Calvinistas estão entre as tradições religiosas mais mal compreendidas da história da Igreja. Sei perfeitamente que alguns deles fizeram por merecer. Há calvinistas que defendem suas convicções sem caridade, gentileza e sensibilidade para com quem diverge. Outros, não conseguem ouvir quem não seja calvinista. Não considero essas atitudes como intrínsecas ao calvinismo. As pessoas são assim porque lhes faltam domínio próprio e humildade, e não porque são calvinistas. Não há nada no calvinismo que exija que calvinistas sejam rudes, intransigentes, mal educados, excessivamente críticos e arrogantes.
Boa parte das acusações que têm sido feitas aos calvinistas, além de serem generalizações injustas, parecem proceder de uma falta de conhecimento adequado do que os calvinistas realmente acreditam. Como não falo por todos, vou dizer o que eu penso sobre alguns desses pontos mais polêmicos.
Para começar, o calvinismo não é um bloco monolítico. Há várias correntes dentro dele. Todas se vêem como legítimas herdeiras do legado de João Calvino, desde presbiterianos liberais até puritanos modernos. Considero-me um calvinista dentro da tradição teológica que elaborou e até hoje mantém a Confissão de Fé de Westminster, muito similar às demais confissões reformadas dos batistas, congregacionais, episcopais e reformados.
1 – Creio que Deus predestinou tudo o que acontece, mas não sou determinista. O Deus que determinou todas as coisas é um Deus pessoal, inteligente, que traçou seus planos infalíveis levando em conta a responsabilidade moral de suas criaturas. Ele não é uma força impessoal, como o destino. Não creio que os atos da vontade e da liberdade humanas sejam mera ilusão e que nossa sensação de liberdade ao cometê-los seja uma farsa, como o determinismo sugere. Eu acredito que as nossas decisões e escolhas são bem reais e que fazem a diferença. Elas não são uma brincadeira de mau gosto da parte de Deus. Os hipercalvinistas são deterministas quando negam a responsabilidade humana ou pregam a passividade dos cristãos diante de um futuro inexorável. Por desconhecer essa distinção, muitos pensam que todos os calvinistas são deterministas e que eles vêem o homem como um mero autômato.
2 – Creio que Deus é absolutamente soberano e onisciente sem que isso, contudo, anule a responsabilidade do homem diante dele. Para mim, isso é um mistério sem solução debaixo do sol. Não sei como Deus consegue ser soberano sem que a vontade de suas criaturas seja violentada. Apesar disto, convivo diariamente com essas duas verdades, pois vejo que estão reveladas lado a lado nas Escrituras, às vezes num mesmo capítulo e até num mesmo versículo! (Ex: Atos 2:23).
3 – Encaro a relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana como sendo parte dos mistérios acerca do ser Deus, como a doutrina da Trindade e das duas naturezas de Cristo. A soberania de Deus e a responsabilidade humana têm que ser mantidas juntas num só corpo, sem mistura, sem confusão, sem fusão e sem diminuição de ambas.
4 – Creio que Deus predestinou desde a eternidade aqueles que irão se salvar e, ao mesmo tempo, oro pelos perdidos, evangelizo e contribuo para a obra missionária. Grandes missionários da história das missões eram calvinistas convictos. Calvinistas pregam sermões evangelísticos e instam para que os pecadores se arrependam e creiam. Se quiserem um bom exemplo, leiam O Spurgeon que Foi Esquecido, de Iain Murray, publicado pela PES. Nunca as minhas convicções sobre a predestinação me impediram de ir de porta em porta, oferecendo o Evangelho de Cristo a todos, sem exceção. Após minha conversão, e já calvinista, trabalhei como evangelista e plantador de igrejas durante vários anos, em Pernambuco.
5 – Creio que Deus já sabe, mas oro assim mesmo. Sei que ele ouve e responde, e que minhas orações fazem a diferença. Contudo, sei que ao final, através de minhas orações, Deus terá realizado toda a sua vontade. Não sei como ele faz isso. Mas, não me incomoda nem um pouco. Não creio que minha oração seja um movimento ilusório no tabuleiro da predestinação divina.
6 – Não creio que Deus predestinou todos para a salvação. Da mesma forma, não creio que ele foi injusto nem fez acepção de pessoas para com aqueles que não foram eleitos. Não creio que Deus tenha predestinado inocentes ao inferno, pois não há inocentes entre os membros da raça humana. E nem que ele tenha deixado de conceder sua graça a pessoas que mereciam recebê-la, pois igualmente não há pessoa alguma que mereça qualquer coisa de Deus, a não ser a justa condenação por seus pecados. Deus predestinou para a salvação pecadores perdidos, merecedores do inferno. Ao deixar de predestinar alguns, ele não cometeu injustiça alguma, no meu entender, pois não tinha qualquer obrigação moral, legal ou emocional de lhes oferecer qualquer coisa. Penso assim pois entendo que a Queda de Adão veio antes da predestinação na seqüência lógica (não na seqüência histórica) em que Deus elaborou o plano da salvação.
7 – Creio que Deus sabe o futuro, não porque previu o que ia acontecer, mas porque já determinou tudo que acontecerá. Por isso, entendo que a presciência de que a Bíblia fala é decorrente da predestinação, e não o contrário. Quem nega a predestinação e insiste somente na presciência de Deus com o alvo de proteger a liberdade do homem tem muitos problemas. Quem criou o que Deus previu? E, se Deus conhece antecipadamente a decisão livre que um homem vai tomar no futuro, então ela não é mais uma decisão livre. Nesse ponto, reconheço a coerência dos socinianos e dos teólogos relacionais, que sentiram a necessidade de negar não somente a soberania, mas também a presciência de Deus, para poderem afirmar a plena liberdade humana.
8 – Creio que apesar de ter decretado tudo que existe desde a eternidade, Deus acompanha a execução de seus planos dentro do tempo, e se comunica conosco nessa condição. Quando a Bíblia fala de um jeito que parece que Deus nem conhece o futuro e que muda de idéia o tempo todo, é Deus falando como se estivesse dentro do tempo e acompanhando em seqüência, ao nosso lado, os acontecimentos. É a única maneira pela qual ele pode se fazer compreensível a nós. Quem melhor explica isso é John Frame, no livro Nenhum Outro Deus, lançado pela Editora Cultura Cristã. Minha esposa teve o privilégio de traduzir e eu de prefaciar essa obra, a primeira em português a combater a teologia relacional.
9 – Creio que Deus é soberano e bom, mas não tenho respostas lógicas e racionais para a contradição que parece haver entre um Deus soberano e bom que governa totalmente o universo, por um lado, e por outro, e a presença do mal nesse universo. Diante da perversidade e dos horrores desse mundo, alguns dizem que Deus é soberano mas não é bom, pois permite tudo isto. Outros, que ele é bom mas não é soberano, pois não consegue impedir tais coisas. Para mim, a Bíblia diz claramente que Deus não somente é soberano e bom – mas que ele é santo e odeia o mal. Ao mesmo tempo, a Bíblia reconhece a presença do mal do mundo e a realidade da dor e do sofrimento que esse mal traz. Ainda assim, não oferece qualquer explicação sobre como essas duas realidades podem existir ao mesmo tempo. Simplesmente pede que as recebamos, creiamos nelas e que vivamos na cereteza de que um dia ele haverá de extinguir completamente o mal e seus efeitos nesse mundo.
10 – Estou convencido que o calvinismo é o sistema doutrinário mais próximo daquele ensinado na Bíblia, ao mesmo tempo em que confesso que ele não tem todas as respostas. Todavia, estou convencido que os demais sistemas têm menos respostas ainda. Leio autores das mais diferentes persuasões teológicas. Às vezes tenho sido mais desafiado e tenho aprendido mais com livros de outras tradições. Não deixo de ouvir alguém somente porque não é calvinista. Há calvinistas que não são assim. Contudo, é uma injustiça acusar a todos de estreiteza, sectarismo, obscurantismo e preconceito.
Espero ter deixado claro que um calvinista, para mim, é basicamente um cristão que tem a coragem de aceitar as coisas que a Bíblia diz sobre a relação entre Deus e o homem e reconhecer que não tem explicações lógicas para elas. Para muitos, esse retrato é de alguém teologicamente fraco e no mínimo confuso. Mas, na verdade, é o retrato de quem deseja calar onde a Bíblia se cala.
=================
[Este post é uma versão atualizada de "[Mais de] Cinco Pontos do [Meu] Calvinismo," postado aqui no blog em fevereiro de 2006 pela primeira vez. Achei que seria relevante republicá-lo diante da discussão entre os nossos comentaristas sobre calvinismo. Antes que perguntem: não, não mudei em absolutamente nada de lá para cá, continuo o calvinista de sempre...]
Como Deus nos protege?
Há 21 horas
138 comentários
comentáriosEste artigo é ótimo Dr. Augustus !
ResponderLi o de 2006 e imprimi, deixo sempre ao meu alcance, de preferência dentro da Bíblia, além daquele outro: "10 motivos pelos quais pastores conservadores costumam ter igreja pequena."
Espero ir à Alto Jequitibá dia 26/06 para ver sua palestra.
Forte Abraço !
PAZ!
P.S.: Duvidinha idiota: o sr. é infra ou supralapsariano ?
Caro Reverendo Nicodemus,
ResponderConfesso que não havia lido esse seu post antes. E lendo-o agora consegui me ver nos seus argumentos. Achei o texto muito, mas muito bom mesmo.
Uma das coisas que mais apreciei foi a sua coragem em reconhecer que "não tem explicação para o determinismo de Deus em consonância com a responsabilidade humana". Como Deus faz isso? "Não sei" é uma resposta que considero espetacular. Explico: não sou calvinista há tanto tempo, mas quando me deparei com as doutrinas da graça reveladas por Romanos 9, subitamente enxerguei o Deus soberano em que hoje creio. E foi ao mesmo tempo belo e trágico. Eu quis essas mesmas respostas e não consegui tê-las, então vi-me às portas da loucura, tentando entender esse Deus grandioso.
Romanos 9 novamente me ensinou. Depois de muito sofrimento resolvi "aceitar" esse Deus insondável. E então entendi que o meu "cacife" era muito pequeno para discutir com Ele. Melhor seria aceitá-lo em toda a sua grandiosidade. E assim fiz.
Tenho amigos que entendem à perfeição a questão do determinismo com responsabilidade humana, colocando na vontade do homem a explicação. Filosoficamente conseguiram resolver essa equação. Devo ser bem mais tolo do que eles, pois eu não somente não compreendo as suas argumentações, como também acho-as incongruentes. Por isso a minha admiração pela sua "confissão".
Os mesmos amigos também encontram em Agostinho e na sua metafísica a explicação para a origem do mal, que eu igualmente não consigo apreender, malgrado ter me debruçado incansavelmente sobre a questão. A equação sempre repousará, ao final, na vontade determinante de Deus, ainda que o mal possa ser considerado como não-ser. Deus não é o autor do mal, mas "fez o profeta pecar, e ainda assim o responsabilizou". Não é o autor do mal, mas responsabilizou Davi com relação ao censo, mesmo que tenha sido Ele a levá-lo à ação, usando o diabo para a consecução do seu fim. Não é o autor do mal, mas endureceu o coração de faraó... e por aí vai.
Eu enxergo nos meus amigos (ainda que considerando o seu brilhantismo) uma certa arrogância intelectual, ao compreenderem além do compreensível, quase que exaurindo o Eterno (mesmo com a sua peremptória negativa). Eu penso que os chamados paradoxos de Deus existem porque efetivamente os seus pensamentos "são mais altos do que os nossos".
Por esses motivos é que apreciei tanto este texto. Desde já me desculpo pelo tamanho do comentário.
Grande abraço!
Ricardo.
A incompreensão do calvinismo tem a sua origem não no sistema em si, mas, na minha opinião, numa falta de entendimento bíblico sobre o ser de Deus, sobre os seus atributos, sobre quem Ele é à luz do que nos foi revelado nas Escrituras (Teontologia).
ResponderTodo cristão deveria ler "Os Atributos de Deus", de A. W. Pink, e "O Conhecimento de Deus", de J. I. Packer, seja ele arminiano ou calvinista.
A Incompreensão do Calvinismo segundo Entendo é uma imcompreensão de quem Deus é, conforme o que Ele nos revelou na Bíblia.
Excelente repostagem, irmão.
Rev.,
ResponderSó tentando entender sua posição. o sr. enxerga uma diferença entre "determinar" e "decretar"? Pois pareceu que, no ponto 7 e 8, há uma contradição do que está explicado no ponto 1.
Obrigado e fica com Deus
Muito bom o artigo. Acredito que será útil para muitos que desconhecem o real conteúdo e significado do termo "calvinismo". Obrigado por postar este e outros textos bons.
ResponderArthur,
ResponderNos veremos em Alto Jequitibá, se Deus permitir. Sobre minha posição, sou infralapsariano. Mas sempre procuro me lembrar de que quando discutimos este assunto estamos tentando entrar nos mistérios de Deus, e que estas posições refletem nossa tentativa de entender o que se passa na incomensurável vontade divina. Temos de tirar as sandálias aqui, pois este terreno é santo.
Abs.
André,
ResponderNão faço distinção nenhuma entre determinar e decretar. Para mim, são sinônimos.
Abs.
Ufa. Ao menos, até agora, o Paulo Brabo não deu as caras para parafrasear novamente seu artigo!
ResponderPastor, é realmente incrível esse aparente paradoxo entre os decretos de Deus e a responsabilidade humana. O que me ajudou muito a não-solucionar essa questão, mas encará-la da forma como é, foi realmente o poder de convencimento das Escrituras, que "leva cativo todo pensamento para torná-lo obediente a Cristo". A idéia de livre-arbítrio mostrou-se perigosa e claramente falsa após ler João 6 e Romanos 8 e 9 (dentre outros!), bem como a idéia de um Deus que não intervém esvai-se só de pensar que a maior intervenção divina que já ocorreu foi a vinda do próprio Deus para nos salvar. Também, um Deus que não decretou tudo o que ocorre não é compatível com as várias afirmações da Bíblia falando de obras de Deus "antes da fundação do mundo".
Acho que a maior dificuldade em aceitar o calvinismo está na dificuldade em se compreender e aceitar a suficiência, inerrância e infalibilidade da Bíblia. Inclusive, gostaria de perguntar que livro sobre este assunto o sr. poderia me indicar?
