[Não se preocupem, o apóstolo Juvenal não existe. Também nunca tive amigo que virou apóstolo. O apóstolo Juvenal é uma personagem fictícia, embora baseada em personagens da vida real.]
Meu caro Juvenal,
Espero que você se lembre de mim, o Augustus Nicodemus, seu colega de turma do seminário presbiteriano (talvez você se lembre pelo apelido "Brutus" que eu odiava...!). Faz uns 20 anos que não temos contato. Só recentemente consegui seu e-mail, com o Mário, nosso amigo comum.
Desculpe não lhe tratar como "apóstolo". Você sabe, desde os tempos do seminário, que minha opinião é que os apóstolos constituíram um grupo único e exclusivo na história da Igreja e que hoje não existem mais. Qual não foi a minha surpresa quando me deparei com seu programa de televisão e com você se apresentando como "apóstolo" Juvenal! Eu não sabia que você tinha deixado o pastorado em nossa denominação, montado uma comunidade e adquirido esse título de "apóstolo", o qual, como já disse, não consigo reconhecer como legítimo.
Você sabe que para nós, cristãos históricos reformados, os apóstolos de Jesus Cristo tiveram um papel crucial e extremamente relevante na fundação da Igreja cristã. É um cargo, um ofício, tão sério e fundamental, que ver pessoas usando esse título nos dias de hoje causa um grande desconforto, uma profunda perplexidade e tristeza inominável. Não consigo imaginar uma banalização maior do que essa. Não que você seja uma pessoa indigna, pífia, pérfida ou mesquinha -- não se trata disso. Eu sentiria a mesma coisa se o próprio Calvino resolvesse usar esse título para si.
Não sei o que se passou por sua cabeça para que você, que conhece a Bíblia e a história da Igreja, resolvesse virar um "apóstolo" e montar sua própria comunidade. Pelo seu programa de televisão, ficou patente para mim que você adotou os cacoetes, o linguajar e as idéias que são próprias dos outros "apóstolos" que já estão por ai há mais tempo que você. Valendo-me da nossa amizade dos tempos de seminário, resolvi escrever-lhe e tirar as dúvidas, perguntar diretamente a você, para não ficar imaginando coisas.
1) Quem foi que lhe conferiu esse status, Juvenal? Refiro-me ao título de "apóstolo". Nas igrejas históricas ninguém toma para si o cargo, a função e o título de diácono, presbítero, pastor. São títulos concedidos por essas igrejas a pessoas que elas reconhecem como vocacionadas e aptas para a função. Não sei quem lhe conferiu esse título de "apóstolo". Ouvi falar que existe um conselho de apóstolos no Brasil, ligado a outros conselhos similares no exterior, que é quem ordena e investe os apóstolos no Brasil. Mas, pergunto, quem ordenou, investiu e autorizou os membros desse conselho de apóstolos? Em algum momento, chegaremos ao ponto em que alguém se autonomeou apóstolo, já que esse título e ofício deixaram de existir na Igreja Cristã desde o século I. Os apóstolos de Cristo não deixaram sucessores que por sua vez fizessem outros sucessores, numa corrente ininterrupta até os dias de hoje. Só quem reivindica isso é o Papa e nós não aceitamos essa reivindicação -- aliás, esse foi um dos motivos da Reforma protestante ter acontecido. Por isso, considero a utilização do título "apóstolo" hoje como uma usurpação, uma apropriação indevida dentro da Igreja de uma função histórica que não mais existe.
2) Fala sério, Juvenal, você acha mesmo que é um apóstolo? Quando você usa esse título para si, você está se igualando aos Doze Apóstolos e a Paulo, ou simplesmente usa o termo no sentido de "enviado, missionário", que é o sentido básico da palavra no grego? Se for nesse último sentido, fico menos consternado. Há outras pessoas na Bíblia que são referidas como apóstolos, além dos Doze e Paulo, como Tiago, irmão do Senhor (Gálatas 1:19; mas veja 1Coríntios 9:5 onde Paulo distingue entre apóstolos e os irmãos do Senhor) e Barnabé (Atos 14.14). O sentido aqui é quase sempre de enviado de igrejas locais, missionário, para usar o termo mais popular. Todavia, esse uso é secundário e desconhecido pelas igrejas modernas. Quando se fala em "apóstolo", as pessoas imediatamente associam o termo a Pedro, Tiago, João, Paulo, etc. Usar o título "apóstolo" hoje é igualar-se a eles ou, no mínimo, causar confusão na mente das pessoas. Você acredita mesmo que é um apóstolo como Paulo, Pedro, João, Mateus, André, Felipe, etc.?
3) Se você acredita, então minha próxima pergunta é essa: você viu Jesus ressurreto? Ele lhe apareceu e lhe comissionou como apóstolo? Pois foi assim que ele fez com os Doze e com Paulo. Todos eles foram chamados diretamente por Jesus e o viram depois da ressurreição. Se você disser que Jesus lhe apareceu e lhe comissionou, pergunto ainda como fica a declaração de Paulo em 1Coríntios 15:8, "e, afinal, depois de todos, [Cristo] foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo"? Ele está defendendo que Jesus apareceu a várias pessoas, depois da ressurreição, e "afinal, depois de todos" apareceu a ele. Literalmente, no grego, Paulo está dizendo que "por último de todos" (eschaton de pantwn) Cristo apareceu a ele. Ou seja, Paulo entendia que a aparição do Cristo ressurreto a ele era a última de uma seqüência. É assim que os cristãos históricos sempre entenderam. Se a condição para ser apóstolo era ter visto Jesus ressurreto, conforme Pedro declarou (Atos 1:22; veja também 1Coríntios 9:1), então Paulo foi o último apóstolo. Desculpe, não creio que Cristo lhe apareceu no corpo da ressurreição. Se você disser que sim, prefiro acreditar em Paulo, de que ele foi o último.
4) Você acha, sinceramente, que usar esse título de alguma forma vai ajudar a Igreja? Em que sentido? Veja só, grandes líderes da Igreja, através de sua história, pessoas que deram contribuições duradouras na área de teologia, missões, social, nunca buscaram esse título. Nem mesmo aqueles grandes homens de Deus que viveram na época imediatamente após os apóstolos e que foram discípulos deles, como Papias e Policarpo. Outros, como Agostinho, Calvino, Lutero, Wesley, Spurgeon, e os grandes missionários como Carey, jamais arrogaram para si essa designação. Se alguém teria esse direito, depois dos apóstolos, seriam eles, e não pessoas como você e outros que se apropriaram desse título, e cuja contribuição para a Igreja cristã é mínima comparada com a contribuição deles.
5) Outra pergunta. Pelo que entendi, você é o fundador e presidente dessa igreja "Igreja Apostólica Global da Misericórdia de Deus". Como você concilia isso com o fato de que os apóstolos de Cristo não se tornaram donos, presidentes, chefes e proprietários das igrejas locais que eles fundaram? Eles eram apóstolos da Igreja de Cristo, da igreja universal, e não de igrejas locais. A autoridade deles era reconhecida por todos os cristãos de todos os lugares. Aonde eles chegavam eram recebidos como emissários de Cristo, com autoridade designada por ele. A prova disso é que os escritos deles, como os Evangelhos e as cartas, foram recebidos por todas as igrejas como Palavra de Deus e autoritativas em matéria de fé e prática, foram organizadas e colecionadas naquilo que hoje conhecemos como o cânon do Novo Testamento. Pergunto, então: quem reconhece sua autoridade como apóstolo? As igrejas cristãs do Brasil ou somente sua igreja local? Seus escritos, seus sermões -- eles são recebidos como Palavra infalível e autoritativa da parte de Deus em todas as igrejas cristãs ou somente na sua igreja local?
6) Juvenal, pelo que me recordo de você, você sempre foi uma pessoa com dificuldades de relacionamento com as autoridades. Lembra daquela suspensão que você pegou no seminário por desacato ao diretor e ao capelão? Para não mencionar as brigas constantes que você tinha em sala de aula com os professores, não por causa dos conteúdos, mas porque você insistia em questionar, às vezes até zombeteiramente, a autoridade deles em sala de aula. Lembrando-me desse traço da sua personalidade e do seu caráter, até que posso entender o motivo pelo qual você resolveu abandonar o sistema conciliar da nossa denominação e fundar uma outra, onde você é o chefe supremo. Imagino que você não presta contas a ninguém da sua conduta, do que ensina e de como usa os recursos financeiros que arrecada. Afinal de contas, acima dos apóstolos só Jesus Cristo, e pelo que sei, ele não emite nada-consta nessas áreas...
