Hebreus 6.4-8
Uma
pessoa me perguntou se Hebreus 6.4-6
anularia a possibilidade de algum ex-cristão arrependido voltar a trilhar os
caminhos do Senhor? A dúvida era: “A quem este trecho se refere?”. Uma outra
questão, que surge com este texto, é a possibilidade de perda da salvação. Certamente já ouvimos muitas pessoas afirmarem
que podemos perde-la. Na realidade, alguns chamam a certeza da salvação, “o orgulho
dos Crentes”.
Essa
noção está presente em algumas denominações de orientação teológica arminiana. Vários
valorizam a manutenção de uma insegurança por “necessidade de preservar a vida
cristã”. Em meu entendimento, e assim
ensina a teologia da Reforma, isso representa uma falta de compreensão do que a
Bíblia ensina sobre a doutrina da salvação. No entanto, alguns reformados se
surpreendem quando ouvem que a Confissão de Fé de Westminster apresenta a
“certeza da salvação” como sendo algo adicional e não essencial à essência da fé
real (CFW, Cap. 18, 3 e Catecismo Maior, Perguntas 81 e 172 do Catecismo Maior da CFW). A questão, então, não é se existe ou não “a certeza subjetiva”, ou
pessoal, mas se o verdadeiramente salvo pode perder essa salvação. Afinal, um
dos pontos principais da teologia bíblica, e da Reforma, é a Perseverança dos
Santos.
Textos
como Hb 6.4-6 podem nos deixar um pouco confusos, se forem estudados
superficialmente, fora do contexto geral da Palavra de Deus. Precisamos,
portanto, procurar entender algumas passagens bíblicas que parecem ir em sentido contrário à doutrina da Perseverança dos
Santos.
1. Duas passagens difíceis: Hebreus 6.4-6 e 2 Pedro 2.20-22 são dois trechos de
difícil compreensão, mas analisemos cada um deles.
Alguns “provam o dom
celestial” e caem, nos diz Hb 6.4-6: (4) É impossível, pois, que aqueles
que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram
participantes do Espírito Santo, (5) e provaram a boa palavra de Deus e os
poderes do mundo vindouro,(6) e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los
para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o
Filho de Deus e expondo-o à ignomínia.
Alguns “escapam” do mundo,
“conhecem”, mas voltam ao erro, nos diz 2 Pe 2.20-22: (20) Portanto, se, depois de terem escapado das
contaminações do mundo mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus
Cristo, se deixam enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado
pior que o primeiro. (21) Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o
caminho da justiça do que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do
santo mandamento que lhes fora dado. (22) Com eles aconteceu o que diz certo
adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu próprio vômito; e: A porca lavada voltou
a revolver-se no lamaçal.
2. As Exposição de João sobre o assunto – Precisamos estar cientes da
exposição sobre a salvação que o apóstolo João faz no capítulo 10.26-28, do seu
Evangelho e em suas três cartas universais, antes de abordar estes versos
difíceis.
O
Espírito Santo moveu João a registrar nesse trecho (João 10.26-28) o fundamento
da doutrina da Perseverança dos Santos - “Ninguém
as arrebatará”: (26) Mas vós não credes, porque não
sois das minhas ovelhas. (27) As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as
conheço, e elas me seguem. (28) Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e
ninguém as arrebatará da minha mão. Somos seguros nas mãos de Cristo não por nosso próprio
poder, mas pelo poder de Deus. Salvação não é apenas um ato de vontade nossa,
mas a vontade é um reflexo e resposta à obra de Cristo na Cruz; de sua vitória
sobre a morte, na ressurreição; e ao chamado eficaz do Espírito Santo em nossos
corações.
Na
sua primeira carta, João deixa claro que existem pessoas agregadas ao povo de
Deus, mas que nunca fizeram parte dos verdadeiramente salvos pelo poder de
Cristo. “Saíram de nós, mas não eram dos
nossos”, diz ele. Em 1 João 2.18-20,
temos: (18) Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o
anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos
que é a última hora. (19) Eles
saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido
dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse
manifesto que nenhum deles é dos nossos. (20) E vós possuís unção que vem do
Santo e todos tendes conhecimento.
Em sua segunda carta João fala daqueles que
não se prendem à doutrina de Cristo. Ele se referia à pessoa que “ultrapassa a doutrina” e diz que esse não tem Deus. Em 2 Jo 9,
ele escreve: Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela
não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai
como o Filho. Entendemos
que esse “ultrapassar” é o mesmo curso abordado por Paulo em Gálatas 1.8. Significa “ir além”, pregar um “outro evangelho”. A esses Paulo reserva
palavras duras. Mesmo estando no meio do Povo de Deus, Paulo alerta seus
leitores contra eles, e conclui que qualquer um que “...vos pregue evangelho que vá
além do que vos temos pregado, seja anátema”. Ou seja, seja amaldiçoado
aquele que ultrapassa a doutrina.
Na
terceira carta, João chama atenção para o fato de que uma vida realmente
transformada, realmente salva, não permanece no pecado. Aqueles que dizem ser
salvos, mas não demonstram transformação de vida (e, infelizmente, sempre
existem esses no meio do Povo de Deus), nunca viram a Deus. Em 3 João 11, ele fala
dessa permanência na prática do mal: Amado, não imites o que é mau, senão o que é
bom. Aquele que pratica o bem procede de Deus; aquele que pratica o mal jamais viu a Deus.
