Vou aproveitar um comentário feito no post anterior por uma de nossas leitoras para abordar mais um argumento freqüentemente usado para justificar danças no culto. Na verdade, não somente danças, mas as coisas das mais estranhas têm sido justificadas no culto, como cair no Espírito, trenzinho de Jesus, tremedeiras, salto mortal, usando-se as palavras de Paulo em 2Coríntios 3:17:
Ora, o Senhor é o Espírito; e, onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.
O argumento vai mais ou menos assim: quando o Espírito de Deus está agindo num culto, Ele impele os adoradores a fazerem coisas que aos homens podem parecer estranhas, mas que são coisas do Espírito. Se há um mover do Espírito no culto, as pessoas têm liberdade para fazer o que sentirem vontade, já que estão sendo movidas por Ele, não importa quão estranhas estas coisas possam parecer. E não se deve questionar estas coisas, mesmo sendo diferentes e estranhas. Não há regras, não há limites, somente liberdade quando o Espírito se move no culto.
Assim, um culto onde as coisas ocorrem normalmente, onde as pessoas não saltam, não pulam, não dançam, não tremem e nem caem no chão, este é um culto frio, amarrado, sem vida. O argumento prossegue mais ou menos assim: o Espírito é soberano e livre, Ele se move como o vento, de forma misteriosa. Não devemos questionar o mover do Espírito, quando Ele nos impele a dançar, pular, saltar, cair, tremer, durante o culto. Tudo é válido se o Espírito está presente.
Bom, tem algumas coisas nestes argumentos com as quais concordo. De fato, o Espírito de Deus é soberano. Ele não costuma pedir nossa permissão para fazer as coisas que deseja fazer. Também é fato que Ele está presente quando o povo de Deus se reúne para servir a Deus em verdade. Concordo também que no passado, quando o Espírito de Deus agiu em determinadas situações, a princípio tudo parecia estranho. Por exemplo, quando Ele guiou Pedro a ir à casa do pagão Cornélio (Atos 10 e 11). Pedro deve ter estranhado bastante aquela visão do lençol, mas acabou obedecendo. Ao final, percebeu-se que a estranheza de Pedro se devia ao fato que ele não havia entendido as Escrituras, que os gentios também seriam aceitos na Igreja.
Mas, por outro lado, esse raciocínio tem vários pontos fracos, vulneráveis e indefensáveis. A começar pelo fato de que esta passagem, "onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2Cor 3:17) não tem absolutamente nada a ver com o culto. Paulo disse estas palavras se referindo à leitura do Antigo Testamento. Os judeus não conseguiam enxergar a Cristo no Antigo Testamento quando o liam aos sábados nas sinagogas pois o véu de Moisés estava sobre o coração e a mente deles (veja versículos 14-15). Estavam cegos. Quando porém um deles se convertia ao Senhor Jesus, o véu era retirado. Ele agora podia ler o Antigo Testamento sem o véu, em plena liberdade, livre dos impedimentos legalistas. Seu coração e sua mente agora estavam livres para ver a Cristo onde antes nada percebiam. É desta liberdade que Paulo está falando. É o Senhor, que é o Espírito, que abre os olhos da mente e do coração para que possamos entender as Escrituras.
A passagem, portanto, não tem absolutamente nada a ver com liberdade para fazermos o que sentirmos vontade no culto a Deus, em nome de um mover do Espírito.
E este, aliás, é outro ponto fraco do argumento, pensar que liberdade do Espírito é ausência de normas, regras e princípios. Para alguns, quanto mais estranho, diferente e inusitado, mais espiritual! Mas, não creio que é isto que a Bíblia ensina. Ela nos diz que o fruto do Espírito é domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Ela ensina que o Espírito nos dá bom senso, equilíbrio e sabedoria (Isaías 11:2), sim, pois Ele é o Espírito de moderação (2Tim 1:7).
Além do uso errado da passagem, o argumento também parte do pressuposto que o Espírito de Deus age de maneira independente da Palavra que Ele mesmo inspirou e trouxe à existência, que é a Bíblia. O que eu quero dizer é que o Espírito não contradiz o que Ele já nos revelou em sua Palavra. Nela encontramos os elementos e as diretrizes do culto que agrada a Deus.
