Não quero dizer que acontece com todos. Mas, acontece com muitos. Conheço vários casos, inclusive próximos a mim, de jovens cristãos fervorosos, dedicados, crentes, compromissados com Deus, que gostavam de orar e ler a Biblia, que evangelizavam em tempo e fora de tempo, e que depois de entrar no seminário ou faculdade de teologia, esfriaram na fé, se tornaram confusos, críticos, incertos e até cínicos. Como Tomé, não conseguem crer (espero que ao final venham a crer, como graciosamente aconteceu com Tomé).
E isso pode acontecer até mesmo em seminários cujos professores são conservadores, que acreditam na Bíblia de capa a capa. Esse quase foi o meu caso. Após minha conversão em 1977, depois de uma vida desregrada e dissoluta, dediquei-me à pregação do Evangelho e a plantar igrejas. Larguei meu curso de Desenho Industrial na Universidade Federal de Pernambuco e fui trabalhar como obreiro no litoral de Olinda, pregando a uma comunidade de pescadores, depois no interior de Pernambuco entre plantadores de cana e finalmente entre viciados em droga em Recife. Todos me aconselhavam a fazer o curso de seminário e a me tornar pastor. Eu resistia, pois tinha receio de que quatro anos em um seminário iriam esfriar o meu ânimo, meu zelo, minha paixão pelas almas perdidas. Eu conhecia vários seminaristas e não tinha a menor intenção de me tornar como eles. Finalmente cedi. Entrei no seminário aos 24 anos de idade, provavelmente como um dos mais relutantes candidatos ao ministério que passara por aquelas portas. Tive professores muito abençoados que me ensinaram teologia, Bíblia, história, aconselhamento. Eram todos, sem exceção, homens de Deus, comprometidos com a infalibilidade das Escrituras e com a teologia reformada. Tenho tenho que confessar, porém, que nesse período, esfriei bastante. Perdi em parte aquele zelo evangelístico, a prática de dedicar várias horas diárias para ler a Bíblia e orar. O contato com a história da Igreja, a história das doutrinas, as controvérsias, afora a carga tremenda de leituras e trabalhos a serem feitos, tudo isso teve impacto na minha vida devocional. Pela graça de Deus, durante esse período me mantive ligado ao trabalho evangelístico, à pregação. Mantive-me em comunhão com outros colegas que também amavam o Senhor e juntos orávamos, discutíamos, compartilhávamos nossas angústias, alegrias, dificuldades e planos futuros. Saí do seminário arranhado.
Infelizmente esse não é o caso de muitos. Se o Mauro Meister quisesse, ele poderia dar testemunho aqui de como quase perdeu a fé em Deus e na Palavra quando entrou no seminário da denominação à qual ele pertencia antes de ser presbiteriano. Ele teve que tomar uma decisão: ficar e perder a fé, ou sair. Preferiu sair -- pelo que todos nós somos gratos! -- e fazer outro seminário. Além desses dois casos que eu mencionei, conheço vários outros de seminaristas, estudantes de teologia, que perderam a fé, o zelo, o fervor, a confiança, e que saíram do seminário totalmente diferentes daqueles jovens entusiasmados, evangelistas, que um dia entraram na sala de aula ansiosos por aprender mais de Deus e da sua Palavra.
Existem algumas razões pelas quais essa história tem se tornado cada vez mais comum. Coloco aqui as que considero mais relevantes, sempre lembrando que muitos seminários e escolas de teologia levam muito a sério a questão da ortodoxia bíblica e do cultivo da vida espiritual de seus alunos. Não é a eles a que me refiro aqui.
1) Acho que tudo começa quando as denominações mandam para os seminários e faculdades de teologia jovens que não têm absolutamente a menor condição de serem pastores, professores, obreiros e pregadores. Muitos são enviados sem qualquer preparo intelectual, espiritual e emocional. Alguns mal fizeram 17 anos e foram enviados simplesmente porque eram líderes destacados dos adolescentes de sua igreja, eram líderes do grupo de louvor ou filhos de pessoas influentes da igreja. Não é sem razão que Paulo orienta que o líder não pode ser neófito, isto é, novo na fé (1Tim 3.6). Eles não têm a menor estrutura intelectual, bíblica e emocional para interagir criticamente com os livros dos liberais e com os professores liberais que vão encontrar aos montes em algumas das instituições para onde serão mandados. Não estarão inoculados preventivamente contra o veneno que professores liberais costumam destilar em sala de aula. E nem têm ainda maturidade para estudar teologia como se fosse uma disciplina qualquer, até mesmo quando ensinada por professores conservadores que mal oram em sala de aula.
2) Acho também que a culpa é das denominações que mantêm professores liberais ou conservadores frios espiritualmente nas cátedras de suas escolas de teologia. O que um professor que não acredita em Deus, nem que a Bíblia é a Palavra de Deus, não ora, tem para ensinar a jovens que estão na sala de aula para aprender mais de Deus e de sua Palavra? Há seminários e escolas de teologia que mantêm no corpo docente professores que nem vão mais à uma igreja local, que usam o título de pastor apenas para ocupar uma vaga na cátedra dos seminários. Nunca levaram ninguém a Cristo e nem estão interessados nisso. Não têm vida de oração, de piedade. Que exemplo eles poderão dar aos jovens que sentam nas salas de aula com a mente aberta, ansiosos e desejosos de ter modelos, exemplos de líderes para começar seus próprios ministérios?
