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quarta-feira, julho 27, 2011

Faleceu um entre os Santos: John R. W. Stott

Como Augustus escreveu semana passada, morreu Amy Winehouse, uma inglesa de grande influência no mundo pop. Morreu, supostamente, de overdose, aos 27 anos. Ainda não há um laudo, mas, pela sua vida, ninguém acredita que seja diferente disso. Muitas vezes apareceu em público sob a influência de drogas e pelo que vemos na televisão muitos de seus fãs encontram-se profundamente enlutados. O mundo lamenta uma morte trágica.

Morreu hoje, aos 90 anos, John R. W. Stott, outro inglês de grande influência, mas na contra-cultura pop. Nascidos no mesmo país, no mesmo século mas em universos diferentes (lembrando do livro de James Sire, O universo ao lado no qual mostra que universos diferentes são concebidos de acordo com a visão de mundo do indivíduo). 

Amy celebrou o hedonismo do seu universo e espalhou aquilo que recebeu de seu tempo. Stott celebrou a santidade e uma vida simples, olhando para um universo completo e cheio da graça de Deus (Conheci a casa de Stott e ali fiz duas refeições simples e singelas, preparadas por ele mesmo. Ele mostrou, com grande entusiasmo, os slides de um esporte radical que praticava: ver pássaros in natura! Escreveu um livro chamado The Birds our Teachers, ilustrado com fotos que ele mesmo tirou).

Amy levou uma vida regrada a bebida, drogas e sexo pregando este estilo de vida pela sua música. Stott pregou a centralidade de Cristo, a vida de Cristo e a obra de Cristo. (Em 1985 estudei no London Institute for Contemporary Christianity e tive aulas de hermenêutica bíblica com Stott. Ele me ensinou que o pregador crente deve viver em busca de integridade hermenêutica, respeitando o autor divino e o autor humano das Escrituras.) 

A mídia noticiou incansavelmente a morte de Amy, mas duvido que a notícia da morte de Stott saia em mais do que alguns noticiários pontuais no exterior. Mais uma evidência de que este homem, capelão da rainha da Inglaterra, era contra-cultura. 

No dia 06 de outubro de 1985 fui participar do culto em All Souls Church, onde Stott era pastor emérito. Ele pregou nos primeiros versos de Hebreus, "Jesus, a palavra final". Lembro-me de ter vertido lágrimas diante da clareza, simplicidade e autoridade com que expôs a Escritura. Hoje ouvi novamente o mesmo sermão, lágrimas me vieram mais uma vez (http://allsouls.org/Media/Player.aspx?media_id=50218&file_id=53536). Eis o esboço:

1. Cristo e a Palavra: Ele é a Palavra de Deus, completa e final.

2. Cristo e a criação: Ele é o agente, o sustentador e o herdeiro, o Cristo cósmico, o alfa e o ômega.

3. Cristo e o Pai: Ele irradia a glória de Deus: idêntico em natureza e essência; Ele é o selo da natureza de Deus: distinto em pessoa.

4. Cristo e a Salvação: veio para lidar com pecados, purificar dos pecados e cumprir uma obra perfeita, a justiça perfeita de um Deus justo!

Aplicação: este é o seu Cristo? Ele é único ao revelar e salvar. Quem entende isto, sabe que não pode recorrer a mais ninguém. Esta era a tentação dos Hebreus que receberam carta. Nós precisamos voltar a esta visão bíblica de Cristo. É o caminho para este mundo sincretista e pluralista. Nunca esqueça, não há outra revelação. Não há nada que possa substituir, melhorar ou ser acrescentado à revelação no Verbo encarnado. Depois que vemos a Cristo, não há outra coisa no que possamos crer. Nunca esqueça, não há outra salvação: Ele é completo, singular. Não há outro em que se possa encontrar salvação. Ele também é salvador singular. Sem Cristo não há revelação e não há salvação. Ele é "hapax", de uma vez por todas... Deus não tem mais a dizer do que Ele já disse nesse salvador. Crer nisto é ser cristão evangélico.