7) Uma última pergunta e depois vou lhe deixar em paz. Você faz os mesmos milagres que os apóstolos fizeram? Não me refiro a curas em massa de pessoas que não têm CPF nem endereço e que foram curadas de males internos como enxaqueca, espinhela caída, pressão alta, etc. Refiro-me à curas daquele tipo efetuadas pelos apóstolos de Cristo, de aleijados, surdos, cegos, paralíticos, cujas deformidades, endereço e identidade eram conhecidos das comunidades. Refiro-me às ressurreições de mortos, como a ressurreição de Dorcas feita por Pedro. Você faz esse tipo de sinais? Os apóstolos não fracassaram nunca quando diziam "em nome de Jesus, levanta-te e anda". O índice de sucesso deles era de 100%. E as curas eram instantâneas e completas. Quem era cego voltava a ver completamente, e não em parte. Aleijados voltavam a andar e a pular. Você faz isso, Juvenal? Você se incomodaria em me deixar participar de uma daquelas reuniões de cura que você anuncia em seu programa, para que eu entrevistasse as pessoas que dizem ter sido curadas? Não me leve a mal, mas é que tem muita charlatanice nesse meio, muita gente que é paga para dar testemunho falso de cura, muitos que pensam que foram curados quando no máximo foram sugestionados nesse sentido. Curas reais e autênticas serão assim comprovadas por laudo médico, exames, etc. Não é que eu não creia em milagres hoje. Eu creio, sim, que Deus cura hoje em resposta às orações. Inclusive, eu mesmo já fui curado em resposta às orações. O que eu não creio é que existam hoje pessoas com o dom apostólico de curar simplesmente pelo comando verbal, e de realizar curas imediatas e completas de aleijados, cegos, surdos, paralíticos, doentes mentais, cancerosos, aidéticos, etc. Esse dom fazia parte do equipamento apostólico e servia como "credenciais do apostolado", conforme Paulo declarou aos coríntios (2Coríntios 12:12). Se você não é capaz de fazer os sinais que os apóstolos faziam, não creio que tenha o direito de se chamar de apóstolo.
Bom, não sei se você vai me responder. Fique à vontade. Eu precisava lhe perguntar essas coisas, para não ficar imaginando no coração que você é um mercenário, uma daquelas pessoas que está disposta a tudo para ganhar poder, espaço e dinheiro, mesmo que seja às custas da credulidade do povo brasileiro e em nome de Deus.
Um abraço,
Augustus
76 comentários
comentáriosPaz Rev. Augustus,
ResponderÓtima "carta", espero que coloque "pulgas" atrás das orelhas de alguns irmãos que congregam comunidades "apostólicas".
Ednaldo.
P.S. Por curiosidade o sr. já registrou a "Igreja Apostólica Global da Misericórdia de Deus"? Se não registrou ainda, aconselho que o faça o mais rápido possível, pois algum "apóstolo" pode querer registrar antes. (risos)
Caro Nicodemus, tenho buscado informações sobre mestrado no mackenzie, mas tem sido um tanto quanto dificil, por isso clamo por seu auxilio. Simples assim: tenho bacharel em Teologia em seminario filiado ao Betel e bacharel em direito, qual mestrado voce me aconselha? (divindade ou teologia sagrada?) ninguem conseguiu me esclarecer as diferenças. Atenciosamente, VictorBruno (vbraraujo@yahoo.com.br)
ResponderMeu caro Augustus, ou deveria dizer... Brutus (eh eh eh) bons tempos aqueles hein! Mas a propósito, os tempos mudaram Augustus, seu discurso é extremamente reacionário, e isso não combina com o espírito pós-moderno que enfatiza o diálogo e a aceitação da verdade plural. Você se mostra extremamente arrogante em não aceitar minha verdade: Eu sou apóstolo! Às vezes penso que no fundo você me inveja... Continua nessa denominação com amarras e algemas, você tem potencial rapaz, libere-se. Veja meu exemplo, olha aonde cheguei, na televisão camarada! Claro que conheço a Bíblia, mas agora eu faço uma releitura da mesma, afinal de contas ela precisa ser adaptada ao seu tempo, e que tempo maravilhoso o nosso, não? Bom, mas eu vou responder as suas perguntas.
ResponderQuem me conferiu esse título foi o próprio Senhor Jesus! Sei que é difícil pra você acreditar, mas eu tive um encontro com ele. Foi uma experiência profunda, nem todos podem ouvi-la, é preciso ser maduro (iniciado) nas revelações. Mas foi minha experiência, não me importo do que você pensa dela, nem das suas interpretações equivocadas da Bíblia que nem me darei ao trabalho de respondê-las.
Se eu acho mesmo que sou um apóstolo? Eu tenho convicção absoluta! Já lhe falei, você não entende porque em última instância não dá lugar, mas meu povo acredita. Eu nem me incomodo se eles ouvirem as coisas que você fala, eles aprenderam a acreditar em mim, são fiéis a minha voz. Muitos na história da igreja não tiveram o privilégio que eu tenho simplesmente porque agora é o tempo da última “onda do espírito”. É uma nova revelação!
Agora Augustus, que autoridade você tem de avaliar meu comportamento, de afirmar que eu tenho dificuldade com autoridades, afinal: Quem lhe deu autoridade? Eu só presto contas a Jesus, quanto aos milagres, não depende só de mim, eu faço minha parte, agora o povo tem que fazer a sua. E assim que acontece, entende?
Não estou abusando da fé de ninguém, mas Deus tem honrado a minha! Realmente estou bastante rico e isso é a confirmação maior que eu estou no caminho certo.
Um abraço,
Apóstolo Juvenal
(Parabéns pelo texto, mas, infelizmente acho que Juvenal responderia dessa forma. Abraços, Pr. Claudionor)
Ednaldo,
ResponderAinda não registrei o nome da igreja, mas estou pensando nisso!
abraços
Victor,
ResponderVou lhe responder no seu e-mail.
Abraços.
Claudionor,
Responderahuehuaheuaeauehauehua!!!
Muito legal! Seria essa mesma a resposta do Juvenal. Parabéns pela criatividade.
Grande abraço,
Brutus
E tem mais Reverendo, ( ou seria melhor te chamar de São Nicodemos ), poderia nos explicar o que significa a palavra apóstolo ? Será que ela representa um valor maior que o de diácono ? ou pastor ? ou presbítero ? ou servo que é o título pelo qual os "apóstolos" se apresentavam ?
ResponderPara com isso Tio Agustinho. Deixa essa conversa de título pra lá e vai ajudar o Victor com título de divindade que ele tá correndo atrás lá no Mackenzie ( título esse que você já deve ter e que não abre mão, certo ?)
Meu caro São Juvenal,
ResponderNão respondo comentários anônimos, mas o seu é pseudônimo. No fim dá no mesmo, mas vou abrir exceção.
Eu não veria nada de mais em você me chamar de São Nicodemus, já que "santos" é a designação freqüente para os crentes em Jesus Cristo no NT. Mas, por causa do emprego errado no catolicismo, "santo" passou a identificar somente aqueles que foram canonizados. Pena...
Você naturalmente sabe que apóstolo é uma palavra grega que significa "enviado, emissário", alguém que vai em lugar de outro com uma missão definida a cumprir. Segundo estudiosos do assunto, o apóstolo é o correspondente do hebraico "shaliach" que tem conotação similar.
A palavra indica, sim, um ofício superior ao de presbítero, pastor e diácono. Conforme expliquei ao Juvenal em meu post, os apóstolos tinham autoridade universal e eram inspirados e infalíveis em seus escritos.
Mas, obviamente, eles se consideravam servos de Jesus Cristo e servos da Igreja, pois esse ofício foi dado para a edificação do Corpo de Cristo.
Você está certo quando diz que não abro mão do meu título (Ph.D. em Hermenêutica pelo Westminster reconhecido pela PUC-Rio), pois ralei 4 anos para obtê-lo, estudando dia e noite, tendo de aprender francês, alemão, aramaico, grego, hebraico e francês. É diferente de picaretas que se autonomeiam ou compram títulos. Todavia, não faço questão alguma de que me chamem de doutor. Nem de reverendo. Prefiro Pastor. Leia um post antiquíssimo que coloquei aqui no blog sobre isso: http://tempora-mores.blogspot.com/2005/12/o-pas-dos-doutores_15.html
Abraços.
Pr. Augustus
ResponderAprecio o conteúdo deste blog. Tenho lido vários dos seus posts, mas esse foi excelente. Parece-me que esse modismo no Brasil não tem limites, talvez o próximo passo dos “juvenais” é criar algo que está além do que foi contestado neste post. Parabéns pela forma criativa como abordou o assunto. Tomara que desperte o espírito crítico e um legítimo temor a Deus naqueles que fazem parte dos rebanhos dos “juvenais”, pois os próprios “juvenais” já perderam isto há tempos, se é que um dia tiveram.
Um abraço, Pr. Cleyton
Olá, rev. Nicodemus.
