A cruz é o símbolo universal do cristianismo, mesmo num mundo onde mais e mais ela tem perdido o seu significado. Numa pesquisa recente feita na Austrália, Alemanha, Índia, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, ficou claro que o símbolo da MacDonalds (o arco dourado) e o da Shell (uma concha amarela) eram muito mais conhecidos do que a cruz.
Muitos dos que a identificam ofendem-se com ela. A cruz de Cristo é motivo de ofensa para muitos hoje, como foi na época em que os primeiros cristãos começaram a falar dela como o caminho de Deus para a salvação. O apóstolo Paulo escreveu:
“Certamente, a palavra da cruz é loucura para os que se perdem, mas para nós, que somos salvos, poder de Deus . . . nós pregamos a Cristo crucifica¬do, escândalo para os judeus, loucura para os gentios” (1 Coríntios 1:18,23).
A feminista Deloris Williams é um exemplo moderno de pessoas que se ofendem com a cruz. Ela declarou: “Acho que não precisamos de uma teoria em que os pecado têm que ser pagos pela morte de alguém. Acho que não precisamos de um cara pendurado numa cruz, sangrando, e outras coisas desse tipo” (1999, conferência Re-Imagining God).
Podemos compreender a repulsa natural que as pessoas sentem pela cruz. A execução por morte de cruz era algo terrivelmente cruel. Na verdade, era sadismo legalizado. Foi provavelmente uma das formas mais depravadas de execução jamais inventada pelo homem. Nada mais era que morte lenta por tortura. E realmente funcionava. Ninguém jamais sobreviveu a uma crucificação.
Mas para os que crêem, a cruz faz perfeito sentido. A salvação do homem só pode ocorrer através de uma satisfação dada à lei de Deus, que o homem quebrou e tem quebrado sempre. Somente Deus pode perdoar. Mas somente o homem pode pagar. Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, colocou-se no lugar do homem, como representante dos que crêem, e sofreu a penalidade merecida, satisfazendo a justiça divina.
Até mesmo pensadores não cristãos afirmam a necessidade da punição merecida. O pesquisador C. A. Dinsmore examinou as obras de Homero, Sófocles, Dante, Shakespeare, Milton, George Elliot, Hawthorne e Tennyson, e chegou à seguinte conclusão: “É um axioma universal na vida e no pensamento religioso que não pode haver reconciliação sem que haja satisfação dada pelo pecado” ("Atonement in Literature and Life" republicado 2013), .
Portanto, para os que crêem, a cruz é mais que um símbolo a ser levado no pescoço ou pendurado nas paredes da igreja. É o caminho de Deus para salvar todo aquele que crê.
Certo dia, no shopping, não resisti e comprei uma corrente de prata. Dias depois coloquei um pingente na forma de uma cruz.
ResponderExcluirIsso deu o que falar na minha casa e na minha igreja. Como eu era muito jovem, provoquei bastante meus pais e pastores.
Com o tempo aprendi que a cruz não é algo sem significado, aliás, sempre soube disso, porque dizia para mim mesmo: "Sempre que eu me lembro da cruz pendurada no meu pescoço, volto meu pensamento para Cristo, que não está mais lá." (Meu pingente é uma cruz vazia).
Atualmente uso em qualquer lugar, exceto na igreja, por causa dos mais antigos, porque meu pastor pediu gentilmente que eu não usasse a fim de evitar qualquer confusão.
Vejo tudo isso como algo fútil, embora respeito os crente mais tradicionais, pois acredito que a cruz é uma simbologia do reino de Deus, desde que vazia, pois nos remete ao Calvário.
"A cruz é o símbolo universal do cristianismo, mesmo num mundo onde mais e mais ela tem perdido o seu significado. [...] Mas para os que crêem, a cruz faz perfeito sentido."
Ainda continuo com a minha.
Sim eu amo a mensagem da cruz
ResponderExcluir'Té morrer eu a vou proclamar
Levarei eu também minha cruz
Até por uma coroa trocar
É a primeira que comento um post seu, reverendo. Sou batista e encontro muita coisa em comum com as nossas doutrinas. Quando aos versos, eu os conheço pela voz suave de Feliciano Amaral.
"Sim eu amo a mensagem da cruz
ResponderExcluir'Té morrer eu a vou proclamar
Levarei eu também minha cruz
'Té por uma coroa trocar"
Reverendo, é a primeira que lhe escrevo. Tenho gostado muito de ler os seus posts, a profundidade das suas análises tem me ensinado bastante sobre pontos bíblicos sobre os quais eu não tinha entendimento, acompanho também os seus vídeos. Que Deus continue lhe abençoando.
Os versos acima, eu os conheço pela voz suave de Feliciano Amaral.
A graça e a Cruz
ResponderExcluirA graça e o amor
se resume em dois madeiros cruzados
em três cravos cravados
e um peito vazado
onde Deus humilhado
vendo o filho e calado
teve o seu coração transpassado
seu amor espalhado
e a graça e cruz
se fundem em um só é Jesus
e a cruz que foi trevas
é pra mim hoje luz
nela morre meus pecados
nela nasce Jesus.
http://www.youtube.com/watch?v=iJgjV51H7Mk&list=PL4ghztYOqR_K7HjcGFmlGuzxQ6tAXHska
Grande é o Senhor! A Cruz maldita, tornou-se a Cruz da redenção!
ResponderExcluirObrigado Pastor Augustus pelo post, é sempre bom ter em mente a Cruz de Cristo, e a nossa!
Abraços, Deus nos guie!
Felipe Wagner
Reverendo, Graça e Paz.
ResponderExcluirSó fiquei com uma dúvida. A cruz foi inventada pelo homem? Não havia uma ordenança para usá-la na Lei de Moisés?
Jones, infelizmente nem todo aquele que foi beneficiado com o que Jesus fez na cruz entende o seu real sentido
ResponderExcluirEmerson Carvalho,
ResponderExcluirisso mesmo.
Se pudéssemos compreender, de fato, a cruz de Cristo, não seríamos tão imaturos como os israelitas que não entenderam a serpente de bronze posta numa haste (Nm. 21.4-9; II Rs. 18.4).
Reverendo,
ResponderExcluirpedi uma informação no post [http://tempora-mores.blogspot.com.br/2011/11/o-dia-de-pentecostes.html] e talvez não tenha percebido por ser antigo no blog.
Adoraria se tivesse um tempinho para ver.
Desde já agradeço.
Saudações em Cristo!, estive ontem na palestra que o senhor deu na cultura cristã sobre o ministério apostólico (sou o que lhe fez a ultima pergunta, o pentecostal com cinto de segurança rsrsrsr).
ResponderExcluirParabéns pelo excelente desempenho e conteúdo, o senhor é tão abençoado por Deus que dá vontade de lhe ouvir o dia todo.
Abraços no amor de Cristo -
Pb. João Eduardo Silva - Assembléia de Deus.
Caríssimo pastor,
ResponderExcluirNão seria mais correto proclamar que Jesus é o caminho para a salvação, e não a cruz? Ao dizer o contrário, não estamos apenas reforçando a simbologia cristã, um pouco em detrimento da centralidade da pessoa de Jesus Cristo?