, redenção, mudança e transformação – fazê-lo seria mexer com a identidade cultural dos povos, a sua maneira de ser e existir, algo que com certeza deixaria antropólogos de cabelo em pé.

A contextualização sempre foi um desafio para os missionários e teólogos cristãos. De que maneira apresentar e viver o Evangelho em diferentes culturas? Pessoalmente, acredito que há princípios universais que transcendem as culturas. Eles são verdadeiros em qualquer lugar e em qualquer época. Adultério, por exemplo, é sempre adultério. Pregar o Evangelho numa cultura onde o adultério é visto como normal significa identificá-lo como pecado e lutar contra ele, buscando redimir os adúlteros e adúlteras e restaurar os padrões bíblicos do casamento e da família. Enfim, redimir e transformar a cultura, fazê-la refletir os princípios do Reino de Deus.

Nem sempre isto é fácil e possível de se fazer rapidamente. Missionários às tribos africanas onde a poligamia é vista como normal que o digam. O caminho possível tem sido tolerar a poligamia dos primeiros convertidos, para não causar um problema social grave com a despedida das esposas. Mas a segunda geração já é ensinada o padrão bíblico da monogamia.

É preciso reconhecer que nem sempre os cristãos conseguiram perceber a distinção entre mundo e cultura. Historicamente, grupos cristãos têm sido contra a ciência, a arte, a música e a literatura em geral, sem fazer qualquer distinção. Todavia, estes grupos fundamentalistas não representam a postura cristã para com a cultura e nem refletem o ensino bíblico quanto ao assunto. Os reformados, em particular, caracteristicamente sempre se mostraram sensíveis às artes e viam nelas uma manifestação da graça comum de Deus à humanidade. Apreciavam a pintura, a música, a poesia e a literatura. Entre eles, temos os puritanos. Cabe aqui a descrição que C. S. Lewis fez deles:

Devemos imaginar estes puritanos como o extremo oposto daqueles que se dizem puritanos hoje. Imaginemo-los jovens, intensamente fortes, intelectuais, progressistas, muito atuais. Eles não eram avessos a bebidas com álcool; mesmo à cerveja, mas os bispos eram a sua aversão. Puritanos fumavam (na época não sabiam dos efeitos danosos do fumo), bebiam (com moderação), caçavam, praticavam esportes, usavam roupas coloridas, faziam amor com suas esposas, tudo isto para a glória de Deus, o qual os colocou em posição de liberdade. (...) [Os puritanos eram] jovens, vorazes, intelectuais progressistas, muito elegantes e atualizados ... [e] ... não havia animosidade entre os puritanos e humanistas. Eles eram freqüentemente as mesmas pessoas, e quase sempre o mesmo tipo de pessoa: os jovens no movimento, os impacientes progressistas exigindo uma “limpeza purificadora”.[1]

O grande desafio que Jesus e os apóstolos deixaram para os cristãos foi exatamente este, de estar no mundo, ser enviado ao mundo, mas não ser dele (Jo 17:14-18). Implica em não se conformar com o presente século, mas renovar-se diariamente (Rm 12:1-3), de não ir embora amando o presente século, como Demas (2Tm 4:10). É ser sal e luz.

Para os que deixam de levar em conta a presença da corrupção humana na cultura, os poetas, músicos, artistas e cientistas se tornam em sacerdotes, a produção deles em sacramento e costurar e tecer em evangelização.

NOTA

[1] Citado por Douglas Wilson em “O Puritano Liberado,” Jornal Os Puritanos 5/1 (1997) e por L. Ryken, Santos no Mundo, pp. 19, 177.

52 comentários:

  1. Muito obrigado! Excelente texto! Bíblico e relevante. Obrigado!

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  2. '"O amor ao mundo",Primeiro e grande mandamento -amar a Deus de todo coração e de todas as forças(Mat 22.37).Trata-se de um alvo elevadíssimo ,que pode ser atingido em parte enquanto o homem está em seu estado mortal,mas sempre através da comunhão com Deus derramada pelo o Espirito de Deus."

    "É claro q Deus não nos convida para desprezarmos a natureza e sua beleza e nem a abandonarmos as coisas físicas por si mesmas e seus muitissimos objetos da sociedade e da cultura.A referência não é à humanidade,que algumas vezes é chamada de mundo.Pois o próprio Deus ama esse mundo.