Que o Senhor nos abençoe com homens abençoados como foi Stott para a glória dEle. Os céus celebram a chegada de um feito santo pelo sangue de Cristo.

27 comentários:

  1. Eu o conheci, rev. Mauro, não pessoalmente, mas pelos livros. Seus escritos muuuito me ensinaram e me ensinam a ensinar a outros irmãos...

    Ele combateu o bom combate, terminou a corrida e guardou a fé. Ele está com o Senhor e tudo aquilo que ele somente escrevia e sentia sobre Jesus, agora finalmente ele vê.

    O mundo não o coroou como fez com Amy Winehouse. Mas do Senhor o rev. Stott recebeu a coroa da justiça.

    A ele podemos dizer: "Descanse em paz".

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  2. Acho que o irmão Danilo ai em cima disse tudo o que tinha vontade de dizer, com cerrteza ele está bem melhor que nós!, ele alcançou pela graça, aqui que selá anos ainda nos faltam, homem como nós não era perfeito mas tinha em mente sempre o louvor da glória de Deus, também fui em sua igreja na Inglaterra, a Igreja " de todas as almas", na época que fui ele pregava sobre a importãncia de cada membro desempenhar seu papel no corpo de Cristo.

    Bem lembrado Rev. Mauro, artigo necessário pois preciosa ao Senhor é a morte dos justos.

    Forte

    Pb. Frank Penha ( Recife-PE)

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  3. Sem dúvida John Stott foi um dom dado pelo Senhor à Igreja. Que sua vida inspire nossos jovens!

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  4. O importante é o testemunho desse Homem de Deus!

    E o Legado de seu ensino, zltamente cristocêntrico que permanecerá conosco em seus Livros.

    Eu tenho o devocionário dele, editado pela Ultimato, simplesmente não consigo serguir a ordem diária, pois não consigo ler uma página por dia, leio várias... de tão bom que é!

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  5. Não temos porque esperar o reconhecimento do mundo, visto que somos loucos (I Co.1).
    Amy Winehouse sim é que deve ser aclamada pelo mundo, pois o mundo a reconhecia.

    Isto mais de que nunca expressa que este homem foi um cristão de verdade. O nosso reconhecimento vem do Senhor e o mais importante é ser aprovado por ele, e isso temos certeza que destes dois acima citados, apenas um foi reconhecido por Deus pelos méritos de CRisto.

    Obrigado Senhor por nos dar o Rev.John Stott!

    Abraços.

    Soli Deo Glória Nunc et Semper!

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  6. Belíssimo texto!!!

    Quando penso na atenção dada pela igreja à morte de um ídolo da cultura pop e a total desatenção com a obra e a volta ao lar desse homem de Deus fico um pouco irritado.

    Mas depois, lembro-me da Bíblia e vejo que sempre foi assim: aqueles que vivem uma vida piedosa passam por esse mundo longe dos holofotes. E quando se vão, deixam muito mais do que um nome apenas: deixam uma obra que continuará abençoando a vida de muitos.

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  7. É, vai-se mais exemplo de piedade e erudição. Oremos para que Deus, em Sua graça nos, envie mais homens que amem e honrem a Deus com as Palavras e com a vida. Li quase todos os livros do sr. Stott publicados em português, e como foi bom aprender com ele!, sinto-me meio órfão. Um abraço.
    www.vosbi.blogspot.com

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  8. Queridos Irmãos,
    a sensação que me sobreveio foi de lacuna.Creio que ele deixará uma herança que dificilmente nossos lideres atuais poderão preencher.Sua influência será percebida durante os proximos anos até que a próxima geração não se lembrará mais dos seus escritos e de suas palavras.Infelizmente.Deus nos abençoe.
    Sergio Carneiro-Belo Horizonte-MG

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  9. Caro Mauro:

    Excelente memorial, referenciando alguém que foi instrumento de crescimento espiritual na vida de muitos. Seu legado continua após a morte, através da Fundação que leva o seu nome. Seus livros sempre edificaram e reafirmaram as doutrinas cardeais da fé Cristã, com ousadia e sem medo, neste mundo tenebroso. Nem sempre concordamos com todos os detalhes de sua teologia, mas foi servo de Deus, sem sombra de dúvidas, produtivo em Seu Reino.

