Seria uma grande tolice da minha parte negar que as pessoas mudam no decorrer dos anos. Eu mesmo já mudei de opinião em questões teológicas algumas vezes. Quando me converti, pela graça de Deus, aos 22 anos, era um zeloso arminiano dispensacionalista. A leitura de Spurgeon dois anos mais tarde me curou do arminianismo e o seminário em Recife, no ano seguinte, se encarregou do dispensacionalismo. Durante o mestrado na África do Sul, quando eu já tinha 31 anos, mudei de opinião quanto ao papel do Espírito Santo no Antigo Testamento – passei a crer que Ele também habitava nos crentes da antiga dispensação da mesma forma que hoje habita nos crentes da nova. E foi nesta época que passei a acreditar na possibilidade de reavivamentos espirituais hoje. Nos próximos anos, algumas outras mudanças no entendimento de algumas passagens difíceis aconteceram. Por exemplo, passei a aceitar que Romanos 7 é mais uma descrição do homem não regenerado debaixo da lei do que a descrição autobiográfica de Paulo da vida cristã normal, como antes eu pensava.
Todavia, nenhuma destas mudanças me levou para fora do círculo do Cristianismo histórico. Nunca mudei naquelas coisas que consideramos como o núcleo essencial do Cristianismo bíblico, como a doutrina da Trindade, a plena divindade e humanidade de Cristo, a personalidade do Espírito, os atributos clássicos de Deus – imutabilidade, onipotência, onipresença e onisciência, etc. – a queda e o estado de perdição e pecado no qual se encontra toda a raça humana, a morte sacrificial e expiatória de Cristo e a salvação pela graça mediante a fé no Salvador, a sua ressurreição literal e física de entre os mortos, sua segunda vinda, o céu e o inferno como realidades pós-morte e a autoridade e infalibilidade das escrituras – para mencionar algumas. Sempre cri nestas coisas. Nunca mudei quanto a isto. Considero as mudanças que passei como progressos e um melhor entendimento de determinados pontos teológicos.
Portanto, como disse no início, eu seria um tolo em pensar que as pessoas não mudam. Só que, na minha opinião, nem sempre estas mudanças teológicas são salutares. Em muitos casos, as pessoas mudaram tanto a ponto de não poderem mais ser identificadas, a não ser remotamente, com o Cristianismo bíblico. É isto que a Bíblia chama de apostasia.
Jesus falou daqueles que crêem por um tempo, mas depois se desviam (Lc 8.13). Conheci vários assim. Eles mudaram. Um caso em particular, que me lembro, foi de um jovem cristão ardoroso que depois da leitura de livros de autores ateus e agnósticos mudou de opinião quanto ao Cristianismo, alegando ter recebido novas luzes da ciência e da razão. Largou definitivamente a fé cristã e virou agnóstico.
Paulo adverte Timóteo contra aqueles que se desviam do “amor que procede de coração puro, e de consciência boa, e de fé sem hipocrisia,” e que se perdem “em loquacidade frívola” – isto é, em discussões inúteis (1Tm 1.5-6). A referência é provavelmente a falsos mestres que estavam ensinando doutrinas erradas nas igrejas, de onde haviam saído, após mudarem de opinião sobre o Evangelho. É a estes mesmos que o apóstolo se refere, quando menciona os que "apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência” (1Tm 4.1-2). Eram pessoas que haviam começado como cristãs, mas mudaram com o tempo, a ponto de não poderem ser mais considerados como tais. Paulo ainda menciona mulheres que haviam se desviado da fé e seguido a Satanás – certamente não uma mudança para melhor (1Tm 5.15), obreiros que se desviaram da fé por amor ao dinheiro (1Tm 6.10) e outros que se desviaram por professar a gnose, o saber mundano (1Tm 6.21). Talvez Paulo se refira ao mesmo grupo de pregadores itinerantes que havia antes pertencido às igrejas cristãs.
Ele cita especificamente dois líderes cristãos, Himeneu e Fileto, e os considera como apóstatas, por professarem e ensinarem contrariamente ao ensino apostólico da ressurreição (2Tm 2.18). O perigo da apostasia e do desvio doutrinário – acarretados pelas mudanças – é motivo de alerta de outros escritores neotestamentários, como Tiago (Tg 5.19) e o autor de Hebreus (Hb 2.1 e 12.25).
Todas estas pessoas acima mudaram. Do ponto de vista delas, provavelmente, esta mudança representou uma liberação, uma melhora, um crescimento, um progresso. Libertaram-se das antigas peias da fé e da ética. Sem restrições impostas pela teologia, sentiam-se agora livres para pensar da maneira que achavam melhor e agir de acordo.
Conhecemos vários casos de pessoas que mudaram em nossos dias. Recentemente a imprensa noticiou, se baseada em fatos reais ou não, não sabemos - a mudança ocorrida com o pastor João de Deus, da Assembléia de Deus, na Paraíba, que virou muçulmano. Faz três anos fomos surpreendidos com a mudança ocorrida com Francis Beckwith, pastor evangélico americano, presidente da Evangelical Theological Society, que mudou e virou católico. Outra mudança que surpreendeu o mundo evangélico foi do famoso estudioso evangélico conservador Bill Barclay, autor de renomado comentário do Novo Testamento, um clássico usado por gerações de seminaristas e pastores – mudou e virou universalista ao final de sua vida, afirmando que todos os homens, no fim, seriam salvos. Como eu disse, algumas das mudanças acontecidas com líderes cristãos acabam empurrando-os para fora do Cristianismo bíblico, ou deixando-os bem em cima da risca.
Acho que devemos estar sempre abertos para mudar. Todavia, precisamos fazer a diferença entre mudança e apostasia. Nem toda mudança representa apostasia e desvio da fé. A Reforma protestante, sem dúvida, começou com uma grande mudança no coração de Lutero e representou uma enorme mudança dentro do Cristianismo - para melhor, assim entendemos. Longe de ser uma apostasia, representou um tremendo retorno às Escrituras. Mas toda apostasia, sem dúvida, começa com uma mudança na mente e no coração, que durante anos vai corroendo as convicções, minando as resistências mentais e espirituais, até que uma mudança completa – e para fora da fé – venha a ocorrer. Nesta fase, o apóstata se justifica de todas as maneiras, desde apelando para as mudanças como algo natural e desejável, como rompendo abertamente com alguns pontos centrais do Cristianismo histórico nos quais antes acreditava. O próximo passo, por coerência, é assumir um estado perpétuo de mudança, sem poder afirmar absolutamente nada com convicção, e impondo-se uma existência de metamorfose eterna.
Eu prefiro ficar com o lema da Reforma, que a Igreja sempre está se reformando e com ela, seus membros –, mas sempre à luz da Palavra de Deus. Aqui Lutero nos é útil mais uma vez. Como ele, estamos prontos a mudar, desde que convencidos pela luz que emana da Palavra de Deus, sem nos desviarmos dela nem para um lado nem para o outro.
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Veja também outros artigos sobre o mesmo tema aqui no Tempora-Mores:
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Herdeiros da Reforma
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Como Deus nos protege?
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93 comentários
comentáriosCaro Nocodemus,
ResponderAs mudanças, por mais salutares que sejam, ou pareçam ser, não podem levar a desvios doutrinários, ou à relativização das Escrituras, o que na maioria das vezes vem acontecendo.
A busca desenfreada por uma "espiritualidade" calcada na emoção e com pouco ou nenhum fundamento bíblico vem minando até mesmo as denominações históricas em todos os rincões evangélicos - e isto é um fato.
Como resistir à apostasia galopante, afora defendendo o Evangelho verdadeiro? Como ser uma minoria ortodoxa em meio a uma maioria heterodoxa e ainda assim promover a volta à verdade?
Sinceramente eu entendo que somente o Espírito Santo pode fazer isso, de acordo com a boa vontade do Criador, sem que nos esquivemos de cumprir com o nosso mister: pregar o Evangelho.
Ricardo
"Convendidos pela luz que emana das Escrituras". Um maravilhoso e digno critério para qualquer mudança na vida da igreja. Mudar não pela simples mudança em si, ou porque as épocas e culturas assim determinam. Não devemos abandonar as Escrituras, a vontade soberana e santa de DEUS, como critério último para qualquer caminho a seguir. Belo texto. Que Deus o abençoe.
ResponderPois é Rev. todo cuidado é pouco!
ResponderPrecisamos de oração, leitura e estudo da Palavra, que os líderes estejam atentos e passem credibilidade, que demonstrem preocupação com a sã doutrina, menos focados em lotar igrejas,mas manter os que lá estão (orar por esses mesmos líderes), manuntenção de blogs (que muitas vezes substituem cultos doutrinários,pois algumas igrejas estão substituindo-os por outras atividades) cujos autores postem temas tão pertinentes.
Deus os abençoe.
Interessante isso o que o sr. disse sobre o Espírito Santo no Antigo Testamento, nunca tinha ouvido isso antes. Existe alguma referência (na Internet, de preferência) sobre isso?
ResponderMeu caro Nicodemus,
ResponderA Verdade é uma só. Portanto, quem a conhece não pode mudar sua posição em relação a ela, que só pode ser conhecida pela revelação.
Por outro lado, aquela "verdade" que pode ser alcançada por esforço pessoal é a tal que os cientistas defendem (veja-se Popper). A essa chega-se por aproximações sucessivas, inclusive pelo abandono de antigas percepções equivocadas.
Assim, penso que o Cristão só tem uma Verdade inviolável: Cristo e aquilo que ele disse de forma direta e inequívoca. Quaisquer outros aspectos são de natureza especulativa - filosófica - ou científica - que depende de confirmação impessoal.
Penso que necessitamos firmarmo-nos na Verdade, e caminharmos sempre atentos, analisando tudo e pegando o que for bom, quanto ao restante.
Gnófilo Gouveia
Poderia também destacar o teólogo Bart D. Ehrman que já foi pastor e hoje se considera ex-cristão e agnóstico.