ResponderPreciso dizer que esse post muuuito me ajudou na apologética bíblica reformada sobre essa questão de apóstolos hoje.Esses argumentos combinados são praticamente imbatíveis!Agradeço,em Cristo,por você ter escrito essa carta fictícia.
À semelhança da idéia do seu livro,"O Culto Espiritual (Cultura Cristã)",talvez seja a hora de um volume dois,agora sobre essa questão,"especificamente".Não sei se caberia um livro,mas talvez um opúsculo(se houver alguma obra sua nesse sentido,por favor,me atualize).
O movimento apóstólico está deteriorando as doutrinas da graça e está grande demais.Eles estão sistematizando os seus ensinos para multidões e cada vez mais com maquiagem de conhecimento verdadeiro,a tal ponto de fazerem as suas explicações utilizando tanto o grego como o hebraico(obviamente,sem entendimento do Espírito).Sem contar ainda o alcance que os estudos promovidos por tais apóstolos tem no mundo na forma de livros, dvds e canais abertos.
Esse é um vento de doutrina na forma de um furacão.No entanto,creio na soberania de nosso Deus e nos resta saber que Deus está atento para as obras dessas igrejas e atento com aqueles mesmos olhos de Ap 1.14,"olhos como chama de fogo".
Danilo Neves/1ª IPC-Goiânia
Soli Deo gloria.
Amém!!
Olá,calma, pausa... vamos respirar um pouco... Essa boa discussão de vocês me faz pensar em dois apóstolos: Paulo e Pedro no Concílio em Jerusalém...
ResponderAugustus, muito bom! Inteligente, perspicaz, direto e com humor na dose certa. Genial! Parabéns! Só uma dúvida, no SPN, em 1985, eu o conheci como Bud Spencer...
ResponderIrmão Augustus,
ResponderNão sei se ainda vais recordar de mim, mas vou refrescar sua memoria. Sou de Recife, filho de Aluisio (na eternidade agora) e de dona Rita (ainda nesse plano de lutas). Peguei o vício por motos com um tal Nicodemus, que possuía uma XL 250 (importada) e com ele fui comprar a minha primeira motoca (uma Yamaha RD50cc).Acho que tudo isso se passou lá pelos idos de 1977/1978. Agora vejo que o irmão cresceu bastante (e envelheceu! :)), mas tudo isso pra glória de Deus. Desculpe por tê-lo tratado de irmão, mas doutor me soa parecido com os "doutores da Lei" que tantos embates perderam para o nosso humilde e amoroso mestre Jesus. Prezo mais a sabedoria dos humildes, independente de bagagem acadêmica.
Prazer em reencontrá-lo tantos anos depois. A paz do Senhor!
Isaias Vieira
Rev,tenho uma dúvida nesse sentido do assunto apóstolos.
ResponderNão tenho certeza,mas acho que foi John Stott,quem certa vez fez apenas uma citação que além dos Doze e Paulo,também Judas(o meio-irmão de Jesus)seria um apóstolo,além de Tiago e Barnabé,conforme citados no blog.
Que evidências existentem para Judas ser conjecturado como um dos apóstolos?Sei que existem fontes extra-bíblicas e,se possível,gostaria de receber algum material falando sobre isso,caso o senhor possa disponibilizar (danilonevesalimentos@yahoo.com.br).
Danilo Nevews/1ª IPC-Goiânia
Soli Deo gloria
Amém!!!
Olhe a prova que Juvenal precisava. Está registrado na rede.
Responderhttp://www.firefornations.com/
Evidências em terras capibaribenses.
Raimundo
Bom dia Rev. Nicodemus;
ResponderEm primeiro lugar penso que esses liberais não conseguem e nem tem o direito de ter para sí o titulo de pastor, pois segundo as Escrituras o pastor precisa ter carater ilibado, o que não é visto nesses individuos. Soma-se a isso o fato que os membros dessas igrejas "apostolicas" são ignorantes, não conhecem as Escrituras, não sabem das caracteristicas que validavam um legitimo Apostolo na Igreja do séc. I. Infelizmente a resposta dos "apostolos" ou melhor ja ouvi disser que tem o "pai-postolo" por aí, seria exatamente o que nosso irmão muito criativo respondeu ao senhor. Os "errados" ainda somos nós! que "andamos presos" as Escrituras! "Libere-se...."
Prezado Pastor Nicodemos.
ResponderSeu post é realmente relevante e divertido. O nome da igreja é hilário, dei ótimas gargalhadas quando li.
Aqui em São Luís temos vários apóstolos. No bairro onde está a nossa IPB tem dois.
Mantinhamos relacionamento de amizade, quando o "apóstolo" ainda era pastor, depois passou pra "bispo", até ai tudo bem! Mas veio o "apostolado" e a coisa mudou.
Reuniamos os pastores de todas as denominações para um trabalho conjunto (Dia da Bíblia), quando o antigo pastor tornou-se "apóstolo", a coisa mudou. Outros pastores de outras denominações faziam questão de tratá-lo com o novo título, eu não, quando percebi a situação (parece que ele fazia questão de ser considerado superior aos demais), passei a tratá-lo pelo nome próprio, nem mais utilizava o termo "pastor", isso causou-me enormes dificuldades com os outros, eles diziam que eu estava faltando com o respeito. O que fiz? Nunca mais participei de nenhuma reunião e de nenhum trabalho com eles.
Será que os outros pastores denominacionais queriam ser liderados por esse "apóstolo"? Até hoje tenho essa dúvida.
Pr. João d'Eça
SLZ -MA
Parabéns caro Nicodemus.Dá-lhes paulada Brutus.Parodiando uma propaganda da Sadia, apóstolo tu Juvenal? nem a pau! Um abraço.
ResponderAlfredo,
Responderaheuahauehauehaue, de fato, "Bud Spencer" era um dos meus apelidos naquela época, pela similaridade com o famoso ator italiano de pastelão (gordão e barbudo). "Brutus" era outro, também pela mesmo motivo: gordão e barbudo como o Brutus inimigo do Popeye. Hoje, elegante e de barba branca, ninguém me chama mais desses nomes, só de xiita, fundamentalista, nazista, etc.
ABraços!
Isaías,
ResponderQue surpresa agradabilíssima!! Nossa! Claro que me lembro de você, de seu Aluísio e de Dona Rita.
Bons tempos aqueles! Você era um menino na época.
Sim, me lembro da minha XL 250, uma das melhores motos que tive. Hoje tenho uma Harley Davidson Dyna 1.600cc, e andar de moto continua sendo uma paixão para mim.
Você pode me mandar seu e-mail? Escreva para augustusnicodemus@terra.com.br
Abraços!
Danilo,
ResponderO termo "apóstolo" significa basicamente alguém que é enviado numa missão representando aquele que o enviou. Esse termo é empregado no NT para se referir a algumas pessoas:
1) Os Doze escolhidos por Jesus (Marcos 10:1ss), dos quais Judas se desviou, sendo substituído por Matias (Atos 1:24). Esse grupo é visto no NT como fechado e completo e não nomeeou substitutos ou sucessores à medida em que foram morrendo.
2) Ao apóstolo Paulo, como alguém com a mesma estatura e autoridade dos Doze, embora não fazendo parte do grupo (Gal 1.1-2; Rom 1.1; 1Cor 9:1-3; 1Cor 15:9-10)
3) A pessoas que eram mensageiros das igrejas. Veja 2Cor 8:23; Filipenses 2:25. Traduziram como mensageiros, mas o original é "apóstolos". Nesse caso poderíamos incluir Barnabé (At 14:4), Apolo (1Cor 4.6 e 9) e outros.
Não há evidências no NT de que Judas, meio-irmão de Jesus, tenha sido considerado ou chamado de apóstolo. Talvez Tiago tenha sido chamado por Paulo assim por ser o líder da Igreja de Jerusalém. Todavia, Paulo fazia uma distinção entre os apóstolos e os irmãos do Senhor, veja 1Coríntios 9:1-5.
Abraços.
Eça,
ResponderPois é, essa experiência sua confirma nosso ponto: empregam o termo apóstolo no sentido de autoridade máxima e superior das igrejas.
Abraços.
Onde isso tudo vai chegar ?
ResponderPrimeiro os donos de igrejas não se contentaram em ser "Pastor". Afinal de contas, os seus auxiliares também são "pastores".
Então passaram a se chamar de "Bispo". É bom destacar que algumas igrejas históricas sempre usaram o termo "bispo", mas não é o caso hoje. Hoje em dia até igrejas que não tiveram bispos passaram a ter. No RJ, a Assembléia de Deus de Madureira tem o Bispo Manoel Ferreira (se já não for apóstolo).
Só que agora já existe muito bispo, qualquer igrejinha de fundo de quintal tem seu bispo. A solução é virar apóstolo, pra ficar sempre por cima.