    Abraço,

    Solano

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  10. Em 1986 tive a oportunidade de estudar com ele no London Institute for Contemporary Christianity em St. Peter´s Church at Vere Street em Londres. O curso foi "The Christian in the Modern World" e reuniu por quase 3 meses diariamente gente como Stott, Clowney, Kirk e outros grandes pensadores cristãos. Foi um tempo de grande crescimento espiritual para mim que à época tinha 21 anos e começando meu ministério pastoral. Lembro com alegria de um jantar no seu loft com mais dois ou três alunos latino-americanos, a quem sempre dedicou grande carinho. Ao meu ver embasbacado com sua biblioteca privativa - tinha outras, inclusive em Wales, onde passava férias e períodos de reflexão - rindo me disse: "Robinson, envy is a sin, except when it is towards someone´s books!". Tirou da estante um volume de "I believe in preaching", autografou como "Uncle Stott" e me presenteou. Até hoje considero um dos melhores livros de pregação que já li.

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  11. olá Pr Mauro, tive a oportunidade de ouvir uma apresentação do John Stott aqui no Brasil, em fita k-7, onde ele comentou ter andado pela amazônia certa vez onde pronunciou uma das poucas palavras que conhecia em português "perdido".
    Seu post é perfeito, tentei acessar o áudio que postou, mas não deu certo, está problemas eu creio!
    De qquer forma, vou retirar todos os livros que tenho do Stott e fazer uma releitura... com certeza!

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  12. Muitos têm zelo sem conhecimento,[...]!O propósito de Deus inclui os dois:[...]" (Crer é também pensar. pág 7)

    Mesmo partindo desta, este deixou o seu legado! É preciso aprender com ele independente de tradições, pois Stott falou verdades!

    Quem pensa sabe crer e enxergar as diferenças! Valeu Maurão!

    Abraços

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  13. Tenho 17 livros deste ilustre teólogo e aprendi muito com ele.


    Pb. Edinei, Th.B

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  14. Olá prof. Mauro,

    Muito bom seu post sobre o Stott, tirando a polêmica sobre o aniquilacionismo, ele sempre foi um de meus autores prediletos.

    Aproveito este comentário para tirar uma dúvida, Stott escreveu bastante sobre a relação entre o cristão e a cultura, nesse sentido vou copiar abaixo minha dúvida na esperança de ter alguma ajuda:

    Qual a opinião dos autores do blog sobre o livro "O Cristão e a Cultura" do Michael S. Horton (que inclusive já participou de congresso na Mackenzie).

    Na verdade, minha dúvida é um pouco mais específica, sei que no geral as opiniões sobre o livro são boas, tanto aqui no Brasil quanto lá fora, mas eu gostaria da opinião (experiência, conhecimento e sabedoria) sobre partes bem específicas do livro que vou transcrever abaixo:

    "Quais são os critérios bíblicos para se julgar a boa arte em contraposição à arte ruim? A resposta simples é nenhum. Em vão se vasculhariam as Escrituras à procura de uma lista de regras para distinguir a boa arte da arte, literatura ou da música ruins[...]" (pág. 71)

    Neste ponto me lembrei de um fotógrafo falando sobre o nú artístico, músicas, livros e poesias que promovem explicitamente a pornografia, lascívia, adultério, pedofilia, violência, orgias, inclusive me lembrei de um filme que foi recentemente censurado no Brasil por mostrar cenas de pedofilia, necrofilia, incesto, zoofilia, inclusive estupro de um recém nascido, e diversas pessoas acharam um absurdo por estarem censurando a arte. Sei que estou exagerando, mas de algum forma essas pessoas não estariam de acordo com a base do pensamento do autor? Conheço parte da teologia e Michael Horton, e sei que não seria esse o caso, mas ao mesmo tempo isso está escrito no livro dele de uma forma bem clara, o que ele quis dizer então?