Mas há algo que realmente me incomoda quando penso nos empecilhos à aceitação do calvinismo: ironicamente, muitos de nós, calvinistas, acabamos nos tornando orgulhosos de termos descoberto estas verdades, e nos tornamos arrogantes e desagradáveis em nossos debates acerca destas questões. Logo quem acredita nas doutrinas que mais humilham o homem! Achava que era só comigo, mas muitos amigos calvinistas relatam o mesmo comportamento (bom que podemos vigiar uns pelos outros, hehe!) Acho que o pior é que esquecemos de 1 Coríntios 4: "Pois quem é que te faz sobressair? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te vanglorias, como se o não tiveras recebido?"
Forte abraço!
Pr. Nicodemus,
Responderapenas para eu entender: o irmão não considera nenhuma forma de determinismo como calvinismo? Não seria o compatibilismo uma forma de determinismo, ainda que suave? E o Calvinismo, seja qual for a corrente, não é, em algum aspecto, determinista? O irmão não estaria confundindo determinismo com fatalismo, o qual é impessoal e aleatório? Sem o propósito sábio, perfeito e santo estabelecido pelo Deus bíblico, sábio, perfeito e santo, como o determinismo proclama? E, para terminar, deterministas, ao seu ver, não são Calvinistas? Portanto, não são bíblicos?
Acho que da mesma forma que o Calvinismo é mal compreendido pelos cristãos, o determinismo bíblico é igualmente incompreendido pela maioria dos calvinistas.
Cristo o abençoe!
Abraços!
PS: Um erro é afirmar que os deterministas negam a responsabilidade humana. A responsabilidade não se baseia na liberdade do homem, a qual o tornaria livre de Deus, no conceito compatibilista. O determinismo baseia a responsabilidade humana na autoridade divina, capaz de exigir de qualquer uma de suas criaturas prestação de contas, quer sejam livres ou não.
Jorge,
ResponderO problema é de conceituação. O que é determinismo, compatibilismo, fatalismo? Vai depender de quem o conceitua. Estes termos não são definidos de maneira unânime por todos. Portanto, é melhor tratar do assunto definindo os termos, em vez de usá-los como se todos os entendessem da mesma forma.
No meu entendimento, qualquer conceito da soberania de Deus que anule a responsabilidade humana não é calvinismo. E o que é pior, não é nem bíblico - seja qual for o nome que tenha.
As definições da Confissão de Fé de Westminster para mim resumem muito bem o ensino bíblico, e me satisfaço com elas:
"Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo conselho da sua própria vontade, ordenou livre e inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das causas secundárias, antes estabelecidas." (III, 1).
"A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita bondade de Deus, de tal maneira se manifestam na sua providência, que esta se estende até a primeira queda e a todos os outros pecados dos anjos e dos homens, e isto não por uma mera permissão, mas por uma permissão tal que, para os seus próprios e santos desígnios, sábia e poderosamente os limita, e regula e governa em uma múltipla dispensação. Mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas transgressões procede tão somente da criatura e não de Deus, que, sendo santíssimo e justíssimo, não pode ser o autor do pecado nem pode aprová-lo." (V, 4).
Caro Reverendo
ResponderParabéns pela coragem em publicar e republicar tal reflexão.
Minha admiração se multiplica e penso comigo que vai sim valer a pena tomar um cálice de vinho na eternidade com o senhor.
No item 1 eu faria algumas alterações.
Abaixo as "adaptações" que eu faria no seu texto, não para corrigí-lo, mas para expressar o meu pensamento e depois algumas divagações diversas.
"1 - Creio que Deus predestinou tudo o que acontece, mas não sou FATALISTA. O Deus que determinou todas as coisas... ... Não creio que os atos da vontade e da liberdade humanas sejam mera ilusão e que nossa sensação de liberdade ao cometê-los seja uma farsa, como o FATALISMO sugere. Eu acredito que... ... Os hipercalvinistas ESTÃO ERRADOS quando negam a responsabilidade humana... Por desconhecer essa distinção, muitos pensam que todos os calvinistas são FATALISTAS e que eles vêem o homem como um mero autômato."
Agora as divagações:
1. Faço as adaptações respeitosamente para identificar como eu penso (no momento).
2 Gostei de uma reposta sua que disse que depende de como se conceitua então para mim:
- FATALISMO é a predestinação impessoal por uma força do destino. Totalmente antibíblico.
- DETERMINISMO BÍBLICO é a predestinação feita por um Deus pessoal santo justo e soberano. Plenamente bíblico no meu entendimento. Os deterministas bíblicos não são hipercalvinistas (mas são criticados como se o fossem). A sua primeira frase é digna de um determinista bíblico, a saber: "Creio que Deus predestinou tudo o que acontece...".
- HIPERCALVINISMO são aqueles que baseados no determinismo bíblico vão além dele, negando a responsabilidade humana, e apregoando a desnecessidade e importância do agir humano (para evangelização por exemplo). Eles parecem que não acreditam na predestinação dos meios, mas somente na predestinação dos fins.
3. Nunca conheci nem li um texto de um hipercalvinista, acho até que é uma categoria acadêmica de uma lógica de se ver as coisas;
4. Neste sentido creio que Vincent Cheung não é um hipercalvinista (nem mesmo herege com alguém disse), mas sim um calvinista determinista bíblico;
5. No restante do que escreves eu concordo com tudo exceto a parte que fala do infra e do supralapsarianismo. Nunca li muito a respeito, então não sei como responderia esta parte.
Grande abraço, meu caro.
Que Deus te dê ainda muitos anos de lucidez, e sabedoria para nos orientar e seres a liderança que és.
Que a fama de Deus aumente cada vez mais através da tua vida, em outras palavras, Louvado seja Deus pela tua vida.
E ponto final!
ResponderReverendo,
ResponderPelo que entendí, o senhor crer que a queda de Adão foi antes da predestinação. Eu nunca parei para pensar sobre quem veio primeiro, mas eu ví recentemente um vídeo do John Piper dizendo que o pecado era plano de Deus, e que a cruz já estava predestinada. O que o senhor acha desta posição?
Diogo.
Oi Pastor Nicodemos: realmente, muito bom esse texto! Realmente para mim é um alivio ler essa reflexão, e constatar que não há necessidade de ser calvinista e saber e entender cada lógica e cada pressuposto para pura e simplesmente rebater algum argumento ou ser um sabe-tudo, indo além do que a Bíblia permite ( eu recentemente acabei de ler as Institutas, e reparei que Calvino tambem fazia assim)
ResponderQueria aproveitar esse espaço ( sei que não é o mais adequado: se quiser, nem precisa publicar esse comnetário, se achar isso inconveniente) e convidar ao senhor e outros membros do blog e leitores para conhecerem o site que desenvolvi, o Projeto Spurgeon ( http://www.projetospurgeon.com.br/ ). Um site onde estamos organizando textos, sermões e devocionais de Spurgeon, e tambem promovendo a tradução de novos sermões para o português. os escritos de Spurgeon tem sido uma benção na minha vida, e entender melhor sobre a eleição e soberania com a responsabilidade humana e evangelização
Desde já agradeço a visita
Armando Marcos
"Mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas transgressões procede tão somente da criatura e não de Deus, que, sendo santíssimo e justíssimo, não pode ser o autor do pecado nem pode aprová-lo"
ResponderVicent Cheung está dizendo, em Cativoa da Razão, que Deus é o autor do pecado. Ele está sendo lido por muitos pastores presbiterianos que se dizem calvinistas.
Diogo,
Responder"Pelo que entendí, o senhor crer que a queda de Adão foi antes da predestinação."
Sim, esta é a posição infralapsariana (a predestinação veio logicamente "após a queda"). Note bem: esta é a seqüência lógica dos decretos de Deus e não histórica. E lembre de novo: é apenas uma tentativa humanda de entender os mistérios de Deus.
Não conheço a posição de Piper sobre isto, mas podemos perguntar diretamente a ele: ano que vem, em outubro de 2011, ele estará no Encontro da Fiel e depois no Mackenzie.
Abs.
Oliveira,
ResponderCaramba, seus comentários são ótimos, mas extensos demais - não dou conta de responder a tudo! Como bom calvinista, você deveria lembrar que Calvino considerava a brevidade como uma das grandes virtudes (e entre as mais raras...)
Bom, sobre suas definições de fatalismo, determinismo e hipercalvinismo, tudo OK.
Sobre Cheung, respondo a você e aos demais que têm mencionado o nome dele aqui - nunca li nada de Cheung, e no momento, não estou interessado. Portanto, não terei como interagir com os que fizeram comentários aqui sobre ele.
Grande abraço e obrigado pelas boas palavras de encorajamento.
Sandoval,
Responder"Gostaria de pedir que o senhor indique um bom livro sobre Cristologia. Um que seja de linha reformada e ortodoxa."
Bom, indico os livros de Dr. Heber Campos - são uns quatro volumes sobre Cristo, sua pessoa e obra, publicados pela Cultura Cristã. São obras consistentes, densas mas fáceis de ler, e bem homiléticas. Valem o preço alto.
Abs.
Me desculpe!
ResponderNão consigo escrever pouco.
Motivo pelo qual não tenho "twitter".
É uma falha que eu tenho.
Grave!
Vou calar... na multidão de palavras está a tolice.
Rev.Augusto...
ResponderPara ser curto (virtude apreciada!), parabéns, ótimo texto. E como disse o Ricardo Manedes, parabéns pela sua coragem, não de dizer (só) o que crê ou que sabe, mas por reconhecer o que não sabe!
Talvez o grande defeito dos calvinista (nos quais eu me incluo), seja exatamente a vontade de responder tudo, até aquilo que não lhes é perguntado.
Citando meu pai: não vá o sapateiro além do sapato.
Para o amigo pensador... somos porta-voz e não advogados de Deus.
Na paz.
Esli Soareds
Oliveira,
ResponderNão faça isto! Não precisa calar. Uma dica: após escrever, revise tudo se perguntando o que realmente pode ser deixado de fora e que não fará a menor diferença no seu argumento!!!
Abs.
Caro Reverendo Nicodemus,
ResponderEu gostaria que uma parte do texto fosse clareada pelo senhor:
"Creio que Deus predestinou tudo o que acontece, mas não sou determinista. O Deus que determinou todas as coisas é um Deus pessoal, inteligente, que traçou seus planos infalíveis levando em conta a responsabilidade moral de suas criaturas. Ele não é uma força impessoal, como o destino."
E ainda diz:
"Creio que Deus sabe o futuro, não porque previu o que ia acontecer, mas porque já determinou tudo que acontecerá."
A pergunta: O senhor não é determinista, mas reconhece que Deus "determinou tudo". Embora sendo um Deus pessoal e que se relaciona com os seus filhos, Ele determinou tudo, segundo as suas palavras. Afinal, o senhor acredita que Deus determinou tudo na eternidade, mesmo remanescendo ao homem a sua responsabilidade, ou não?
A pergunta se deve porque parece haver uma incoerência, ou paradoxo (não em Deus, mas nas suas afirmações aparentemente conflitantes).
Ricardo
Rev,
ResponderExcelente texto.
Claro, bíblico e conciso.
Que o Altíssimo seja louvado,
Em Cristo.
Estou emocionado!!! Belas e verdadeiras palavras!!! Este é o verdadeiro evangelho da graça!!! Aquece o coração!!! Glórias sejam dadas a Deus!!!
ResponderHenrique - IRBMaceió.
Eu queria saber aonde baixei o nivel do comentario que te mandei Augustus. E o irmão não publicou.
ResponderAté entedi o pq do irmão não ter publicado o comnetario anterior, mas esse pq?
Fica com Deus
Rev.
Responder"Só sei que nada sei, mas desconfio de muita coisa", sempre pensei,cá com meus botões, são tantas "contradições", na Palavra, que só pode ser tudo Verdade. Tomei a liberdade de cópiar o texto
para sempre me "lembrar" e divulgar.
Deus o abençoe.
Rev.: Augustus,
ResponderCreio que a responsabilidade humana não se baseia em ser livre e, sim, porque Deus como Soberano requer isso do Homem.
Eu não nego que temos escolhas, mas elas não são livres.
Eu tenho consciência que eu devo tomar decisões em todos os dias da minha vida.
Mas, eu não fico pensando o que Deus predestinou para mim, só vou saber quando tomar a decisão e agir.
Eu creio que Deus decreta tudo até mesmo o mal.
Deus é sábio e tem propósitos para tudo.
Amigos,
ResponderEu também nunca senti atração pelos escritos de Cheung. Já tentei ler mas acho ele chato, desculpem-me. Mas quem sabe um dia...tô achando difícil é encontrar tempo. Abração, Rev. Augustus Nicodemus.
Emerson Costantini
cost4ntini.wordpress.com/
Prezado Nicodemos.
ResponderDizer: "Não sei explicar como Deus faz para resolver isso" é uma arte que poucos calvinistas possuem.
Mas colocar a predestinação pós-queda não é um maneira de "livrar" Deus de ter predestinado a queda e consequentemente tudo o que veio à reboque?
O Sr. disse que Deus predestinou desde a eternidade. Isto não engloba a queda?
Nisso os ultra-calvinistas conseguem resolver os paradoxos dos calvinistas.
O Sr. não acredita que Paulo tende mais ao ultra-calvinismo (claro, não levando em conta o anacronismo) quando diz que o vaso não tem do que reclamar se foi feito para a desonra?
Abraços
Como determinista e supralapsariano, recomendo a todos a leitura do livro "A Soberania Banida", de R. K. McGregor Wright, publicado pela Editora Cultura Cristã.
ResponderÉ um dos melhores livros em português sobre o assunto, e foi traduzido por um excelente supralapsariano (e, creio, determinista): Dr. Heber Carlos de Campos. :)
Um abraço,
Felipe Sabino
Caro Rev. Augustus,
ResponderEssa frase ficou estranha: "O Deus que determinou todas as coisas é um Deus pessoal, inteligente, que traçou seus planos infalíveis levando em conta a responsabilidade moral de suas criaturas".
Deus levou em conta a responsabilidade moral das suas criaturas quando ele traçou seus planos?
O plano de Deus não é eterno? Como Deus levou em conta a responsabilidade das suas criaturas ao traçá-lo?
O plano de Deus não é soberano e livre? Como ele é então dependente da sua criação?
O plano de Deus não foi baseado em nada fora dele mesmo. A frase ficou similar à afirmação arminiana que Deus elegeu "levando em conta a" fé "de suas criaturas".
Um abraço,
Felipe Sabino
Um colega acima escreveu:
Responder"Sou determinista bíblico e creio que não há mistérios nem contradições nas doutrinas bíblicas (Trindade, encarnação do Verbo, e relação soberania divina X responsabilidade humana)."