Liberdade no Espírito não significa liberdade para inventarmos maneiras novas de cultuá-lo. Sem dúvida, temos espaço para contextualizar as circunstâncias do culto, mas não para inventar elementos. Seria uma contradição do Espírito levar seu povo a adorar a Deus de forma contrária à Palavra que Ele mesmo inspirou.
Um culto espiritual é aquele onde a Palavra é pregada com fidelidade, onde os cânticos refletem as verdades da Bíblia e são entoados de coração, onde as orações são feitas em nome de Jesus por aquelas coisas lícitas que a Bíblia nos ensina a pedir, onde a Ceia e o batismo são celebrados de maneira digna. Um culto espiritual combina fervor com entendimento, alegria com solenidade, sentimento com racionalidade. Não vejo qualquer conexão na Bíblia entre o mover do Espírito e piruetas, coreografia, danças, gestos. A verdadeira liberdade do Espírito é aquela liberdade da escravidão da lei, do pecado, da condenação e da culpa. Quem quiser pular de alegria por isto, pule. Mas não me chame de frio, formal, engessado pelo fato de que manifesto a minha alegria simplesmente fechando meus olhos e agradecendo silenciosamente a Deus por ter tido misericórdia deste pecador.
quinta-feira, agosto 13, 2009
Liberdade do Espírito e Danças no Culto
Postado por Augustus Nicodemus Lopes.
Sobre os autores:
Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.
O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.
O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.
40 comentários
comentáriosCaro Rev. Augustus, parabéns mais uma vez. Foi no ponto, novamente. Nossos irmãos pentecostais se esquecem que a espada do Espírito é a Palavra (Ef 6.17). Ele não luta sem ela! Grande abraço, Ageu.
ResponderA PAZ!!!
ResponderCONCORDO COM OS POSTS QUE O REVERENDO TEM DISPONIBILIZADO. PORÉM GOSTARIA DE FAZER UMA PERGUNTA: SE O NOVO TESTAMENTO É O CRIVO PARA O CULTO CRISTÃO,ENTÃO FALAR EM OUTRAS LINGUAS É VALIDO?
REVERENDO,POR MAIS ESTRANHO QUE PAREÇA SOU UM REFORMADO PENTECOSTAL(EQUILIBRADO,SEM EXAGEROS) SE É QUE ISSO EXISTE!
QUE DEUS CONTINUE A TE ABENÇOAR.
SOLA GRATIA
Augustus;
Responder1) Eu ainda não entendi o que realmente significa a expressão "mover do espírito". Em 2004/5, pesquisando na internet, o registro mais antigo que encontrei, foi de um grupo que joga as bandeiras dos países no rio Arkansas e deduzem da disposição que elas adquirem no remanso, onde devem investir com orações, missionários e dinheiro. Lá encontrei também "cobertura de oração".
2) Em um "culto", enquanto aguardava a vez de pregar, sentia tremores ritimados pelos instrumentos e nojo pelos artifícios que o cantor tentava usar para provocar euforia na igreja lotada. Não conseguindo generalizar ele terminou seus cânticos em tom de desabafo: "os mortos não louvam a Deus".
Ficou claro pra mim que ele queria induzir o tal movimento. Continua claro pra mim que o Espírito de Deus, no pecador que comparece diante dEle é levado a deprecar seus pecados e no salvo a ser grato por seus pecados terem sido levados à cruz.
ab
Fôlton
Caro, irmão Augustus, esta questão da dança liturgica não deve, nunca, jamais, fazer parte de algum culto.
ResponderLiberdade do Espírito Santo não é sinônimo de baderna e desordem, pois Deus é Deus de ordem. Vejo que a dança não é sinal de espontenaedade ou de liberdade no Espírito e sim ela também esta amarrada pelos passos e gestos que dela surgem. Assim, a própria dança tem um ritmo já determinado, como um bom calvinista eu diria "já eleito ou predestinado" por alguém. Penso que o Culto deve ser regido por elementos mencionados na Escritura e não elementos antropocêntricos. Deus deseja ser adorado do jeito que Ele deixou e não do jeito que eu quero. Sinceramente se pensarmos em um culto voltado ao homem, creio que nunca teríamos culto, pois não conseguíamos reuniar pessoas que gostassem de tudo. Minha mente me força a pensar porque, pessoas até intencionadas, forçam dança no culto? No demais, excente artigo, que Deus o abençoe
A metralhadora exegética do Rev. está munida. Que bênção!
