[a ser publicado no site da Editora Mundo Cristão]
Tenho sempre me deparado com pastores e teólogos que acreditam que teologia boa é só aquela que está sendo feita agora. Recentemente encontrei mais um desses. Chamou-me de fundamentalista porque eu acredito que existe teologia certa e teologia errada, e porque incluo na primeira categoria os antigos credos cristãos e as confissões reformadas. Ensinou-me com aquela pachorra típica de quem é iluminado e se depara com um pobre fundamentalista obscurantista e tapado, que “a teologia é apenas um construto humano, limitado, provisório, subjetivo, que tem que ser feito por cada geração, pois não atende mais as necessidades da próxima”.
Era óbvio que eu estava diante, mais uma vez, daquela cena hilária em que o relativista declara com toda autoridade e convicção que “não existe verdade absoluta, tudo é relativo”.
Vamos supor, ainda que por um momento, que esses teólogos – nem sei em que categoria enquadrá-los, pois nem liberais eles são (os liberais de verdade acreditavam em certo e errado) – estejam certos. Que cada geração entende Deus, a Bíblia e as grandes verdades do Cristianismo de uma maneira totalmente diferente de outra geração e de pessoas de outra cultura, a ponto de não podermos adotar as suas reflexões teológicas como verdadeiras e válidas para a nossa geração. Se levada às últimas conseqüências, essa perspectiva sobre a teologia criaria uma série de problemas, inclusive para os que a defendem.
Vamos supor, ainda que por um momento, que esses teólogos – nem sei em que categoria enquadrá-los, pois nem liberais eles são (os liberais de verdade acreditavam em certo e errado) – estejam certos. Que cada geração entende Deus, a Bíblia e as grandes verdades do Cristianismo de uma maneira totalmente diferente de outra geração e de pessoas de outra cultura, a ponto de não podermos adotar as suas reflexões teológicas como verdadeiras e válidas para a nossa geração. Se levada às últimas conseqüências, essa perspectiva sobre a teologia criaria uma série de problemas, inclusive para os que a defendem.
1) Vamos começar pelo fato que cada nova geração teria de definir, de novo, o que é o Cristianismo. Explico. O Cristianismo, enquanto religião, foi definido e os seus limites estabelecidos durante os primeiros séculos depois de Cristo, quando os primeiros cristãos foram confrontados com explicações diferentes, contraditórias e alternativas da mensagem de Jesus e dos apóstolos, como o montanismo, as idéias de Marcião, os gnósticos, os docetistas e os ebionitas, para mencionar alguns.
Os grandes credos ecumênicos da Cristandade estabelecidos nas gerações posteriores nos deram de forma sintetizada a doutrina de Cristo, da Trindade, entre outras, as quais o Cristianismo histórico adota até hoje. A seguir o que esse pastor estava me dizendo, teríamos de jogar tudo isso fora e recomeçar, refazer, redefinir o Cristianismo a partir da nossa própria situação.
2) A segunda dificuldade é que essa perspectiva acaba pegando mal para seus próprios defensores. Pergunto: o que eles têm descoberto e oferecido mais recentemente que seja novo acerca do ser e das obras de Deus, da pessoa de Cristo e de sua morte e ressurreição? Quando não caem nas antigas heresias, repetem simplesmente o que já foi dito por outros em tempos passados. A “nova perspectiva sobre Paulo” não deixa de ser uma antiga perspectiva sobre o judaísmo. A nova “busca do Jesus histórico” não tem conseguido oferecer nenhuma reconstrução do Jesus da história que esteja em harmonia com o quadro dele que temos nos evangelhos. A teologia relacional não consegue ir adiante do Deus sociniano, que também desconhecia o futuro.
3) A terceira dificuldade é que essa perspectiva realmente acaba com a distinção entre teologia certa e teologia errada e anistia todas as heresias já surgidas na história da Igreja. Vamos tomar, por exemplo, a área de soteriologia, que trata da questão da salvação do homem. A doutrina de que o homem é justificado pela fé somente, sem as obras ou méritos humanos, foi estabelecida cedo na Igreja cristã e reafirmada na Reforma protestante. Depois de tantos séculos, nossos teólogos progressistas (ainda não gosto desse rótulo, vou acabar achando outro) têm algo de novo para nos dizer sobre esse ponto? Os que tentaram, caíram nas antigas heresias soteriológicas já discutidas e refutadas ad nauseam pelos Pais da Igreja e pelos Reformadores.
Não me entendam mal. Eu também acredito que a teologia é um construto humano, e como tal, imperfeito, incompleto e certamente relativo. Estou longe de adotar para com a teologia reformada uma postura similar àquela que considera a tradição aristotélica-tomista como a filosofia e/ou teologia “perene”. Eu também considero que a teologia é fruto da reflexão humana e, portanto, sempre sujeita às vulnerabilidades de nossa natureza humana decaída. Mas não ao ponto de não poder refletir com uma medida de veracidade e fidelidade a revelação de Deus nas Escrituras. O problema com essa postura relativista é que ela desistiu completamente da verdade. É agnóstica. Eu creio que a teologia, se feita “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co 10.5), se for fiel à revelação bíblica, produzirá sínteses confiáveis que podem servir de referencial para as igrejas de todas as gerações, conforme, aliás, as confissões reformadas elaboradas nos sec. XVI e XVII vêm fazendo há alguns séculos.
Mas, os teólogos relativistas acreditam em que? Em tudo e, portanto, em nada. Eles tentam manter tudo fluido, em permanente devir, sempre abertos para todas as possibilidades. Mas, nesse caso, não teriam que, forçados pela própria lógica, de aceitar também a teologia conservadora como uma teologia legítima? Mas é aqui que a lógica relativista se quebra. Pois para eles, todas as opiniões estão corretas – menos aquela dos conservadores.
Um amigo meu que é teólogo me disse outro dia numa conversa, “a verdade é absoluta, mas minha percepção dela é sempre relativa”. Até hoje estou intrigado com essa declaração. Eu o conheço o suficiente para saber que ele não é relativista. Sou obrigado a reconhecer, por força do conhecimento da minha própria limitação e subjetividade, que ele está certo quanto à relatividade da nossa percepção teológica.
Mas, por outro lado, reluto em aceitar as conseqüências plenas dessa declaração. Primeiro, como podemos falar de verdade absoluta, se é que sempre temos uma percepção relativa dela? Se existe verdade absoluta, não seria teoricamente possível conhecê-la como tal? Segundo, porque embora pareça humildade, admitir o caráter sempre relativo da nossa percepção implica em admitir que ninguém tem a verdade, o que acaba com a possibilidade do certo e do errado, do verdadeiro e do falso como conceitos públicos, transformando cada indivíduo, ao final, no referencial último dessas coisas. Será que não poderíamos dizer que nós, mesmo enviesados por nossos pressupostos e preconceitos (horizontes), ainda somos capazes, em virtude na nossa humanidade básica compartilhada com as pessoas de todas as épocas – para não mencionar a graça comum e a ação do Espírito Santo –, de perceber a verdade da mesma forma que outras pessoas a perceberam em outros tempos e em outros lugares?
Aqui as palavras de Anthony Thiselton são pertinentes:
"O que será da ética cristã se adotarmos uma perspectiva relativista da natureza humana? Se a experiência da dor, do sofrimento e da cura no mundo antigo não tem qualquer continuidade com qualquer conceito moderno, o que poderemos dizer acerca do amor, auto-sacrifício, santidade, fé, pecado, rebelião, etc.? Ninguém num departamento de línguas clássicas, literatura ou filosofia de uma universidade aceitaria as implicações de um relativismo tão radical. Nada poderíamos aprender sobre a vida, o pensamento, ou ética, dos escritores que viveram em culturas antigas. Com certeza, nenhum estudioso, se pressionado com essas implicações, defenderia até o fim esse tipo de relativismo".[1]
4) Uma última dificuldade que desejo mencionar é que essa visão, se levada às últimas conseqüências, acaba nos privando da Bíblia. Vejamos. Quem defende essa visão (há exceções, eu sei) geralmente tem dificuldades em aceitar que as Escrituras do Antigo Testamento e Novo Testamento foram dadas por inspiração divina e são, portanto, infalíveis. Nessa lógica, as Escrituras são apenas a reflexão teológica de Israel e da Igreja cristã primitiva. Consideremos as cartas de Paulo. Elas são a teologia do apóstolo, resultado da aplicação que ele fazia das boas novas às situações novas das igrejas nascentes no mundo helênico. Para ser coerente, quem defende que toda teologia é relativa, imperfeita e subjetiva, e que é válida somente dentro dos limites da cultura e da geração em que foi produzida, não poderia aceitar para hoje a teologia de Paulo, a de Pedro, a de João, a de Isaías. Teria de rejeitar as Escrituras como um todo, pois elas são a teologia de Israel e da Igreja, elaboradas em uma época e em uma cultura completamente diferente da nossa.
Para dizer a verdade, há quem faça isso mesmo. Os antigos liberais faziam. Para eles, a Bíblia nada mais era que a teologia (ultrapassada) dos seus autores. O Cristianismo se reduzia a valores éticos e morais, que eram as únicas coisas permanentes nesse mundo. Eu admiro e respeito os antigos liberais. Os de hoje, precisariam assumir o discurso relativista e levá-lo às últimas conseqüências. Pode ser que não conseguiriam absolutamente nada com isso, como acho que não vão conseguir. Mas, pelo menos, teriam o meu respeito – se é que isso vale alguma coisa.
[1] THISELTON, Anthony C., The Two Horizons: New Testament Hermeneutics and Philosophical Description (Grand Rapids: Eerdmans, 1980).
[1] THISELTON, Anthony C., The Two Horizons: New Testament Hermeneutics and Philosophical Description (Grand Rapids: Eerdmans, 1980).