    Antes ,seu uso é ético,Ele aponta ,em parte,para o mundo que se corrompeu com seus vícios,blasfêmias e a atitude que se esquece de Deus.Mas também aponta para o sistema do mundo que está revoltado contra Deus,um sistema que está sob o poder do maligno.

    Quando alguém ama aos vícios deste mundo(sociedade e cultura)torna-se escravo deste sistema mundano com suas concupiscências carnais ,as imoralidades,as pervesões de toda sorte;a concupiscências dos olhos as muitas tentações que vêem mediantes a vista ,mediante a contemplação das vantagens terrenas,com as riquezas,a fama,os prazeres,etc.: e o orgulho da vida,que torna o homem egoísta,que o faz dirigir sua vida para si mesmo,em que o "eu" se torna o seu Deus."

    Para concluir,repito o q disse Jonathan Edwards:

    A influência de Deus é manifestada com maior abundância se os corações das pessoas é desviadodo mundo,liberto dos objetos de suas ambições e arrancado de suas ocupações mundanas pela percepção da excelencia das coisas divinas e por se apegar às alegrias espirituais de outro mundo,as quais estão prometidas no evangelho...A influência do Espirito Santo ,ou do amor divino no coração ,é o maior privilégio e a glória do mais supremo arcanjo dos céus.

    PS.Para glória de Deus essa tem sido a minha experiência deste então.

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  3. Bravo Augustus! Lembrei-me das palavras de um professor que tive comentando o convite aos Hebreus (saiamos fora do arraial, levando seu vitupério): "nunca cofundamos que adoramos a Deus e não a nossa cultura".

    Ab.
    Folton

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  4. Excelente texto.
    Fluido, conciso, límpido, focado. Pode esperar retaliação; vão espernear até!
    ...Até muitos dos de dentro.

    Blessings.
    angelica.

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  5. Dias difíceis, uns deixando de serem cristãos para se tornarem religiosos, outros abraçando o mundo e se tormando criteriosos!
    Bravíssimo comentário, tudo concorre para glória de Deus!

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  6. Por favor, comente a preferência no texto do termo graça comum a graça geral? Você os entende como intercambiáveis ou existe alguma razão teológica para a escolha?

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  7. Querido Pastor Augustus, muito bom o texto. Excelente mesmo! O último parágrafo já recortei e colei no nosso blog como "frase-bússola", alerta totalmente imprescindível.

    Parabéns e muito obrigado.

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  8. Robinson,

    Para mim os dois termos são intercambiáveis. Nenhuma razão teológica para preferir um ou outro.

    Abs!

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  9. Traçar a linha divisória é, de fato, a maior dificuldade. Que tal a letra de uma canção popular? A melodia é bela, a letra é inteligente, até agradável, mas, lá pelo meio, uma frase infeliz com conteúdo pecaminoso. Fazer o quê? Rejeitar tudo? Só ouvir música "evangélica", ainda que só aquelas que são de boa qualidade e com letras ditas corretas? A resposta, parece-me, não será a mesma para todos. Alguns podem ouvir e relevar o que não presta - outros poderão vir a ser mal-influenciados. "The Devil is in the details". As respostas fáceis, extremistas, do tipo "pode tudo" ou "rejeita tudo" certamente são as mais impróprias, ainda que sejam as mais fáceis para quem não gosta de pensar.

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  10. Rev. Dr. Augustus, A Paz de Cristo!

    Em relação ao vinho, sempre fui ensinado, como pentecostal, que é pecado. Mas não vejo isso na Bíblia; ao que me parece Paulo restringe o uso do vinho aos bispos (pastores) – “Que o bispo não seja dado ao vinho” (Tt 1:7; 1 Tm 3:2,3) – mas aos diáconos sua recomendação é de que “não sejam dados a muito vinho”, mas não os proíbe (1 Tm 3:8). Mas tenho um pouco de receio em relação a outras bebidas alcoólicas, principalmente por não conhecer seu processo de fermentação. Como o Sr. vê isso, crentes bebendo cerveja, conhaque, uísque, energéticos,smirnoff...etc.?

    Grato desde já, pelo esclarecimento!

    Cleiton Tenório
    São Sebastião/Litoral Norte de São Paulo.

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  11. Bom dia a todos!