3) Alguns desses professores têm como alvo pessoal destruir a fé de todos os seus estudantes antes mesmo que terminem o primeiro ano de estudos. Começam desconstruindo o conceito de que a Bíblia é a infalível e inspirada Palavra de Deus. Com grandes demonstrações de sapiência e erudição, eles mostram os erros da Bíblia e o engano da Igreja Cristã, influenciada pela filosofia grega, em elaborar doutrinas como a Trindade, a Divindade de Cristo, a Expiação. Mesmo sem usar linguagem direta -- alguns usam, todavia -- lançam dúvidas sobre a ressurreição literal de Cristo de entre os mortos. A pá de cal na sepultura da fé desses meninos é a vida desses professores. Além de não terem vida devocional alguma, alguns deles ensinam os seus pobres alunos a beber, fumar e freqüentar baladas e outros locais. Eles até lideram o grupo Noé (que se encheu de vinho) e o grupo Isaías ("e a casa se encheu de fumo") nos seminários!!
4) Bom, acredito que uma fé que pode ser destruída deve ser destruída mesmo, pois não era autêntica e nem sólida. Quanto mais cedo ela for destruída e substituída por uma fé robusta, enraizada na Palavra de Deus, melhor. Acontece que os professores liberais e os professores conservadores mortos só sabem destruir; eles não têm a menor idéia de como ajudar jovens candidatos ao ministério pastoral a cultivar uma mente educada, uma fé robusta e uma vida de devoção e consagração a Deus: os primeiros, porque lhes falta fé; os segundos, devoção. Ao fim de quatro anos de estudo com professores assim, vários desses jovens saem para serem pastores, mas intimamente -- alguns, abertamente -- estão cheios de dúvidas quanto à Bíblia, quanto a Deus e quanto às principais doutrinas da fé cristã. Estão confusos teologicamente, incertos doutrinariamente e cínicos devocionalmente. Quando entraram nos estudos teológicos, eram jovens que tinham como a missão principal de sua vida pregar o Evangelho, glorificar a Deus e ganhar o mundo para Cristo. Agora, após quatro anos debaixo de professores liberais ou conservadores mortos, seu único alvo é conseguir campo para ganhar o pão de cada dia e sustentar-se e à família. Esse tipo de motivação destrói igrejas em curto espaço de tempo.
5) Não podemos deixar de lembrar que ao final, se trata de uma guerra espiritual feroz, em que Satanás tenta de todos os modos corromper a singeleza e sinceridade da fé em Cristo, atacando a mente e o coração dos futuros pastores (2Cor 11:3). Usando professores sem fé e professores sem vida espiritual, ele procura minar as convicções, a certeza, o fervor e a dedicação dos jovens que se preparam para o ministério. Aqui é pertinente o lema de Calvino, orare et labutare. Pela oração, os seminaristas poderão escapar da tendência dos estudos teológicos de transformar nossa fé em um esquema doutrinário seco. E pela labuta nos estudos poderão se livrar das mentiras dos professores liberais, neo-ortodoxos, libertinos e marxistas.
Eu daria as seguintes sugestões a quem pensa em fazer teologia e depois seguir a carreira pastoral.
- Verifique suas motivações. O que lhe leva a desejar o pastorado? Muitos querem ser pastores porque não conseguem ser mais nada na vida. Não conseguem passar no vestibular para outras carreiras e nem conseguem emprego. Vêem o pastorado como um caminho fácil para ter um emprego.
- Procure saber qual a opinião de seus pais, de seus pastores, e de seus amigos mais chegados, que terão coragem de lhe dizer a verdade.
- Seja honesto consigo mesmo e responda: você já levou alguém a Cristo? Você tem liderança? Você tem facilidade de comunicação em público e em particular?
- Você tem uma vida devocional firme, constante, sólida, em que lê a Bíblia e ora, buscando a face de Deus, com zelo e fervor? Cultiva uma vida santa e reta diante de Deus, odeia o pecado e almeja ser mais e mais santo em seu caminhar?
Um colega de seminário me lembrou recentemente que uma das coisas que o impediram de perder a fé e o fervor durante o tempo de estudos foi que ele tenazmente se aproximou dos professores conservadores que eram espirituais, dedicados, fervorosos, que valorizavam a vida com Deus e a santidade. A comunhão com esses homens de Deus foi um refrigério para ele, e funcionou como uma âncora nos momentos de tentação e crise.
Lamento pelos jovens que perdem sua fé ou seu amor a Deus durante os anos de estudos teológicos. Lamento mais ainda pelas igrejas onde eles vão trabalhar e onde plantarão as mesmas sementes de incredulidade e frieza que foram semeadas em sua mentes abertas e despreparadas por professores que não tinham fé ou não tinham zelo.
77 comentários
comentáriosAugustus:
ResponderEspero que essa postagem sirva de desafio e consolo aos que pensam em freqüentar ou já freqüentam um seminário.
Parabéns.
Alfredo.
Olá Reverendo,
ResponderSempre é um prazer ler os seus artigos, apesar de ser este o meu primeiro comentário saiba que sou leitor ativo do seu blogger. E tenho sido muido edificado através dele.
Este artigo é de grande valor para mim, pois atualmente sou aspirante ao ministério pela 3ª IPB de Colatina - ES e confirmando devo ser seminarista no próximo ano do JMC.
Louvo a Deus pelo ministério do irmão, que tem sido um exemplo para mim.