3. O contexto das passagens difíceis. Mas voltemos às nossas passagens difíceis,
agora examinando o contexto imediato
no qual elas são encontradas.
Hebreus 6.4-6, não pode ser
lido isolado dos versos 7 e 8. Estes versos dizem: (7) Porque a terra que
absorve a chuva que freqüentemente cai sobre ela e produz erva útil para
aqueles por quem é também cultivada recebe bênção da parte de Deus;(8) mas, se
produz espinhos e abrolhos, é rejeitada e perto está da maldição; e o seu fim é
ser queimada.
Vemos nesses dois versos a harmonia do texto
em Hebreus, com a parábola do semeador, encontrada em Mateus 13.18-23. O v. 22
é de especial importância. O trecho, em Hebreus, não está falando dos verdadeiramente salvos, mas dos semeados em
espinhos. Eles recebem a chuva, igual à que cai na terra fértil, ou seja, “provam o dom”, no sentido de que são
participantes das bênçãos, mas são sufocados pelos cuidados do mundo. Muitos
aparentam seguir o evangelho; fazem parte dos ajuntamentos e atividades das
igrejas; mas o coração não está regenerado. O texto em Hebreus não fala em “perda
da salvação”, nem em impossibilidade de um crente cair em pecado e não ter
condição de se arrepender, mas daqueles que demonstram, ao longo do tempo, que
nunca foram convertidos.
Semelhantemente, 2 Pe
2.20-22, deve ser lido a partir do
verso 9. Os que “escapam” do mundo conhecem, mas voltam ao erro, são
contrastados com os “piedosos”. O texto de Pedro diz: (9)Porque o Senhor
sabe livrar da provação os piedosos e reservar sob castigo os injustos, para o
dia do juízo; (10) especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em
imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não
temem difamar autoridades superiores, (11) ao passo que anjos, embora maiores
em força e poder, não proferem contra elas juízo infamante na presença do
Senhor. (12) Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para
presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua
destruição também hão de ser destruídos, (13) recebendo injustiça por salário
da injustiça que praticam. Considerando como prazer a sua luxúria carnal em
pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias
mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; (14) tendo os olhos cheios
de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo
coração exercitado na avareza, filhos malditos; (15) abandonando o reto
caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que
amou o prêmio da injustiça (16) (recebeu, porém, castigo da sua transgressão, a
saber, um mudo animal de carga, falando com voz humana, refreou a insensatez do
profeta). (17) Esses tais são como fonte sem água, como névoas impelidas por
temporal. Para eles está reservada a negridão das trevas;(18) porquanto,
proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais, por
suas libertinagens, aqueles que estavam prestes a fugir dos que andam no erro,
(19) prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da corrupção,
pois aquele que é vencido fica escravo do vencedor.
O
trecho claramente fala de ímpios. Eles conheceram o caminho da justiça, porque
aderiram fisicamente à igreja, relacionaram-se com o Povo de Deus, ouviram
incontáveis exposições da Palavra. No entanto, em seu espírito e em suas obras,
nunca experimentaram conversão. Por isso, nos versos 20 a 22, eles são
comparados a porcos que voltam ao vômito. Viviam em um clima limpo, eivado de
ensinamentos proveitosos à vida. Levam sobre si a condenação de rejeitarem a tudo
isso e ao Senhor da Glória.
Conclusão:
A
Palavra de Deus deixa claro, em muitas passagens, que somos salvos para sempre.
Por isso Paulo ensina em Romanos que Aquele que iniciou a obra em nós é
poderoso para completá-la (Filipenses 1.6). Obviamente, isso não é
encorajamento para o pecado, mas motivo de ações de graças – somos salvos pelo
poder de Deus e preservados por este
mesmo poder, não por nossas frágeis forças.
Os
dois trechos que examinamos ainda que difíceis, são entendidos pelas explicações
de João e pelo contexto imediato das passagens. Devemos confiar no preservador
da nossa salvação e nunca devemos nos abalar ou permitir que dúvidas sejam
colocadas em nossa cabeça.
Solano Portela
Penso que, após ler esse excelente texto muitas das dúvidas referente ao assunto poderão ser sanadas. Arminianos e calvinistas poderão se deleitar nessa extraordinária explanação. Acredito que olhando por essa ótica, o pensamentos doutrinário são muito parecido.
ResponderExcluirSou simpático ao pensamento arminista, todavia, dessa forma como foi colocado tem minha inteira adesão.
Parabéns, muito bom. Bom mesmo!
Ótimo texto. Ótimo blog e muito bom o tema.
ResponderExcluirExistem, basicamente falando, duas linhas de interpretação quanto a este assunto: a primeira diz (considerando as advertências contidas no livro aos Hebreus) que é sim possível ao crente negligenciar a Salvação que lhe foi graciosamente concedida por Deus e consequentemente perder sua Salvação. A segunda posição foi a apresentada no presente artigo. Agora me dirijo humildemente ao escritor do referido artigo;
ResponderExcluirConsidere a hipótese de o pregador que ensina que é possível perder a Salvação estar errado, qual seria a consequência deste ensino? Ele teria cometido “o grave erro de fazer com que o crente leve sua fé mais a sério”? Ou então cometeria o terrível pecado de fazer com que o crente não negligencie sua fé em Cristo? Pois bem, agora considere a hipótese de o autor do presente artigo estar errado, ou seja, de forma alguma é possível ao crente perder sua Salvação, mesmo que este negligencie sua fé de forma semelhante ao que Israel (o povo escolhido) fez diversas vezes. Qual seria a consequência deste ensino caso ele esteja errado?