Puxa, vou queimar todas as obras de Agostinho, Calvino e Edwards que tenho!
Todos os mistérios resolvidos!
Ufa!
Chegamos ao fim da história!
Goel
Tudo se resume a isto:
ResponderO pouco que sei foi revelado com clareza. É fácil compreender e difícil de praticar.
Quanto a tudo o mais que tem gerado posições opostas entre pessoas mais inteligentes, devo reconhecer minha ignorância.
Quando sou tentado a saber tudo, logo me lembro da possibilidade de estar sendo tentado pelo diabo.
Internautas Cristãos,
ResponderNunca afirmei que há contradições nas doutrinas bíblicas.
Releia meus posts e comentários. O que eu defendo é que existem mistérios na Bíblia. Entre eles, a doutrina da Trindade, das duas naturezas de Cristo, da relação entre a soberania de Deus e a responsabilidade do homem. Para mim, as contradições são aparentes - elas parecem ser uma contradição, mas em realidade não o são, são apenas o resultado de uma lógica que está acima da nossa, que é a divina.
Lamento muito sua postura de dizer que não há mistérios quanto à pessoa de Deus e sua obra, contrariando assim todos os grandes teólogos e pensadores cristãos na história. E o que é mais sério, contrariando o próprio Paulo, quando em sua doxologia exclama "Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!" (Rm 11:33). Se o próprio amor de Cristo, que nos foi revelado, excede todo entendimento (Ef 3.19) quanto mais seus desígnios eternos!
"Porventura, desvendarás os arcanos de Deus ou penetrarás até à perfeição do Todo-Poderoso?" Jó 11.7.
Abs.
Johnnathan,
ResponderEu respondo com a Confissão De Féde Westminster:
"Desde toda a eternidade, Deus, pelo muito sábio e santo
conselho da sua própria vontade, ordenou livre e
inalteravelmente tudo quanto acontece, porém de modo que
nem Deus é o autor do pecado, nem violentada é a vontade da
criatura, nem é tirada a liberdade ou contingência das
causas secundárias, antes estabelecidas." (III, 1).
"A onipotência, a sabedoria inescrutável e a infinita
bondade de Deus, de tal maneira se manifestam na sua
providência, que esta se estende até a primeira queda e a
todos os outros pecados dos anjos e dos homens, e isto não
por uma mera permissão, mas por uma permissão tal que, para
os seus próprios e santos desígnios, sábia e poderosamente
os limita, e regula e governa em uma múltipla dispensação.
Mas essa permissão é tal, que a pecaminosidade dessas
transgressões procede tão somente da criatura e não de
Deus, que, sendo santíssimo e justíssimo, não pode ser o
autor do pecado nem pode aprová-lo." (V, 4).
Abs.
Eduardo,
Responder"Mas colocar a predestinação pós-queda não é um maneira de 'livrar' Deus de ter predestinado a queda e consequentemente tudo o que veio à reboque?"
Não. É uma tentativa de entender porque a Bíblia atribui a condenação do pecador aos próprios pecados deles como causa maior.
"O Sr. disse que Deus predestinou desde a eternidade. Isto não engloba a queda?"
Sem dúvida. Nunca neguei isto. O que estamos discutindo é a seqüência lógica em que ele decretou todas as coisas.
"Nisso os ultra-calvinistas conseguem resolver os paradoxos dos calvinistas."
rsrsrsrs eles tentam...
"O Sr. não acredita que Paulo tende mais ao ultra-calvinismo (claro, não levando em conta o anacronismo) quando diz que o vaso não tem do que reclamar se foi feito para a desonra?"
Não. Pois o próprio Paulo declara na mesma carta que a condenação do ímpio decorre dos seus próprios pecados, como Romanos 1 a 3. É aqui que reside o mistério, reconciliar as passagens bíblicas que falam que o homem vai para o inferno por sua própria culpa (que são em grande número e bem claras) e aquelas que atribuem a Deus o destino final dos perdidos. O infralapsarianismo me parece oferecer uma proposta menos complicada que as outras e que melhor explica os dados bíblicos. MAs como disse antes, precisamos lembrar que estamos trilhando caminhos elevados demais para nós.
Abs.
Caro Felipe,
ResponderÉ sempre um prazer ter seus comentários aqui no blog.
Você disse:
"Essa frase ficou estranha: 'O Deus que determinou todas as coisas é um Deus pessoal, inteligente, que traçou seus planos infalíveis levando em conta a responsabilidade moral de suas criaturas'".
Na verdade o que eu estou dizendo é que Deus, ao determinar todas as coisas, o fez de tal maneira a não anular a responsabilidade moral de suas criaturas. Não estou dizendo que Deus "anteviu" as ações das suas criaturas e então determinou-as. Bastaria ler o post todo para ver que não acredito na presciência de Deus como base para seus decretos e que assim a minha frase não poderia ter sido interpretada como arminianismo.
Grande abraço!
Abraços
Dinho,
ResponderPode mandar que publico.
Abs.
Olá, Rev. Augustus!
ResponderEu sei que o senhor não crê na presciência entendida nos moldes arminianos. Só quis destacar que a frase ficou estranha por causa do "levando em conta". :)
Sobre o restante da "controvérsia", creio que a Bíblia fala de mistério, mas sempre no sentido de algo que estava oculto e foi revelado posteriormente. Paulo, em Cl 1.26, fala do "misterio que esteve oculto... e que, AGORA, foi MANIFESTO aos seus santos". Em Rm 16.25 Paulo fala da "revelação do mistério que.... ESTEVE oculto". Em Ef 1.9 ele diz que Deus nos descobriu "o mistério da sua vontade".
Ou seja, mistério tem a ver com conhecimento, e não com ignorância ou falta de entendimento da nossa parte.
A doxologia de Romanos 11 é linda, mas foi expressa após Paulo falar MUITA coisa sobre soberania, eleição e reprovação, além de responder inúmeras e possíveis objeções. Ou seja, Paulo não estava louvando a Deus pela sua ignorância própria quanto a esses mistérios divinos. Afinal, como ele diz em outro lugar, nós temos a "mente de Cristo" e o que o olho não viu e o ouvido não ouviu Deus nos revelou pelo seu Espírito (1Co 2.9-10).
Um excelente exemplo é 1Co 15.51. Paulo diz: "Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".
Não há nada de difícil entendimento nessa frase. Até mesmo uma criança pode entender isso. O mistério residia no fato dos coríntios não conhecerem essa verdade antes de Paulo pronunciá-la.
Quanto às aparentes contradições, também temos que ter cuidado aqui. Isso é algo totalmente subjetivo. O que pode parecer contraditório para João pode não parecer para Marcos. A própria história nos mostra isso: Lutero viu contradição entre Paulo e Tiago, mas João Calvino não viu nenhuma e expôs com maestria como as "duas" doutrinas sobre a justificação estavam de acordo.
Eu não acho difícil acreditar que Deus determina todas as coisas e ao mesmo tempo considera o homem responsável pelos seus atos. Afinal, várias doutrinas bíblicas pressupõe a responsabilidade humana, como a doutrina do castigo eterno. Algumas pessoas podem ter dificuldade de ACEITAR ou ACREDITAR nessas duas doutrinas, mas acho que não existe uma dificuldade no ENTENDER.
Mas eu não quero causa confusão, apenas registrar a minha opinião.
Continuo recomendando a todos o livro "Soberania Banida". É o tipo de livro que precisamos ler quando estamos conhecendo o calvinismo e reler depois que já somos calvinistas convictos, e nos deparamos com discussões que existem em nosso meio, como essa apresenta no post do senhor.
Deus te abençoe!
Um abraço,
Felipe Sabino
*P.S.: Recebi o CD. Se Deus quiser, essa semana posto no Monergismo.
Rev.
Respondermais uma vez parabéns pelo texto... e pela paciência.
Os comentários feitos caso citassem bases bíblicas seriam mais adequados a refutação de seu texto.
alguns comentários parecem mais discussão de opinião que defesa da verdade do Senhor.
A inclusão das verdades divinas em um sistema fechado, como alguns sugerem, resolve a lógica pessoal, mas abandona os textos sagrados.
Estudar as Escrituras e não chegar a mistérios é perigoso e pode sugerir imaturidade.
Que o Senhor seja louvado.
Caro Felipe,
ResponderUma coisa são os mistérios que estavam ocultos e nos foram revelados. Quanto a isto, não há qualquer discussão. Neste sentido, recomendo "O Pensamento do APóstolo Paulo" de Ridderbos. É nessa categoria que se encaixam os textos sobre mistério que você citou, como 1Cor 15.
Contudo, há coisas que não nos foram reveladas. Por exemplo, a Bíblia nos revela que existe apenas um Deus e também nos revela que há uma Pessoa, o Pai, que é Deus, e que Jesus é Deus e que o Espírito é Deus. Todos os nossos esforços para entender como isto é possível sem cair nas heresias antigas não conseguem ainda penetrar o mistério do ser de Deus. A teologia, quando vai além dos dados bíblicos, acaba por valer-se de sistemas filosóficos e lógicos tentando dar resposta para aquilo que a Bíblia simplesmente revela sem explicar. Neste sentido, os liberais acabam tendo razão quando acusam alguns dos dogmáticos cristãos de terem sido influenciados pelo sistema filosófico grego e pelo racionalismo.
Discordo de sua interpretação de Romanos 11. O fato de Paulo ter falado tanto e respondido tantas objeções não quer dizer que ele falou tudo. Por que ele ainda falaria das insondáveis riquezas de Deus?
Seu uso de 1Cor 2:9 está fora de contexto. Aquilo que não subiu ao coração humano, mas que Deus revelou aos que o amam é o evangelho de Cristo, que é a sabedoria de Deus. Leia o contexto. Esta passagem está longe de ser uma prova que sabemos tudo.
Outro texto que você usa fora do contexto é 1Co 2.9-10, sobre a mente de cristo. É só olhar o contexto e perceber que ter a mente de Cristo é ser capaz de receber o Evangelho, ao contrário do homem natural (1Co 2.14) e aos coríntios carnais (1Co 3.1-3), que não eram capaz de perceber as implicações da cruz - dai formarem partidos em, torno de homens. Ter a mente de Cristo está muito longe de ser capaz de entender perfeita e plenamente as coisas de Deus.
Mas, como você, eu também não acho difícil acreditar que Deus determina todas as coisas e ao mesmo tempo considera o homem responsável por seus atos. Afirmei tudo isto. É só ler o meu post. O que eu não entendo - e isto não quer dizer que existe contradição - é como isto pode acontecer logicamente. Acho as respostas do hipercalvinismo e do supralapsarianismo insuficientes para as passagens bíblicas que tratam do assunto. Prefiro ficar com os teólogos que admitem sua ignorância quanto a estes assuntos.
Penso em como os puritanos foram humildes em abordar estes assuntos:
"Segundo o inescrutável conselho da sua própria vontade, pela qual ele concede ou recusa misericórdia, como lhe apraz, para a glória do seu soberano poder sobre as suas criaturas, o resto dos homens, para louvor da sua gloriosa justiça, foi Deus servido não contemplar e ordená-los para a desonra e ira por causa dos seus pecados." (CFW III. 5).
Ou ainda:
"A doutrina deste alto mistério de predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado..." (CFW III.7)
Veja o que eles dizem sobre a clareza da Biblia:
"Na Escritura não são todas as coisas igualmente claras em si, nem do mesmo modo evidentes a todos; contudo, as coisas que precisam ser obedecidas, cridas e observadas para a salvação, em um ou outro passo da Escritura são tão claramente expostas e explicadas, que não só os doutos, mas ainda os indoutos, no devido uso dos meios ordinários, podem alcançar uma suficiente compreensão delas." (CFW I.7).
Eu prefiro ficar com esta consciência que eles tiveram, de que nem tudo é claro como cristal na Bíblia.
No mais, mesmo que não saibamos tudo, acho que sabemos o suficiente para dar a Deus toda a glória pela salvação plena em Cristo e viver neste mundo de maneira a agradá-lo em todas as coisas.
Um abraço!
realmente, eu acho que até mesmo a prudênica pede para que concordemos com a Confissão em III i: porem, o que Cheung diz ;
Responder"Se estou certo, então eles precisam estar errados. A questão é, como eles podem estar certos sem cair em autocontradição ― que Deus controla todas as coisas, mas realmente não controla, que Deus causa todas as coisas, mas realmente não causa? O cristão reformado gosta muito de apelar ao “mistério”, “paradoxo” e “antinomia”, que são nada mais que termos mais ilustres e enganosos para dizer “Evidentemente, eu me contradigo, mas não me importo”
realmente, disse nada, hehehehe: prefiro glorificar a Deus pelo que não sei pelo que sei
antes desse ponto, diz que " No que diz respeito à causação secundária, já tratei do ponto diversas vezes. Se tudo o mais falhar, posso dizer que não escrevi os livros, mas que meu computador é que fez isso. O fato de que eu estava digitando no computador quando os livros apareceram não anula a autoria do computador ou sua responsabilidade moral, mas apenas a estabelece. Se a resposta é que o computador não é uma mente inteligente, mas um objeto sem vida, eu insistiria que Dual Core é superior a um pedaço de barro (Romanos 9)" Ora, e o que Paulo dissedos Dual Core que pecaram e estão destiuidos da glória de Deus? é por essas lógicas que liberais da vida acham munição para atarcar o calvinismo ( a meu ver)
Abraços
Armando
Querido e prezado Augustus: Parabenizo-o pela coragem em se colocar da forma como o fez. Aliás, para quem o conhece, sabe que isso é característico em sua pessoa. Como sempre continuo bebendo nessa fonte. Que Deus continue a iluminá-lo e a fortalecê-lo em todos os sentidos. Teu mano Maurão.
ResponderPastor Nicodemus peço desculpas. Pensei que tinha mandado um comentário para o blog, mas pelo que vi, deu erro.
ResponderPastor, como arminiano que sou, também tenho o direito de dizer que temos o livre arbítrio e que Deus ao mesmo tempo É SOBERANO!! Nós, arminianos, podemos dizer que isso é um mistério. Que pode parecer contraditório, paradoxal....Pq, vcs, calvinistas, tem esse direito e nós não?!
Como o senhor mesmo diz “precisamos lembrar que estamos trilhando caminhos elevados demais para nós.”
