Recentemente, chamou-me atenção a utilização, por um pastor presbiteriano, de um livro texto de um autor católico-romano para ensinar ética cristã em um curso de Escola Dominical. Os alunos foram incentivados a adquiri-lo e a tê-lo como base de instrução. O caso é intrigante, pois existem diversas obras bem escritas e fundamentadas, no campo reformado e evangélico sobre ética cristã. Por que não utilizar essas? A questão é tão amorfa e indefinida assim, que qualquer base interpretativa serve de alicerce? As cabeças dos alunos, não estariam sendo confundidas, em vez de esclarecidas? Após verificar o livro, em detalhe, fiquei ainda mais espantado, pois a base fundamental dele era a apresentação da Bíblia como uma compilação meramente humana de escritos religiosos, que não retratavam, necessariamente, os fatos ou situações descritas com veracidade ou autoridade. [1] Como desenvolver a compreensão de uma ética bíblica, se a própria Bíblia é colocada em suspeição?
A verdade é que há um deslumbramento em nossas instituições evangélicas de ensino, e em muitos pastores e líderes evangélicos, com a erudição católico-romana. Vários autores são pinçados a dedo como paradigmas da boa metodologia científica e erudição teológica (Croatto, Segundo, Mailhiot. Schökell, Lohfink, Schüssler-Fiorenza, e outros).[2] Há uma conseqüente importação de temas, por vezes já superados nas próprias academias que os originaram: a Alta Crítica (O Pentateuco não é da lavra de Moisés, mas obra de quatro redatores, identificados pelas primeiras letras dos nomes utilizados para designação da divindade ou do período nos quais foram escritos: JEDP), a Crítica da Forma, e – ainda a grande pérola querida da academia – a Crítica do Texto. Todas essas correntes presentes em alguns círculos teológicos do evangelicalismo têm em comum o descartar da Escritura Sagrada como texto inspirado; como revelação em forma objetiva, com proposições aferíveis (revelação proposicional) à humanidade, como Palavra de Deus confiável.
Procura-se hoje a análise do discurso, como forma de se chegar a uma compreensão da verdadeira mensagem que o autor ou autores procuraram registrar, e que está confundida com mitos, adições e trabalhos redacionais. Segundao esta visão, não existe texto íntegro. Todos estão sujeitos ao escrutínio da mente e especulação humana, que reina soberana postulando e definindo o que deve ser aceito e o que deve ser rejeitado. A simples idéia de uma revelação proposicional – de um Deus que intervém e interage com a produção intelectual da humanidade, por meio das Escrituras, de forma sobrenatural, é tão repugnante à pseudo academia teológica contemporânea, quanto a aceitação prima facie dos milagres registrados nos textos sagrados.
Interessantemente, enquanto as Escrituras são rejeitadas ipso facto como sendo Palavra de Deus, confiável e livre de erros, outros documentos, de cuja existência não se têm a mínima menção em autores antigos, nem a menor evidência de terem existidos, são aceitos, como por revelação divina. Assim, rejeitam-se diversas cartas de Paulo, como sendo epístolas do próprio (apesar de sua autoria ser declarada no texto), mas não se tem qualquer dúvida da existência de “Q”, como fonte primária dos evangelhos sinóticos (ao lado de “M” e de “L”), mesmo que esses textos sejam meras especulações. Gerados pelas similaridades que a verdadeira erudição cristã sempre identificou nos evangelhos sinóticos, com um razão tão simples quanto veraz: são todos documentos confiáveis, íntegros, ancorados nos fatos históricos da vida de Jesus, cerne de suas narrativas.
Mas essa verdade simples não serve, pois, partindo-se já da premissa da falta de integridade dos textos que dispomos, horas incontáveis de estudo e pseudo pesquisas são aplicadas no discernimento do pensamento das comunidades lucanas, petrinas, marcanas – supostamente grupos de cristãos responsáveis, como grupo, pelas idéias registradas nos livros que levam os nomes de autores bíblicos, que podem tão somente ser peças de ficção – tanto o texto final, como os autores.
A Bíblia é, nessa abordagem, um livro meramente humano – cheio de mitos, falhas, contradições e divergências entre si. A teologia de Paulo difere daquela teologia retratada no evangelho de Mateus, pois representa um desenvolvimento adicional do pensamento. Não temos complementação de verdades, mas desenvolvimento de idéias, seguindo tramas e caminhos restritos apenas pela ousadia da imaginação dos autores.
Qual a validade de tais estudos, então? Não representam a busca de um discernimento de proposições prescritivas, que podem auxiliar, como normativa, a postura dos Cristãos, em um caminhar que lhes dê paz, ou que agrade a Deus. Consistem apenas em exercícios acadêmicos; um fim em si mesmo; exercícios mentais de reconstrução historiográfica, partindo da premissa básica de que não existe palavra revelada, ou inspiração divina. Mesmo quando os textos, sob o escrutínio da crítica da forma (formgeschichte), estão estabelecendo modelos comportamentais – proibições e/ou permissões – eles são descartados por uma análise sociológica, ancorando tais prescrições nas condições vigentes, da era, invalidando qualquer aplicabilidade contemporânea. Essa visão segue, em coerência à rejeição da integridade dos textos, o entendimento da não existência de princípios absolutos, permanentes e de validade perene – relativizando todo inter-relacionamento social, às limitações comunitárias da época em que foram formuladas.
Há também aqueles que não estão tão preocupados com as fontes, mas que se prendem à análise dos textos – quaisquer que sejam esses, porque a sua própria existência e sobrevida demonstram que possuem importância intrínseca. Não, segundo esses acadêmicos, como documentos históricos, de fatos aferíveis, confiáveis ou verificáveis; mas, tão somente, como reflexo de experiências humanas a coisas que aconteceram. Essas questões e fatos não são tão importantes assim – mas o reflexo delas, esse deve ser estudado. Não há validade prescritiva, mas apenas um trabalho, cheio de tédio e verborragia, descritivo dessas narrativas, entremeados com observações que militam contra a integridade do que é dito.
Toda essa rejeição do texto sagrado está presente no livro ao qual me referi no início deste texto. Mas qual a validade dele, para o entendimento da Palavra de Deus? Como livro de ética, é uma mera coletânea descritiva dos discursos de Jesus, conforme o registro dos evangelhos, e de diretrizes encontradas nas cartas paulinas. No entanto, a integridade dos textos é descartada como premissa. De acordo com o autor deste livro, os evangelhos são mera produção humana, compilados de documentos primários, com trabalho de redação e adição aos eventos históricos, pelos compiladores – que podem até ter sido, mesmo, os evangelistas, Marcos, Mateus e Lucas. As cartas, não são necessariamente de Paulo (não interessa que comecem afirmando a autoria paulina, com uma mentira, dizendo que são – situação ética, que se fosse veraz, seria bem contraditória a qualquer ética, não acham?). Até as cartas que o autor considera que podem ser atribuídas a Paulo, foram embaçadas, na sua opinião, por um trabalho de composição e redação de possíveis escritos menores, com adições prováveis realizadas pelo redator.
Um livro de ética como esse, ao qual me refiro, não irá derivar regras comportamentais do texto sagrado, pois todos os direcionamentos nele encontrados são pertinentes à era. Tudo pode (e até deve) ser modificado, de acordo com ele. A conscientização da humanidade, a interação social através dos séculos, tudo isso está acima do texto sagrado e justifica a quebra das diretrizes, que não são aceitas nem como divinas, nem como universais e absolutas. Por exemplo, quando Paulo compara a relação social do casamento, à relação espiritual de amor que Cristo tem com a igreja, e daí deriva uma norma universal e perenemente aplicável, o autor diz que: “O Paulo de Efésios com certeza não vai além da estruturas sociais de seu tempo que em geral exigiam que as esposas fossem submissas a seus maridos” (p. 290). Nessa compreensão não temos, mais a palavra normativa de Deus com prescrições sempre atuais, mas um mero “Paulo de Efésios”, cujas diretrizes podem ser descartadas como anacronicamente inaplicáveis, por razões sociológicas.
É lamentável que tantos se afastem da simplicidade do evangelho e se enredem nessas vias complexas, que levam à confusão, ao ceticismo, ao descrédito da fé. É mais lamentável ainda que o povo de Deus receba esse tipo de ensino e orientação que mina a autoridade da Palavra inspirada do nosso Criador. O Tempora! O Mores!
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[1] MATERA, Frank J. Ética do Novo Testamento: os legados de Jesus e de Paulo. Tradução João Rezende Costa, do original: New Testament Ethics. São Paulo: Paulus, 1999, 379 pp. (professor de Novo Testamento na Catholic University, Washington, DC).
[2] Alguns autores católicos muito utilizados e suas obras mais comuns – disponíveis em português:
• GIRARD, Marc. Como Ler o Livro dos Salmos: Espelho da vida do povo. São Paulo: Paulinas, 1992. (Frei Marc Girard, canadense, professor na Universidade de Quebec).
