Não pretendo me estender mais sobre este assunto. Já devo ter deixado claro o meu pensamento sobre as danças litúrgicas. Publiquei quase todos os comentários que me mandaram sobre o assunto, à exceção daqueles que visivelmente queriam apenas bater boca. Tentei responder alguns comentários e interagir com nossos leitores. Prometo que vou parar por aqui.
Lembro um outro post meu que trata do assunto do culto e do louvor, que pode ser lido aqui, onde coloco algumas considerações sobre grupos de louvor e instrumentos musicais.
Este post é uma tentativa de atender ao pedido de um querido amigo no post anterior: qual a diferença entre danças e instrumentos de música? Entre danças e corais? Se pode um, por que não pode o outro? Por que proibir danças e permitir instrumentos e corais?
Vou dar meu entendimento sobre esse assunto. Para mim, as danças litúrgicas são vistas como elemento de culto, enquanto que corais, instrumentos de música, são meras circunstâncias deste culto. Deixem-me elaborar um pouco mais neste assunto difícil.
1) Os elementos de culto -- são aquelas atividades determinadas pelas Escrituras nas quais o povo de Deus se engaja durante o culto, com o propósito de adorar a Deus, render-lhe graças e louvor, edificar-se internamente e anunciar o Evangelho ao mundo.
Nem todas as atividades das quais os seres humanos são capazes são próprias, adequadas ou eficazes para estes fins elevados, embora não sejam intrinsecamente erradas para outros propósitos. Por este motivo, o próprio Deus nos revelou em Sua Palavra quais atividades são apropriadas para o culto que Ele nos determinou. Historicamente, as igrejas cristãs têm considerado como elementos de culto (embora nem sempre tenha havido unanimidade), a leitura das Escrituras com o temor divino, a sã pregação da palavra e a consciente atenção a ela em obediência a Deus, com inteligência, fé e reverência; o cantar salmos, hinos e cânticos espirituais com graças no coração, a administração e digna recepção dos sacramentos instituídos por Cristo, votos, jejuns solenes, ações de graças em ocasiões especiais, e ofertas.
Devemos cuidar para que o culto oferecido a Deus por nossas igrejas contenham somente aqueles elementos prescritos na Bíblia, quer de maneira clara, direta, ou mediante inferência legítima. Todavia, considerando que não temos uma liturgia fixa prescrita na Bíblia, e que nosso conhecimento do culto cristão apostólico é fragmentado, a uniformidade nos cultos das igrejas cristãs é alvo impossível de atingir. Por outro lado, as igrejas cristãs devem estar empenhadas em sempre reformar seus cultos, em busca da simplicidade bíblica, em vez de se empenhar para adicionar elementos e formas de culto estranhos à Palavra de Deus em nome da modernidade, contextualização e agradar os homens.
2) As circunstâncias de culto -- se fizermos esta distinção entre elementos de culto e as circunstâncias que atendem estes elementos talvez possamos eliminar boa parte das dificuldades que cercam algumas das questões relacionadas com o culto público.
Enquanto que a Igreja deve se restringir zelosamente aos elementos prescritos na Palavra de Deus, existem determinadas circunstâncias referentes ao bom andamento do culto público que foram deixados a critério da Igreja decidir, usando bom senso, sabedoria e os princípios gerais da Palavra.
Tais circunstâncias estão relacionadas com o ambiente de culto, e envolvem decisões quanto à amplificação do som, uso de mídia, arrumação do salão, mobiliário adequado e sua disposição no local, a iluminação e decoração do ambiente, entre outros. Outras, relacionadas com o culto propriamente dito, tais como o horário do culto, a sua ordem (seqüência), o acompanhamento do louvor com instrumentos musicais, o cântico através de coros e grupos de louvor.
O que diferencia estas circunstâncias dos elementos do culto é que os elementos são parte essencial do culto a Deus e foram por Ele prescritos em Sua Palavra, sendo meios pelos quais recebemos a Sua graça e lhe prestamos adoração e louvor. As circunstâncias, por sua vez, dizem respeito aos passos envolvidos na implementação e aplicação dos elementos – são dependentes destes. Destarte, as circunstâncias não se referem as parte do culto e nem são meios de graça, podendo ou não estar presentes. A presença das circunstâncias não torna um culto mais ou menos espiritual ou aceitável a Deus.
Por causa de sua natureza circunstancial e secundária, estas providências que atendem o culto não devem tornar-se um fim em si mesmas, assumir caráter religioso, tomar o lugar dos elementos ou impedir que os mesmos sejam utilizados de forma própria, eficaz e correta pelo povo de Deus. Seu objetivo é exatamente permitir que o culto a Deus aconteça de maneira adequada, apropriada, facilitando a sua realização e maximizando o potencial dos elementos.
No meu entendimento, danças litúrgicas são vistas como elemento de culto pelas igrejas que as adotam. A começar do nome, “dança litúrgica”, isto é, uma dança que faz parte da liturgia do culto. Criou-se um novo dom espiritual para este “ministério”, que é o dom da dança e até mesmo a associaram com a profecia, surgindo a dança profética. As danças litúrgicas se tornam uma parte do culto, como a pregação, a Ceia, etc.
Já instrumentos de músicas, como piano, guitarra, bateria, são meras circunstâncias, que podem ou não estar presentes, e que não agregam a si qualquer conteúdo espiritual ou teológico, ao contrário das danças, que são vistas como manifestações espirituais.
Os conjuntos corais também não são elementos de culto, são uma circunstância daquele elemento que é o louvor. Trata-se de transmitir pela música, de maneira inteligível e numa linguagem que todos entendem, a mensagem da Palavra de Deus. As danças litúrgicas, ao contrário, não esclarecem a mensagem, antes a confundem, pois gestos, movimentos, por mais graciosos e harmônicos que sejam, não têm como transmitir de forma inteligente e compreensível a Palavra de Deus, e assim ferem aquele princípio que Paulo recomenda em 1Coríntios 14, que as manifestações no culto devem ser entendidas por todos. É por isto que ele não permite o falar em línguas no culto, a não ser que sejam interpretadas, para que os demais possam receber edificação.