Penso que um casal de calvinistas ao ter resolver ter um filho, deve ter em mente que eles podem está gerando um filho para O FOGO ETERNO DO INFERNO! Afinal de contas, tal bebê, pode ou não ser um “eleito”, “predestinado”....Ao não ser que tal casal creia que filho de peixe, peixinho é. Uma mãe calvinista deve olhar para sua criancinha e perguntar-se se ela está diante de um filhinho do diabo que acabou de vir ao mundo e torcer para que o “amoroso” deus tenha mandado um “eleito” como filho para o casal.
Fica com Deus
Caro Rev. Augustus,
ResponderObrigado pela paciência em responder.
Sobre os textos citados por mim, em nenhum deles quis apresentar "uma prova que sabemos tudo". Longe disso!
O que eu quis dizer é que sabemos muita coisa (o que é nada comparado com o que ainda devemos aprender, visto que a Bíblia e Deus é uma fonte inesgotável de conhecimento para o homem), e por vezes chamamos de "mistério" algo que sabemos e entendemos. E o termo "mistério", nas conversas cotidianas que presenciamos, diferentemente da Bíblia, parece detonar ignorância e falta de entendimento. Ponto.
Com certeza nem tudo na Bíblia é claro. Concordo totalmente com a CFW. Mas esse é um dos motivos de precisarmos estudar a Bíblia continuamente. "A Bíblia não é para preguiçosos", diria Arthur W. Pink. :)
Findo aqui a minha participação. :)
Um abraço,
Felipe Sabino
O que o senhor acha dos teólogos usarem o termo "vontade permissiva de Deus" para expressar a idéia de que Deus não foi o autor, mas permitiu alguma ação. Por exemplo: ações más. Na opinião do senhor, isso é tentar explicar o inexplicável ou não? Seria melhor, aqui, apenas dizer que "não se sabe"? Tenho dificuldade com essa expressão da Teo Sistemática.
ResponderAbraço, rev.
Como o senhor não conhece o V. Cheung, deixo esta pergunta os leitores do Tempora: QUEM É V. CHEUNG? Existe alguma informação sobre aonde ele viveu, estudou teologia, que linha teológica pertence... Tô començando a achar que ele pode ser um pseudônimo. Isso é um mistério pra mim rs
ResponderCaro Augustus,
Responderbelo texto. Publiquei no boletim da igreja.
Abraço,
Marcone.
Danilo Neves, o irmão pode encontrar os escritos do vincent Cheung no Monergismo.com, site do Felipe Sabino. Muitos livros e textos dele estão disponibilizados nesse site.
ResponderEle existe sim. Ele é pressuposicionalista, hipercalvinista, é um autor polêmico, arrogante, que tem o costume de chamar de idiota e estúpido quem discorda dele.
Fica com Deus
Nicodemos,
ResponderTenho uma dúvida que já por um bom tempo me acompanha, e acho que você tem a respota: Afinal, Alister Mcgarth é Calvinista ou não? Sei que é Anglicano, mas seria ela calvinista como Packer? A dúvida surge pelo fato de não ter lido nenhuma manisfestação dele nesse sentido, mas urgendo-se como especialista na história da Reforma, mui especialmente de Calvino.
Graça e Paz
Mizael Reis
Obrigado pela interação, Dinho!
ResponderPelo material que é publicado dá pra se ter uma idéia sobre a linha teológica do V. Cheung. O problema é que não dá pra saber da existência da pessoa V. Cheung. No site dele (http://www.vincentcheung.com/), não há informações claras sobre quem ele é, como fotos, origem, onde estudou teologia... O Monergismo traduz muita coisa dele, mas não divulga um detalhe se quer de quem ele seja, não fala sobre o teólogo.
Se você tiver informações sobre isso (sobre o teólogo), por favor, me indique a fonte pra eu verificar.
Um abraço, irmão.
Em Cristo,
Danilo
Gêmeos Siameses (Responsabilidade e Soberania)
ResponderAchei interessante essa analogia, embora tenha suas imperfeições como toda analogia.
Se tentarmos separá-los um só sobreviverá, ou ambos morrerão.
A paz
Tales
Mauro,
ResponderObrigado pelas boas palavras!
Abs.
Dinho,
Responder"Pastor, como arminiano que sou, também tenho o direito de dizer que temos o livre arbítrio e que Deus ao mesmo tempo É SOBERANO!! Nós, arminianos, podemos dizer que isso é um mistério. Que pode parecer contraditório, paradoxal....Pq, vcs, calvinistas, tem esse direito e nós não?!"
Ninguém nega este direito, que eu saiba. A equação é que é diferente. Os calvinistas dizem que Deus, por ser soberano, presdestinou e decretou tudo que acontece, e isto sem violantar a vontade de suas criaturas. Nisto reside o mistério.
Na sua equação, precisamos ainda definir os termos "soberano" e "livre arbítrio".
Os calvinistas não têm problemas em gerar filhos à luz da doutrina da predestinação. Eles confiam que Deus é justo e bom. Eles estão conscientes (pelo menos deveriam estar) que seus filhos não são automaticamente salvos por serem seus filhos, e que devem ensinar-lhes a Palavra de Deus e orar por eles desde cedo, instando-os a que creiam no Senhor e andem em seus caminhos. É um equívoco pensar que os calvinistas acreditam que seus filhos são automaticamente eleitos e que irão para a vida eterna somente por serem seus filhos. Pode ser que exista algum calvinista que pense assim, mas pessoalmente não conheço nenhum.
Abs.
Mizael,
Responder"Tenho uma dúvida que já por um bom tempo me acompanha, e acho que você tem a respota: Afinal, Alister Mcgarth é Calvinista ou não? Sei que é Anglicano, mas seria ela calvinista como Packer? A dúvida surge pelo fato de não ter lido nenhuma manisfestação dele nesse sentido, mas urgendo-se como especialista na história da Reforma, mui especialmente de Calvino."
Não sei. Ele escreve como se fosse um grande admirador da reforma protestante e fala positivamente das doutrinas da graça. Por outro lado, é um evolucionista teísta, isto é, acredita que Deus criou o mundo e a vida através do processo evolucionário. Temos que ler suas obras com critério.
Abs.
Danilo,
Responder"O que o senhor acha dos teólogos usarem o termo "vontade permissiva de Deus" para expressar a idéia de que Deus não foi o autor, mas permitiu alguma ação. Por exemplo: ações más. Na opinião do senhor, isso é tentar explicar o inexplicável ou não? Seria melhor, aqui, apenas dizer que "não se sabe"? Tenho dificuldade com essa expressão da Teo Sistemática."
Não vejo problema com o uso do termo, embora eu pessoalmente não o use. Para mim, vontade permissiva ou decretiva, ao final, é tudo a mesma coisa: Deus quis que acontecesse daquela forma, que permitindo ou decretando - o que dá no mesmo.
Abs.
Paulo Brasil,
ResponderObrigado, meu irmão! É isso mesmo.
Augustus
Observem a diferença:
ResponderCharles H. Spurgeon diz:
“A próxima inquirição é: "Por que Deus odiou Esaú?" Esta é uma questão bem diferente da primeira. É necessário uma resposta bem diferente. Por que Deus odeia alguém? Todo homem merece ser odiado por Deus. Há pessoas que dizem que foi por causa da Sua soberania que Deus odiou Esaú. Não penso ser essa a resposta correta. Não penso que Deus criou o homem com a intenção de condená-lo. Não posso crer que isso seja verdade sobre o Deus cujas misericórdias duram para sempre. Se Deus trata severamente qualquer homem é porque este homem merece tal tratamento. Não haverá nenhuma alma no inferno que poderá dizer a Deus que Ele a tratou mais severamente do que merecia. Toda alma perdida irá culpar-se a is mesma. Ela saberá que foram suas próprias obras malignas que a levaram ao inferno. É caso de justiça, se Deus tiver de condenar um homem.” ("Sermões Sobre a Salvação", Editora PES, p.p. 74-82)
João Calvino afirma:
“Tratemos agora dos réprobos, de quem o apostolo fala também na passagem já indicada, associando, ao mesmo tempo, os eleitos (Rm 9.13). Ora, como Jacó, sem ainda nada merecer por suas obras, é recebido à graça; assim também Esaú, ainda de nenhum inclinado ao delito, é dito em ódio. Se volvermos nossos olhos para as obras, fazemos grave injuria ao apostolo, como se ele não percebesse como algo obvio aquilo que para nós é claro. Com efeito, que ele não percebeu é fácil de ser provado, uma vez que ele insiste expressamente, dizendo que não havia ainda nada de bom ou mau a ser mostrado de que um eleito e o outro rejeitado; de sorte que assim prova que o fundamento da predestinação divina não está nas obras.” (Institutas Clássicas p.407, 408)
Achei interessante e resolvi postar...
Abraço
Renan
Danilo
ResponderRealmente tbm não encontrei nada com relação as credenciais academicas dele. Já li um debate dele com um ateu e vi que ele é bom debatedor. Não sei como ele consegue tanto admiradores, haja vista o seu fanatismo. O irmão acredita que ele é a favor da execusão dos homossexuais?! Ele mesmo diz isso em um de seus textos. Por aí o irmão já nota o quanto ele é fanatico e prepotente.
Mas coloca no google imagens que vai aparecer fotos dele.
Abraços
Caro Rev. Nicodemus,
ResponderA minha pergunta feita lá bem em cima ( a primeira na ordem decrescente) ainda não mereceu qualquer resposta. Como eu a acho pertinente, gostaria de insistir nela (suposta ambivalência do texto sobre ser ou não determinista bíblico).
Abs.
Ricardo
Rev. Nicodemus,
ResponderExcelente artigo! Que o Senhor Deus continue iluminando a sua mente e aquecendo o seu coração.
Um forte abraço,
Marcos Sampaio
Aguardo a sua ilustre visita em meu blog.
Augustus esto te aperriando mais uma vez!!
ResponderO fato de Deus nos oferecer a salvação e nós livremente aceita-la, tal aceitação é um ato de fé. Onde estaria o mérito em nós pobres seres humanos em abraçar o evangelho.A Fé nas Escrituras sempre é contrastada com as obras. Uma ilustração do Geisler é que nós somos mendigos espirituais, Deus estende sua mão, cabe a nós aceitarmos ou rejeitarmos. E se aceitarmos pelo nosso livre arbitrio dado por ELE, onde fica a nossa "gloria" nisso tudo?!
Não há merito em nós, o fato de um mendigo (Todos nós) aceitar a ajuda de uma pessoa (Deus) que não tinha a obrigação de ajuda-lo. Se o mendigo aceitou, ele não deve se vangloriar por ter aceitado tal ajuda. Pq, se essa pessoa não estende-se a mão para ajuda-lo, esse mendigo nuca sairia por sua própria capacidade da miséria em que estava.
Fica com Deus
Dinho,
ResponderNão está me aperriando não, não se avexe...
Eu entendo a sua questão, mas medite no seguinte:
1 - O contraste entre fé e obras na Bíblia é na verdade entre a graça de Deus e o mérito humano, pois a fé sempre é vista como alguma coisa que o próprio Deus concede. Veja estas passagens:
"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus" (Ef 2:8)
"Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. 17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus" (Mat 16.16-17).
"Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6.44).
"Certa mulher, chamada Lídia, da cidade de Tiatira, vendedora de púrpura, temente a Deus, nos escutava; o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia" (At 16.14).
"Porque vos foi concedida a graça de padecerdes por Cristo e não somente de crerdes nele" (Fil 1.29)
"Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna" (At 13.48).
2 - Por causa do pecado, o homem é incapaz não somente de praticar boas obras mas inclusive de crer no Evangelho. Veja estas passagens:
"Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo disse, e não credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai testificam a meu respeito. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas" (Jo 10.25-26)
"Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6.44).
"E, embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele, 38 para se cumprir a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor? 39 Por isso, não podiam crer, porque Isaías disse ainda: 40 Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos, nem entendam com o coração, e se convertam, e sejam por mim curados." (Jo 12.37-40)
"Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente" (1Co 2.14).
"Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, 2 nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; 3 entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais". (Ef 2.1-3)
"como está escrito: Não há justo, nem um sequer, 11 não há quem entenda, não há quem busque a Deus; 12 todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer. 13 A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua, urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios, 14 a boca, eles a têm cheia de maldição e de amargura; 15 são os seus pés velozes para derramar sangue, 16 nos seus caminhos, há destruição e miséria; 17 desconheceram o caminho da paz. 18 Não há temor de Deus diante de seus olhos" (Rom 3.10-18).
3 - Portanto, se entregue a si mesmo, o homem jamais poderá escolher e crer em Deus. Ele está morto em seus pecados, é surdo para as coisas de Deus, não as compreende e não as deseja. Na verdade, ele está em estado de inimizade contra Deus, veja estas passagens:
"Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus" (Rom 8.5-8).
Quando eu olho para minha experiência de conversão em 1977 cada vez mais me convenço que se Deus não tivesse me habilitado a crer, eu ainda estaria na minha incredulidade e cegueira.
Grande abraço!
Obrigado pela resposta, mas Augustus, eu tbm poderia citar um monte de versículos que por si só “provariam” o outro lado. Não estou dizendo que o senhor citou esses textos fora do contexto. Por exemplo, João 3.16, por si só já é persuasivo. Acabei de ler uma parte da interpretação que o Cheung (olha ele mas uma vez sendo citado!) faz desse texto, digo uma parte, pois não tive paciência de ler tudo. A argumentação dele é que tal texto se refere apenas aos eleitos. No entanto, Donald Carson, um perito em Novo Testamento, diz em seu livro “A difícil doutrina do amor de Deus”, o seguinte:
Responder“( João 3.16 ) eu sei que alguns calvinistas tentam tomar o grego Kosmos (mundo ) aqui para se referir aos que eles chamam de eleitos. Mas isto realmente não servirá. Todas as evidências do uso da palavra no evangelho de João são contrárias a esta sugestão” Pág. 17
“Planos exegéticos inteligentes que fazem da palavra ‘Mundo’, um rótulo para se referir aos eleitos não são muitos convincentes” Pág. 79.
“Defendo o argumento, então, que tanto os arminianos como os calvinistas deveriam corretamente afirmar que cristo morreu por todos, no sentido de que a morte de cristo foi suficiente para todos, e que a Escritura retrata Deus como convidando, ordenando, e desejando a salvação para todos, por amor”. (Pág. 81,82)
Ele é calvinista. E não sei como ele pôde fazer tais afirmações. Como fica Deus “convidando, ordenando, e desejando a salvação para todos, por amor”, se ele deseja apenas salvar alguns?! Não sei que tipo de calvinismo ele crê. Em todo caso, temos aí, um acadêmico admirado por todos, que discorda da opinião majoritária de que Jo. 3.16 se refere aos eleitos.
