Os libertinos existem há muito tempo dentro da Igreja Cristã. Não vamos confundi-los com aqueles que procuram a liberdade da escravidão do pecado, da carne, do mundo e da lei, que é a liberdade cristã propriamente dita, encontrada em Cristo. Nesse sentido, todo crente verdadeiro é livre, ao mesmo tempo em que é escravo de Deus e servo dos seus semelhantes. Paulo fala disso em Romanos 6.
Os libertinos são diferentes. Eles também falam da liberdade cristã, da liberdade de consciência e da liberdade da lei, só que querem também ser livres de Deus e do próximo. Não percebem a liberdade dada por Cristo como estímulo para viver em obediência a Deus e serviço ao próximo, mas como uma licença para fazerem o que tiverem vontade.
Nós os encontramos em todos os períodos da Igreja. Quem não lembra de Balaão, o falso profeta que ensinou os filhos de Israel a se prostituir com as cananitas e a praticar a religião delas, como se fosse algo aceitável a Deus? (Num 31.16).
Encontramos os libertinos infiltrados nas comunidades cristãs primitivas, ensinando que a graça de Deus permitia ao cristão a participação nos sacrifícios pagãos oferecidos nos templos. Paulo encontrou um grupo de libertinos em Corinto, que achava que tudo era lícito ao crente, inclusive participar dos festivais pagãos oferecidos nos templos dos idólatras (1Cor 8—10). O livro de Apocalipse menciona os nicolaítas e os seguidores de Jezabel, grupos libertinos que ensinavam os cristãos a participar das “profundezas de Satanás” (Ap 2.24). Menciona também a “doutrina de Balaão”, que parece ter sido uma designação relativamente comum no séc. I para os libertinos (cf. Ap 2.14). Judas escreveu sua carta para denunciar e enfrentar “certos indivíduos que se introduziram com dissimulação... homens ímpios, que transformam em libertinagem a graça de nosso Deus e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo” (Judas 4).
Na época da Reforma, Calvino referiu-se em uma de suas cartas ao partidos dos libertinos na igreja de Genebra, que usava a “comunhão dos santos” para troca de esposas (mencionado no livro de Piper, Alegria Soberana).
Os libertinos modernos – vamos chamá-los de neo-libertinos – não são diferentes e mantém basicamente as mesmas características dos libertinos denunciados no Novo Testamento, particularmente na carta de Judas:
1. Os neo-libertinos estão introduzidos nas igrejas cristãs, mesmo não sendo verdadeiros crentes em Cristo Jesus, dissimulando suas crenças e práticas até se sentirem seguros para manifestar abertamente o que são. Eles estão presentes nas festividades das igrejas como “rochas submersas” (Jd 12), que representam um perigo para a navegação. Neo-libertinos costumam ficar em igrejas históricas e confessionais sem dar a mínima para o que elas acreditam.
2. São pessoas ímpias – isto é, sem piedade pessoal, sem temor a Deus e sem a verdadeira religião – que se apresentam travestidas de cristãos, usando a linguagem cristã e engajadas em práticas cristãs. São arrogantes e aduladores dos outros por interesses (Jd 16). São “sensuais” e “promovem divisões” no corpo de Cristo com suas idéias heréticas (Jd 19).
3. A doutrina neo-libertina é que a graça de Cristo faz com que tudo seja lícito ao cristão, inclusive a prática da imoralidade – que naturalmente não é chamada por esse nome, mas por eufemismos e outros nomes, como sexo livre, amor, etc. Essa doutrina transforma essa graça em libertinagem – é daí que vem o nome “libertinos”.
4. Em última análise, a doutrina dos neo-libertinos nega a Jesus Cristo, que sofreu na cruz para livrar seu povo não somente da culpa do pecado, mas do poder do pecado em suas vidas, conduzindo-os à santidade e pureza. Os libertinos vivem sem nenhum recato (Jd 12).
5. A fonte de autoridade para essa doutrina não é a Escritura, que em todo lugar condena a imoralidade, a concupiscência, a prostituição e o adultério, mas suas experiências pessoais. Judas chama os libertinos de “sonhadores alucinados que contaminam a carne” (Jd 8). A religião dos neo-libertinos não é oriunda da revelação de Deus nas Escrituras, mas é fruto da sua mente carnal, “instinto natural, como brutos sem razão” (Jd 10).
Falando claramente e sem rodeios, os neo-libertinos presentes nas igrejas evangélicas defendem o sexo antes do casamento, a multiplicidade de parceiros, as relações homossexuais, a troca de esposas e maridos, a pornografia, aventuras amorosas fora do casamento, o consumo exagerado de bebidas alcoólicas, a participação dos cristãos nas diversões mundanas e absorção dos valores desse mundo no vestir, trajar, viver e andar. A agenda neo-libertina é mais ampla do que essa e alguns neo-libertinos são mais radicais que outros. Mas no geral, neo-libertinos são contra qualquer sistema que tenha uma ética definida e clara e que defenda valores morais absolutos e fixos.