ResponderGostaria de acrescentar que o padrão de Deus no tocante à adoração é "em Espírito e em verdade".
Esse padrão pode ser silencioso ou "estranho" como ocorreu em épocas de avivamentos, como John Wesley, Edwards, em que as pessoas caíam. Lloyd- Jones fala que a esposa de Edwards levitava.
O fato é que o Espírito é soberano, e não cabe a nós definir o que é espiritual.
Muitas vezes, e não poucas mesmo, o silêncio é muito mais agradável a Deus, uma vez que a algazarra tem causado escândalo aos incrédulos, os quais acham que os crentes são loucos.
O Pai procura verdadeiros adoradores.
Rev. li um livro interessante que aborda essas questões: Quando o Espírito vem com poder, da Editora ABU.
Achei interessante a abordagem do livro.
A paz
Tales
Bom dia
ResponderRev.
Tenho orado por sua vida e pela vida de sua família.
Que Deus continue a te usar.
Atenciosamente
Edson Junior
Natanael,
ResponderO que o NT ensina sobre línguas no culto está em 1Coríntios 14: que falem dois, no máximo três, em seqüência, e que haja intérprete.
Na minha interpretação, as línguas são idiomas humanos falados no poder do Espírito e não sons sem sentido. O dom de línguas é a capacidade de louvar a Deus em um idioma que a pessoa nunca tinha aprendido antes.
Se estas condições forem atendidas, eu não vejo problemas.
Grande Fôlton,
ResponderBoa pergunta. Eu deveria ter usado a expressão mover do Espírito entre aspas, "mover do Espírito", pois eu também não a considero uma expressão bíblica.
Obrigado pelas informações.
Grande abraço.
Rev. Nicodemus,
ResponderNão é por acaso que muitas denominações envergonham o Evangelho e muitos líderes abusam espiritualmente de suas ovelhas alegando o "mover do espírito".
Graça e Paz!
Ir. Anderson
A IPB da liberdade de espírito
ResponderHá alguns anos visitei uma igreja da IPB num bairro de uma grande capital de um importante estado brasileiro e quase cai duro.
Vindo de uma igreja histórica, fui supreendido pelo seguinte acontecimento:
O pastor impunha as mãos e e dizia : "receba, receba...". Os irmãos iam à frente e rodopiavam feito pomba gira,jogando-se no chão. Dias antes o pastor havia dito que pesquisara os terreiros de macumba em tempos idos. Seu argumento: se até os macumbeiros têm responsabilidade com o chefe deles, nós Cristãos, mais ainda, devemos adorar intensamente Deus, o nosso chefe.
IRMÃO TALES:AFIRMAR QUE; "O fato é que o Espírito é soberano, e não cabe a nós definir o que é espiritual." NÃO ME PARECE BÍBLICO,POIS SE FOR DESSA MANEIRA TEREI QUE ACEITAR TODAS AS CORRENTES TEOLOGICAS. JA PENSOU SE NÃO PUDESSE JULGAR A TEOLOGIA DA PROSPERIDADE, E OS TEÓLOGOS LIBERAIS. SERÁ QUE TODOS SÃO ESPIRITUAIS MESMO? SOMENTE PARA PENSARMOS: 1 TES. 5:19-21
ResponderREVERENDO, O SENHOR PODERIA ABRIR UM POST SOBRE 1 COR. 14.
ResponderLI UM LIVRO DO MARTIN LLOYDE JONES: DEUS O ESPIRITO SANTO,QUE O AUTOR APRESENTA UMA POSIÇÃO DIFERENTE SOBRE A QUESTÃO DE LINGUAS SEREM IDIOMATICAS. NA VERDADE ELE APRESENTA UM ARGUMENTO MUITO INTERRESANTE SOBRE A QUESTÃO DO DIA DE PENTECOSTE.SENDO ELE UM REFORMADO, SERIA INTERRESANTE O DEBATE.
SE O SENHOR JÁ ESCREVEU ALGO SOBRE O ASSUNTO PODERIA ME INDICAR ONDE ENCONTRO.
