NOTE: este post é informativo e não pretendemos discuti-lo. Se quiser entrar no debate da questão vá aos posts anteriores que discutem sobre o assunto:
A Sociedade Refém da Visão Homossexual de Vida / A lei da homofilia, para leigos...
Mensagem do Rev. Roberto Brasileiro sobre aborto e homofobia.
Na qualidade de Presidente do Supremo Concílio da IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL, diante do momento atual em que as forças organizadas da sociedade manifestam sua preocupação com a possibilidade da aprovação de leis que venham labutar contra a santidade da vida e a cercear a liberdade constitucional de expressão das igrejas brasileiras de todas as orientações, venho a público MANIFESTAR quanto à prática do aborto e a criminalização da homofobia.
I – Quanto à prática do ABORTO, a Igreja Presbiteriana do Brasil reconhece que muitos problemas são causados anualmente pela prática clandestina de abortos, trazendo a morte de muitas mulheres jovens e adultas. Todavia, entende que a legalização do aborto não solucionará o problema, pois o mesmo é causado basicamente pela falta de educação adequada na área sexual, a exploração do turismo sexual, a falta de controle da natalidade, a banalização da vida, a decadência dos valores morais e a desvalorização do casamento e da família.
Visto que:
(1) Deus é o Criador de todas as coisas e que, como tal, somente Ele tem direito sobre as nossas vidas;
(2) ao ser formado o ovo (novo ser), este já está com todos os caracteres de um ser humano, e que existem diferenças marcantes entre a mulher e o feto;
(3) os direitos da mulher não podem ser exercidos em detrimento dos direitos do novo ser;
(4) o nascituro tem direitos assegurados pela Lei Civil brasileira, e sua morte não irá corrigir os males já causados no estupro e nem solucionará a maternidade ilegítima.
Por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a legalização do aborto, com exceção do aborto terapêutico, quando não houver outro meio de salvar a vida da gestante.
II – Quanto à chamada LEI DA HOMOFOBIA, que parte do princípio que toda manifestação contrária ao homossexualismo é homofóbica, e que caracteriza como crime todas essas manifestações, a Igreja Presbiteriana do Brasil repudia a caracterização da expressão do ensino bíblico sobre o homossexualismo como sendo homofobia, ao mesmo tempo em que repudia qualquer forma de violência contra o ser humano criado à imagem de Deus, o que inclui homossexuais e quaisquer outros cidadãos.
Visto que:
(1) a promulgação da nossa Carta Magna em 1988 já previa direitos e garantias individuais para todos os cidadãos brasileiros;
(2) as medidas legais que surgiram visando beneficiar homossexuais, como o reconhecimento da sua união estável, a adoção por homossexuais, o direito patrimonial e a previsão de benefícios por parte do INSS foram tomadas buscando resolver casos concretos sem, contudo, observar o interesse público, o bem comum e a legislação pátria vigente;
(3) a liberdade religiosa assegura a todo cidadão brasileiro a exposição de sua fé sem a interferência do Estado, sendo a este vedada a interferência nas formas de culto, na subvenção de quaisquer cultos e ainda na própria opção pela inexistência de fé e culto;
(4) a liberdade de expressão, como direito individual e coletivo, corrobora com a mãe das liberdades, a liberdade de consciência, mantendo o Estado eqüidistante das manifestações cúlticas em todas as culturas e expressões religiosas do nosso País;
(5) as Escrituras Sagradas, sobre as quais a Igreja Presbiteriana do Brasil firma suas crenças e práticas, ensinam que Deus criou a humanidade com uma diferenciação sexual (homem e mulher) e com propósitos heterossexuais específicos que envolvem o casamento, a unidade sexual e a procriação; e que Jesus Cristo ratificou esse entendimento ao dizer, “. . . desde o princípio da criação, Deus os fez homem e mulher” (Marcos 10.6); e que os apóstolos de Cristo entendiam que a prática homossexual era pecaminosa e contrária aos planos originais de Deus (Romanos 1.24-27; 1Coríntios 6:9-11).
Ante ao exposto, por sua doutrina, regra de fé e prática, a Igreja Presbiteriana do Brasil MANIFESTA-SE contra a aprovação da chamada lei da homofobia, por entender que ensinar e pregar contra a prática do homossexualismo não é homofobia, por entender que uma lei dessa natureza maximiza direitos a um determinado grupo de cidadãos, ao mesmo tempo em que minimiza, atrofia e falece direitos e princípios já determinados principalmente pela Carta Magna e pela Declaração Universal de Direitos Humanos; e por entender que tal lei interfere diretamente na liberdade e na missão das igrejas de todas orientações de falarem, pregarem e ensinarem sobre a conduta e o comportamento ético de todos, inclusive dos homossexuais.