    Mais alguns textos similares retirados do livro:

    "Não há nada de errado com arte que apele aos sentimentos e à imaginação [...]" (pág 86)

    "Não há nada não-espiritual sobre apreciar um concerto secular por simples prazer." (pág. 86)


    No capítulo de conclusão do livro Michael Horton faz uma indagação, e eu gostaria de fazer outra:

    Horton diz:

    "Por que precisaríamos de música cristã, livros cristãos, arte cristã ou empresas cristãs? [...] precisamos mesmo de música pop cristã para nos divertirmos ou de livros cristãos de receitas?" (pág. 180)

    Minha pergunta seria: Por que não? Horton passa boa parte de seu livro falando sobre a separação entre sagrado e secular, igreja e mundo, cidade dos homens e cidade de Deus, mas no final disso tudo, para mim é tão agradável poder chegar em casa e ouvir o som primoroso do grupo Vencedores Por Cristo me lembrando que a paz está em meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, me deitar e ouvir o som do grupo Palavra Antiga e me deleitar com "o amor de Deus que nos faz um com Ele", trocar meu cd e ouvir a voz forte de Thales Roberto me lembrando que sou salvo "somente pela graça". Isso para mim é mais que suficiente para responder a indagação retórica do Michael Horton.

    Por isso mesmo, não consegui entender boa parte do que Horton escreve em seu livro, mas gostaria mesmo de entender, já que o considero um bom autor, assim sendo, gostaria que vocês (que também admiro como estudiosos da palavra) me ajudassem com suas reflexões e opiniões sobre o livro.

    Cordialmente,
    Ronaldo

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  15. Foi difícil assimilar a notícia. Estamos concluindo uma série de estudos na escola bíblica sobre 2Tm e utilizamos muito um dos seus livros (Tu porém... a mensagem de 2 Timóteo). Quando minha esposa perguntou porque eu estava tão impressionado diante do computador respondi: John Stott partiu para o Senhor. Não segurei as lágrimas. Graças a Deus, minha esposa esteve ao meu lado para me consolar. Paz, Fernando.

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  16. O primeiro livro de cunho reformado que li, foi de autoria deste grande homem de Deus, o qual foi John Stott.

    Eu era um arminiano, que por "coincidência" ganhara alguns livros baixados pela internet. Entre alguns autores até então desconhecidos para mim, estava Stott.

    Isso foi o suficiente para me incomodar até o ponto de mudar toda a minha vida. Antes eu conhecia Jesus, só de ouvir falar, mas agora é bem melhor, pois hoje, eu sou conhecido por Ele.

    E saber que tudo começou por um simples livro. Soli Deo Gloria!!!!

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  17. Meus caros,

    Pelos testemunhos aqui dados estamos vendo que, de fato, Stott foi um grande influenciador de vidas e ministérios. Eu mesmo, comecei com Stott no livro citado acima por um irmão, "Tu, porém" (um comentário a 2 Timóteo). Até hoje não encontro melhor exposição da carta do que esta, agregando o valor da erudição e as ferramentas para a exposição. Sempre volto a ele.

    Com certeza não sei contar quantas vezes já indiquei para alunos e irmãos "Crer é também pensar", um livreto, obra que ajuda a revolucionar mentes.

    Da mesma forma a magistral obra sobre exposição bíblica de Stott, que Robinson tem o privilégio de ter autografada pelo 'tio Stott' (eu tenho meu cartão de aniversário de 21 anos assinado por ele e uma foto ao lado do bolo, com velhinhas e tudo!).

    Guardo no coração e mente alguns conselhos pessoais que me deu. Volta e meia, aconselhando um jovem, repito contextualizadamente parte daquelas palavras que ouvi dele.

    Em toda a história do mundo já houve muitos escritores, alguns poucos que ultrapassaram a sua própria geração (um boa parte da literatura, ainda que o livro permaneça, morre na geração subsequente ao autor). Creio que Stott será um desses que ficará na história com uma obra preservada, com um legado deixado. Tenho, pelo menos, quatro colegas que estão em formação ou se formaram por iniciativas do legado de Stott em fundações de incentivo ao desenvolvimento acadêmico e pastoral.

    abs
    Mauro

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  18. Caro Ronaldo,

    O livro de Horton é excelente e o indico constantemente.