AGRADEÇO PELA RESPOSTA DO MEU COMETÁRIO ANTERIOR.
COM TODO RESPEITO,
NATANEL TUSSINI
SOLA A GRATIA
Sobre o que o Pastor vem escrevendo: as igrejas que têm adotado estas "coisas" estão deixando muitas pessoas sem rumo e desiludidas com o sistema "igreja". Li vários depoimentos no livro: Feridos em Nome de Deus, da jornalista Marília de Camargo César. Tudo acaba em abuso espiritual, onde nada pode ser questionado. Uma pena que muitos véus ainda não caíram...
ResponderPr.Nicodemos mais uma vez parabéns por esse comentário. Concordo com o seu ponto de vista a respeito da liberdade no culto. infelizmente os nossos irmãos pentecostais exageram na sua forma de cultuar.Baseio isso nas experiências que tive em igrejas dessas linhas de pensamento, nas quais presenciei aberrações feitas "em nome de Deus". Geralmente pessoas que defendem e praticam certos tipos de movimentos ditos "espirituais" são pessoas que ainda estão presas em práticas misticas que herdaram nas antigas religiões e através da cultura. é muito comum vemos "pseudo pastores" utilizando linguagens técnicas de religiões Afro (reuniões, trabalho em vez de culto; descarrego, encosto, mau olhado, etc.)para atrair as pessoas. é lamentável que esse tipo de pensamento tem atraído também igrejas históricas.
ResponderEm outro comentário que fiz a respeito da dança perguntei para o sr. a sua opinião sobre o uso da música gospel nos cultos. fiquei sabendo que as igrejas reformadas de Recife só usam os salmos para louvar a Deus, não permitindo outro tipo de louvor sem ser salmos, dizendo eles que os louvores atuais não são inspirados por Deus. o Sr concorda com esse ponto de vista?
Miguel silva-blog pena afiada
Pr. Nicodemus,
ResponderO problema é que a igreja está cedendo espaço para o mundo. A cada dia, se lança a uma novidade teológica, seja na liturgia, no evangelismo, na pregação, e, em nome de uma pretensa novidade, agrega-se aquilo que é reprovado pelas Escrituras, e também o foi pela Igreja ao longo dos séculos. Ao final, suaviza-se a mensagem do Evangelho, acomoda-se corações no pecado, a igreja deixa de ser um Corpo Vivo para se tornar em um zumbi, tudo em nome de Deus, mas sem observar a Sua vontade.
O que boa parte das igrejas fazem atualmente é, pura e simplesmente, desobedecê-lO, sem o menor pudor. Não que sejamos obedientes 100%, o tempo todo, mas de uma forma maligna tem-se abandonado toda e qualquer disposição de obediência à Palavra, revelando o desprezo a ela.
Logo, é mais do que natural se ver cultos pirotécnicos, evangelismo tribal e pregação de fundo-de-quintal (ecumênica na mentira, pragmática na sua aplicação).
A pergunta deveria ser, antes de se tomar qualquer decisão, seja na igreja, seja individualmente: estou em obediência ao Senhor Jesus?
Cristo o abençoe!
Rev., li os dois últimos posts e realmente tenho que admitir que essa interpretação do salmo 150 é polêmica e cheias de debilidades diante da evidência textual.
ResponderMas eu gostaria, então, de fazer-lhe uma pergunta: Dê-me uma base bíblica que tenha música no culto cristão, por favor. Espero resposta.
Amigos,
ResponderHá várias perguntas feitas nos comentários, vou tentar responder durante o fim de semana.
Abraços.
Sou da igreja reformado do REcife e não confirmo a informação do Miguel de que na igreja Reformada só se canta os salmos!isto não é verdade. cantamos os salmos metrificados de genebra e hinos tambem. não somos adeptos da salmodia exclusiva. só a título de esclarecimento
Responderabraços a todos Madson Marinho
Prezado Pastor Augustus,
ResponderConcordo com sua argumentação para excluir a dança como elemento de culto. Mas me permita ir mais longe:
- para que corais? e superbandas? e solos (antes e depois da mensagem)?
- para que peças teatrais, esquetes, jograis etc?
- para que homenagens às mulheres, ao pastor, às mães, aos pais, à pátria, à Bíblia etc?