• MAILHIOT, Gilles-Dominique. Os Salmos: Rezar com as palavras de Deus. Trad. Odila Aparecida de Queiróz. São Paulo: Loyola, 2008. (Frei dominicano, falecido em 2008, ensinou no Colégio Universitário Dominicano de Otawa, no Canadá).
• ALONSO SCHÖKEL, Luis. O Espírito Santo e os Salmos. Salmos e Exercícios. Trad. Maurício Ruffier. São Paulo: Loyola, 1998. (Católico espanhol, falecido em 1988. Estudou no Pontifício Instituto Bíblico, do Vaticano).
• SCHÜSSLER-FIORENZA, Elisabeth. “Exemplificação do Método Exegético”. In: SCHREINER, Josef (ed.). Palavra e Mensagem: introdução teológica e crítica aos problemas do Antigo Testamento, pp. 497-526. Trad. Benôni Lemos. São Paulo: Paulinas, 1978. (Elisabeth Schussler-Fiorenza é professora da Harvard Divinity School e identifica-se como católica).
• LOHFINK, Gerhard. Agora entendo a Bíblia. Para você entender a Crítica das Formas. Trad. Mateus Rocha. São Paulo: Paulinas, 1978. (ex-professor da Universidade de Tubinguen, na Alemanha. Católico, renunciou em 1986 para trabalhar com comunidades – livro escrito, nesse período: Jesus e Comunidade).
• BROOK, Wes Howard & Anthony GWYTHER. Desmascarando o Imperialismo: Interpretação do Apocalipse ontem e hoje. Trad. Barbara Theoto Lambert. São Paulo: Paulus e Loyola, 2003. (jesuíta, ex-advogado do Senado Norte-Americano, decidiu estudar teologia depois de uma carreira bem sucedida como advogado. Ensina na Seattle University)
• BEAUCHAMP, Paul & Denis VASSE. A violência na Bíblia. Trad. Maria Cecília M. Duprat. São Paulo: Paulus, 1994. (Exegeta francês, jesuíta, já falecido).
• SEGUNDO, Juan Luis. A História Perdida e Recuperada de Jesus de Nazaré: dos Sinóticos a Paulo. Trad. Magda Furtado de Queiroz. São Paulo: Paulus, 1997. (autor uruguaio, jesuíta, já falecido).
• CROATTO, J. Severino. As Linguagens da Experiência Religiosa - uma introdução à fenomenologia da religião. Trad. de C. M. V. Gutiérrez. São Paulo: Paulinas, 2001. 513p. (Argentino, jesuíta).
Caro Prof. Solano Portela
ResponderExcluirEm primeiro lugar parabéns pelo artigo tão bem produzido.
Quanto a utilização do livro pelo pastor "da forma como aconteceu", penso que o universo eclesiástico presbiteriano irá conduzir esta questão de forma adequada.
Quanto as ideias defendidas pelo livro, que não tem nada de novo que já não tenha sido debatido na comunidade acadêmica reformada e evangélica, não passam de visões humanistas onde A Palavra do Eterno é desclassifica como Verdade Absoluta, para que o ser humano tenha espaço de criar cada um suas verdades, só assim, cada um desses que fazem a opção de acreditar nestas teorias, podem se sentir semideuses.
obs: escrevi um artigo sobre os semideuses no mundo evangélico, se interessar nosso endereço é:minreligare.blogspot.com.br
Parabéns também pela continuidade do blog anunciada pelo Rev.Augustus, mesmo não sendo presbiteriano, aprendi a ter um carinho muito grande por esta denominação e suas ideias através deste blog.
um abraço e continuem nos ensinando
Rev. Solano,
ResponderExcluirDaí a importância do blog.
É importante para esclarecer que,
apesar de novos tempos e novos modos, o Evangelho continua o mesmo. E nós cristãos temos que ficar atentos às "novidades".
Tânia Cassiano
Ótimo texto, Solano.
ResponderExcluirSeria interessante, também, mencionar os autores católicos publicados por editoras evangélicas: Henri Nouwen, Brennan Manning e outros, que parece encantaram as pessoas tal qual serpentes.
Goel
Muito prezado Solano,
ResponderExcluirEis o que está em jogo, na minha opinião:
1) O homem não pode descobrir a verdade contida num texto, qualquer texto, sem submetê-lo a algum teste objetivo que possa comprovar, pela prática, a teoria nele contida;
2) O resultado imediato preconizado pela Bíblia, a partir do Evangelho, é paz de espírito, entre outras características verificáveis na vida da comunidade de seguidores de Cristo;
3) Onde quer que os resultados sejam conseguidos, pode-se dizer que a teoria foi confirmada pela prática. Neste caso, não há nada mais a provar, do ponto de vista de uma ovelha simples;
4) Quanto ao atendimento de critérios científicos para que a Bíblia tenha credibilidade, Calvino já alertou, nas Institutas, que isso não é possível, nem garantia para a fé.
Então, ou o Espírito nos constrange a aceitar a Bíblia - ainda que a ciência não possa confirmar sua crebibilidade, ou, até mesmo, pelos seus critérios, negue-lhe credibilidade - ou ela deve ser rejeitada, juntamente com Cristo.
Vês-se que, ainda hoje, somos confrontados com a afirmação de Cristo de que a Sua mensagem está mais próxima de ser compreendida pelos humildes do que pelos sábios.
Conclusão:
Creio por que é absurdo!
Solano, seu texto me serviu como alerta de luz amarela. Um livro de ética realmente não dá para seguir e recomendá-lo. Mas será que, no geral, não podemos aproveitar a reconstrução historiográfica dos autores católicos? O que o irmão acha? Ultimamente estava um leitor assíduo de livros da Paulus, Paulinas, Vozes... atrás de material do A.T. (tomara que a Cultura Cristã solte logo os comentários bíblicos desse Testamento) para tentar estudar mellhor os textos na parte histórica e assim tentar entender melhor como os leitores originais leram os escritos bíblicos em sua época. Infelizmente a crítica deles impossibilita e muito o aproveitamento do conteúdo devocional e teológico, mas com relação as formas literárias há coisas boas para se ler. Só os tenho lido pq não conheço bons comentários bíblicos em português do A.T da linha reformada (tem alguns para indicar, Solano?). Por isso fico garimpando alguma coisa nos católicos mesmo. É por falta (ainda) de opção. Na necessidade, vai um católico mesmo kkk...
ResponderExcluirUm abraço!
Excelente texto!
ResponderExcluirMinha dúvida é quando escreves "...“Paulo de Efésios”, cujas diretrizes podem ser descartadas como anacronicamente inaplicáveis, por razões sociológicas.".
A dúvida exata é sobre o que da lei mosaica ainda está vigente.
Ponto fechado que a parte sacrificial foi cumprida na cruz.
O que me faz refletir é o restante, a parte civil, etc... cujo argumento para dizer que não vale mais é o mesmo que citas noutro contexto, parafraseando "... cujas diretrizes (normas civis, etc...) podem ser descartadas como anacronicamente inaplicáveis (nos tempos pós cruz), por razões sociológicas.".
Exemplo: Não apedrejamos mais os falsos profetas, pois substituímos a lei de Deus pela nossa lei civil, que proibe tal prática. A nossa lei civil é mais perfeita que a lei de Deus? Como o tema é difícil, então me parece que usamos o mesmo argumento de por razões socilógicas dizermos que isto era para aqueles dias e para aquela realidade, mas para hoje não se aplica mais....
Espero ter sido claro na minha dúvida.
Mas por outro lado, mesmo sendo simpatizante do pensamento teonômico, me assusta um pouco que a sociedade de hoje passasse a apedrejar os falsos profetas.
Abraço!
Presb. Solano Portela, Graça e Paz!
ResponderExcluirAcredito que cabe uma crítica também às editoras evangélicas por não darem prioridade à publicação de obras mais eruditas. Por exemplo: Não existe Gordon Clark, Van Til, Dooyeweerd e outros em português! Não temos uma obra em português (eu não conheço) que trate da História da Filosofia numa perspectiva protestante (o livro do Sproul publicado pela Vida Nova é para iniciantes, o outro do Colin Brown está defasado, com muitos equívocos interpretativos - e ambos não são abrangentes!). Se você quiser ler uma história da filosofia em português terá que lançar mão das publicações católicas (Unisinos, Vozes, Paulus, Loyola). Confesso que isso me irrita muito. Publica-se muita porcaria, muita aguazinha com açúcar e o que realmente importa, muito pouco ("Introdução à Filosofia" do Geisler, "Questões Últimas da Vida" do Ronald Nash e "Filosofia e Cosmovisão Cristã" do Craig e Moreland). Sem esquecer de mencionar que os comentários bíblicos da Cultura Cristã custam os olhos da cara! Com editoras evangélicas assim fica difícil, não?
PS: Se pareci exaltado, por favor me desculpe, mas eu estou, hehe. Fico irritado com a carência de boas obras sobre filosofia numa perspectiva evangélica em português (sou apaixonado por filosofia e apologética), já que não domino o idioma inglês (o português não é dos melhores mas dá pro gasto, hehehe). Um abraço!
