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domingo, novembro 12, 2006

A anatomia da perseverança dos santos


Hoje à noite (domingo) tive o privilégio de interpretar o pr. Iain Murray pregando no texto de Mateus 11:28, em nossa igreja (Igreja Presbiteriana da Lapa). O pr. Murray nasceu em 1931 e começou no ministério pastoral em 1955. Foi pastor auxiliar do Dr. Lloyd-Jones e também pastoreou em Sydney, na Austrália. Foi um dos fundadores do Banner of Truth Trust, (1965) e, atualmente, é o diretor editorial deste importante ministério reformado.

Pr. Murray está no Brasil, com sua esposa Jean, para pregar no Encontro da Fé Reformada (Manaus e Goiânia) nas duas próximas semanas. São 55 anos de fiel ministério da palavra e, com uma vida assim, temos centenas de lições a aprender, entre elas:

1) Que um grande ministério não precisa ser um mega ministério. As obras que Deus colocou no caminho desse seu servo são, indubitavelmente, grandiosas. Porém, vendo-o pregar, não se vê uma 'estrela', mas um homem que abre a Palavra de Deus de maneira simples e poderosa, sem atrair qualquer atenção para si mesmo, exemplo de pregação simples e fiel.

2) Entre as muitas coisas preciosas que ouvi e traduzi, uma foi o simples conselho de que o povo de Deus pode e precisa aprender com a vida dos santos que nos é apresentada na História da Igreja. Tendo sido o pastor auxiliar de Lloyd-Jones, pr. Murray escreveu uma biografia (publicada pela PES, no Brasil), destacando como o ministério de pregação do "doutor" alcançou repercursão mundial pela sua fidelidade às Escrituras e pelo equilibrio na aplicação da mesma (isto claramente visto nas suas correspondências organizadas por Murray e, também, publicadas pela PES). Aprendamos com o santos e fiquemos alertas com os que caem.

3) Olhando para um ministério como este, e outros (estava presente no culto o Rev. Francisco Leonardo Schalkwijk, que foi missionário no Brasil durante décadas), reacende-se a esperança de que, apesar de tantas quedas que vemos ao nosso redor, a fidelidade do Senhor preserva os seus santos para que passem por muitas lutas no ministério e cheguem até o fim para dizer como Paulo: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé." (2 Tm 4.7 )

4) Aprendi, também, que diante das muitas lutas, a graça de Deus pode manter a nossa lucidez, o bom-senso e a própria razão. Com certeza temos muitas lutas externas e nossa própria guerra contra o pecado. Creio que a simplicidade no evangelho pode nos manter longe do cinismo e racionalização que muitas vezes toma conta da vida íntima daqueles que caíram. Estes que chegam ao fim em pé, com certeza, viram muitos cair e seguiram o conselho: "Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia." (1 Co 10.12)

Estou dizendo isto porque a queda de Haggard me impressionou muito. Aliás, não a queda dele, especificamente, mas a queda de homens que lutam para viverem como 'homens de Deus'. Ver o pr. Murray pregando, depois de 55 anos de ministério, me trouxe alento e estímulo para permanecer fiel a Deus e a sua santa palavra.

Minha oração nesta noite é: Senhor, obrigado pela promessa da perseverança. Faça-a visivel na minha vida e mantém a integridade do ministério que o Senhor colocou em minhas mãos.

Esboço do texto de Mateus 11.28:
"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei."

1. O convite do Senhor: vinde a mim
2. A abrangência do convite: todos que estais cansados e sobrecarregados
3. A promessa: e eu vos aliviarei

27 comentários:

  1. Caro Dr. Mauro,

    Excelente seu post. Sobrio profundo, esperanzador.
    Faço da minha oraçao a sua. Deus nos abençoe.
    Tambem dou graças a Deus pelos referencias de pastores fieis que temos e que ainda vivos.
    Um abraço,
    Fábio
    (Chile)

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  2. Pr. Mauro,

    Não me espanta muito o que aconteceu com Ted Haggard. O susto que alguns podem levar é pelo simples fato desse pastor ter muita visibilidade.

    Parece que esses casos estão aumentando nos USA. Digo isso porque conheci um homem que é diretor de uma clínica para dependentes químicos em SP, e ele já esteve em clínicas norte-americanas que internam pastores abusadores, pervertidos, promíscuos. Não são poucos os que conhecem casos assim.

    Nasci num lar católico e também nesse meio convivi de perto com a realidade da depravação sexual de homens e mulheres que sustentam uma imagem de santidade.