Neo-libertinos costumam construir uma imagem de Jesus como uma pessoa inclusivista, que amou a todos sem distinção, jamais condenou ninguém nem se pronunciou contra o pecado de ninguém. Todavia, o Jesus libertino é diferente do Jesus que o Cristianismo histórico vem acreditando faz dois mil anos. O Jesus libertino foi um fracasso, pois ninguém entendeu o que ele quis dizer em dois mil anos de história – só agora os neo-libertinos descobriram.
O Jesus libertino não conseguiu se fazer entender. Fracassou redondamente. Seus discípulos, as pessoas mais chegadas a ele, se tornaram o oposto do que ele queria: Pedro passou a ensinar que a vida nas paixões pecaminosas era pecaminosa (1Pedro 1:13-19), João passou a dizer que a paixão pelas coisas do mundo e da carne não procedem de Deus (1João 2.15-17), Tiago condenou o mundanismo (Tiago 4), o autor de Hebreus disse que temos que lutar até o sangue contra o pecado que nos rodeia (Hebreus 12.1-4) e Paulo declarou que os sodomitas e efeminados não entrarão no Reino de Deus (1Coríntios 6:9-11). Eles certamente não aprenderam essas coisas com o Jesus libertino.
Os neo-libertinos convenientemente calam-se sobre determinadas passagens nos Evangelhos onde Jesus, ao receber prostitutas, cobradores de impostos e pecadores em geral, os ensinava a segui-lo, não cometendo mais pecados, tomando a sua cruz, negando a si próprios e se tornando sal e luz desse mundo em trevas. Nenhuma prostituta, imoral, ladrão, que conheceu Jesus e se tornou seu discípulo continuou na sua vida imoral. Zaqueu, Mateus e Madalena que o digam.
Atitudes para com o nosso Rei-Pastor
Há 17 horas
31 comentários
comentáriosPrezado Rev. Augustos Nicodemos,
ResponderEsses Neo-Libertinos a quem o irmão se refere estão na IPB, ou estão em outras agremiações?
Se estão na IPB, eles agem igualzinho ao que o senhor escreveu?
Meus respeitos,
Rev. João d'Eça
SLZ - MA
Obs.: Com o novo formato não consigo postar comentário.
Se alguém descobriu como fazer, por favor me ensine.
joaodeca.mendes@bol.com.br
Rev. Augustus,
Responderseu post me faz lembrar do Sr. Interesse-Próprio no capítulo 15 d´O Peregrino (Bunyan). Ele achava que Deus dava certa liberdade para professar o cristianismo até aonde se beneficiasse com isso. aonde a coisa apertasse, ele poderia negar sua fé e achava que Deus lhe dava liberdade para isso. Andava com os pregadores da religião, com os sapatos brilhando e eram aplaudidos na rua.
Mas esse senhores eram verdadeiros hipócritas da fé.
Hoje é muito comum encontar libertinos nas igrejas e até mesmo nos seminários (alunos e professores). Não sei se sempre foi assim, mas , hoje, quando falamos em consequências do seguimento de Jesus, dentro das próprias igrejas somos chamados de radicais e termos semelhantes.
Bom, biblicamente a eternidade mostrará quem é quem.
Deus te abençoe, Pastor.
Rev. João Eça,
a antiga conta era do blogger e agora é do google. Então o irmão terá que abrir uma conta no google e se cadastrar no antigo blogger, mas com a nova conta do google.
Espero que eu esteja certo e que tenha lhe ajudado, risos.
Deus te abençoe.
Juan
Prezado Rev. Augustus Nicodemus,
ResponderHoje o neo-liberalismo está invadindo não só as igrejas, mas também os seminários confessionais.
Na igreja que eu congrego (pertencente a IPB) estamos tendo uma luta com membros dessa postura. É dificil acreditar que a fé ficou tão deturpada que chegamos nesse ponto.
Fico entristecido vendo seminarista de seminários de cunho "reformado" lendo autores neo-libertinos (ou liberais), ou que consta na bibliografia das disciplinas e adotando suas condutas, pois também sou seminarista e vejo isso de perto.
É triste saber que as pessoas esqueceram das doutrinas da graça e descambaram para a doutrina da "desgraça". (Desculpe pela palavra).
Oro à Deus para que essas pessoas que estão dentro das igrejas venham realmente conhecer a fundo as doutrinas da graça e termos nas nossas igrejas e seminários crentes mais comprometidos com a palavra de Deus que é auto-suficiente.
Que Deus o abençoe no seu ministério, pois precisamos de pastores com essa visão.
Abraços,
Seyr Lemos
Brasilia-DF
Prezado Rev. Nicodemos.