Muito bom o artigo pastor e extremamente relevante para a atualidade. Estudo filosofia e as linhas de pesquisa mais cobiçadas são sobre pragmatismo, relativismo e filosofia da linguagem.
ResponderExcluirGosto de uma abordagem do alemão Karl-Otto Apel que - criticando Rorty e os relativistas - diz que sua contribuição para reconhecermos a limitação da linguagem a tempo e espaço é muito pertinente, mas não significa que não podemos nos aproximar e diminuir essa distância.
Quando trago isso para a teologia acho que é um incenivo para estudarmos mais os traços culturais do período que a Bíblia foi escrita, as línguas originais e uma exegese que ajude nessa aproximação.
Muito bom o texto reverendo! Que Deus continue te usando!
Abraços
Pedro Lucas Dulci
Shalom Rev Nicodemos!
ResponderExcluir1. Quero lhe agradecer em ler meus singelos textos, e envair seus distintos comentários.
2. Excelente exposição! Dinesh D'Souza acerta quando chama o teólogo liberal de evangelista ao avesso. Segundo o autor indiano os missionários eram enviados ao mundo para pregar o evangelho, enquanto que o teólogo liberal ( relativista) é um emissário do mundo para pregar à igreja.Devemos tomar cuidado para que este encanto não chegue ao ponto de nos levar a aceitar, no coração, a questão que é a pedra fundamental da teologia liberal: " Foi assim que Deus disse"?
um grande abraço, Marcelo de Oliveira
Os liberais estão levando cano é deles mesmos, reverendo! É incrível o esforço da argumentação de que eles se utilizam para se desprenderem dos absolutos da Bíblia. Paira ao ridículo, pois até pela filosofia a máxima da verdade ser relativa do liberalismo é inconsistente (tudo é relativo, logo isso é um absoluto). Mas a norma da lei gravada em seus corações (Rm 2.15), queiram eles ou não, não pode ser relativizada. Por isso a "fé" de um liberal me impressiona, pois eles insistem em acreditar em uma teologia caótica ao mesmo tempo que as suas consciências e pensamentos os acusam de acordo com a lei. Por conta disso, se eu fosse um liberal, pelo menos rotularia os conservadores de "fundamentalistas honestos". É claro que isso é impossível de ser dito por eles. Mas já que impera um vale-tudo teológico mesmo, acho que eu poderia dizer essas coisas a um conservador como um liberal camarada,hehehe
ResponderExcluirCaro Augustus,
ResponderExcluirficastes muito tempo sem escrever no Blog. Sentimos falta.
O teor da postagem é a mesma, da qual há tempo vínhamos conflitando-nos: relativismo X verdade absoluta.
Começarei pelo finalzinho: sem dúvida o respeito seu e de qualquer pessoa vale alguma coisa. Respeito não significa concordância e é uma das bases da tolerância que a sociedade pluralista relativista de hoje exige.
Li todo o texto e haveria vários pontos a serem levantados, mas me limitarei a poucos:
1) Não existiria somente uma, a verdade absoluta, que é o Verbo que se fez carne?
2) Portanto não estariam todas as outras coisas (e a percepção delas) a priori relativas ou subordinadas a essa Verdade?
3) Se são relativas não perderiam então seu caráter absoluto? Assim até mesmo no campo ético não foi Ele quem enfatizou a maior importância daquilo que é subjetivo sobre o que é objetivo e evidente?
Assim as teologias são de fato relativas, e marcos antigos não ajudam muito aos aventureiros. E explorar esse oceano que ainda não foi navegado é a proposta de nosso novo Blog, Teologia Livre.
Nosso (e penso que vosso também) problema está em que queremos valorizar mais o resultado da descoberta teológica do que o processo do descobrimento. Mas ambos são importantes. Os debates dos primeiros séculos sobre a trindade, se desenrolados hoje teriam outros elementos, outro tempero. Ainda que os resultados sejam semelhantes nunca seriam os mesmos! Aliás, nem sei se o termo debate caberia hoje. Mas nada impede que hoje a questão da trindade aflore no coração de indivíduos, em seu contato com o mundo islâmico, por exemplo, e isso leve a novas perspectivas da pessoa, natureza e substância divinas.
Finalizando digo que sua postura pode parecer bem com a escola cristã de Alexandria, ao platonismo, que buscava as idéias imutáveis e as verdades eternas. Por outro lado os “progressistas” lembrariam a escola de Antioquia que queriam uma coisa mais aplicada à realidade histórica. Mas quanta distância, temporal, geográfica, cultural disto tudo...
Não a situação é hoje mesmo outra e você é um dos principais formadores de opinião no Brasil (cristão evangélico) seu respeito vale alguma coisa, sim.
Saudações fraternas,
Roger
É triste constatar essa realidade relativista relativamente relevante na Igreja.
ResponderExcluirA paz
Tales
Rev. Augustus,
ResponderExcluirNa minha modesta opinião, a afirmação mais teratológica que existe é dizer que a verdade é relativa, depende da pessoa.
Há uma grande confusão entre verdade e ponto de vista. A verdade é absoluta concreta e objetiva. O ponto de vista é subjetivo e relativo.
Como Cristãos, sabemos que a Verdade é a Palavra de Deus. Inerrante, imutável e eterna. Somente através da iluminação do Santo Espírito é que podemos compreender as verdades nela contidas.
Não tenho dúvidas que as Confissões de Fé do passado, apesar de não serem Inerrantes e, muito menso, terem a autoridade da Palavra de Deus, foram dirigidas pelo Espírito Santo.
Tal afirmação é de fácil comprovação, pois basta verificar que tais documentos têm sólido fundamento bíblico.
Agora, quando se trata de relativismos, ou seja, pontos de vistas, a situação é distinta. A pessoa está impregnada com o subjetivismo (lembremos que segundo o Profeta Jeremias, o coração do homem é enganoso e desesperadamente corrupto).
Toda a Teologia deve ser confrontada à Luz da Palavra de Deus. Se não passar no teste, não passa de mero ponto de vista.
Obviamente, temos que ter em mente que jamais poderemos ter a compreensão total de Deus, pois somos humanos e limitados (lembro-me do Profeta Isaías no Cap. 55 quando diz que os pensamentos de Deus são mais altos do que os nossos..., por exemplo).
Para concluir, lamento muito que muitos irmãos (ou até mesmo falsos mestres) se deixem levar por todo "vento de doutrina" buscando mudar (ou pelo menos, introduzir novidades) a Eterna Palavra de Deus.
Sem correr o risco de bancar o pentecostal, afirmo (poderia dizer profetizo!!!) que não conseguirão o seu intento!!!
Deixo aqui registrado meu apoio ao seu incansável confronto (saudável) contra o pernicioso liberalismo teológico!
Cordialmente em Cristo.
Cristiano Pereira de Magalhães
Roger,
ResponderExcluirRespondendo a seus pontos:
1) A encarnação de Cristo é apenas uma das verdades de uma série de outras, que compõem os atos salvadores de Deus na história, que chamamos de história da salvação. Quando Cristo diz que ele é a verdade, o faz em contra-distinção à mensagem farisaica, mas não no sentido que a vinda dele ao mundo representa o único fato verdadeiro jamais ocorrido. Esses atos salvadores de Deus estão registrados nas Escrituras, que recebemos como verdade absoluta. E elas narram mais do que a encarnação do Verbo.
2) Portanto, seu segundo ponto fica prejudicado, a não ser num aspecto, que as percepções, todas relativas, são verdadeiras à medida que refletem mais fielmente as verdades reveladas por Deus em sua Palavra.
3) Eu não disse em lugar algum do post que existem percepções absolutas. Ao contrário, afirmei que as teologias são relativas pois são construtos humanos. O que eu estou negando é o relativismo radical imputado aos contrutos teológicos a ponto de virarmos agnósticos e desesperarmos de conhecer a verdade. Como afirmei no ponto 2 acima, a teologia, mesmo sendo incapaz de refletir perfeitamente a verdade absoluta, pode refleti-la inda que em parte, quanto mais próxima da Palavra ela for.
O nome de seu blog, "Teologia Livre", me parece uma contradição em termos, a menos que eu esteja enganado. Pois nele encontrei sua clara dependência de antigos teólogos liberais do século XIX e XX. É evidente que não se trata, portanto, de uma questão de antiguidade, mas de conteúdo. Você quer uma teologia livre para 2009, mas isso quer dizer livre da teologia tradicional e presa à liberal alemã, que também é antiga.
Sobre a Trindade, estou curioso para conhecer a sua nova proposta em contatos com o mundo islâmico, sobre a pessoa, substância e natureza divina. Aguardo.
E de fato, você tem razão, marcos antigos nunca ajudaram os aventureiros, especialmente em se tratando de marcos bíblicos.
Acho que você está fazendo uma confusão enorme entre as escolas. Alexandria, platônica, buscava a verdade além da letra, na alegoria, que permitia relativizar qualquer texto e abrir uma multiplicidade de sentidos ao intérprete. Eles é que eram os relativistas. Já os antioquianos, entendiam que os textos tinham apenas um sentido, que era o sentido literal, simples, do texto. Os alexandrinos é que eram, quanto à interpretação da Bíblia, relativistas e pluralistas.
Um abraço.
Olá,
ResponderExcluirÉ sempre bom ouvir ou ler alguém, que ainda prefere crer e lutar contra as tendências desta época, onde se contesta quase tudo,isto é, o que sempre foi e era verdade ontem hoje parece não ser mais.Não é só, como sabe,na maneira de fazer teologia, mas em quase tudo nesta vida. Outros pretensos valores assumiram o controle das mentes e as formaram para apenas combater a Verdade e as verdades encerradas nas Escrituras Sagradas.Cito o homem abaixo porque me parece que essa "tolerância" dos dias de hoje adquiriu um valor que não tem.
"A tolerância é a virtude do homem sem convicções" (G. K. Chesterton).