Quando o mercado de Apóstolos estiver saturando, o que virá ? Os "cristos" ? Se bem que já tem apóstolo se sentindo "Deus".
Essa questão de "aonde iremos chegar" é complicada. No que diz respeito a mim e as pessoas que amo, espero que cheguemos à eternidade.
ResponderTemos que valorizar nossa real e sincera experiência quando Jesus se revela às nossas vidas. Se a experiência e a fé em Cristo forem reais e sinceras, isto se torna notório, se torna agradável as olhos alheios e se perpetua no tempo.
Agora, quando temos essa massificação do evangelho, temos que desconfiar dessa fé que dizem professar, e dessa sinceridade que dizem possuir. Quando é assim, fica evidente a disparidade em relação à verdade. É apóstolo, é ministro arrogante, é teologia da prosperidade, é mulher que autodenomia pastora e abre uma igreja na varanda de casa e coloca um som absurdamente alto todos os dias e que não me deixa dormir, etc..
PS: deu pra notar, o último exemplo é minha experiência real.
PS2: Desculpe pelo anomimato
PS3: a propósito, temos uma outra referência acerca do tema no link:
http://www.monergismo.com/textos/pentecostalismo/apostolos-modernos_blakey.pdf
Rodrigues
Caro Reverendo
Responder"Igreja Apostólica Global..." realmente me fez rir.
Na minha cidade, por respeito vou omitir o nome, estava andando de carro e vi uma escola cujo nome era "Faculdade Internacional de ... (o nome da minha cidade)".
E a idéia foi bem pescada pelo senhor para nome de igrejas que tenho lido andando pelas ruas, eu imitando o senhor chamaria de "Igreja Apostólica Intergaláctica...".
Agora realmente, não me interprete mal, mestrado em "divindade" também não deixa de ser engraçado.
Um grande abraço
Pr. Augustus, me identifiquei muito com suas opiniões sobre este assunto. Sou universitário e participo de uma igreja pentecostal tipicamente brasileira. Tenho me preocupado muito com os rumos que igreja atual tem tomado, e isto tem me frustado, as vezes me sinto desestimulado a participar de certos costumes, movimentos, reuniões... O conhecimento nos traz pesar, pois nos faz questionar o senso comum. Pastor Augustus, não sei se terá tempo de me responder, mas como conseguir equilibrio entre o conhecimento, a critica ao sistema religioso e a fé?
ResponderAbraços
Rev. Augustus,
ResponderPara enriquecer o assunto penso que seria interessante uma palavra sobre Atos 8. Neste capítulo encontramos Filipe realizando sinais e grandes milagres. Aparentemente o ministério de Filipe neste ponto se alinha com o dos apóstolos. Mas, ele era um dos sete, e não apóstolo. Parece que isto não se harmoniza com sétimo ponto do post. E, então?!
Abraços,
Parabens Pr Nicodemus pelo seu post.
ResponderDepois de "ápostolo" o que será que irão inventar heim??!!!
Rev Augustus , excelente matéria, parabéns !!
ResponderAdquiri o seu comentário sobre Tiago, mas gostaria de saber quando e qual editora publicará as cartas comentadas por Judas e João.
Outra duvida e saber qual o motivo do irmão não seguir apenas uma traducão (ARA, ARC , ACF ) da Bíblia nos seus comentários.
Um forte e grande abraço !
Fique na paz.
Anderson
Anderson,
ResponderJá saiu meu comentário em II-III João e Judas, pela Editora Cultura Cristã.
Eu uso diversas traduções em meus comentários, todavia sigo mesmo o texto grego Nestle & Aland 27a. edição. Uso como texto em português principal a ARA por ser provavelmente a mais usada pelo público que geralmente lê meus comentários bíblicos.
Abraços.
é Brutus...kkkkk
ResponderRev. não nos conhecemos, mas temos em comum o asco por estas doidices (o seu com melhor humor, claro).
Lendo a situação descrita, fico a imaginar a onda destes seres humanos querendo dar uma de messias, relamente eles acreditam ser alguma coisa.
realmente eles deram um bye-bye para as Escrituras e para a história.
realmente eles tem a síndrome de Mica.
realmente eles acham que descobriram um meio de apressar o relógio divino.
realmente eles não veem o espetáculo patético em que se tornaram.
uma lástima.
e ficamos nós aqui, presbiteriossauros e batistodontes, tendo qu explicar que crente não é nada dessa loucura apostólica moderna.
estou no interior do Pará e no final do ano passado um tal apóstolo passou por aqui, decretando que a cidade era de Jesus - só se for o Jesus-mamom dele - e oito nove meses depois nada mudou, até as calorias que o pessoal perdeu pulando com ele já voltou.
PS: para o irmão que perguntou o que falta mais, ainda tem o semi-deus, arcanjo e rei kkkkk
que Deus tenha piedade desse povo sofrido, engodado por estes mercenários malditos.
Em Cristo
Alexandre Ramalho
Rev. Augustus! Que beleza de post.
ResponderEngraçado!Conheço um ex-aluno do senhor que também foi meu contemporâneo no JMC, que infelizmente a história no Juvenal é muito parecida com a dele. Que Deus tem misericórdia desses "apóstolos"
Um gde abraço
Rev.Nicodemus, Graça e Paz!
ResponderEssas crias de C.Peter Wagner hoje imperam no meio evangelico brasileiro. Mais absurdo que o fato dos tais usrpararem para sí o titulo de apóstolos, é a teologia ( se é que assim pode ser chamada) que acompanha tal movimento.
Não duvido que eles daqui a pouco nao resolvam escrever o "novíssimo testamento".
Os titulos apóstolicos são concedidos por uma coalisão internacional de apostolos ligada a Peter Wagner, Rick Joyner, Ana Mendez Farrel e cia. Existe incluisive a "new apostolic Round Table" A Coisa é pior do que se imagina.
Respeitosamente, Pastor Nicodemus, e jsutificamente, Filho de Deus:
ResponderO direito romano, de há muito, identificou o que chamou de "jus sperneandus" - traduzindo; "o direito de espernear", que é inerente a todos quanto andam na contramão das irrefutáveis e invariáveis VERDADES DIVINAS.
A eclosão atual da utilização do termo APÓSTOLO, para demonstrar e confirmar "autoridade espiritual" quiçá não concedida pelo SANTO ESPÍRITO a pessoas de dúbio conhecimento escriturístico de alguns e de outros e muitos "falsos profetas" (?) não seria já a preparação do "caminho" ( estratégia das trevas ) para o SURGIMENTO DOS FALSOS CRISTOS em nosso meio ( conforme a previsão divina e escatológica dos fins dos tempos ) preparando a vinda do do AINTI-CRISTO ?
É O MEU QUESTIONAMENTO. Espero ser honrado com sua consideração, se tempo houver para isto.
O que estão fazendo com aa igreja ( seu livro que estou lendo ) surge no meio evangélico genuíno, como o espanador de limpesa: "levanta a poeira" em nossa mente e questionamentos, mas não promove a limpesa definitiva, pois deixa a poeira no ar até se assentar novamente no mesmo lugar.
INQUESTIONÁVEL QUE TEORIA SEM A BUSCA DA PRÁTICA, PECA POR OMISSÃO ( pecado gravíssimo ) POIS A LUZ HÁ DE SER POSTA NO VELADOR PARA ILUMINAR A TODOS. Depois a "reflexão" de gabnete só é proveitosa de levada ao "campo" onde jazem as ovelhas perdidas de Irael, porque sem Pastor.
ENTÃO: Que este moderno "meio de coumnicação" cumpra sua finalidade, transfornado-se no istrumental para tamanha e grandiosa obra evangelística, de urgência de INICIATIVA em prol da qual me coloco com o eis-me aquí.
Porque a fé sem obras é o mesmo que
as obras sem fé: ambas estão MORTAS; de nada valem, então "mãos à obra".
Finalmente, estes "modismos" certamente passarão como o céu e a terra mas as PALAVRAS DE CRISTO JESUS PERMANECERÃO PARA TODA A ESTERNIDADE ( isto Jesus nos afirmou e zela por cumprir sua promessa. Atenciosamente cleodoval@gmai.com de Sorocaba/SP., membro da Presbiteriana Filadélfia.
Graça e Paz do Nosso Senhor Jesus Cristo
ResponderRev.Augustus
É verdadeiramente uma tristeza ver a que ponto estes usurpadores tem se utilizado da Bíblia e da Igreja para sua auto-promoção e ainda mais, chegam a ser descarados, como já pude ver em alguns dos programas destes tais, onde acabam se fazendo de vítima, pois dizem que certos pastores sentem inveja do ministério tão abençoado destes pseudo-apostolos possuem. O pior é que ficam enganando pessoas simples nas mentiras que propagam.