ResponderGostaria de saber, complementando as minhas perguntas, se os neo-libertinos são aqueles que estão mudando a liturgia dos cultos na IPB e também mudando a pneumatologia Reformada?
Rev. João d'Eça
Excelente Rev. Nicodemus!
ResponderGosto muito dos seus escritos, me agrada saber que existem pessoas zelosas com a sã doutrina.
Particularmente sou membro de uma Igreja Batista, em que existe este tipo de ação predatória.
Um grande abraço!
Augustus,
ResponderObrigado pelo artigo esclarecedor.
Sinto falta de ler por aqui a opinião de vocês acerca do movimento criado pelo Caio Fábio, de nome Caminho da Graça.
Nos escritos dele percebo muita arrogância. Ele tenta convencer seus adeptos de que aquele grupo é o mais genuinamente cristão, e que todas as demais igrejas estão perdidas no lamaçal da institucionalização da fé. Há também uma hermenêutica confusa, forçada, artificial.
Não sei se vocês sabem, mas está havendo uma verdadeira histeria atrás do Caio Fábio. Gente que dá a vida por um conselho dele, por uma análise freudiana de sua pena, por uma cartinha sentimentalista.
Prá mim, o fato dele ter sido envolvido com a política de esquerda, já me "desencanta" bastante. Acho que ele pegou o caminho da esquerda e se perdeu por lá...
Luiz
Olá Nicodemus...
ResponderÉ perceptível a presença do que vc chamou de "neo-libertinos" na igreja. No entanto, a origem desse tipo de pensamento me faz refletir um pouco.
Em geral, todas as pessoas que conheço que possui uma visão mais secularizada, com características semelhantes ao que o senhor postou, possui origem cristã, cresceram na igreja e demonstram um alto grau de revolta.
Minha pergunta: Será que a própria igreja hoje, não colhe um pouco o que foi a intransigência de um passado mais recente. Não quero dizer que isso explica tudo.
obs: quero deixar claro que eu me refiro a intransigência as atitudes por parte da igreja a vários tipos de proibições e repressões desnecessárias que hoje vemos como saudáveis e que não ferem as escrituras. Exemplo: bateria na igreja, ir ao cinema, falta de abertura a discussão sobre sexualidade, modo de se vestir, casamento problemáticos e sem aconselhamento, restrições a sexualidade até mesmo no casamento, etc.
O que o senhor acha?
Abraços
JP
Queridos amigos,
ResponderObrigado pelos comentários e perguntas. Estou de saída para o acampamento de Carnaval da IP Vila Mariana, onde serei preletor. Lá pela quarta-feira retorno às atividades normais. Abraços a todos e bom feriado.
Entendendo que a auto-crítica protestante é prova da presença Espiritual para que nenhum ponto de vista humano seja elevado incondicionalmente, concordo em partes.
ResponderNão subscrevo uma lei moral específica, fruto dos homens. Mas sou cativo à absoluta, fixa e paradoxal lei do amor expressa por Cristo que é lei e negação de toda e qualquer elevação incondicional de lei humana (que apesar de necessária pode oprimir). E isso não é relativismo, pois está alicerçado no Eterno Amor.
Acredito também que a faceta mais importante de Jesus em relação às prostitutas não é o tão falado e necessário "vá e não peques mais", mas a tão esquecida igualdade de TODOS sob o pecado. Assim, repudio a falsa aparência de que existem humanos mais "íntegros" pela observância de não deslizes considerados socialmente mais graves. Um sincero olhar para nosso interior, a averiguação calvinista de que só fazemos errar e pecar, e o reconhecimento de nossa incapacidade de, à depeito de sabermos que crianças morrem de fome no Brasil ou ali na esquina, não movemos uma palha. O que já anula qualquer audácia de julgar-nos mais puros por nós mesmos.
Confesso que lamento que a não concordância à algum exemplo citados como características seja consequência irrefutável de libertinismo (como a participação dos cristãos nas diversões mundanas, por exemplo ir a um show do Chico Buarque). O que pode gerar preconceito e por vezes acusações que só geram desamor e divisão. Concordo que elas podem indicar possivelmente um "libertino" e nada mais do que isso. E lembro também que a observância de uma ortodoxia e principais símbolos de fé ou luta contra ínfiéis, gays e prostitutas não salvaguarda ninguém da possibilidade de libertinagem, vide o pobre Hagaard. Então, entendo como injusta a criação de "grupos de riscos" à libertinagem, dado que TODOS somos suscetíveis à ela, à despeito da couraça de piedade.
Gostaria de lembrar de uma linda citação do puritano Edwards:
"Resolvi ser a todos os níveis, tanto no falar como no fazer, como se não houvesse ninguém mais vil que eu sobre a terra, como se eu próprio houvesse cometido esses mesmos pecados ou apenas sofresse das mesmas debilidades e falhas que todos os outros; também nunca permitirei que o tomar conhecimento dos pecados dos outros me venha trazer algo mais que vergonha sobre mim mesmo e uma oportunidade de poder confessar meus próprios pecados e miséria a Deus."