Reconheço que, provavelmente, meu texto deve estar cheio de erros de Português, peço que os leitores tenham paciência quanto a isso, sou péssimo escritor. Peço também que o autor do referido artigo reflita quanto ao que escrevi e perceba a seriedade daquilo que está afirmando e as consequências eternas que “pode” estar causando na vida de muitos irmãos.
Em Cristo, com Amor.
Um pequeno Cristão.
Irmão Sidnei. Não, o autor não está cometendo o grave de levar os cristãos a viverem de forma libertinha. Porque a Palavra de Deus é muito clara: de acordo com João em sua primeira epistola os que saem do nosso meio, pu seja, abandonam a fé, é porque não eram dos nossos. Porque se fossem dos doa nossos teriam permanecido, ou seja, perseverado. Isso quer dizer que o crente verdadeiro, persevera na fé, Deus é quem garante e opera sua santificação, e quem o faz viver de forma diferente do mundo. Não nos entregamos ao raciocinio se essa forma ou aquela outra de ensinar vai fazer os irmãos pecar, porque isso não está nas escrituras, o que está la é a segurança eterna dos verdadeiros crentes. Se alguem abandona a fé, não é porque perdeu a salvação e sim porque nunca a teve. Você não perde algo que você tem.
ExcluirEsse é meu ponto de vista. Escrito no celular.. por isso não olhe os erros de digitação....rsrsrsrsrs
Alisson Lopes autor do blog: reformaemacao.blogspot.com.br
Irmão Sidnei. Não, o autor não está cometendo o grave de levar os cristãos a viverem de forma libertinha. Porque a Palavra de Deus é muito clara: de acordo com João em sua primeira epistola os que saem do nosso meio, pu seja, abandonam a fé, é porque não eram dos nossos. Porque se fossem dos doa nossos teriam permanecido, ou seja, perseverado. Isso quer dizer que o crente verdadeiro, persevera na fé, Deus é quem garante e opera sua santificação, e quem o faz viver de forma diferente do mundo. Não nos entregamos ao raciocinio se essa forma ou aquela outra de ensinar vai fazer os irmãos pecar, porque isso não está nas escrituras, o que está la é a segurança eterna dos verdadeiros crentes. Se alguem abandona a fé, não é porque perdeu a salvação e sim porque nunca a teve. Você não perde algo que você tem.
ExcluirEsse é meu ponto de vista. Escrito no celular.. por isso não olhe os erros de digitação....rsrsrsrsrs
Alisson Lopes autor do blog: reformaemacao.blogspot.com.br
Amém Amado. Abençoada explicação.
ExcluirEste pensamento do irmão Sidnei nos leva a refletir nos erros doutrinários dos pentecostais e nepentecostais (e carismáticos) que vivem pregando fé mais obras. Como se o homem fosse salvo por algum esforço humano. E como que se o homem pudesse manter a sua salvação. Eu não entendo este Sola Scriptura do Sidnei.
Assim como muitos, ele apresenta um Sola Scriptura contradizente e de um "deus" falho.
Acredito que a resposta às suas indagações reside no fato de que aqueles que interpretam estes textos como a possibilidade da perda de salvação estão direcionando a fidelidade das pessoas à busca da salvação pelas obras, ou seja, ande na linha caso contrário você poderá perder a salvação! Em outras palavras não é este o evangelho pregado por Cristo e seus apostolos, que consiste em ser salvo pela graça independentemente das obras e agora salvos da condenação do pecado, serem salvos do poder do pecado, ou seja como fiz Paulo "pela graça sois salvos, mediante a fé, isto não vem de vós é dom de Deus, não das obras para que ninguém se glórie. Pois somos frituras suas criados em Cristo Jesus PARA AS BOAS OBRAS,a quais Deus preparou de antemão para que ANDÁSSEMOS NELAS. Concluindo, quem acredita na perda da salvação induz a pessoa à fidelidade, não porque agora é nova criatura, criada para as boas obras, mas pelo medo de perder algo que Cristo conquistou pelo crente. Espero ter contribuído para o debate de ideias em questão. Deus abençoe a todos!
ExcluirExcelente suas observações ao texto, irmão Sidnei.
ResponderExcluirAdemais, não entendo como o trecho, em Hebreus 6.4-8, ''não está falando dos verdadeiramente salvos''...
Afinal, qual a definição de apostasia? Não é o abandono, a deserção da (verdadeira) fé? Não é o retorno da ''porca LAVADA'' ao espojadouro de lama?
Os anjos que se apostataram, não foram primeiramente salvos?
Se alguém que nunca foi um verdadeiro salvo, como poderá se apostatar?
Acho a doutrina calvinista precipitada ao extremo. Além de mal conselheira, uma fragrante contradição ao ensino bíblico que concita a todos os SALVOS a serem fiéis ATÉ À MORTE... Afinal, qual a razão de tal advertência se um salvo não corre risco algum?