Caro e amado presb. Solano Portela, cada vez que leio algum texto de sua autoria ou ouço uma exposição da Palavra pelo sr. eu o admiro mais.
ResponderExcluirBom saber que existem eruditos crentes e equilibrados como os autores desse blog. Parabéns!
Algum comentário aqui me deixou os dedos coçando para questionar (desculpe-me, mas não aguentei), desculpo-me porque a perícia e o conhecimento que o sr. escreveu, senti-me uma criancinha. Mas não aguentei em questionar o que o Anônimo postou. Não sei se entendi direito suas colocações. Por isso, se o sr. quiser comentar também:
1. O que faz um texto objetivo é a demonstração da praticidade desse texto? Não entendi. Qual a base disso? Como se aplica para as promessas da vinda de Jesus? Escritos de filósofos, etc.
2. O Resultado é paz de espírito? Em que sentido essa paz. A paz que Jesus ensinou é a reconciliação e não algo subjetivo. Onde se pode demonstrar isso, caso seja de outra forma?
3. Os resultados conseguidos somos nós que dizemos ou é Deus?
4. Não há critério científico para a credibilidade das palavras de Flávio Josefo. Não há critério científico para a credibilidade das palavras de Sócrates. Tudo tem ser aceito com base na autoridade dessas pessoas ou de seus escritores, no caso de Platão. Ninguém estava lá, nem tiraram fotos desses textos.
A credibilidade dos textos bíblicos inclui a autoridade dos autores. Agora, a credibilidade de algumas doutrinas que estão ensinadas na Bíblia, precisa-se do Espírito Santo e conversão.
Realmente, acreditar que a Bíblia é inspirada inclui fé, mas também ninguém pode dizer, com base científica, que os eventos descritos na Bíblia não são verdades. Assim como ninguém pode dizer que Sócrates não morreu daquela forma.
Desculpe por que escrevi. Se não quiser, não publique, mas não aguentei.
Prezado Solano,
ResponderExcluirAs distorções apontadas por você são atribuídas, pelos católicos ordoxos, principalmente à influência primária de respeitadíssimos teólogos protestantes. Veja-se esse tipo de acusação, por exemplo, em www.montfort.org.br.
O conselho de Paulo aos Tessalonicenses é pertinente
ResponderExcluir1Tss 5.21
É necessário muita cautela, prudência e discernimento.
Há obras católicas que suplantam evangélicas.
Por exemplo, aquele dicionário Hebraico-Português da Paulus do Shokel é o melhor em português.
Agora, tem assuntos em que é trágico utilizar obras católicas. Porquanto, realmente, nossas (evangélicas reformadas ortodoxas e fundamentalistas) são mais confiáveis.
A paz
Tales
Prezado irmão Solano,
ResponderExcluirGraça e Paz.
Leio o seu texto, acho-o corretíssimo, apropriadíssimo, etc. etc. Como todos os textos aqui. Mas, fico sempre com a sensação de, chover no molhado. De voz que clama no deserto. Sabe por que?
Porque, nesse mesmo instante, temos seminários (históricamente, históricos, reformados, etc.), que são obrigados a manter em seu quadro de professores, teólogos liberais. É verdade ou não é?
O que me "irrita", nestes dias obscuros que vivemos, é que por causa da busca pelos título acadêmicos (tão valorizados), fecha-se os olhos (ou fica-se com um aberto), para os absurdos doutrinários que sai da garganta desses heréges que poluíram os seminários e faculdades, que têm que dar um diploma oficializado pelo MEC.
Se para isso fechamos os olhos, ora, porque não indicar textos ou livros de católicos, luteranos católicos, e ecumênicos em geral?
Olhe que sei o que estou dizendo, porque para se validar um diploma hoje, por uma denominação histórica (dita reformada), o caminho é uma faculdade em Campinas, onde os livros indicados são de teologos católicos e luteranos, por não existirem "melhores" nos meio "evangélico".
Será que esse é o preço a se pagar por um diploma validado? Melhor nada disso, penso eu.
Também não estou bravo!!!
Um forte abraço,
Pr. Menga
SOBERANA GRAÇA
(http://smenga.blogspot.com/)
Dúvidas do Pastor Francisco Mário
ResponderExcluirQuanto a afirmações de caráter objetivo, difíceis de confirmar hoje em dia, citam-se:
"Marcos 16
17 E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
18 Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão.
(...)
20 E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram. Amém."
Por outro lado, todas os frutos do Espírito são subjetivos, porém, comunicáveis entre sujeitos com a mesma experiência.
Conclusão:
A fé é subjetiva;porém, passível de comunicação objetiva entre aqueles que a possuem. Ela gera frutos subjetivos - os melhores - tanto quanto frutos objetivos - as obras dela decorrentes -.
Magistral artigo. Uso de lógica impecável. Toca no fundo da questão. Expõe a estúpida e auto-destrutiva ladainha dos críticos. Grato a Deus por teu crescimento intelectual. Abraços
ResponderExcluirLaurindo Neto (Seminário Presbiteriano do Norte)
Realmente não há nada de novo debaixo do céu, mais uma repetição dos liberais, as vezes fico desesperançado com com tanta eixegese nos púlpitos e nos seminarios. No enen vi coisas do tipo "interagir com o texto você também é o autor" mas na igreja querem me ensinar isso!!!! temos que tomar providência!!!! o blog é uma ferramenta continue rev. somos remanecentes da saudavel hermenêutica....(Bruno Rafael)- Presbiteriana maranguape 1, Paulista-PE.
ResponderExcluirEu não o conheço, mas sinto em discordar de você. Talvez você seja católico ou adira à teologia católica (?). Não sei, mas é muito estranho essa sua abordagem. Geralmente, pensamentos assim são muito contraditórios.
ResponderExcluirVocê está confundindo objetividade de um texto com cumprimento de uma promessa. Objetividade de um texto está no próprio texto escrito em forma proposicional. Nada a ver isso que escreveu com objetividade. Usou Marcos 16.17-20 dizendo que é difícil de confirmar hoje. Não penso como você. Na minha opinião, é fácil vê-lo confirmando. Todavia, pelo menos você deve crer que foi confirmado entre os apóstolos. Veja que no verso 20 diz que o Senhor cooperava com eles com os sinais que seguiam. Houve tanto objetividade do texto como cumprimento.
Que expressão estranha: “Por outro lado, todas os frutos do Espírito são subjetivos, porém, comunicáveis entre sujeitos com a mesma experiência.” Fruto é algo que é objetivo, mostrado a todos. Jesus afirmou: “Pelos frutos conhecereis”. O fruto do Espírito é: amor, paz, etc. Isso é objetivado pela praticidade.
Está parecendo gnosticismo. Eh, amigo, precisa rever alguns conceitos, Anônimo.
Para terminar, devemos ler vários livros, mas não entendo como uma pessoa busca um comentário católico do VT e dá-lhe mais ênfase sabendo que a teologia católica usa o método crítico e sua soteriologia é completamente decadente.
Olá, Solano!
ResponderExcluirConfesso que fiquei um tiquinho desalentada depois da leitura desse post. Não por não concordar com você (concordo em tudo!), mas sim por esperar do post algo diferente: que você tratasse não dos autores católicos metidos a liberais e acadêmicos chiques (que reproduzem a mesma bobajada irracionalista de sempre), mas sim daqueles que, por sua filiação conservadora, de fato dão a entender, em alguns momentos, uma sinceridade evangélica e uma firmeza bíblica. Esses sim seriam os mais perigosos, a meu ver! Gente como o cardeal Newman, por exemplo, que só pretendo ler depois que estiver MUITO craque em teologia reformada.
Tenho presenciado tentações e até conversões ao catolicismo, de amigos protestantes conservadores, e isso tem sido objeto de minha constante preocupação. Nesses casos, quando posso, sempre procuro chamar a atenção da pessoa para o essencial: não abrir mão do fundamento do Evangelho (a salvação através da fé pela graça de Deus) em troca de "enfeites" como uma aparente profundidade culta e erudita. Chego à conclusão, afinal, de que esses protestantes que mudam de lado jamais desenvolveram raízes na Palavra. Isso é muito triste.
Agora, de fato, seu post atinge um objetivo bem mais urgente que o meu, já que esses livros abjetos estão sendo adotados em seminários! O que sempre me espanta é testemunhar, nessa escolha didática dos seminários, não só a reprodução voluntária do rebaixamento da inteligência na academia, mas a decisão, em pleno ambiente evangélico-protestante, de se deslocar o alvo da fé para uma espécie de "materialismo cristão" - esse monstro aberrante que é criação da modernidade.
Parabéns pela pertinência do post!
Grande abraço a você e aos Temporinos!
Rev, Solano,
ResponderExcluirparabéns pelo texto, e faço coro com o Danilo, o senhor pode indicar um bom comentário do A.T.?
Obrigado.
Anônimo.