- enfim, para que tanta parafernália, se Deus requer (ou aceita?) apenas as orações, os cânticos espirituais, a leitura da Palavra e sua respectiva pregação?
Não seria melhor acabar com tudo isso e voltarmos à simplicidade?
Na maioria das igrejas onde algumas ou todos esses elementos são parte do culto, a pregação é reduzida a um apêndice, ou a mensagem vai nessa linha de buscar agradar ao máximo o público (tudo em nome de e para Deus). E, pior, os crentes nessas grandes igrejas (é preciso ter estrutura, pessoal e dinheiro para manter tais programações) padecem de subnutrição espiritual. Mesmo nas históricas "adesistas".
Que devem fazer os crentes que amam a Palavra de Deus? Ceder a esses imperativos pós-modernos? Resistir como coluna e baluarte da verdade (correndo o risco de se tornar uma igreja sem expressão numérica)? Ou existe meio-termo nisso tudo?
Que Deus nos ajude a entender sua vontade para o nosso tempo.
Agostinho Vanderley/Belém
Prezado Rev. Augustus,
ResponderEste blog é simplesmente maravilhoso e seus posts também.
Mas, saindo do assunto do tópico, gostaria que me permitisse dirigir uma pergunta fora do texto.
Gostaria de perguntar ao reverendo se realmente ainda há refúgio para os calvinistas na IPB. Pergunto isso porque tenho ouvido coisas que me assustam e me entristecem muito com relação a essa grande e histórica denominação e também sobre as igrejas protestantes em geral.
Desculpe-me por ser tão direto e provavelmente tão fora de foco, mas creio que essa é uma pergunta que assombra muitas pessoas que buscam a sã doutrina reformada neste país.
Que Deus vos abençoe!
me chamo Daniel correia sou do recife e adimirador do rev. augustus,tenho estudado o assunto e comungo com ele dessa opiniâo aqueles que discordam, lá no fundo tem essa opiniâo porque a dança desperta algo que a faz sentir certo tipo de prazer carnal porem eles não adimitem.a medida que essa pratica cresce a igreja perde sua identidade como igreja de cristo e sal da terra pois essa é uma das praticas adotadas pela igreja emergente que esta chegando aqui com forca total fiquem na paz e parabens pelo assunto
ResponderQuerido Pastor, eu sugiro que os senhor releia e estude afinco todo o captulo de 2 Cor. 3, Porque Primeiro, não cabe a vc nem a mim, discutir o que é ou não é Espiritual, segundo o Espritito Santo de Deus é Dinamus, ele é dinamico. Acho que o senhor ainda não entendeu, que ele age do geito que ele quizer, da forma que ele quer , na hora que ele quer. A biblia nos ensina como se deve adorar, em esprirto e em verdade, se apresentando com mãos limpas e coração puro ( Em Santidade e Coração entregue),e criticar a forma como as pessoas tem adorado e expressado sua gratidão em adoração a Deus é um caminho digamos, um tanto perigoso, porque você corre o risco de blasfemar contar o Espirito Santo de Deus, por achar que sabe o que vem do Espirito de Deus e o que não vem, o senhor parece só não saber que não cabe a você discutir isso,eu tenho lido os seus blogs, e tenho orado a Deus para que tenha misericordia da sua vida, porque só vejo criticas,para variar,porque vc não vai ensinar suas ovelhas a amar vidas a amar e investir tempo na sua família e entrarem na fila dos desesperados e sedentos por Deus?e se vc acha errado a dança no culto, porque não vai ensinar as suas overlhas, ou melhor ainda, porque não desafia as suas ovelhas a pagar um preço em jejum e oração e não parar até que Deus mude essa história? o que me parece aqui é que não é só da mente dos farizeus que o véu precisa ser retirado.
ResponderQue Deus tenha misericordia de suas vida e lhe dê mais sabedoria e conhecimento do Reino de Deus e das coisas que vem do ALto e que não se entende com a razão mas com o Espirito porque inteligencia o senhor parece ter bastante.
Anônimo do dia 14 às 12:14 ,
ResponderSe um pastor presbiteriano faz este tipo de coisa que você relata em seu comentário, ele está em desacordo com os princípios de liturgia da IPB. Pior, está em desacordo com o culto bíblico. O presbitério dele deveria investigar e tomar providências para que o culto a Deus não seja corrompido por estas práticas anti-
bíblicas.