    Eu fico pensando, se para cristãos maduros na fé (como o nosso reverendo Augustus) já é difícil responder a pergunta: "onde eu risco a linha de separação?" imagina para cristão imaturos (que deve ser a maioria da igreja, acredito eu...)

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  12. Rev.Augustus:

    Como sempre, uma excelente postagem. Esse relacionamento com a cultura é, de fato, um grande desafio.

    Reformados e Liberais tomam, muitas vezes, posturas distintas face a esse assunto. E assim deve ser. Os ideais reformados não combinam com muitas dessas "práticas culturais".

    Os Liberais, porém, acabam relativizando o assunto e aceitando normalmente coisas que a "cultura" dita.

    Para termos uma idéia, em um programa de TV do Recife - Consensus - o ex-pastor presbiteriano e ex-pastor episcopal Martorelli Dantas fez a seguinte afirmação:

    “O que interessa a Jesus não é o que eu fiz; o que interessa a Jesus não é com quem eu durmo; o que interessa a Jesus é se eu o amo".

    Tal prática de vida é reflexo de uma cultura erotizada (dominante em nossos dias), que ora é assumida por um "religioso" liberal.

    Quero convidá-lo e a todos os seus leitores para lerem e comentarem nosso post, que trata, em última análise, sobre o mesmo assunto abordado aqui: "MARTORELLI DANTAS E A CLIMATIZAÇÃO DO INFERNO". Veja também trechos dessa entrevista em:

    http://www.filosofiacalvinista.blogspot.com/

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  13. Além de parabenizar o Rev. Augustus pelos esclarecimentos prestados, gostaria de ratificar a questão colocada pelo Kairós, acima, acerca do consumo de bebidas alcoólicas por crentes - o vinho parece ter um certo aval santificador por ser citado na Bíblia, mas a coisa fica bem mais problemática quando se passa para o uísque, a cerveja, entre outros.
    Um abraço, e parabéns mais uma vez.

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  14. Bom Post!


    Pr. a minha dificuldade é ver como muitas igrejas hoje se concentram em eliminar toda a cultura de um novo convertido e logo ensinar uma nova cultura como sendo a cultura sacra que agrada a Deus. Alguns Exemplos Praticos: A musica cantada na igreja e ouvida no cotidiano precisa ser a ``gospel´´ ritmos brasileiros nem pensar! As vestimentas usadas para ir a igreja precisa ser a importada de uma cultura anglo-saxão, terno e gravata. Porque não podemos utilizar e encorajar que se utilize livremente as vestimentas típicas para cada região do Brasil. A decoração das nossas igrejas é a mesma de norte a sul do Pais, não existe uma identificação cultural do ambiente das igrejas com a comunidade que está inserida. O mesmo arranjo floral de plastico encontrado numa igreja de cem anos da cidade grande, é o mesmo arranjo da congregação que foi aberta a um ano em uma cidade pequena do interior que respira cultura popular.

    Pr. creio que reformados precisamos ser culturalmente acessiveis. Aproveitar o que a cultura de bom e limpar aquilo que é pecaminoso. E não criar uma nova cultura a ser estabalecida e inculcada na classe de catecumenos.

    Abs.

    Geazy

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  15. André

    vc não entendeu o "eu" [do texto citado] como retórico?

    abs
    angelica.

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  16. Angélica,

    O Rev. Augustus, também disse:

    "A contextualização sempre foi um desafio para os missionários e teólogos cristãos"

    "O grande desafio que Jesus e os apóstolos deixaram para os cristãos foi exatamente este, de estar no mundo"

    Tudo no texto indica que essa tarefa de delimitar com precisão a linha que separa essas duas coisas é bastante complicada para todos os cristãos, inclusive para os teólogos.

    Então, acredito que esse “eu retórico" que você citou inclui o rev. Augustus, eu e você e todos os demais cristãos. Ou você não tem essa dificuldade?

    abs

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  17. Boa reflexão, parabéns... um abraço

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  18. O Verbo se encarnou não apenas para resgatar o homem, mas também sua cultura e valores. É fácil mundanizar a cultura, mas difícil resgatá-la. Precisamos, portanto, refletir a respeito da cultura com base na Criação, que foi perfeita, procedente de um Pai Amoroso, e também na Queda, que trouxe a corrupção. Assim temos a Imago Dei, mas não a sua essência, como resultado da Queda. Nem toda cultura é mundana e nem todo o mundanismo é cultura. Há valores positivos na cultura, que trazem o conceito do Belo, do Bem, e da Vida, e apontam para Deus – como uma forma de Revelação Natural –; como também (in)valores que trazem o conceito do que é mal e que afastam o homem de seu Criador. Fiquemos, portanto, com o modelo discernente de José no Egito e Daniel na Babilônia.