O mundo de hoje está muito esquisito. As coisas estão muito diferentes do que no passado. Pelo menos, muitas delas. Disseram que a tecnologia iria facilitar a nossa vida. Microondas, ferro elétrico, máquina de lavar, máquina de secar... Máquina de escrever, coitada! Essa nem existe mais. Tudo que foi construído, foi desenvolvido para nos ajudar. Mas, cada vez mais, estamos sem tempo. Não temos tempo para lazer e diversão. Mal conseguimos ver nossos filhos. Dificilmente conseguimos jantar com nossos amigos. Familiares então! Se não for um casamento aqui, um velório ali, ficamos mais de um ano sem ver os primos, sobrinhos, tios e tias.
ResponderExcluirEnsinaram-me na Escola Dominical que Deus tinha criado o mundo do nada. Depois de um tempo, tentaram me ensinar que não tinha sido bem assim do nada. Aprendi que a serpente tinha conversado com Eva. Passado um tempo, tentaram me convencer que isso era um tipo de história parecida com aquelas dos desenhos animados em que os bichos falam. Aprendi que num púlpito devíamos citar pensadores como Paulo, Pedro, Tiago e João – entre outros. Depois, começaram a citar uns caras como Jung, Freud, Leonardo Boff, Daniel Goleman e compará-los com os primeiros. Achei muito estranho isso – na verdade, continuo achando!
Ensinaram-me que os apóstolos já não existiam mais, que eles tinham se encerrado nos tempos de João. Há uns 10 anos atrás, os apóstolos voltaram! Contudo, voltaram meio diferentes. Eles possuem prata, ouro, quase não são perseguidos. Pelo contrário. Eles são convidados especiais em eventos especiais para pessoas comuns. Eles não entram mais pela porta dos templos. Quase nunca vão presos. Se vão, é porque mentiram, não porque falaram a verdade! Os apóstolos de hoje têm carros caríssimos, casas suntuosas, roupas de grife e talheres finíssimos. Na época da Bíblia, me disseram que os apóstolos precisavam das ofertas suadas das igrejas para se manterem vivos. Aprendi inclusive que o apóstolo Paulo trabalhava fabricando tendas. Qual é a profissão dos apóstolos atuais?
Meus antigos professores me diziam que eu tinha que levar minha Bíblia todo dia de culto na igreja. Meus professores modernos, às vezes, nem abrem a Bíblia durante o culto. Alguns quando vão citar um versículo, pedem para eu não abrir a Bíblia para não perder a atenção no que eles vão dizer. Ué, pensei que eles fossem falar da própria Bíblia!!! Isso também mudou. Quando alguém ia pregar no culto de domingo, o pregador sempre falava sobre a Bíblia, sempre falava da Bíblia, depois mostrava porque aquele trecho era importante para mim. Hoje em dia, os pregadores que eu ouço, falam de suas experiências (algumas bem engraçadas, outras muito tristes), falam de como administram suas igrejas, falam dos problemas que as pessoas têm no trabalho, na família, no casamento. E depois dão alguns exemplos de personagens bíblicas que passaram por situações parecidas.
E quando eu cantava. Hoje, o pessoal na igreja parece que está numa academia quando levantam as mãos. Naquela época, as músicas tinham expressões do tipo “para Deus”, “Deus é soberano”, Tu és fiel”, “Toda a glória a Ti”, “Deus não é homem para mentir”, “sou Teu”, “Deus me ama”. Hoje, é tudo muito diferente. As músicas hoje são “me devolve”, “tenho direito do que é meu”, “eu quero de volta”, “Deus é meu”, “estou apaixonado por Jesus”. Não sei mais o que está acontecendo. Estou realmente confuso para muita coisa.
Dizem que tudo hoje é relativo e não há mais absolutos. E essa frase? Ela também é relativa? Eu creio que a Bíblia é a verdade, sem contestação, sem comparação, acima de qualquer outro texto humano. A Bíblia é absoluta, inigualável, autoritativa, harmônica, verdadeira, infalível. Ela é a palavra final em todas as discussões que envolvem a pessoa de Deus. Ela não precisa de nada externo a ela para lhe dar credibilidade. Ela não precisa da Ciência, das religiões, das autoridades acadêmicas, dos achados arqueológicos para ser digna de crédito. Nada nem ninguém se compara a ela. A Bíblia Sagrada é totalmente absoluta e não há nada, nem ninguém que faça frente a ela.
Graça e paz Rev. Augustus
ResponderExcluirPrimeiramente, que Deus abençoe a sua vida nesse novo ano que se inicia...
Gostaria de fazer uma pequena observação sobre o assunto. Ao passo que esses pseudo-liberais vem proliferando como coelhos e conseqüentemente deformando a igreja evangélica brasileira, também vemos um aumento, não sei se tímido ou significativo, de cristãos (sobretudo pentecostais) aderindo ao estudo da teologia. Se não me engano o senhor abordou algo a esse respeito em um post passado.
Espero que isso esteja acontecendo (provisão de Deus) para que haja uma resistência capacitada contra essas tendências perniciosas.
Em Cristo, Mac.
Rev. Augustus,
ResponderExcluirJá lhe escrevi tempos atrás sobre este relativismo perguntando-lhe à época sobre a chamada "ordenação feminina".
Vejo, hoje em dia, que várias novidades e modismos vão sendo acolhidas por denominações várias, inclusive por aquelas que se dizem conservadoras e históricas.
Várias liturgias estranhas, práticas novas e posturas diferentes baseadas numa tal inculturação ou na tal inclusividade vão sendo adotadas.
Fico a me perguntar: Onde está aquela Igreja bem mais saudável no início dos anos 80 (nem tão longe assim de nós)? Em que Igreja criarei o meu filho?
Estou apreensivo...
Rev. Sandro
http://farisaismo.blogspot.com
Caro Augustus,
ResponderExcluirObrigado pela resposta.
Gostaria de chamar atenção para os pontos onde, parece, fui mal entendido.
1) temos que distinguir “a encarnação de Cristo” de “o Cristo, o verbo encarnado”. Me refiro à segunda expressão, à pessoa de Cristo, e não somente ao fato de sua encarnação.
2) O ponto então permanece. Pois não nego a veracidade dos fatos. Alguém faria isso?? O ponto é justamente a percepção e interpretação deles! Nesse sentido a verdade salvadora da Bíblia é uma verdade relativa, relativa à pessoa de Jesus (que é o Salvador). Creio que quanto a isso estamos de acordo.
3) O que ressaltei neste ponto 3 foi justamente isso que você vem a afirmar “as teologias são relativas pois são construtos humanos.” E que as construções, tanto como resultado ou como processo tem valor. Mais uma vez então, acho que concordamos.
* Sob sua percepção sobre a liberalidade de nosso Blog, tenho que respeitar, com uma ressalva que, talvez, para um verdadeiro teólogo liberal nosso Blog seja por demais conservador.
* Satisfazendo sua curiosidade, a pouco tempo ouvi de um missionário brasileiro que aqui confrontou um muçulmano nessa questão. Ele usou o exemplo do sol, que se nos apresenta em três formas: a luz, o calor e o astro.
* note que em meu post "aventureiros" está em itálico. Isso lhe dá um sentido especial que facilitaria o entendimento. Mas creio que percebi seu humor!rs
*Finalmente a questão de Alexandria e Antioquia: não há confusão nenhuma. Você está correto no que diz respeito àquilo que pensavam sobre a interpretação do texto bíblico, mas não tem como fugir do fato de que, em sua busca pelas “idéias imutáveis” e as “verdades eternas” (que estavam além das sombras da caverna), os platonistas estavam buscando as verdades absolutas, as idéia imutáveis. Mas como disse, esse é um debate distante.
Assim agradeço mais uma vez o espaço para diálogo e espero não estar roubando, com minhas observações de leigo, seu prazer em blogar!
Fraternalmente,
Roger
Nicodemus,
ResponderExcluirO teólogo liberal experimenta o abandono da fé, o pior tipo de ceticismo, o qual lhe diz que crê quando, na verdade, ele já aniquilou intelectualmente qualquer tipo de fé na Palavra de Deus.
A crença e a religião do liberal não passam de farsa, o engodo em que o inimigo o aprisionará numa liberdade presumível, porém, impossível, utópica.
O cristianismo molda-se essencialmente por uma mensagem ou doutrina. Então, ele existe como fato histórico e como doutrina, os quais estão unidos e indissolúveis.
O liberalismo constrói (ou melhor, destrói) a personalidade e a missão messiânica de Cristo, tornando os eventos históricos em mitos, removendo a verdade irredutível e doutrinária do cristianismo; transformando-o numa religião sem forma, destituída de princípios eternos baseados em fatos definidos; reconstruindo-o em algo imaginário, nada tangível.
Então, o ataque liberal é à Bíblia e ao próprio Senhor Jesus Cristo.
Ao desprezar as Escrituras como divinamente inspiradas, inerrantes e infalíveis (e, por conseguinte, a doutrina bíblica), o teólogo liberal abre espaço para que a revelação de Deus seja "reinterpretada" pelo padrão cultural, social e emocional do homem, distorcendo-a, impossibilitando-o de conhecer verdadeiramente o Deus bíblico.
Em suma: o ataque liberal é diretamente contra Deus e Sua revelação, enquanto, vergonhosamente, enamora-se do pecado, do qual não consegue prescindir (ainda que não creia nele).
Parabéns pelo post.
Apenas não concordo que a teologia cristã seja relativista (ou possa sê-la), visto que a revelação bíblica é absoluta. Podemos até julgá-la relativa ou moldá-la dentro de um relativismo (então, ela deixará de ser cristã), por causa de nossa mente caída, interpretações equivocadas e distorcidas, mas ela em si mesma é absoluta (vista ser a doutrina de Cristo e dos apóstolos).
Rev.
ResponderExcluirMe perdoe a imaturidade mas não entendi a foto do post se importa em me explicar?