Saudações em Cristo Jesus
Thiago de Souza Dias.
A Paz do Senhor, irmão Augustus!
ResponderParabéns meu irmão pela excelente postagem!
Uma outra coisa que acaba matando a fé de muitos seminaristas é que quando adentram a uma sala para estudarem teologia se veem em uma avalanche de informações bíblicas e históricas que até então desconheciam, acabam que se vendo cada vez mais embalados em informações novas e querem cada vez mais "pesquisar" e infelizmente assuntos que acabam que não tendo, ainda, capacidade psíquica e espiritual para entenderem e efetuam questões as quais não se tem respostas, as mesmas só pertencem a Deus.
Cleiton Tenório
São Sebastião, 01 de outubro de 2008
cleitontenorio@hotmail.com
Acredito firmemente que não há argumentação racional que possa destruir a verdadeira fé cristã, pois, se o Cristianismo é mesmo verdadeiro, a racionalidade não poderá destrui-lo, pelo contrário.
ResponderE o que eu vejo nas críticas dos meus professores liberais é que a maioria delas, para não dizer todas, são psicologicamente motivadas e/ou infundadas racionalmente. É puro preconceito contra o conservadorismo, mas no fundo o liberalismo dessa corja não passa de uma mentira e um baita tropeço intelectual. Liberais são movidos por suas paixões e não pela racionalidade.
Acredito que nós, como cristãos conservadores, devemos nos preparar intelectualmente para estarmos preparados para mostrar de que lado a razão está e a partir dai adentrar os Seminários Liberais e bater de frente com esses demônios e demonstrar a debilidade de seus argumentos.
Precisamos urgentemente de um forte preparo apologético e filosófico nas Igrejas, temos que parar de ter medo de pensar. Nosso Cristianismo deve ser pensado se quiser alcançar qualquer influencia. Infelizmente, o que acontece no seminário é o aluno cair pro lado liberal ou fideísta, ambos são terrivelmente errados e intelectualmente débeis. A Racionalidade está do lado da fé, sem dúvida alguma.
É que temos uma falsa idéia de que todos que estão ou frequentaram o seminário são os mais consagrados e santos, o que não é verdade, quando fui a um seminário pela primeira fez fiquei espantado, com as atitudes, com o vocabulário etc.
ResponderIr para o seminário é um dos meus projetos de vida, felizmente, não enganado.
Excente postagem Rev. Nicodemus, grande abraço.
Mais um excelente post. Rev.
ResponderPor favor me corrige se estiver errado, porque uns dos argumentos que sempre ouvi dentro do seminário, foi que a vida acadêmica era sempre + enfatizada do que a vida piedosa. No alojamento dava para contar no dedo, quantos apts tinham freqüentemente reunião de oração. "Não tínhamos tempos para essas coisas". O que mais falei p/a o meu tutelado era que a vida acadêmica era conseqüência da sua vida espiritual. Não adianta nada ter boas notas e não ter vida piedosa. Será q isso enfatizado hoje nos nossos seminários? Se o aluno não tem vida piedosa lá, será que vai ter no ministério? espero que esta realidade esteja mudando. Um gde abraço.
Acredito que este assunto está se tornando cada dia mais pertinente. Há pouco tempo o Franklin escreveu sobre algo parecido no Blog da Fiel.
ResponderComo missionário, tenho me dedicado bastante aos estudos e me preparando através disso para no futuro próximo adentrar numa Faculdade Teológica. Creio que essa preparação intelectual é extremamente importante, mas ainda mais importante é o zelo pela vida espiritual como foi comentado no post a respeito da leitura da Bíblia e da oração.
Ainda outro ponto que me chamou atenção, foi o fato do aluno se aproximar ao máximo dos "bons" professores. Vejo grande eficiência nisso, pois somos tremendamente encorajados por vidas de pessoas que sabemos ser extremamente intelectuais, conservadores e que permanecem, acima de tudo, espirituais, ou seja, buscando viver em proximidade e conformidade com o próprio Deus.
Se não se importar, gostaria de fazer uma pergunta sobre o tema. Sabendo do seu envolvimento com o Mackenzie,qual viria a ser o "estado" em que se encontra o estudo teológico na instituição? Todos os professores são conservadores espirituais?
Agradeço pelo post tão edificante,alarmante, mas consolador.
Abraços.
Olá Nicodemus
ResponderÓtimo texto. Mas acredito que também há aquelas pessoas que almejam ser pastor e que não sabem se relacionar com as pessoas. Ou seja, ser pastor antes de tudo é compreender e escutar as pessoas. Falta também aos seminários uma dose de praticidade, principalmente no que tange ao aconselhamento e a parte psicológica. Acho que isso seria importante para dar um ânimo aos futuros pastores e também um prova de qual preparados estão.
Acho que matérias práticas de aconselhamento deveriam ser parte integrante do seminário.
Abs
JP
Olá, Rev. Augustus.
ResponderGostaria de expressar uma opinião: acho que os seminários acabam tendo de ceder a um certo "cientificismo teológico", isto é, à dinâmica fria e extremamente formal do mundo acadêmico. Junte-se a isto a postura iconoclasta e desprovida de amor de muitos professores, que usam a disponibilidade e dependência intelectual de seus alunos para alimentar seus egos. Conhecimento seduz tanto quanto o dinheiro, não pode ser um fim em si mesmo. Como diz meu marido Itamar, excelência acadêmica sem piedade não forma pastores, forma teólogos.