ResponderEle é autor dos livros: "O que Jesus disse? - o que Jesus não disse?" e "Problema com Deus"
Pb. Edinei, Th.B
Amigos...
ResponderNesse casos eu me lembro o lema da MPC (Mocidade para Cristo):
"Ancorados na Rocha no compasso da nova geração..."
Esli Soares
Caro "Gnófilo Gouveia"
ResponderTemo que sua declaração do que seja uma "verdade inviolável" seja amplamente aberta ao debate. Eu creio que Cristo e aquilo que ele disse de forma direta e inequívoca é a verdade.
Porém, entendida de forma reducionista, sua afirmação nos leva ao tipo de busca do Jesus Seminar e às bíblias nas quais as palavras de Jesus estão em vermelho. Seria bom qualificar que o que recebemos como Escritura, toda ela, Antigo e Novo Testamentos, são palavra de Cristo e entre o que Cristo fala inequivocamente, e Moisés, e Paulo e outros, não há contradição.
A ideia de 'pegar o que é bom' do restante é muito subjetiva quando não temos a ampla base da Escritura.
abs
Mauro
Olá reverendo Nicodemus,
ResponderComo sempre lemos aqui textos de uma ótima reflexão. Parabéns por mais um artigo.
Mas achei infeliz a frase: “a leitura de Spurgeon dois anos mais tarde me curou do arminianismo”. Mesmo não sendo arminiano, acho que o uso do verbo “curar” é forte demais, dando a entender que o arminianismo é uma “doença” teológica.
Essa frase me lembra um calvinista que certa vez agradeceu o seu professor por “libertá-lo da perniciosa doutrina tricotômica”. O sujeito via a doutrina da dicotomia humana como algo libertador. Um baita exagero, não é?
Abraços
Quando vc diz que se curou do arminianismo, vc quer dizer que nós, os arminianos somos doentes?! É isso?!
Responder"Igreja reformada sempre se reformando"... só que é importante a Igreja não perder de vista o significado desta necessidade de se reformar constantemente, que é a manutenção da originalidade dos seus fundamentos ante as ameaças corrosivas do pecado, no decorrer dos tempos.
ResponderO ser humano tem uma inclinação natural para se desviar dos caminhos de Deus, devido a presença do pecado... por isso a reforma constante é necessária... não para se criar algo novo, um caminho alternativo, mas para não se desviar completamente do antigo. Todo avivamento autêntico é antes de mais nada um retorno às Escrituras... o resto é só confete, barulho e agitação...
Cristiano,
ResponderNão sei no momento indicar na internet material sobre a questão do ES, mas esta posição da habitação do ES nos crentes do AT é defendida por muitos teólogos reformados.
Abs.
Caros Gutierrez e Dinho,
ResponderReconheço que a frase "curado do arminianismo" é ferina. Perdoem-me. Fica aqui o registro para os que lerem o post.
Por outro lado, não posso deixar de dizer que teologicamente considero o arminianismo como uma posição bem equivocada e inconsistente quanto à soteriologia bíblica.
Nunca considerei os arminianos como apóstatas ou não cristãos. E de fato, considero-os como meus irmãos em Cristo, entre os quais tenho bons amigos.
Minha preocupação no post é com mudanças que têm acontecido na vida e carreira de cristãos que os levam aos limites entre o Cristianismo histórico e as seitas, heresias e apostasias tão amplamente documentadas na história da Igreja, antiga e recente.
Abs!
Perdoe-me, reverendo, se esta dúvida é um pouco fora do tema - que é sobre mudança de opiniões, e desejo esclarecimento sobre um exemplo citado. O irmão crê que Romanos 7 não é a experiência dos cristãos verdadeiros? Estranho, pois já li diversos artigos excelentes de renomados autores reformados comentando sobre isso, inclusive um na Revista "Fé Para Hoje", que me foi bastante tranquilizadora. Eu questionava a minha fé, e vi que os mais santos têm frustrações com sua espiritualidade. Até onde sabia, eram os arminianos e adeptos do perfeicionismo que defendiam que essa passagem se referia aos tempos de antes da conversão do apóstolo. Ficaria grato se o irmão esclarecesse o exemplo citado.
ResponderSobre a mudança do Pr. da Assembléia João de Deus'é verdade, eu sou paraibano e moro em João Pessoa, aqui as pessoas estão lhe chamando de "João de Alá"
ResponderPr. Robério Olinto - Igreja Batista Regular - João Pessoa - PB.
João Armando,
ResponderNão precisa estranhar que eu pense diferente de outros reformados - acontece o tempo todo, sendo eles renomados ou não, rsrsrs!
Fique tranquilo - não estou negando que exista um conflito interno dentro do verdadeiro crente, e que o mesmo erra, cai, peca e se equivoca. Há várias passagens da Bíblia que falam claramente disto, como por exemplo, Gálatas 5 que menciona o conflito entre a carne e o Espírito.
Portanto, discordo totalmente dos perfeccionistas. Como reformado, estou consciente e aceito plenamente a doutrina da total depravação. Para mim, a santificação é um processo gradual e imperfeito nesta vida.
Veja os posts que já escrevi sobre santificação:
http://tempora-mores.blogspot.com/2006/08/para-quem-pensa-estar-em-p-i-verso.html
http://tempora-mores.blogspot.com/2006/08/para-quem-pensa-estar-em-p-ii-verso.html
http://tempora-mores.blogspot.com/2006/08/para-quem-pensa-estar-em-p-iii-verso.html
Todavia, não creio que Romanos 7 esteja descrevendo o conflito bem real pelo qual um crente verdadeiro passa. Ou seja, acho que passagem se refere a outra situação, àquela do não regenerado religioso descrita por alguém (Paulo) que já é crente.
Meu ponto não foi despertar discussão sobre este assunto, mas mostrar que ao longo da minha vida mudei de opinião em alguns tópicos que não fazem parte da essência do Cristianismo, conquanto tendo a sua importãncia relativa.
Abs!
Oi Rev. Nicodemus,
Responderantes de mais nada fique sabendo que o sr. exerce hoje forte influência na minha caminhada. Só não sou mais edificado porque tudo que o sr, escreve já faz parte das minhas convicções. O sr, tem um defeito: escreve pouco. Gostaria de poder ler um texto seu por dia, hehehe.
Mas o que me chamou a atenção, a ponto de eu me dirigir ao sr. pela 1a vez, é sobre Romanos 7.
De todos os comentários que já li de Rm, somado às notas das bíblias de estudo que tenho (Genebra, Genebra atualizada, NVI, King James, Jerusalém e Peregrino), sempre entendi que Paulo se referia à sua luta como homem e como cristão, que é a luta de todos nós (uns mais, outros menos, dependendo do amadurecimento na fé).
Gostaria muito de saber como o sr. chegou a essa outra conclusão (e se há alguma obra escrita a esse respeito).
Uma das coisas mais lindas que já presenciei, foi a mudança de pastores e líderes de uma Assembléia de Deus aqui no Rio, que agora abraça fervorosamente a fé reformada!!!!
ResponderTodo ano tem Conferência teológica em parceria com Igrejas Presbiterianas e Batistas, e só pregadores de peso! Reverendo Augustus mesmo veio há dois anos. É atualmente o melhor encontro Reformado que temos no Rio!!!!
Gratas mudanças!!!!!
"Uma coisa linda pastores assembleianos virarem reformados..."
ResponderAté onde vai o etnocentrismo teológico de certas pessoas!
Simone, Graça e Paz.
ResponderQual AD no Rio abraçou a fé reformada?
Você teria o endereço?
Grato.
Caro Rev. Augustus:
ResponderBem, sempre tive reservas quanto ao dispensacionalismo desde criança. Lia os seus principais expoentes e não conseguia assimilar os seus argumentos. Amadureci e acabei rejeitando tal sistematização.
Por outro lado, comecei arminiano mas, a meu ver, acho que tenha progredido. Hoje sou calvinista, sem deixar de ser pentecostal, balizado pelos mesmos fundamentos que nos unem como cristãos.
Abraços
Diego,
ResponderÉ a Assembléia de Deus em Venda da Cruz, Niterói. Eles organizam os encontros com a igreja Presbiteriana de Icaraí e a Batista Bíblica da Tijuca. Anota aí: Rua Dr. March, 494 – Praça da Venda da Cruz – Niterói – RJ / Telefone: (21) 3714-0746
Os encontros são sempre em agosto. No site da Presbiteriana certamente você encontrará a divulagação.
Abraço
Rev. Eu tive essa experiência de mudança em minha vida, pois era arminiano de berço e de inicio la no próprio seminário Pentecostal em Recife tive oportunidade de conhecer reformados, onde fui convencido a luz das escrituras para o Calvinismo. Hoje vejo as mudanças teológicas com cuidado, pois temos um Credo e não podemos desafirmar pontos que a Igreja se firma ex: A trindade, Cristo Homem e Deus ao mesmo tempo, a Autoridade das escrituras e outros importantes. Concluo dizendo que os liberais adoram mudanças e de preferência as do Cerne do Cristianismo, isso é uma marca deles no tempo e história. Devemos nos cuidar e apelar a referencia última nos assuntos concernentes a Fé e Prática isto é: As Escrituras.
ResponderCaro Rev. Augustus.
ResponderSou um cristão neófito (4 ou 5 anos de conversão) e nesse pouco tempo posso dizer que também mudei... e mudei bastante. Não só as minhas convicções teológicas são diferentes hoje - congrego numa igreja pentecostal, mas não defendo o batismo no Espírito Santo como segunda bênção, era pré-milenista pré-tribulacionista e hoje sou amilenista (www.a-milenismo.blogspot.com), etc - mas também outras esferas como intimidade com Cristo na vida de oração e o modo como trato minha esposa mudaram, só para mencionar alguns.
Se me permite acrescentar, gostaria de colocar aqui essas últimas coisas - vida de oração e casamento - como algo a ser continuamente mudado em nossas vidas, de preferência para melhor.
Abraço.
Em Cristo, Mac.