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  19. Pastor

    Essa turma da foto estava tocando um "praGod"?

    Não distorcendo ou polemizando a postagem, por esse e outros motivos escriturísticos não vejo problemas com dança e outros ritmos durante o culto, desde que seja feito com decência e ordem, e que meu irmão não seja escandalizado.

    A paz
    Tales

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  20. Olá Rev. Augustus, graça e paz!

    Em apoio ao seu belo texto eu gostaria de citar um pequeno trecho do relatório do Comitê de Lausanne intitulado "O Evangelho e a Cultura":

    Deploramos o pessimismo que leva alguns cristãos a reprovar o engajamento cultural ativo no mundo, bem como o derrotismo que persuade outros de que nenhum bem poderiam fazer nestas atividades, e que, portanto, deveriam esperar imóveis que Cristo conserte as coisas quando voltar. Muitos são os exemplos históricos, tirados de diferentes épocas e países, que poderiam ser dados da poderosa influência que, coma ajuda de Deus, a igreja tem exercido numa cultura predominante, purificando-a, reivindicando-a e embelezando-a para Cristo. Embora todas as tentativas até aqui feitas nesse sentido tenham tido seus defeitos, isso não prova que estes empreendimentos não deveriam ter sido realizados.

    Um abraço fraterno ao senhor e a todos os leitores desse blog maravilhoso.

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  21. Graça e Paz Reverendo Nicodemus.

    Gostaria de uma informação à parte do artigo.

    Eu vi em um catálogo de uma distribuidora os livros Igreja Vintage e Jesus Vintage ambos de Mark Driscoll e Gerry Breshears. Como a editora Tempo de Colheita não fornece informações adicionais sobre as referidas obras, decidi lhe perguntar, pois vejo seu aval dos mesmo no anúncio dos livros. Qual a vertente dos mesmos? São de teologia, Eclesiologia, Apologética.... Gostaria de saber pois se forem sobre Apologética, Controvérsia ou algo do tipo (classificações estas mencionadas em muitos livros que possuo, definidos assim por várias editoras) desejo adquiri-los.

    Sem mais, em outra oportunidade comentaris seu artigo.

    Deus o abençoe ricamente em Cristo,

    Apologeta!

    Evangelista Eduardo França é autor do DVD: Milagres: De onde eles procedem? (Categoria: APOLOGÉTICA. (À venda nos sites: CACP, MCK e MERCADO LIVRE). Co-Fundador e articulista do blog Guardian Faith: www.guardianfaith.blogspot.com

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  22. Excelente texto pastor. Um tema atual e bastante esclarecedor.
    Posso republicá-lo no meu Blog?

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  23. Apologeta,

    A linha do Driscoll é a reformada. Ele se enquadra no que tem sido chamado de neocalvinismo, um movimento crescrente nos Estados Unidos de pastores e teólogos calvinistas que querem apresentar e viver o calvinismo de maneira relevante ´para sua época e cultura.

    Abs.

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  24. Prezados Rev Nicodemos e Apologeta

    A informação que tenho sobre Driscoll é a seguinte. Ele participou há alguns anos de vários eventos com o pessoal da "igreja emergente". Daí o nome "vintage", que é como muitos "emergentes" referem-se ao ambiente de suas igrejas.

    Posteriormente, ele decepcionou-se com muitos dos principais líderes do movimento emergente e passou a critíca-los, por terem abandonado a Bíblia. Há um vídeo (creio que foi colocado no Blog teologia pentecostal) em que Driscoll critica os líderes emergentes não bíblicos, mas considera-os como desviados do movimento. Creio que Driscoll está equivocado, não creio que o abandono da Bíblia veio depois, mas sim que, desde o seu início, o movimento emergente era anti-bíblico. Logo, quem está sobrando aí são os cristãos bíblicos.

    Há livros (não creio que foram traduzidos para o português), de Roger Oakland e de outros autores que demonstram que desde o início o movimento emergente foi liderado por pessoas de convicção e prática budistas.