Fica com Deus e obrigado de verdade pelo tempo dispensando a me responder.
"Na linguagem da Bíblia, mistério é algo que anteriormente era desconhecido, mas agora foi revelado." (James Montgomery Boice, Ephesians: An Expositional Commentary, p. 24, Baker).
ResponderDinho,
ResponderVamos lá.
Primeiro, eu gostaria que você citasse este monte de versículos que provam que o homem caído e morto em pecados tem condições de crer no Evangelho sem qualquer intervenção de Deus. E que, em seguida, desse uma explicação plausível e contrária aos versículos que citei, os quais claramente provam que o homem natural por si mesmo não pode crer, e que a fé é um dom de Deus.
Segundo, eu também discordo de Cheung que "mundo" em João 3.16 se refira aos eleitos (se é que esta é a interpretação dele).
Quanto a Carson, que diz que João 3.16 mostra que a morte de Cristo foi suficiente para todos e que Deus oferece a salvação a todos - Você pergunta como ele, sendo calvinista, pode acreditar nestas coisas. Fica evidente, Dinho, e não estou querendo menosprezar você, que você não conhece de fato o calvinismo nem está familiarizado com o ensino dos calvinistas sobre estas questões.
Pois desde Agostinho, que não era "calvinista", se afirma que a morte de Cristo foi suficiente para salvar o mundo, mas EFICIENTE APENAS PARA OS ELEITOS. Em outras palavras, se Deus tivesse querido salvar cada pessoa deste mundo, haveria virtude e poder suficientes na morte de CRisto para salvar cada pecado que jamais existiu. Todavia, a morte de Cristo é eficaz somente para os eleitos. Se você ler o restante de CArson e outras coisas dele, verá que é isto que ele afirma.
Da mesma forma, os calvinistas sempre afirmaram que as ofertas de Deus ao homem perdido são em bona fide, isto é, de boa fé. Todavia, somente os eleitos responderão em fé, movidos pelo Espírito Santo.
De forma alguma a interpretação de Cheung de João 3.16 (kosmos = eleitos) é "majoritária" como você disse. Onde você tirou esta idéia? Os reformados geralmente tomam "mundo" em João 3.16 ou como uma referência a judeus e gentios - isto é, Deus amou não somente judeus, mas também gentios, de sorte que o mundo inteiro está aqui representado (é assim que Matthew Henry, um bom representante dos calvinistas interpreta) ou no sentido da humanidade toda, e neste caso, enfatizando a suficiência da morte de Cristo e não sua eficácia.
Por falar em calvinistas - Calvino acredita que "mundo" em João 3.16 é uma referência geral à humanidade, mas em seguida acrescenta: "Lembremos, por outro lado, que se a vida é prometida universalmente a todos que crêem, todavia, a fé não é comum a todos. Pois Cristo é apresentado a todos, mas somente os eleitos têm seus olhos abertos por Deus para que possam ver Cristo pela fé" (Comentário de Calvino em João 3.16).
Portanto, Dinho, João 3.16 não disprova nem refuta o que temos dito aqui.
Abraços!
Excelente texto! Uma coisa que sempre noto é que alguns sempre fogem quando se fala na soberania de Deus ou evitam de falar na igreja. Também noto, Rev., que o preconceito e a arrogância seja mais de arminianos que refutam a soberania de Deus.
ResponderNa minha opinião, não se pode deixar de falar todo o desígnio de Deus e muito menos uma doutrina tão bíblica. Penso até que precisamos ensinar mais, mesmo que tenhamos de gastar mais tempo explicando alguns fatores desta doutrina. Por isso, acho que o post foi muito bem.
Eu sempre ensino na igreja que não é por que não entendemos perfeitamente uma doutrina na Bíblia que ela não seja verdade. Na verdade, não entendemos quase nada de tudo que diz respeito à pessoa de Deus . Por exemplo: sua infinitude, eternidade, poder, amor e por aí vai.
Estou ensinando, no momento, aqui na igreja, a soberania de Deus no livro de Jonas. É um livro que enfatiza a soberania de Deus do começo ao fim. Vemos que Deus usou a "livre" decisão de Jonas de fugir e de até de querer morrer para daí ser um sinal aos ninivitas. É um claro exemplo de que Deus usa as decisões tendenciosas e pecaminosas dos homens para cumprir o seu propósito. Por isso que Jonas exclamou na sua oração: ao Senhor pertence a Salvação.
Um abraço.
Tirando os comentarios que o senhor já citou, me pzrece que os reformados estão se expressando muito bem.Com todo respeito a grande dificuldade que eu tenho em pedir que meus alunos no DCiscipulado leiam Teol. Reformada Brasileira é que os amados são "Britanicamente" rebuscados no falar. Graças a Deus isso está melhorando. Ou estou enganado. Se estiver desconcidere. Se não, isso está mesmo acontecendo??
ResponderGraça e Paz!!!
Primeiro, eu gostaria que você citasse este monte de versículos que provam que o homem caído e morto em pecados tem condições de crer no Evangelho sem qualquer intervenção de Deus.
Respondernenhum arminiano sensato jamais afirmaria que sem a intervenção da graça de Deus poderiamos ser salvos..
a questão gira em torno se essa graça(preveniente) pode ou não ser resistida. mas todos arminianos, que se presem pelas verdades bíblicas, afirmam que precisamos sim da intervenção da graça de Deus para sermos salvos... só é vê isso no livro Sola Gratia(do renomado calvinista R.C.Sproul)
paz de Cristo
“Primeiro, eu gostaria que você citasse este monte de versículos que provam que o homem caído e morto em pecados tem condições de crer no Evangelho sem qualquer intervenção de Deus.”
ResponderPastor Nicodemus, eu nuca disse que o homem pode crer sem a intervenção divina. Veja o que eu disse: “Não há merito em nós, o fato de um mendigo (Todos nós) aceitar a ajuda de uma pessoa (Deus) que não tinha a obrigação de ajuda-lo. Se o mendigo aceitou, ele não deve se vangloriar por ter aceitado tal ajuda. Pq, se essa pessoa não estende-se a mão para ajuda-lo, esse mendigo nuca sairia por sua própria capacidade da miséria em que estava.” “Assim, pois, isto näo depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.” (Ro.9.16) Deus é a fonte da nossa salvação.
“E que, em seguida, desse uma explicação plausível e contrária aos versículos que citei, os quais claramente provam que o homem natural por si mesmo não pode crer, e que a fé é um dom de Deus.”
O senhor não acha que eu iria fazer isso neh?! De forma alguma eu estou aki pra discutir a fundo esse assunto com o senhor. Até pq seria desigual. Haja a vista o seus estudos que excedem em muito os meus. Nós o amamos pq ele nos amou primeiro, quem iniciou o processo de salvação foi Deus. Nós nunca teríamos tal capacidade.
“Segundo, eu também discordo de Cheung que "mundo" em João 3.16 se refira aos eleitos (se é que esta é a interpretação dele).”
Se não se refere aos eleitos, então se refere a quem?! Se Deus só ama os que ele predestinou segundo a ótica calvinista?! O senhor esta dizendo que Deus amou tbm os não-eleitos?! Pq de acordo com a doutrina calvinista Deus só elege quem ele ama.
“Quanto a Carson, que diz que João 3.16 mostra que a morte de Cristo foi suficiente para todos e que Deus oferece a salvação a todos”
Eu sei que os calvinistas acreditam que a morte de Cristo é mais do que suficiente pra salvar todos o seres humanos. Mas o que adianta Deus conclamar o arrependimento de todas as pessoas, se a maioria já está condenada?!
“Pois desde Agostinho, que não era "calvinista", se afirma que a morte de Cristo foi suficiente para salvar o mundo, mas EFICIENTE APENAS PARA OS ELEITOS.”
É isso que João 3.16 quer dizer?! Apenas que a morte de cristo é suficiente pra salvar todas as pessoas?! O texto diz que Deus amou o mundo! Carson diz ; ““a Escritura retrata Deus como convidando, ordenando, e DESEJANDO a salvação para todos, por amor”. É estranha tal afirmação para um calvinista.
“ Em outras palavras, se Deus tivesse querido salvar cada pessoa deste mundo, haveria virtude e poder suficientes na morte de CRisto para salvar cada pecado que jamais existiu.”
E quem não sabe disso?!
“Os reformados geralmente tomam "mundo" em João 3.16 ou como uma referência a judeus e gentios - isto é, Deus amou não somente judeus, mas também gentios, de sorte que o mundo inteiro está aqui representado (é assim que Matthew Henry, um bom representante dos calvinistas interpreta) ou no sentido da humanidade toda, e neste caso, enfatizando a suficiência da morte de Cristo e não sua eficácia.”
Da no mesmo! Apenas os eleitos gentios e judeos. Portanto, de acordo com o calvinismo Jo. 3.16 se refere aos eleitos.
Quanto ao que francisco mário disse, a arrogancia vem de ambos os lados. Digo isso, pois trabalhei em uma grande livraria evangélica e lá encontrei tbm muitos calvinistas arrogantes, que se gabam de sua predestinação.
Fiquem com Deus
Dinho,
ResponderEstá publicado seu comentário, mas é óbvio que não vamos a lugar nenhum. Parece que você não leu ou não entendeu nada do que eu disse, e neste caso, vou parar por aqui.
Abs.
Desculpe Rev.: Augustus,
ResponderPara mim em nenhum lugar a Escritura diz que o homem é responsável porque ele é livre.
Pelo contrário, a Escritura ensina que o homem é responsável porque Deus, que é soberano, o considerada assim. Além do mais, Paulo, em Romanos 1, afirma que é o conhecimento inato do homem que o torna responsável pelos seus atos, e não a sua suposta liberdade. Isso está de acordo com o que Jesus diz em João 9:41: “Respondeu-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado algum; mas, porque agora dizeis: Nós vemos, subsiste o vosso pecado”.
Eu creio que até mesmo atos pecaminosos são ordenados por Deus (Efésios 1:11/Provérbios 16:4),mas isso não faz de Deus o autor do pecado.
Concordo com o Dr. Clark, que ao escrever seu livro sobre o problema do mal, disse: “Deus não é o autor deste livro, como os arminianos seriam os primeiros a admitir; mas ele é a causa última dele, como a Bíblia ensina. Todavia, eu sou o autor. Autoridade, portanto, é um tipo de causa, mas há outros tipos. O autor de um livro é a sua causa imediata; Deus é a sua causa última... Deus não comete mais pecado do que ele está escrevendo essas palavras”.
Para mim O único Ser que possui vontade livre é somente Deus.
Para mim, o homem claro que tem escolhas, mas elas nunca são livres.
Na nossa perspectiva as nossas vontades podem ser livres em relação ao Estado, As pessoas ao nosso derredor e etc.
Mas, na perspectiva diviva a vontade do homem é sempre escrava, ou do pecado ou da justiça: “Mas graças a Deus que, embora tendo sido escravos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues. E libertos do pecado, fostes feitos escravos da justiça” (Romanos 6:17-18).
Desulpe, mas eu sinceramente não creio mesmo da vontade livre do Homem.
Johnnathan,
ResponderAcho que não discordamos realmente. E se o fazemos, é mais questão de nomenclatura, algo que uma definição de termos resolveria sem problemas.
Um abraço.
Com todo respeito: esta discussão é antiga e nenhum dos dois lados consegue me convencer. Eu tambêm "mudei". O calvinismo é muito atraente por ter a glória de Deus no seu centro, mas a doutrina da eleição segundo Calvino não encontra respaldo em muitas passagens claras da Bíblia. O arminianismo tambêm vai ter suas dificuldades com outras tantas passagens bíblicas. Muitos calvinistas de hoje são como profetas no meio do caos teologico que reina no mundo cristão. Cito, por exemplo, John Piper e Hernandes Dias Lopes. Admiro a ambos, mas não concordo com os seus 5 pontos calvinistas (não são de Calvino, pois este já estava morto quando elaboraram o 5 pontos).
ResponderNa minha biblioteca tenho todas as teologias sistemáticas calvinistas lançadas no Brasil, mas neste ponto de "predestinação" não concordo com eles. E na história da igreja, a maioria dos pais não defendiam o monergismo até o 4. século.
Quando vejo a discussão presente do Dinho e cia. vs calvinistas nesta postagem, mais uma vez me convenço que não adianta chegar a um consenso. Está além de nossa imaginação. Quem somos nós para definir e sistematizar o amor de Deus? às vezes acho que tentamos converter os irmãos a nossa posição teologica... lá fora das quatro paredes de nossa igreja estão os pagãos e estão sendo mal ensinados por igrejas que não são igrejas da cruz de Cristo, estão sendo roubados e assaltados. E agente discutindo se laguem é ou não é predestinado, se somo supra- ou infra, deterministas ou sei lá o que... é hora de agir!
Abraço,
Matias
Pr. Nicodemus,
ResponderComo o irmão postou uma citação do James Boice [alguém pode me dizer se ele era compatibilista ou hiper?], transcreverei duas citações do Gordon H. Clark, como resposta à afirmação, por alguns, de que Deus é incognocível:
"Os Reformados não recuaram diante das passagens difíceis: sobre predestinação, pré-ordenação e os decretos eternos de Deus. Na verdade, essas passagens não são difíceis de entender, embora muitas pessoas achem difícil CRER nelas. Mas se elas são as palavras de Deus, então deveríamos estudar, crer e pregar as mesmas"[grifo meu],
e
"Se a Bíblia fala sobre pré-ordenação, não temos o direito de evitar tal assunto e nos manter em silêncio".
Abraços.
Matias,
ResponderCom todo respeito, poderia substanciar a sua afirmação de que a doutrina da eleição de Calvino não encontra respaldo na Bíblia? Tipo, citando a parte da doutrina e quais passagens ela contraria, etc.
Os 5 pontos do calvinismo não foram elaborados por Calvino, mas sempre tive a impressão de que são baseados no pensamento de Calvino. Poderia citar qual ponto não é, e do qual Calvino discordaria?
Fico feliz em saber que mesmo não concordando com a doutrina da predestinação você tem todas as sistemáticas dos calvinistas lançadas no Brasil... quais são elas mesmo? O amigo já leu todas?