Caro Pr. Paulo Nogueira:
ResponderExcluirObrigado pelo comentário. Dei uma passada no seu Blog (atenção pessoal - não tem o "br" no endereço - mas eu achei!) e deixei uma mensagem, lá, no texto citado.
grato por suas visitas, aqui, também
.
Solano
Caros Goel e Norma:
ResponderExcluirObrigado e bem-vindos!
Não mencionei os neo-místicos (nem os vétero-místicos) porque o Augustus já fez isso, muito bem, em:
http://tempora-mores.blogspot.com/2009/03/por-que-nao-abraco-espiritualidade.html
Também fiz menção deles no meu texto, agora já dinossáurico:
http://tempora-mores.blogspot.com/2006/02/peixe-fora-dgua-ou-um-corpo-estranho.html
Procurei me restringir a esse deslumbramento acadêmico (mais do que o devocional) com os expertos romanos contemporâneos.
Um abraço!
Solano
Cara Tânia e caros Laurindo e Bruno:
ResponderExcluirGrato pelas palavras de apreciação e estímulo. Continuem fundamentados na Rocha Eterna.
Solano
Caro Anônimo das 20h57m:
ResponderExcluirConcordo com algumas das proposições, mas não com todas.
1. O homem natural nem sempre aceita pelas evidências. Muitos passos são dados em fé. Basta ver o suposto debate entre ciência e fá, como a suposta objetividade da ciência se revela como crenças em pressuposições; verdadeiros exercícios de fé.
2. É verdade que o E.S. é que traz a verdadeira paz e convicção da Palavra de Deus aos corações. Isso posto, ela não é ilógica. Na realidade, faz extremo sentido, desde que as âncoras metafísicas nossas estejam corretamente apoiadas no transcendente real e não meramente imaginário e ilusório.
3. Ou seja, Deus não é ilógico, ou absurdo; ele é incompreensível - não poede ser esgotado, em sua compreensão, pela criatura finita, mas é totalmente lógico e coerente em seu ser (e naquilo que podemos conhecer dele, por revelação).
4. Assim, o que cremos é absurdo apenas do ponto de vista dos homens pecadores, falíveis e finitos - que rejeita a premissa básica de Deus. É nesse sentido que Paulo chama a pregação de "loucura". Ela é loucura, como o é o evangelho, partindo do ponto de julgamento do homem natural. Mas ela é poder de Deus e veracidade total, para os que estão firmados em Deus e são assim iluminados pelo seu Espírito.
5. As coisas de Deus fazem pleno sentido aos simples, porque a profundidade delas não depende da pretensa e arrogante profundidade acadêmica dos homens sem Deus. Elas são aplicadas eficazmente pelo E.S. nos corações daqueles que crêem, enquanto que os demais permanecem em cegueira e perdição.
Um abraço,
Solano
Caro Francisco Mário:
ResponderExcluirObrigado pelos comentários e pode interagir a vontade. Sempre admitimos uma boa interatividade e esclarecimentos, quando feita dentro do bom espírito, como tem sido os seus textos.
Abraços,
Solano
Caros Danilo, Osmar, Tales e Anônimo das 17h58m:
ResponderExcluirMenos, gente; menos. A carência é grande, mas existem diversas obras boas e eruditas publicadas por editoras evangélicas, ainda que não no número que poderíamos considerar ideal. Só alguns exemplos:
1. comentários do VT e livros sobre o VT: 1 e 2 Crônicas, Amós e Rute, de Pratt, Smith e Hubbard, publicados pela Cultura Cristã (www.editoraculturacrista.com.br); comentários do Calvino em Salmos e Daniel (vários volumes), da Editora FIEL (www.lojafiel.net); Livros do Van Groningen - Criação e Consumação, em 3 volumes, da Cultura Cristã; Descobrindo o Antigo e o Novo Testamento - 2 volumes; Introdução à Hermenêutica Bíblica de Walter Keiser e Moisés Silva (C. Cristã); Josué e a história bíblica, de Francis Schaeffer (C. Cristã); O Progresso da Revelação no AT, e Revelação Messiânica no AT, de Van Groningen (C. Cristã)
2. Livros sobre interpretação e da bíblia, bibliologia: A Bíblia e seus Interpretes do Nicodemus (C. Cristã); o Pregador Contemporâneo e o Texto Antigo e Pregando Cristo a partir do Antigo Testamento, de Greidanus (C. Cristã); Princípios de Interpretação Bíblica, de Berkhof (C. Cristã)
3. Alta e baixa crítica, manuscritologia, arqueologia: Crítica Histórica da Bíblia, de Eta Linnemann (Cultura Cristã); Arqueologia nas terras bíblicas, de Currid (C. Cristã); Documentos do Antigo Testamento, Walter Keiser (C. Cristã);
4. Obras de referência: Encicloédia da Bíblia - 5 volumes, de Merril Tenney (editor), da C. Cristã - excepcional; Introdução à Sintaxe do Hebraico Bíblico (excepcional - C. Cristã).
São só exemplos. Gordon Clark Existe (www.monergismo.com); VanTil está a caminho (C. Cristã); a Vida Nova tem um excelente livro do Feinberg e Geisler sobre Introdução à Filosofia; e por aí vai.
Quem quiser garimpar e se instruir (as sistemáticas de Hodge estão disponíveis a de Berkhof, etc.) tem um prato cheio para digerir.
Dooyerweerd, deve demorar, mas quem quiser se aventurar em seus pensamentos, "Uma Nova Crítica do Pensamento Teórico" está disponível em inglês, ou pode ler vários dos artigos publicados na Fides Reformata, que tratam do assunto e de vários outras áreas também, com profundidade acadêmica.
Em suma, não é por falta de opção. É por deslumbramento, mesmo, e porque inúmeros acadêmicos teológicos obtiveram seus diplomas mais avançados em instituições de ensino católicas e assumem uma prática docente como se o universo acadêmico fosse segregado àqueles limites, mandando a ortodoxia às FAVAS!!
Abs e obrigado,
Solano
Ola Solano
ResponderExcluirQuando me deparei com sua postagem, lembrei me recentemente da conclusão do curso de teologia de uma colega no seminário Presbiteriano em campinas e durante a duração do curso observei que vários livros utilizados em algumas matérias era de cunho católico, o que me leva a questiona lo, a aceitação dessas literaturas em ambiente de seminários e igrejas, não seria uma indicação da penetração deste tipo de teologia, no meio protestante? concordo com você que muitos aspectos tais como a hipotese documentária são posicionamento obsoletos, que lamentávelmente tem algum tipo de aceitação no meio evangélico muito em função da utilização destes acadêmicos, embora tenha algumas reservas sobre seu posicionamento em relação ao problema sinóticos em função de sua complexidade, mas são exatas suas palavras que são somente teorias. parabéns pelo artigo, visto ser de grande relevância o tema.
Antônio Reis
Prezado Francisco Mário,
ResponderExcluirCreio que levaríamos horas antes dos acertos necessários para inciarmos um diálogo produtivo. Isso foi demonstrado cabalmente por pesquisadores como Carl Rogers, que dedicou sua vida à compreensão dos motivos da falta de compreensão no encontro humano.
Por isso, e em respeito aos autores do Blog, renuncio à discussão, que se tornaria dissensão, que se tornaria confusão.
Fique na paz de Deus.
Texto extraordinário!
ResponderExcluirTambém acredito que deve ser extirpado do meio evangélico essa "revência" pelas obras católicas.Isso até que teve um espaço,quando livros de qualidade não eram traduzidos para o português.Mas,agora isso não é mais preciso,contamos com farta literatura de elevada qualidade.
Parece que a maioria dos problemas no evangelicalismo contemporaneo provem da raiz de tornar o evangelho mais agradável.Assim,como a ciencia vive contestanto a autoridade bíblica,muitos seguem este mesmo rumo,a fim de buscar um "evangelho científico".
Marcos 16.17 E estes sinais seguirão aos que crerem: Em meu nome expulsarão os demônios; falarão novas línguas;
ResponderExcluirAlguém citou em um comentário, o texto acima.
Um exemplo de uma das paixões da caixinha de promessa pentecostal.
Nota: Caixinha de promessa era na minha infância uma caixinha com uma série de versículos selecionados e usados muito no dia-a-dia para que o Senhor "falasse" conosco.
Numa hipotética caixinha de promessa pentecostal, o versículo acima seria destaque absoluto.
O texto era-me ensinado assim:
"E estes sinais NÃO seguirão aos que NÃO crerem: Em meu nome NÃO expulsarão os demônios; NÃO falarão novas línguas... etc...
Com isto em mente, os "mornos", os que não falavam em línguas, coitados estavam rotulados claramente como os que na realidade não criam, pois lhes faltavam os sinais.
Seriam vomitados: Presbiterianos, etc...
O céu era limitado a assembleianos, os outros talvez excepcionalmente seriam salvos como que pelo fogo... quase que por pena, nunca por mérito espiritual, lhes faltava o fogo.
O tempo passou e eu ia me perguntando quando é que eu deixaria de pertencer aos vomitáveis? Quando falaria línguas afinal?