Mas chegastes ao monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, e aos muitos milhares de anjos;
ResponderExcluirHebreus 12:22
Vede que não rejeiteis ao que fala; porque, se não escaparam aqueles que rejeitaram o que na terra os advertia, muito menos nós, se nos desviarmos daquele que é dos céus;
Hebreus 12:25.
Aos que chegaram a Sião, pela palavra Cristo que hoje nos fala, lhes foram dado o temor "que é o princípios da sabedoria," muito além de controvertidas interpretações. E isso foi dito aos que chegaram a Sião! Se não for possível aos tais se desviarem, por quê a final exortação do verso 25?
Boa explicação. Porém a passagem da semeadura nos evangelhos não fala sobre perder a salvação e mas sim sobre não dá frutos com perfeição(LC.8:14), por tem cuidados nesse mundo terreno em seus corações e outra si formos olhar com essa visão Lucana o texto leva para as obras que fica di acordo com 1 Coríntios 3:12-15 e não a salvação.
ResponderExcluirSabe, irmão, a vida do cristão é uma constante e tremenda luta contra o pecado. Isso nenhum cristão sincero contesta. E essa batalha é demonstrada por todo o Novo Testamento, e seus personagens foram os próprios apóstolos de Jesus, entre eles, Paulo, que disse claramente dessa aguerrida luta:
ResponderExcluir“Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse faço” (Romanos 7:19)
Noutra ocasião, patenteou que a salvação que nos é oferecida graciosamente, mediante a fé em Cristo, deve ser operada diariamente,
“… com temor e tremor” (Filipenses 2:12)
E por fim, vivendo por preceito e exemplo, já velho e cansado, escreveu para o mundo cristão:
“Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (2 Timóteo 4:7)
Observe a clareza das palavras. Paulo viveu combatendo, e agora, ao final da jornada, confessa-se convicto que alcançou, mercê de sua constante luta contra o pecado, a estatura de Cristo, ao afirmar:
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim…” (Gálatas 2:20)
Nessa tremenda luta contra o pecado, Paulo só se achou preparado e salvo, quando acabou a carreira e felizmente acabou-a de pé, vitorioso e aprovado. Porém, lutou até a morte contra o assédio do malígno. Jesus assegurou:
“Mas aquele que perseverar até o fim será salvo” (Mateus 24:13)
O cristão deve conservar sua salvação e operá-la diariamente, confirmando-a no poder de Deus, porque conformar-se com a idéia de que o “salvo não se perde”, condescendendo com pecadinhos e negligências, é exatamente o que Satanás deseja.
O ensino bíblico com respeito à salvação é claro, concreto, definido e simples.
“Crê no Senhor Jesus e serás salvo…” (Atos 16:31)
“… Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2:10)
E há no livro de Apocalipse, nove promessas semelhantes, endereçadas ao vencedor. Ora, só há vencedor quando existe conflito, guerra, luta e, em se tratando de coisas espirituais, afetas ao cristão, essas promessas provam que há então uma luta para o cristão vencer, a luta contra o pecado, e isso diariamente, até sua morte; quando então se ratificará sua salvação.
Ninguém pode assegurar que o crente não venha a cometer pecado ou que esteja livre de praticá-lo. O que se pode assegurar, e isso com base escriturística, é que se o justo cair sete vezes, e se sete vezes se levantar, Deus o perdoará, desde que confesse e deixe o pecado.
Enquanto existir o pecado neste Planeta, haverá a possibilidade da queda do cristão. Por isso Jesus enfatizou: “vigiai”. Por conseguinte, é perigoso dizer que “o salvo não se perde”. Dizemos-lhe que, o salvo só não correrá o risco de se perder quando estiver no Céu, porque então já terá desaparecido o pecado, e lá só chegarão aqueles que forem fiéis até a morte, o que só é possível, operando sua salvação através do processo apontado por Paulo: “Com temor e tremor.”
Muitos fazem da prerrogativa de que “o salvo não se perde” um salvo conduto para o Céu, e isso é perigoso. E por zelo da sua salvação aqui alerto. Diz claramente o profeta:
Ezequiel 33:12, 18 e 19 – “Desviando-se o justo de sua justiça e praticando o pecado, morrerá nele.”
A Bíblia é clara: Qualquer cristão que pecar, tudo que de bom realizou quando crente não terá nenhum valor em favor de sua salvação.
O homem pode ser um bom cristão durante 50 anos mas, se no dia seguinte pecar, e se nesta condição morrer, estará perdido. Outrossim, ele pode pecar durante 50 anos, mas se no dia posterior aceitar a Cristo e morrer, estará salvo. Dimas, o ladrão convertido pela presença de Jesus no Calvário é exemplo disso.
Excelente explanação!
ResponderExcluirPra mim ficou claro sobre como entender o que é o ímpio e de que sem dúvida tem muitos em nosso meio. Sabemos que no tempo determinado por Deus o joio será separado do trigo.