    Há um ensino romanista que afirma que o padre é um "outro cristo". Diante disso não posso me esquecer de um padre que conhecemos que masturbava crianças e adolescentes à noite, e de manhã usava as mesmas mãos para "segurar deus" através da consagração da hóstia.

    Conhecemos casos de crescente lesbianismo dentro dos conventos, entre as freiras. Conhecemos garotos homossexuais que se escondem nos seminários, que fazem sexo entre eles, que consomem pornografia, etc.

    Enfim, não sei bem o que pensar sobre tudo isso. Mas acho que nossa geração está sofrendo muito na área sexual.

    Parabéns pelo artigo.

    Luiz

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  3. Rev. Mauro,

    Muito alentador este artigo. Devemos continuar orando por irmãos como o Pr Murray e a sua família.

    O serviço dele prestado às igrejas e a cada cristão tem sido uma bênção, não tenho dúvidas disso.

    Uma evidência de ministérios que perseveram na santidade até o final é, acredito, quando a exposição das Escrituras e a gloria de Deus sempre vêm em primeiro lugar.

    Sobre a influência de "pequenos ministérios" ouvi uma crítica de um irmão sobre Lloyd-Jones dizendo que a igreja dele não tinha muitas pessoas e que a dedicação dele, portanto, não era grande coisa. Inclusive, outro irmão acusa este mesmo ministério, dizendo que ele deveria ter perdido menos tempo escrevendo livros que tão bem expôe a Bíblia... Bem, juntando estas duas infelizes acusações, podemos concluir que, apesar de realmente a igreja de Lloyd-Jones não ter grande "público", ele atingiu praticamente o mundo inteiro atráves do simples serviço da exposição das Escrituras! E que vida e que ministério nos legou o seu testemunho!

    Aliás, o grande impacto que a sociedade precisa, como lembrava Lloyd-Jones, não são "grandes movimentos", mas a fidelidade de cada cristão aos princípios e valores da Bíblia em todo lugar e a todo tempo - e fora de tempo.

    Muito boa essa abordagem positiva dos ministérios que nos servem como inspiração não somente de pregações, mas de vida comprometida com a Palavra pregada.

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  4. ótimas Lições grandes Reflexões...

    Em minha despretenciosa visão, creio que seria mais valoroso se (não apenas os líderes das igrejas) as próprias igrejas optassem por buscar em seus pastores homens com uma pregação simples e profunda. Limitando, desta forma, o epíteto 'mega-pop-stars' para os aclamados grandes fenômenos da mídia.

    Um abraço

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  6. Caro Mauro, muito obrigado pelo seu post. Edificante e desafiador. Temos confiança no Deus que persevera.
    Cláudio

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  7. Caro Pastor;

    Sou um seguidor assíduo do seu "site". Apreciei muito os dois últimos "posts". Quanta diferença se, quando algum de nossos irmãos cai, todos nos referíssemos ao seu caso dessa forma! E isso não significa que se passe uma esponja sobre o pecado mas que, denunciando-o, tratemos com amor cristão aqueles que caíram.
    Gostei do modo com apresenta o Pr. Murray. Penso que estamos longe de dar o devido valor a homens que, antes de mais, fazem tudo para que só o nome do Senhor e a Sua Palavra seja seguidos e temidos.
    Ao contrário, gostamos e incentivamos o exibicionismo nas nossas igrejas. Oremos para que Deus nos dê uma percepção correcta do que Ele quer de nós.
    Um abraço e bom trabalho.
    João Nunes
    Tomar - Portugal

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  8. Pastor Mauro,

    obrigado pela postagem! Ler sobre homens simples e dedicados ao Senhor e a Sua Palavra traz esperança e ânimo ao coração.

    Tenho a mesma sensação quando ouço Pr. Russell Shedd pregar. Simplicidade, espiritualidade, temor e humildade marcam a vida desses homens santos que se esvaziam e pregam a Palavra da cruz.

    Que Deus ajude a todos nós, a combatermos o bom combate, completarmos nossa carreira, e guardarmos a fé até aquele dia qual prestaremos conta do nosso serviço.

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  9. Caro Charles:

    Comentando sua citação de alguns irmãos, que você, corretamente, classifica de "infelizes", obtive os dados do próprio Iain, que está "passando a chuva" aqui em casa (viajamos para Manaus amanhã, para o Encontro da Fé Reformada).