Cristiano Silva disse: Interessante isso o que o Sr. disse sobre o Espírito Santo no Antigo Testamento, nunca tinha ouvido isso antes. Existe alguma referência (na Internet, de preferência) sobre isso?
ResponderAo que Augustus repicou: Cristiano, Não sei no momento indicar na internet material sobre a questão do ES, mas esta posição da habitação do ES nos crentes do AT é defendida por muitos teólogos reformados.
Eu:
Caro Cristiano: na minha opinião (não é necessariamente o ponto de vista, em seus detalhes, do Augustus) temos alguma dificuldade na compressão da atuação do Espírito Santo por que não identificamos cuidadosamente a sua multifuncionalidade (que vai além de ser penhor da salvação). Algumas são perenes (como essa), outras foram temporais, ou são específicas e não genéricas. Escreva para mim (solano@terra.com.br) e eu envio estudo nesse sentido que ainda não foi postado.
Abs.
Solano Portela
"Esqueceu" de citar RICARDO GONDIM, Pr. da Assembleia de Deus Betesda, e que tem causado divisão em sua própria denominação, na medida em que prega que Deus não é onisciente.
ResponderSobre Rm 7 é interessante obtemperar que calvinistas discordam de Calvino. Eu ainda não fechei questão nesse tópico, sendo propenso a ficar com Calvino, JC Ryle, et al.
Sobre o ES no AT fico com os dispensacionalistas, embora não seja um, ou talvez seja um eclético.
Sobre a essência da fé, que deve ser imutável, concordo em gênuro, número, grau e caso, com o post.
Deus vos abençoe pelo equilíbrio.
A paz
Tales
Caro Rev. Augustus, aqui é o Mauro, tudo bem?
ResponderA questão abaixo não é minha (obviamente), mas de um colega que estuda comigo numa universidade que, definitivamente, não confessa nada de absoluto. A pergunta foi feita para mim. Eu dei a minha resposta, dicutimos questões de fé e de pressupostos (ainda discutimos), mas aproveitando seu texto sobre o assunto, gostaria de ver a sua resposta.
Forte abraço.
Colega: "Eu respeito sua postura quanto à crença numa verdade absoluta e compreendo sua lógica. Entendo que grupos cristãos sobrevivem por séculos apegando-se a absolutos expressos e confessos em credos e confissões. Mas, honestamente, será que não é questionável que escritos tão antigos continuem sendo tratados como se fossem aplicativos para os dias atuais da mesma maneira que eram no passado?
Será que o símbolo não se renova? o Símbolo não se torna relevante a medida que sofre mutações, progressos e novas interpretações? Afinal, o relacionamento com "o Sagrado" não depende dessa disposição em abrir mão de crenças e valores e se deixar absorver por novas experiências?"
Marcinho,
ResponderComo eu disse nos comentários acima sobre Romanos 7, os reformados que entendem que a passagem não é auto-biográfica (ou seja, que Paulo não está falando de uma experiência sua como cristão), não estão negando o conflito cristão interior contra o pecado, que é bem real. Como eu disse, há outras passagens na Bíblia que descrevem este conflito.
A dificuldade em entender que Romanos 7 está descrevendo a experiência de um regenerado - como Paulo - se deve a vários fatores, desde o fato que o "eu" de Romanos 7 é um derrotado constante, e não alguém que as vezes acerta e às vezes erra, até considerações do contexto, como o propósito de Paulo com esta passagem, o fato de que Romanos 6 e 8 fazem diversas afirmações sobre o regenerado que são negadas em Romanos 7, e assim por diante. Não vou me estender aqui. Talvez mais tarde eu poste alguma coisa sobre isto.
Abs.
"Uma coisa linda pastores assembleianos virarem reformados..."
ResponderAté onde vai o etnocentrismo teológico de certas pessoas![2]
Grande coisa essa irmã falou. Da mesma forma seria ridiculo irmãos assembleianos dizerem:
"Uma coisa linda pastores presbiterianos virarem pentecostais..."
Tanto a igreja assembleia como a presbiteriana tem seus defeitos e qualidades.
E Augustus o seu pedido de desculpas está aceito...
Fica com Deus
Shalom!
ResponderUma vez que o irmão falou de suas mudanças na maneira de ver algumas questões teológicas e enumerou alguns exemplos provocando assim nos leitores uma curiosidade sobre as razões para tais mudanças. Sugiro que oportunamente o irmão exponha o que levou tais mudanças [Rm 7, Espírito Santo no VT, etc]. No caso específico gostaria de que abordasse o dispensacionalismo. Como o irmão nasci num ambiente dispensacionalista. Minha primeira Bíblia foi a de Scofield. Estudei inicialmente num seminário onde cursei uma disciplina chamada AS SETE DISPENSAÇÕES [Achava o máximo rsrsrsr]. Depois mudei para outro seminário também dispensacionalista mas não tanto como o anterior. No entanto o contato com a literatura reformada tem feito MUDANÇAS [lentas e graduais] na minha visão teológica. Creio que a percepção de alguém que assim como eu foi dispensacionalista será uma valiosa contribuição para que eu e outros tantos façam uma avaliação criteirosa e sadia para bem fundamentar tais mudanças. Mudanças feitas apenas por modismos e sem reflexão cuidadosa é pura insensatez. É peciso dar "a razão da fé" que há em nós. Um forte abraço reverendo!
[Obs. Suas palestras aqui em Fortaleza na IP do Monte Castelo foram maravilhosas. Volte sempre.]
Pr. Luiz Correia
Percebo que a figura ilustrativa reflete exatamente o conteúdo do texto: uma mudança sem qualquer mudança! Sim, porque as mudanças às quais o sr se refere permanecem nos mesmos paradigmas (evangélicos, conservadores, cartesianos, pré-modernos, tudo junto). Sem mudança de paradigmas não haverá mudança efetiva de postura cristã na sociedade. Permaneceremos nos mesmos questionamentos, preocupações, ênfases... as mudanças necessárias nunca virão se as mudanças experimentadas permanecerem no mesmo círculo. Pelos comentários nota-se o que procupa os conservadores em termos de mudança: se Rm 7 retrata Paulo ou não, se o Espírito no VT é 'outro' em relação ao NT e por aí vai. Falam pra si mesmos. Não há diálogo com a sociedade e consequente inserção profética na sociedade (não me refiro à pentecostalismo). Essa é minha opinião, com todo respeito. Grato pela atenção.
ResponderJoão da Cruz
Eu tbm acho "coisa linda pastores e líderes de uma Assembléia e qualquer outra denominação abraçarem fervorosamente a fé reformada.
ResponderLi recentemente q nos EUA jovens adventistas do 7o. dia, por influencia de John Piper estão abraçando a fé reformada.
Acho isso não por sectarismo, mas pq amo a fé reformada e amo as pessoas.
Obviamente os assembleianos reformados continuam assembleianos q guardam inumeras coisas positivas de suas denominação.
A simm, acharia muito bom se igrejas presbiterianas e d outras denominações abraçassem alguns pontos da prática assembleiana de abrir igrejas e evangelizar.
Olá Rev. Augustus.
ResponderÓtimo post, belo texto.
Me identifiquei com o artigo, pois aconteceu o mesmo comigo: fui convertido pelo Senhor em uma igreja arminiana (AD). Passado alguns anos, após contato com as doutrinas Reformadas em um site calvinista, optei por essa, devido à fidelidade bíblica. Hoje sou membro de uma igreja reformada (IPB) na cidade em moro.
Concordo com os irmãos quanto à expressão "cura do arminianismo" (sinto que à primeira vista essa expressão causa espanto, senti o mesmo) porém, concordo plenamente com o senhor quanto aos erros do Arminianismo.
Acredito realmente que tanto a AD quanto a IPB tenha defeitos e qualidades, pois afinal, não somos perfeitos, a igreja local é constituída por seres humanos. Agora, se a questão for doutrinária (Arminianismo e Calvinismo), acredito absolutamente que não há como ter "defeitos e qualidades" em ambos os sistemas doutrinários, concordo com o Rev. Augustus. Creio que a Bíblia e somente ela dá a resposta e o Calvinismo é a exposição mais fiel e consistente das doutrinas bíblicas.
Parabéns pela nobre atitude de desculpar-se.
Um grande abraço à todos e que Deus os abençõe.
Bom post!
ResponderSomente Deus é imutável!!
Esse assunto do E.S. vai dar pano pra manga... eu que o diga, neh professor Mauro?
Fiquem na paz!!
Discordo do anônimo que diz que um post como esse está falando só para protestantes. Fato esse que ele mesmo está lendo e participando.
ResponderCaro comentarista
ResponderSe você aceitou o pedido de desculpas pelo termo citado pelo escritor "cura"... (e olha que me parece sim ser uma espécie de cegueira espiritual quando da leitura da Escritura, da qual eu sofri por longos anos... falo de ler a Bíblia pela ótica humanista)...
... Imagino que você possa também pedir desculpas para a moça que foi espontânea de acordo com o seu ponto de vista.
A forma como você a menosprezou diante de todos, e por duas vezes, foi no mínimo indelicada.
Se qualquer outro escrevesse o inverso do que ela disse, nem mesmo assim poderia ser menosprezado por ninguém, nem você, nem eu.
O reverendo teve a humildade de pedir desculpas por um "erro" controverso, mas vou ficar observando se você também vai reconhecer a parte que lhe toca.
Abraço!
Concordo com Tales: acho que o irmão esqueceu de mencionar Gondim.
Responderabs
Wilson
O Texto é simplesmente excelente, faz-me bem ler de um cristão tais palavras. Parabéns!