Um abraço.
Raquel
Augustus,
ResponderDe fato, já estudei em duas instituições onde, a maioria dos que entram, ou perdem a fé ou se decepcionam com o que é ensinado e tendem a cair fora... da instituição.
Na minha primeira experiência, já vão mais de 20 anos, a maioria da turma que entrou comigo no seminário já havia deixado de crer nos fundamentos da Escritura como Palavra de Deus ao final do primeiro semestre. Professores sábios e letrados faziam exatamente o que vc disse: desmontavam, parte a parte, os fundamentos da crença na Palavra de Deus e aqueles jovens, no caso, homens e mulheres, ficavam maravilhados com tamanha sabedoria e, já de cara, muito superiores no conhecimento com relação às humildes congregações que os haviam enviado para aquela instituição.
Eu havia, no semestre anterior à minha ida, lido boa parte dos livros de Schaeffer e já fui vacinado. Alías, a aula inaugural foi dada por um professor que gastou boa parte do tempo 'malhando' o fundamentalismo de Schaeffer. Me lembro que houve um culto de celebração ao dia das mães e a música tema foi Maria Maria, de Milton Nascimento... eu toquei...
No meu doutorado tive contato com alguns alunos do curso de mestrado... coisa muito semelhante: estavam orgulhosos de terem superado aquele nível inferior de crença com o qual haviam ali chegado. Me lembro de um daqueles colegas dizendo: "Agora entendo muito melhor a Bíblia e sei que ela está cheia de erros. É muito bom ter este conhecimento e ser maduro para entender isto".
Well, para muitos deles o binômio é: estudo + academia = maturidade + descrença.
Mas como vc apontou, isto não acontece só no liberalismo. Pode acontecer também em seminários conservadores ou aqueles que, por razões que me escapam, mantém um equilibrio entre liberais e conservadores sem vida. Bela fórmula.
Gostaria muito que todos os candidatos aos estudos teológicos em função da vocação pastoral tivessem muita paciência em pesquisar e investigar o lugar para onde estão indo e que seus enviadores o fizessem com grande temor, mantendo com seriedade um tutor que, de fato e de verdade, acompanhasse a vida espiritual destes jovens.
Aliás, outro ponto é que muitos desses que vão para o seminário são jovens demais. Minha igreja adotou a prática de enviar os candidatos ao ministério para uma passagem prévia no instituto bíblico a fim de serem testados em um ambiente mais tranquilo.
Isto tudo sem contar que alguns deles já vão para o seminário querendo ser o próprio Juvenal, aquele seu amigo que virou "apóstolo"...
abs
Mauro
Pr. Nicodemus,
ResponderÉ colocar o dedo na ferida... A questão não é de método, nem de lugar, nem se os professores e alunos são liberais, libertinos ou conservadores. A questão é de fé, e, por conseguinte, da falta de fé deles (dos libertinos, liberais e conservadores). E o ceticismo levará sempre a uma condição de ignorância, dúvida, e de rejeição da razão, uma espécie de religiosidade vaga, flutuante, em que incrédulos passam-se por crentes, rebelando-se contra as Escrituras e a Verdade.
Uma pergunta: não seria melhor que as próprias igrejas fossem responsáveis pela formação dos seus obreiros, evangelistas e pastores, ao invés de seminários, faculdades e universidades preocupadas exclusivamente com o academicismo, sem nenhum compromisso com o Evangelho de Cristo?
Abraços.
"Mantém o padrão das sãs palavras que de mim ouviste com fé e com o amor que está em Cristo Jesus"(2Tm1.13)
Responder"Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o aprendeste"...(2Tm3.14)
Para Timóteo, a exortação: "mantém, permanece". Aquele que o exortou sabia quanto zelo sem conhecimento havia entre até mesmo aqueles que receberam os oráculos de Deus(Rm10.2) e quanta filosofia enganosa havia no mundo(Cl2.8). Os tempos de hoje não são tão diferentes da Roma Antiga,onde Timóteo e Paulo viveram. O liberais de hoje eram os saduceus daquele tempo, os conservadores mortos os fariseus. Conservar aquilo que Timóteo aprendeu somente por conservar seria apenas um dos erros dos seminaristas de hoje se não fossem pelas seguintes palavras inspiradas de Paulo: "...com fé e com amor que está em Cristo Jesus". O grego precisa ser ensinado, as doutrinas aprendidas, o trabalhos evangelísticos realizados, mas se não houver amor de nada adiantará! O conhecimento sem o amor em Cristo pouco tem de diferente da ignorância e da soberba. Como uma fé poderá acabar sem esse amor? Esse é um ponto.
Um outro ponto, vem das seguintes palavras: ..."sabendo de quem o aprendeste". O despreparo, não só daqueles que almejam um seminário, mas especialmente daqueles que encaminham essas pessoas, em parte, começa quando não se sabe de quem os seminaristas aprenderão. Que os conselhos das igrejas ou os líderes responsáveis estejam alertas quanto a isso!!
Danilo Neves/1ª IPC-Goiânia
Soli Deo gloria
Amém
Caro Rev.
ResponderMuito bom o tema deste artigo. Gostaria de colaborar com algumas observações:
O papel mais importante com relação aos canditados que ingressam nos seminários deve ser da Igreja que o mesmo é membro, pois esta o conhece e está apta a fazer uma avaliação mais segura e correta. Muitas Igrejas não cumprem o seu papel.