Por fim, cito o grande Tillich que se une à você no combate ao libertinismo.
"O "santo" (aquele que é determinado pela Presença Espiritual) sabe aonde ir e aonde não ir. Ele conhece um caminho entre o ascetismo empobrecedor e um libertinismo desintegrador." Teologia Sistemática, p 710
Rodrigo Borges, simul justus, simul peccator
Gente,
ResponderAí vai uma singela reclamação.
Acho que esse blog é muito lento na atualização e resposta dos comentários. Estou acostumado a blogs ágeis e dinâmicos (como o do Reinaldo Azevedo, por exemplo), e aqui vejo que, às vezes, vocês três não dão conta de atualizar e responder numa base diária.
Não precisa publicar essa reclamação.
Luiz
Prezado Rodrigo Borges
ResponderEm princípio, suas afirmações contém bastante verdade. Entretanto faço três comentários:
1. Pelo que pude entender do artigo, o Augustus Nicodemus está falando de pessoas que já rejeitaram serem ensinadas pela Palavra de Deus. Não são pessoas que rejeitam uma lei humana, ou que entendem diferentemente algum ponto das Escrituras, mas sim pessoas que recusam-se a exercer o domínio próprio, e se desculpam negando o ensino do Ungido e seus apóstolos, embora, incoerentemente, adotem os seus ensinos no que lhes parece conveniente. Devo entender com sua resposta que o Nicodemos está errado em repreender tais pessoas?
2. Creio na sua sinceridade. Entretanto, algumas pessoas, utilizando de má fé, fazem um discurso que poderia parecer com o seu, não negando explicitamente o ensino do Messias, mas tentando sempre por obstáculos a que qualquer pessoas seja admoestada com o ensino da Palavra Divina.
3. Alguém poderia deduzir do seu comentário, que você acredita que "infiéis, gays e prostitutas" estão sob pesado "ataque maldoso" por parte de cristãos, quando o contrários é que acontece: Os cristãos, na sua maioria, tratam com respeito aqueles com quem não concordam, entretanto dezenas de milhões de cristãos tem sido REALMENTE atacados (presos, torturados, mortos, humilhados, caluniados) em todo o mundo nas últimas décadas, com a quase total complacência da imprensa (e de boa parte da igreja).
Renato U Souza
Gente,
ResponderQuero aqui deixar meu pedido de perdão a todos, autores do blog e participantes.
Sabe, já faz muito tempo que ando por aí "perseguindo" e atacando calvinistas pela internet.
Tenho uma infinidade de sérios problemas pessoais e sinto que, mesmo aos trinta anos, minha vida se encerrou. Não vejo saída para quase nada.
Meus problemas não justificam meus erros. Por isso, peço que me desculpem.
Não vou mais incomodá-los com minha imaturidade, e nem escrever comentários por aqui.
Luiz Fernando
BH, 22/02/07
Prezado Rodrigo,
ResponderObrigado por seu comentário. Confesso que não entendi muita coisa do que você tentou dizer. Tive a impressão que você quis ser auto contraditório de propósito, em frases como "é lei e negação de toda ... lei", ou ainda "absoluta, fixa e paradoxal" [como pode ser tudo isso ao mesmo tempo?]. Também afirmar que não é relativismo e dizer que está alicerçado no "eterno amor" sem definir que amor é esse [o de Cristo? Mas ele nos deixou no Sermão do Monte várias regras de conduta].
Concordo absolutamente com você que todos somos pecadores. Discordo, todavia, que todos sejam tão pecadores na prática quanto podem ser. Existem aqueles que, pela graça de Deus e pela união com Cristo, não vivem mais como od demais gentios (Paulo escrevendo aos Efésios faz constantemente esta distinçaõ entre o crente e o pagão). Como podemos ser sal e luz do mundo, se formos iguais a ele? Suas idéias podem parecer bonitas e piedosas, mas não têm a menor fundamentação bíblica.
Não disse no post que quem vai a um show de Chico Buarque é libertino -- aliás, gosto do Chico em algumas músicas dele. Gosto da Gal Costa e do Cetano, do Switchfoot, Coldplay, B. B. King, Eric Clapton... Libertino é quem acha que o fato de ser cristão o deixa livre para viver uma vida promíscua, imoral, sem limites éticos.
Concordo também que lutar contra os erros de outros -- você mencionou os gays, lésbicas, etc. -- não impede ninguém de cair nos mesmos erros. O fato, todavia, que alguns sucumbiram áquilo que combateram não quer dizer que devamos para de mostrar, com amor, que o amor de Deus e de Jesus consiste em amar o próximo, o que por sua vez, significa: não matar, não adulterar, não mentir, não roubar, não difamar -- enfirm, guardar os mandamentos.