    Você escreve e cita:
    Sobre a influência de "pequenos ministérios" ouvi uma crítica de um irmão sobre Lloyd-Jones dizendo que a igreja dele não tinha muitas pessoas e que a dedicação dele, portanto, não era grande coisa. Inclusive, outro irmão acusa este mesmo ministério, dizendo que ele deveria ter perdido menos tempo escrevendo livros que tão bem expôe a Bíblia... Bem, juntando estas duas infelizes acusações, podemos concluir que, apesar de realmente a igreja de Lloyd-Jones não ter grande "público"...

    Eis alguns dados:

    1. A igreja de Martin-Lloyd Jones não poderia ser classificada de pequena. O pastor auxiliar dele, Iain Murray, disse que a frequência variava de 1000 a 1300 pessoas por culto, ou estudo bíblico. Esse número é significativo em qualquer país.

    2. Dr. Lloyd-Jones era essencialmente um PREGADOR. Na realidade, ele praticamente NÃO ESCREVEU um livro sequer. Todos eles foram notas taquigrafadas ou gravadas de seus sermões. Impossível dizer, portanto, que a "dedicação dele não era lá grande coisa". Nem pode ser dito que "ele devia ter perdido menos tempo escrevendo livros...".

    Primeira Conclusão - quem falou essas coisas não tem a mínima idéia sobre o que está falando.

    Segunda conclusão - Não devemos acreditar em tudo que ouvimos (note que você disse: "... apesar de não ter grande 'público'" - ou seja, esse seu interlocutro quase lhe pega no contra-pé!!

    ;>)

    Abs

    Solano

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  10. Prezado Fábio,

    Minha esperança era a de trazer algum alento, tendo em vista que o recebi ao perceber a realidade de um estável ministério pastoral. Persevere, em nome de Cristo, ai no Chile. A igreja chilena precisará desses modelos.

    Luiz,

    Creio que os fatos por vc mencionados são verdadeiros e mais uma inconteste evidência da doutrina bíblica da depravação total do homem. Quando o cinismo toma conta, os homens simplemente "praticam a doutrina" e o que a Palavra de Deus ensina se torna visível e manifesto em suas vidas. Mas, minha intenção no post, como dito acima, era trazer luz e esperança no meio de nossas próprias lutas.

    Não sei se podemos dizer que "a nossa geração" sofre mais com os pecados relacionados ao sexo. Sei que somos mais expostos que outras gerações, mas nem todas. Imagine os tempos do Novo Testamento onde a prostituição, ao invés de ser considerada suja e imoral, era tida como parte de rituais sagrados! Será que os cristãos sofriam menos com isto do que nós hoje?

    Olá Sílvia,

    Vamos ver se providenciamos uma pequena agenda no blog para apontar para eventos como este. Foi, de fato, uma falha... Mas para remediar a situação, eu e Solano vamos repetir estas palestras em Manaus, na próxima sexta, em um evento da ACSI, 14:00h. Dê um pulinho lá!!!

    abs a todos,
    Mauro

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  11. Olá Charles,

    Creio que as dúvidas levantadas foram bem respondidas pelo Solano, que está bebendo na fonte! Que o Senhor nos abençoe no compremetimento com santos ministérios em todas as nossas atividades.

    Prezado giulliano,

    Por alguma razão o seu post saiu repetido e eu apaguei a segunda vez. De fato, precisamos nos concentrar no trabalho de Cristo e evitar toda e qualquer coisa que atraia o olhar para nós mesmos. Aliás, este é um dos principios seguidos, inclusive, na liturgia reformada: simplicidade e foco em Cristo.

    Prezado João Nunes,

    Interessante saber que o blog é lido desde a distânte terra de Portugal. Encaramos o que fazemos aqui como mais uma forma de ministério. Não queremos que seja o MEU ministério, ou NOSSO ministério, mas o ministério de Cristo através de seus filhos.


    Olá Juan,

    Tenho sempre a mesma impressão quanto ao pr. Shedd. Homem simples e profundo. Tenho grande admiração por ele e seus muitos anos de ministério.

    abs
    Mauro

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  12. Nada a acrescentar Rev... só um MUITO OBRIGADO pelo seu excelente post. ¡SOLI DEO GLORIA pela vossa lucidez!
    Rev. Jonathan (também Chile)

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  13. "Que um grande ministério não precisa ser um mega ministério." Isso é realmente animador.

    Abraços.