Como o Conservador acima disse, não saí da influência desta teologia fraquíssima de Peter Wagner onde só se importam em crescimento numérico e satisfazer os desejos pecaminosos dos seres humanos.
Gostaria que certos "apóstolos" lessem o seu post, pois é mui esclarecedor ou deveríamos armar a forca??
Bom, clamamos como Paulo finaliza sua carta aos Coríntios dizendo: Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema! Maranata. I Co 16:22. Creio que estes pseudo-apóstolos não amam Jesus Cristo e que o Senhor venha trazendo juízo toda esta hipocrisia!
Em Cristo,
André Geske
Prezado irmão André. GRaça e Paz! A "teologia" de Peter Wagner, está atulamente muito além da questão de crescimento numérico. De sua trupe é que vieram os tais "atos proféticos" que mais parecem rituais de magia. Aliás, praticamente tudo qie impera mno meio neopentecostal teve alguma influencia do pessoal de Peter Wagner, em particular a teoria da restauração do apostolado.
ResponderOutro importante e perigoso personagem é Rony Chaves. Um pregador da Costa Rica, que enceh estadios pela america latina a fora, sendo revespeitado por sua "autoridade apostolica" e ele é autor do Livro Nova REforma Apostolica d Novo Milênio, onde encontramos a "teologia" do movimento. A coisa esta indo de mal a pior. Ele tem dito por ai que ministerios que resistiram às mudanças desaparecerão. Infelizmente em minha denominção não fatam seguidore desse povo querendo que a igreja abrace essas coisas. O pior de tudo é isso, termos que pedir licensa para ser o que somos (protestentes historicos) nas igrejas que pastoreamos
Kyrie Eleison
Rev. Nicodemus. Boa Noite.
ResponderNão tendo o seu E-Mail aproveito este espaço para que me escreva:
Que conteudo desenvolver em uma sala de EBD para o Tema:Futuro da sociedade atual a luz da Bíblia.
Carlos Eugênio.
Quarta Igreja Presbiteriana de Garanhuns-PE.
E-Mail= ceveiga@cardiol.br
PS- Sou Cardiologista em Garanhuns
e o Alberto esteve conosco
Augustus,
Respondersó para descontrair, o meu apelido no seminário era Cegonhão, lembra? Eu era alto, pernalta, cheio de espinhas e dentuço. Como eu odiava esse apelido.
Mas, idêntico a você, hoje possuo outras alcunhas, dentre elas: direitista facista, reacionário, detonador de Marx, neo-puritano, fundamentalista destruidor de torres (pode?) etc.
Acho que podemos fundar uma confraria, que tal? (ha ha ha ha).
Cegonhão, digo, Alfredo.
Caro Rev. Brutus!
ResponderAqui é a Bispa Juvenilda!
O sr. vai ficar mto feliz com a minha cartinha!
Sou a ex-mulher do Apóstolo Juvenal. Ah... sim, como eu trabalhava mto na obra, passando de obreira a diaconiza, e já sendo mesmo meio pastora por estar sempre junto dele e da obra, acabei mesmo sendo Bispa. Aconteceu q chegando sempre tarde em casa, tinha q catar chinelo dele, pegar jornal pelo chao, e claro, fazer comida! Afff...uma loucura! E imagine o sr.! Bem q o sr. disse q ele era “rebelde às autoridades”! Ele nao me ouvia como “pastora dele”! Pode??? As coisas foram ficando difíceis, imagine, administrar os negócios da igreja com quase 2 mil pessoas e essa correria toda! Mas, foi melhor a separaçao, pois como diz o Apóstolo Sao Paulo, “Deus nos fez para paz”!
Mas nao foi pra falar de mim q estou escrevendo.
É q considero q sr. tenha sido mto duro com o Juvenal! Tadinho! Ele é tão sincero! Viaja tanto pelo mundo afora [graças a Deus q ele tem sido abençoado e pode ir de primeira classe, é verdade, mas tbém, + q merecido!]. E olha, a igreja dele é um sucesso! [A q eu dirijo entao, nem falo!]. Mas, o chamado dele para o apostolado foi igualzinhho ao de Paulo (At. 9.7) [e semelhante ao do Daniel tbém (Dn. 10.7) ! Só Juvenal viu!
A maioria dos membros é dizimista, e estao prosperando vertiginosamente! Fazem ofertas alçadas e as entregam aos levitas! [na sua igreja tem levitas?] Embora alguns dos adultos ainda sejam um pouco agarrados à lei, outros já entenderam que “nao estamos debaixo da lei, mas sim da graça”, por isso podem ir aos “happy hours” beber com os amigos para uns drinkizinhos, pois é claro, "eles nao devem sair do mundo". Nao vejo nada de mais se alguns deles dao umas baforadas nums cigarrinhos tbem! Ninguem é de ferro!
E é até bom, pois assim, as pessoas [com quem eles saem] nao imaginam q crentes sejam gennte careta! Já os filhos deles andam e namoram só com pessoas boas, de bem, gente séria, e assim trazem gente de fora para a igreja! [olha q bom!] Aliás, até têm casado com elas. Bom, né?! pois assim "nao se inflamam". Aliás, esse pessoal adora se envolver nos trabalhos da igreja. Fazem café, servem as mesas, ensaiam peças teatrais, cantam, entre outras atividades, como acampamentos, chás, jantares e tantas outras. O nosso culto é a maior alegria! “Venha e veja”! por isso q a nossa igreja está crescendo, e gostaria de convidar o sr. para a inauguraçao do novo prédio! Olha, qdo quiser, ou eu, ou o Ju mesmo, poderemos ir pregar na sua igreja! Levo todos os levitas; só peço q antecipe q nao aceitamos pagamento: apenas ofertas espontâneas e de bom coraçao, pouca coisa, só para pagar a gasolina e lanchinho. Um grande abraço, reformando sempre e sempre reformada, Bispa Juvenilda!*
* Angelica Mansano
;)
Graça e Paz do Nosso Senhor Jesus Cristo.
ResponderDileto Irmão Conservador,
Não sabia que estas práticas são procedentes e estavam ligadas à este movimento que impera no meio pentecostal cuja influência remete-se a Peter Wagner e cia ltda e tão pouco conhecia este tal Rony Chaves da Costa Rica que está fazendo tanto estardalhaço pelo mundo afora.
Realmente, precisamos nos esforçar para manter a doutrina santa contra estes que querem perverter a santidade da igreja de Cristo, mas como disse o Dr. Kenneth Talbot no DVD Amazing Grace - The History and Theology of Calvinism, o Calvinismo não poderá ser derrotado, pois é a verdadeira explanação do evangelho de Jesus Cristo e este é invencível sendo assim, Rony Chaves terá que engolir muito dos Calvinistas. rsrsrsrs
Por isso que se levantem os Falsos Mestres, Falsos Apóstolos e Falsos Cristos que responderemos com propriedade no temor do Senhor embasados nas Escrituras Sagradas e não com a invencionice destas mentes obtusas inspiradas pelo espirito que opera neste mundo corrupto.
Irmão Cleodoval, eu creio que este tipo de coisa seja a manifestação do Falso Profeta descrito em Ap 13. Bom, como sou Amilenista, digo que toda a manifestação de falsa religião e falsa doutrina que apareça na atual dispensação refere-se ao Falso Profeta que segue as ordens de Satanás, cito aqui o comentário de Apocalipse de William Hendriksen - Mais que Vencedores, publicado pela CEP pág. 203 onde encontramos Hendriksen falando algo muito interessante: "Embora essa besta se apareça exteriormente com o Cordeiro, ela esconde um dragão no seu interior. Noutras palavras, ela surge de modo atraente e chamativo aos olhos. A besta parece muito inocente: um pequeno e lindo cordeirinho, um bichinho de estimação para crianças. Mas sua fala revela seu pensamento interior, sua vida, sua essência e seu caráter. Ele fala como o próprio Diabo! Essa segunda besta, de conformidade com isso, é a mentira de Satanás proferida como se fosse verdade. É Satanás transvestido de anjo de Luz (II Co 11:14)." Podemos ver que aparência de piedade eles têm, mas não querem desenvolver a mesma no povo, seus objetivos são outros.
Bom, creio que os comentários aqui sobre esse assunto não são de cunho escatológico, só fiz um pequeno gancho com o comentário do irmão Cleodoval para salientar quão danoso são estes que falsamente se intitulam "Apóstolos" na Igreja Cristã. O assunto se torna um pouco delicado uma vez visto por este ângulo, mas que o Senhor nos ajude em toda estas dificuldades.
Em Cristo,
André Geske
Augustus;
ResponderPrimeiro, parabéns. Ótimo texto que glorifica teu criador e redentor.