Você citou Edwards. Por acaso já leu as resoluções que Edwards tomou ao longo de sua vida para viver uma vida santa e combater o pecado em si e nos outros? Recomendo com entusiasmo!
Um grande abraço.
Caro Luiz,
ResponderSua reclamação é justa e peço desculpas. Realmente, Estamos lentos demais. Vou ficar mais atento! Não adianta dizer que é o acúmulo de trabalho, né? Fica difícil dar 100% de atenção ao blog. Mas, vamos ver se melhoramos. Um abraço!
Caro JP,
ResponderSeus comentários, como sempre, enriquecem nossa discussão.
Sim, é possível que pessoas que cresceram num ambiente cristão legalista caiam no extremo de não ter lei alguma (antinomianismo), tomando posturas libertinas. Mas, não é o caso sempre.
Creio que é possível que a Igreja (falando de modo genérico e com o risco de ser injusto) tenha se omitido em educar seus membros em questões básicas no passado recente, como sexualidade, por exemplo. Todavia, isso não justificaria posturas libertinas por parte fesses membros. Explica, mas não justifica.
Um grande abraço.
Querido João Eça,
ResponderSaudações fraternas.
Eu não classificaria como libertinos, no sentido clássico da Palavra, aqueles que têm conceitos e práticas erradas quanto ao culto e à doutrinas. Acho que o termo libertino ficou mais ligado àqueles com desvios morais e éticos.
Um abraço.
Caro Cleber,
ResponderSe algum libertino stricto sensu tiver certeza da salvação, há grande chance de ser falsa -- João diz que aquele que vive na prática do pecado não é filho de Deus.
É diferente de Davi, que pecou -- caso isolado, ele não vivia na prática do adultério e nem achava que o adultério era permissível àquele que conhecia a graça de Deus. O libertino comete adultério e fornicação e não considera que se trata de transgressão da lei de Deus.
Abraços!
Augustus! Você gosta de Coldplay! Subiu dez pontos no meu conceito. :-D
ResponderConcordo 100% com tudo o que Augustus escreveu, principalmente em resposta ao JP quanto à responsabilidade pessoal: não é porque não recebeu a orientação adequada por parte da igreja que o cristão pode justificar alguma conduta inadequada. Eu também quase não recebi orientação no comecinho, mas estava em contato com cristãos sinceros e eles me disseram o básico do que eu precisava ouvir. Quando me falaram da castidade, por exemplo, eu tomei um choque e pensei que talvez não fosse conseguir, mas minha atitude de nova convertida foi correr para Deus para falar sobre isso. Nos primeiros anos, houve momentos em que cheguei a desejar não ser cristã para poder fazer coisas que sabia ser erradas - é a fase em que nossa mente ainda está sendo moldada pela Palavra. Houve momentos ruins, mas como convertida jamais acreditei que fosse "normal" e aceitável por Deus um tipo de conduta sexual sem limites. Por mais que me visse confrontada com situações e alguns questionamentos, jamais voltei à minha cosmovisão anterior à conversão. Com o tempo fui compreendendo por que a castidade é santa e bíblica, e hoje tenho esses limites não só como a Palavra do Pai que precisa ser obedecida, mas como algo "bom, perfeito e agradável" para mim. Agradeço a Ele porque sem esses limites eu teria tido muito mais histórias de sofrimento para contar além das que eu já tinha vivido antes de me converter. Sexo fora do casamento destrói a nossa integridade, a nossa autoimagem, os nossos anseios românticos, e isso é especialmente verdadeiro para a mulher. Deus seja louvado porque Suas leis nos protegem quando somos solteiras!
Augustus,
Responder"Tive a impressão que você quis ser auto contraditório de propósito"
Não. Seu pensar está calcado na lógica aristotélica, na lei da contradição e do terceiro excluído. Mas eu respondi segundo a lógica paradoxal. O paradoxo é ilógico para a visão aristotélica, mas não anula a lógica em sí. Visão tão mais forte e presente no Oriente.
Entendo que se o sermão do monte for entendido como "novas regras" teremos como consequência a mesma prisão e velhice da lei e não entenderemos, de fato, o que Cristo fez: interpretar Tudo segundo o fundamento do amor, que é a resposta à pergunta implícita da existência humana. Que une o que está alienado. Por isso o paradoxo lógico. Por que guardar o dia do Senhor? Pela simples obediência? Não! Para que pelo amor o homem não se torne escravo do trabalho. Cumpre-se sempre a lei pela ótica do amor.