ResponderInteressante perceber o quanto a queda afetou nossa mente, mesmo regenerados temos grande dificuldade em desenvolver um pensamento teológico retilíneo, duvido da sinceridade de quem diz nunca ter balançado entre alguns pontos doutrinários, já fui pela ordem pré-milenista, amilenista e pós-milenista agora estou retornando ao amilenismo a explicação para o retorno ao amilenismo e que nunca havia estudado esta posição com cuidado como fiz com o pré e o pós, a primeira passagem pelo amilenismo
ResponderFoi mais por rejeição ao pré, agora estou estudando e reunindo material sobre amilenismo, parece loucura mas não e, em todas essas posições escatológicas você encontrara teólogos proeminentes, eruditos e piedosos, e nesta matéria, as grandes confissões de fé pouco ajudam.Graças a Deus por sua Palavra e seu Espírito que nos guiam em toda verdade.
Caro Oliveira, não a menosprezei! Vc se incomodou com isso a toa. Vai ver, por ser calvinista tbm. Talvez vc e ela se achem superiores espiritualmente por serem "reformados", "eleitos", "predestinados"... E nós pobres arminianos não temos a "certeza" da vida eterna. E só me referi a isso uma vez! Acho q vc confundiu por eu ter colocado isso [2], estava apenas repoetindo o q um irmão ja tinha dito. Não pedirei desculpas, pq ela ofendeu os assembleianos. Detalhe: não sou um deles.
ResponderNa minha opinião, o cometario mais sóbrio foi o do irmão João da cruz. Ainda eu e vc e quase todos aki, nos preocupamos demais com nossas picuinhas teologicas.
Fica com Deus
Sou arminiano, tricotomista e pré-milenista, por diversas razões. Já li e ouvi muitos argumentos contrários às minhas posições, mas elas nunca me convenceram. Diria até que alguns argumentos, por me parecerem forçados e artificiosos, tiveram o efeito contrário.
ResponderDevo observar, em relação ao pré-milenismo, que ele corresponde à leitura mais natural dos textos bíblicos sobre o assunto, logo deverá ser a primeira hipótese a ser considerada, tem a primazia da naturalidade. E qualquer outra hipótese tem o ônus de ser anti-natural.
Às vezes, quem não é pré-milenista, não o é para evitar conflitos teológicos com sua interpretação de outros assuntos. Mas essa é uma questão mais longa, que deixarei fora deste comentário.
Antes de tudo, devemos lembrar que não existiu outra posição concorrente com o pré-milenismo, por muito tempo depois dos apóstolos. Mas não é surpreendente que o pré-milenismo original tenha sido suplantado. Ao tornar-se uma igreja estatal, a ICAR precisava negar que o Império, que faz parte do Mundo, jaz no maligno. Ela teria de interpretar que o Reino de Deus, que estava no coração das ovelhas do pequeno rebanho, já tinha chegado à política. A "conversão" do imperador e a "conversão" do império encontraram sua interpretação bíblica ao negar-se o pré-milenismo. O papado, alçando-se sobre Roma, que mais seria que não o próprio Reino de Deus tomando posse do mundo?
Mas nós sabemos as mazelas da história da ICAR. Mesmo sem recorrermos a nenhuma página escrita por não-católicos, sabemos por milhares de páginas escritas por leigos, padres, bispos, cardeais e até homens que hoje são chamados de santos pela ICAR. Muitos anos antes de qualquer protestante, eram católicos que diziam "Roma é a Prostituta". Não quero ofender nenhum católico aqui. Apenas leiam seus próprios escritores.
Se sabemos que a maldade humana não tem refluido, se sabemos que o Diabo não está de mão amarradas, se sabemos que a maior parte do que é chamado cristandade, em qualquer das três vertentes (ortodoxa, católica e protestante) não tem sido expressão verdadeira do evangelho, como alguém pode ser pós-milenista ou amilenista? O único avanço real que vemos do evangelho, é que povos que nunca o tinham ouvido agora o ouvem (o que já tinha sido explicitamente previsto pelo Mestre, e que não é negado por nenhum pré-milenista). Mas os povos aos quais já foi pregado o evangelho, nunca se tornam totalmente cristãos, pelo contrário, são sempre uma minoria os que realmente seguem o Cristo, e tem sido assim por dois mil anos. A verdade não tem se firmado, pelo contrário, é a mentira que prospera mais e mais. Qual a realidade que os irmãos veem? Os que pregam a verdade têm sido honrados pelos homens? Ou têm sido sempre rejeitados pela maioria, como o eram os profetas antigos? A história do mundo tem sido uma história de maldade, mentira e loucura, os escritores e poetas de todas as épocas o provam. A virtude e a verdade são exceções, que sempre se manteemm com luta. A descrição do Milênio não se aplica de forma alguma ao mundo que vemos. Não vemos a verdade e a justiça aumentarem a não ser, às vezes, em alguns lugares, quando há arrependimento de alguns.
Então resumo minha rejeição ao pós-milenismo e ao amilenismo, nestes quatro argumentos:
1. São mais recentes que o pré-milenismo.
2. São leituras forçadas dos textos.
3. Tornaram-se bem aceitos, em parte, por serem convenientes aos poderosos.
4. A descrição do Milênio feita nas profecias não pode aplicar-se com justiça ao mundo que vemos, nem ao que o mundo tende a tornar-se.
Por brevidade de espaço, termino este comentário aqui.
Senhor Gnófilo Gouveia
ResponderNão vejo em parte alguma do NT, qualquer possibilidade de rejeição das palavras das Escrituras que não foram ditas pelo Messias. Pelo contrário, se eu precisasse de mais alguma razão para crer nas Escrituras, bastariam estas palavras "Porque em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido". Aparentemente o Cristo tinha muito mais consideração pelas Escrituras do que você. Eu poderia juntar a essa, muitas outras palavras, tanto do Mestre quanto de seus enviados, mas creio que você as conhece. Abandone essa forma "renovada" de marcionismo, isso não tem consistência. Se Yeshua afirma constantemente a verdade das palavras de Moisés e dos profetas, você não pode ser discipulo daquele e rejeitar estes como falsos.
"Renato U. Souza, conservador, evangélico, arminiano, pró-capitalista."
ResponderEstou me referindo às instruções de Lutero para a leitura da Bíblia. Quando Cristo fala diretamente, aceito sem medo de errar. Quando Ela fala indiretamente, aceito também, mas tomando cuidado para não interpretar segundo minha limitada competência. Neste caso busco alguma interpretação clássica de consenso.
Quando há dúvida, suspendo o julgamento para não me aventurar criar contendas e dissensões.
Imagino que você seja conservador, mas apenas em relação ao que é verdadeiro e não apenas "verdadeiro", segundo muitas percepções contraditórias.
Imagino que você seja evengélico segundo Jesus, e não segundo a filosofia especulativa sobre Jesus.
Quanto a ser arminiano, acho uma excrecência, tanto quanto ser calvinista. Por isso penso que se alguém é evangélico, segundo Cristo, ele já tudo que poderia e deveria ser. Não precisa ser de Paulo, ou de Apolo!
Quanto a ser pro-capitalista, espero que o seja com grande conhecimento de causa. Se não levar em conta a semântica e, neste caso, concordar que o termo "capitalista" equivale a ser um "mamonista", você já optou entre Deus e o dinheiro.
Talvez você queira dizer que é a favor da liberdade de troca em ambiente regulado por leis que garantam igualdade de condições nessas trocas. Um liberal à Popper (veja a Sociedade Aberta e Seus Inimigos), e não um liberal da diabólica linha "darwinista".
Obrigado pela reflexão.
Gnófilo Gouveia
Sobre mudança, na prática
ResponderConheci um homem de caráter ilibado, firme na Rocha, e grande poder intelectual. Ele contou-me sobre sua mudança em relação à credibilidade dos líderes de uma certa denominação.
No período do regime militar, um dedicado servo de Deus, com exceennte formação teológica, filosófica e bíblica foi denunciado como comunista por uma direitista maçônico.
Felizmente o denunciado tinha um amigo no DOPS, que o avisou em tempo de ele fugir para os Estados Unidos.
A pessoa que me contou a história estava justificando o motivo pelo qual não mais acredita no dever de seguir líderes só pelo fato de eles falarem em nome da Escritura.
Há sempre a possiblidade de uma interpretação distorcida que venha a ratificar uma crença pessoal, como essa de que o próprio Cristo era uma má influência socialista (ideia defendida pelo pro-capilista von Mises).
Von Mises disse muita coisa boa, mas se ele supunha que Jesus era socialista, estava gravamente enganado sobre isso. Jesus jamais defenderia um regime que odiasse a liberdade de consciência. Se não fosse por outro motivo, pelo fato desta ser o oxigênio para a fé verdadeira.
ResponderCaro Dinho
ResponderVou lhe dar o benefício da dúvida e considerar a hipótese de que talvez eu tenha me incomodado a toa.
Sim, eu sou calvinista.
Não, não me acho superior a você, nem te conheço.
Sim, eu sou reformado.
Sim, eu tenho certeza da minha eleição.
Sim, eu creio na doutrina da predestinação.
Meus amigos assembleianos (e arminianos) quando perguntados, todos respondem que tem certeza da vida eterna.
Eu mesmo fui ensinado assim.
Eles apenas completariam que esta certeza é circunstancial e depende do esforço de cada um em se manter firme na fé.
Sim, eu me confundi, você só "ofendeu" uma vez.
Mas tudo bem, deste mal não sofres sozinho, eu mesmo já muitas vezes disse o que não deveria ter dito da forma que disse.
Não quer pedir desculpas, então não peça.
Ela não ofendeu os assembleianos.
Existem maneiras diferentes de se escrever menos belicosas, assim como um outro comentarista acima defende com unhas e dentes a sua visão tricotomista, pré-milenista e arminiana... sem ofender ninguém, apenas argumentando pela sua ótica o motivo da sua fé (visão da qual discordo em todos os aspectos do que ele escreveu).
Se eu me incomodei com a questão já citada, você parece se incomodar muito facilmente com a suposta (na sua cabeça) arrogância dos reformados.
Fique tranquilo, não vamos para o mesmo céu?
continua...
continuação...