A leitura da história da igreja, pacificou o assunto na minha mente.
E logo descobri que os sinais confirmativos enunciados em Marcos acima, desapareceram com a morte dos apóstolos e já li um depoimento do ano 100 mais ou menos que por volta destes anos já não haviam línguas.
Durante todo este intervalo de tempo o que houve de línguas sempre esteve aliado a movimentos heréticos e isolados.
De 1906 para cá a coisa parece que mudou....
Estou escrevendo apenas para dizer aos meus amigos pentecostais que lêem este espaço, que a história se encarrega de enfraquecer este argumento dos sinais, pois dá para se dizer que Spurgeon não cria?
Ou Lutero? Ou mesmo Calvino? Menno? Knox? Moody? E tantos e tantos outros homens de Deus que viveram entre 100 d.C. e antes de 1906, e que até onde me consta nunca falaram em línguas.....
O fato de eles não terem sinais do tipo línguas e exorcismo, etc... invalida a pregação do evangelho por parte deles?
E de tanta bobagem que eu já ouvi de alguns púlpitos, dá para se dizer que somente estes pregadores místicos de 1906 para cá é que são e estão entre os que creem?
continua...
continuação...
ResponderExcluirOs sinais serão corretamente entendidos como exceções históricas.
Isto não quer dizer que eu não aceite que se fale em línguas estranhas nos moldes da escritura, recentemente descobri que eu seria facilmente classificado como cessacionista histórico.
Mas convenhamos, de todas as línguas que ouço e ouvi, 98,99 % (dízima periódica) absolutamente não era a língua da qual a escritura fala.
Elenquei as seguintes hipóteses:
1. O cara fala língua de demônio. Como ninguém interpreta, o demônio fala livremente no culto pentecostal;
2. O cara fala língua inventada da própria cabeça para parecer espiritual diante dos outros. Como se não falar, não será consagrado a pastor, então em algum momento ele acaba inventando;
3. O cara fala língua em transe. Deseja tanto falar, que acaba sonhando e vivendo isto direto, até que o próprio corpo e mente psicomatizam o fenômeno da fala. Este tipo de língua pode ser encontrado na umbanda, no islamismo e também no culto pentecostal;
4. E finalmente o cara fala língua estranha movido pelo Espírito Santo. Entendo que seja a exceção. Gosto do argumento que diz que a regra não são os 70 ou 400 falando em línguas em Atos, mas a regra são os 3.000 que se converteram, e que não falaram em línguas.... se tivessem falado teria sido um revertério tão grande que teria sido registrado, uma vez que teria superado em muito o falar inicial dos 70 ou 400.
A fixação nos sinais, e não no Deus dos sinais, me lembra também um outro grupo que vai alegar sinais e expulsão de demônios e o Senhor lhes dirá: Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
Mas este texto.... não faz parte da minha hipotética caixinha de promessa pentecostal.
Nada contra pentecostais e assembleianos... só um pouquinho.
Mas costumo dizer que se pegar um culto assembleiano e se tirar Jesus, se tirar a leitura bíblica, e mais algumas coisas.... ninguém vai sentir falta (poucos sentirão).
Mas se pegar o mesmo culto e retirar as línguas e as supostas manifestações de poder... os caras vão pirar e já vão se achar mornos, vomitáveis e sem poder.
Então, favor não se escandalizar, é uma certa forma de idolatria, pois substituem a adoração do Deus dos sinais, pela experiência mística dos sinais em si.
Não vão para adorar a Deus, vão para receber uma dose mística do que chamam de fogo espiritual.
Seriam eles viciados em doses crescentes de experiências místicas?
Por outro lado a gélica fixação na letra puramente, também é lamentável.
Reverendo Augustus, eu sei que o senhor fez uma crítica subliminar aos que escrevem longos textos tendo que os dividir em dois ou três... risos... mas é que eu não resisti...
Pedem sinais e sinais... e para mim o melhor e o maior dos sinais é o novo nascimento, o pecado que era hábito passou a ser exceção.
Parabéns, Oliveira!
ResponderExcluirVocê é muito bom. Você é onisciente.
1.Sabe que nunca ninguém falou línguas de Deus antes de 1906.
2. Toda língua que ele ouviu não era língua da Bíblia e, portanto, ele sabe todas as línguas que falaram na Bíblia, inclusive da casa de Cornélio, que a Escritura nem falou.
Parabéns pela escolha entre a hstória (que é interpretativa, sujeita a falhas e omissões) e a Bíblia.
Olá Solano,
ResponderExcluirgraça e paz de nosso Senhor Jesus.
Já que você tocou na maneira que admiramos os teólogos católicos, gostaria de dizer que não é acontecimento único. Fiquei muito tempo estudando com os católicos. E, graças a Deus, que usou meu cunhado, pastor presbiteriano, hoje sou um cristão reformado(dentro das dificuldades que o próprio Dr.Nicodemos define).
Mas todos me admiram não por Deus ter me transformado, mas pela teologia que estudei e as pessoas que li. Isto dentro da Igreja que amo e outras quaisquer. Se sou apenas um regenerado pelo Espirito Santo e aceito a salvação pela graça somente, estudo e tento aprender o método gramático histórico, isto não me faz apto a nada. Mas se estou disposto a falar da minha prática histórico critica, organização política de comunidades, ou que Deus é apenas uma invenção de Moisés para promover uma revolução socialista dos hapirus, é incrível como me respeitam. Se citar vocês ou pessoas que foram ou são usadas por Deus, não vale. Devo citar coisas que li do cebi, Henrique Dussel, José comblin, Croatto,Galazzi, Mesteres, Beozzo, Schuantes, Elza Tamez e etc...
Querido irmão, tenho vergonha de tudo que li e pratiquei. Tudo aquilo é lixo.
Não respeitávamos nada! Nem outros padres que eram mais ortodoxos.
Davi
Caro Solano,
ResponderExcluirembora eu não seja presbiteriano (sou Batista do Sétimo Dia – sim, nós existimos e somos absurdamente diferente dos adventistas) acompanho muito as discussões deste blog. Eu gostaria muito de ler um texto sobre a natureza do diabo. Isso porque sinto que com a expansão dos movimentos neopentecostais houve uma espécie de “infantilização” do mal. É sabido que uma das artimanhas do diabo é justamente se passar por anjo de Luz. Todavia, penso é contraproducente ver o diabo em todo o lugar, em todas as situações. Qual a natureza e os limites do inimigo? É certo que manifestações demoníacas estão presentes nos evangelhos, mas seria o diabo “tolo” a ponto de “aparecer” como essas pessoas afirmam que ele aparece? Há algo que me incomoda bastante: sempre que alguém narra que “viu” Satanás, tais manifestações possuem sempre um elemento hollywoodiano – capa preta, neblina, voz grave e sedutora.
Outro ponto: objetos que se movem, caixas de músicas que tocam sozinhas... enfim, o diabo passa a ser uma espécie de fantasma, capaz de penetrar em objetos para “assombrar” as pessoas. Seria Satanás tonto a ponto de se submeter a esse tipo de espetacularização, ou isso é simplesmente fruto da imaginação (ou mentira) humana? Quando um pastor “entrevista” o diabo e este lhe diz que é o “Tranca Rua”, , e o pastor corrobora isso, não está legitimando a existência de entidades que simplesmente são criações da religião afro? É certo trazer isso para dentro da igreja? Enfim, pastor, gostaria muito de ouvir a opinião de vocês. Um grande abraço, Elton
Caro Oliveira:
ResponderExcluirObrigado pelos comentários. Vou tentar pontuar em algumas questões levantadas pelo primeiro deles:
1. Você disse: Minha dúvida é quando escreves "...“Paulo de Efésios”, cujas diretrizes podem ser descartadas como anacronicamente inaplicáveis, por razões sociológicas.".
A dúvida exata é sobre o que da lei mosaica ainda está vigente.
Ponto fechado que a parte sacrificial foi cumprida na cruz.
--R: Bom, primeiro não sou eu que está descartando Paulo (acho que você compreendeu isso). Eu estou refletindo o ensinamento do livro de Ética ao qual me referi no texto, e eu não concordo com ele.
No entanto, a própria Bíblia é que vai orientar quais estipulações ou normativas são temporais ou não (não vai ser a sociologia, ou qualquer outro ramos de conhecimento humano).
Como você bem identifica, as prescrições da lei cerimonial foram todas cumpridas em Cristo. Nesse sentido, a própria Escritura intepreta essa questão e está cheia de esclarecimentos (principalmente Paulinos e na carta aos hebreus), sobre a não aplicabilidade desses na era cristã. No entanto, Paulo até admite que alguns Judeus, se assim persuadidos, preservassem alguns aspectos da Lei Cerimonial, DESDE QUE NÃO INCORPORASSEM ESSES COMO PALAVRA NORMATIVA DE DEUS, aos demais.