Sobre o texto pensei:
Se a teologia passada não serve de nada, imagina se isto se aplica as demais ciências (no sentido amplo da palavra), por exemplo:
Engenharia - voltemos as cavernas afinal as casas de outrora não funcionam hoje, doravante criaremos a nova engenharia!
Medicina - morramos de apendicite afinal a cirurgia que fiz ano passado não é válida tenho que esperar a nova medicina!
Farmacologia - chama o pajé afinal a dipirona que põe fim a minha dor de cabeça é muito conservadora, utilizarei minha dor de cabeça como estímulo para desenvolver a nova farmácia!
Ou será que só vale para Teologia o argumento da turminha da Teologia de HOJE! E só hoje, hein!
Afinal, 2 + 2 é igual a 4, há como esquecer disso e tentar pensar num jeito novo de saber que daria 4?
Já em relação ao:
“a verdade é absoluta, mas minha percepção dela é sempre relativa”
Minha percepção foi relativa até o dia em que me converti. Vê-la relativa é baixar Deus ao nível que convalide meus pecados. Argumentação como a de Adão: "Foi a mulher que o SENHOR me deu"
Argumentando,
Carlos Henrique
Caro Augustus,
ResponderExcluirSinto-me feliz em ver que você voltou para este 2009 em grande estilo e, acima de tudo, continuando como um defensor ferrenho da verdade do Evangelho da Graça de Deus. Sem querer exagerar, eu diria que você é, hoje, o mais notável apologista/polemista do cenário evangélico brasileiro (particularmente o reformado).
E só uma perguntinha: você se considera um pressuposicionalista, pelo menos na acepção Cheunguiana?
P.S. Gostaria que você visitasse o meu recém criado blog (opticareformata.blogspot.com) e me desse algumas orientações gerais sobre meus posts.
Roger,
ResponderExcluirNão estamos de acordo, infelizmente. Mas, não vou gastar tempo com isso. Os leitores podem julgar e avaliar.
A única coisa que preciso comentar é que você está provando meu ponto, que os relativistas não têm nada novo para acrescentar. Você apresenta como "novidade" sobre a Trindade uma das mais antigas ilustrações usadas sobre a Trindade, que é essa do sol. Já era usada nos primórdios do Cristianismo.
Continuo firme na teologia histórica da Igreja, provada e comprovada pelos séculos. Gosto de aventuras. Já tive Land-Rovers, visitei com eles o Pantanal, Lençóis Maranhenses, etc. Gosto de motos, hoje tenho uma Harley-Davidson e gosto de viajar. Mas em teologia, não gosto de aventuras.
Abraço.
Leonardo,
ResponderExcluirObrigado por suas palavras.
Confesso que não tenho lido Cheung - Solano é que tem mais se interessado por ele e seus escritos.
Eu me considero um pressuposicionalista nos termos colocados por Cornelius Van Til e F. Schaeffer.
Visitei seu blog. Parabéns!
Um abraço!
Estimado Rev. Augustus,
ResponderExcluirEm primeiro lugar gostaria de agradecer e expressar minha alegria pela forma clara e objetiva com que contribui no esclarecimento deste assunto polêmico tão importânte para todo aquele que se dispõe a ser um verdadeiro discípulo de Cristo! Muito obrigada, foi uma benção!
Em segundo lugar gostaria de compartilhar algumas percepções que tive sobre o texto, e peço perdão se porventura meus sentidos vieram a cometer algum engano.
Ocorre que em alguns trechos senti que sua opinião poderia dar margem a interpretações no sentido de uma arrogancia, vindo a exaltar seu próprio eu, o que poderia culminar em 2 impactos sobre os leitores: 1) pode contribuir para dar margem a argumentação no sentido contrário da sua tese, uma vez que a verdade absoluta repele qualquer atitude confrontante com a bondade, humildade e mansidão de Cristo; 2) Revela de forma errada o seu verdadeiro caráter de um servo de Deus ungido por Ele, e que tem cumprido fielmente a Sua missão de líder espiritual de influência ao rebanho da igreja, passando assim àquelas pessoas que não lhe conhecem uma impressão completamente errada da sua pessoa.
Reverendo, se isto for verdade, não seria entao mais prudente corrigir estes enganos antes de envia-lo à edição do site da Editora Mundo Cristão?
Com muito carinho e admiração, um forte abraço.
Reverendo Nicodemus,
ResponderExcluira teologia caminha para o beco sem fim do liberalismo? Sei que essa pergunta é por demais especulativa e está entre o "já" e o "ainda não", mas fico curioso sobre isso e imaginando o seguinte: o que virá daqui pra frente no campo teológico-filosófico? Será que inventarão algum tipo de hiper-liberalismo teológico? Que hermenêuticas virão depois dessa fase tão relativista que passamos? Estamos no auge dela ou há sinais de declínio? Será que voltaremos a ver uma volta tímida ou forte da teologia reformada devido a tantos crentes decepcionados, a tanta confusão e escândalos nas igrejas? O senhor se arrisca a fazer uma predição sem bola de cristal ou revelações adicionais,hehe? Existem evidências para termos uma opinião sobre essas perguntas?
Por muitas vezes fui aconselhado a não ficar pensando nessas coisas e cresci na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo escutando a frase "Só Deus sabe, Danilo!" para esses tipos de questões. No entanto, ela é mais usada para fugir do assunto do que como uma resposta pautada de sólida reflexão. O assunto é complexo...Sei que isso não é o principal, o foco do cristianismo, a mensagem dos evangelhos, de toda a Bíblia. E como o senhor disse, em teologia não devemos nos aventurar! Essas perguntas são de um temeroso e curioso cristão.
Graça e paz, em Jesus, o Filho de Deus. Amém!
Soli Deo gloria
Caro Augustos,
ResponderExcluirmais uma vez obrigado pelo comentário. Pena mesmo que há discordâncias...
Mas entendi sua resposta que de certa forma até me satisfez. Deixemos que os leitores avaliem.
Todavia, como acho esse tema bom penso que teremos uma outra oportunidade para acharmos os pontos comuns. E sem dúvida o trarei em um Post no Teologia Livre.
Abraços, bom domingo,
Roger
Caro Augusto,
ResponderExcluirExcelente artigo!
Nesse mundo pós-moderno, onde o relativismo tem imperado, até mesmo em algumas igrejas, é fundamental, homens dispostos a defender a única Verdade, que nos é acessível pela Palavra de Deus.
P.S: A semelhança do Leonardo, também fiz recentemente, juntamente com alguns outros amigos, um blog, que defende uma apologia sincera do Evangelho. Ficaria muito feliz se o senhor olhasse, e quem sabe até participar.
http://apologiaeespiritualidade.blogspot.com/
Prezado Carlos Henrique,
ResponderExcluirA imagem procura ilustrar o conceito de relatividade defendido hoje em dia, que aquilo que uns vêem como branco e visto por outros como preto. No caso da imagem, a religião e a raça influenciam totalmente a leitura da realidade. Um é ocidental. Outro, muçulmano.
Não que eu concorde totalmente -- pois ocientais e muçulmanos, por partilharem de uma humanidade básica e sendo portadores da imagem de Deus, podem perfeitamente perceber a verdade da mesma forma e crer nela da mesma forma. A prova disso é que há ocidentais que viraram muçulmanos e há muçulmanos que se tornaram cristãos.
Abraços.
Prezada anônima,
ResponderExcluirObrigado por sua preocupação com minha imagem. Se você disser exatamente quais são os trechos que podem dar margem a interpretação de que sou arrogante, isso me ajudaria a entender o que você tem em mente. Pode citá-los?
Abraços.
Estimado Rev. Augustus,
ResponderExcluirSeguem abaixo como solicitado as expressões que entendo como geradoras de possíveis polêmicas sobre sua pessoa, acompanhadas de suas respectivas interpretações:
1)"encontrei mais um desses" (desprezo);
2)"Ensinou-me com aquela pachorra típica de quem é iluminado" (superioridade);
3)"Era óbvio que eu estava diante, mais uma vez, daquela cena hilária" (desprezo-superioridade);
4)"que esses teólogos – nem sei em que categoria enquadrá-los"(desprezo, julgamento);
5)"essa perspectiva acaba pegando mal"(expressão fula);
6)"nossos teólogos progressistas (ainda não gosto desse rótulo, vou acabar achando outro)"(julgamento);
7)"Mas, pelo menos, teriam o meu respeito"(falta de amor ao próximo, base para o autoritarismo).
Muitas vezes o amor de nosso Senhor Jesus no impele a agir naquele mesmo ímpeto do apóstolo Pedro ao cortar a orelha do soldado em defesa de seu Mestre, entretanto tomando forma distinta, neste caso em específico, de arrogância, julgamento e desprezo, em contrapartida à compaixão e misericordia demonstrada por Jesus com o pecador.
Portanto reverendo, se o sr, ler novamente o texto agora reparando nos termos elencados, irá sentir que o leitor tem grandes chances de mal-interpretá-lo em sua boa intenção!
Gostaria de compartilhar também um comentário ao seu apontamento. Não seria possível que o termo pelo sr. utilizado como "progressitas" viesse a tornar uma terceira forma de se entender a verdade? Não seria a verdade progressiva? O entendimento da verdade como progressiva não a descaracterizaria como absoluta, entretanto por sua revelação dar-se progressivamente, configurar-se-ia como parcial para determinado tempo e espaço. Será que é sobre esta parcialidade que querem referir-se os defensores da relatividade, entretanto perdem-se na terminologia e acabam por utilizar termo errado? Por que pelos brilhantes argumentos com que o sr. explanou com certeza a verdade não pode ser relativa de forma alguma!