    Após afastar-se desse líderes anti-bíblicos (que, na verdade, são o núcleo duro do movimento emergente), Driscoll passou a defender fortemente uma teologia mais bíblica, e há muitos vídeos, inclusive com legendas em português circulando por aí.

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  25. Olá! Parabéns pelo blog. O texto sobre o credo para fundamentalistas estava ótimo. Estarei participando de suas palestras sobre família em Campina Grande. Será um grande privilégio. O irmão poderia me indicar algum livro que ensine a fazer diagramação do texto grego? Tenho procurado e não tenho encontrado. Um abraço!

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  26. Querido Reverendo Augustus Nicodemus, alguém tocou na questão "desde que não escandalize o seu irmão mais fraco na fé". Pergunto: esta é uma linha divisória?

    Vejo que muitas lideranças começam a se ensoberbecer na "liberdade" do Evangelho e tropeçam exatamente neste ponto: o respeito e o amor aos irmãos mais fracos na fé.

    Assim, mesmo que eu tenha plena convicção de uma posição, mas sei que meu irmão pode se escandalizar com aquilo, em amor, então, abro mão de usufruir daquilo na frente dele. Certo? Na prática, no cotidiano, posso mesmo estender a aplicação desse verso à questões culturais (como beber, dançar, comer, etc)?

    Pergunto isso, porque, cedo ou tarde, acabamos sempre escandalizando o irmão mais fraco na fé em questões que sabemos não são pecados em si, mas que, vemos, o levariam a se escandalizar.

    Enfim (espero ter sido claro), quais as extensões práticas desse verso paulino?

    Abraços sempre afetuosos.

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  27. Concordo, mais em alguns pontos discordei, acho que a poligamia das tribos africanas devem ser repudiadas pelos missionários sim! pois é pecado..., se a pessoa se converter(Se Deus quiser quer ela se converta) ela não mais vai viver no pecado...

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  28. Pr., obrigado pelo texto. Infelizmente, a dificuldade permanece. A delimitação entre nós e o mundo sempre martela em minha cabeça quando penso em evangelismo. Até que ponto posso me relacionar com colegas de faculdade, por exemplo, sem me contaminar? Até que ponto conseguirei participar de festas, encontros de turma, sem comprometer minha fé?
    Será que devo me afastar completamente? Como irei influenciá-los, se não passo tempo com eles?
    Como conviver com colegas de trabalho, quando todos os assuntos invariavelmente culminam em conversas sobre sexo, drogas, adultério?
    Enfim: há uma maneira de não se ter relacionamentos superficiais com as pessoas do mundo, e ainda assim não se deixar contaminar? Jesus ia a casamentos e festas - como será que ele fazia a diferença nestes meios?

    Em tempo: que livro o sr. recomendaria acerca deste assunto, de "não ser do mundo mas estar no mundo"?

    Abraços!

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  29. Olá Rev.
    Esse assunto é mesmo polêmico, e cada pessoa sente uma dificuldade diferente. Por exemplo, eu praticamente deixei de assistir tv e ir ao cinema, visto que quase todos os filmes e programas apresentam sensualidade, linguagem imoral ou violência. A Bíblia é clara quando nos diz para não colocarmos os olhos naquilo que é mau e também com o que devemos ocupar nossa mente (Fil 4.8)
    Também fico pensando nas músicas que gosto, por exemplo, deixei de ouvir U2 porque, na melhor das hipóteses, as letras possuem um caráter ambíguo. Agora estou até avaliando meus queridos cds de jazz contemporâneo, sabe que pra mim só a voz do Michael Bublé já é sensual demais? Será que estou exagerando?
    Abraço!

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  30. Ao Reverendo Nicodemus, amado de Deus, chamado santo: Graça e paz de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo. (Romanos 1:7).

    Fico grato por suas informações, caro reverendo, mas eu gostaria de saber quanto ao teor dos livros que mencionei. Que linha eles seguem? Estão na categoria de comentário bíblico, eclesiologia, o que de fato Driscoll e Breshears comentma nos referidos livros?

    Eu gostaria de saber porque pretendo adquiri-los, mas não antes sem me informar dos detalhes.

    Grato no Cristo, o Caminho,

    Apologeta!