Ao mesmo tempo, preciso dizer que corais e grupos de louvor só deveriam ser permitidos se tiverem este caráter de circunstância: que auxiliem o louvor, tornando-o melhor, mais inteligível, e sem se tornarem o centro das atenções. Quando corais e grupos de louvor viram apresentação, não deveriam ser admitidos no culto.
Termino reafirmando, mais uma, que este assunto não está na essência da fé evangélica, embora por isto não deva ser menosprezado. Continuo desejando comunhão com todo vero irmão em Cristo, ainda que ele seja parte do grupo de dança litúrgica de sua igreja.
57 comentários
comentáriosDr. Augustus,
ResponderEsse mesmo princípio, penso eu, o irmão aplica aos ritmos? Há muita discussão sobre ritmos e as associações que eles têm, principalmente aqui no Brasil.
Ritmos como o baião, forró, xote e outros, por serem usados em festas com danças sensuais e provocativas, não são aceitos em certas comunidades.
Acho que, como nordestino, o irmão algum apreço por esses ritmos. Como o irmão pensa essa questão?
Abraço, Marcos.
Caro professor,
ResponderComo vai?
que boas oportunidades o sr. proporcionou a todos seus leitores com esses seus três últimos posts para um bom entendimento a respeito do culto.
Como estamos em um país não evangélico, com um sincretismo religioso elevado, mto da bagagem de cada um acaba sendo permitido e valorizado, e incorporado no culto.
Mtos irmãos, hoje dirigentes de igrejas, das religiões prevalecentes no país [catolicismo, espiritismo]. Creio q seus pressupostos têm influenciado na condução do culto.
Assim, vejo q mesmo nas nossas igrejas, as confessionais, o culto sofra infiltrações de elementos q não lhe pertence. Não deveria...
Há tbém confusão entre mtas coisas por serem elas feitas "para a glória de Deus". Essa passam a valer como "culto". As ocasiões de festa seculares, por ex., como "dia dos pais" e similares, têm suas comemorações na hora do culto, como se fossem culto. Encantam, enternecem, levam às lágrimas e mtos ficam emocionados.
Além disso, é mto comum ao terminarem pregações, segurarem o povo na igreja antes da benção, para fazerem dissertações que vão desde avisos, recados, comemorações e tantas outras coisas, para depois "terminarem o culto", e só então, "impetrarem a benção".
O culto simples, apegado aos seus elementos centrais tem deixado de "agradar" à massa. O problema é a tendência dos dirigentes em transigir com essa massa.
Veja se o sr. concorda comigo.
Deus o abençoe.
Abraços
Angelica Mansano.
Marcos,
ResponderPara mim não existe ritmo sagrado. Ritmo é circunstância de culto.
Todavia, deve prevalecer o bom senso. Nem todo ritmo se presta à adoração, ao louvor, à elevação espiritual. A música no culto deve ser usada como uma ferramenta para ajudar o adorador a cultuar a Deus.
Mui frequentemente o "louvor" vira entretenimento pessoal, lamentavelmente.
O Dr. Mauro ainda hoje na hora do almoço estava fazendo uma distinção que achei interessante entre música cristã e música para o culto cristão. Nem toda música cristã serve para o culto cristão.
Eu gosto de música nordestina cristã, mas talvez nem todas elas sejam apropriadas para o culto.
Um abraço!
Angélica,
ResponderConcordo com você. Uma questão interessante que você menciona é a dos avisos. Por coincidência, neste mesmo almoço onde o Mauro fez hoje a distinção entre música cristã e música para o culto cristão, o Solano estava discutindo o lugar dos avisos durante o culto. Nós três concordamos que os avisos não são parte do culto a Deus, mas da igreja enquanto comunidade e instituição. Portanto, deveriam ser dados antes ou após o culto. E nos dividimos entre o antes e o após, hehehehe...
Abraços!
Pois é, professor,
Responderuma pena!...
Nada contra as tais comemorações em si, mas dar à elas espaço no culto devido a Deus é horroroso. No máximo poderiam ser realizadas na Escola Dominical. Mas, infelizmente, e aí q mora o perigo, é q deixam tais comemorações pro " horário nobre" da noite: dá mais "Ibope". Lamentável, não?
Outras infiltrações são o "abrace seu irmão e diga pra ele como ele é importante pra Deus e pra você, e a irritante insistência do condutor/ou condutora do 'ministério de louvor' pregar antes de cada música ser tocada. Aquela tem cheiro de humanismo humanóide (!) e a outra falta de instrução mesmo.
Abraços
angelica.
Rev. Augustus,
ResponderAinda para contribuir com outra questão. O "lava pés" poderia ser considerado um elemento do culto?
O apóstolo Paulo literalmente "enfiou" o capítulo 13 na primeira carta à igreja de Corinto. Ele, inspirado por Deus, precisou lembrá-los do Amor, centralizá-lo, antes de prosseguir no seu ensino sobre os dons e o culto.
ResponderTambém estou com o senhor, reverendo, e confesso que senti falta de um texto mais expositivo sobre cada ponto do post (o que iria acabar se tornando um comentário rsrs), a semelhança do seu livro "Culto Espiritual".
O assunto é difícil mesmo. Não me lembro de um estudo, nos meus 5 anos de igreja, sobre o tema. Agora, sinto falta de mais esclarecimentos sobre o tema. Ele não está, de fato, na essência da fé evangélica (por curiosidade, o que o senhor considera como essencial?), mas cabe alguém algum dia, na teologia brasileira reformada, desenvolver o assunto, trazendo do Gn ao Ap. A tarefa é herculeana, penso eu! Eu compraria esse livro rsrs. Ah! Sou adepto aos avisos na igreja antes do culto, mesmo sendo voto vencido kkk... Infelizmente, a preocupação é com aqueles que chegam atrasado no culto.
"Tudo, porém, seja feito com decência e ordem" 1Co 14.40.
Dr. Nicodemus Lopes,
ResponderTamanho eh o meu apreco pela precisao cirurgica com a qual o irmao trata quastoes de suma importancia para a vida da Igreja de Cristo. Parabens!
Por causa do manejo de sua "pena" e zelo para com os ensinamentos biblicos relacionados aos elementos de culto e circuntancias para a realizacao do mesmo eh que, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas. Se nao for pedir de mais, eh claro!