    Sua pergunta:
    "Quais são os critérios bíblicos para se julgar a boa arte em contraposição à arte ruim? A resposta simples é nenhum. Em vão se vasculhariam as Escrituras à procura de uma lista de regras para distinguir a boa arte da arte, literatura ou da música ruins[...]" (pág. 71)

    Isto é verdade, mas, é claro, que a partir das Escrituras temos um conjunto de critério para julgar o que é puro e o que não é, e Horton não é contra isto. Logo, se uma "obra de arte" apela para o imoral, pornográfico, para a malícia, ela não deve ser apreciada como boa arte. Veja Jorge Amado! Muitos dos seus livros são pornografia na forma de literatura. Isto, no conceito cristão, diante da ordem de Paulo em Fil 4:8, não é boa arte (Philippians 4:8 Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.

    Entendo que o que Horton está dizendo é que a Bíblia não nos dá critério para fazer um julgamento estético da arte (ritmo, andamento, instrumento, cor, forma, movimento, etc.), mas, certamente, nos dá critérios e princípios morais para julgar todas as coisas.

    Outro ponto a ser lembrado é que toda arte é uma expressão de uma visão de mundo. Assim, não se deve olhar para a arte como neutra. Por mais incompreensível que seja, ela sempre é uma expressão...

    Você diz:
    "No capítulo de conclusão do livro Michael Horton faz uma indagação, e eu gostaria de fazer outra:

    Horton diz:

    "Por que precisaríamos de música cristã, livros cristãos, arte cristã ou empresas cristãs? [...] precisamos mesmo de música pop cristã para nos divertirmos ou de livros cristãos de receitas?" (pág. 180)

    Minha pergunta seria: Por que não? Horton passa boa parte de seu livro falando sobre a separação entre sagrado e secular, igreja e mundo, cidade dos homens e cidade de Deus, mas no final disso tudo, para mim é tão agradável poder chegar em casa e ouvir o som primoroso do grupo Vencedores Por Cristo me lembrando que a paz está em meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, me deitar e ouvir o som do grupo Palavra Antiga e me deleitar com "o amor de Deus que nos faz um com Ele", trocar meu cd e ouvir a voz forte de Thales Roberto me lembrando que sou salvo "somente pela graça". Isso para mim é mais que suficiente para responder a indagação retórica do Michael Horton."

    Creio que vc precisa extrapolar o pensamento aqui. O que acredito que Horton seja contra é a ideia de criar uma arte de gueto, uma 'arte gospel' e uma 'empresa gospel' (restaurante 'Eu Chadai' - parece piada, mas até isto se vê por ai).

    Assim como a revelação geral glorifica o nome de Deus, a boa arte, que expressa uma visão de mundo cristã também glorifica o nome de Deus. Assim, uma peça majestosa de Haendel deve e pode inspirar um cristão (e um não cristão).

    O que é uma 'empresa cristã'? Uma que tem um nome e um versículo no cartão de visitas ou uma que assume nos seus negócios uma visão de mundo cristã?

    Por enquanto é só?

    abs
    Mauro

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  19. Olá prof. Mauro,

    Obrigado pela resposta, fiquei confuso porque o autor fala de como o cristão deve transformar a cultura, mas ao mesmo tempo em alguns momentos ele parece justificar uma acomodoção à cultura (qualquer cultura), e pelo que conheço do Michael Horton, não me parece que ele sugeriria tal coisa, por isso fiquei tentando entender suas palavras em contexto.

    Sua resposta me ajudou muito.

    Nos veremos novamente no congresso da fiel deste ano? Irei novamente com o Pr. Gil!