Sobre a sua afirmação de que os pais da igreja não defendiam o monergismo até o séc. IV, confesso minha ignorância, e se você puder me dar a fonte para este fato me ajudaria bastante. Mas me ocorre que os pais da igreja nem sempre acertaram. Tinha vários deles, como Orígenes, que defendiam inclusive doutrinas bem estranhas. Mas vou aguardar sua resposta para saber quais dos pais eram sinergistas.
O meu diálogo com Dinho não visava consenso, mas esclarecer posições.
Você disse que "lá fora das nossas paredes estão os pagãos e estão sendo mal ensinados por igrejas que nao são igrejas da cruz de Cristo, estão sendo roubados e assaltados." E ai criticou que "agente [sic] discutindo se laguem [sic] é ou não predestinado, se somo [sic] supra- ou infra, ou sei lá o que.. é hora de agir!"
Matias, se tem um blog que tem alertado os evangélicos sobre igrejas pretensamente evangélicas ensinando mal o povo, eu acho que o nosso é um deles! Dê uma olhada na relação de postagens aqui contra neopentecostalismo, teologia da prosperidade, liberalismo teológico, e por ai vai.
Outra coisa, a proposta deste blog é discutir assuntos como este. Está bem no título dele. Não pretendemos salvar o mundo nem resolver os problemas sociais, públicos, políticos e civis dele. Este é um blog de TEOLOGIA e cabe perfeitamente as discussões que você não gosta ou não quer. Há outros blogs e sites dedicados a outros assuntos e você é absolutamente livre para frequentá-los.
Um abraço!
Matias,
ResponderA discussão é aceitavel e até necessária, quando nos delimitamos em falar a voz que a Escritura reverbera. Acho saudável à discussão, que evoca A Escritura. vejo problemas no bom andamento da discussão, quando por vezes, enquanto os Calvinistas sérios, procuram defender o que pensam pela Escritura, os Arminianos por não encontrarem sua cosmovisão na Bíblia, recorrem à argumentos sentimentalistas e subjetivos, apoiando-se mais em declarações do tipo, "Deus não pode fazer isso porque ama", do que mostrar pela Escritura a suposta verdade de Deus não condenar por que ama. E quanto à praticidade do que se crê, para o resultado de uma boa evangelização, o ser Calvinista não se constitui em um problema. Recapitule a História da Igreja à alguns anos e nos reavivamentos encontre monergistas pregando o evangelho como: Jonh Knox, John gill, Richard Baxter, John Bunyam, John Owen, Jhonatas Edwards, George Whitefield(Esse esquecido em detrimento de John Wesley), William Carey, e tantos outros. Quando A glória de Deus é superestimada, e a volição do homem subestimada, O Eterno não hesita em salvar para o louvor de sua Glória e para a prostração daqueles que o adoram.
Graça e Paz
Mizael
Reverendo Augustus, apesar de já ter lido comentários de calvinistas sobre esses textos bíblicos confesso que, apesar de muito bem escritos,sempre me pareceram forçados para se adequarem um pressuposto (no caso, o calvinismo) :
Responder“Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia,.” Tt.3:4-7
"Amor para com todos..."
"Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade."
"deseja que todos os homens sejam salvos..."
"não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento."
"não querendo que nenhum pereça..."
"Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida"
Abraço!
Augustus, mais uma vez aki.
ResponderTrago a relação dos pais da igreja, que tirei do livro "Eleitos, mas livres", do Geisler.
Justino Mártir:
"Deus, no seu desejo de que os homens e anjos seguissem a sua vontade, resolveu criá-los livres para praticar a retidão. Se a Palavra de Deus prediz que alguns anjos e homoens certamente serão punidos, isso é porque ela sabia de antemão que eles seriam imutavelmente ímpios, mas não porque Deus os criou assim. De forma que quem quiser, arrependendo-se, pode obter misericórdia(Dialogue, CXLI)."
Ireneu
Atenágoras de Atenas
Téofilo de Antioquia
Taciano da síria
Bardesano da Síria
Clemente de Alexandria
Tertuliano
Novaciano de Roma
Orígenes
Metódio
Arquelau
Arnóbio de Sicca
Cirilo de Jerusálem
Gregorio de Nissa
Jeronimo
João Crisostomo
Agostinho jovem
Jack Cottrell, diz: "Nos três primeiros séculos da Igreja, a visão do livre-arbítrio era tudo que existia." http://www.arminianismo.com/
Fica com Deus meu caro
Caro Rev. Augustus, parabéns pelo artigo e pela humildade em dizer "não sei". A maioria dos deterministas que conheço não sabem dizer estas duas palavras - se esquecem de Dt 29.29. Abraço, Ageu.
ResponderCaro Rev Augusto,
Responderprimeiro preciso admitir que fico admirado pelo fato de não apenas ler todo meu comentário, mas tambêm comentar os meus comentários. Tambêm expressei me mal (o que é normal para um "gringo") na questão do respaldo bíblico do Calvinismo. Simplesmente queria dizer, que, ao meu ver, há muitas passagens bíblicas que não dão respaldo ao calvinismo. Mas outras, e não são poucas, perfeitamente podem ser usadas para apologia do calvinismo.
Quanto ao desenvolvimento do pensamento teologico, que hoje denominamos calvinismo, precisaria honestamente, rever o material, inclusive de alguns calvinistas, para mencionar nomes de pais da igreja (não era apenas Origenes) que não defendiam o monergismo. Eu sei que alguns formularam pensamentos que foram base para o Pelagianismo.
Quanto ao meu cansaço sobre a discussão calvinismo vs "arminianismo" é que tenho acompanhado e participado desta há quase 15 anos e vejo que alguns se "converteram" do calvinismo para o arminianismo e vice-versa. A igreja pentecostal a qual pertencia em hamburgo, Alemanha, virou reformada e muitos, pela primeira vez, entenderam a graça de Deus. Hoje esta igreja é ligada a Sovereign Grace Ministries e tem como mentores Dave Harvey, CJ mahaney e Dr.mult Thomas Schirrmacher. Todos excelentes expositores biblicos e exemplos de vida cristã. Tenho maior respeito pelos calvinistas.
Não li todas as teologias sistemáticas de capa a capa... Berkhoff precisa ser lido com muita atenção, Wayne Grudem leio com prazer em inglês, a do Franklin ferreira é interessantíssima. É só no ponto da predestinação que não consigo "imergir"...
Na minha escatologia sou amilenista, e os argumentos dos meus professores calvinistas foram convincentes.
Quanto ao blog de vocês: é muito esclarecedor, e é necessário debater. Apenas queria dizer, que muitas vezes na igreja perdemos tempo em debates teologicos, perdendo nosso foco missionário e evangelístico. creio que calvinistas e não clavinistas deixam de andar juntos por causa da doutrina da predestinação, perdendo a oportunidade de juntos fazerem um trabalho de esclarecimento junto ao povo que pensa que é "crente", mas é supersticioso e nao conhece a palavra da cruz, e muito mais, levar o evangelho simples para a nação.
O programa "Verdade e Vida" é o ÚNICO programa de conteúdo biblico, mas em um ou outro programa, ao meu ver (minha oopinião pessoal!) perdeu seu foco quando começou em uma ou outra programação enfatizar o calvinismo.
Quanto ao TULIP creio que são todos pensamentos de Calvino, mas, apenas queria enfatizr que não foi ele que desenvolveu estes 5 points.
Calvino é muito mais do que TULIP. A maioria do calvinistas nunca leram as Institutas, nem a sua forma abreviada, publicada pela PES. O que li de calvino (parte das Insitutas, Comentário de Romanos), o que li de Lutero (Catecismo Maior, Menor, Galatas) e de outros reformadores foi muito inspirador, e não preciso concordar com tudo. Queria ler muito mais, mas a minha rotina profissional secular não deixa muito tempo.
Não me entendam mal, admiro os calvinistas. Citei Piper e H.D Lopes como profetas. Gostaria de citar um Wesley moderno... mas não tenho encontrado. Mas a discussão teologica não deve nos dividir. Eu sei muito bem conviver com pentecostais, calvinistas, arminianos, historicos, até os dispensacionalistas, pois todos foram usados para agregar coisas boas ao meu cristianismo.
Não consigo conviver com teologia liberal, de processo, teísmo aberto, evangelho sangue-suga de alguns tele"evangelistas... estes venderam a verdade!
Abraço fraternal,
Matias
Dinho,
Responder(Espero que vc não volte a me xingar de novo)
Vc já leu os Pais da Igreja? Tipo, Justino? Já consultou estas fontes in loco?
Há uma ambiguidade entre eles sobre a iniciativa de Deus na salvação. Enquanto os latinos enfatizavam a prioridade do Espírito Santo, agindo com o livre-arbítrio, os gregos tendiam a enfatizar a iniciativa do intelecto, para daí sim vir a ação do Espírito na vontade. O que Agostinho fez foi sistematizar uma série de 'pontas soltas' que os Pais ainda não haviam tratado a contento. Tanto que a posição de Agostinho se tornou o padrão da ortodoxia no ocidente (o oriente é outra história).
Para uma crítica ao livro de Geisler, que é muito fraco:
http://www.mackenzie.br/fileadmin/Mantenedora/CPAJ/revista/VOLUME_VIII__2003__1/res_v8_n1_flanklin_ferreira1.pdf
Goel
Dinho,
Responder"Eleitos, mas livres", do Geisler?
O que é isso, meu amigo? Por favor, utilize uma fonte confiável.
Geisler chama Jonathan Edwards, John Owen e muitos outros de hiper-calvinistas (infelizmente, muitos que se consideram calvinistas aprenderam essa artimanha com o velho e desonesto Geisler).
O livro todo é repleto de bobagens e indícios (provas, na verdade!) que o cara não sabe o que está falando.
John Gill fez uma compilação muito boa do que os Pais da Igreja entendiam sobre os 5 pontos (Parte 4 do seu livro THE
CAUSE OF GOD AND TRUTH:
http://www.pbministries.org/books/gill/gills_archive.htm#5
Dinho
ResponderO que o Jack Cottrell escreveu demonstra a profunda ignorância dele sobre a Patrística.
Tendo lido muito dos Pais da Igreja em minha vida acadêmica, devo dizer que a ênfase do livre-arbítrio nestes (sejam gregos, como Justino) ou latinos (como Tertuliano) não eram ligadas diretamente à soteriologia (que não era matéria de debate então). Geralmente o tratamento do livre-arbítrio estava ligado à teodicéia, como argumento contra o fatalismo grego. Basta ler o próprio tratado do livre-arbítrio de Agostinho prá ver isto.
Ao mesmo tempo que o Cottrel escreve uma bobagem desta, ele também deveria falar que muito da doutrina da salvação no período pré-Agostinho era quase salvação pelas obras; basta estudar o neo-nomismo presente na Patrística prá ver isto.
No fim, por mais admiraveis que sejam estes homens, é a Sagrada Escritura que vai decidir a questão. E não, não há textos arminianos nela.
Goel
Caro Matias,
ResponderObrigado por sua resposta e pelas considerações irênicas. Entendi seu ponto de vista.
Um grande abraço!
Dinho,
ResponderAcho que Goel já disse tudo o que eu queria dizer e melhor ainda, sobre os Pais da Igreja e o uso de Geisler.
Lamentavelmente, você perdeu as estribeiras de novo e fez um comentário cheio de ironias e acusações. Desta feita está excluído de vez da discussão.
André, querido,
ResponderEstas passagens que você cita são bem conhecidas dos calvinistas. Para mim, a interpretação que eles dão para estas passagens são muito mais convincentes e explicam muito melhor as outras passagens que falam da eleição, predestinação, do amor especial de Deus pelos eleitos, da eficácia da morte de Cristo somente para os que são seus, etc.
Não vamos ficar aqui repassando os pontos básicos e já batidos desta discussão.
Abs.
Jorge,
ResponderO comentário de Clark é interessante, mas eu ainda fico com Calvino quando fala da predestinação nestes termos:
"Quando os homens quiserem fazer pesquisa sobre a predestinação é preciso que se lembrem de entrar no santuário da sabedoria divina. Nesta questão, se a pessoa estiver cheia de si, e se intrometer com excessiva autoconfiança e ousadia jamais irá satisfazer a sua curiosidade. Entrará num labirinto do qual nunca encontrará saída, porque não é certo que as coisas que Deus quis manter ocultas e das quais ele não concede pleno conhecimento sejam esquadrinhadas dessa forma pelos homens. Também não é certo sujeitar a sabedoria de Deus ao critério humano e pretender que este penetre a sua infinidade eterna. Pois Ele quer que sua altíssima sabedoria seja mais adorada do que compreendida (a fim de que seja admirada pelo que é). Os mistérios da vontade de Deus que ele achou bom comunicarmos, Ele nos testificou em Sua Palavra. Ora, ele achou bem comunicar-nos tudo o que viu que era do nosso interesse e que nos seria proveitoso".
"E não nos envergonhemos por ignorar algo deste assunto, no qual há certa ignorância mais douta que o saber. Melhor faremos em em dispor-nos a abster-nos de um conhecimento cuja exibição é estulta e perigosa, e até mesmo perniciosa. Se a curiosidade de nossa mente nos solicitar que investiguemos tudo, sempre teremos em mãos esta sentença para rebater esta pretensão: 'quem esquadrinhar a majestade de Deus será oprimido por Sua glória'." (Institutas, Livro III, capítulo 1 e 2).
Termino este assunto, pois acho que já basta, lembrando que a Bíblia é suficiente e não exaustiva. Quando ela fala, nós falamos. Onde ela se cala, devemos calar.
Abs.
Spurgeon falou: "Todos nós nascemos arminianos". Na verdade, é fácil ser arminiano porque o homem fica no trono. Digo isso porque fui um dia. Ser calvinista exige 3 coisas que poucos têm:
Responder1. Renúncia do ego em, pelo menos, aceitar a possibilidade que Deus fez tudo por mim e eu não posso fazer nada.
2. Humildade para aceitar o que a Bíblia ensina sem questionar
3. Conhecimento teológico e exegético (tendo as 2 de cima)
Estão falando muito em "Pais da Igreja" para tratar de um assunto que é substancialmente bíblico. Ao meu ver, alguns pais da Igreja prepararam o terreno nesse assunto para o surgimento da igreja medieval e pagã.