2. Continuando, fazendo referência ao que você escreveu, "O que me faz refletir é o restante, a parte civil, etc... cujo argumento para dizer que não vale mais é o mesmo que citas noutro contexto, parafraseando "... cujas diretrizes (normas civis, etc...) podem ser descartadas como anacronicamente inaplicáveis (nos tempos pós cruz), por razões sociológicas.""
--R. A questão da aplicabilidade da Lei Civil, estabelecida sob uma teocracia, não é descartada por razões sociológicas, mas por razões bíblicas, também. Esse descartar não tem nada a ver com considerar superada ou anacrônica a sabedoria de Deus. Pelo contrário, maravilha-se na extrema sabedoria de ter tais prescrições para uma nação específica, mas entende todo o contexto veto-testamentário como preparatório para o NT. Assim, temos ampla validade DIDÁTICA em cada uma daquelas leis (até no apedrejar - pois nos ensina a intensidade temporal com que Deus queria impressionar suas leis no coração daquela nação, para conservá-la coesa, como "guardiões dos oráculos de Deus").
3. Entendo que o fato de Deus querer agir de forma diferente em diferentes épocas não torna suas estipulações frágeis ou não confiáveis. Elas podem, sim, ser simplesmente específicas para uma era. Isso está claro, também, por Hebreus 1.1-4, bem como pelo que aconteceu com os 70 anciãos que auxiliavam Moisés, em Números 11.24 e 25.
4. Sigo, nessa visão, a compreensão majoritária reformada, que compreende a Lei de Deus em seus três aspectos: Cerimonial (ou religiosa); Civil (ou judicial); e Moral. A Lei moral é permanente e aplicável a todas as eras (ela é codificada nos dez mandamentos e resumida por Cristo, no "amarás a Deus... e amarás ao próximo...", bem como pela afirmação de Jesus: "se me amardes cumprireis os meus mandamentos".
5. Dou um tratamento mais extenso a essa questão no meu texto sobre a Pena de Morte (A Pena Capital e a Lei de Deus), disponível em http://www.solanoportela.net/na_integra/pena_capital_pt1.htm . Veja o gráfico que especifica a validade desses três aspectos (se Histórica, Didática, Reveladora ou Normativa) colocado no meio do texto desse endereço acima.
Assim, como você, não vou apedrejar ninguém (parte da lei civil de Israel), ainda que esteja disposto a apoiar a Pena de Morte (cumprimento da Lei Moral) devidamente instituída por governos legítimos, nos casos de assassinatos, conforme Genesis 9.6 e outros textos relatados e discutidos no meu ensaio já citado, acima.
Espero ter esclarecido pelo menos a minha posição, e não confundido mais ainda.
Mais uma vez obrigado pelos comentários e idéias,
Solano Portela
O Oliveira, na minha opinião, não cometeu os pecados que lhe foram imputados pelo Francisco Mário.
ResponderExcluirObrigado por citar esses exemplos, Solano. Eu particularmente não me incluo no grupo dos deslumbrados, mas dos desinformados. Sei que o seu comentário foi geral, mas, mesmo assim, faço uma ressalva.
ResponderExcluirUm abraço!!
O que acham do texto que segue? Parece que serve tanto para o texto de Meister (sobre o teísmo aberto, quanto para o de Solano (sobre a erudição católica):
ResponderExcluirSe Deus interviesse para impedir o homem de sofrer, talvez nós pudéssemos dizer, numa primeira análise, que Ele nos ama ao impedir-nos de sofrer. Mas se formos ao fundo das coisas, reconhecemos que isso seria um ato infantil, não seria sério. O que está no centro do ato criador, é o absoluto respeito por uma criatura que deve criar-se a ela mesma, e que não pode fazê-lo sem o risco do sofrimento, independente de pecado que, sem dúvida, vem complicar as coisas. Atrevo-me a considerar em Deus dois níveis de amor. É uma maneira de falar, evidentemente. Um nível inferior, em que Deus intervém para impedir o homem de sofrer. E um nível superior de amor em que Ele respeita absolutamente a criatura que deve criar-se a si mesma... Se Deus intervém, quer no Evangelho, através de milagres, quer em determinadas vidas, por exemplo, através de curas, é porque Ele está presente em nossos humildes começos, ali, onde o nosso desejo é ainda carnal, onde se trata mais de necessidades do que de desejos. Mas é sempre para nos conduzir ao calvário onde não existe nenhuma intervenção. No Calvário, é o silêncio, é a ausência, é nesse momento que o amor se revela em toda a sua profundidade. (Padre François Varrilon)
Caro Francisco Mário
ResponderExcluirFico triste em saber que você reagiu desta forma.
Mas antes... a gente pode perder a pose, mas não se deve perder a piada...:
Eu diariamente (exceto quando estou de férias) tenho o santo "vício" de visitar este blog.
Faço comentários quando acho que vou contribuir com alguma coisa, principalmente para que a minha fala chegue aos "três mosqueteiros" para o caso de alguma dúvida minha do que eles escreveram, e faço também comentários direcionados aos que chamo de amigos pentecostais, pois vejo nas entrelinhas que existem vários que são leitores deste espaço e que portando passaram ou estão passando por processos de transição do semipelagianismo para uma visão monergista.
E claro por curiosidade, ou por egoísmo, acredito que por satisfação interna, sempre que faço um comentário, volto logo para saber se um dos três comentou, me corrigiu, ou se alguém mais me dirigiu a palavra.
E depois que fiz mais um dos meus N desabafos contra o sistema assembleiano da minha infância de 20 a 30 anos passados e dos meus traumas juvenis neste contexto, voltei correndo para saber se havia alguma coisa para mim dirigida.... e vi seu comentário.
Mas o detalhe é que pela barra de rolagem eu só li a primeira frase... risos... "Parabéns, Oliveira!".
Vi também a sua foto, e familiarizado com ela e seus comentários, fiquei pensando... noooossa o cara se impressionou, e não parece pouco, pois já li comentários seus que eu não tinha a mínima idéia do que estava falando.
Feliz da vida, nem li abaixo o que estava escondido ainda pela barra de rolagem e fui para cima no meu texto e reli tudo novamente com satisfação... risos... pô! Eu sou bom, aquele cara que escreve bonito coisas que nem sei, me elogiou... e lá fiquei me deliciando por alguns minutos.
Voltei então, descendo pela barra de rolagem para me deliciar e transbordar o meu cálice com o restante das suas palavras elogiosas, que certamente seriam guardadas no fundo do ego e mastigadas antes de dormir...
"Você é muito bom..." a emoção explodia e quase tive um refluxo de ego...
"Você é onisciente..." hummmmm, ooooooó... murchei...
Era tudo ironia.
Não pude deixar de rir amargamente da piada.
Mas de certa forma merecida, pois eu tenho o mesmo defeito (a ironia).
Enfim, não consigo debater sem escrever demais.
Me escreva no endereço natan.oliver@gmail.com
Lá poderemos debater o tema e eu poderei "acabar com a tua raça"... risos...
Apenas um toque dos itens que citas:
Sobre o seu item 1. Não falei que ninguém falou línguas antes de 1906. O hiato que existiu entre 100 e 1906 é reconhecido por autores reformados, lembro de cabeça do livro "E as línguas?" do Anthony Hoekema, e até mesmo por pentecostais que dizem inclusive (misturando isto com escatologia dispensacionalista pré-milenista) que os primeiros 100 anos foram a seródia, e agora os supostos últimos 100 anos são a temporã, e seria segundo eles até mais uma prova cabal de que a volta de Jesus é iminente. A década de 90 foi marcada por eles (IEAD) como sendo a década da colheita, e este dias ouvi um deles, famoso, dizendo na TV que ouviu de Deus que o ano de 2010 será o ano da colheita...
continua...
continuação...
ResponderExcluirSobre o seu item 2. Supondo que o "ele" seja eu, também não disse isto, disse que as línguas que eu ouço e ouvi ME PARECIAM não ser o mesmo tipo de língua que a escritura revela e elenquei hipóteses. Se fiz hipóteses é porque não estava afirmando nada, mas supondo. E minhas suposições que a lingua falada pelos meus irmãos pentecostais nos cultos não era a bíblica na maioria dos casos, é porque eles eram francamente contra o texto e mandamento bíblico que diz que devem ser dois, no máximo três e com intérprete e que isto era mandamento do Senhor (1 Coríntios 14.37 quando Paulo fala que é mandamento do Senhor que fiquem calados na igreja caso não tenha intérprete, e também quando diz que a mulher deve estar calada na igreja). Eles falavam, eu não entendia nada, eles não interpretavam, quase todos eu tinha certeza de que também não sabiam o que falavam, então estas todas eu aplicava nas hipóteses 1,2 e 3 que elenquei. Mas vi muito ocorrer a hipótese 4, e estas eu respeitava. Se a Bíblia manda o cara calar a boca e o cara continua falando... a Bíblia insiste que isto é mandamento do Senhor... e o cara continua falando...??? Então para mim ou era da cabeça dele, ou do diabo, ou psicossomatizado (ainda bem que você não me ridicularizou quando eu escrevi psicomatizam), mas de forma alguma poderiam ser de Deus. No privado o cara pode falar o quanto achar que deve. A experiência de Cornélios (onde todos falavam ao mesmo tempo) não é doutrinária e foi para mim exceção. A regra é o que Paulo ensina (a meu ver).