O seminário deve fornecer o conhecimento acadêmico, entretanto o papel do Deão Espiritual ou de Vida, tem que ser fortalecido com urgência. Não como um cargo ocupado por qualquer um, mais preenchido com homens de Deus piedosos e que possam dedicar o seus ministérios exclusivamente a esta atividade.
É iportante resaltar aos canditados ao ministério, que aqueles que são chamados demonstrarão o Dom de Deus para a tarefa, e que o seminário só ira suprir uma parte das exigências para obra tão sublime. Vida cristã madura e séria, piedade e temor a Deus é que servirão de suporte para qualquer ministério abençoado e estas o aspirante já deve demonstrar.
Precisamos redobrar os cuidados com os títulos acadêmicos, para que estes não se tornem um fim em si mesmos. Eles são importantes, entretanto nunca produzirão um obreiro aprovado pelas simples letras agregadas aos nomes. (O especialista é aquele que sabe cada vez mais, sobre cada vez menos)
Os seminários precisam definir qual o papel deles em todo o processo de formação do candidato. Ensino bíblico, psicologia, intelectualidade pura e simples (filosofia, sociologia, e outrass gias mais), administração eclesiástica, estratégias de crescimento, etc. Acho que hoje a maioria dos seminários não conseguem definir com clareza qual caminho tomar.
Buscamos reconhecimento do mundo pelo nosso saber ou desejamos profundamente sermos conhecidos como homens piedosos e tementes a Deus?
Não sou um romântico inocente, entretanto creio que aqueles que são comissionados por Deus, já são pastores antes mesmo de realizarem qualquer curso (o que não deve ser neglicenciado), porém Deus capacita de antemão os que Ele chama.
Fraternalmente,
Julio Melo
Ótimo texto, Augustus.
ResponderRecomento o livro da Mundo Cristão, Fé e descrença, de Ruth Tucker. Tem um bom capítulo sobre essa questão no livro.
Seu ponto 3 me lembrou das palavras de nosso Senhor: "E quem fizer tropeçar a um destes pequeninos crentes, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse lançado no mar." (Mc 9.42) Ai dos que semeiam incredulidade, e se alegram por destruir a fé dos pequenos.
Ola Pr. Nicodemus!
ResponderAdorei o post. Eu espero com grande ansiedade poder iniciar meu curso de teologia, assim que eu terminar a minha faculdade de engenharia, no final de 2009. Lembro-me, pouco tempo depois de conhecer Jesus Cristo, quando buscava pela internet artigos sobre o livro Bom Dia Espirito Santo, me deparei com a pagina do Solano. Como era de uma denominacao deuteropentecostal, odiei o que ele havia escrito a respeito. Nao muito tempo se foi, quando comecaram os "assedios" de Testemunhas de Jeova e Mormons aqui no trabalho. Quando nao aguentava mais as duvidas sobre a divindade de Cristo, qual o nome me veio a mente?? Solano Portela! Lhe enviei uma mensagem, a qual foi prontamente e carinhosamente respondida. Deixei a minha antiga denominacao e me tornei calvinista. Gloria a Deus!
Pastor, tenho uma pergunta:
Quero fazer teologia, mas nao quero, necessariamente, me tornar um pastor de igreja. Hoje, minha motivacao, alem de fortalecer a minha fe, me tornar um escritor (quem sabe ter um artigo publicado na Fides Reformata...) e "filosofo" da religiao, afim de poder combater os liberais no campo academico. Primeiramente, tenho duvidas se essa seria uma motivacao "genuina" e, em segundo lugar, tenho medo de, no final, me tornar um propagador da "vã filosofia". Estou no caminho certo?
Deus abencoe
Luiz Cunha
Wow, Reverendo, que título forte! Deu até um choque quando entrei hoje no Blog.
ResponderAbraços.
Querido pastor
ResponderMesmo tendo sido contemporâneos no SPN, acredito que vc entrou quando eu estava para sair, acabamos não nos relacionando naquela época, muito puxada para mim, pois trabalhava em Camaragibe, onde ajudava a fundar a IPB de lá e era casado, o que tornava o estudo muito difícil. Concordo plenamente com vc quando citou o fato de “perder a fé” ser, literalmente, impossível; na verdade esta fé não existia; mas, por outro lado, a fé de muitos pode ser fragilizada e trazer prejuízos imensos. Olhando para trás, louvo a Deus por nossos professores; no entanto faltava algo que para mim é essencial: uma “condução” à devocional pessoal; cultos existiam sempre, professores nos exortavam à devocional, principalmente o Pr. Francisco (graças a Deus pelos versículos Obadias), mas não existia uma estrutura que nos induzisse à vida devocional e nos preparasse como pastores também (convenhamos, aquela matéria “poimênica” deixava muitíssimo a desejar). Geralmente ouvimos dizer que curso de teologia não é para preparar pastores, é apenas para dar o conhecimento acadêmico; mas os seminários confessionais existem com a finalidade de preparar-nos para pastorear e faz parte deste preparo o estudo. Parafraseando Francisco de Assis, “irmãos, vão ao seminário e preparem-se, se preciso até academicamente”; para encurtar a conversa, peguemos o exemplo da Jocum no quesito devocional: o aluno tem uma agenda de meditação a sós, com outros, orações, aconselhamento mútuo e assim por diante. Que os líderes dos seminários atentem a isto, urgentemente.