    Evangelista Eduardo França é autor do DVD: Milagres: De onde eles procedem? (Categoria: APOLOGÉTICA. (À venda nos sites: CACP, MCK e MERCADO LIVRE). Co-Fundador e articulista do blog Guardian Faith: www.guardianfaith.blogspot.com

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  31. Esse realmente é um assunto complicado, os cristãos deveriam ser mais independentes para pensar. O meu pastor, quando perguntei para ele se X é pecado, ele respondeu: "O que você acha?" Eu tive muitos problemas na adolescência, acreditando que tudo era pecado, tudo era pecado, mas depois que eu rejeitei o fundamentalismo do pode-não-pode, eu fiquei muito melhor, pude começar a viver melhor a vida em Deus estando no mundo, mas não me tornando parte dele.

    A Bíblia diz que nenhum homem pode receber coisa alguma que não venha de Deus, as pessoas que criam arte, ciência, estão exercendo os dons que Deus deu para elas, apenas não estão dando a devida glória a Deus (o que é um problema, né). Por isso, creio que não há problema em assistir certos programas (eu assisto animé, mesmo sabendo das diferenças culturais no Japão permitem que coisas passem normais por lá e não muito normal aqui.

    A questão da sensualidade também deve ser considerada, porque vamos encarar os fatos: não há como eliminar totalmente a sensualidade, e creio que há parte do conceito de sensualidade que é até tolerável e até mesmo bom (lembra do Screwtape Letter, em que o chefe diz que os humanos não compreendem o verdadeiro nu e se satisfazem com idiotices?). A dança por exemplo: toda dança tem que ter sensualidade, porque a dança permite à pessoa liberar suas emoções, e eu não acho isso uma coisa ruim, claro que dentro do limite que é bom.

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  32. ... homens dos quais o mundo não era digno...
    Assim deve ser a nossa vida... que o mundo não seja digno de nosso proceder.

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  33. Mais um bom artigo do Augustus!

    Aproveitando o assunto sobre cultura, minha última postagem no blog é sobre o carnaval, a quem possa interessar.

    http://soloanthony.blogspot.com/2011/03/comentario-de-efesios-51-6-sobre-o.html

    ;)

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  34. Prezado Rev Nicodemus

    Meu comentário, por engano meu, saiu como se fosse da minha esposa ("Pretinha"). Só para esclarecer.

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  35. Anônimo7/3/11 19:15

    Como sempre são muito esclarecedores seus textos. Parabéns

    Gosto de uma frase de J. Blanchard que diz "Jesus não orou para que seu Pai tirasse os cristãos do mundo, mas para que tirasse o mundo dos cristãos."

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  36. Parabéns, Rev. Augustus!
    Vejo que o senhor, sabiamente, nos alerta tanto contra o amor ao mundo, quanto contra o desprezo à graça comum evidenciada na cultura humana. Deste modo, evita impor uma determinada regra de conduta, conclamando à uma vida de obediência à Palavra de Deus e também de cautela e quando possível, até de admiração à cultura que nos cerca.
    Falar deste tema como um verdadeiro desafio a ser enfrentado, revela a humildade necessária ao se tratar de um assunto que já conduziu muitos incautos à ruína.
    Creio que os capítulos 08 e 09 da primeira carta de Paulo aos Coríntios (que tratam acerca do que é lícito e do que convém) sirvam de auxílio nesta importante discussão.
    Um forte abraço,
    Sandro.
    (prsandromarcio.blogspot.com)

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  37. Olá Rev. Augustus!

    Não sei a quem esse email poderia ser encaminhado, e portanto escrevo aqui no blog do senhor, do qual sou leitor.

    Meu nome é Bernardo W. Dagostim, moro em Curitiba - PR, e sou estudante de Medicina Veterinária da Universidade Federal do Paraná. Sou cristão, batista, e juntamente com uma colega estamos nos preparando para começar um trabalho de evangelismo e também comunhão cristã dentro da Universidade, o chamado Projeto Daniel (http://www.movimentoatos.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=80&Itemid=94). O projeto consistirá em reuniões semanais, em horário de almoço, onde teremos músicas e também ministração da Palavra e compartilharmos nossas vidas uns com os outros. Algo parecido com o sistema de células que algumas igrejas adotam.