A verdade progressiva pode ser encarada como revelações de Deus para o povo, de forma gradual segundo suas aptidões. Não é assim que vem ocorrendo desde o surgimento do mundo, onde os profetas foram os responsáveis principais pela revelação das verdades, sendo que uma relevante prograssão se deu com o surgimento da Reforma Protestante? Se durante toda a história da humanidade Deus tem revelado suas verdades progressivamente, teria sido a Reforma sua última manifestação? Qual a sua opinião sobre tudo isso?
um abraço com admiração e carinho,
Prezada Cássia,
ResponderExcluirObrigado pelo trabalho. Lamento, mas as frases que você apontou constituem meu estilo mesmo. Se você ler esse blog como um todo, verá que sempre escrevi dessa maneira. Se eu tivesse que revisar meus posts para torná-los politicamente corretos, como você deseja, teria de revisar a todos e ai não seria mais eu.
Se conseguir ainda ler e aproveitar alguma coisa com esse meu estilo, bem vinda. Se não, tenho certeza que haverá outros blogs por ai que são mais palatáveis. Garanto que a amizade permanecerá a mesma.
Desculpe, mas discordo de sua leitura das atitudes de Jesus. Ela enfoca somente um lado. Você esqueceu de mencionar o sermão dele "raça de víboras, filhos do inferno" contra os fariseus. Jesus sabia quando ser misericordioso e quando ser firme, duro e direto. Bem como Paulo, Pedro e João, quando em suas cartas increpam, advertem e até mesmo chamam de filhos do diabo, cães, etc. os inimigos do Evangelho.
Sobre a questão da verdade progressiva. Deus de fato revelou-se progressivamente ao seu povo e essa verdade foi aos poucos sendo escriturada, grafada na Bíblia. Cada novo estágio de revelação não inutilizava o anterior, mas o completava e avançava, até Cristo, a revelação maior e o cumprimento de todas as coisas. Uma vez terminada a Bíblia, cessou a revelação de Deus.
O que existe é uma apreensão da parte da Igreja dessa verdade revelada, sem dúvida cada nova geração tem o privilégio de construir sobre as compreensões anteriores e avançar mais no conhecimento de Deus e das coisas dele, sem desprezar e diminuir as compreensões anteriores, e partindo delas, usando-as como base e fundamento.
A Reforma não trouxe nenhuma verdade nova. Ela simplesmente resgatou a verdade bíblica, defendida pelos apóstolos e pais da Igreja, que foi soterrada durante a Idade Média, a saber, a doutrina da justificação pela fé somente. Os próprios Reformadores estavam o tempo todo citando os Pais da Igreja e teólogos antes deles. E acho mesmo que estamos precisando um outro movimento Reformador na igreja evangélica brasileira, não para nos trazer algo novo, mas para nos levar mais para perto das fontes, das Escrituras.
E por fim, não é isso que os relativistas dizem. Para eles, nunca qualquer geração poderá dizer que tem certeza de alguma coisa, mesmo das coisas de Deus. Penso diferente. E acho que não estou só.
Um abraço.
PS -- Desculpe comentar: respondi seu comentário para benefício dos leitores, mas seu vocabulário, os elogios desnecessários (desculpe, mas soaram irônicos às vezes), as coisas defendidas, me fizeram desconfiar por um momento que se trata de mais uma brincadeira dos meus amigos liberais, libertinos e relativistas, que ficam tentando publicar comentários fakes aqui no Tempora Mores. Naaaahhh, deve ser só neura minha...
Caro irmão, me parece que existem alguns setores da Igreja Evangélica Brasileira, que bebeu demais dos norte americanos(de uma forma geral, diga-se...), adotou costumes e modos de estar que os embriagaram de tal maneira que se tornaram dependentes crõnicos, principalamente dessa bebida que tem por nome "Teologia Liberal"ou"relativista" e sei lá mais o quê...
ResponderExcluirPor outro lado, precisamos aceitar que fazer teologia, além de ser um exercício que pressupõe a fé, é uma maneira de estar na vida, é uma paixão, é essencialmente ler e meditar nas Escrituras, a Palavra de Deus.Infelizmente não é isso que está acontecendo. Muita retórica, muito boa escrita, mas pouca intimidade com o texto bíblico.Sola Escriptura seria o melhor remédio para a cirrose teológica dos pseudo-teólogos liberais deste país.
Um abraço Reformado e Congregacional
Prezado Rev. Augustus Nicodemus, Feliz 2009!!!
ResponderExcluirO Rev. Ricardo Quadro Gouveia comentou acerca dos 40 livros que influenciarm os evangélicos no Brasil nos últimos 40 anos. Gostaria que o irmão comentasse a litsa. A mesma se encontra na revista ultimato ( site).
Um Grande e Forte Abraço!!!
Idauro Campos
Ministro Congregacional
Relativizar a verdade é uma forma de abandoná-la, com a possibilidade de que ninguém perceba o abandono, por isso que citações relativistas sempre são embasadas com versículos bíblicos, para que estas citações relativistas sejam verdades absolutas. Porém, cedo ou tarde, se percebe o abandono da verdade, como nesse caso lastimável:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=3623neA7lNw
Idauro,
ResponderExcluirEu vi a lista e até brinquei com o Ricardo que ele esqueceu de colocar meus livros, kkkkkkkk!
Falando sério, a lista contém realmente clássicos bem conhecidos do meio evangélico. Talvez faltasse um ou outro de linha mais reformada, mas no geral creio que o Ricardo acertou na lista.
Sobre os comentários que ele faz a alguns dos livros, não concordo com todos.
Abraços.
Oi, Augustus!
ResponderExcluirVocê escreveu:
"Será que não poderíamos dizer que nós, mesmo enviesados por nossos pressupostos e preconceitos (horizontes), ainda somos capazes, em virtude na nossa humanidade básica compartilhada com as pessoas de todas as épocas – para não mencionar a graça comum e a ação do Espírito Santo –, de perceber a verdade da mesma forma que outras pessoas a perceberam em outros tempos e em outros lugares?"
Exato! E precisamente ISSO corresponde a crer com fervor na graça de Deus, que nos permite, apesar de sermos falhos em nossas percepções, entrever algo legítimo da verdade. Só acedemos a um tanto da verdade por causa Dele. Concentrar todo o foco nas "relatividades humanas" é olhar mais para o ser humano pecador que para o Deus redentor. É olhar mais para baixo que para cima.
A ênfase dos "teólogos progressistas" é sempre humanista. Nisso, são influenciados pelo pensamento (pós-)moderno, que não deixa de ser uma teologia negativa - que afirma a incompletude humana sem possibilidade de salvação. Baudelaire que o diga!
Adorei o post! Abração!
P.S. Esta blogueira que vos fala está muito envolvida com mil mudanças que se avizinham para este novo ano, portanto precisando tirar umas poeirinhas do blog. Porém, continua sobrevivente e atenta ao mundo dos blogs cristãos! ;-)
Ah, Augustus, queria dar uma palavrinha ao Roger.
ResponderExcluirRoger, eu não entendo como você tem a cara-de-pau - desculpe, não acho termo mais leve para sua atitude - de vir aqui depois de ter falado mal em seu blog da turma do Tempora-Mores, de mim, do Nagel, do Julio Severo. Acho que você só quer arrebanhar os leitores daqui. Só pode ser.
Não me leve a mal, apenas detesto essa hipocrisia cheirosinha que você tem demonstrado desde os primeiros contatos. Se eu fosse o Augustus, teria apenas uma frase para você: "Sai do meu pé, chulé!" E só isso já seria condescendente demais.
Estimado Rev. Augustos,
ResponderExcluirAo ler novamente os comentários que fiz, realmente percebi a presença de tom irônico, e peço de todo o coração que o sr me perdoe. A luta diária contra alguns aspectos indesejáveis de minha personalidade ainda tem sido sangrenta, e fico aliviada por o sr não os ter publicado. Quanto a sua postura, respeito e sei que o sr deve saber o que faz. Com relação ao seu site, encontrei-o no google em meio a uma pesquisa e achei muito interessante o tema do artigo e não tive como não o ler. Quero deixar claro que da mesma forma que o sr. sou contra o liberalismo, relativismo e tudo o que se desdobra destas teorias. Quanto às brincadeiras pelo sr. comentadas, não sabia que o sr é alvo de coisas deste nível, mesmo sabendo que podemos encontrar mais crueldade no mundo cristão do que no próprio mundo secular, o que pra mim soa como uma grande contradição Mas é confortante saber que Deus não se deixa escarnecer!
Bem, quanto aos argumentos teológicos, compreendi bem a diferença entre a progressão e a relatividade. Mas há um outro ponto que não me ficou claro. O sr diz que a revelação de Deus terminou quando a Bíblia foi escrita, e que Cristo é a revelação maior. Não seria o nascimento de Cristo uma das etapas do plano da redenção que somente findar-se-á com a Sua gloriosa volta terminando assim por realizar a completa vitória contra Satanás? Se considerarmos que 2 eventos marcam a história desse mundo: A primeira vinda e a segunda vinda, ambas de extrema relevância, e se houve dom de profecia para a primeira vinda, não haveria também para a segunda? Segundo os versículos Ef 4:11; I Co 12:11; I Co 2:10-13 e as quatro listas elencadas por Paulo: Rm 12:6-8; I Co 12:8-10, 28-30 não teria o Espírito Santo continuado Sua obra de iluminar, advertir, confortar os filhos de Deus através dos dons espirituais mesmo após o fechamento do Cânon das Escrituras? Dons espirituais estes, que se manifestaria ainda através do espírito de profecia (Ap 19:10) para a igreja remanescente?
Com carinho e admiração, um abraço.
Caro Augustus, querida Norma,
ResponderExcluirnão falei mal de vocês, não. Só há uma postagem onde menciono vocês, lá. Onde você acha que falei mal? (se houver alguma coisa prometo me corrigir publicamente via postagem mea culpa).
Tirando o Severo, tenho respeito (do latim re spectare, olhar novamente) por vocês. Graças a Russel Schedd e Ultimato dou sempre uma olhada aqui em que Augusutus (e os outros dois Blogueiros) escrevem. E tiro coisas de proveito. Mas existem n comentários destacando essas coisas, alguns poucos meus.