Toda a doutrina errada da igreja medieval católica se baseia na doutrina arminiana - salvação por obras, através dos sacramentos, mediadores além de Cristo, o homem pode participar da salvação etc. Seguiu a lógica que se o homem é livre, então ele tem algum mérito (segundo essa doutrina)
Depois, quando se afirma que os arminianos aceitam que a salvação só pode vir pela intervenção de Deus, mas o homem pode recusar, isso não é inteligente. Ora, se o homem pode recusar sem a intervenção de Deus (pois segundo eles Deus não intervém na recusa de ninguém), ele teria também liberdade de TER a salvação sem a intervenção de Deus porque se o homem recusa sem a sua intervenção, porque ele aceitaria só com a sua intervenção? Isso não se sustenta e não é inteligente.
No entanto, se o homem pode ser salvo sem a intervenção de Deus, anula-se a cruz de Cristo como disse Paulo.
Depois, é difícil sair dos textos que demonstram total impossibilidade como MORTO, CEGO etc.
Outra observação é que essa história de dizer: "Deixemos de discutir sobre predestinação e livre-arbítrio, pois temos as almas que precisam de nós" é uma total dicotomia entre doutrina e praticidade. A ortodoxia tem a ver com ortopraxia. Jesus mesmo disse que erramos quando não conhecemos as Escrituras e o poder de Deus. O que é a carta aos Romanos, se não um tratado sobre predestinação e justificação pela fé?
Portanto, devemos discutir mesmo, sempre levando em conta o que o post tratou: devemos dar lugar a dúvidas dos outros e aceitar aqueles que não concordam conosco, mesmo que haja refutação.
Chave de ouro!
ResponderO Rev. Nicodemus pronunciou sabedoria por meio de Calvino.
Fim da discussão!
Rev.: Augustus
ResponderRelendo com mais atenção o seu texto vejo que concordo com Vc.
Realmente não discordamos, é questão de nomenclatura mesmo.
Abs.
Dinho disse:
Responder"... Penso que um casal de calvinistas ao ter resolver ter um filho, deve ter em mente que eles podem está gerando um filho para O FOGO ETERNO DO INFERNO!"
UÉÉÉ?!!!
Os arminianos estão protegidos disso? Todos eles têm certeza de que os filhos serão salvos?
Solano
Essa foi boa Solano. Parece que os Arminianos acham que filhos de crentes, crentinhos são. Fazem os meninos decorarem versículos e acham que eles já são futuros grandes pregadores.
ResponderBonfim
Penso assim pois entendo que a Queda de Adão veio antes da predestinação na seqüência lógica (não na seqüência histórica) em que Deus elaborou o plano da salvação.
ResponderPastor este ponto me ajudou muito,mas ainda tenho uma dificuldade ou eu não entendi o ponto de vista do senhor com efésios 1 quando diz:" que nos predestinou antes da fundação do mundo".
um grande abraço
fileto
Gostaria de parabenizar o Dr. Augustus Nicodemos pelo excelente texto e recomendar um excelente texto do Dr. Roger Nicole, professor no Reformed Theological Seminary, sobre disputas teológicas:
Responderhttp://www.founders.org/journal/fj33/article3.html
Fileto,
ResponderO texto de Paulo refere-se à seqüência histórica e cronológica. Antes de criar o mundo no tempo e no espaço, Deus já havia predestinado os seus.
Abs.
Olá Reverendo,
ResponderTenho lido alguns artigos do sr. e ouvido alguns áudios que o Felipe Sabino publica no site www.monergismo.com.br. Foi lá que entrei em contato com um pouco do que o Senhor nosso Deus tem lhe confiado. Apesar de ser pentecostal, a partir daí tenho me dedicado à pesquisa sobre as doutrinas calvinistas.
Reverendo Nicodemus, esse post corrobora minha conclusão que cheguei sobre sua postura de um calvinista com uma ampla visão. Sua fidelidade ao seu sistema teológico, sem cometer o pecado de humilhar os partidários de outros sistemas é, pelo menos para mim, admirável.
Parabéns, doutor. Que Deus continue te abençoando.
Caro Rev. Augustus, só para reforçar a sua frase "Quando ela fala, nós falamos. Onde ela se cala, devemos calar.", mais Calvino:
Responder“Eis um bom marco memorial da sobriedade: se em nossa aprendizagem ou em nosso ensino seguirmos a Deus, tenhamo-lo sempre adiante de nós. Contrariamente, se Ele parar de ensinar, paremos de querer continuar a ouvir e a entender” (João Calvino, As Institutas: Edição Especial para Estudo e Pesquisa, III.8)
“É estulto e temerário de cousas desconhecidas mais profundamente indagar do que Deus nos permita saber” (João Calvino, As Institutas, III.25.6)
“Portanto, que esta seja nossa regra sacra: não procurar saber nada mais, senão o que a Escritura nos ensina. Onde o Senhor fecha seus próprios lábios, que igualmente impeçamos nossas mentes de avançar sequer um passo a mais.” (João Calvino, Romanos, Rm 9.14)
Abraço,
Ageu.
Rev. Augustus,
Respondervou mudar um poco de assunto para tirar uma dúvida. Penso em comprar a nova edição da bíblia de estudo de Genebra. Numa livraria, verifiquei que, não obstante as poucas alterações das notas de rodapé, foram retirados boa parte daquelas notas teológicas (Sproul) e acrescentadas outras coisas (como a CFW). Gostaria de saber sua opinião; se a nova edição supera a primeira, ou se a primeira edição era melhor que essa nova.
Abs.
Márcio
O Dinho escreveu:
Responder"... Penso que um casal de calvinistas ao ter resolver ter um filho, deve ter em mente que eles podem está gerando um filho para O FOGO ETERNO DO INFERNO!"
Diferente desta caricatura, nossa fé conecta a doutrina da eleição à teologia pactual. Isto é, o Deus gracioso que elege, também estabelece uma aliança com estes indivíduos, tornando-os uma santa comunidade. E a família é parte desta comunidade.
Portanto, nossa confiança é que o Deus que soberanamente nos chama, também cumpra suas misericordiosas promessas feitas a nós e a nossos filhos: "Para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o Senhor, nosso Deus, chamar".
A gente não evangeliza os filhos da aliança; a gente os educa na fé. Eles estão debaixo de promessa.
Goel
Pr. Izaque,
ResponderObrigado pelas boas palavras e pelo encorajamento.
Abs.
Rev. Ageu,
Excelente complementação. Isto me lembra que muitos calvinistas leram tudo menos o próprio Calvino...
Abs.
Marcinho,
Ainda não fiz esta comparação. Lamento.
Abs.
"A gente não evangeliza os filhos da aliança; a gente os educa na fé. Eles estão debaixo de promessa."
ResponderEu, particularmente, acho perigosa essa declaração. Devemos evangelizar a todos, pois todos estão debaixo do pecado.
Filhos dos herdeiros da promessa não significam salvos. A prova disso é que Deus amou Jacó e aborreceu a Esaú (todos dois filhos de Isaque).
A salvação não requer nenhum privilégio. Ela é inteiramente pela graça.
Rev. Augustus,
ResponderLendo esse "debate" aqui entre Calvinistas e Arminianos nos comentários, gostaria também, se possível, de manifestar minhas impressões sobre as posições apresentadas e depois tirar uma dúvida:
1. Sobre os argumentos Calvinistas:
A) Percebo que os calvinistas quando defendem sua posição, citam os textos e também os explicam.
B) Percebi que em nenhum momento os calvinistas são acusados pelos arminianos de citar textos errados, ou seja, de citar textos que nada têm a ver com o ponto de vista ou a doutrina em debate.
C) As explicações e as interpretações dadas pelos calvinistas sobre os textos também não são contestadas pelos arminianos, pelo contrário, são até elogiadas em certo comentário.
2. Sobre os argumentos arminianos:
A) Os arminianos não refutam os textos dos calvinistas, ou seja, não acusam de erro de citação os textos, nem que estão fora do contexto do assunto.
B) Os arminianos não explicam de forma diferente as interpretações dos textos dadas pelos calvinistas.
C) Os arminianos quando são incentivados a citar textos que contradizem os textos dos calvinistas, eles não o fazem.
D) Os textos citados pelos arminianos para sustentar suas posições são todos explicados de forma diferente pelos calvinistas, o que dá a impressão clara para mim de que a interpretação dos arminianos é, no mínimo, contestável.
Sinceramente, na minha opinião, os textos e as explicações apresentadas são suficientes pra que alguém sinceramente chegue a uma conclusão.
Não acredito que as duas posições estão corretas, não acho que as duas interpretações estão certas, pois são muito diferentes uma da outra.
Pelo que percebi, elas são excludentes, uma está ainda sinceramente equivocada.
Gostaria de fazer uma pergunta para o senhor: na História da igreja, quais foram os homens (pastores e pregadores) reconhecidamente sérios e comprometidos com Deus que defenderam o Calvinismo e os que defenderam o Arminianismo?
Aguardo a resposta do senhor.
Deus o abençõe!
Francisco,
ResponderRecomendo que vc estude um pouco mais sobre a teologia da aliança.
Note que citei "fé".
E "evangelização", segundo o NT, é apresentar a mensagem; não método, nem resultado.
Goel
"Ora, se o homem pode recusar sem a intervenção de Deus (pois segundo eles Deus não intervém na recusa de ninguém), ele teria também liberdade de TER a salvação sem a intervenção de Deus porque se o homem recusa sem a sua intervenção, porque ele aceitaria só com a sua intervenção? Isso não se sustenta e não é inteligente."
Responderpode parece que isso não se sustente nem seja inteligente..
porem uma coisa é a logica que vc tira da doutrina arminiana e, outra coisa é o que os arminianos afirmam.
os arminianos não afirmam que sem a intervenção da graça de Deus o homem possa ser salvo. ]
o bom seria que todos os calvinista tivessem o bom senso de distinguir, o que os arminianos afirmam, do que eles entendem levar a doutrina arminiana.
sei que isso ocorre também entre os arminianos.
E com relação a frase de Spurgeon que todo homem nasce arminiano, mais uma vez indico o propria livro de Sproul(sola Gratia) na parte em que ele fala de Armínio. Posso não concordar com tudo o que ele falou, mas seria uma boa compreesão para os que só conhece o arminianismo de conclusões lógicas tirada de calvinistas, que nem sempre estão bem informados com as doutrinas arminianas.
outro livro que sugeria para que tivessem uma compreensão melhor sobre o que afirma o arminianismo seria: Arminian Theology: Myths and Realities. Do Dr. Roger Olson que ja tem algumas obras traduzidas para o português, mais voltado na area de história.
Paz de Cristo..
A Paz de Cristo!
ResponderDr. Augustus,
Certa feita um pastor presbiteriano e muito amigo meu (Pr. Euder Lemos, já foi aluno seu) me disse que "A doutrina da Predestinação não é difícil de ser entendida e sim de ser aceita". O que o sr. acha?
Cleiton Tenório
Cleiton,
ResponderJá respondi a este tipo de argumento, leia acima as citações de Calvino que fiz complementadas pelo Rev. Ageu.
Abs.
Mudei de ideia!
ResponderSerá que conseguirei manter-me na nova posição?
Irmão arminiano anônimo (penúltimo comentário acima 10/06, 11:37), a Paz de Cristo.
ResponderGostaria respeitosamente de expressar minha opinião sobre suas falas e que me chamaram a atenção:
"...porém uma coisa é a logica que vc tira da doutrina arminiana e, outra coisa é o que os arminianos afirmam."
"...mas seria uma boa compreensão para os que só conhece o arminianismo de conclusões lógicas tirada de calvinistas, que nem sempre estão bem informados com as doutrinas arminianas."
Em oito anos numa igreja arminiana (AD) acredito que talvez eu conheci esse arminianismo que você diz que nós calvinistas só conhecemos através da lógica e por outros calvinistas. Se eu estiver enganado, por favor me corrija e me apresente esse outro arminianismo. Vou tentar te explicar porque digo isso.
Conheço bem e apenas o arminianismo assembleiano, de onde saí. Durante os anos que lá permaneci, não vi nenhuma diferença na conclusão lógica da doutrina e nem muito menos na prática do arminianismo que hoje é explicado pelos calvinistas, (aquele refutado como heresia lá em Dort).
Vivi na prática o ensino do arminianismo histórico Dortiano, na maioria das vezes sem saber e também sem querer pensar na lógica do ensino. O arminianismo brasileiro que eu vivi e explico como erro hoje, é exatamente o mesmo arminianismo que foi refutado séculos atrás no Sínodo de Dort.
O arminianismo que eu pratiquei (ainda que sem saber "logicamente"), desemboca no mesmo rio do outro antigo, tem o mesmo raciocínio lógico nas conclusões daquele. Basta consultar um pastor arminiano brasileiro que ele lhe dará os mesmos textos e as mesmas conclusões Dortianas.
Por isso, querido irmão anônimo, não posso concordar com você. Um crente que é doutrinariamente calvinista, quando explica o erro arminiano, ainda que nunca tenha sido membro de uma denominação arminiana e vivido na prática essa doutrina, pode ficar tranquilo, é o mesmo antigo arminianismo de Dort.
Irmão anônimo arminiano, com todo o respeito, essa é a minha opinião.
Deus te abençõe e fique também na Paz de Cristo.
Eduardo.
Ao Goel
Responder["Recomendo que vc estude um pouco mais sobre a teologia da aliança.
Note que citei "fé".
E "evangelização", segundo o NT, é apresentar a mensagem; não método, nem resultado."]
Amado irmão, aconselho a você não fazer essa recomendação:
1. Quando não conhecer a pessoa e nem a sua formação
2. Quando estiver diante de uma refutação com base nas Escrituras (coisa que você não tocou e acho que não sairá nunca do verso que dei; exceto que deturbe e estarei aqui para dizer onde o fez)
3. Por eu não concordar com um aspecto de uma doutrina não signifique que devo estudar mais. Prova disso que o Rev. Nicodemus não aceita a interpretação reformada de Rom 7.14 ss. Nem por isso, não posso dizer que ele não conheça essa doutrina.
Portanto, irmão, vá com mais calma e humildade.
Goel, segunda parte:
Responder["E "evangelização", segundo o NT, é apresentar a mensagem; não método, nem resultado."]
Não toquei em método, nem em resultados. Toquei exatamente em evangelização porque todos estão debaixo do pecado e da ira de Deus, mesmo qualquer familiar nosso que não tenha tido o nvo nascimento, precisa crer e essa fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus.
A salvação não é hereditária. Se não foi assim no VT, imagine no NT porque o justo viverá pela fé (Hb 2.2; Rm 1.16,17). Escrevi um artigo sobre isso.
Ao irmão anônimo:
ResponderIrmão, eu fui arminiano um bom tempo. No entanto, eu usei apenas a lógica do argumento escrito aqui mesmo neste post.