1) Ateh que ponto, os elementos circunstanciais (nao determinados pelas Escrituras), devem ser utilizados no culto publico com ou sem o pretexto de auxiliarem na adoracao?
2) Se a motivacao pela qual os instrumentos sao utilizados eh meramente circustancial, por que entao o uso deles eh tao indispensavel em nossas igrejas?
3) Uma vez que os instrumentos eram utilizados no AT por ocasiao sacrificial e tal uso estava atrelado ao "ministerio extraordinario" dos Sacerdotes Levitas, nao havendo texto algum no NT que ratifique tal continuidade do uso e proposito dos instrumentos, por que entao deveriamos usa-los, ainda que eles sejam meramente circustanciais e nao tenha conotacao escrituristicas algum a semelhanca do AT??
4) O que leva as igrejas a usarem no culto solene (public) elementos nao prescritos (“circusntanciais”) da Palavra de Deus? Tradicao ou motivacao religiosa sem precendentes escrituristicos??
Seja qual for a sua resposta, eu estou certo que o Sr. contribuira e muito para o entendimente desse assunto. Deus te bendiga,
Rev.Mauro Silva
Concordo com o ilustre irmão quanto as observações feitas e ao chamar as igrejas à necessidade de seguir um pouco mais os preceitos bíblicos, entretanto com uma devida e adequada flexibilidade. Também concordo que atribuir um ministério de dança soa exagerado, mas creio que neste caso se os seus componentes entenderem e compreenderem que a noção de "ministério", neste caso, é mais uma atribuição eclesiástica que um dom ou uma "unção", pode-se validar seu uso.
ResponderAbraços,
Anderson Faria
http://palavrandante.blogspot.com/
Wilson,
ResponderO "lava-pés" não pode ser considerado elemento de culto, pois não é prescrito na Escritura como tal. Foi uma ilustração ao vivo empregada por Jesus para mostrar como devemos servir uns aos outros. Nada mais.
Danilo,
Obrigado pelo comentário. Sobre sua curiosidade, eu considero essencial à fé cristã aqueles pontos contidos no credo apostólico e ratificados nas grandes confissões da Igreja, que sempre marcaram os limites do Cristianismo bíblico histórico.
Abraços!
Mauro,
ResponderEu teria de escrever uma outra postagem para poder responder às suas perguntas, rsrsrsrsrs!
Rapidamente:
1) As circunstâncias só devem ser utilizadas no culto se ajudarem os elementos. Se forem atrapalhar, não deveriam ser usadas.
2) O uso de instrumentos não deveria ser considerado como indispensável nos cultos. A congregação pode perfeitamente cantar louvores a Deus à capela, sem instrumentos. Às vezes uma bateria tocada alta demais, solos de guitarra, ou de saxofone, acabam tirando o foco em Deus e mudando-o para o musicista, distorcendo o espírito do culto a Deus.
3) Os instrumentos usados no AT não tinham qualquer conotação sagrada e nem agregavam valor teológico em sua participação. Eram tão circunstanciais quanto a mobília do templo. E eles reaparecem no culto celestial encontrado em Apocalipse. Se usados da forma correta, sem serem considerados como parte do culto, mas uma ferramenta para ajudar a congregação a louvar a Deus, podem ser usados.
4) Há vários motivos pelos quais se introduzem no culto determinados elementos e práticas não prescritas na Palavra de Deus. O Catecismo Maior de Westminster diz o seguinte na pergunta 109:
"Os pecados proibidos no segundo mandamento são: o estabelecer, aconselhar, mandar, usar e aprovar de qualquer maneira qualquer culto religioso não instituído por Deus mesmo... todas as invenções supersticiosas, corrompendo o culto de Deus, acrescentando ou tirando desse culto, quer sejam inventadas e adotadas por nós, quer recebidas por tradição de outros, embora sob o título de antiguidade, de costume, de devoção, de boa intenção, ou por qualquer outro pretexto... (CM pergunta 109)".
Abraços.
Interessantíssimo a distinção entre
Respondermúsica cristã e música para o culto cristão, bem como a questão do aviso.
Muito pertinente!
A paz
Tales
"(...) eu considero essencial à fé cristã aqueles pontos contidos no credo apostólico e ratificados nas grandes confissões da Igreja, que sempre marcaram os limites do Cristianismo bíblico histórico."
ResponderEis a questão. Estamos esquecendo o essencial e avançando cada vez mais no acessório. É como se quiséssemos correr antes de aprender a andar. Se pudéssemos reforçar o essencial, sempre, a cada encontro, talvez estivéssemos em melhor correspondência com a vontade de Deus!
Caro irmão Augustus, gostei muito deste seu post, pois foi bem esclarecedor (não que os outros não tenham sido, rsrs...), mas uma dúvid: partindo desta diferenciação, as partes essênciais do culto e as partes circunstanciais, no caso das manifestações corporais que são expressões culturais, como é evidente que cada grupo humano expressa de forma diferente sua alegria e solenidade, um inglês tende a ser mais contido e um sul-africano mais extrovertido nas suas gesticulações corporais, não seria estas manifestações algo lícito e contextual sem prejudicar a essência do culto? Ou, em seria preciso que cada cultura tenha o mesmo padrão cultural?
ResponderAtenciosamente, Rev. Fabio Santos
Fábio,
Responder1) Manifestações corporais -- é um termo muito vago e abrangente, que envolve desde ajoelhar-se até danças litúrgicas. Não seria melhor primeiro definir o que queremos dizer com isto? Há várias manifestações físicas mencionadas na Bíblia e que parecem apropriadas para os cultos, como levantar as mãos, olhar para os céus, ajoelhar-se e prostrar-se diante de Deus. Salomão, por exemplo, fez todas estas coisas no culto da inauguração do templo. Mas, não dançou, rsrsrsrs!