Segundo ... Rapaz... só hoje consegui tempo para ler. E, enquanto lia, pensei em responder em nome de uns 'juvenais' que me azucrinam por aqui. Quando li os comentários, vi que alguém o fez antes de mim e apareceu até a esposa (ou será que é ex-esposa) dele a Juvenilda.
Aprenda com minha demora e registre logo essa Igreja em tudo que for órgão de credenciamento ... 8^)
Agora, deixando de lado a brincadeira ...
Há cinco anos atrás, um "cabra safado" ficou debaixo de minha janela expulsando de mim o "demônio do conservadorismo" (só não foi engraçado por ter ofendido profundamente minha família).
Na mesma semana um grupo de "minhas ovelhas", que eram assíduos a reuniões de oração na casa de uma profetisa, divulgou uma revelação de que deveriam permanecer na Igreja em que eu pastoreava, pois haviam recebido uma revelação de que antes de meu terceiro ano na referida igreja, as orações deles seriam atendidas, e eu haveria de me converter, pois esse era "O MOVER DO ESPÍRITO".
Fui atrás dessa expressão que me pareceu sui generis. Encontrei-a numa espécie de Conselho de Apóstolos (do qual você falou ao Juvenal). Não sei como estão hoje, mas na época jogavam bandeiras de todos os países no rio Arkansas e em função do movimento das bandeiras interpretavam o tal "Mover do Espírito".
Se quiser verificar, eles possuem um site: http://www.generales.org/
Abraços companheiros de lutas, mal-entendidos e vitórias.
Fôlton
Angélica,
ResponderSua paródia está impagável! Parabéns!
Alfredo,
Eu amava esses apelidos que costumávamos colocar uns nos outros no Seminário: Pé na Cova, Rolha de Poço, Tizio, Mula Baia, Xuxa, Trovoada, Capiloton, Calango... a lista é enorme e agora acrescento Cegonhão à lista dos 10 melhores.
Grande Folton,
Pois é, não foram profecias contra vocÊ, foram profetadas...
Vou ver o endereço que vc mandou.
Grande abraço!
Caro Augustus, gostaria de saber se você tem uma opinião contrária a qualquer tipo de igreja independente (independente de denominação)? Faço a pergunta por conta dos pontos 5 e 6 da carta ao Juvenal. Entendo que a "independência" abre portas para muitos erros como temos visto, mas você vê a independência por si como um erro?
ResponderCaro Augustus,
ResponderQuando pastorei no interior da Bahia, tinha um "Juvenal" que fazia os fiéis praticarem a circuncisão. Nessa mesma região, tinha um missionário "juvenal" que fazia diminuição de barriga sem cirúrgia bariátrica...que tentação que eu tive...risos
Parabéns pelo post! Rico em todos os sentidos!
abs,
Ricardo Rios.
Caro professor,
Responder...é bom dar umas risadinhas de vez em qdo, né?! O problema é q a situação é mesmo trágica! Mas, pra fabricar a "Juvenilda" usei experiências recentes e reais, obtidas até no meu ambiente de trabalho com alguns dos meus pobres pacientes! A fulana é a encarnaçao de uma esposa de um desses pacientes, q já nao bebe mais, que já diminuiu o fumo para 1a 2 cigarros/dia, mas q nem quer saber (mais) da Igreja. Ela é uma dedicada obreira de uma igreja, compromissada na pregaçao pela redondeza, que qdo o marido chega ela já saiu, sendo dele a funçao de preparar o próprio jantar. Ela só volta depois da meia-noite! Ela tapa a boca do pobre com suas atividades religiosas, e porque é ela "quem traz dinheiro pra casa". Além disso, teve um marido de quem nao havia se desvencilhdo até essa tarde, e isso por conveniências porque recebe pensao dele [sic]; do atual usa o "sobrenome" qdo tbém convém [sic]. Mas essa é de pouca cultura. O mais legal é o caso de uma certa pastora, "reformada e calvinista", formada em seminário paranaense, mãe solteira; certa vez usou o texto de Rm. 1-2 para me "agredir" teologicamente. A transormaçao q ela queria q eu entendesse era "evoluçao do pensamento" nao só qto à aceitaçao do presbiterato feminino, como na forma de crescimento da igreja. Nao me lembro se dei pra ela uma cópia do "Crescimento da Igreja: com Reforma ou Avivamento". O finalzinho da carta é uma "homenagem" a ela. Abraço, angélica.
Graça e paz, rev. Augustus!
ResponderO post foi excelente, como de costume. Serve para que alertemos a nós mesmos e também a todos que nos cercam, pois as Escrituras afirmam que o fim dos tempos seria precedido por uma grande onda de falsos profetas. É tempo de buscar ao Senhor, enquanto se pode achar!
Quanto aos apelidos de seminário, uma curiosidade: quem inventava apelidos no seu tempo eram os colegas do Nordeste? Nós, do primeiro ano do JMC, sofremos nas mãos deles... rsrs
E hoje os apelidos (até eles!) estão se pentecostalizando: em nossa turma, temos o "Rev. Pé-de-Brasa" e o irmão "Sapato de Fogo". Tudo isso graças a vídeos que estão "bombando" no YouTube, como este: http://www.youtube.com/watch?v=NFE9C8ONXKo
Um grande abraço!
Rev. Augustus,
ResponderSabe, não lhe conheci como Brutus e sim como o "temido" Rev. Augustus Nicodemus Lopes. Isso foi em 2003 no SPN. Eu era calouro. Ficava preocupado, ansioso. Iria ter aula com O CARA. Primeiro dia de aula.. Minha surpresa, o "temido" não era um monstro. Era um homem simples naquilo que deveria ser, mas era e é "temível" no que tem de ser. Era um mestre, um pastor, um brincalhão. Não esqueço do episódio da correção de uma prova. Talvez o senhor nem lembre. Quando entregou a prova, havia cometido um erro. Queríamos rever isso, mas quem diria ao Dr. Augustus que ele errou... Fui encarregado... hauhauhaua... tentei ser o mais cuidadoso possível... Afinal de contas, não queria acusar o Dr. Augustus de ter errado... Foi então que o senhor disse: Não meu irmão, vocês não estão enganados, não, EU ERREI! Vocês estão certos... Aprendi muito de hermenêutica naquele semestre no SPN. Lembro-me de um debate que houve acerca de ordenação feminina. Ao final o "oponente" disse: na verdade em nem defendo tanto a ordenação feminina, apenas fui convidado.
Pastor, aqui na Paraíba (nossa boa terrinha) alguns têm surgido com seus pseudo apostolados, mas ainda não é tão grande essa febre.
Nesses dois anos de ministério tenho visto de tudo. Tem unção de tudo.
Creio que nosso desafio como pastores é batalhar diligentemente pela fé que definitivamente foi entregue aos santos (Jd3).
Tenho tentado escrever alguns artigos relavantes em meu blog. Se quiser fazer uma visita: ortopraxia.blogspot.com
Deus lhe cuide pastor!
Caio Peres,
ResponderEu sou presbiteriano e por definição creio em presbitérios e concílios como uma forma bíblica de organizar igrejas. A dificuldade com igrejas independentes é que elas acabam por ficar sem supervisão e que seus pastores e fundadores não têm a quem prestar contas. Essa falta de obrigação de das contas dos atos espirituais, administrativos, doutrinários e financeiros é problemática e acaba abrindo portas para arbitrariedades, desmandos e autoritarismo. Nem sempre, é verdade, mas é a tendência.
Abraços.
Obrigado por esclarecer sua opinião.
ResponderO texto é excelente e muito oportuno! O senhor enfrentou com propriedade a questão. Só teria uma coisa a divergir: o "dom das curas" (I Co 12.9, na Bíblia de Jerusalém), pelo que entendo, ainda existe, não sendo peculiar ao dom de apóstolo (I Co 12.9).
ResponderReverendo uma pergunta fora do assunto: o senhor vai comparecer em brasilia no dia 20/10 no instituto mackienzie?!
Responderpor favor peço a resposta!
Estarei, sim, Se Deus permitir. Vou traduzir Dr. Merold Westphal no Mackenzie de Brasilia, que vai falar sobre fé e razão, às 19h30.
ResponderAbraços.
Queridos Augustus e Alfredo,
ResponderPodem contar comigo para a confraria! Mas olha, sem apelidos, hein? :-D
Essa história de "apóstolo" é mesmo um terror!
Grande abraço!
Caro Rev. Augustus
ResponderParabéns pelo excelente artigo.
Só uma dúvida: quem é o Mário, amigo comum entre o amado e o Juvenal?
Mário Arruda
Mário,
ResponderHuahauhauhau, Mário é também uma personagem fictícia. E com certeza não é o Mário Arruda...!
Abraços!
Augustus,
ResponderObrigado pelo post. Expressou o que está entalado na garganta de muita gente pelo Brasil afora. É triste ver o rumo que muitas igrejas têm tomado e, pior ainda, perceber que há uma massa de pessoas que parece não saber discernir a mão direita da esquerda.