E sobre gentios e pagãos, perdoe-me se me fiz entender que não existe distinção entre os mesmos. Existe. Um reconhece a graça e o outro não. E sendo incondicionalmente tomado pela graça e perdão, devemos batalhar pela vida em fé e amor a Deus, à sí mesmo e ao próximo (isso difere-nos libertinismo desintegrador). Eu entendo que podemos ser sal e luz do mundo não por qualquer elevação moral superior (louváveis!), mas por pregar, como Cristo, que à despeito do pecado, esse é aceito pela graça e não aceito pela observação das leis de Deus ("o homem é justificado pela fé sem as obras da lei"). Seríamos mais sal e luz agindo como Jesus e não como Simão no encontro àqueles que são julgados inaceitáveis. O problema de se apegar a um suposto entender-se "mais moral" (que tens tu que não tenhas recebido?) é a resposta de Jesus: a quem pouco se perdoa, pouco ama. Vejo como bíblica minha interpretação.
Switchfoot, uau! Estou surpreso, rs. Influência de filhos, talvez.
E sobre as resoluções de Edwards a resposta é afirmativa. Já a lí no passado.
Abraços
Renato U Souza
Responder1. Não. Ele tem todo direito. Pois ele assim entende que é para o bem do ser humano. Pensamos e queremos o mesmo, só que por caminhos levemente díspares.
2. É possível. Assim como o infeliz caminho do legalismo também.
3. Existem exageros dos dois lados. Não compactuo com fanatismo e intolerância de qualquer tipo.
No meu entendimento, o fato da Salvação ser pela Graça de Deus mediante a fé em Cristo significa que nada que eu faça à mais ou à menos fará com que eu me torne ou "mais salvo" ou "não salvo". A salvação não é por méritos ou deméritos (obras) de ninguém, mas pela Graça unicamente.
ResponderPortanto, acredito que nós cristãos (pelo menos a ala reformada calvinista, na qual eu vivo) não observamos a Lei ou um conjunto de "faça isso e não faça aquilo" para simplesmente justificar-nos, ou nos considerar melhores do que outros, ou juízes e guardiões do bem moral. Eu creio que a Graça de Deus estabelece sua Lei(*) em nosso coração de forma que, por termos sidos justificados em Cristo, não a sintamos mais como um peso de morte, nos condenando pelo pecado. Em Cristo, por amor a Deus e ao meu próximo, eu procuro, de forma mais natural e espontânea, seguí-la para a Vida, mesmo que não consiga inteiramente pelo efeito da minha natureza corrupta (que aguarda ansiosamente pela incorrupção).
A consciência do pecado e o arrependimento para a vida são muito mais marcas da Graça de Deus em nossa vida do que simples observância de um conjunto de mandamentos para nossa própria justificação; isto é legalismo e é anti-bíblico.
(*) a Lei moral do AT, e não a civil e cerimonial pertencentes ao povo israelita em uma realidade teocrática.
Quanto a esta divisão interna da nossa Igreja, que me preocupa muito, tenho o seguinte a dizer: conheço pessoas que aqui são consideradas "libertinas", como talvez o Rodrigo (participamos da mesma comunidade no Orkut), e apesar de termos opiniões diferentes em vários pontos, incluindo aqueles que o fazem talvez ser considerado um "libertino", não duvido de sua fé em Cristo Jesus. Da minha parte, concordo com eles quando são ferrenhos críticos da burocracia, politicagem, estrelismo, bem como a não observância e falta de incentivo ao aprendizado de nossa herança doutrinária reformada em (algumas de) nossas Igrejas.
ResponderInfelizmente, minha família já foi vítima deste "lado sombrio" ao qual me referi. Mas continuo amando a IPB porque vou à Igreja por Cristo, e não pelas pessoas unicamente, e por uma série de outros motivos que forma as várias qualidades de nossa denominação, que em soma são mais do que o conjunto dos seus defeitos.
Logo, este assunto me preocupa porque vejo claramente um "racha" da nossa denominação, cada vez maior em nivel nacional, não só pelo liberalismo mas pelo neo-pentecostalismo. Percebo também que muitas discussões são frutos de falta de comunicação e falta de mansidão. Espero que isso se resolva logo.
Só para terminar: escuto apenas os hinos do novo cântico e U2 :)
Cristiano,
ResponderPode ser que eu tenha me expressado mal, ou que você não me tenha entendido bem. Como crente em Cristo -- e nem precisa ser Reformado para isso -- sei que a salvação é pela graça e não por obras, e que nada do que façamos vai fazer com quer sejamos mais salvos do que já somos.
O assunto todavia não é a salvação pela graça, mas a santificação, a vida do cristão nesse mundo viz a viz a conduta pagã.
Eu postei uma série de artigos sobre santificação aqui no blog, voltados para diferentes públicos. Lá você encontrará o que penso sobre a relação graça e santidade.
Sobre a Lei, deixe-me lembrá-lo que a posição reformada calvinista é de que a Lei de Deus tem vários usos para o cristão. Nenhum deles é justificação. A lei serve, além de mostrar nossa pecaminosidade, como norma de gratidão a Deus. "O que faço para agradecer a Deus por ter graciosamente me salvado?" Resposta: "Não terás outros deuses... honra teu pai e tua mãe... não adulterarás... não cobiçarás..."