2) Agora, a questão da cultura. Os primeiros cristãos eram de uma cultura dançante, como é a cultura africana. Eram todos judeus. Os cristãos gentios também vieram de culturas onde se dançava para expressar alegria, como era a cultura do Antigo Oriente Médio em geral. Todavia, eles não dançaram nos cultos, isto é, as danças não eram parte do culto dos cristãos. Se havia balançar do corpo, meneios, etc., não sei dizer e não sou contra isto. O que não consigo visualizar é Paulo, Pedro e Tiago saltando, pulando, e dançando com os demais irmãos durante o culto, nas casas igrejas onde se reuniam. Não consigo ver isto no NT. Eu os imagino levantando as mãos e olhando aos céus, que era a maneira mais típica de um judeu orar e adorar.
Agora, sobre os irmãos africanos, creio que o mesmo princípio se aplicaria. O fato de que a cultura deles seja dançante não exige que a dança faça parte do culto deles, da mesma forma que a cultura dançante dos primeiros cristãos não os levou a dançar como parte do culto deles.
É minha opinião.
Abraços.
"Salomão, por exemplo, fez todas estas coisas no culto da inauguração do templo. Mas, não dançou, rsrsrsrs!"
ResponderFico na dúvida se Salomão pode ser usado como exemplo. 700 mulheres. 300 conbucinas. Terminou a vida na mais ignomiosa idolotria. Por causa dele o nome de Deus já foi muitas vezes motivo de risos.
Rev. Agusutus, essa conversa vai atravesar anos, décadas, séculos se nosso Senhor não vier, vai entrar no hall dos assuntos históricos, sem senso comum. Creio que vivemos no tempo das complexidades, nada que seja simples é atrativo, e isso também é regra para o culto evangelico. Ir a uma igreja aonde exista o louvor a Deus (elemento do culto), mas sem a existencia de uma variedade de instrumentos, ritmos e performances musicais (circunstacia de culto), torna-se um culto sem graça e para os mais radicais sem "poder e presença do Espirito Santo". Se esses irmãos forem levados a um pais onde o culto publico fosse proibido, estariam perdidos, pois seriam proibidos de usar aquilo que para eles representa ser o culto cristão. Com relação ao culto ao Senhor e a adoração tive a oportunidade de ler "O que a Biblia Ensina Sobre Adoração" Robert L. Dickie. Sem merchan, mas é da Editora Fiel, o sernhor deve conhecer...rsrsrsrs. Recomendo este livro, ele traz uma otima exposição sobre o assunto.
ResponderEm Cristo que nos fortalece - Gilberto Sampaio.
Anônimo das 14:37,
ResponderQue é o mesmo anônimo que vira e mexe manda comentários maliciosos por aqui, e que só publico por que me dão uma oportunidade de mostrar que tipo de oposição nós temos.
Anônimo, alguns conselhos.
1) Primeiro, não é conbucina, mas concubina. Este tipo de erro dá a impressão que você não entende nada do que está falando.
2) Segundo, não é certo que Salomão terminou sua vida daquele jeito. Muitos e muitos estudiosos acreditam que Eclesiastes é obra de Salomão em sua velhice, quando se arrependeu da idolatria.
3) Veja sua lógica infundada: eu não posso usar o exemplo de Salomão para mostrar que ele não dançou no culto porque era um idólatra. Neste caso, também não posso usar o exemplo de Davi que dançou, pois era adúltero e assassino.
4) Quando cito o exemplo de Salomão, não estou recomendando tudo o que ele fez na vida, obviamente. Da mesma forma quando citamos Abraão (que mentiu), Davi (que adulterou), Moisés (que irou-se), Pedro (que negou Jesus).
Obrigado pela chance de mostrar aos leitores honestos deste blog o nível da contra-argumentação.
Ainda sobre os instrumentos...
ResponderNobre reverendo Augustus, sem querer me ater ao merito do uso ou desuso dos instrumentos no culto per se,(por enquanto) eu gostaria de fazer-lhe mais uma(s) pergunta(s) relacionada(s) a evidencia(s) neotestamentaria(in loco) para tal "prescricao". Uma vez que o Sr. mencionou que "...eles reaparecem no culto celestial encontrado em Apocalipse". Proporcionalmente falando, o que acontecera no ceu, servira como padrao ao que deve ser realizado na terra(culto publico)? Seguindo esse mesmo racionacio,o que nao havera no ceu, servira como padrao ao que nao deve ser utilizado no culto publico(pregacao,etc)? Aqui, eu retorno ao merito da questao! Desculpe a insistencia no assunto. "No pain, no gain"!
Mauro
Mauro,
ResponderEntendi sua preocupação.
Meu argumento a favor de instrumentos e contra danças não se baseia em Apocalipse (minha menção a este livro é apenas de passagem, note bem, não se constitui na força do meu argumento) mas em outras considerações que espero já terem ficado claras em posts e comentários anteriores.
Eu já disse em outro post que o que ocorre no céu não é necessariamente modelo para o culto terreno. E reafirmo isto.
Eu desculpo a sua insistência no assunto e digo como o Senhor: "vá e não pergunte mais". rsrsrsr
Abraços
Caro Pr.,concordo em gênero,número e grau c/ respeito às suas argumentações em relação às danças litúrgicas nos cultos!Também acho q essas "tais danças" são pretestos p/ exibicionismo e apelação(algumas vezes...).Fico muito confusa ainda em relação a algumas Igrejas Presbiterianas do Brasil que ainda mantêm as danças litúrgicas nos cultos.Minha confusão está em ter dúvidas quanto à proibição do Supremo Concílio.Se é proibido,como pode essas Igrejas não respeitarem?Agradeço sua atenção e espero sua resposta.
ResponderSem mais no momento,
Rosemary.(rosemarysilva264@gmail.com)
Rosemary,
ResponderÉ lamentável que igrejas da IPB não sigam a orientação do Supremo Concílio. Os pastores destas igrejas e seus conselhos prestaram compromisso de obediência às decisões. Se eles discordam destas decisões, devem se valer dos canais legais para tentar mudá-las, que é mandar documentos para os concílios, com argumentos bíblicos e teológicos.
Mas, em vez disto, simplesmente ignoram estas decisões e fazem o que bem entendem.
Ainda bem que não são muitas as que adotam a dança litúrgica. Tenho viajado Brasil afora e é esta minha impressão.