ResponderQuanto à crítica do que você considerou o comentário mais sóbrio, a preocupação que está por detrás da crítica até é interessante (devemos sim antes de todas as coisas estarmos preocupados com um Evangelho que tenha reflexos no mundo presente - afinal a fé sem obras é morta), mas a crítica em si é injusta (afinal não é porque eu tenho um blog e troco correspondências com amigos e neste mesmo participo, isto significa ou permita a inferência que eu só faço isto e minha fé não tem reflexos no contexto onde estou - gasto minutos em blogs comparado ao restante do tempo que dedico a minha família e contextos diversos onde Deus me colocou para ser sal), e a crítica para quem foi dirigida também foi injusta a meu ver (afinal eu tenho uma inveja santa do reverendo pelo papel que Deus colocou para ele exercer, da liderança e influência que exerce sobre milhares e milhares de pessoas que se espelham no testemunho e liderança da chancelaria do Mackenzie, e também da sua liderança como pastor, pregador, escritor e suspeito que o blog aqui e as reflexões que ele publica são um pingo no oceano do volume do seu trabalho em prol do Reino, e mesmo que ele por motivos de saúde, ou circunstâncias só fizesse isto - escrever neste blog - já é uma benção considerável e fonte de graça para milhares e milhares que aqui colocam os olhos para ler a aprender).
Então por isto que eu não considerei tal comentário como o mais sóbrio.
Mas espero sinceramente que as obras que vocês tenham para apresentar (nos termos do desafio do apóstolo Tiago) sejam maiores do que as já apresentadas pelo reverendo e seus dois colegas.
Eu de minha parte não tenho tanta coisa assim para mostrar.
Enfim o fato de que eu tire um tempo para discutir o que você chama de "picuinhas teológicas", não significa que eu só faça isto, mas significa que eu de alguma forma me realizo com isto e ao que me parece existem bênçãos para os que tem prazer em meditar na lei do Senhor.
Teologia para mim, por menor que seja o tópico a ser estudado não é nem nunca será chamado de "picuinha teológica".
Aliás, chamar isto de "picuinha teológica" também é uma forma de ofensa, não?
Mas como você disse "nossas" então vejo que também te incluis no grupo dos que gastam algum tempo da sua vida preocupado com os "tils" e os "jotas" do que está escrito na escritura.
No filme famoso, Topol enquanto está tirando leite de vaca e cuidando dos animais, fica orando e cantando reclamando da vida, e diz lá pelas tantas questionando Deus, porque não permitiu que ele ficasse a ler as escrituras e discutí-las como os mais sábios que ele... E eu quando vi o filme, fiquei rindo nesta cena (era ainda um menino, mas tinha o mesmo desejo e reclamação).
Eu não cuidada de vacas... risos... Mas fazia (e faço) um monte de outras coisas chatas.
Fica na Paz.
Aprendiz qual pré-milenismo você postula ? O atual tem em seu lastro o dispensacionalismo e o pré-tribulacionismo com um arrebatamento secreto que a igreja não conhecia ate o século 19 e não se encontra em nenhum lugar na bíblia, e foi popularizado pelas anotações da bíblia de scofield e alguns institutos bíblicos.
ResponderOutra coisa que me chamou atenção foi você dizer Yeshua e sobre a estatizaçao da igreja, os judeus messiânicos tem a mesma conversa , desprezam tudo depois de constantino inclusive os protestantes e afirmam que o ensino da igreja primitiva e uma mistura de filosofia grega e verdade cristã, rejeitando todos os dogmas da cristianismo, creio que gostam de Ristchl e Harnack.
Rev. Augustus, eu gostaria de saber onde eu posso encontrar gravado na internet a sua pregação no culto de inauguração da TV IPB, na qual você pregou sobre Josué 7.
ResponderAlguém disponibiliza?
Nossa, o Dinho ficou magoadinho...
Responder"Reformado" não é sinônimo de "presbiteriano". Queira Deus muitos assembleianos virem reformados... pois os resultados dos "arminianos" estão ai... aliás, prá ser preciso, arminianos não, mas pelagianos. Queira Deus ele levante alguns arminianos de verdade por aqui.
Goel
Não, eu não ofendi os meus queridos irmãos assembleianos.
ResponderCaro Renato (vulgo Aprendiz).
ResponderGostaria de trocar algumas "figurinhas" com você a respeito de escatologia, se estiver interessado é claro.
Ambos somos arminianos (no meu caso, ainda não parei para estudar a fundo essas questões... quando isso acontecer, talvez eu "mude" e me torne calvinista [...] ou não, hehe), mas nossas semelhanças terminam aqui. Sou dicotomista e amilenista.
Creio que podemos aprender e amadurecer ouvindo um ao outro.
Em Cristo, Mac.
Não sou assembleiano. Mas os reformados gostem ou nao, o evangelho so cresceu nesse país devido ao trabalho arduo dos missionarios assembleianos. Apesar da sua pouca instrução teologica. Muitos "reformados", se doem quando ouvem isso. No entanto, é a pura verdade! É lógico que as igrejas tradicionais tem parte no crescimento, mas os arminianos contribuiram mais. Deus escolheu os "pelagianos" para divulgar a sua palavra neste país. Será que isso se deve a frieza dos "reformados"?! Haja vista, a monotonia dos seus cultos.
ResponderInfelizmente a igreja atual vive do que os grandes avivalistas fizeram no passado e principalmente os reformados.
Gostaria de sugerir aos meus irmãos arminianos a leitura dos seguintes livros:
Responder"Soberania Banida" do R. K. McGregor Wright, Editora Cultura Cristã;
"Introdução a Teologia Sistemática", editora Arte Editorial; "Questões Últimas" e "A Luz das Nossas Mentes", Editora Monergismo; livros escritos pelo Vincent Cheung.
Um abraço a todos!
Dinho,
ResponderCom todo o respeito pelas AD, vc precisa estudar um pouco mais história do protestantismo no Brasil.
Qual era a denominação que mais cresceu no país até meados da década de 1940? Vc saberia dizer?
Qual a denominação que se revelou mais divisionista em meados da década de 1980? De onde vieram as maiores aberrações teológicas presentes na igreja brasileira? Veja ai a tal Bíblia Bake...
Ninguém está comemorando uma suposta vitória do 'presbiterianismo' ao constatar a chegada da teologia reformada nas AD. Mas - pelo menos de minha parte - louvo a Deus pois a luz (que vem do ensino reformado, que transcende o presbiterianismo, e engloba anglicanos, batistas, congregacionais, etc) está se unindo à paixão típica da AD e bons resultados podem vir dai.
Agora, pelo que se vê nos últimos 30 anos, Deus abandonou os pelagianos, não é? Teísmo aberto, maniqueísmo, teologia da prosperidade, 'vitória em Cristo', G12, guerra espiritual, dente de ouro, riso santo, unção de Jacó, mapeamento territorial, e tanto mais... que caracterizam aquele 'outro (heteron) evangelho' que Paulo combateu.
Goel
"Não sou assembleiano. Mas os reformados gostem ou nao, o evangelho so cresceu nesse país devido ao trabalho arduo dos missionarios assembleianos. Apesar da sua pouca instrução teologica".
Responder- Meu amado, dê uma estudada na história do protestantismo tupiniquim e você descobrirá que não foi assim. Aliás os irmãos presbiterianos foram pioneiros e fizeram história enquanto missionários. Meses atrás participei do Encontro da Fé Reformada, onde o Mauro Meister e outros irmãos falaram de como irmãos foram ousados, alguns deles, indo "a pé" de vila em vila, de cidade em cidade, evangelizando o Centro-Oeste brasileiro, por exemplo. Foram os primeiros a chegarem aqui, e estes eram reformados, de igrejas históricas da Europa. Gente que deixou um legado de hinos, escolas bíblicas, estudos, pregações e muitos filhos na fé, muitos das quais suas famílias estão lá até hoje, servindo a Deus.
"Muitos "reformados", se doem quando ouvem isso. No entanto, é a pura verdade! É lógico que as igrejas tradicionais tem parte no crescimento, mas os arminianos contribuiram mais".
- Não sou presbiteriano nem reformado, mas confesso que doeu ouvir (ler) isso, pois o que o irmão colocou aqui foi fruto de total desinformação. Aliás, eu sou pentecostal... rsrsrs!
"Deus escolheu os "pelagianos" para divulgar a sua palavra neste país. Será que isso se deve a frieza dos "reformados"?! Haja vista, a monotonia dos seus cultos".
- Dois pontos que quero colocar aqui. Primeiro: Deus escolheu homens tementes a Deus para trazer Sua Palavra a este país, alguns deles foram arminianos, outros calvinistas, outros pentecostais, e assim por diante. Muitos convertidos ao Evangelho no Brasil nasceram em igrejas onde a doutrina não era tão boa assim, mas foram ensinados a serem tementes a Deus e a Sua Palavra. E eles, conforme vão caminhando com Deus, vão sendo instruídos (Ele mesmo disse que nos levaria à toda verdade). Da mesma forma há muitos que estão servindo fielmente a Deus em igrejas históricas, famílias inteiras (4 ou 5 gerações), frutos da pregação do Evangelho através de irmãos históricos. É um erro grave acusar esses irmãos de "monotonia", só porque eles não sentem arrepios ou gritam glória a Deus nos cultos deles. Segundo, o contrário também é válido: há muitas igrejas históricas que pararam no tempo. O que quero dizer com isso é, que vivem do que foi feito no passado e não continuaram o trabalho de evangelização, apesar de terem boa doutrina. Da mesma forma há muitas igrejas pentecostais onde aparentemente há muita "atividade", porém muitas vezes isso esconde várias coisas. Eu já fui e vi muitos líderes extremamente ativos, que operam nos dons e tudo mais, só que não têm um relacionamento íntimo com Deus. De que adianta ganhar o mundo inteiro e perder-se...?
"Infelizmente a igreja atual vive do que os grandes avivalistas fizeram no passado e principalmente os reformados".
- Ué, aí eu não entendi; eles eram "monótonos", agora você diz eram avivados?
Com todo respeito,
Vinícius.