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  14. Caro Solano e Rev Meister,

    Bom saber a realidade dos fatos de fontes confiabilíssimas! :-) Porém, apesar então da igreja de Lloyd-Jones ter uma freqüência considerável, mesmo assim, podemos dizer que não se precisa de uma "mega-hiper-igreja" para se impactar o mundo e nem de recursos milaborantes para atrair gente... o que Lloyd-Jones fazia? Apenas expunha a Palavra de Deus, o resto era obra do Espírito Santo! Até hoje, em várias partes do mundo recebemos e vemos evidências dos frutos produzidos.

    No que se refere aos estudos bíblicos na capela de Westminster, o que eu sei é que semanalmente - por praticamente 14 anos! se não me engano - principalmente na época da exposição da epístola aos Romanos, se contava uma média de mais ou menos 1.000 pessoas, parando apenas para pregar na páscoa e no natal. Mas isso, de forma alguma pode ser comparado aos "mega-tander-ministérios" e aí que vemos a diferença que eu gostaria de destacar: número não é documento, mas sim, à fidelidade às Escrituras.

    Estes dias alguém que estava orientado um novo convertido ouviu deste que esteve numa igreja presbiteriana e achou o culto muito "parado" e que parecia mais uma antiga missa católica, segundo a concepção do novo convertido. Aí eu perguntei a quem me relatou o caso se o principal diferencial foi percebido: o conteúdo da exposição bíblica e a fidelidade às Escrituras! Hoje em dia, muitas igrejas católicas são parecidas ao "estilo evangélico moderno de ser", fungindo inclusive do esteriótipo da missa tradicional. Aí, muitos preferem ficar nas igrejas onde estão, sem se ater ao principal: a correta ministração da Palavra. Se muitos que visitam nossas igrejas não percebem uma substancial diferença quanto à centralidade do culto fundamentada nas Escrituras,então, de fato, mais do que nunca, homens como o Pr Murray e Lloyd-Jones são cada vez mais destaque, não pelo brilhantismo pessoal, mas pela luz do evangelho que está ofuscada ao nosso redor.

    Lembro-me de que um dos "frutos" que ainda temos atuando entre nós é o J.I Packer que durante um certo tempo também parece que ouvia o Lloyd-Jones.

    Uma dúvida a ser tirada: de qual denominação era Lloyd-Jones? Já ouvi falar que seria metodista calvinista ou até congregacional.

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  15. Prezado Jonathan, jovem pastor,

    Que muitos irmãos ai no Chile se tornem modelos para as gerações futuras, sabendo que o ministério é de Deus...

    Um abraço

    Nagel,

    É isto mesmo. A grandeza do ministério não nos homens, mas no trabalho que Deus faz através deles. Pois todas as coisas são dele, para ele e por meio dele...

    abs

    Charles,

    as repostas mais precisas terão que vir do Solano. Com certeza ele dirá algo.

    abs

    Mauro

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  16. O dr. Lloyd-Jones era um metodista calvinista, do qual uma grande paixão (que gostava de enfatizar) era um retorno à combinação das doutrinas dos calvinistas com o entusiasmo dos metodistas, presente no metodismo calvinista de Whitefield e outros.

    Já li que Lloyd-Jones cria que Jonathan Edwards era um metodista calvinista de coração. hehehe

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  17. Uma errata:

    Onde escrevi

    "parando apenas para pregar na páscoa e no natal"

    Leia-se

    "parando apenas DE pregar na páscoa e no natal."


    ---

    Sabino, então ele era metodista calvinista? Será que existe no Brasil esta linha denominacional?

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  18. Os mega ministérios estão entrando em crise, pelo que vejo por aqui nos "States", estes homens e mulheres que se auto denominaram líderes mundiais da fé, agora não encontram mais espaço disponível para extravasar seu ego e arrogância e começam a despencar dos seus tronos. São vítimas dos seus próprios corações e de um sistema que rege a conduta do cristianismo nestes dias.
    Acompanhamos (sempre estarrecidos) com muita frequência escândalos e mais escândalos que atingem no final das contas o próprio Reino.
    Me parece haver um clamor de alguns por "algo" mais simples, mais diretamente da Bíblia, sem que cada culto se torne um mega evento, só uma palavra, pura, verdadeira. Está difícil, mas não é impossível, quando eventos como esse (Culto da IP Lapa, ou o Encontro da Fé Reformada) são trazidos sabemos que podemos seguir adiante, pois o Senhor é fiel.
    Desculpem a melancolia, mas é que o tempo aqui está chuvoso...gotas de chuva que fazem parcerias com as lágrimas dos nossos corações...
    Abraço Prof. Mauro.

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  19. Desconheço totalmente um metodista calvinista. Aliás (algo que indignava o dr. Lloyd-Jones), é uma lástima o Metodismo deixar o grande Withefield de escanteio.