Amado Pastor Nicodemus,
ResponderBrilhante a contra-argumentação ao Anônimo. Aqui no Ceará, depois dessa "lapada" nós diríamos a ele: "vai comeeeeendo!"
Todos os textos têm sido de grande valor e edificação. Estou imprimindo todos os estudos e artigos (e até tais comentários e contrarrazões) e fazendo uma apostila para discipular novos convertidos.
Paz do Senhor! Grande abraço!
Natan Vasconcelos
Ig. Presb. de Maraponga - Fortaleza/CE
A graça do Senhor Jesus Rev. Augustus Nicodemus...
ResponderMeu nome é Cimendes, congrego na Igreja Batista em Apodi/RN (às vezes brinco com meus colegas evangélicos que uni o útil ao agradável - batista e calvinista, como o grande Spurgeon, rsrsrsrsrs).
Pastor, conheci seu blog há pouco tempo, e é a primeira vez que faço um comentário, mas conheço alguns de seus livros e mensagens, e o considero um dos maiores (senão o maior) expositor bíblico brasileiro. Nestes artigos sobre o culto e a dança no culto, você foi, mais uma vez, muito feliz, concordo com praticamente tudo, e é muito bom quando vemos uma opnião como a nossa, num assunto onde a maioria pensa diferente (muitas vezes por não estudar o bastante). Só não entendi uma coisa, e se o pastor puder colocar um comentário respondendo, agradeço: no primeiro desses artigos, intitulado "Davi dançou, eu também quero dançar!", de 30 de julho de 2009, no penúltimo parágrafo, você disse: "... eu não veria problemas com grupos de coreografia para evangelizar ou mesmo para pasticipar em reuniões sociais dos jovens e adolescentes..." Pois bem, participar em reuniões de jovens, também concordo, mas evangelizar?Como assim? Em que situações?
Desde já agradeço. Que Deus continue o abençoando.
Soli Deo Gloria.
Olá pastor Augustus Nicodemus...
ResponderEu sou de Curitiba, da PIB de curitiba, seminarista do segundo ano da FTBP. Creio que você conhece o meu tio, Eliel Amin (mora em Araraquara).
Agradeço a Deus por usar pessoas como você para falar comigo...há um tempo atrás eu nem sabia direito o que era arminianismo ou calvinismo; apenas não gostava de Calvino, pois diziam que o que ele falava era besteira. Comecei a estudar sobre o assunto, e não consegui mais parar. Hoje posso dizer que sou um calvinista dos "6 pontos" como você colocou em um artigo; tenho tentado passar tudo o que aprendi para meus amigos e pessoas que me tem como referencial.
Eu gostaria de fazer um pedido...um assunto que ainda não consegui esclarecer muito bem é sobre "batalha espiritual", sei que você lançou um livro do assunto, porém estou meio complicado de livros para ler no seminário, espero comprar assim que puder; mas enquanto isso se você puder postar algum artigo sobre o assunto, ficaria muito grato.
No amor de Cristo,
Alexandre Amin de Oliveira.
Soli Deo Gloria.
Alexandre,
ResponderSobre batalha espiritual, veja este link e faça o download do material:
http://www.ipb.org.br/estudos_biblicos/index.php3?id=15
Abraços.
Cimendes,
ResponderSobre meu comentário,
"... eu não veria problemas com grupos de coreografia para evangelizar ou mesmo para pasticipar em reuniões sociais dos jovens e adolescentes..."
A única restrição que eu tenho quanto a coreografia e danças (menos aquelas sensuais, é claro!) é quanto ao uso delas nos cultos públicos a Deus. Se forem apropriadas, bem feitas, e ajudarem de alguma forma a tarefa de transmitir a mensagem do evangelho num contexto que não seja o culto, não vejo problemas. Mas, para mim, os melhores métodos ainda são aqueles relacionados com a Palavra, a transmissão proposicional do conteúdo.
Abraços.
Pastor,
ResponderCerta vez estive, em uma igreja e na hora da santa ceia, teve uma dança com 2 moças, para entrada dos elementos da santa ceia.
Achei estranho pois, nunca havia visto algo parecido na hohra da Ceia.
Isso pode ser considerado normal, e bíblico.
Paulo Cesar
Servo de Jesus Cristo
Igreja Presbiteriana
Champagnat
Oi Pastor Nicodemus,
ResponderMeu nome é Lucas, tenho 11 anos, sou de Cuiabá-MT. Tenho uma duvida, qual a opiniao do Senhor sobre festa parecida com festa junina, onde as pessoas se vestem com roupas tipicas, existe barracas, quadrilha. Favor me dar uma explicacao da biblia e historia dessas festas.
O meu email é: lucaas.eduaardo@hotmail.com
Obrigado
Lucas
Paulo César,
ResponderEsta foi campeã, duas irmãs dançarinas entrando com os elementos da Ceia! A pergunta é: para quê? Qual o argumento bíblico para isto? Em que isto melhoraria a Ceia?
Abraços!
Lucas,
ResponderAs festas juninas não são festas bíblicas, elas têm origem nas festas ao "santo" católico São João cuja data, se não me engano, é 24 de junho.
As quadrilhas, vestes, comidas típicas não fazem parte do ritual religioso católico, são adições culturais feitas no Nordeste e interiores.
Eu não vejo problemas se os jovens de uma igreja organizarem uma quadrilha, ter comida de milho, como parte da expressão cultural de nossa brasilianidade. Eu vejo problemas se isto for feito no culto a Deus ou se eles começarem a invocar São João nestas festas -- o que geralmente não acontece!
Mas, se houver pessoas na Igreja que podem ficar confusas e magoadas com isto, pensando que é idolatria, então o mais sábio é não fazer.
Um abraço!
Pastor Nicodemus
ResponderNão sou presbiteriano, mas leio freqüentemente este blog. Tenho trocado idéias com pessoas conhecidas a respeito de algumas questões, as quais eu antes pensava incomodar só a mim. Penso serem, de alguma forma, relacionadas ao tema:
1. Há nos cultos atuais uma certa característica emocionalista, "feminina". Talvez essa seja a causa da falta de homens nas igrejas. Tal apelo exagerado às emoções espanta muita gente.