A posição luterana é diferente, seguindo a distinção radical de Lutero entre Lei e Graça. Na visão calvinista, havia graça na Lei e a graça nos leva a obedecer a Lei. A Lei nos leva à graça para justificação, que por sua vez nos leva à Lei para gratidão.
Gostei bastante do que você escreveu, mesmo que não seja o ponto da nossa discussão.
Abraços.
Rodrigo,
ResponderEu havia escrito uma resposta ao seu comentário mas por alguma razão acabei perdendo... estou com preguiça de escrever outro, mas com pena de deixar você no vácuo. Se me recordo, eu havia escrito que ficou evidente que você é paradoxal e que eu e outros comentaristas do blog somos mais, digamos, lógicos. Eu questiono que o paradoxo é oriental e que a lógica aristotélica seja a matriz da teologia cristã.
Também disse alguma coisa sobre sua insistência em ignorar que o amor e a graça de Jesus nos levam a uma vida reta e de obediência a Deus, movidos por gratidão e reconhecimento. No post, eu escrevo:
"Os neo-libertinos convenientemente calam-se sobre determinadas passagens nos Evangelhos onde Jesus, ao receber prostitutas, cobradores de impostos e pecadores em geral, os ensinava a segui-lo, não cometendo mais pecados, tomando a sua cruz, negando a si próprios e se tornando sal e luz desse mundo em trevas. Nenhuma prostituta, imoral, ladrão, que conheceu Jesus e se tornou seu discípulo continuou na sua vida imoral. Zaqueu, Mateus e Madalena que o digam".
Como você, sou contra o legalismo, farisaísmo, leis humanas que escravizam nossa consciência. Divirjo na epistemologia, hermenêutica e na teologia, obviamente. O que não nos impede de dialogar.
Um abraço.
Rodrigo Borges
ResponderNão vejo uma incongruência entre o ensino Bíblico amparado na lógica e o amor. Minha experiência diz o contrário:
Fui, anos atrás, membro de uma "igreja", em que se subestimavam bastante a lógica e o estudo individual da escritura. Os resultados, em termos de opressão dos membros mais fracos e soberba dos "lideres" eram terríveis. Bom, mas aquilo não era uma verdadeira igreja do Senhor.
Agora estou em uma igreja onde a lógica do ensino Bíblico é respeitada, e vejo que há libertação e amor.
A lógica aristotélica teria sido uma boa defesa para mim quando caí naquele ninho de cobras que era a "igreja" anterior.
O mesmo se repete socialmente. Marx jogou a burguesa ciência no lixo e criou a nova "ciência" chamada "socialismo científico". Cem milhões de mortos e um número incalculável de presos e torturados foram o resultado de não ser feita uma análise lógica do gato que estava sendo vendido como se fosse lebre. Um pouquinho de lógica aristotélica mostraria que há grande risco em submeter até o próprio pensamente a líderes que dizem coisas com "xingue-os do que você é; acuse-os do que você faz".
A lógica, sendo um instrumento da verdade, não oprime os fracos, liberta-os.
Quanto aos mistérios que estão acima da nossa compreensão, não testemunham o erro da lógica, mas sim a falta de alcance da nossa mente finita. Nossa mente não consegue apreender toda a realidade, nem nossa dialética consegue integrar o que conhecemos.
Depois posto mais
Renato Ulisses de Souza
Prezado Rodrigo
ResponderO que me intriga nos seus escritos é o uso do termo "lógica". Não vou entrar no mérito do post, mas a única lógica que conheço é aquela descoberta por aristóteles. Já essa lógica paradoxal que você menciona me parece um "saco de gatos" onde tudo é possível. Neste tipo de lógica paradoxal o subjetivismo parece desempenhar um papel importante, e se não bastasse sinto cheiro de gnosticismo nisso tudo, mas posso estar errado.
Ademais a lógica, que é aquela descoberta por aristóteles, não se trata efetivamente de um meio de conhecer, mas sim de um meio de se provar o que foi conhecido. Eu primiero conheço para depois reduzir a coisa num enunciado. Logo lógica não e prova, mas sim meio de prova.
***
(falei que não ia entrar no mérito do post, mas...)
Particularmente acho impossível tentar solucionar a aparente contradição que existe entre Lei e Graça, e vejo mais na Graça do que na Lei um critério(digamos...) mais exlcusivo da avalição de Deus; quero dizer com isto que extrapolar a discussão em torno da Graça menosprezando o importante papel que a Lei exerce nos planos de Deus pode ser muito prejudicial à causa do evengelho.
A lógica descoberta por aristóteles, sabemos, é capaz de avaliar os Madamentos e os Absolutos de Deus demonstrando que aquilo que Deus pede para seus filhos é um Bem e não uma forma de prisão, pelo contrário a prisão do homem está em não conhecer como um Bem aquilo que Deus nos Manda fazer.