Um grande perigo que nos acamicos de teologia enfretamos, é justamente se tornar racionalista. Cmeçamos a achar que tudo se resolve no 1+1=2. Achamos que nossa comprensão biblico-doutrinaria é a chave de tudo, e quando nos deparamos com situações que exigem maior espiritualidade, ficamos sem saber oque dizer. Começamos a pecar deixando a oração de lado, como se ela fosse desncessária. Deixamos de ler a bíblia, pois achamos se ja sabemos tudo sobre Deuse sua vontade.
ResponderNisso se cumpre a Escritura que diz: "A Letra mata mas o Espírito vivifica"
Podemos ter todo o conhecimento do mundo, podemos ser os mais eloquentes em nosso argumentos. Mas sem o Senhor não somos nada. Toda nossa pregação e nossa teologia de se resumir uma só frase: JESUS CRISTO É O SENHOR! E não so nossa pregação e teologia, mas também nossas vidas de devoção a ele.
Francisco - pastor acadêmico.
Agradeço a todos que comentaram aqui, e respondo mais especificamente a um ou dois.
ResponderCaio Peres -- sobre os professores de teologia do Mackenzie. Lembre que meu post foi sobre a formação de pastores. Você está perguntando sobre professores de teologia do MAckenzie. Estamos falando de uma universidade com mais de 40 mil alunos e cerca de 1.500 professores. A área de teologia tem sido bem servida com professores qualificados embora nem todos sejam reformados. Há professores de várias outras denominações. Em se tratando de uma universidade, o requerimento não é que sejam necessariamente conservadores, mas que no mínimo respeitem os fundamentos da fé cristã reformada que norteiam o Mackenzie. Lembre ainda que a Escola Superior de Teologia do Mackenzie não é um seminário e que o alvo da teologia do Mackenzie NÃO É FORMAR PASTORES. Por enquanto (e espero que continue assim) a IPB não ordena ao pastorado quem faz apenas a EST-MAckenzie.
Abraços!
Pr Nicodemus,
Responderseria uma tremenda redundância dizer que o senhor acertou novamente. Estou estudando em uma faculdade já a alguns anos e confesso que pelo menos por uma semana de meus estudos fiquei em um grande conflito se tudo aquilo que me ensinaram quando criança era verdadeiro. Graças a Deus a presença de pastores crentes, crédulos e compromissados com as Escrituras e com o Deus das Escrituras me foram amigos. Não só de palavras, mas tambem com suas próprias vidas devocionais e de fé me ensinaram a amar o Evangelho e o Deus que é revelado nele.
Acredito que em partes o problema também está nessa busca desenfreado pelo reconhecimento. A primeira pergunta que nos fazem após saberem que estudamos em alguma faculdade é se há reconhecimento do MEC. Veja que de alguma maneiro o MEC se tornou o divisor de águas para a fé, ou seja, parece-me que só bom estudante de teologia, ou teve um estudo proveitoso, se o seu diploma é reconhecido. Isso é lamentável.
Por outro lado, também os ortodoxos e fundamentalistas provocam um verdadeiro separatismo. Há uma dificuldade muito grande, de com amor, professores ortodoxos reconstruirem a fé de alguns alunos. Talvez, pelo menos para mim, um dos fatores mais negativos dos fundamentalistas, ortodoxos e apologétas é que eles, quase sempre, afastam as pessoas. Pregam muito aos ouvido, mas não pregam aos olhos. A verdade as vezes pode ser o ponto exato de separação, e digo isso do ponto de vista negativo, aqueles que são intitulados como carregadores da verdade quase sempre negam ser tolerantes.
Também acho que o misticismo, o neopentecostalismo e o antropocentrismo são outros fortes contribuintes para essa falta de fé. Tudo agora está envolto nas pessoas, o pastor agora precisa ser um verdadeiro "pop star", tem que estar na crista da onda. Parece que pregam cada vez menos expositivamente, e o máximo que fazem nos púlpitos é dizer o que as pessoas(mais ricas, diga-se de passagem)querem ouvir. Parece-me que os seminários também seguiram essa onda, e agora, todos querem ser "Apostolo Juvenal".
Tenho me perguntado todos os dias qual será o futuro da igreja. Nas minhas aulas na faculdade me pergunto qual será o futuro intelectual desses novos pastores. Do qual, eu mesmo faço parte.
A prósito, parabéns pelo novo livro. Espero um dia ter o privilégio de ter o senhor como professor.
Abraços,
Samuel
ateudemim.blogspot.com
Luiz Cunha,
ResponderPergunta difícil de responder. Vamos lá. Primeiro, não vejo que o estudo da teologia se destine exclusivamente a quem deseja ser pastor. Conhecer bem a área teológica tem múltiplas aplicações que não somente o pastorado. Entre elas essas que você menciona, como escritor, apologeta, filósofo, etc. Portanto, considero uma aspiração legítima essa que você mencionou.
Segundo, quanto a seu temor de se tornar um propagador da "vã filosofia", ela sempre existe. Mas, por outro lado, não há como você se tornar um apologeta eficiente e um filósofo cristão sem estudar profundamente filosofia e matérias afins.
Abraços.
Acho que há uma confusão na definição da função de um curso de Teologia.
ResponderTeologia serve para formar Teólogos e não pastores. Um Teólogo pode ser crente ou descrente, assim como um filósofo, psicólogo etc...