Caros Osmar e Goel
ResponderOsmar, vc vim citar os livros do herege Cheung?! Vc não se dá conta que fui predestinado por Deus para poder falar o que estou falando aki?! Essa é a visão do Cheung! Nunca vi uma pessoa mais arrogante do que ele. Um herege hipercalvinista, que se acha o dono da razão. Não acredito no teismo aberto, mas tal doutrina é mais coerente e mais digna do que a doutrina do Vincent.
Quanto ao que o Goel disse, pelo seu raciocinio Deus abandonou os "reformados", a muito mais tempo! Haja vista, o liberalismo teologico ter invandido as igrejas "reformadas no inicio do século passado.
Onde está a heresia do Cheung, Dinho? Em dizer que qualquer ação nossa está predestinada? Isso é hiper-calvinismo?
ResponderNossa, Dinho, não fique magoadinho. Ainda que o liberalismo tenha chegado em algumas denominações reformadas (especialmente presbiterianas, como a PSUSA), foram prontamente repudiadas, inclusive com grupos saindo do meio dela, por rejeitarem o liberalismo. Dá uma estudada na história de Princeton, por exemplo. Quer dizer, entre os reformados, há elementos que mantém a igreja em permanente reforma.
ResponderPor outro lado, dá uma estudada nas principais denominações protestantes no Brasil... quais cairam cativas do liberalismo? Isto, justamente aquelas que são "arminianas"... batistas, metodistas, etc.
Mas vc só, tacanhamente, tentou devolver a batata quente. Mas a batata quente fica com vc. O fato é que o pelagianismo não tem defesa alguma contra a heresia; antes, o pelagianismo (que, parece, vc não sabe, mas é diferente do arminianismo, que nunca chegou por aqui) é heresia. E que abriu as portas para o cair no espírito, ganidos santos, igreja com propósito, paipóstolos, pai espiritual, LIBERALISMO TEOLÓGICO e tanto mais...
Então... toma que o filho é teu.
hehe
Goel
Prezado Dinho, Graça e Paz!
ResponderImagine uma mente carnal ouvindo "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida". Para tal pessoa, haverá coisa mais arrogante, presunçosa, prepotente e politicamente incorreta? Para uma mente carnal, haverá coisa mais injusta do que o discurso de Paulo em Romanos 9?
Se os escritos do Cheung te soam heréticos e arrogantes, você pode começar com o livro "Soberania Banida" do Dr. Bob Wright. Embora ele não chame os incrédulos de imbecis, ele demonstra pelas Escrituras que o pecado afetou sim a nossa estrutura noética (uma forma polida de dizer que depois da Queda nós ficamos mais burros).
Respostas ao anônimo das 13:03 (30/5)
ResponderConheci inicialmente a vertente dispensasionalista. Percebi, posteriormente, falhas nessa abordagem, de modo que não sou mais dispensasionalista. Entretanto, o pré-milenismo é muito anterior ao dispensasionalismo, e parece-me mais natural e lógico que as escolas concorrentes. Certas falhas do dispensadionalismo não podem derrubar o pré-milenismo, pois é aquele que se sustenta nesse e não o contrário. Tenho lido textos de diversas vertentes, tentando comparar interpretações, mas pessoalmente considero que o pré-milenismo é quem acerta do atacado. Mas há percepções interessantes em outras doutrinas também.
Quanto aos judeus messiânicos, lí muitas coisas deles. A primeira coisa que devo dizer é que há muita variedade de interpretação dentro desse movimento. Você está analisando apenas uma das vertentes. Normalmente os que tem mais dificuldade de compreender e aceitar a igreja gentia são o grupo chamado "Judaísmo Nazareno", do qual discordo gravemente em assuntos importantes. Embora eu tenha admiração pessoal por muitas pessoas dentro do grupo, penso que há erros fundamentais na percepção deles. Mas esse é um grupo mais radical, a maioria dos grupos aceitam muito bem a Igreja gentia como uma expressão verdadeira da ação de Deus.
Outra divisão importante dentro do que se chama de "judaismo messiânico", é que este movimento, para muitos cristãos, é uma estratégia para ganhar judeus para Cristo, iludindo-os. São cristãos que não creem que seja importante os judeus manterem sua identidade, após crerem em Cristo, mas apenas consideram que é estratégicamente conveniente. Eu chamaria isso de "judaísmo messiânico superficial", e não considero uma abordagem honesta.
Outra coisa diferente é o Judaísmo Messiânico verdadeiro. Surgiu, no século retrasado, independentemente na Europa oriental, (por parte de judeus que nunca abandonaram suas comunidades judaicas) e na Inglaterra (por parte de judeus que haviam se tornado gentios, mas chegaram à conclusão que isso não era necessário para manter sua fé em Cristo). Esse judaísmo messiânico verdadeiro é simplesmente a busca de judeus crentes em Jesus, de viverem como viveram os primeiros judeus crentes, como viveu Tiago, e toda aquela multidão que um dia caiu na graça do seu povo, e testemunhou com o próprio sangue que haviam visto o Cristo ressurreto.
Como você pode ver, é um movimento bastante diverso, e cuja compreensão merece um estudo mais amplo.
Pessoalmente, considero que esse movimento faz parte, junto com muitos outros eventos, do plano traçado pela Sabedoria Divina, pelo qual grande parte dos judeus irão reencontrar o seu Deus (atualmente, grande parte deles é ateu) e reconhecer o seu Messias.
Dinho
ResponderSaudações arminianas.
Sinceramente, acho que você está fazendo uma tempestade num copo d´água. Se a nossa irmã considera a posição calvinista a mais correta, é perfeitamente natural que ela comemore a adesão de outros irmãos a essa posição, não é mesmo? Eu fico feliz quando vejo pessoas concordando com as teses arminianas ou prémilenistas. E isso não não significa, de forma alguma, que eu considere os calvinistas e os amilenistas iferiores. Pelo contrário, quanto à firmeza na fé, ao amor e à sabedoria, eu é que sou inferior a uma muitidão de crstãos, tanto arminianos quanto calvinistas.
Prezado Mac
ResponderTerei prazer em conversar com você sobre as profecias. Já me apresentei lá no seu blog, você também está convidado a comentar no meu.
Existem muitos outros pré-milenistas como eu, que estão procurando abordagens mais profundas, fugindo dos esquemas quadradinhos e superficiais do dispensasionalismo. As evidências a favor do pré-milenismo nos parecem suficientes, mas as falhas da sua atual versão nos deixam sem uma doutrina bem definida.
A discussão entre calvinistas e arminianos está boa, mas tem gente pensando com o fígado.
ResponderEu poderia citar aqui como as igrejas reformadas da Europa se desviaram tanto, a ponto de quase não haver cristãos lá, enquanto os arminianos americanos só recentemente chegaram a um desvio tão grave. Mas eu não julgo os irmãos calvinistas aqui pelos desvios das igrejas reformadas de lá. Poderia citar também e a "demologia da escravidão" entrou primeiro nas igrejas calvinistas aqui do Brasil, enquanto os batistas e assembleianos resistiram por muitos anos. Mas quanto aos irmãos calvinistas que aqui comentam, vejo que são pessoas firmes na fé, que não se desviaram. Espero que os irmãos calvinistas também não julguem os arminianos que aqui freqüentam, com base nos erros de terceiros.
Amigos,
ResponderEstou encerrando a discussão com o Dinho. No começo, ele se ofendeu por uma frase minha e eu pedi desculpas. Mas depois ofendeu a Simone e não pediu desculpas. Deixei passar, mas aí ele respondeu ao Goel dizendo que Goel "vomitava bobagens" - comentário que não autorizei. Baixou o nível, não publico mais.
Mac
ResponderHá duas grandes críticas que eu faço ao dispensasionalismo. Primeiramente, a divisão da história da salvação em compartimentos estanques não me convence. Para mim, a história é mais fluída, e o relacionamento do Eterno com os seus, mais próximo, mais humano e mais simples. Dentro dessa mesma crítica, coloco as teologias das alianças e a teologia da substituição.
Outra crítica, é quanto à esquematização simplificada, que não percebe as imensas diferenças entre os textos proféticos. Um grande número de eventos, claramente diferentes entre si, são interpretados como sendo apenas um pequeno número.
Outra questão que gostaria de colocar é que várias interpretações amilenistas me parecem verdadeiras, mas isso não anula a veracidade evidente (para mim) do pré-milenismo. Parece-me que as profecias são mais ricas do que o que é percebido pelas duas vertentes.
Mas mesmo assim, dou graças a Deus pelos dispensacionalistas, que fizeram chegar até nós o pré-milenismo, e interpretaram bem muitos textos.
Quanto ao preterismo, me parece uma coisa sem pé nem cabeça, uma conta de chegar (vou queimar a língua, pois certamente há muitos preteristas inteligentes e cultos, enquanto eu sou fraquinho demais para poder defender bem o que creio).
Reverendo, eu perguntei sobre a sua pregação sobre Josué 7, ao menos me diga se é possível eu revê-la, ou me indique algum caminho para pesquisar.
ResponderObrigado.
Mac
ResponderRecomendo bastante este blog:
http://www.arminianismo.com/
Lá você poderá se aprofundar bastante no conhecimento dos argumentos arminiandos. Há alguns que são textos muito técnicos para um leigo (pelo menos para mim são difíceis), mas há autores variados, e realmente vale a pena. Aprendi muita coisa lá.
Aprendiz,
ResponderLamento o Dinho ter perdido a linha. Bom, não importa.
De qualquer forma, historicamente, há uma linha divisória entre arminianismo e pelagianismo; o primeiro é um erro teológico, o segundo é uma heresia. Só que o primeiro nunca chegou aqui; só veio o pelagianismo, trazido na bagagem dos americanos que por aqui chegaram, como modelo evangelístico (sistema de apelo, livre-arbítrio, etc). Este foi o padrão evangelístico da igreja brasileira durante quase 100 anos.