A doutrina da Perseverança dos Santos, não é uma doutrina que induz ninguém a viver a vida de qualquer jeito "pois estou salvo mesmo", pelo contrário, o verdadeiramente salvo, tem em sua vida as marcas desta salvação Ef 2.10 "Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas". Acredito que o equívoco da maioria dos irmãos que comentaram acima, é pensar que é por força ou poder nosso que perseveramos a cada dia na presença de Deus e isso de alguma forma contribui para a minha permanência na salvação, isso é até ilógico, pensar que a salvação é algo que em um momento eu estou e num momento seguinte não estou mais, ou você é salvo ou não, a obra de Cristo em nossas vidas não se resume a "Bem me quer, mal me quer". O ato de salvação de Deus em nossas vidas é um só, porém isso não impede que ao longo da caminhada, tenhamos altos e baixos, pois afinal, continuamos presos no corpo do pecado, e Deus usa cada uma das situação que enfrentamos para nos aperfeiçoar a cada dia, até o dia de Cristo Jesus. No entanto, não devemos confundir cada uma das vezes em que caímos, como se naquele momento perdemos a salvação, e que devemos agora correr atrás para recuperá-la, pois automaticamente estaremos vivendo um evangelho de obras, anulando o sacrifício de Cristo. Quanto aqueles que vivem no meio cristão, mas caem em pecado e não retornam nunca mais, a bíblia é clara em nos dizer que estes nunca foram dos nossos (joio), todos nós estamos acostumados em assistir isso em nossas igrejas, e isso não significa que esse irmão teve a salvação e a perdeu, mas significa simplesmente que ele vislumbrou, viu a glória de tudo aquilo que Cristo tem a nos oferecer, por meio do seu sacrifício, mas simplesmente em um determinado momento de sua vida, por circunstâncias várias, essa pessoa abandonou a vida cristã.
ResponderExcluirBoa!
ExcluirIrmão Alisson, bom dia! Que Deus o abençoe em nome de Jesus.
ResponderExcluirEu não diria que a Bíblia ensina o famoso jargão "Uma vez salvo, Salvo para sempre", porém, respeito a posição do irmão.
As vezes tenho a impressão que alguns irmãos estão indo primeiro aos livros e só depois disso, a Bíblia. Isso vai dar numa confusão tremenda!
Os livros são bons, não sou contra. Absolutamente.
Uma pergunta ao irmão, você já leu a Bíblia, a Bíblia mesmo, completa? Se sim, Quantas vezes?
Que Deus o abençoe.
Oh irmão Sidnei.
ExcluirAmados, até removi meus comentários respondendo ao irmão Sidinei. Meu amado, precisas rever mais as Escrituras. E se o amado tem dificuldades de entender as Verdades Bíbliacas neste artigo acima, ore e peça ao Senhor para lhe revelar. Porque se for para continuar na Exposição dos seu "eu acho" e ir contra as Verdades da Palavra de Deus é melhor não comentar nada. Você me disse que és Sola Scriptura, mas com estes pensamentos limitados e visão humana de certas Doutrinas, não vai além do Sola Humano. Pense nisso.
Não bastaria a parábola do filho pródigo?
ResponderExcluirAchei muito bom o texto acima e Como disse verdadeiramente com as escrituras No que diz respeito a glória de Deus. Não concordo e nunca concordei no que se diz respeito ao homem sempre mudar a glória de Deus para a Glória desse mesmo o nome disso para mim ego centrismo o mesmo pecado que começou em Caim. E hoje o que acontece em maior parte dos cristãos é que o homem sempre está buscando a sua própria Glória até mesmo nas escrituras sagradas e esse texto que ao meu ver está correto vem tirar a glória do homem em suas explicações e citações para que a glória de Deus continue absoluta em sua palavra.
ResponderExcluirParabéns ao autor pela simples colocação porém verdadeira e prática e que o senhor continue sendo glorificado em suas palavras em suas atitudes em nome do Senhor Jesus amém
Dr Nicodemus fora os seminarios presbiterianos na regiao de São Paulo e Campinas, o Senhor tem alguma instituiçao de educaçao teologica Pastoral ortodoxa para indicar, abraço.
ResponderExcluirirmão Sidnei.. sim já li e continuo lendo a bíblia toda. na frequencia mínima de uma vez ao ano..de leitura individual... agora além de minha leitura individual também leio com minha esposa... como sou recém casado esta frequência deve minimamente dobrar... não gosto de sair falando isso por ai porque parece vanglória... considerando que tenho 24 anos de idade, e faço isso desde os 9... sem considerar os períodos em que consegui ler a bíblia até 2 vezes em 6 meses... posso dizer que lí no mínimo 15... porém este numero pode chegar aos 25... sou cristão desde meus 8 anos de idade fui o primeiro em minha casa abandonar o catolicismo, e isso criança, com a coragem de enfrentar minha mãe e parentes mais velhos. Será se não teria forças para ler a Bíblia??? será se um cidadão concurseiro, aprovado em 5 (dois deles em primeiro lugar) concursos, que lê diariamente pelo menos 200 paginas de livros de doutrina jurídica, conhecimentos gerais, disciplinas básicas do ensino médio etc etc... não vai ter condição de ler no mínimo 5 capítulos da bíblia por dia e meditar sobre eles???
ResponderExcluirtalvez você ache que eu não li a Escritura completa por motivo de não ter dado um tsunami de versículos para provar minha posição.. o fato é que não juguei ser necessário no momento... não quero fazer um outro blog dentro deste blog.. além do fato de que eu estava de viagem, e naquele exato momento estava no ônibus passando por uma cidade do estado do Ceará, indo em direção de Fortaleza onde iria fazer uma prova de concurso publico e ainda aproveitar para participar de uma conferencia teológica naquele final de semana (Conferencia da Escola Charles Spurgeon onde o preletor foi o Rev. Leandro Lima).