Uma boa faculdade de Teologia, na minha opinião, deve ser neutra, nem fundamentalista e nem liberal.
O que não pode acontecer, e acontece muito no Seminário do Sul- RJ, onde eu estudo, é professores que vendem o seu liberalismo como se fossem fato comprovado, mas sequer apresentam um argumento bem fundamentado para tal.
Agora se um professor meu resolve rebater, por exemplo, a divindade de Cristo através de argumentos sólidos, eu não devo rejeitá-lo, mas sim encarar o desafio e refutá-lo intelectual e racionalmente. Mas a realidade é que quando um demônio desses solta uma pérola como "a divindade de Jesus é crendice da Igreja" ou "existem outras religiões tão verdadeiras quanto o Cristianismo" ele não fundamenta sua opinião e não abre espaço para refutação - esse é o grande perigo.
O problema é que nossas Igrejas não provêem recursos teológicos, filosóficos e apologéticos para que seus seminaristas possam refutar as abobrinhas que ouvimos. Aí o resultado é óbvio, ou o Seminarista sai de lá como liberal, ou lutando contra a realidade, abraça o fideísmo tentando se convencer da besteira de que fé e razão são coisas opostas.
Caro rev. Nicodemus, gostaria de fazer uma pergunta fora do tópico em questão (não precisa publicá-la) sobre a perseguição que pode estar havendo na Índia, o que o sr. sabe a esse respeito??
ResponderIndico o blog abaixo (não é meu) com informações, para o sr. se inteirar do que falo.
Em Cristo,
Guilherme Arruda
guiles.arruda@gmail.com
http://mauriciobaccarin.wordpress.com/
Sobre formar teologos e não pastores, eu acho que todo pastor deve ser um teólogo, E sobre isso o Rev.NIcodemus discoreu muito bem na magnífica palestra com que nos Brindou aqui na UMESP. Se não formos teólogos aqui nas nossas igrejas os pregadores da TV o serão.
ResponderConservador, concordo que pastores precisam ser teólogos. Só que o seminário, pelo menos um bom seminário, irá oferecer instrumental teológico. Mas quem forma pastores? Não são os seminários ou faculdades teológicas. São outros pastores que formarão pastores.
ResponderAqui tem algo sobre isso que escrevi no blog da editora onde sirvo.
http://blog.editorafiel.com.br/2008/09/03/o-chamado-para-o-ministerio-da-palavra/
Abs
Franklin
Em minha igreja há um Pastor muito, muito frio. Mesmo quando de quando em quando prega bem, sua pregação passa frieza do Alaska. Todos os irmãos da igreja são quase unânimes em dizer que ele é frio demais. Quando um outro Pastor ou presbítero pregar, mesmo que seja uma simples pregação, todos sentem uma pregação mais virtude. Seria ele alguém que perdeu a fé mas que para manter sua carreira dentro da denominação faz tudo mecanicamente. Que acham?
ResponderQuis ser anônima para não revela tal pastor conhecido.
Rev. Augustus,
ResponderOportuno o tema. Coincidentemente, a poucos minutos recebi um email de um jovem que havia algum tempo não tinha notícias. A última, ele tinha ido para o seminário.
Mas veja só: eu o conhecia, como amigo de meu filho. Não era o que se podia chamar de crente exemplar, aliás nos últimos tempos estava bastane desapegado das coisas de Deus e mal ia na igreja.
De repente, cismou de ir para o seminário. Seu pai, um tanto decepcionado com o ministério, tentou mostrar-lhe que não era bem assim, mas no final acabou enviando o filho. Daí cessaram as notícias, pois a família mudou-se da cidade.
Agora, recebo um email de um jovem recém formado, preparando-se para ir para o Canadá mas querendo antes pastorear uma igreja aqui no Brasil, para que a esposa tenha experiência ministerial. Até me falou o tipo de igreja sonhada!
Enfim, ao mesmo tempo que me entristeço pela maioria que esfria na fé e no serviço ao ir para o ministério, louvo a Deus pelas exceções que confirmam a regra.
Augustus,
Responderboa postagem!
Eu fui uma dessas "vítimas" entre 2003 a 2006. Era um jovem libertino e conheci o Senhor na 1a Batista de Copacabana em 2000 e me dediquei fervorosamente a evangelização do bairro principalmente c/ marginalizados. Tinha 20 anos.
Quando entrei p/ o seminário, meu pr. na época ficou mto preocupado mas n deu outra - quase fui envenenado pelo liberalismo. Embora por influência de um prof. fui apresentado a teologia reformada.
Saí e pela graça continuo crendo nos fundamentos da fé cristã e entendo que amadureci as convicções. Deus seja louvado (me preservou)!
Quanto aos seminários: uma coisa que percebi onde estudei é que mtos professores são mau-resolvidos, não se envolvem com igrejas, são asperamente críticos, desbocados e irreverentes e formam um gueto pseudo-acadêmico que só geram críticos q n edificam em nada a igreja de Cristo. Ou outros se mantém no pastorado como mercenários pq ganham um salário rasoável e ensinam na igreja o oposto do que ensinam no seminário.
Entendo o seminário ser necessário assim como a escola é para o jovem, um lugar onde se aprende conteúdo e ferramentas (ex. grego e hebráico) para aprender mais a Palavra de Deus e edificar a igreja. Mas o problema mesmo está no coração de quem frequenta o seminário. Muitos vão querendo estar mais perto de Deus ou se encontrar e acabam se encontrando mesmo (pecador e pecado) mas não encontrando com Deus.