Agora, o que vc quer dizer com "demologia da escravidão"? Que eu saiba, quem veio ao Brasil, por conta do escravagismo, foram os batistas do sul, que chegaram em Sta. Barbara do Oeste. Não me recordo de calvinistas aqui no Brasil apoiando o escravagismo, até porque, os presbiterianos que vieram prá cá estudaram em Princeton com Hodge, que era pró-Lincoln e anti-escravagista.
Sobre as igrejas liberais na Europa... vc seria mais preciso se dissesse que foram as igrejas estatais que viraram liberais (como na Alemanha, Suíça, Inglaterra, Holanda, etc). Não necessariamente reformadas; mas mesmo destas igrejas estatais sairam aqueles que não compactuavam com o liberalismo, fundando novas denominações, também reformadas. E mesmo nestas denominiações ainda permanece gente fiel às tradições evangélicas. Não dá prá generalizar o estado da igreja na Europa.
E o problema do "arminianismo" americano não é de hoje; foram as fraquezas do arminianismo que, em parte, permitiram a entrada do liberalismo nas principais denominações americanas (como na Convenção Batista do Sul já na década de 30, que ainda é o maior agrupamento evangélico naquele país). O teísmo aberto é somente mais um problema sério das fraquezas e contradições inerentes à teologia pelagiana/arminiana. Aliás, já na Inglaterra, no século XVIII, os batistas gerais (arminianos) deram boas vindas ao arianismo (do século IV). Coisa horrível, né?
Mas é como vc disse: "Mas quanto aos irmãos calvinistas que aqui comentam, vejo que são pessoas firmes na fé, que não se desviaram. Espero que os irmãos calvinistas também não julguem os arminianos que aqui freqüentam, com base nos erros de terceiros."
Ache estas boas palavras prá encerrar minha participação por aqui.
Goel
Caro Renato (Aprendiz).
ResponderIndependente do tamanho do seu conhecimento (eu também não tenho tanto quanto gostaria), você mostra que sabe dialogar, e isso já é meio caminho andado.
Quanto ao site arminianismo.com, de vez em quando dou uma olhada lá e, de fato, tem bastante conteúdo. Aliás, foi lá que recentemente descobri que o William Lane Craig é arminiano, sendo que fiquei surpreendido por isso, pois considero ele um dos mais destacados apologistas da atualidade.
Eu era pré-milenista até uns dois ou três anos atrás. Foi quando escutei o Rev. Augustus dizer em um de seus sermões que era amilenista e fiquei curioso em saber mais sobre essa corrente. Comecei a ler sobre o assunto e quando me dei conta o amilenismo já fazia parte do meu ser, hehe.
Concordo com você a respeito do pré-milenismo dispensacionalista, pois este realmente comete muitas gafes teológicas. Seu irmão mais velho, o pré-milenismo clássico é mais coerente dentro do seu sistema.
Se me permite uma outra crítica ao dispensacionalismo, não consigo engolir aquela história da volta dos sacrifícios do AT após a segunda vinda de Cristo, mas teorias como essa é só a ponta do iceberg.
Por fim, só pra comentar a questão do preterismo, acho que ele acerta ao interpretar o Apocalipse sem ignorar o contexto do primeiro século, porém se equivoca em restringir sua interpretação (ou pelo menos sua maior parte) lá na época de João. Por essas e outras fico com William Hendriksen.
Em Cristo, Mac.
Caro Aprendiz
ResponderRecomendo bastante este blog:
http://www.monergismo.com/
Lá você poderá se aprofundar bastante no conhecimento dos argumentos monergistas. Há alguns que são textos muito técnicos para um leigo (pelo menos para mim são difíceis), mas há autores variados, e realmente vale a pena. Aprendi muita coisa lá.
PS: Espero que sejas um cara bem humorado, mas não pude deixar de rir (de mim e comigo "mesmo") que o seu comentário ficaria idêntico ao meu apenas mudando uma palavra "arminianismo" por "monergismo".
PS: Quanto a minha recomendação, procure lá no blog monergismo pelo link para acesso aos textos antigos, então cairás num verdadeiro oásis monergista (pelo menos para mim, que fiz o caminho inverso, era arminiano (sem saber que era) e fui impactado pela mensagem reformada. Alguns textos difíceis para mim são justamente os do Cheung (Meu autor predileto).
PS: Pelo visto és pré-milenista histórico, e neste caso tens a minha admiração, me idenfico com algumas das idéias desta corrente.
PS: Mas eu sou pós-milenista preterista parcial, e veja como são subjetivas as impressões de cada um, eu leio a escritura e para mim esta visão é a mais lógica e bíblica de todas.
PS: O amilenismo também tem muitos aspectos positivos para mim também.
PS: Estes dias me meti num debate sobre o assunto, e o outro colega disse que eu era na realidade um amilenista turbinado.
Fica na Paz.
Percebe-se claramente pela forma como escreves que és temente ao Senhor e estás na busca da verdade.
Espero que a encontres (no monergismo... risos... é uma piada).
Perde-se os amigos, mas não perde-se as piadas... risos...
Grande abraço!
Acho saudável, quando encaramos nosso sistema doutrinário e o submetemos a uma "revisão periódica". Triste é o conflito entre "arminianos" e "reformados", que mais uma vez pude verificar lendo através dos comentários. Fico triste, quando um tenta justificar sua posição mostrando os podres de representantes da posição contrária. Convivi com os dois campos e posso certificar: representantes de ambos os lados apostataram da fé. Creio que o Augusto, sem dúvida um reformado convicto, e talvez escolheu uma palavra infeliz para descrever a sua mudança de opinião de "arminiano" para "calvinista", queria apenas deixar uma mensagem: não podemos deixar as doutrinas centrais do nossa fé e apostatar. Quando alguêm defende o "teísmo aberto", "salvação universal", "caminhos alternativos de salvação" ou "a biblia contém a palavra de Deus" está seriamente comprometendo o cristianismo bíblico. Estas posições seriam refutadas de forma veemente por Calvino, Arminio, Wesley e Whitefield.
ResponderQuanto a pentecostais que estão virando reformados (e vice versa) não vejo problema. Continuem humildes! Muitos assembleianos "reformados" começaram a desrespeitar seus irmãos "arminianos iletrados". creio não ser esta a atitude do Espirito Santo.
Um abraço,
Matias
Robson,
ResponderEu preguei esta mensagem algumas vezes Brasil afora - nao tenho a menor idéia de quem a gravou e onde. Já tentou o site monergismo.com? Lá tem muita coisa minha.
Abs.
Prezado rev. Augustus,
ResponderGostei muito do seu "post"!!! Confesso-lhe que tenho vivido situações parecidas... Outrora, não via qualquer problema na ordenação feminina, hoje enxergo como algo que não está autorizado na Bíblia.
Recentemente, ande conversando com um pastor jubilado (outra denominação - omitirei os nomes para evitar exposições) e ouvi algo muito curioso: ele duvidava da inspiração do texto de Romanos 12.1 e 2, dizendo que se tratava de uma influência do helenismo grego em Paulo.
Obviamente, não concordei com ele, pois entendo que toda Escritura é inspirada (2 Tm 3.16). O irmão já ouviu algo a respeito??
Hoje, após muito refletir, lendo bastante sobre o assunto: não tenho dúvidas, o liberalismo é um câncer, muitas vezs de origem diabólica, que mina a Igreja...
Não é à toa que lá em Josué 1.7 é probidio desviar para esquerda ou direita!!!
Cordialmente, em Cristo Jesus,
Cristiano Pereira de Magalhães
William Lane Craig não é arminiano. No que se refere à soberania de Deus ele segue o jesuíta Luis de Molina, com seu ensino do middle knowledge.
ResponderGoel
Caro irmão Oliveira,
ResponderParabéns pelo seu comentário, foi muito divertido e inteligente.
Concordo plenamente com você, o site antigo do Monergismo.com (www.monergismo.net.br) é realmente ótimo!
Deus abençõe a todos.
Goel, é verdade. Perdoe-me o equívoco.
ResponderÉ que em alguns artigos do Craig ele soa como um arminiano, como na interpretação de Romanos 9 por exemplo.
Prezado rev. Augustus, graça e paz!
ResponderSempre que posso acesso o blog para aprender e acompanhar as discussões. Que a mente de Cristo continue iluminando cada vez mais nossos corações...
Gostaria de convidá-lo a fazer parte como articulista no Jornal A Palavra, com circulação na região da Grande Vitória e outras partes do Espírito Santo (seja autorizando a publicação de algum material postado ou enviando pessoalmente algum artigo para a nossa redação).
Sou membro da IPB em Jardim Camburi (pr. Ronildo Miguel).
No aguardo!
Atenciosamente,
Elcio Cordeiro
Goel
ResponderO que chamo de demologia de escravidão é a "teologia da da libertação", que nada tem a ver com Deus (é do demônio, mesmo) e não liberta coisa nenhuma, só escraviza. No Brasil, ela entrou demorou mais tempo para entrar nas igrejas batistas e AD.
Oliveira
ResponderGrato pela recomendação. Já conhecia o blog. Há uns três anos li alguns artigos lá. Preciso realmente voltar para ler outros artigos.
PS: Boas piadas fazem amigos. Gostei da sua abordagem.
PS: O fato de eu discordar bastante de certas abordagens do dispensasionalismo não me faz um completo "antidispensasionalista". Creio que apesar de suas falhas, o dispensasionalismo enriqueceu o debate. Além disso, tenho uma admiração pessoal profunda por vários irmãos dispensasionalistas.
Oi Aprendiz,
ResponderA TdL teve vida muito curta na IPB. Richard Schaull ficou muito pouco tempo no SPS, e sua influência é relativa. A maioria de seus seguidores ou saiu da IPB ou é irrelevante. Mas a TdL continua exercendo influência muito forte entre Metodistas e Luteranos (IECLB) e em vários círculos batistas, notadamente nos seminários.
Goel
Caros debatedores:
ResponderAinda que alguns "hipercalvinistas" possam torcer a boca quando ouvem falar em pentecostais (ou assembleianos como eu) se tornarem "reformados" (ou calvinistas),vejo que esse não é o sentimento da grande maioria. Lido com muitos deles e recebo tratamento respeitoso.