Então, hoje resolvo retornar a este blog para ver se tem alguma novidade... realmente tinha.. não textos dos administradores... mas seu comentário...
A mesma coisa digo para vc: livros não são melhores do que a bíblia!
Não farei desde espaço lugar para escrever calhamaços de texto, em respeito aos servos de Deus autores deste blog... se você quiser um debate respeitoso, acesse meu blog, comente em qualquer artigo o seguinte: "irmão Alisson, vamos debater sobre salvação?"... espere que eu farei um pequeno texto texto introdutório sobre o assunto dentro do prazo de 15 dias após seu comentário, então neste artigo debateremos nos comentários... te prometo q não menosprezarei sua inteligência!
Não estava planejando falar sobre este assunto em meu blog tão cedo, estou trabalhando com outros assuntos... mas se você assim desejar, farei um pequeno texto só para justificar o debate. Aceita?
Um abraço do seu irmão em Cristo.
Alisson Lopes, autor do blog: Reforma em Ação
https://reformaemacao.blogspot.com.br/
Olá amados.
ResponderExcluirEu sou o seminarista Cristiano Ramos, tudo bem? Irmãos, tudo isso (teologia reformada) é muito novo para mim. Eu creio plenamente em minha salvação em Cristo por meio da Graça do Senhor. Após alguns anos nos movimentos caristáticos e pentecostais o Senhor me abriu os olhos e sai daqueles sistemas contraditórios. Na épca, mesmo leio em muitas coisas, eu cria que salvação não se perde, ou Deus contrariaria a Sua Palavra. Entre outros absurdos que eu ouvia.
Mas, amados, eu estou me dedicando muito em estudos da Teologia Sistemática. Eu tenho aqui dois materiais principais que tenho estudado e gostaria se uma direção, conselhos e opiniões sobre estes dois autores, se oa amados recomendam ou não.
Um deles é: Thomas Paul Simons
T. P. Simmons pregou no Vale do Rio Ohio (EUA) toda a sua vida adulta. Li que ele mudou-se para a cidade de Evansville no início do seu ministério e começou uma escola lá para os pregadores. Durante este tempo, ele editou um jornal cristão, “The Baptist Examiner” (O Examinador Batista). Casado com Louthelle, teve dois filhos, Thomas Paul e Bill. Ele passou vários anos pastoreando a Igreja Batista Mount Pleasant, uma das igrejas mais antigas naquela área, e depois organizou uma outra igreja batista no mesmo estado. Simmons tem sido conhecido amplamente, não só devido o seu livro sobre doutrina, mas pelo seu ensino do Rasto de Sangue. Ele viajou extensivamente para ensinar sobre este livro. Uma das pessoas entrevistadas observou que é difícil achar um lugar entre o estado de Michigan no norte dos EUA e o estado da Flórida, no sul dos EUA, onde não haja alguém ainda hoje que esteve presente quando o Simmons ensinou sobre esse livro. Ele é provavelmente a primeira pessoa a realmente viajar para ensinar tal livro. Pelas limitações que sofreu,Simmons deixou o pastorado e se concentrou em escrever o livro Um Estudo Sistemático de Doutrina Bíblica. Lançado primeiramente em 1936, este livro continua tendo uma forte influência no ensino do povo de Deus, tanto nos EUA como no Brasil.
E o outro é de:
Louis Berkhof (14 de outubro de 1873 - 18 de maio de 1957) é um teólogo sistemático reformado cujas obras têm sido muito influentes na teologia calvinista da América do Norte e da América Latina. Sua Teologia Sistemática tem sido, durante décadas, o livro-texto utilizado em muitas faculdades protestantes de teologia no Brasil. Ele nasceu nos Países Baixos e mudou-se, ainda pequeno, para os Estados Unidos.
Algum irmão já leu essas duas obras e recomenda que eu continue lendo?
Abraços amados.
Olá Cristiano Ramos, tudo bem?
ResponderExcluirDos Teólogos mencionados pelo irmão, conheço apenas Louis Berkhof tenho boas referências a respeito de seus livros. Acredito que o irmão possa ser grandemente enriquecido por seus escritos.
Se você me permitir, gostaria de fazer apenas algumas observações referentes ao "post" do irmão:
1- É bom saber que o irmão esteja se interessando pela Teologia Reformada, porém vale a pena ressaltar que nenhuma Teologia em si mesma é perfeita. É claro, Teologia é o que o homem diz da Bíblia. Espero, sinceramente, que o irmão tenha o mesmo interesse por Doutrina Bíblica, pois, Doutrina Bíblica é o que a Bíblia diz dela mesma.
2- Tenho percebido que, com o avanço da Teologia Reformada no Brasil muitos irmãos sinceros e desejosos de conhecimento tem deixado a Bíblia um pouco (ou muito!) de lado e "mergulhado de cabeça" nos livros de Teologia, isso vai dar numa tremenda confusão! Pois como já foi dito; Teologia nenhuma é perfeita, e nem poderia! Pois Teologia é o que o homem diz da Bíblia, basta apenas perceber a quantidade de discordâncias entre os Teólogos (inclusive dentro do próprio meio Reformado). O interesse deveria ser primeiro, primeiro e primeiro na Bíblia. Pois Doutrina Bíblica é o que a Bíblia diz dela mesma. Essa sim é perfeita.