Você, tem uma bagagem cultural boa e escreve bem. Não tem como negar isso! Acho que você exagera nos adjetivos, mas se esse é seu jeito... como "bom relativista" tenho que saber te interpretar. rs
O Nagel é polemizador e com uma boa pitada de pimenta e humor sarcástico que eu aprecio. (aliás estou aprendendo a na seriedade do Nicodemus ver esse humor também).
Obviamente estamos em lados opostos, quanto à ideologia, mas como cristãos, estamos no mesmo barco, ou não? Aliás, esse foi sempre meu ponto.
O Severo, não satisfaz meu gosto. Acho o Blog dele muito sem estética e pouco ético (o que é uma opinião minha) obviamente outros vêem de outra maneira. Raramente passo por lá e quando vou "passo mal". Mas essa é minha impressão do Blog e não do Blogueiro, o que é bem diferente.
Não tento arrebanhar ninguém pois o público aqui de maneira alguma passaria por lá. E se de alguma forma quereria atrair leitores já me sentiria satisfeito em saber que vocês leram meus textos. Só lamento que lestes apressadamente e percebestes coisas que não escrevi.
No mais... boa semana e quando achares tempo, volte a postar novamente.
fraternalmente,
Roger
Cássia,
ResponderExcluirVamos lá.
Espero que você não pense que a minha posição é aquela retratada pelo autor do artigo "Augustus Nicodemus" na Wikipedia, onde ele dá a impressão que eu não acredito mais que o Espírito Santo atue hoje.
O assunto é tão repetido e batido que procurei ver se eu já tinha escrito um post sobre esse assunto da cessação e contemporaneidade dos dons aqui no blog, para lhe indicar, e percebi [surpreso] que não havia ainda postado diretamente sobre isso. Prometi a mim mesmo que escrevo sobre isso uma hora dessas.
A minha posição sobre revelação é a posição reformada clássica. Se nós tomarmos o termo "revelação" para aquela atividade de Deus onde ele revelou, descobriu, manifestou, seus planos, o futuro, as verdades basilares do Evangelho, através dos profetas e dos apóstolos, então essa atividades cessou. Os profetas (como Isaías, Jeremias) e os apóstolos (como Paulo e Pedro) foram um grupo único, exclusivo, usado por Deus para a veiculação dessas verdades reveladas e a escrituração delas na Bíblia (Efésios 2:20; 3:5). Com o fechamento do cânon (os livros do AT e NT) cessou essa atividades revelacional divina. Tudo que precisamos para saber quem é Deus e como nos relacionar com ele e com os demais irmãos está na Bíblia. Nesse sentido, não há novas revelações da parte de Deus (veja também Hebreus 1:1-3).
Isso NÃO QUER DIZER (e é aqui que as pessoas fazem inferências equivocadas) que o Espírito Santo deixou de agir na Igreja. Seus dons continuam presentes, sua ação continua poderosa e é ela que sustenta e mantém a Igreja. O que não creio que exista hoje são novas revelações da parte de Deus. Quem geralmente apela para novas revelações, são as seitas, como Mórmons, Testemunhas de Jeová, e os primeiros adventistas com a profetiza Ellen White. O movimento G12 também começou com uma "nova revelação", pelo que sei. Muita gente hoje diz que Deus lhe falou e lhe mostrou coisas novas que não foram reveladas antes. O que existe de aberração entre os evangélicos em nome de Deus não dá para descrever...
Não confunda isso com iluminação, direção, santificação, orientação -- atividades do Espírito que nunca deixaram a Igreja.
Veja esses posts, que mesmo não tratando do assunto diretamente, podem ajudar a deixar clara a minha posição:
http://tempora-mores.blogspot.com/2007/11/creio-em-avivamento.html
http://tempora-mores.blogspot.com/2006/08/para-quem-pensa-estar-em-p-i-verso.html
http://tempora-mores.blogspot.com/2006/03/sobre-espiritualidade-msticos-e.html
Abraços.
Roger,
ResponderExcluirNo seu blog, você tentou ser sutil e engraçadinho para os seus, imagino. Não o leio, recebi o aviso do post por um amigo na época e nem ia tocar no assunto. Mas me enfureci quando vi seus comentários tão "simpáticos" aqui. Para seu azar, além de saber escrever (deixando de cometer atrocidades como "carneficina" e "pebleus"), também sei ler. É o seguinte.
- Eu e Gustavo Nagel não somos "dois Têmporas". Inclusive, meu blog surgiu antes do Tempora-Mores. Encontrar o Augustus, o Solano e o Mauro foi uma convergência muito feliz, pois temos de fato posições bem semelhantes. Mas não há relação de subordinação alguma entre nossos blogs - e insinuar isso dessa forma é, sim, falar mal.
- Dizer que Gondim foi "perseguido pela ala conservadora" (composta pelos nossos blogs) também é falar mal. Só há perseguição quando há perseguidores, certo? Agora, chamar crítica de perseguição é um modo ridículo de vitimizar o criticado. Isso é típico de quem, como você, jamais demonstra ter argumentos de verdade para discussão alguma.
- Por fim, você elogia outros blogs arremessando farpinhas, das quais a mais besta é afirmar que tais blogs demonstram "um contato virtual mais pessoal e menos 'piedoso'", em uma óbvia comparação desfavorável a nós.
- Por fim, não condeno seus esforços de fazer humor com certo escárnio. Porém, é preciso fazer isso com muito mais justeza (sem mentir) e fineza (sem ofender) para que, depois, você possa aparecer diante dos alvos da zombaria com propostas de diálogos amigáveis. Do jeito que você está fazendo, só pega mal. Aproveite o que estou lhe dizendo como uma lição.
Querida Norma,
ResponderExcluirvamos ao meu pedido de desculpas. Aqui agora não caberão as ironias minhas nem humor o que poderia distorcer a mensagem que quero passar a você e aos outros. Falo com seriedade e sinceridade.
Há coisas para eu me desculpar em relação a você, Nagel e Nicodemus e como disse publiquei em meu Blog esse pedido de desculpas.
1) Os erros ortográficos já foram corrigidos.
2) Houve um erro de pontuação, onde eu deveria ter colocado uma vírgula e não um “e” antes de os dois Temporas. Como ficou deu a entender que me referia a você a Nagel. Mas me referia de fato a Solano e ao Mauro. Também corrigi esse erro de pontuação.
3) Na questão do Gondim eu errei, sim, e feio. Perdoe-me!
4) No elogio que fiz aos outros Blogs... te entendo também. É mesmo desagradável o que fiz.
5) Se eu falei mentiras e não fui fino também te peço perdão.
Faço uma consideração, agora, me dirigindo a Nicodemus, sobre o tema do Post, não para me justificar, pelos erros que cometi, mas não quero perder essa oportunidade de relacionar isso ao tema relativismo X verdades absolutas (certo e errado). É o seguinte:
Se eu não tenho a disposição de relativizar, jamais conseguiria entender a Norma.
1) No primeiro ponto ela começou com uma questão bem objetiva, basta eu olhar o dicionário. Se bem que até nisso pode haver controvérsias especialmente agora com a reforma ortográfica. Mas no caso, é claro que estou errado. Há uma verdade óbvia.
2) Aqui, na pontuação, já acho mais complicado. Pois o referencial seria uma gramática da língua portuguesa, o que é mais complicado de ser consultado. Mas com boa vontade, tentando entender minha interlocutora. Percebi o deslize.
3) Agora as coisas começam, já a cair em um subjetivismo onde quase não conseguimos ver mais aquilo que é objetivo e absoluto: Gondim foi perseguido ou criticado? O que eu de fato quis dizer com o termo “perseguido”? Onde estaria a verdade? Adiantaria eu apontar para Norma minhas reais intenções, a leitura que fiz do ocorrido? Seria esse o espaço e tempo propício para tal discução? Não. Prefiro deixar de lado minhas convicções, minhas verdades, e dar a mão a palmatória. Afinal, se ela interpretou assim, há boas chances de ser correto. E mais do que isso, o que na verdade penso é que como eu tomei as dores do Gondim nisso tudo e me posicionei ao lado dele, é óbvio que transmito isso, e se Norma se sentiu ofendida é porque algo a ofendeu. E essa, não foi absolutamente minha intenção. Provocar sim, ofender não. Mas às vezes as duas coisa são tão próximas...
4) Sei que no campo científico (teológico) as coisas são mais rígidas e menos flexíveis que nos relacionamentos interpessoais. Mas esse é novamente meu ponto, teologia é pra mim, acima de tudo o exercício de conhecer um Deus que se relaciona comigo (Ele é um sujeito e não um objeto). E nisso há margem para muita flexibilidade. Por exemplo, a questão da Bíblia, embora meu pai e minha mãe tenham escrito livros, jamais leria um livro de regras, para aprender a me relacionar com eles. E nem as cartas que me escreveram serviam para isso. O que quero dizer, voltando ao pedido de desculpas, é que tenho tanto prazer em me relacionar com essa ala, como com a outra, pois creio que somos todos irmãos em Cristo. A sensibilidade feminina da Norma me mostrou algo que talvez as outras figuras masculinas não conseguiriam mostrar. Quero que ela entenda que a amo ainda que elogie outros Blogueiros com os quais me identifico mais.
5) Usei no meu quinto pedido propositadamente o “se” e nele tudo se relativiza. Pois tenho uma consciência limpa de que não menti nem ofendi ninguém. Mas se isso foi entendido como mentiras e ofensas pela Norma, e foi, por que devo ficar prezo ao meu orgulho e à minha cabeçudice? Não, como alguém já disse, prefiro ser feliz do que ter razão. Ainda que o melhor seja ser feliz “e” ter razão, nesse caso não há escolha, abro mão da razão para ser feliz.
Esse é o relativismo que advogo, na minha maneira de aprender e fazer teologia, nos meus relacionamentos com o próximo ou com meu Deus.