A recíproca também é verdadeira. Ainda que haja "arminianos" que olhem de cara feia os reformados, vejo que a grande maioria os respeita e mantém com eles diálogo de alto nível como convém aos santos.
De minha parte, não me senti nenhum pouco menosprezado com o comentário da Simone, pois realmente considero um avanço abraçar a teologia reformada cuja zolidez bíblica é muito mais robusta do que qualquer outra.
E repito aqui o que já disse outras vezes. Prefiro estar com os reformados a abraçar o teísmo aberto, o neopentecostalismo, a teologia da prosperidade, as famosas "sementes" que frutificam só para quem as recebe etc., etc.
Creio que estou em boa companhia.
Caro Rev. Nicodemus, confesso que nunca fui um admirador seu. Na verdade, sempre o vi como um cara com a cabeça bastante fechada, isto é, o via, como se costuma chamar equivocadamente, apenas como um fundamentalista. Nisso peço o seu perdão. Preconceito é uma das piores coisas que existem. Não estamos de acordo em tudo, mas estou junto com o senhor e o Senhor quanto ao fato de que não se pode abrir mão dos elemntos que nos permitem usar o nome cristão (o senhor as mostrou bem, inclusive quando se desculpou com os nossos irmãos arminianos). Tenho lido o schaffer e o McGrath. Tenho lido o senhor. Todos estão me ajudando a entender, de formas diferentes, que meu dever, como cristão, não é só me manter firme no cristianismo histórico, mas também ajudar os outros a fazer o mesmo, apontando, profeticamente, aquilo que é desvio do que nos foi Revelado.
ResponderJá faz algum tempo que estou cansado do que, de forma bem simplista, chamo de posição pós-moderna e/ou pós-liberal, mas que ainda mantém firme (o que é uma contradição para eles que defendem a idéia de que “tudo que é sólido desmancha no ar”) algumas posições do liberalismo/iluminismo. Como mestrando em história (estudo a interpretação da palavra mundo na Ordem dos Frades Menores, hoje, franciscanos, do séc. XIII e o desdobramento disso na relação com o corpo, a sociedade e a natureza), tenho lido e discutido Schopenhauer, Nietzsche, Foucault, Heidegger, Derrida etc. Cara, estou cansado disso tudo e com o fato de que esses caras entraram, com suas coisas boas e ruins, nas igrejas e nos seminários e que poucos estão percebendo isso e os malefícios dessas idéias para a Igreja. Alguns n percebem que dizer que Deus é mais do que a Teologia consegue alcançar n implica em dizer que qualquer idéia sobre Deus está correta. A uma diferença entre mudar (e ficar com certa tranqüilidade quanto ao fato de que alguns não farão essa mudança) e apostasia.
Próximo ano, vou fazer o vest. Unificado da IPB e vou caminhar para o meu doutorado. Meu presbitério decidiu me mandar para o SPS e UNICAMP. Mas tenho pensando em USP e no Rev. Manoel José da Conceição. Mas acho que um ou outro, vai depender da seleção do doutorado, será bom para mim. Para doutorado, pretendo trabalhar algo da história da teologia brasileira do séc. XX. Estou pensando em discutir como a Teologia da libertação e da missão integral se aproximam da teologia da prosperidade em um aspecto. As primeiras tentaram fazer a igreja olhar para terra, parando d olhar soh para o céu. A teologia da prosperidade, e alguns da TL e da TMI pararam de olhar para o céu. Vou aperriá-lo (regionalismo que o senhor deve conhecer) muito em busca de bibliografia.
Um lado da questão (esses autores "pós-modernos", liberais e neo-ortodoxos) não me é muito estranho. Quanto ao outro (autores contemporâneos que defendem bem o cristianismo histórico), há muito para eu ler.Sempre li muito o c s lewis e o stott (influência da ABUB na minha vida), mas eles não me são suficientes em algumas questões.
ResponderFlávio Américo, meu irmão,
ResponderFiquei muito feliz com suas palavras. Não há o que perdoar. Somos irmãos em Cristo. Conte comigo no que eu puder para ajudá-lo em sua jornada teológica.
Grande abraço!
Eita.
ResponderO Bill é Calvinista. Eu sei porque o conhecí. Não digam asneiras. Se ele ouvisse isso era bem capaz de morrer.
Jão do Caminhão
Jão do Caminho,
ResponderVc tá falando do "Bill" Lane Craig?
Se for, acho que vc tá escrevendo besteira...
Leia este texto dele e depois a gente conversa:
William Lane Craig, "A Calvinist-Arminian Rapprochement?," The Grace of God and the Will of Man, ed. Clark Pinnock (Minneapolis: Bethany Publishers, 1989).
Também recomendo a leitura do que ele escreveu sobre a providência de Deus com JP Moreland, em Filosofia e cosmovisão cristã, publicado por Vida Nova.
Caro irmão Nicodemus,
ResponderFoi a primeira vez que ouvi alguém falar sobre a atuação do Espírito Santo no AT nos moldes contemporâneos.
O irmão poderia indicar literatura a respeito, especialmente em português?
Deus o abençoe!
Enilson,
ResponderVou perguntar ao Mauro. Ele é quem tem pesquisado mais sobre este assunto. Aguarde comentário dele aqui.
Abs.
Caros Geazy e Enilson,
ResponderFui mencionado quanto à questão da obra do E.S. no AT. Já dei palestras a respeito, mas nunca consegui terminar o projeto de escrever. Para ser algo completo, tem que ser um pequeno livro ou série de artigos, pq há muito o que ser respondido sobre o assunto. Até o momento não encontrei literatura em português que trate diretamente do assunto. Os livros de Sistemática costumam passar batido pelo assunto e os livros específicos sobre o ES que estão em português, fazem a mesma coisa.
Duas fontes básicas, em inglês:
Fredricks, Gary. Rethinking the Role of the Holy Spirit in the Lives of the Old Testament Believers, Trinity Journal 9 NS (1988), 81-104.
Wood, Leon. The Holy Spirit in the Old Testament, (Grand Rapids: Zondervan, 1976).
Eu não vou entrar na discussão aqui, pq ela seria interminável e tenho outras coisas para terminar antes disso.
O argumento geral é o seguinte:
A. Problema básico sobre a doutrina do Espírito Santo no AT:
1. Os mesmos princípios de atuação do ES revelados no NT aplicam-se ao AT?
2. A obra da regeneração, habitação, selo e batismo se davam no AT da mesma forma como no NT?
3. Se a forma do ES trabalhar no AT era diferente do que foi ensinado sobre seu trabalho no NT, como, então, se realizava a salvação, incluindo a regeneração, novo nascimento, o arrependimento e a santificação?
4. Isto nos leva ao ponto focal da discussão: os crentes do AT tinham a habitação do ES?
B. Pontos comuns:
1. Só existe salvação pela fé, através da graça.
2. Ninguém é salvo pelas obras da lei.
3. Não existe salvação fora da pessoa e obra de Jesus Cristo
4. Os crentes no tempo do AT foram salvos por Cristo, na fé que tinham na vinda do Messias prometido de Deus.
C. Questão fundamental
Como o Espírito Santo atuava nos crentes do Antigo Testamento? Ele, à semelhança do que é declarado no NT, habitava nos crentes daquela época?
Minha resposta mais básica:
Sim. O ES habitava nos crentes do AT, sendo a mesma habitação em tipo, porém, diferente nos seus graus de manifestação.
Sinclair Ferguson em ESPÍRITO SANTO (Puritanos), tem alguns insaites sobre a questão.
abs
Mauro
Pastor Augustus a Paz de Cristo!
ResponderPreciso de esclarecimentos.
Fui educado em uma igreja pentecostal, e aprendi desde cedo a doutrina dispensacional, doutrina esta que nunca preencheu certas lacunas... e meus questionamentos continuaram sem respostas.
Ao estudar a Bíblia e tirar minhas próprias conclusões (que iam de encontro a tudo que havia aprendido ao longo dos anos) sentia o temor de estar assimilando alguma heresia, e desta forma, preferia permanecer confuso quanto a questões cruciais da fé cristã. Depois de ingressar no seminário (pentecostal) tive contato com um professor reformado e então passei a estudar esta teologia. As lacunas começaram a ser preenchidas... Porém, estou passando por problemas com outros professores. Principalmente no que diz respeito ao arrebatamento pré-tribulacional e sobre as duas etapas da volta de Cristo. Na minha argumentação com o professor ele citou o texto de 1Ts 3.13 "na ...vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.", segundo ele os "santos" desta passagem é a igreja, que após as bodas do cordeiro virá com o Senhor para livrar Israel da fúria do anticristo.
Minha pergunta: o uso deste texto se aplica neste caso? Se não, qual a aplicação correta?
Gostaria de pedir também indicações de sites, livros e nomes de homens comprometidos com a Verdade que possam me ajudar a compreender melhor a teologia reformada.
Um abraço!
Caro irmão Milerfreitas
Responder"Na minha argumentação com o professor ele citou o texto de 1Ts 3.13 "na ...vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos.", segundo ele os "santos" desta passagem é a igreja, que após as bodas do cordeiro virá com o Senhor para livrar Israel da fúria do anticristo.
Minha pergunta: o uso deste texto se aplica neste caso? Se não, qual a aplicação correta?"
Ele está certo, refere-se à igreja. Mas não à igreja arrebatada antes da tribulação, pois disto a Bíblia não fala claramente. Mas aos santos que já morreram e que estão na glória, desde o primeiro que foi salvo até o último a ser salvo antes da vinda do Senhor.
"Gostaria de pedir também indicações de sites, livros e nomes de homens comprometidos com a Verdade que possam me ajudar a compreender melhor a teologia reformada."
A maneira mais fácil é você consultar o site das editoras FIEL, Cultura Cristã, Puritanos, etc.
Um abraço!
Muito Obrigado!
Responder