3- Percebi que o irmão mencionou os Pentecostais como sendo parte de um movimento contraditório. Não sei se essa afirmação esta correta tenho sérias dúvidas quanto a isso. O irmão diria que os Teólogos Pentecostais que passarei a descrever abaixo são contraditórios?
Robert Menzies, William Menzies, Roger Stronstad, Gordon Fee, Stanley M. Horton, Antonio Gilberto (Brasileiro e Assembleiano), Anthony D. Palma, Rick Nuñez, French L. Arrington Craig Keener etc...
Imagino não ser correto julgar o Movimento Pentecostal apenas por congressos do tipo Gideões Missionários e afins, ou pregadores do tipo Benny hinn e semelhantes...
4- Os livros são bons, graças a Deus por eles. Mas PRIMEIRO A BÍBLIA!
A reforma protestante nos legou um principio precioso que, me parece, os próprios Reformados tem esquecido:
"Sola Scriptura"
Sidnei.
Caro irmão, eu gostei do seu comentário. Eu conheço escrito s de W. Menzies, S. Norton e António Gilberto. Tenho a Bíblia de Estudo Pentecostal editada por Donald Stamps com a comissão formada por Stanley Norton, William Menzies e outros. No Brasil traduzida por Gordon Chown editada por Antônio Gilberto com colaboração de Geremias do Couto e Claudionor de Andrade. Tenho o livro "Doutrinas Bíblicas de autoria de W. Menzies e S. Norton. Alem de muitos materiais d A. Gilberto, G. do Couto e C. de Andrade. Tive aulas com esses três últimos, não em seminário ou faculdade teológica mas em Escolas Bíblicas de Obreiros e congressos e conferências sobre teologia e educação cristã. Eu gosto muito do que o Rev. Augustus Nicodemus escreve e fala através dos vídeos que vejo.
ExcluirCaro Cristiano:
ResponderExcluirConheço apenas o Berkhoff, que é excelente, apesar de um pouco "datado", isto é, as referências são muito abundantes aos luteranos, em contraste com os reformados. Veja também: https://tempora-mores.blogspot.com.br/p/bibliografia-reformada-basica.html
Abs
Solano Portela
Amém :).
ResponderExcluirAmado irmão Solano, agradeço muito querido. Abraços.
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ResponderExcluirCristiano,
ResponderExcluirVejo que você não leu meu comentário respondendo a seu primeiro post, e se leu não entendeu. Eu não disse que a igreja Brasileira não tem problemas, nem mesmo neguei alguns dos problemas mencionados pelo irmão, o que eu disse é que é um terrível engano colocar todas essas heresias na conta dos Carismáticos e principalmente dos Pentecostais.
Confesso que parei de ler seus comentários no terceiro parágrafo, me cansei. Falou muito do mesmo...
Mas percebi que em grande parte as heresias mencionadas pelo irmão são praticadas em igrejas NEOpentecostais!
Repetindo, é um GRANDE ERRO colocar as heresias mencionadas pelo irmão na conta dos Carismáticos (boa parte dos carismáticos são reformados!) e principalmente dos Pentecostais.
Um forte abraço.
Sidnei
Retirei as minhas observações, pois percebo que existe um ar de contradições no ar da parte do irmão Sidnei. E, que é uma perda de tempo insistir com isso.
ResponderExcluirAgora, então quer dizer que salvação pode ser perdida se o salvo pecar? Então a Bíblia se contradiz? Então é isso? Então agora o que importa é a revelação da eusegexe? E o texto bíblico não tem mais importância? Pois bem, se pecado resulta em perda de salvação, então perdemos salvação todos os dias. E isso é um absurdo! Logo, o salvo então deve ser perfeito, e jamais errar ou pecar em nada. Ele deve se esforçar para não perder a salvação, porque, segundo este raciocínio humano, Deus então não é Soberano e não pode de forma alguma garantir a perseverança dos santos, ou seja, Ele seria imcapaz disso. Misericórdia.
Me perdoe entrar na conversa. Eu sou pentecostal assembléiano e acredito que existe sim muitos teólogos e pregadores dentro do meio pentecostal e também assembleiano que disseminam heresias e nossa convenção está preocupada com isso e os tem refutado. Temos uma comissão de Doutrina e uma comissão de apologética antenada e preparadas para combater ensinos heréticos que atacam as doutrinas ortodoxas principalmente doutrinas como, Doutrina de Deus, de Cristo, do Espírito Santo, Salvação. O fato de nós crermos e ensinarmos na nossa igreja e não na igreja alheia que o crente pode perder a salvação, não nos torna heréticos pois se uma pessoa que peca e não se arrepende poderá pedir perdão? Como poderá essa pessoa ser salva? É por isso que existe um ponto nas Escrituras chamado "apostasia". Se o crente pecar, ele tem um advogado junto ao Pai, que é Jesus Cristo mas pra isso ele precisa se arrepender e pedir perdão.
ExcluirA vida eterna que Jesus nos dá não é pelo nosso merecimento. Ao contrário, nada merecemos de Deus senão a sua justiça, mas pela Graça, ou seja, PRESENTE IMERECIDO, recebemos do Senhor a salvação:
ResponderExcluir(EF 2:5) "Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),"
(EF 2:8) "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus."