    Grande abraço,
    Ronaldo

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  20. Citação de Stott (enviada pelo Dr. Hermisten):

    “A Palavra e a adoração, portanto, pertencem indissoluvelmente uma à outra. Toda a adoração é uma reação favorável, inteligente e amorosa à revelação de Deus, porque é a adoração no seu Nome. É impossível, portanto, a adoração aceitável sem a pregação. Isso porque a pregação é tornar conhecido o Nome do Senhor e a adoração é louvar o Nome do Senhor assim revelado. A leitura e a pregação da Palavra, longe de serem intrusão na adoração, são realmente indispensáveis para esta” (John Stott, Eu Creio na Pregação, São Paulo: Editora Vida, 2003, p. 88-89).

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  21. Lindo o texto, bela homenagem!
    Entendo a comparação com Amy Whinehouse, mas o artigo seria mais singelo sem ela!
    Ainda assim, muito bom!

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  22. O Cistianismo não perdeu nada, pelo contrario, ganhou muito com a Vida deste homem, lamentamos sua partida, todavia os céus se alegram, "Preciosa é ao senhor a partida de seus santos" simplesmente foi a nossa frente juntar-se a outros, que da mesma forma tinham convicção da vida eterna. Deus foi exaltado na vida de John Stott.

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  23. Olá, irmão Mauro. Também quero deixar meu testemunho sobre o impacto do Dr. Stott em minha vida. O primeiro livro que li dele foi "A Cruz de Cristo", e esse livro simplesmente abriu meu entendimento para a obra maravilhosa do nosso Senhor Jesus Cristo ao nos resgatar. Outro livro que me impactou foi seu comentário à epístola aos Romanos, da série "A Bíblia fala Hoje". Utilizei esse livro numa série de estudos sobre Romanos que fiz na igreja na qual me congregava naquela época. Stott não limitou-se a escrever livros, ele trabalhou incansavelmente na obra do Evangelho. Fundou instituições que abençoaram e continuam abençoando milhares de cristãos em todo o mundo. Nos mostrou como viver um Cristianismo verdadeiro, relevante e bíblico, capaz de fazer frente à cultura anticristã de nossos dias. Postamos uma biografia resumida do Pr. Stott, com links para algumas das instituições fundadas por ele, em nosso blog Calvinismo Hoje (www.alegrem-se.blogspot.com). E vou reler, assim que puder, "A Cruz de Cristo" e "A Bíblia fala Hoje: Romanos". Grande abraço a todos!

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  24. Rev.Mauro.
    O senhor foi um privilegiado, pois conheceu pessoalmente Jonh Stott.
    Amo os livros dele. Vai nos fazer falta! Emocionante a sua abordagem sobre ele, edificante e oportuna.
    Deus o abençoe.

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  25. Congratulo o amado servo Meister, por tão oportuna e brihante postagem.

    O irmão salientou a contribuição geral deste gigante da teologia, mas gostaria de detalhar sua contribuição na área da apologética:

    Crer é também Pensar

    Cristianismo Básico

    A Verdade do Evangelho

    A Autoridade da Bíblia

    Cristianismo Equilibrado

    Cristo: Cristianismo Básico

    Porque sou Cristão

    O Discípulo Radical

    Estes encontram-se entre seus livros influentes na área de apologética traduzido para nosso idioma. Ainda creio que existem muitos outros e espero, como sedento apologista, que sejam todos traduzidos. Sua contribuição foi de valor inestimável para o crescimento na defesa da fé cristã.

    Fique com Deus, amado Meister!

    Grato pela oportunidade de contribuir no seu blog,

    Apologeta!

    Evangelista Eduardo França é autor do DVD: Milagres: De onde eles procedem? (Categoria: APOLOGÉTICA. (À venda nos sites: CACP, MCK e MERCADO LIVRE). Co-Fundador e articulista do blog Guardian Faith: www.guardianfaith.blogspot.com

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  26. John Stott está com Cristo! Glória a Deus pela sua obra e pela sua vida.

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  27. Pr Roque Albuquerque, profº do Seminário Batista do Cariri me apresentou os escritos do Srº John Stott. É merecida a honra ao amado "Stott".
    Pr. Marcelo Correia
    www.pibcampossales.blogspot.com
    www.mimbare.blogspot.com

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