E finalmente.... eu não escolhi a história em lugar da Bíblia.
Eu apenas disse que o ASSUNTO ESTAVA PACIFICADO na minha mente a partir da questão histórica.
continua...
continuação...
ResponderExcluirOra... eu posso ao tomar um copo d´água pacificar um assunto na minha mente quanto a uma questão espiritual.
Eu posso ao ver a natureza pacificar um assunto no meu coração quanto ao poder de Deus.
Eu posso ao ler uma analogia (do relógio e da necessidade do relojoeiro) pacificar uma questão quanto ao criacionismo... etc.. e etc...
Mas isto não quer dizer que esteja invalidando e rejeitando a Bíblia.
Enfim, o que você ganhou me ridicularizando na frente de todos? Satisfação pessoal? Orgulho de saber mais do que eu?
Mesmo que eu tivesse perguntado se a Dona Tunica era a esposa de Jesus, esquecendo que esta palavra é uma proparoxítona e portanto túnica e não tunica, mesmo assim você como cristão amoroso deveria ter me dirigido a palavra em outro tom.
Mas eu te perdôo, pois eu sou bem irônico também quando eu estou "na carne" (quiça no osso)...
E mesmo nos meus desabafos contra o sistema assembleiano, mesmo ali eu sou genérico e nunca cito os pastores nominalmente pois conheci muitos deles que nem sabiam das bobagens que falavam e eram profundamente sinceros no que faziam. Minha crítica é e era contra o sistema, mas não contra as pessoas. E o sistema assembleiano me dava nos nervos.
E meu caro, apesar de todos estes erros, lá na IEAD Deus salva, as pessoas se convertem, vidas são transformadas mas pasme... ao mesmo tempo (pelo menos na minha época) também tinha lingua estranha seguida de profecia dizendo que os cabelos que as mulheres cortavam eram guardados todos em caixinhas no céu... e também tinha profecia regada a língua estranha que dizia que o irmão X não iria morrer do câncer que o vitimava, e o cara acabava morrendo... etc. etc... tudo misturado (sinceridade, conversão real, língua estranha, expulsão de demônios - que saiam de fato, cabelo das irmãs, crente morrendo mesmo depois de o profeta ter garantido que não morreia, quando falava em lágrimas (eu vi) e com muita mas muita língua estranha).
Aguardo o seu e-mail... para delongarmos o debate, se não me escrever a decepção será total, pois vou entender que só escreves aqui para parecer sábio diante da grande audiência deste blog.
Lá seremos (por e-mail) somente eu e você.
E quem sabe eu possa aprender com você.
Podes me indicar livros que falem sobre quem falou em línguas entre o intervalo que citei, e que não estivessem ligados diretamente a heresias escabrosas.
Saudações fraternas.
Agora lá vou eu separar este LONGO comentário (Rev. Augustus perdão, perdão...) em partes para publicar a minha tréplica.
Caro Professor Solano
Obrigado pelo seu comentário.
Vou ler o texto que sugeres e pensar e mastigar a respeito.
Lendo Bahnsen e Rousas Rushdoony, me pareceu que eles insinuam que até mesmo a parte civil, e não somente a moral, é vigente, e só não o é porque nós sutilmente a deixamos de lado pelo sistema constitucional moderno. Eles parecem sugerir (li poucos textos) que mesmo a parte civil quando não é resignificada ou substituída por uma razão bíblica ou texto bíblico posterior, esta parte permaneceria.
Mas vou ler os seus textos antes.
Obrigado!
Amado Oliveira, perdão!
ResponderExcluirNão quis ridicularizá-lo, quis apenas defender o texto sagrado e as contradições das opiniões humanas. Como tudo em nós está influenciado pela queda, reconheço que eu tenha tido uma mistura de pecado no meio. Perdoe-me. Talvez isso seja motivo para nós praticarmos a linda teologia calvinista. Preciso da graça.
Quero apenas dizer que estou disposto a lê-lo. Não para discutir e debater, mas para juntos podermos aprender um com o outro.
Só para responder o que escreveu. Eu não tenho provas de quem falou línguas antes de 1906, como você não tem provas que ninguém falou. Portanto, fiquemos com a Bíblia. Existiam muitos relatos de pessoas que falavam sim em outras línguas nesse período. O livro do Dr. Paulo Romero "Decepcionados com a Graça" faz um histórico interessante. Vai ajudá-lo, inclusive. Dê uma olhada.
Quanto a acabar com a minha raça, mude de idéia que pode até acontecer rsrs. Não sou tão bom assim. Um abraço e fica na paz, meu irmão.
Vou escrever para você sim.
Plenamente perdoado!
ResponderExcluirPara Francisco Mario e Oliveira:
ResponderExcluirMe indicaram este estudo sobre o dom de línguas:
http://www.monergismo.com/textos/livros/linguasHoekema.pdf
Hoekema faz uma análise histórica desse fenômeno (de 100 a 1900 d.C.) - Cap 1, mostra o significado desse dom para os pentecostais - Cap 2, faz uma avaliação bíblica e teológica do mesmo - Cap 3,4 e por última fala sobre o que podemos aprender sobre o movimento que fala em línguas.
Esse estudo, irmãos, é um dos melhores que já li! Espero que vocês se interessem por ele.
Um abraço a todos!
Uai, não se dizia há certo tempo que " a Verdade, venha de onde vier, so pode ser dita pelo Espírito Santo"? Que tipo de "reserva de mercado' é essa agora? E qual seria o limite? Poderia um protestante ler um novo testamento editado pela Paulus? Ou está adstrito à ARA?... Se de fato há problemas com a teologia bíblica que serve de base à obra criticada pelo Presbítero, e os há, a culpa deve recair sobre quem de direito: essa pseudo teologia calcada no método histórico crítico, geradora de esquizóides que ensinam aquilo durante a semana e pregam diferente quando sobem ao púlpito... Aliás, se nossos acadêmicos estar a ler essas bobagens, nossos fiéis não ficam atrás: lêem as tolices neopentecostais que inundam as livrarias e tvs diariamente, e, tal como aqueles, tomam-nas por ortodoxia braba... O rolo com estes livros, presb. , não está no ser da lavra de um católico ou não, está na heresia que está na base dessas obras. De fato, concordo com Norma: medo dá de ler obras católicas densas, ao menos enquanto não tivermos a doutrina reformada na ponta da lingua... Excelente post, mas ainda acho, respeitosamente, que o alvo está errado...ou não???Parabéns novamente pelo excelente texto!!
ResponderExcluirCaros Irmãos,
ResponderExcluirCom tanto sofrimento no Haiti seria possivel os amigos deste blog organizarem alguma forma de ajuda a alguma organização brasileira atuando em Port-au-Prince?
Abraco,
Fernando
Oliveira versus Francisco Mário
ResponderExcluirO caso teve um bom desfecho. Parabéns para os dois irmãos!
Danilo, obrigado pela indicação. Eu já o conhecia. Com todo respeito a Hoekema, mas tem muita coisa que se precisa pensar em alguns pontos citados e dignos de questionamentos exegéticos. Portanto, tem muita coisa boa, mas é polêmico esse artigo.
ResponderExcluirGraça e Paz irmãos!
ResponderExcluirMuito bom, excelente texto! A despeito de todas as calunias e injurias que sofrem dêem continuidade a esse valioso trabalho, alertar a Igreja da incredulidade e apostasia que jazem as portas, já em alguns seminários, e Igrejas o que é lamentável!
Por favor, permita-me sugerir aqui o necessário e muito bem vindo documentário "Reparação". O trailer pode ser visto aqui:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=8d61_1u1s2o
Um abraço!
Prezados,
ResponderExcluirO texto do Solano é excelente, mais não preciso dizer.
Não me incluo entre os deslumbrados pela erudição católica. Aliás, perco-me em meio a erudição evangélica. Então, nem me aventuro.
Porém, quando leio um livro qualquer, que começa com a suspeita de que a Bíblia não é a Palavra de Deus divinamente inspirada e inerrante, então já o descarto como guia seguro para o que quer que seja. De ética, então, nem se fala.
Recentemente li Crítica Histórica da Bíblia, o qual recomendo a deslumbrados pelo liberalismo, seja católico, seja protestante. Não é um livro "erudito", é uma chamada ao arrependimento.
E a propósito: como foi que o debate sobre o dom de línguas se infiltrou neste tópico?
Em Cristo,
Clóvis
Editor do Cinco Solas
Ola Solano
ResponderExcluirExiste um aspecto que acredito ser interessante com a leitura do pensamento católico, é ter um conhecimento moderno em que realmente a erudição católica acredita, e em questões apologética isto pode ter sua utilidade, o problema é o grau de influência que a mesma pode ter sobre o leitor, o que se torna necessário um grau de maturidade para se explorar este campo, não podemos deixar escapar que a moderna teológica católica encontra se fortemente associado a teologia liberal.