2. Ligado a esse emocionalismo, vejo um enorme desprezo pelo conhecimento profundo das coisas do Eterno.
3. Por motivos complexos, vemos o AT tratado, pelos pregadores, como se fosse "coleção de ilustrações". Mas isso é o oposto do que ensina a Bíblia: "tudo quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito". É certo que não somos judeus, nem quis o Senhor que todos fossem judeus, mas penso que para bem compreender a Bíblia de modo cristão, devemos entender primeiro a percepção de seus escritores e leitores originais. Portanto, lancemos fora todo desprezo pelo ensino do AT. Vejo que o senhor busca, em suas análises, tal percepção.
4. Espanto-me com a falta de senso de muitos crentes, ao agredirem os vizinhos (e participantes) das igrejas com som em altíssimo volume. Recentemente, em consulta, o médico, ao ver minha audiometria, questionou-me se eu seria evangélico ...
5. As repetições infindáveis dos cânticos parecem verdadeiros mantras.
6. A competição entre músicos e estrelismo às vezes são visíveis. Isso é altamente ofensivo. Como o Eterno Salvador pode aceitar tal culto?
7. Não sou robô, para ficar falando frases mandadas ao meu vizinho. Recuso-me a participar disso.
8. É perfeitamente aceitável que o estilo da música cristã vá atualizando-se. Mas certas coisas simplesmente não se encaixam. Certas músicas não parecem adequadas e certas letras parecem canções românticas melosas. A qualidade lírica geralmente deixa a desejar e a profundidade teológica ...
9. Além da falta de qualidade, percebo um certo antropocentrismo nas letras.
10. Cultos longos, longos mesmo. Para quê? Não seria melhor menos, com mais profundidade?
Agustus Nicodemus disse...
ResponderVeja sua lógica infundada: eu não posso usar o exemplo de Salomão para mostrar que ele não dançou no culto porque era um idólatra. Neste caso, também não posso usar o exemplo de Davi que dançou, pois era adúltero e assassino.
Isso sem falar q no leito de morte Davi mandou assassinar ao seu General e outro sujeito q ele tinha prometido nao matar.....
Perdoem-me ser bereano:
ResponderElementos de culto e circunstâncias de culto?!
De onde vem essa diferença? Qual a base que se tem para afirmar isso no culto Neo-testamentário?
Será que os profetas e apóstolos fizeram essa diferença do culto?
Como excluir a cultura judaica dos apóstolos que incluiam danças e instrumentos, embora que a Bíblia não fale no NT?
Com qual base hermenêutica eu garanto que uma ordenança de Deus nos salmos e ensinada nos profetas não é elemento de culto?
Elemento é o que essencial ou o que Deus pede ou permite para o culto? Se for o que é essencial, não há culto sem santa ceia ou sem hinos (qual a base que tem que haver hinos no culto?)e qual a base para afirmar não pode existir culto sem santa ceia?
Existem muitos missionários que não dão ceia nos seus cultos por que não foram ordenados. Eles não estão cultuando a Deus?
Por que fazer diferença entre instrumentos e danças, sendo que os tradutores traduziram no Sl 150.4 trocando a palavra dança para flauta, mesmo tendo a mesma palavra no verso e mesmo tendo "dança" no hebraico e na LXX?
Se ambos são tão diferente, por que escolheram a palavra flauta (instrumento)?
Muitas perguntas... "muitas emoções"
Meu caro Francisco Mário,
ResponderPensei que você tinha dito que não ia mais comentar este assunto, mas não consegue ficar quieto, né? hehehe
Eu não disse que a distinção entre elemento e circunstância era baseada no NT ou na Bíblia. Como muitas outras distinções, explicações, e entendimentos que fazemos, esta se baseia no bom senso, na observação.
É evidente que existem determinadas atividades que caracterizam o culto público a Deus, como a pregação, o louvor, as orações. E é evidente que existem determinadas coisas que são indiferentes, que não caracterizam culto, como instrumentos de música, por exmeplo, que podem sem usados ou não. É esta a diferença entre elemento e circunstância. Os nomes podem variar, escolha os que quiser, mas o conceito é este.
Você disse que queria ser bereano, mas acaba usando o argumento do silêncio. Mesmo que a Bíblia não fale de danças no culto do NT você insiste que haviam. Não acho que isto é ser bereano. OS bereanos examinaram as Escrituras para ver se o que Paulo dizia estava lá, e estava. Se os bereanos fossem examinar sua idéia, de que havia danças no culto do NT chegariam à conclusão que as danças não constam do culto do NT.
Sobre a questão da Ceia, ao meu ver é um elemento, sim, mas um que não precisa estar presente em todo culto, pois é um sacramento ou ordenança que está ligado com a Palavra de Deus. É o sêlo da Palavra. Esta, sim, tem que estar presente em todo culto a Deus.
Quem faz a diferença entre instrumentos e danças não sou eu, mas vocês que insistem em chamar as danças de "danças litúrgicas" e criar um ministério de danças, criar esta idéia de dança profética e até o dom de dançar, dando Às danças o caráter de elemento. É bastante diferente de instrumentos, não é?
Um abraço!
Irmãos, estou tentando divulgar mais o hábito de se cantar salmos nos cultos. Poucas de nossas igrejas tem este costume tão edificante. Eu e um outro irmão começamos o trabalho de adaptar o texto em português dos salmos para a melodia de Genebra, já temos cerca de 50 salmos adaptados, mas queria juntar esforços para termos os 150! Fiz um blog para divulgar estas versões, vou tentar conseguir tempo para gravar cada salmo cantando e as igrejas terem um material mais didático (como os cd`s do Novo Cântico). Não sou adepto da salmodia exclusiva, mas os textos dos salmos são profundos demais para que eles não tenham um lugar especial nos nossos cultos! Sou um leitor fiel do O Tempora o Mores!!!
Responderwww.cantandosalmos.blogspot.com
Francisco Mario disse...
ResponderElemento é o que essencial ou o que Deus pede ou permite para o culto? Se for o que é essencial, não há culto sem santa ceia ou sem hinos (qual a base que tem que haver hinos no culto?)e qual a base para afirmar não pode existir culto sem santa ceia?