    E mais: posso estar sendo injusto, julgamento o todo (os metodistas do Brasil inteiro) pelo particular (os que conheço), mas creio que o entusiasmo que Lloyd-Jones admirava também se foi com George Whitefield, John Wesley e outros.

    Transcrevi um trecho do livro dele sobre os Puritanos, e dei o seguinte título: "George Whitefield: Um Gigante Esquecido". Eis o link:


    Whitefield

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  20. Prezado Wilson,

    Lembre-se: lágrimas são como o plantio da obediência - quem sai chorando enquanto semeia, voltará com júbilo trazendo seus feixes.
    Quando se vive no deserto do Negev, o grande perigo está na ilusão que o Mar Morto traz. Sua água, parece como qualquer outra, mas seu gosto é amargo. Nunca deixe de orar pelas torrentes (Salmo 126).

    abs

    Felipe,

    Eu acho que posso me identificar com o "Doctor", afinal, eu já fui metodista!

    abs
    Mauro

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  21. Caro Rev. Mauro.
    Estou muito feliz em ler este post. Sou um iniciante na fé reformada e tenho sofrido muito com relação ao que agora venho defendendo: a pregação da palavra de Deus por homens exclusivamente dependentes de Deus e não dos aplausos humanos. Testemunhos de vida como o do Pr. Murray servem de combustível para que eu possa entender que por meio de Cristo devo viver para o louvor unicamente de Sua glória.

    Abraços.

    Valter Raleid

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  22. Querido Mauro,
    Foi muito edificante poder ter ouvido a palavra de Deus, no encontro da fe reformada, de maneira tao simples e profunda pregada por dois TOP's: Murray e vc e, melhor, ao mesmo tempo! :D
    Abraco!

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  23. Prezado Valter,

    Sempre foi e sempre será assim: buscar a verdade tem custo. Sem qualquer síndrome de mártir, que é muito comum por ai, sei que muitos irmão acabam entristecidos com a resistência à verdade. Fique firme no bom combate.

    Olá Davi,

    Ficar em 'paralelo' com Iain Murray é um privílégio... mas nada de TOPs irmão... isto leva na direção da "anatomia de uma queda".

    abs
    Mauro

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  24. Parabens pelo post. Sómente uma observação quanto a oração: "Senhor, obrigado pela promessa da perseverança. Faça-a visivel na minha vida e mantém a integridade do ministério que o Senhor colocou em minhas mãos".
    Penso que o nosso calvinismo deve ser, necessariamente, levado às últimas consequencia para mostrar a coerencia com a ortodoxia da sua propositura, para não terminar no mesmo erro dos arminianos que não conseguem fechar a sua teologia com a coerencia devida à sua propositura e acabam-na calvinista. A segunda parte da oração, "Faça-a visivel na minha vida e mantém a integridade do ministério que o Senhor colocou em minhas mãos", nenhum efeito tem quando consideramos que os planos de Deus não podem ser frustrados ou mudados. Basta-nos a primeira parte da oração: "Senhor, obrigado pela promessa da perseverança". O que disso passa, dá margem para que o nosso calvinismo termine arminiano, isto é, que o Deus Soberano varie em função da nossa vontade. Isso é Teismo aberto.

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  25. Prezado Kilmer,

    Sua forma de ver o calvinismo caminha para um hipercalvinismo, com tendência a distorção séria. A minha compreensão da responsabilidade humana me leva a orar desta forma, mesmo que eu não compreenda a magnitude dos decretos de Deus.
    abs
    Mauro

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  26. Caro Mauro Meister,

    O senhor confirma assim a tese esquisita que afirma que de joelho todo calvinista é arminiano. Penso que se temos que nos conformar com essa postura, dando o nome de "responsabilidade humana" ao livre arbítrio, o debate em torno da Soberania de Deus é inócuo e, então, Vivas ao pessoal do Teismo Aberto.

    Kilmer

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  27. Kilmer,

    Acho que já lhe respondi em situação semelhante ou alguém fez uma afirmação identica... a resposta continua a mesma. Remeto-lhe a um post do Augustus sobre soberania e responsabilidade humana.

    Eu creio que posso falar um pouco do que é ser arminiano, pois vim de uma igreja Metodista e deixei-a exatamente por não concordar com o ensino arminiano. Se tiver interesse em ler: http://tempora-mores.blogspot.com/2006/01/preciso-mais-f-para-ser-calvinista-do.html

    abs
    Mauro

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