Antonio Reis
Caro Solano,
ResponderExcluirPerdoe o trabalho, mas poderia apontar os autores evangélicos que são referências, de erudição, tão excelentes quanto os citados?
Seria de grande ajuda para mim.
Grato
Fraternalmente em Cristo.
Paz e Graça em Cristo Pastor Solano Portela! Ao terminar de ler seu artigo e os 50 comentários! Fiquei realmente impressionado e atento para todas as colocações feitas pelos irmãos. Ainda bem que existem pessoas dispostas a defender a fé cristã através da vertente da Apologética chamada "Apologética Histórica". Concordo ipsis litteris com seu artigo e sugiro que deva mandar tais pérolas ao oceano vasto de incredulidade de revistas tais como: Istoé, Veja, SuperInteressante, Época, etc. quando fizerem artigos TENTANDO (porque não conseguirão nunca [Mateus 24:35; I Pe 1:24,25]) solapar a fé cristã citando fontes como: Dan Brown, Richard Dawkins, Christopher Hitchens, Sam Harris, Daniel Dennet, Leonardo Boff e demais hereges e neo-liberais como fontes vitais de conhecimento verdadeiro sobre Cristo e Sua Palavra. Como apologista (e amo por demais essa vertente que é ao meu ver a mais carente e imprescindível de pessoas no meio cristão) fico triste por muitas vezes artigos como esse reduzirem-se aos blogs e porque não dizer ao universo evangélico. Creio ser de grande valia para nós, mas não podemos nos esquecer que fomos chamados para dar uma resposta (I Pe 3:15, Judas 1:3) pois muitos leitores desavisados tomam os artigos nas referidas revistas como verdade absoluta, sem conhecer A Verdade Absoluta. Aprendi muito. Gostaria de saber sua opinião sobre o livro recém-lançado pela Hagnos: O Jesus que nunca existiu de Wayne House e O Jesus Fabricado pela Cultura Cristã.
ResponderExcluirQue o Senhor, o Apologista Ressurrecto esteja contigo amado irmão!
De um arminiano para um calvinista, mas unidos em Cristo,
Evangelista Eduardo França (Pentecostal, Fundamentalista e Apologista-Polemista)
Esse negocio de autor Catolico Romano virou moda hoje ne? Não que não tenhamos nada debom lá, mas deve-se ter muito cuidado. principalmente em ambiente de formação. Mas, tem nego que não tá nem ai, e os livros de H. Nowen agora estão sendo recomendados como boa espiritualidade em revistas e editoras evangelicas. Como um servo do papa, adorador de Maria, crente na Transubstanciação, na regeneração batismal, no purgatorio, nas graça cooperante, em sete sacramentos, na Tradição da Igreja como Palavra de Deus, etc, tem algo a ensinar logo em espiritualidade? Ou está td de cabeça p baixo, ou eu é quem estou. Como diz o poeta da minha terra: "Segura o remo da canoa meu amor, segura o remo pra canoa não virar".
ResponderExcluirJoelson Gomes
http://gracaplena.blogspot.com
Solano disse...
ResponderExcluirSigo, nessa visão, a compreensão majoritária reformada, que compreende a Lei de Deus em seus três aspectos: Cerimonial (ou religiosa); Civil (ou judicial); e Moral. A Lei moral é permanente e aplicável a todas as eras (ela é codificada nos dez mandamentos e resumida por Cristo, no "amarás a Deus... e amarás ao próximo...", bem como pela afirmação de Jesus: "se me amardes cumprireis os meus mandamentos".
Deixa eu adivinhar...
...O dizimo tbm é lei moral, né? (pelo menos para quem vive do ministerio...)
...Pq pelo menos para nos meros mortais é um preceito q tem elementos tanto civil quanto cerimonial...
Uma vez q fique provado q o dizimo é vetero-testamentario, pq os pastores pregam a favor do mesmo?
Por inferencia eu cheguei a 3 alternativas:
A- (__) Eles nao receberam instruçao e ignoram q o dizimo seja mandamento vetero-testamentario, sendo abolido na nova aliança;
B- (__) Eles tem conhecimento exegetico e historico e sabem q o dizimo é mandamento do VT somente, e mesmo assim ensinam o povo erradamente;
C- (__) Eles tem conhecimento exegetico e historico e sabem q o dizimo é mandamento do VT somente, mas nao se pronunciam por omissao.
Gostaria muito de sua opiniao sobre o exposto
Solano,
ResponderExcluirFaz um ano que concluir a graduação de Teologia em uma faculdade Batista. Sou testemunha de tudo isso. Realmente, em muitos cursos de teologia não se usa mais obras de autores reformados ou evangélicos. Autores cristãos de uma linha ortodoxa como Geisler, Mcgrath, Sproul, Shaeffer, C.S Lewis, Louis Berckof,Hodge, passa desconhecido em todo o curso. Nunca ouvir nenhum professor se quer citar algum deles. Conheço esses autores porque sempre me preocupei em fazer uma teologia, digamos, "equilibrada". Mas é fato, as instituições teológicas credenciadas pelo MEC (acredito que isso não tem nenhuma influencia)seguem uma linha teologica liberal. O que mais me irrita em muitos desses professores não são os seus argumentos (pois, muitos deles apenas repetem o que o autor escreveu, não há nada de novo), mas o sinismo. Aquela velha frase- "Aqui não é escola Biblica Dominical", me deixa irritado. O espirito de arrogancia por alguns chega ao extremo. Lembro quando um aluno se atreveu a contra-argumentar um professor. O nivel foi tão baixo que o professor ofendeu o aluno com um substantivo depreciativo- Babaca.
É isso que acontece. Deixamos a simplicidade do evangelho e estamos mergulhado em emaranhado de textos teologicos, muitos dos quais, como vc bem disse, já foram superados. Sem falar, que muitas vezes me sinto inutil com toda essa bagagem, que praticamente não parece ter nenhuma utilidade. Precisamos urgentemente repensar o serviço da teologia. Não é ignorancia perguntar: "Para que serve a teologia? O que faz um teólogo?
As vezes tenho a impressão que não sabemos mais o que fazer com a teologia, por isso inventamos tanta teoria, tantos temas, muitos dos quais se mostram irrelevantes para a transformação espiritual, biologica e social do ser fumano.
Como teólogo, as vezes me sinto um inutil!
Abraços.
Engraçado pois lembro que alguns católicos falavam para mim que eram os protestante que analisavam o texto bíblico como querem, devido ao Sola Scriptura, a reforma e tal... E hoje vejo os protestantes falando que os católicos especulam texto bíblico!
ResponderExcluirSeria muito mais interessante se o senhor, Solano Portela, lesse o tal livro de ética e fizesse uma resenha do mesmo. Sem preconceitos e sem induzir tantas pessoas que seguem seus post no Temporas aos seus preconceito.
Seu texto pretende apenas falar mal das atividade dos teólogos católicos. Achar que por eles terem certa escolha de análise fará com que o texto bíblico não tenha autoridade sobre fé e vida. Mas vc está enganado. Já li alguns comentários de católicos sobre passagens bíblicas e não utilizaram a maneira deles de analisar o texto como desculpa para a desobediência. Não vi ainda, em sua argumentação, essa necessidade de relação (da erudição católica e a desculpa para a desobediência).
Também queria lhe questionar pq tanto chama-os de pseudo acadêmicos? Questionar ainda se vc se acha um verdadeiro acadêmico? E o seu texto tem o 'espírito' acadêmico? Eu aceito a informalidade que um texto de blog pode ter, mas aqui vc só procura descredibilizar o saber alheio e nunca o diálogo - que é a atitude que se espera na academia.
Só queria dizer mais uma coisa, não sou teólogo rs,
sou apenas um jovem curioso e leigo como tantos outros que as vezes ler o blog de vcs.
Sou da IPB também
Abraços.
Prezado Solano Portela e amigos:
ResponderExcluirFinalmente foi lançado o 1° livro em português do filósofo calvinista Gordon Clark, "Em Defesa da Teologia"
http://www.editoramonergismo.com.br/index.php?page=shop.product_details&category_id=15&flypage=flypage.tpl&product_id=187&option=com_virtuemart&Itemid=71
Um exemplo do fino humor do Clark: "Por fim os leitores serão instados a chegar às próprias conclusões; uma maneira polida de dizer que o autor espera que concordem com ele" (pág. 17 e 18)
Osmar Neves, Padre Bernardo-GO em 13/02/2010
Solano,
ResponderExcluirPenso ser importante deixar claro que catolicismo não é sinônimo de liberalismo.
O liberalismo nasceu no protestante e ainda tem raízes em muitos círculos dele até hoje, bem como em grande parte do catolicismo. Portanto, o problema não é ler textos católicos (alguns deles são interessantes e proveitosos), o problema é quando o autor católico (ou protestante) é liberal. São, ao meu ver, duas coisas totalmente diferentes.