Portanto, a Igreja Presbiteriana do Brasil, não pode abrir mão do seu legítimo direito de expressar-se, em público e em privado, sobre todo e qualquer comportamento humano, no cumprimento de sua missão de anunciar o Evangelho, conclamando a todos ao arrependimento e à fé em Jesus Cristo.
Patrocínio, Abril de 2007 AD.
Rev. Roberto Brasileiro
Presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil
Pregador, você está realmente pregando Cristo?
Há uma hora
12 comentários
comentáriosBom ouvir esta palavra, reverendo.
ResponderDeus continue a abençoá-lo nessa difícil tarefa de servir de forma estrita à nossa denominação, e de forma ampla à igreja de Cristo.
Abraços,
Tarcizio Carvalho
Feliz por ler estas palavras. Muito feliz.
ResponderDeus os abençoe.
Parabenizo o Rev. Mauro por postar o texto.
ResponderFiz a leitura do texto a alguns dias atrás, como presidente de Sínodo e fico feliz por ver a igreja se manifestando. Nos, como crentes reformados, temos algo a dizer a esta sociedade tão caótica, perdida de valores.
Deus abençoe o Rev. Roberto e aos autores deste blog por este espaço.
Alexandre
Parabéns ao Rev. Roberto, que, como presidente do SC/IPB, em nome da IPB, manifesta-se contrário ao projetos do Congresso brasileiro sobre o aborto e a homofobia.
ResponderJá era tempo de a nossa igreja se manifestar e dizer aos nossos representantes no Congresso, que não concordamos com o projeto como o mesmo foi elaborado. Não se trata de se ser contra os homossexuais, por exemplo, mas sim, de termos o direito ao contraditório, de podermos pregar em nossas igrejas sobre o homossexulismo, sem que isso se configure em crime, podendo gerar uma pena de prisão de 2 a 5 anos.
Não podemos nos calar e devemos como pastores da IPB, apoiar a nossa Igreja, e nós mesmos enviarmos o nosso protesto individual para os Senadores.
Parabéns IPB.
Rev. João d'Eça
SLZ - MA.
Não sou presbiteriano e creio que esse é o verdadeiro papel das igrejas reformadas: protestar contra tudo o que foge dos princípios bíblicos e anunciar a Cristo. Todas as denominações deveriam seguir o exemplo. Muito bom!
ResponderFico muitíssimo feliz de pertencer a uma denominação que abraça a fidelidade ao ensino claro das Escrituras Sagradas, e com santa ousadia tem uma postura de protestar contra o pecado, mesmo que seja do magistrado civil!
ResponderContinuemos a orar pela liderança e pelos mestres da nossa IPB.
Soli Deo Gloria
Sou grato à Deus pela firmeza, fidelidade e coragem de homens como como o Rev. Roberto Brasileiro.
ResponderQue o Senhor Deus continue abençoando o Seu povo através dos Seus fiéis servos, como o Rev.Roberto Brasileiro e os participantes deste blog que realmente amam a Sua obra e levam com dedicação e zêlo a mensagem de esperança e salvação aos perdidos, e não permitem que o mundo invada a nossa igreja impondo normas que contrariam os ensinamentos bíblicos preciosos para a educação e manutenção de nossas famílias.
Hiran
Graça e Paz do Senhor.
ResponderÉ sempre uma distinta satisfação ler um posicionamento necessário, pontual, fiel e comprometido com o Cristianismo como esse do Rev. Roberto Brasileiro em nome da IPB. Que outras denominações sigam o exemplo.
E que Deus Seja Louvado nas Maiores Alturas!
Ficamos felizes ao ler este artigo.
ResponderEsperamos uma posição mais enfática da igreja em relação à "lei da homofobia". Se o Congresso continuar neste caminho não poderemos sequer instruir nossos filhos sobre o caminho correto determinado por Deus.
Esperamos que este "post" seja apenas o começo de uma ação ostensiva e presencial da igreja junto ao Congresso Nacional.
Que Deus continue abençoando ricamente o sr Roberto Brasileiro na presidencia de nossa igreja.Extremamente lúcido a defesa de nossa posição como igreja diante de tal assunto tão delicado como o aborto,e tão pecaminoso como o homossexualismo.Deus seja conosco. Luiz antonio
ResponderEstou muito contente por haver cristãos preocupados com essas (graves) questões.
ResponderCumprimentos dum amigo católico,
Muito bom. Porém faltou dizer que somos contrários à adoção de crianças por homossexuais. A criança sob a tutela do Estado deve receber um pai (homem) e uma mãe (mulher), o que lhe é natural. O homossexualismo é contrário à reprodução!
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