Sob a ceia eu poderia argumentar inferencialmente q:
1- A ceia é pascal, foi comemorada por Cristo na pascoa para celebrar seu sacrificio expiatorio;
2- Sendo a pascoa uma festa anual,e a morte de Cristo logicamente anual tbm;
3- Nada mais justo q a ceia fosse celebrada anualmente, assim a tornaria muito mais aguardada e respeitada como a solenidade maxima da igreja.
Obs:
Isso é so afirmaçao inferencial, nao lembro de ter visto em atos algo q indique com q regularidade os cristaos primitivos a celebravam, pelas cartas de Paulo aos corintios da a entender q era feita mais vezes no ano.
(nao lembro de ver nada na patristica sobre isso tbm)
Dr.Augustus,
ResponderPoderia me informar qual linha doutrinária segue os autores Dallas Willard e Brennam Manning?
Grato e um abraço.
Rev.
ResponderMas vergonhoso que a bagunça que anda o Senado Federal,é tirar da pelavra a centralidade do culto.
Digo isso poe que muitos pregadores já não usam Bíblia de Verdade a muito tempo.
Como já diz aquele jornalista:
ISSO È UMA VERGONHA!!!!!!
Graça e Paz!!!
Muito bom reverendo.
ResponderGostaria, se fosse possível, de ter a sua opinião sobre um breve texto do meu blog q trata sobre o chamado "show gospel" e sua relação como o culto:
http://revmauricio.blogspot.com/2009/05/gostou-do-show.html
Parabens pela série de artigos analisando temas relacionados a liturgia do culto; algo que tem sofrido muito nas mãos de alguns 'levitas' nos dias de hoje.
ResponderEu, como ministro pentecostal, e comprometido com a Teologia Reformada, sinto-me cada vez mais desconfortável com algumas práticas que se espalham por ai...
Marcelo Lemos
blog Olhar Reformado
Luiz,
ResponderNão li ainda nada escrito por estes dois autores, por absoluta falta de tempo. Pelo que ouvi, ambos estão ligados ao movimento da igreja emergente.
Veja os posts de Mauro sobre igreja emergente aqui no blog:
http://tempora-mores.blogspot.com/2007/03/em-meio-ao-caos-areo-igreja-emergente.html
http://tempora-mores.blogspot.com/2006/06/neo-ortodoxia-emergente.html
Abraços.
Rev. Augustus
ResponderMas de volta à questão do lava-pés proposta pelo Wilson... Eu, assim como o senhor, não o consideraria como um elemento ordinário do culto.
Mas assim como as cantatas que nossos corais preparam e executam nas duas maiores festas cristológicas do Calendário Litúrgico (Natal e Páscoa), narrando a História da Salvação de forma artística, eu considero o lava-pés como uma forma física, concreta, de comunicar a mensagem de humildade e serviço, e como prenúncio da paixão e morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Não para ser usado sempre, mas, por exemplo, no culto de Quinta-feira Santa, junto com a narrativa da Última Ceia (e celebração da Santa Ceia). É uma prática que eu considero salutar do cristianismo histórico (não uma exclusividade romana), adotada e sugerida até pelos Manuais de Culto das Igrejas Presbiterianas dos EUA e da Escócia e, aqui no Brasil, da Igreja Presbiteriana Independente.
Outras circunstâncias que eu considero úteis: a adoção plena do Calendário Cristão e do Lecionário Litúrgico, porque centralizam as leituras e a proclamação da Palavra na História da Salvação e disciplinam o pregador, que não pode, assim, manter a igreja refém do que lhe vier na telha, do que "deus" "revelar", ou dos seus textos e sermões favoritos.
E, brincando um pouco: o uso da toga pelo pastor também é útil, porque não distrai a atenção da igreja para o seu (mau ou bom) gosto pra roupas... hehehehe (fora o fato de que comunica que ele está ali não por ele mesmo, mas em função de seu ofício ministerial, mas isso a gente deixa pra outro dia).
Abraços,
Eduardo
Sociedade pela Liturgia Reformada
novas postagens por favoooooooooooorrrrrrrrr
ResponderCaro Rev. Augustus,
ResponderObrigado por esta série de artigos sobre o culto cristão. Fui muito edificado.
Devemos zelar mesmo para que Deus seja adorado como Ele quer e prescreve em suas Escrituras, e não como os homens querem, imaginam e inventam. Que Deus continue abençoando o irmão. Abraços. Em Cristo, pr. Marlon.
reverendo, tenho uma dúvida sobre a oração no culto. certa vez fui a uma reunião de oração numa igreja batista e o pastor, no final da reunião, convocou os presentes para fazerem o que ele chamou de "clamor":todos de mãos dadas oravam ao mesmo tempo.
Responderisso é bíblico?
pode-se usar esta prática para que todos orem juntos por um mesmo motivo?
Anônimo das 15:58,
ResponderNão vejo problemas, desde que fique claro que a eficácia da oração não reside na postura, nos gestos, mas na fé na mediação de Jesus Cristo.
Abs.
Reverendo, não sei se o assunto se encaixa bem aqui...
ResponderEstou estudando o livro de Lida Knight (Quem é Vc no Corpo de Cristo?). ao discorrer sobre o dom de profecia, ela se mostra cessacionista quanto ao aspecto revelacional; contudo, ela crê no dom de profecia como um dom para ministério, que daria ao possuidor, certas características, como protesto contra a injustiça, seja contra Deus ou próximo. Ela diz: "Repreende para corrigir o erro usando as Escrituras".
Segundo ela, o dom de profeta continua hj, nesse sentido, como outros dons para ministério.
Pergunto:
o senhor entende que o dom de profeta continua hj como um dom específico dado a alguns para ministério, da mesma forma que os dons de ensino, misericórdia, etc?
o Senhor pensa q podem haver outros dons, dados pelo Espírito, além dos q são mencionados no NT?
Maurício,
ResponderAcho que a análise de Lida Knight está correta. Ela defende, como eu, a visão cessacionista com relação à novas relações. Também entendo que o dom de profecia continua em vigor hoje nos termos em que ela disse.
Sobre a existência de outros dons do Espírito, além daqueles mencionados no NT, fica difícil identificá-los se não conseguirmos ao menos relacioná-los com alguns daqueles mencionados no NT.