Natanael,
Anotada a sugestão, quem sabe mais para a frente sai um post sobre o falar em línguas. Quanto À posição de Martyn Lloyd-Jones, já escrevi alguma coisa sobre isto, veja:
http://www.thirdmill.org/files/portuguese/64267~9_18_01_4-11-16_PM~augustus6.htm
Um abraço.
Caro Pr. Francisco Mário,
ResponderVocê me pergunta sobre a base bíblica para a música no culto cristão. Os Pais da Igreja e os Reformadores em geral sempre entenderam que as diversas referências no NT sobre salmos, hinos e cânticos justificavam esta prática (como Mat 26:30; Ef 5:19; Col 3:16). Uma exceção foi o reformador Zwinglio. A menos que eu esteja enganado, ele não colocava a música como parte do culto cristão. Mas ele era uma voz solitária. Calvino metrificou os Salmos para serem cantados no culto e Lutero compôs "Castelo Forte". As liturgias mais antigas que temos, desde o período pós-apostólico, em todas elas constam o louvor a Deus com música, salvo melhor juízo da minha parte.
Abraços!
Agostinho Vanderley,
ResponderEu também entendo que deveríamos reduzir os elementos de culto à simplicidade do NT. Não estou totalmente de acordo com sua "lista negra" das coisas estranhas ao culto, mas concordo no geral com seu raciocínio.
Um abraço!
Anônimo do dia 16/08 as 17:36,
ResponderPubliquei seu comentário para que os demais leitores de nosso blog vejam que tipo de oposição e reação geralmente se levanta quando se questiona alguma prática de gente que se considera espiritual.
Seu comentário se reduz a um ataque pessoal, a um julgamento severo sobre minha pessoa e meu ministério, e não conseguiu responder e anular qualquer das minhas considerações.
Ainda bem que nem todos que dançam no culto são como você. Ao contrário de você, que me atacou pessoalmente, eu em nenhum momento condenei ou julguei aqueles que têm danças no culto.
Acho que seu comentário só prova que eu tenho razão.
Rev., longe de querer criar polêmica em seu blog. Até porque eu o considero um dos grandes nomes da teologia do mundo e eu o tenho como um paradigma de homem de Deus, humilde (fui seu aluno e lembro-me dos cafezinhos que tomava com os alunos na sala).
ResponderNão quero me prolongar, pois estou num terreno que não é minha denominação, mas não poderia dizer:
Com base na sua hermenêutica de 2Co e Salmo 150, esses textos não foram usados num contexto de culto, embora que eu ache que o Samo 150 foi. Paulo não usou esses textos no contexto de culto cristão. Todos esses textos foram usados por Paulo mas não para culto cristão.
Outra observação: os salmos cantados não incluiam o Salmo 150 e 149.3? Tanto o hebraico como na LXX, usa também choros - dança.
Também, para ser coerente e fiéis à sua hermenêutica de abolir o VT para base de culto cristão, os instrumentos devem ser abolidos do culto cristão com base na sua interpretação, já que não tem base no NT.
Devemos abolir os corais, pois somente há base no VT para sermos coerentes a essa interpretação.
Portanto, concordo com o irmão que postou que se deve tirar corais e cânticos antes e depois da palavra. Nao tem base no NT...
Com essas perguntas demonstro por que fica a minha dúvida às interpretações feitas.
Não postarei mais nesse post. Um abraço
Agradeço a clareza, firmeza teológica e a fundamentação bíblica aqui expostas, bem como no livro "O culto espiritual" o qual estamos estudando em minhas aulas de liturgia.
ResponderDeus continue lhe dando forças e lucidez para pregar o Evangelho.
Caro irmão Pr. Francisco Mário,
ResponderSeus comentários são muito bem vindos. Não fique com receio de polemizar. Estamos juntos no desejo de entender melhor as Escrituras e oferecer o mais corretamente possível a Deus o culto do qual Ele é digno. Você é meu irmão em Cristo e colega de ministério, e não será esta diferença de opinião sobre as danças que vai nos separar.