Um abraço,
Caro Rev. Augustus Nicodemus,
ResponderEssa carta está ótima e deveria ser enviada para os outros “apóstolos” do Brasil. Entretanto, para andar meio que na contramão dos outros comentários, que estão na maior parte lhe elogiando (e corretamente, diga-se de passagem) tenho algumas ressalvas quanto a algumas assertivas do senhor.
Como dito por um irmão acima, tem que ter muita coragem para dizer que o Dr. Augustus Nicodemus errou. Talvez eu mesmo esteja errado. Mas vou tentar compartilhar de minhas divergências e quem sabe chegaremos a um denominador comum.
O senhor fez a seguinte observação: “Você faz os mesmos milagres que os apóstolos fizeram? [...] Você se incomodaria em me deixar participar de uma daquelas reuniões de cura que você anuncia em seu programa, para que eu entrevistasse as pessoas que dizem ter sido curadas? Não me leve a mal, mas é que tem muita charlatanice nesse meio, muita gente que é paga para dar testemunho falso de cura, muitos que pensam que foram curados quando no máximo foram sugestionados nesse sentido.[...] eu não creio é que existam hoje pessoas com o dom apostólico de curar simplesmente pelo comando verbal...
Por suas afirmações supracitadas, se entende que o senhor não crer na atualidade dos dons de curar. É verdade que existe muita charlatanice hoje em dia e muitas pessoas que se dizem curada foram apenas sugestionadas nesse sentido. Acredito ser a grande maioria dos casos. Entretanto, mesmo existindo tudo isso, não quer dizer que não haja casos legítimos.
O senhor parece fazer uma certa hierarquia de milagres, quando fala : “Não me refiro a curas em massa de pessoas que não têm CPF nem endereço e que foram curadas de males internos como enxaqueca, espinhela caída, pressão alta, etc. Refiro-me à curas daquele tipo efetuadas pelos apóstolos de Cristo, de aleijados, surdos, cegos, paralíticos,” ... Como se estas curas fossem mais “difíceis” de se concretizarem que aquelas. Ora, o mesmo Cristo que ressuscitou mortos, curou a sogra de Pedro de uma simples febre. Quem sabe a importância de uma cura é quem está doente, mesmo que para os outros seja uma bobagem.
A Bíblia relata a vida de homens de Deus, que pregavam a Palavra dEle com autoridade mas mesmo assim não operaram milagres nem prodígios. É o caso de João Batista. E também nos conta que milagres aconteciam não somente na vida dos apóstolos. Como por exemplo, Estevão e Ananias. Em Tg 5.16 diz que a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos, e Tiago chega a citar o profeta Elias como um de nós, meros “mortais”.
Não tenho muito material sobre história da Igreja, mas Eusébio de Cesareia relata alguns milagres que aconteceram depois da era apostólica entre os cristãos. E Agostinho no livro Confissões, também fala sobre milagres extraordinários que aconteceram nos seus dias. Não sei até que ponto essas informações históricas são verídicas, mas faço a seguinte interrogação: Onde na Bíblia diz que os dons de curar cessariam com o fim da era apostólica? Apesar de saber que muitos dos sinais e prodígios registrados nas Escrituras não aconteceram ao longo da era cristã e que muito provavelmente não acontecerão mais, Jesus Cristo ainda é o mesmo Hb 13. 8
Uma coisa também que não ficou claro para mim foi quando o senhor disse que “o dom apostólico de curar simplesmente pelo comando verbal”, como se os Apóstolos pudessem curar quem quisesse e na hora que bem entendessem. O que parece que não era bem assim já que alguns homens de Deus que conviviam com os Apóstolos sofriam de algumas doenças, como Timoteo, Trófimo e Epafrodito. E o primeiro destes até sofria de um mal que o Apóstolo Paulo lhe receitou um “remédio”da época. Se os Apóstolos podiam cura apenas pelo comando verbal, por que Paulo não agiu assim? Será porque simplesmente ele não queria? Na minha concepção, é porque a cura era e ainda hoje é realizada conforme a vontade soberana do nosso bondoso Deus. Não adianta querer ficar por ai “determinando” cura, quando ele não quer curar.
Posso está completamente equivocado sobre o que acredito, ou pelo menos parcialmente. Entretanto, como Protestante me sinto no direito e até na obrigação de questionar quando necessário. Pois somente as Escrituras são infalíveis.
Um abraço,
Joabe Ferreira
Joabe,
ResponderNão precisa ter coragem nenhuma para dizer que eu errei. Tenho errado muitas vezes e profetizo que errarei ainda outras. Portanto, fique à vontade, dentro do mais legítimo espírito protestante de protestar, e ao sentir que é sua obrigação me corrigir.
É claro que discordamos e não é minha prática perpetuar aqui nesse espaço do blog uma discussão interminável, especialmente sobre esse assunto de cessacionismo versus contemporaneidade de alguns dons. Vou lhe responder apenas no sentido de esclarecer melhor minha posição.
1 -- Eu não disse que não creio em milagres hoje. Disse apenas que não acredito que tenhamos em operação hoje o dom apostólico de curas. Meu raciocínio é simples. Se não temos mais apóstolos, não temos mais aquilo que caracteriza os apóstolos, como o dom de curar, a inspiração, a infalibilidade e a capacidade de produzir Escrituras. Jesus é o mesmo, ontem, hoje e eternamente, mas só levantou apóstolos naquele período. Eu creio que existam casos legítimos de cura hoje. Não neguei isso. Apenas não vejo qualquer evidência de que existam pessoas com o dom de curar que os apóstolos tinham.
2 -- Paulo se refere claramente aos sinais e prodígios como as credenciais de um apóstolo em 2Coríntios 12:12. As outras pessoas que você menciona e que fizeram sinais no livro de Atos, foram do círculo apostólico: Estêvão e Felipe, que receberam imposição de mãos e odernação dos apóstolos, e Ananias que foi comissionado diretamente por Jesus CRisto para o caso especifico de Paulo. Aliás, não se diz que esse último tinha o dom de curar -- ele foi levantado para abrir os olhos de Paulo e depois não temos mais notícias dele, ficando difícil afirmar que ele tinha o dom de curar.
3 -- Não faço hierarquia de milagres. É claro que é preciso o mesmo poder para curar diretamente uma dor de cabeça e AIDS. Todavia, você há que reconhecer que os deficientes com síndrome de Down quase não aparecem na lista das curas modernas, enquanto que curas de males internos são inumeráveis. Se é o mesmo poder, onde estão os deficientes mentais curados? A "hierarquia" que eu quis estabelecer foi entre males internos e sem possibilidade de comprovação (a não ser o testemunho das pessoas) e os males externos como deficiências físicas e outras que podem ser comprovados mais facilmente.
4 -- Acho que você não deveria ter apelado para a História da Igreja para provar seu ponto, pois ela é muito mais favorável ao meu. A maioria esmagadora dos dois mil anos de história da Igreja é passada em silêncio quanto ao dom de curar -- a não ser as curas feitas com relíquias e pelos santos da idade média e depois. Dentro da tradição cristã protestante, o silêncio é quase que absoluto. Nenhum dos grandes homens de Deus que fizeram a história da Igreja reivindicou esse dom. Portanto, a História da Igreja confirma meu ponto.
5 -- Você também não deveria ter citado Hebreus 13.8, que fala que Jesus é o mesmo sempre, para provar a continuidade dos dons de curar. Primeiro, porque esse não é o ponto do autor no contexto. Segundo, porque uma coisa é a imutabilidade de Cristo. outra, a sua metodologia e sua estratégia. Deus é o mesmo sempre. Contudo, ninguém hoje espera que ele abra um rio ao meio para seu povo passar, que ele alimente 40 anos um poco com pão caído do céu e que lhes dê sandálias que não se gastem por esse período. Ele é o mesmo, Joabe, contudo, ele age de maneiras distintas em diferentes períodos da história. Não confunda a imutabilidade de Deus com mesmice.
6 -- Há um ponto dem que você pode estar correto. Eu provavelmente não deixei claro que meu ponto é que os apóstolos, quando davam o comando verbal de curar, as curas aconteciam infalivelmente. Isso não exclui que Às vezes eles não curaram pelo comando verbal algum doente, como você corretamente mostrou. Meu ponto, todavia, é que quando eles diziam "fica durado", as pessoas ficavam sãs. E é isso que não vejo hoje. E acho que nem você. E para mim, é isso que caracteriza o dom de curar exercido pelos apóstolos.
Obrigado pela oportunidade de clarificar meu post. Creio que concordamos na maior parte das coisas. E nas outras, a amizade permanece a mesma.
Abraços!