Usei lógica, porque todos nós nos expressamos com base em pressuposições e conclusões. Eu, apenas, coloquei em forma explícita essa lógica.
Mesmo assim, qualquer que seja as proposições arminianas, a conclusão sempre será num labirinto que vai levar ao Minotauro da vanglória humana e do decréscimo da obra de Cristo na cruz.
Francisco
ResponderLamento vc ter se magoado; como não sei usar emoticons por aqui, não queria ofendê-lo.
De qualquer forma, ainda recomendo que vc estude a teologia das alianças. Há bons livros em português sobre isto (Van Groningen, Palmer Robertson, Mike Horton, John Murray, etc).
Escrevo isto, pois, ao escrever "a salvação não é hereditária" vc parece demonstrar não ter idéia clara do que a teologia da aliança ensina sobre pais & filhos. Então, é prova de humildade não só discordar da posição de um oponente mas NÃO FAZER UMA CARICARTURA ou má representação da posição do mesmo.
Por fim, não vi nenhuma "refutação com base nas Escrituras" com a qual deveria me preocupar. Citar "texto-prova" não é, necessariamente, mostrar "base nas Escrituras".
Goel
Assembleianos na sua maioria absoluta (pastores inclusive), não sabem que são arminianos. Falo da geração de 1970 até 1997 (quando lá congreguei).
ResponderPS: Reverendo... consegui fazer um comentário curto... risos...
Se houvesse livre arbítrio Deus não poderia agir no mundo ou na igreja nem convencer os homens de seus pecados a simples ação de um Ser que criou um universo imensurável já comprometeria nosso livre arbítrio.
ResponderPropugnaculum.
Tenho uma dúvida (gostaria que algum calvinista respondesse):
ResponderVocê, calvinista, considera o arminiano um herege? Se sim, então você não o considera como irmão em Cristo, não é? Mas se o considera herege e ainda assim o chama de irmão então não consigo entender???!! Afinal de contas estamos tratando de algo muito sério (não estamos falando de costumes cristãos apenas, mas de um assunto que traz muitas implicações....). Por outro lado, se você (calvinista) não considera o irmão arminiano um herege. Então para mim todo esse alvoroço não passa de uma réplica do que aconteceu na igreja em Corinto:
"me foi comunicado de que há contendas entre vós; um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo"
A paz seja com todos que amam sinceramente nosso Senhor Jesus.
Francismo Mário,
Respondero Goel tem razão. Ninguém desmereceu ninguém. Você que ficou magoadinho de graça. A teologia da Aliança nunca disse que filho de crente é crentinho. É mais fácil os arminianos acharem isto.
Você é que precisa ir com mais calma e humildade, ainda mais porque você não conhece essa Teologia.
Frase do dia:
"Aos indoutos resta o silência."
E a Igreja diz Amém.
Andrade
Por favor ninguem se ofenda,
Responderestou escrevendo em tom de brincadeira,
mas se os calvinista creem na Soberania Divina e Responsabilidade Humana, os arminianos creem na:
Soberania do Homem: que dá a palavra final quanto a ser salvo ou não.
Responsabilidade de Deus: q se não dar a todos a msm oportunidade é condenado como mal.
Irmão Nicodemus, aproveitando a pergunta do irmão André. O arminianismo seria uma HERESIA, ou apenas, um erro doutrinário?? Já que os teológos fazem essa diferença entre os dois.
ResponderAbraços
O pelagianismo (que prevalesce na igreja brasileira) é heresia; o arminanismo (que ensina a graça preveniente, fé & arrependimento como dons de Deus, justificação) é um erro teológico.
ResponderGoel
Um exemplo disso (o pelagianismo no Brasil)seria então o que acontece nas igrejas pentecostais, onde qualquer coisa que você faça é motivo pra se perder a salvação. Nos meus tempos de criança, ouvia-se dos pastores que se estivessemos assistindo TV na hora da vinda de jesus, ficariamos para a grande tribulação. Tais pregações não eram casos isolados não. Era algo generalizado. Isso pra mim, é a banalização da Graça de Deus.
ResponderAbraços
Boa noite, Rev. Nicodemus.
ResponderCreio na compatibilidade plena entre soberania divina e responsabilidade humana, mas sinceramente não creio que isso resida no mistério (no sentido de ser algo inexplicável). Sou determinista (creio que *todas* as coisas, incluindo ações humanas, são determinadas providencialmente por um Deus soberano, pessoal e autoconsciente). Ademais, também critico o determinismo que o sr. condena. Não é bíblico o determinismo que não se encaixa na definição supracitada.
O sr. considera um mistério a relação entre um Deus absolutamente soberano e onisciente e a responsabilidade real do homem perante Deus. Há um livro de Vincent Cheung, O Autor do Pecado, que a meu ver resolve essa questão. Sugiro a sua leitura.
Sim, devemos ser humildes no tocante a ensinos difíceis da Bíblia, mas há o outro lado da moeda: não temos direito de tratar como mistério ensinos bíblicos que não são um mistério. Nossa humildade é também demonstrada quando reconhecemos que outro irmão na fé alcançou iluminação espiritual para trabalhar conceitos até então difíceis para nós. Acho que Cheung teve essa iluminação de Deus, sobretudo por se ater à Bíblia. Gostaria, assim, de compartilhar o esclarecimento.
Fica a minha indicação.
Um abraço,
marcelo h.
Suas Crenças São Inúteis
ResponderLendo o que o senhor escreveu, percebo claramente que suas crenças são abosolutamente inúteis. Pode-se crer em tudo ao inverso, e nada muda.
A teologia, assim, é uma "ciência" com a qual ou sem a qual o mundo é tal e qual. O teólogo acadêmico só serve para publicar "papers", o que é um desperdício da inteligência humana. Os recursos da igreja deveriam ser melhor aplicados.
Prezado Nicodemus,
Responderesta é uma mensagem fora de tópico; agradeço se puderes postá-la. Falo como cristão que não consegue silenciar perante críticas gratuitas a um irmão na fé, Vincent Cheung, que tanto tem somado ao discernimento de cristãos. E (e vários outros) troco e-mails com ele, conhecendo assim ele um pouco melhor.
Às vezes fico com a nítida impressão de que alguns aqui (só meia dúzia de gatos pingados, graças a Deus) só não gostam de Cheung para serem "do contra", independentemente dos argumentos do autor. Isso é atitude VAIDOSA, para dizer o mínimo.
Esses que criticam Cheung de arrogância se dão ao menos ao trabalho de saber as razões por que Cheung PONTUALMENTE chama pessoas de estúpidas e/ou idiotas? Onde está a contra-argumentação, minha gente?
Sobre o fato de pouco se conhecer de Cheung (fotos, etc.), qual é a relevância disto? É demérito a seus argumentos? Isso é risível. Usem o bom-senso!
Não me importo com o que digam de mim esses 'cristãos' ('defensor de Cheung', blabla).
Insto a que tais pessoas façam juízo de consciência para ver se Deus aprova essa conduta com Cheung.
abs
marcelo herberts.
Puxa, anônimo doido às 17/6/10 16:58...
Responder"Who lets the dogs out?"
Professor Nicodemus,
ResponderÉ razoável considerar o calvinismo como a doutrina contrária ao tomismo?
FICO FELIZ E AGRADEÇO A DEUS POR TER HOMENS CONSAGRADOS, INTELIGENTES,TEMENTES A DEUS, QUE INSTRUI O POVO DE DEUS NO TEMOR DO SENHOR.
ResponderQUE DEUS ABENÇOE!
Muito bom. É isso mesmo.
ResponderEmbora soe mal aos ouvidos de hoje, a verdade é que o calvinismo é mesmo o sistema doutrinário mais próximo da Bíblia.
Entendo que os que defendem outros sistemas rejeitem essa declaração com honestidade, mas não essas pessoas que não tem posição alguma. Não é estranho? Parece aquele raciocínio: "se eu não conheço a verdade, como é que ele conhece? Não, não é possível!"
No fundo, arrogante é quem não sabe o caminho mas não admite que alguém saiba!
Augustus Nicodemus,
ResponderO comentário do Tiago sobre a inexistência de mistérios é baseada
nas obras do Cheung, que critica os reformados por usarem esse termo.
Antes de Cheung ser conhecido, nunca vi ninguém endossar isso!!!
(que não há mistérios)
Virou o "top confident of Reformed Christians".
Na dúvida, Cheung sempre tem razão. Nesse caso, até Calvino perde a vez. Essa é a atitude adotada por certos calvinistas brasileiros.
Reverendo, queria que o senhor analsá-se o video desse "teólogo" codinome é joilson de assis, sem rir. Ele afirma derrotar o calvinismo.
Respondersei de suas ocupações, mas podendo dê uma olhada!
O video é de qualidade de hollywood.
perdão pelo incomodo.
O homem é profundo!rsrsrsrsrr!
o site é esse http://www.youtube.com/watch?v=G4v7J8RVqXI
ResponderOlá, reverendo. Eu sei que já faz tempo que o senhor postou este texto, mas só agora que eu conheci o seu trabalho. Apesar de crente velho, só agora recebi a graça de conhecer mais de perto o calvinismo, e confesso: é lindo. Entretanto, tenho muitas dúvidas (como todos, acredito eu). Enfim, chega de enrolação, e vamos à pergunta.
ResponderO senhor afirmou no texto sobre a queda de Adão e a predestinação (esta teria vindo depois daquela). Bom, eu não entendi o que quiseras dizer com: "Penso assim pois entendo que a Queda de Adão veio antes da predestinação na seqüência lógica (não na seqüência histórica) em que Deus elaborou o plano da salvação".
Ora, se Deus não predestinou a queda, ela poderá voltar a acontecer depois da glorificação do nosso corpo? Ou, depois da glorificação, seremos colocados em um nível acima do qual Adão estava? Essa dúvida tem martelado na minha cabeça incessantemente!
Muito obrigado pela atenção! Continue com o seu trabalho. Ele tem sido maravilhoso, e tem me edificado horrores. Que Deus te abençoe! =)
As provas bíblicas acerca da eleição divina são incontestáveis. Spurgeon diz que por meio dessa verdade da eleição, fazemos uma peregrinação ao passado e contemplamos pai após pai da igreja, mártir após mártir levantar-se e vir apertar nossa mão.
ResponderSe crermos nessa doutrina teremos atrás de nós uma nuvem de testemunhas: Jesus, os apóstolos, os mártires, os santos, os reformadores, os avivalistas, os grandes missionários . Se crermos nessa doutrina estaremos acompanhados por Jesus, Pedro, João, Paulo, Agostinho, Crisóstomo, Lutero, Calvino, Zwinglio, John Knox, John Owen, Thomas Goodwin, Jonathan Edwards, George Whitefield, Charles Spurgeon, John Broadus, Martyn Lloyd-Jones, John Stott e tantos outros. Se crermos nessa doutrina teremos atrás de nós os grandes credos e confissões evangélicas. Se crermos nessa doutrina teremos ao nosso lado o testemunho da Escritura e da história da igreja.
O caminho de cada pessoa é determinado antes de seu nascimento, mesmo na eternidade, antes da criação do mundo. As decisões de uma pessoa não determinam seu caminho, mas seu caminho preordenado determina essas decisões. O destino de um homem não é determinado, mas sim revelado por suas escolhas, isto é, por aquilo que Deus faz o homem decidir de acordo com o propósito divino.
Gideoni oliveira saraiva
Morada nova ceará
“Kosmos” tem pelo menos sete significados diferentes claramente definidos no Novo Testamento:
Responder"Kosmos" é usado para definir o Universo como um todo: Atos 17:24 – “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra”.
"Kosmos" é usado para definir a terra: João 13:1; Efésios 1:4, etc., etc.- "Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim”. “Passar deste mundo” significa, deixar esta terra. “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo”, Esta expressão significa, antes da terra ser fundada – compare Jó 38:4, etc.
"Kosmos" é usado para definir o sistema mundial: João 12:31, etc. “Agora, é o juízo deste mundo; agora, será expulso o príncipe deste mundo” – compare Mateus 4:8 e 1 João 5:19.
"Kosmos" é usado para definir toda a raça humana: Romanos 3:19, etc. – “Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus”.
"Kosmos" é usado para definir a humanidade menos os crentes: João 15:18, Romanos 3:6. “Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim”. Os crentes não “odeiam” a Cristo, de forma que “o mundo” aqui deve significar o mundo de descrentes em contraste com os crentes que amam a Cristo. “De maneira nenhuma! Doutro modo, como julgará Deus o mundo?”. Aqui é outra passagem onde “o mundo” não pode significar “você, eu, e cada pessoa”, porque os crentes não serão “julgados” por Deus, ver João 5:24. De forma que aqui, também, deve ser o mundo de descrentes que está em vista.
"Kosmos" é usado para definir os Gentios em contraste com os Judeus: Romanos 11:12, etc. “E, se a sua (Israel) queda é a riqueza do mundo, e a sua (Israel) diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude (de Israel) !”. Note como a primeira cláusula em negrito é definida pela última cláusula colocada em negrito. Aqui, novamente, “o mundo” não pode significar toda a humanidade porque ele exclui Israel!
"Kosmos" é usado para definir somente os crentes: João 1:29; 3:16,17; 6:33; 12:47; 1 Coríntios 4:9; 2 Coríntios 5:19. Nós deixaremos nossos leitores se voltarem para estas passagens, pedido-lhes notar, cuidadosamente, exatamente o que é dito e relacionado com “o mundo” em cada lugar.
Fonte: http://www.monergismo.com/textos/comentarios/joao3_16_pink.htm
Reverendo, gostaria de saber se você crê na predestinção fatalista para o inferno, ou seja, o não eleito, é alvo sempre da ira de Deus e jamais da misericórdia e não existe possibilidade de na linha do tempo Deus, de alguma forma, ser misericordioso para com ele (não eleito), realize uma transformação, re-escreva sua história e o livre da condenação eterna. Gostaria de saber também qual a melhor forma de entender (e se existe algum problema de tradução): Jeremias 19:4-5 “Porque eles me abandonaram e profanaram este lugar, oferecendo sacrifícios a deuses estranhos, que nem eles nem seus antepassados nem os reis de Judá conheceram; e encheram este lugar com o sangue de inocentes. Construíram nos montes os altares dedicados a Baal, para queimarem os seus filhos como holocaustos oferecidos a Baal, coisa que não ordenei, da qual nunca falei, nem jamais me veio à mente.” (Nova Versão Internacional).
ResponderReverendo me indique um livro bom sobre a doutrina da predestinação
Responder