    Recentemente li em jornais e acabei descobrindo que a Universidade Presbiteriana Mackenzie distribui Bíblias aos calouros e também aos formandos, e em meio a recente polêmica, li que alguns alunos acabaram rejeitando o presente. E, por meio deste e-mail, gostaria de saber se teria como a Universidade Mackenzie, por favor, enviar-nos alguns exemplares que foram rejeitados, pra que a gente presenteie os interessados (não-cristãos) que venham a frequentar nosso grupo. Sei que deve ser um pedido estranho, e realmente não sei a quem deve ser encaminhado, e portanto se o senhor souber me informar a qual departamento da Mackenzie eu poderia encaminhar, ficaria agradecido. E não precisa publicar esse comentário, hehe, por favor.

    Obrigado!

    No amor de Cristo,
    Bernardo W. Dagostim.
    (bernardowd@yahoo.com.br)

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  38. Anônimo9/3/11 20:55

    Excelente texto.
    O grande desafio é conhecer e viver os ensinamentos das Escrituras e não usar aspectos culturais, claramente contrários às a elas, sob esse argumento, como desculpa para pecar.

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  39. muito bom.
    pergunta: como lidar com o fumo?
    acredito que tudo em excesso faz mal.
    o fumo em si é errado?

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  40. Fantástico. Tenho a impressão que o irmão colocou em pauta boa parte daquilo que traz contendas em uma conversa sobre o assunto.

    Há alguns anos, talvez 5 ou 6, participei de uma congresso missionário onde foi tratada essa questão da Contextualização Missionária. O fruto daquele trabalho resultou no livro, hoje reeditado pela EVN, "Contextualização Missionária
    Desafios, questões e diretrizes".
    Fruto de exaustivas discussões de grupos e debates.

    Penso que no rol dos temas tratado pelo irmão, se encaixariam temas como o uso de piercens, tatuagens, etc. sempre veementemente defendidos pelos jovens "emergentes", com fortes apelos à questões culturais.

    Da mesma maneira, a da tão defendida, "relevância" da igreja para a sociedade. Penso, modestamente, que a questão da relevância passa bem perto da contextualização.

    Se não pensarmos bem sobre uma relevância bíblicamente, ela se tornará problema como o é a contextualização mal entendida biblicamente.

    Pena que não li este texto quando lançado, e por isso, não pude participar dos comentários.

    Sempre aprendo com o irmão.

    Um forte abraço,
    Pr. Menga

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  41. Caro Bernardo,

    A cada distribuição de Bíblias no Mackenzie existem exemplares que são jogados fora por alunos que, usando seu direito de receber ou não, preferem não receber. Ninguém é obrigado a aceitar a Bíblia de presente.

    OS exemplares rejeitados e que estão em boas condições são recolhidos e vão para nosso depósito, para serem oferecidos outra vez na próxima oportunidade - somos persistentes!

    Portanto, lamento não poder atender a seu pedido.

    Abraços.

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  42. Ola Dr. Augustus,quero primeiro parabenizar-lhe pelo blog.Estou sempre acompanhando seus escritos e de seus parceiros de blog.Gostaria de saber sua oinião sobre o livro de Michael HORTON-O Cristão e a Cultura,onde ele fala que o cristao tem a liberdade de ouvir qualquer música,mesmo que seja mundana.Qual a sua opinão sobre ele.Um abraço e aguardo a resposta...Leonardo Viana,Piripiri, Piauí.

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  43. Saudações,


    Acompanho o blog já faz algum tempo, e gostaria de aproveitar para tirar a mesma dúvida do Leonardo: Qual a opinião dos autores do blog, em especial o Rev. Augusto Nicodemus, sobre o livro "O Cristão e a Cultura" do Michael S. Horton (que inclusive já participou de congresso na Mackenzie).

    Na verdade, minha dúvida é um pouco mais específica, sei que no geral as opiniões sobre o livro são boas, tanto aqui no Brasil quanto lá fora, mas eu gostaria da opinião (experiência, conhecimento e sabedoria) sobre partes bem específicas do livro que vou transcrever abaixo:

    "Quais são os critérios bíblicos para se julgar a boa arte em contraposição à arte ruim? A resposta simples é nenhum. Em vão se vasculhariam as Escrituras à procura de uma lista de regras para distinguir a boa arte da arte, literatura ou da música ruins[...]" (pág. 71)

    Neste ponto me lembrei de um fotógrafo falando sobre o nú artístico, músicas, livros e poesias que promovem explicitamente a pornografia, lascívia, adultério, pedofilia, violência, orgias, inclusive me lembrei de um filme que foi recentemente censurado no Brasil por mostrar cenas de pedofilia, necrofilia, incesto, zoofilia, inclusive estupro de um recém nascido, e diversas pessoas acharam um absurdo por estarem censurando a arte. Sei que estou exagerando, mas de algum forma essas pessoas não estariam de acordo com a base do pensamento do autor? Conheço parte da teologia e Michael Horton, e sei que não seria esse o caso, mas ao mesmo tempo isso está escrito no livro dele de uma forma bem clara, o que ele quis dizer então?