Esse apóstolo Juvenal não é aquele que se candidatou nessa última eleição em São Paulo?
ResponderÉ bom avisar para ele que na câmara dos vereadores não tem púlpito.
A paz
Tales
P.S: pura ficção.
Rev. Augustus Nicodemus,
ResponderRealmente concordamos na maior parte e acho não ser necessário perpetuar demais sobre esse assunto. Mas vou pedir a oportunidade para uma réplica, para também clarificar meu ponto de vista e para pedir um esclarecimento.
1. Como disse anteriormente, não possuo material da historia da igreja, coisa que pretendo logo sanar. Entretanto, Agostinho fala dum caso de um cego que passou a enxergar E Eusébio de uma personagem chamada Narciso (acho que era Bispo) que era operava alguns sinais e prodígios. Mas isso não vem muito ao caso, já que o senhor já falou que a maioria esmagadora dos dois mil anos de história da Igreja é passada em silêncio quanto ao dom de curar .
2. Vou repetir o que falei sobre Hb 13.8 : “Apesar de saber que muitos dos sinais e prodígios registrados nas Escrituras não aconteceram ao longo da era cristã e que muito provavelmente não acontecerão mais, Jesus Cristo ainda é o mesmo Hb 13. 8.” Ou seja, não quis falar de mesmice e sim da capacidade do SENHOR Jesus de realizar os mesmos milagres relatados nas Escrituras, embora concorde que essa possibilidade seja remota de acontecer nos dias atuais.
3.Agora peço um esclarecimento sobre uma dúvida que surgiu nesta nossa interação. Eu entendo que os dons do Espírito na vida dos Apóstolos e de outros crentes eram apenas manifestações que eram dadas para o que fossem úteis. Ou seja, os dons apenas se manifestavam na vida deles, mas não eram propriedades dos mesmos. Na minha concepção seria assim: uma hora o Espírito usava alguém com os dons de curar, outras vezes com operação de maravilhas, outro com palavra de sabedoria e assim sucessivamente. Isso explicaria casos como os de Timoteo, Trófimo e Epafrodito que Paulo não os curou já que ele não “possuía” o dom de curar. Se não era assim, como era então? Sinceramente, peço uma orientação.
Agradeço pela oportunidade de interagir.
Um abraço ,
Joabe
Joabe,
ResponderOK, entendi seu ponto mais claramente. Sobre sua indagação, eu também penso como você quanto aos dons serem usados quando o Espírito entendia que deveriam. O que eu quis dizer é que o dom de cura, a julgar pelo que lemos nos Evangelhos e no livro de Atos, foram exercidos quase que exclusivamente pelos apóstolos e sempre de forma infalível. Eles não usavam sempre (como você corretamente mostrou) mas quando usavam, era sempre eficaz, as pessoas eram invariavalmente curadas.
Grande abraço!
Rev Augustus
ResponderEu poderia escrever mais um longo texto e creio que o senhor outro maior ainda.Contudo tenho que adimitir que talvez esse não tenha sido o artigo mais ideal para eu tratar desse assunto.Quem sabe em outra oportunidade ?
Obrigado mais uma vez por ter interagido comigo.
Em Cristo,
Joabe.
belo discurso joabe
Respondermelhor ainda do reverendo foi muito grande em aceitar uma colocaçao diferente
estou assitindo de camarote pois infelizmente nao tenho conhecimento sulficinete para dialogar sobre o assunto com os senhores mas espero nao perder a fe nesse seminario virtual
Reverendo,
ResponderGostei. Aqui também temos um tal "apóstolo Tadeu, que se promoveu nos estatutos da igreja que fundou, de presidente vitalicio" Já pensou?!
Um Irmão meu amigo me disse que ai já existem de "pai-apóstolo", um nível superior de apóstolo, é isso mesmo?
Que o Senhor tenha misericórdia. Afinal somos tão somente servos do Senhor Jesus, que é o mesmo que dizer: "escravos" Era isso que Paulo, o apóstolo do Senhor se denominava. E há gente que quer é "titulo" que dê prestígio.
Um abraço Reverendo.
Pr. Manuel Luzia
Dr. Augustus:
ResponderExcelente texto. Muito oportuno. Parabéns.
Um importante reparo quanto à sua observação sobre as igrejas independentes: normalmente, as igrejas que não estão submetidas à autoridade denominacional, são congregacionais, e, assim, os pastores, presbíteros e diáconos respondem à congregação. É à congregação que eles devem prestar contas. A congregação, portanto, reconhece em seu meio pessoas que reunem aquelas características bíblicas para o pastoreio, chama-as para o ministério e submete-se à sua autoridade espiritual. Esses homens, os que foram separados, devem ser agora os responsáveis pela identificação e preparo, no meio da congregação, de outros homens que continuarão o trabalho de supervisão espiritual e ensino da congregação. Esse me parece ser o modelo bíblico. Atos 15, ao que me parece, não legitima o modelo sinodal e conciliar. Aquele concílio foi necessário por conta do nascimento da igreja - assim como o foi a instituição apóstolica - que agora, como ambos concordamos, está extinta. Penso que a doutrina do sacerdócio do crente nos auxilia a ver como viável a independência da igreja em relação a entidades fora dela, como uma denominação. A Igreja coopera com outras igrejas, mas não está debaixo da autoridade de entidades políticas. Penso que a melhor maneira de identificar as igrejas que podem cooperar entre si é uma confissão comum de fé. Assim, é o próprio povo de Deus é quem supervisiona o testemunho dos presbíteros. Recentemente, li um livreto chamado "Display's for Gods Glory" que ajudou-me bastante a reforçar essa convicção. Obrigado pelo espaço e que Deus te abençoe.
R. Barbosa
Boa tarde irmão Nicodemus. Venho parabeniza-lo não só por este texto, nem somente pelos seus posts mas por seu livro:O que estão fazendo com a Igreja.
ResponderSou aluno de teologia, diácono e um inconformado com "esse outro evangelho" que estão propagando com usos e costumes associados a Teoria da Prosperidade e Teoria da Retribuição.
Seus textos têm sido uma inspiração para continuar a carreira, já que em minha cidade e até em minha igreja esse cancêr já dominou.
Gostaria de pedir autorização para colocar o link de seu blog no meu:
http://ecclesiareformanda.blogspot.com/
Gostaria também, por favor de pedir para reproduzir com os devidos créditos seu texto em meu blog.
Desde já agradeço.
Ave Crux, unica spes!
Alberto,
ResponderAutorizado!
Abraços.
Muito obrigado...
ResponderJá está publicado.
Abraços
Deus o abençoe
Alberto
Rev. Nicodemos
ResponderMuito boa a sua argumentação refutando esses erros. Quando se trata de título, e principalmente nesses caso de apóstolo, o que está em evidência não é a função do apóstolo, mas o status, ou seja, as pessoas se auto afirmam apóstolos, porque o apostolado não é sinal de ser enviados, mas de uma autoridade acima de tudo e de todos, até mesmo da própria bíblia. Se repararmos, quantos desses apóstolos desenvolvem fielmente o mesmo papel daqueles apóstolos que a bíblia registra? Aqueles eram humildes e simples, estavam sempre levando a Palavra transformadora, deixaram status, riquezas e tantas coisa mais. Definitivamente não existem apóstolos hoje, ou, não se fazem apóstolos como antigamente?
Neuvair Sinzervinch.
Rev. Augustus, parabéns pela firme argumentação e intenção com o texto. Que ele sirva como alerta ao povo de Deus quanto aos obstinados pelo poder e reconhecimento público em nome do Evangelho.
ResponderUm grande abraço meu irmão !
excelente...esclarecedor... muitos "apóstolos milagreiros" devem estar enlouquecidos... rs..gostaria de passar a receber as atualizações deste blog. Como proceder??meu mail é lenzief@gmail.com
ResponderAugustus,
ResponderQuero fazer 2 agradecimentos o primeiro coragem e pela bela crítica aos "apóstolos" do nosso século. E o segundo pelo ótimo estudo sobre o apostolado que acabou ficando anexo ao post.
Parabéns!!!
Saudações amado irmão em Cristo
ResponderConcordo contigo acerca do que tem publicado. Tem uma turma de vendilhões que abusam da "boa fé" das pesoas que querem sucesso, dinheiro, status... Um monte de heresias.
A Pazso Senhor Pastor.
ResponderConcordo plenamente com o seu post, até por que da forma como as coisas estão indo daqui a pouco, como já ouvi algum dia desses, eles vão se autonomear "semi deus". Parabéns por este post tão inspirado!
Graça e paz Reverendo Augustos!
ResponderAs vezes sinto-me como se estivesse sozinho, ai leio um post como esse, e tenho mais convicção de continuar a protestar contra o erro.
grande abraço!
Agora tem paipostolo + patriarca = a "cruzcredo"
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