Um fraterno abraço para vocês,
Roger
PS: como prometido, essa íntegra do pedido de desculpas está lá no Teologia Livre
muito boa essa matéria Reverendo.
ResponderExcluirvou aproveitar e fazer um pedido, poderia por favor fazer algumas considerações sobre ecumenismo ?
obrigado
Caro Reverendo
ResponderExcluirAlgumas considerações:
1. A expressão do seu texto "... já discutidas e refutadas ad nauseam..." foi interessante o tal do "ad nauseam";
2. Estou com preguiça de averiguar mas parece que a foto muda, o nome troca, não lembro bem... mas desconfio que é sempre o mesmo personagem e sempre as mesmas implicações e a palavra "fraterno" aqui ou ali... sinceramente? acho que é apenas uma busca disfarçada por audiência do blog Tempora. Tipo: Pôôôô, o cara "enfrentou" o reverendo, vou entrar lá no blog dele para dar uma olhada e assim vai se pescando audiência... Sei lá, é uma impressão. Talvez seja um tique nervoso "ad nauseam" da minha parte;
3. Mas o que gostei muito, foi da participação que alguém fez com o título "Música, Ciência e Teologia";
4. Não perca o tom "irônico"... é um dos principais motivos que me leva a ler seus textos aqui postados. Tenho uma certa aversão aquela afetação piedosa que os pastores de uma forma geral procuram simular para parecerem homens de Deus;
5. Ainda sobre irritação... (neurose minha), o blog já é uma ferramenta construída para que via "hipertexto" as pessoas deixem (se quiserem) um rastro e um caminho para quem desejar entrar nos seus blogs pessoais, não precisam ficar toda hora usando comentários tipo "... acabei de criar um blog e apareça por lá... etc...". Santa paciência! Como diria o velho Robin para o antigo Batman da TV;
6. Também tenho o meu blog pessoal, e gostaria que o senhor visitasse ele e se possível comentasse e o endereço é o ... risos... brincadeira... é que eu também sou irônico...
No mais, um abraço
Caro Oliveira,
ResponderExcluirvou correr o risco de "enfrentar" suas considerações!
Missão impossível essa, pois parece que meu filme já está mais que queimado (aqui nesse espaço). Não sei...
Você deve saber que meus comentários já foram barrados pois começaram a aborrecer o Nicodemus e ele parou de publicá-los.
Depois me desculpei e acho que passamos a nos entender melhor. E ele voltou a publicá-los.
Estou certo que não passei dos limites neste Post, se não ele teria bloqueado novamente. Mas a Norma me fez ver que há certas coisas que transmitimos sem querer e sem perceber. E é algo que preciso trabalhar, talvez durará algum tempo. Por isso peço paciência. Mas não me iludo pois sei que uma certa tensão sempre existirá, graças às convicções ideológicas totalmente opostas. Mas creio que teologicamente há mais pontos pacíficos.
Os pontos que você levantou em suas considerações são também dignas de consideração (rs): "busca de audiência", "enfrentar alguém de renome". É sempre bom estarmos alertas a quais são nossas (no caso, minhas) reais motivações ao pisar nesse espaço. Acho que não sou o único que guerreia contra a tal da vaidade.
Quanto ao ponto 4 estou de pleno acordo contigo.
Quanto ao 5, concordo contigo, às vezes é mesmo estranho, tais mensagens mas... fazer o quê?
No ponto 6 não ficou claro, afinal você tem ou não um Blog?
No mais um forte abraço,
Rogério (Roger, Fraternus)
PS: Depois de uma situação dessas (quando tomo muitas pancadas) eu faço como o Pinguim ou Coringa, sumo e só apareço alguns episódios bem mais tarde. Afinal ninguém é de ferro!!rsrs
Bom dia, Pastor!?
ResponderExcluirSua pergunta no terceiro tópico me fez lembrar de uma frase dita no filme "Amistad" de Steven Spilberg: "Nós somos o que nós fomos".
Penso que sua pergunta explica a frase e a frase ilustra a pergunta.
Um forte abraço,
Ricardo Manha
Ola pastor, muito bom o artigo, sempre estou passando por aqui para ser edificado, sou de uma igreja que as pessoas rotulam de igreja emergente, da qual temos alguns pontos que nao batem, mas na essencia somos brothers e te admiro muito.
ResponderExcluirReverendo Augustus,
ResponderExcluirApós leitura atenciosa dos versículos de Ef. 2: 20 e 3:5 indicados por vossa senhoria e a sua contextualização com os versículos anteriores e posteriores percebe-se claramente que estes não se referem ao cessamento dos dons espirituais ou de profecia mas sim ao fato de que Cristo comissionava Paulo a ser seu co-obreiro na pregação do evangelho, que agora deveria estender-se ser aos gentios também. Esta é a verdade agora revelada que em outras gerações não havia sido da aos filhos dos homens: que Sobre a Pedra viva poderiam edificar igualmente judeus e gentios.
Por ocasião da conversão de Paulo, o Senhor declarara que ele devia ser ministro dos gentios "para lhes abrires os olhos", disse, "e das trevas os converteres à luz, e do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão dos pecados, e sorte entre os santificados pela fé em Mim".Atos 26:18. O anjo que apareceu a Ananias dissera de Paulo: "Este é para Mim um vaso escolhido, para levar o Meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel."Atos 9:15. E o próprio Paulo, posteriormente em sua experiência cristã, quando orava no templo de Jerusalém, foi visitado por um anjo do Céu que lhe ordenou: "Vai, porque hei de enviar-te aos gentios de longe". Atos 22:21. Assim o Senhor comissionara Paulo para que penetrasse no largo campo missionário do mundo gentio. Com o intuito de prepará-lo para esta extensa e difícil tarefa, Deus o trouxera em íntima comunhão consigo, abrindo-lhe perante a arrebatada visão aspectos da beleza e glória do Céu. Fora-lhe entregue a missão de tornar conhecido "o mistério" que esteve oculto "desde tempos eternos" (Rom. 16:25) - "o mistério da Sua vontade" (Efés. 1:9), "o qual noutros séculos não foi manifestado aos filhos dos homens, como agora tem sido revelado pelo Espírito aos Seus santos apóstolos e profetas; a saber, que os gentios são co-herdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho; do qual", declara Paulo, "fui feito ministro. A mim, o mínimo de todos os santos, me foi dada esta graça de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompreensíveis de Cristo, e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou; para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos Céus, segundo o eterno propósito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor". Efés. 3:5-11.
Os discípulos deviam sair como testemunhas de Cristo para anunciar ao mundo o que dEle tinham visto e ouvido. Durante Seu ministério terrestre Cristo deu início à obra de derrubar o muro de separação entre judeus e gentios e anunciar a salvação a toda a humanidade. Embora sendo judeu, comunicava livremente com os samaritanos, anulando costumes farisaicos dos judeus com respeito a este desprezado povo. Dormia sob seu teto, comia a suas mesas e ensinava em suas ruas.
Cristo ansiava por desdobrar aos discípulos a verdade referente à demolição da "parede de separação" (Efés. 2:14) entre Israel e as outras nações - a verdade de que "os gentios são co-herdeiros" dos judeus, "e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho". Efés. 3:6. Esta verdade foi revelada em parte quando Ele recompensou a fé do centurião de Cafarnaum, e quando pregou o evangelho aos habitantes de Sicar. Isto foi ainda mais plenamente revelado por ocasião de Sua visita à Fenícia, quando curou a filha da mulher cananéia. Estas experiências ajudaram os discípulos a compreender que entre aqueles a quem muitos consideravam como indignos da salvação, havia almas famintas pela luz da verdade.
Assim buscou Cristo ensinar aos discípulos a verdade de que no reino de Deus não há fronteiras territoriais, nem classes sociais; que eles deviam ir a todas as nações, levando-lhes a mensagem do amor do Salvador. Esta verdade os discípulos foram tardios em apreender, e o divino Mestre deu-lhes lição após lição. Jesus pôs os discípulos em contato com uma pagã que consideravam, como qualquer outro membro de seu povo, sem nenhum direito a esperar o Seu favor. Queria dar um exemplo de como uma pessoa nessas condições devia ser tratada. Os discípulos haviam pensado que Ele distribuía muito liberalmente os dons de Sua graça. Mostraria que Seu amor não devia limitar-se a qualquer raça ou nação.
Quando Ele disse: "Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel", declarou a verdade; e ajudando à cananéia, estava cumprindo Sua missão. Esta mulher era uma das ovelhas perdidas que Israel devia ter salvo. Era a obra que lhes fora indicada, e por eles negligenciada, que Cristo estava cumprindo.
Este ato abriu o espírito dos discípulos mais amplamente para o trabalho que se achava diante deles, entre os gentios. Viram um vasto campo de utilidade fora da Judéia. Viram almas suportando dores ignoradas pelos mais altamente favorecidos. Entre os que tinham sido ensinados a desprezar, achavam-se almas ansiosas do auxílio do poderoso Médico, famintos da luz da verdade, tão abundantemente dada aos judeus.
"Todo aquele que nEle crer não será confundido. Porquanto não há diferença." "Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre." "O rico e o pobre se encontraram; a todos os fez o Senhor." "O mesmo é o Senhor de todos os que O invocam." "Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo." Atos 17:26 e 27; Gál. 3:28; Prov. 22:2; Rom. 10:11-13.
PS: desculpe o tamanho do texto, mas naõ tive como condensá-lo. Se o sr. achar por bem não querer responder por aqui uma vez que concordo ter o assunto fugido do tema do artigo, disponibilizo o seguinte email: clarinhahope@hotmail.com
um abraço com carinho e admiração
Reinaldo,
ResponderExcluirSobre ecumenismo, dê uma olhada em:
http://mzelmikaitis.sites.uol.com.br/NovaOrdemMundial/NovaOrdemMundial/ecumenismo.htm
Oliveira,
Não se preocupe, mesmo que eu quisesse, não conseguiria deixar de ter esse tom irônico -- é defeito de fábrica...