    Mais alguns textos similares retirados do livro:

    "Não há nada de errado com arte que apele aos sentimentos e à imaginação [...]" (pág 86)

    "Não há nada não-espiritual sobre apreciar um concerto secular por simples prazer." (pág. 86)


    No capítulo de conclusão do livro Michael Horton faz uma indagação, e eu gostaria de fazer outra:

    Horton diz:

    "Por que precisaríamos de música cristã, livros cristãos, arte cristã ou empresas cristãs? [...] precisamos mesmo de música pop cristã para nos divertirmos ou de livros cristãos de receitas?" (pág. 180)

    Minha pergunta seria: Por que não? Horton passa boa parte de seu livro falando sobre a separação entre sagrado e secular, igreja e mundo, cidade dos homens e cidade de Deus, mas no final disso tudo, para mim é tão agradável poder chegar em casa e ouvir o som primoroso do grupo Vencedores Por Cristo me lembrando que a paz está em meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, me deitar e ouvir o som do grupo Palavra Antiga e me deleitar com "o amor de Deus que nos faz um com Ele", trocar meu cd e ouvir a voz forte de Thales Roberto me lembrando que sou salvo "somente pela graça". Isso para mim é mais que suficiente para responder a indagação retórica do Michael Horton.

    Por isso mesmo, não consegui entender boa parte do que Horton escreve em seu livro, mas gostaria mesmo de entender, já que o considero um bom autor, assim sendo, gostaria que vocês (que também admiro como estudiosos da palavra) me ajudassem com suas reflexões e opiniões sobre o livro.

    Cordialmente,
    Ronaldo

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  44. Ronaldo,

    De fato, Horton é um bom autor.

    Não li o livro a que você se refere e portanto não tenho como responder à sua indagação, pois precisaria ver o contexto completo no qual as declarações dele estão inseridas.

    Um abraço.

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  45. Rev. Augustus,

    Muito obrigado pela rápida resposta a minha dúvida.

    Grande abraço,
    Ronaldo

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  46. MUITO OPORTUNA ESTA QUESTÃO DA CULTURA .... POIS A CULTURA DE UM POVO JAMAIS PODE SOBREPOR O PODER DO EVANGELHO ... NA VERDADE TEMOS QUE EVANGELIZAR A CULTURA .. E NÃO ACULTURAR O EVANGELHO ..

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  47. Na verdade .. o Evangelho de Cristo é Transcultural ... pois não se detém em aspectos Culturais de um Povo .. o que existe na Verdade é uma enorme confusão entre Culturas e Folclore... Manifestações Culturais.. são demonstradas com os Ritmos ..geralmente Musicais .. Artísticos... Teatrais etc ... e quando o Povo de Deus os tornam elementos do Culto á Deus .... qualquer Adoração .. vira um Show

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  48. Rev. Nicodemos, achei muito bom o texto. Eu não sei se já leu o livro de Michael S. Horton (O cristão e a cultura) especificamente o capitulo 4 - o cristianismo e as artes, onde ele declara que a arte (música, pintura, literatura) não precisa de justificativas, elas foram criadas para deleite, prazer e alegria. Em outras palavras ele quis dizer, tudo me é lícito. Mas em contra ponto e pelo que entendi no seu post, devemos ter critérios ao apreciarmos a arte (subintendente-se cultura)?
    Tony Cruyf
    Igreja Presb. Hebrom

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  49. Pastor Augustus.

    Em nossa cultura (ainda que confesso que não sei a origem )aplaudir uma pessoa significa reverenciar, homenagear ou reconhecer algum feito. Deixando de lado o modismo Gospel e os excessos, aplaudir a Deus ou a Jesus em cultos públicos seria algo válido?? Sempre tendo em conta que aplaudir faz parte de nossa cultura.

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