(EF 2:9) "Não vem das obras, para que ninguém se glorie;"
A questão é: quando recebemos a Salvação? Quando somos batizados? Quando morremos? Quando somos julgados? A Bíblia nos ensina que somos salvos a partir do momento em que aceitamos a Jesus Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas. Esse momento precioso conhecido como "conversão". É aí que marca o início da vida eterna. O que vem após a conversão é a "santificação", que é o aperfeiçoamento do homem, na vida segundo os ensinos do Senhor. Vejamos os textos abaixo:
(JO 3:36) "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece."
(JO 5:24) "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida."
(JO 6:47) "Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim tem a vida eterna."
(JO 6:54) "Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia."
(1JO 5:12) "Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida." (GRIFEI)
É forçoso notar que em todos os versículos acima o tempo do verbo está no presente "tem a vida" e não no futuro. De sorte que, como já dito, recebemos a salvação no momento da conversão. É na conversão que aceitamos o pacto do Senhor em Jesus. Deus não volta atrás em suas alianças, de forma que só isso bastaria para entendermos que o convertido não perde salvação.
E antes que cite o Apocalipse para apoiar perda de salvação: Apo 2:10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
ResponderExcluirA "coroa da vida" não é a salvação, mas um galardão. Há sete "coroas" na Bíblia que nos falam de galardão ou recompensa dos salvos.
Portanto, como você pode ver, nenhuma das passagens que enviou falam da perda de salvação por um verdadeiro salvo -- ou falam de perda de comunhão, ou de preservação da vida ou mesmo de se guardar do erro. Nos links abaixo você verá outras respostas que enviei sobre diferentes questionamentos sobre a mesma questão. Fico surpreso de tanta gente insistir na perda da Salvação, quando o desejo de Deus é salvar e não querer que nenhum se perca.
Se perdêssemos a salvação então nem mesmo poderíamos dizer que a temos, pois aí estaríamos pecando pela presunção de nos considerarmos bons o suficiente para mantê-la. Felizmente é por graça que somos salvos e é por graça que somos mantidos salvos. Colocar qualquer esforço humano no processo é se colocar debaixo da maldição proferida por Paulo aos gálatas, pois é crer em outro evangelho:
Gál 1:6-8 Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; O qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.
Joã 5:24 Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e CRÊ naquele que me enviou, TEM A VIDA ETERNA, e NÃO ENTRARÁ EM CONDENAÇÃO, mas PASSOU DA MORTE PARA A VIDA.
Será que as creem no que Jesus disse ou acham que ele estava brincando?
É inadimissível refutar que quem alimenta esses pensamentos, os pentecostais e neopentecostais (carismáticos) onde eu mesmo vi e fiz parte não sejam contraditórios.
E só mais um detalhe, igrejas pentecostais, muitas denominações pelo Brasil já vivem uma mistura destes ensinos heréticos da teologia da prosperidade sim.
E no mais, a Bíblia é SUFICIENTE, Sola Scriptura sem Verdade não passa de presunção humana.
Me corrija. A carta aos Hebreus quem escreveu? A parábola do filho pródigo quem contou? Qual Palavra tem mais peso?
ResponderExcluirCorrigir o que?
ResponderExcluirSolano
Não fala de perda da salvação nem da impossibilidade de um crente desviado voltar. Mas dos perdidos no meio dos achados. ok!
ResponderExcluirA paz de Cristo!
ResponderExcluirExcelente texto esse. Realmente é uma dúvida de muitos irmãos calvinistas e arminianos sobre a interpretação dele. E essa me parece uma excelente explicação.
Porém, minha alma fica atribulada em pensar que eu sou um desses não convertidos. Estou na igreja, mas minha mente(satanás?) acusa-me diariamente que eu sou farjuto e etc.
Que Deus tenha misericórdia de mim e salve-me.
A ele toda Honra e Glória.
Em Cristo,
Graça e paz a todos.
ResponderExcluirEu não conheço muito a Bíblia, porém fui cristão por algum tempo, e me desviei por mais ou menos 4 anos.
Acredito eu que antes de me desviar, que eu não tive a salvação, por um simples motivo. Quem realmente tem a salvação não volta para o mundo, passa-se por lutas diárias e constantes, porém, o salvo se arrepende e não as prática mais; Se-a praticar novamente é porque não teve o verdadeiro arrependimento e nunca teve a salvação.
O cristão, pelo meu entendimento não perde a sua salvação, ele é salvo a partir do momento que ele aceita Jesus Cristo como seu único é suficiente Salvador. Deve-se ter arrependimento e confissão dos seus pecados diários porque somos falhos, mas se estivemos em Cristo, Ele nos perdoa e não perdemos a salvação.
Desculpem meus erros de português, sou péssimo em português, e não sei se consegui me expor meu entendimento como eu queria..
Fiquem na paz!
O comentário de "Cézar Augusto Photos" é, sem dúvida, mais esclarecedor do que a própria postagem!
ResponderExcluirO que entristece é o fato de fazermos pueris malabarismos teológicos para adaptar certos pontos para lá e para cá. Os extremos levam sempre a vaidade. Infelizmente, o extremo apresentado no post é a minimização da responsabilidade.
Fiquem na paz!