Vou tentar postar alguma coisa em atenção à sua pergunta.
Um abraço!
Irmão Natanael
ResponderNaturalmente não estou falando que não podemos julgar idéias e teologias. Estou falando de determinar segundo nossos padrões o que é uma liturgia aceitável a Deus.
A paz
Tales
Olá Caro Pr. concordo com sua exposição, creio que a igreja de hoje, sofre muito com as falácias interpretativas da Bíblia. Tenho enfrentado lutas aqui no Ma.
ResponderGraça e paz pastor,
ResponderPaulo Cesar, Igreja presbiteriana do Chanpagnat.
Este assunto sobre a dança e a atuação do Espirito santo, tem sido levado ao pé da letra e não no contexto que deveríamos observar, os comentários do Pastor nos leva e repensar, que devemos voltar a ler mais a bìblia não como um mero livro, mais sim como uma fonte que nos ensina os camihhos que devemos serguir.
e como devemos nos conduzir, nos cultos e no dia a dia.
Augustus Nicodemus Lopes disse...
ResponderNatanael,
O que o NT ensina sobre línguas no culto está em 1Coríntios 14: que falem dois, no máximo três, em seqüência, e que haja intérprete.
Na minha interpretação, as línguas são idiomas humanos falados no poder do Espírito e não sons sem sentido. O dom de línguas é a capacidade de louvar a Deus em um idioma que a pessoa nunca tinha aprendido antes.
Se estas condições forem atendidas, eu não vejo problemas.
Escutei essa historia, nao sei se é verdade:
Certa vez um prof. de seminario (cessacionista convicto) para provar esta questao de linguas fez um experimento:
1- Como ele era fluente em grego mostrou aos seus alunos uma receita de bolo neste idioma;
2- Levou seus alunos a uma igreja pentecostal como se fossem um grupo de amigos, num dado momento, levantou-se e começou a falar (em grego) essa receita de bolo (com uma entonaçao de voz apropriada aquela histeria);
3- Nao deu nem um minuto levantou um sujeito:
- "Porquanto t digo assim igreja: eis q tenho eu vos chamado...."
4- Na dita igreja, o prof nao fez nenhum comentario, mas expos de forma definitiva em sala de aula a validade desses "daos" atuais.
Por estas e outras me tornei cessacionista convicto.
Caro Rev. Augustus,
ResponderMuito obrigado pelos artigos postados neste blog. Entendo que exerce um papel de fundamental importância no ensino da sã doutrina à nossa igreja evangélica brasileira, fragilizada pela superfucialidade.
Deus, na Sua infinita graça, continue usado sua vida neste propósito.
Abraços,
Gessé Rios
Esse post foi 10.
ResponderOlá Dr. Augustus.
ResponderPaz!!!!
Ouvi o Senhor no debate Melodia Conqista, moro aqui, gostei muito de seu posicionamento!
Sou Cristã a quase 5 anos, ja passei por algumas coisas....Estou em fase de aprendizado, ouço tudo, e com a Bíblia em mãos deixo o Espirito me ensinar.(risos)
Estarei lendo este blog.....
Paz!
A questão é que o Espírito de Deus é livre, nem por isso deixa de ser santo. O fato Dele ser livre não implica em agir de maneira leviana.
Responderpaz do senhor me chamo Daniel correia sou de Recife essa questâo do culto e da liberdade do espirito nâo há muito o que se dizer após ler "o culto espiritual"de Augustus e ver os abisurdos da bençâo de toronto e como essa pratica ganhou notoriedade no cenário atual e facil da entender esse modismo.sou de uma igreja pentecostal daqui de Recife e tenho visto abisurdos sendo chamados de movimento do espirito.concordo porem esse espirito nâo é o espirito santo belissima postagem
Respondergostaria de nviar este artigo para um amigo, como posso fazer isto?
ResponderGraça e Pastor! Acompanho suas publicações ha bastante temo.
ResponderTenho um sonho de ler uma confissão de fé, e ter um livro de teologia presbiteriano.
Gostei demais deste artigo.
Ele é muito atual e bastante necessário.
Sofre demais por me declara calvinista. Já me chamaram de tudo!
Sou Pastor, mas tenho vontade de migrar para outro campo, na qual eu possa me identificar.
Amei esse artigo