Mas, a capacidade de pregar na TV, por exemplo -- que não é coisa fácil, nem todo bom pregador de púlpito se sai bem pregando para o olho da câmara de TV -- poderia ser considerado como uma variação do dom da Palavra. Mas, é só uma idéia minha...
Abs.
A questão é até bem simples. Umas coisas podem porque os teólogos, líderes... gostam delas. Outras coisas não podem porque não gostam. Há instrumentos que podem ser usados e outros não. Por que razão? Uma questão de gosto e cultura (e imposição cultural do outro lado do Atlântico).
ResponderA tantas coisas que se diz em nome dos reformadores e, francamente, penso que os reformadores nos surpreenderiam se estivessem aqui pra omitir opiniões.
Acho que certos reformadores até seriam “excomungados” de Igrejas modernas.
Rev Augustus Nicodemus,
ResponderAo impor a dança como liturgia, faz dela algo essencial ao culto - uma parte intrínseca do mesmo, e sem a qual o culto não subsiste ou, no mínimo, perde a graça. Alguns propagam - como o senhor bem observou - a dança como um "dom" especial, ou "ministério", como dizem nos círculos neopentecostais.
Contudo, se observarmos as coisas desse prisma, chegaremos à inevitável conclusão de que Michael Jackson, o falecido (e polêmico) popstar, era um ministro de Deus. Aliás, seu talento para dança era tão espetacular que seu talento tem sido copiado nos arraiás gospels, rs...
Na raiz de tudo isso está o pragmatismo, convencendo os pastores de que, para ter o almejado crescimento numérico vale tudo, até mesmo converter a igreja em danceteria. O resultado é que a ação do Espirito Santo convencendo o pecador (Jo 16.8) e o favor de Deus que atrai a Cristo (Jo 6.44) são considerados elementos secundários, enquanto outros elementos (alienígenas) como a dança, são endossados como sendo parte do pacote que alguns insistem em chamar de cristianismo.
Pragmatismo, rev. Augustus... Eis o "xis" da questão.
Abraço fraterno,
Leonardo Gonçalves
blog Púlpito Cristão
O Senhor disse que gosta de alguns grupos cristãos de música nordestina, entretanto, afirmou que tais músicas não teriam espaço no culto. Afirmo que oncordo com tal opinião, mas gostaria de saber qual o papel que tais músicas ocupam na vida do cristão(interrogação)
ResponderPatrick,
ResponderCreio que podemos ouvi-la como entretenimento sadio e edificação, da mesma forma que lemos bons livros evangélicos de ficção (como as Crônicas de Nárnia).
Abs.
1- Tenho acompanhado o debate sobre o que se pode e o que não se pode fazer no culto, e muito tenho lido sobre o caso. Vejo que irmãos escrevem algo como: os elementos de culto PRESCRITOS NA BIBLIA não dão margem a isso, ou aquilo. Uma pergunta ninguém ainda me respondeu: "onde na Biblia temos uma liturgia prescrita, falando o que pode e o que não pode?"
Responder2-Outra coisa que muitos fazem é dizer: ah isso pode desde que não seja no culto. Ora, será que nós estamos com a mentalidade do AT de que o culto só se dá no templo? Continuamos na Antiga Aliança com o templo como centro de culto? O que fazer com Jo.4? Deus abençoe a todos,
pelo maior entendimento das Escrituras,
Joelson Gomes
http://gracaplena.blogspot.com
Joelson,
ResponderOs elementos de culto prescritos na Bíblia são aquelas atividades que Deus mandou que fossem feitas no culto prestado por seu povo. Não existe uma lista única num único lugar, ou exclusiva, destes elementos. Encontramos em diversas partes da Bíblia referência ao fato que o povo de Deus lhe presta culto fazendo uma série de coisas juntos, como orações, leitura e pregação da Palavra, ceia e batismo, cânticos.
Já liturgia é coisa diferente. Significa a ordem e a sequência em que estas coisas são feitas durante o culto. A Bíblia não tem uma ordem de culto definida, mas fala dos elementos, sim.
Seu segundo ponto mostra uma certa confusão. Existe um culto específico, feito pelo povo de Deus, onde estes elementos devem estar presentes, e que é diferente do meu culto individual e de minha vida como culto.
Mas em nenhum momento foi afirmado que este culto só pode ser feito num templo. Ele pode ser feito em qualquer lugar. Não sei onde você viu isto aqui, a não ser que tenha sido num comentário de alguém que me passou desapercebido.
Abraços.
Caro Rev. Augustus
ResponderApesar de entender, concordar e apoiar a decisão da SC/IPB sobre “dança liturgica”, gostaria de saber se nos debates foram discutidas as questões culturais asiática, latinas e africanas.
Não que seja uma concessão do principio regulador do culto as culturas citadas, porém, parece-me que os americanos e europeus, no seu modo de ser reverente, com uma posição “marcial” corporalmente mais rígida, apresentam suas ofertas e dons ao criador no culto público.
Entretanto, os africanos apresentam suas ofertas e dons ao Deus criador com uma postura corporal exagerada ou flexível, havendo uma maior gesticulação e manipulação física dos braços e pernas, e, também, a cultura asiática milenarmente tem uma postura corporal e reverencial diferente dos europeus e americanos, onde há movimentação dos braços, retirada dos sapatos e sandálias dos pés, com exagerada e acentuada reverência não estática chegando a se curvarem ou ajoelharem.
Pergunto: Não seriam nestes casos uma dança propriamente dita?!
Me parece as posturas corporais das igrejas americanas, européias, asiáticas, e africanas formas diferenciadas de reverência, cadência ou marcialidade que devem ser observadas e respeitada, que não podem se confundidas com a dança litúrgica ou até mesmo a dança cultural?!.
Grato, desde já pela resposta.
Marcel Lopes Batista
Boa tarde, eu gostava de comentar em torno do assunto que se tratou num dos videos do Reverendo Augusto Nicodemus, onde fala de danças no culto se pode ou nao pode, eu gostava de saber como podemos enquadrar o Salmos 149:3, de antemao ja deixo claro que penso que nao é biblico incluir as danças no meio do culto
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