Luis e Ricardo,
Obrigado pelos comentários.
Abraços a todos.
Clarinha -- é esse seu nome?
ResponderExcluirSeu comentário é de fato bem extenso, e fica difícil interagir com ele, até porque não entendi direito qual o seu ponto. Vou comentar apenas o que entendi que você estava contestando, que é minha análise de Efésios 2.20 e 3.5.
Você escreveu, "Após leitura atenciosa dos versículos de Ef. 2: 20 e 3:5 indicados por vossa senhoria e a sua contextualização com os versículos anteriores e posteriores percebe-se claramente que estes não se referem ao cessamento dos dons espirituais ou de profecia..."
Eu não disse que esses versículos mostram a cessação dos dons espirituais e de profecia. Como eu disse no meu comentário, não defendo que os dons espirituais cessaram, e sim que a revelação cessou.
Efésios 2.20 e 3.5 apenas mostram que os apóstolos e profetas estão na base da Igreja, na fundação da mesma, e como tal, cessaram sua função, seu trabalho. Não temos mais hoje apóstolos como Paulo e Pedro e nem profetas como Isaías e Jeremias, que foram instrumentos de Deus para revelar a vontade dele a Seu povo. É só isso que eu falei e creio que esses dois versículos falam dos apóstolo e profetas como um grupo já fechado, definido, e não um grupo ao qual podemos adicionar novos membros.
No mais, concordo com os pontos de seu comentário, embora ache que eles, aparentemente, não tenham a ver com o tópico da cessação.
Um abraço!
Caro Augustus.
ResponderExcluirParabens pela postagem. Seus artigos tem me ajudado muito a entender melhor as Escrituras e, com isso, aplicá-la de forma correta em minha vida. Também compartilho da posição cessacionista, porém, tenho uma dúvida: Como podemos encarar de forma correta alguns relatos de profecia citados principalmente no apendice do livro de Wayne Grudem (O Dom de Profecia - Apendice 7), onde ele cita até mesmo acontecimentos proféticos com Spurgeon.
Obrigado pela sua atenção.
Abraços
Diego
Diego,
ResponderExcluirWayne Grudem foi o leitor externo da minha tese de doutorado em Westminster. Aprecio bastante as suas posições. Só tenho reservas quanto à interpretação dele da profecia do NT. Não li o apêndice 7 e portanto fica difícil dizer alguma coisa. Genericamente, eu acredito que Deus é soberano e que ainda hoje ele pode permitir que eventualmente um conhecimento miraculoso do futuro seja concedido em ocasiões especiais. Todavia, isso não é regra, não acontece sempre e nem é o dom de profecia que encontramos no NT, o qual, na minha interpretação, é muito mais a aplicação da palavra de Deus às igrejas locais. Mas isso é assunto para um outro post.
Abraços.
[“a verdade é absoluta, mas minha percepção dela é sempre relativa”.]
ResponderExcluirHá uma grande falácia e contradição nessa declaração. Como sempre, essa declaração cai no mesmo erro deste teólogo em defender uma teologia como um construto humano e depois critica como fundamentalismo as confessionais.
Essa declaração é uma outra forma de afirmar que a verdade é relativa. É como alguém que diz que o Pão de açúcar é no Rio de Janeiro. Outro discorda e afirma que o Pão de açúcar está num determinado lugar, apenas que as pessoas erram em qual seja este lugar.
Se alguém afirma que a verdade é absoluta, jamais alguém pode afirmar a palavra SEMPRE depois disso. Como ele pode afirmar “sempre relativa”!? Isso já se torna absoluto. A verdade não está desassociada da sua epistemologia. Caso contrário, como se saberá que essa verdade é absoluta ou relativa? Somente alguém que use os meios da verdade absoluta para saber que essa verdade é absoluta ou relativa. È como se alguém dissesse que existe com certeza um planeta que tenha somente anjos, mas depois diga: só que a forma de saber se isso é verdadeiro ou falso é relativo. Como alguém pode afirmar algo sem que use os meios absolutos de verdade? Isso não é inteligente, mas patético.
Sabemos que a verdade é absoluta e, apesar das dúvidas e relativismo do pensamento da maioria das pessoas, existe a percepção absoluta, que usa os meios absolutos e confiáveis de pesquisa. Para a verdade, Deus manifestou essa verdade através de sua Palavra de uma forma absoluta a seres humanos que pensam, pesquisam e usam meios confiáveis. Paulo chega a falar: “mas se o nosso Evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século segou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” (2Co 4.3,4)
Portanto, começo a desconfiar desse teólogo se ele nasceu de novo mesmo ou é apenas mais um influenciado pela filosofia pós-moderna cheia de contradições.
Caro Dr. Augustus,
ResponderExcluirEm relação ao seu comentário sobre reservas quanto à interpretação de Wayne Grudem eu gostaria de lhe fazer uma pergunta:
Partindo do pressuposto que somos imperfeitos e influenciáveis, quais os principais critérios que devemos utilizar para tolerarmos as diferenças de opiniões sem comprometermos a interpretação da verdade que é absoluta?
Um abraço,
Éden
Dr. Augustus, por favor, coloque esse comentário, pois fiz o anterior com pressa e sem análise. Obrigado.
ResponderExcluir“a verdade é absoluta, mas minha percepção dela é sempre relativa”.
Há uma grande falácia e contradição nessa declaração. Como sempre, essa declaração cai no mesmo erro de quem afirma: "toda verdade é relativa".
Essa declaração é uma outra forma de afirmar que a verdade é relativa. É como alguém que diz que o Pão de açúcar é no Rio de Janeiro. Outro concorda com a afirmação, mas diz que as pessoas erram em qual seja este lugar, pois elas não têm certeza.
Se alguém afirma que a verdade é absoluta, jamais pode afirmar que os meios para obtê-la são SEMPRE RELATIVOS depois disso. Como ele pode afirmar que a verdade é “sempre relativa” se não tivesse uma análise e percepção absolutas!? A verdade não está desassociada da sua epistemologia. Caso contrário, como se saberá que essa verdade é absoluta ou relativa? Somente alguém que use os meios da verdade absoluta para saber que esta é absoluta ou relativa. É como se alguém dissesse que existisse um planeta que tenha somente macacos, mas depois diga: só que a forma de saber se isso é verdadeiro ou falso é relativo. Como alguém pode afirmar algo sem que use os meios absolutos de verdade? Isso não é inteligente, mas patético.
Sabemos que a verdade é absoluta e, apesar das dúvidas e relativismo do pensamento da maioria das pessoas, existe a percepção absoluta, usando meios absolutos e confiáveis de pesquisa. Deus manifestou essa verdade através de sua Palavra de uma forma absoluta a seres humanos que são capazes de pensar, pesquisar e usar meios confiáveis. Paulo chega a falar: “mas se o nosso Evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do Evangelho de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” (2Co 4.3,4)
Em relação ao 3º parágrafo, daria o nome de "teólogo ficto", pois é um falso e suposto teólogo. Há muitos falsos teólogos e profetas.
ResponderExcluirFui ovelha de um deles (o "paipóstolo"), mas felizmente consegui, ao ter liderado o grupo minoritário, que ele saísse "pacificamente e sem escândalos" de uma das igrejas batistas (pejorativamente chamadas de tradicionais).
Gostaria de obter, se possível for, o email (particular) do Rev. Augustus Nicodemus Lopes para outros esclarecimentos sobre o "paipóstolo", considerando que nem sempre a "versão oficial" da cisão ocorrida em ***, com a Igreja Batista *** corresponde efetivamente com a verdade absoluta, porquanto existem situações que é preferível sofrer os prejuízos a ter que levar ao "tribunal" humano.
Fraternalmente em Cristo
Nelson K. Ando
“Eu também acredito que a teologia é um construto humano, e como tal, imperfeito, incompleto e certamente relativo. Estou longe de adotar para com a teologia reformada uma postura similar àquela que considera a tradição aristotélica-tomista como a filosofia e/ou teologia “perene”
ResponderExcluir“Um amigo meu que é teólogo me disse outro dia numa conversa, “a verdade é absoluta, mas minha percepção dela é sempre relativa”. Até hoje estou intrigado com essa declaração. Eu o conheço o suficiente para saber que ele não é relativista. Sou obrigado a reconhecer, por força do conhecimento da minha própria limitação e subjetividade, que ele está certo quanto à relatividade da nossa percepção teológica”
Rev. Augusto esse é nosso limite, a nossa humanidade, a nossa criaturidade.
Se entendermos que a revelação pertence a Deus, que o Evangelho é Palavra de Deus e que somos apenas servos, ministros imperfeitos que comunicam a mensagem celestial, poderemos dar testemunho acerca da Verdade, apesar na nossa finitude e criaturidade.
Conhecer a verdade é possível. O que incomoda é saber que não podemos domar ou dominar essa verdade com a força da nossa razão. O evangelho é a verdade, todavia não podemos algemar o evangelho a relatividade da nossa compreensão, a lógica é outra, nossa vida é que dominada e transformada pela Verdade.
Não necessariamente ao assumir nossa finitude estamos nos redendo ao altar do individualismo em termos éticos. Quando o ser humano caído em seu ESTADO de miséria pode perceber sua finitude isso já é graça, tendo em vista que em algum momento houve uma comunicação da Verdade que lhe permitiu reconhecer a miséria humana.
Prezado Rev. Dr. Augustus,
ResponderExcluirGostaria de saber qual a sua posicão em relacão a proposta existencialista de Bultman.
Grato.
É verdade que o relativismo absoluto nos conduz a um mundo caótico onde sequer é possível construir uma ética global. Como condenar o infanticídio em alguns países africanos se o “certo” e o “errado” dependem da cultura e da ótica pessoal?
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