Alex
ps. Gostei muito do post da Norma Braga; lá ela se posiciona, e nestas discussões sobre Lei e Graça é muito importante a posição do indivíduo que irá nos dizer o que realmente ele está defendendo: a verdadeira e efetiva Graça de Deus ou a liberdade no seu pior sentido, certamente contrária a vontade de Deus.
Legal que o Renato e Alex se ativeram à questão lógica levantada pelo Rodrigo Borges. Ela é, digamos, um ponto fundamental para o posicionamento dele e nosso. Desde que ele mencionou a tal "lógica paradoxal" que tenho pensado sobre a questão. Li alguém dizer que uma "lógica paradoxal" não passa de uma psicologia, isto é, só pode existir de fato na mente do sujeito, mas não na realidade. Ainda tenho pensado.
ResponderE que fique claro: concordo integralmente com o Augustus.
Abração.
Prezado Rodrigo
ResponderQuanto ao que Paulo entendia por graça, vemos em suas cartas que, após um texto inicial falando da graça, ele ensina que o resultado desta é viver piedosamente. Está ali, preto no branco, não tem como não ver.
Se há um defeito nos cristãos, é sua incapacidade de integrar todas as verdades do Senhor (penso que por falta de atenção ao contexto de cada ensino). Os anomistas pretendem desintegrar mais ainda o Evangelho. O Espírito do Senhor nos guiará (a nós, seus servos) a toda verdade. Mas quem rejeita uma parte da verdade, não tem como ser ensinado sobre coisas que podem lhe fazer falta no futuro.
Um último pensamento: Será que a dificuldade dos cristãos em entenderem o ensino bíblico, e a esterilidade do "conhecimento sem vida", das tradições cristãs mais cultas, não são resultado do pecado? O Eterno nos advertiu de que se os gentios se ensoberbecessem contra os judeus, deveriam temer o castigo divino. Historicamente é certo que as três grandes tradições cristãs tiveram (em grande parte) aversão aos judeus. Nossa cegueira pode ser conseqüência de nossa soberba.
Renato U Souza
Caro Renato, eu não acho humanamente respeitável vc legar à Marx as atrocidades dos desvios de seus sucessores distantes, assim como acho injusto legar à Santos Dumont os nefastos efeitos da aviação para a guerra e sangue, ou à Calvino os desvairados desvios desumanos do Capitalismo sem responsabilidade social. Fato é que Marx bem criticou que o mundo não está reconciliado na sociedade. Nela existe exploração e alienação. É bem clara sua bela crítica à coisificação do ser humano. E não sou marxista, diga-se de passagem.
ResponderEu acho potencialmente preconceituoso legar ao paradoxo lógico ou à lógica aristotélica o rótulo de perniciosos. Ambos tem suas potencialidades criativas e demoníaco-destrutivas. O paradoxo leva à tolerância e auto-transformação. A lógica aristotélica pode levar à intolerância aos heréticos, ao dogma e aos avanços da ciência.
Tanto a lógica aristotélica quanto a lógica paradoxal podem libertar e oprimir. Ambos!
Seria interessante vc visualizar esta charge conhecida como "minha mulher e minha sogra": http://www.ski.org/Vision/Fun/Playfuleye/Images/mywife_motherA.gif
Ela é um exemplo típico do paradoxo. Numa mesma imagem pode-se ver uma mulher de seus aproximados 25 anos e uma idosa de uns 85. O colar da jovem é a boca da velha. O queixo da jovem é o nariz da velha. A orelha da jovem é o olho da velha. Isso é irracional? Absolutamente não! É um absurdo lógico mas não irracional. Duas verdades aparentemente contraditórias são lógicas.
Alex, espero que tenha me entendido melhor.
E Nagel, a logica paradoxal não é psicologia, mas a logica paradoxal de Freud levou-o à terapia psicanalítica e à experiência cada vez mais profunda de sí.
E Renato, eu concordo absolutamente com Paulo sobre viver uma vida piedosamente. Sinceramente me entristeci por vc dizer isso ou citar exemplos de "conhecimento sem vida" que tb sou contra. Deu margem à possivel interpretação de que eu não considere isso importante.
Abraços Fraternos
E pra finalizar, o amor é o pleno cumprimento da lei:
Responder"O amor não faz mal ao próximo. De modo que o amor é o cumprimento da lei." Rm 13.10
Rodrigo
ResponderDiscordo muito de você. Mas entendendo melhor o seu ponto de vista, e o valor que você dá à piedade, me alegro com isto. Perdoe-me por ter dado a entender que você não apreciaria a piedade. Eu não tinha certeza do que você queria dizer, e não devia ter escrito coisas que poderiam entristece-lo. Fique na Paz e cresça na graça e no conhecimento do Senhor.
Renato U Souza