P.S: Obrigado pela força aquele dia.
Prezado Vítor Brando,
sou do Rio de Janeiro e estudei no mesmo seminário que vc estuda.
Entendo que alguns ali defendem o método histórico-crítico como a única verdade plausível e endeusam o racionalismo. Pobre modernos que não sabem que em 1976, + ou -, Gehard Meier decretou na Alemanhã o fim do MHC. Aliás, nem em círculos liberais, que hoje adotam uma perspectiva pós-moderna de re-leitura do texto usam o MHC com afinco. Embora estes estejam longe de buscar a real perspectiva do autor divinamente inspirado.
Mas os professores de Bíblia nem são honestos em apresentar o método histórico-gramatical como devido.
Quanto ao seminário ser fideísta, entendo sua postura quanto ao fundamentalismo anti-intelectual q dominou o cenário da nossa denominação (se vc faz parte da mesma igreja que eu) mas é necessário e salutar a confessionalidade no seminário visto que 85% que se matricula no curso tem o desejo de exercer o ministério pastoral (pelo menos na minha época). Aprender é necessário, mas há uma necessidade de avaliação do conteúdo de nosso seminário que apresenta uma propaganda de ser um centro de formação pastoral-teológica mas acaba sendo um bacharel em ciências da religião na prática e contudo não é bem uma coisa nem outra.
Não vejo a dicotomia entre ser um bom acadêmico e amar o reino de Deus exercendo a piedade cristã, relação encontrada nos autores deste blog por ex.
Em Out/Nov estarei retornando ao RJ e me coloco a disposição p ajudar no seu curso no que puder. Seu blog está com excelente conteúdo.
Juan
rev. Augustus:
ResponderAcho que não enviei direito o comentário. Bem, mando-o novamente! Achei o seu post muito bom. Ele nos faz refletir sobre a importância do seminário na vida dos futuros ministros. Particularmente, costuma me referir a um período de deserto, onde somos provados e lapidados, mas lhe confesso que também tenho saudades daqueles dias; e das suas aulas e pregações.
Raimundo
dificil falar sobre o tema!
ResponderPois bem, creio que todos aqueles que se aproximam da teologia em um determinado periodo passará por estas "crises", creio que muitos outros alem de mim somam-se a grupo. Creio que os que verdadeiramente são vocacionados não irão sucumbir diante dos dardos lançados sobre eles. Creio que bons pastores e teologos são os que passaram pelas mais terriveis "crises" e lograram exito! Pela graça Daqueles quem os vocacionou. Penso que uma boa forma de evitar que pessoas não vocacionadas chegem ao seminarios é prova-los um pouco mais e com mais vigor. Dar alimento solido, carregar os aspirantes com um prévio conhecimento tambem é uma boa saida, chegar "cru" em um ninho de cobras, como são muitos seminarios que existem é o maior perigo que sonda aqueles que aspiram ser teologos ou pastores.
E a Igreja tbm penso que seja necessario falar algo a esse respeito, que no minimo orem ao Senhor, para que Ele nos de pastores segundo o Seu coração.
muito boa colocaçao prezado presbitero
Responderparticularmente nao sou seminarista passei uns meses freuqentado uma escola mas desiti
poisa me sentia neofito para ouvir coisas que sei que abalariam minha fe e minhas convicçoes
ate mesmo alguns livros tomo o devido cuidado ao ler pois infelixmente ja tive um encontro muito desagradavel em livrarias supostamente cristas que vende todo tipo de coisa nas suas pratileiras
desde herejes como benni him
como alguns crentes completamente ateus que negam as veracidades das escrituras biblicas mesmo escrevendo e querendo explicar a biblia sem crerem no deus da biblia
sao crentes em que mesmo ?
tenho acompanhado seu blog que tem sido de muita mas muita ultilidade para uma formaçao do meu pensamento cristao
assim como outros blogs
olhar cristao
blog do altair
blog do ciro
bereanos
apesar de ver algumas divergencias bem simples que nao sao de muita relevançia ente os senhores
mas esse texto sobre os seminarios e a fe foi otimo
tambem ocnheço ate professores de teologia que nao acreditam mais na biblia nem em deus uns ate dao aula mas infelismente perderao a fe e abandaonaram a carreira
mais um.
Responderacho que pra mim o seminário foi um período mais de boas lembranças porque bons pastores já haviam me apresentado a boa teologia reformada; sendo assim, o seminário foi período de aprofundamento. também a influência de professores que nos inspiravam à vida cristã e pregavam falando ao nosso coração como o augusto professor que tive de exegese do nt me fizeram bem, ainda que confesse ter inicialmente esfriado na vida devocional. bons amigos ajudam.
Raimundo
Pr. Augustus,
ResponderExcelente texto!
É triste observar que o problema dos professores liberais/conservadores frios não é exclusivo do seminário de minha denominação. Tenho vontade de me aprofundar mais de modo a poder servir melhor ao Senhor e a igreja no discipulado de vidas mas realmente me entristece e desanima saber que os seminários estão cheios de professores como os descritos que só se alegram quando conseguem derrubar a fé de seus alunos. Isso me faz refletir no que será de nossas igrejas daqui a 10-15 anos, quando haverá pouquíssimos pastores realmente cristãos, com firmeza nas Escrituras. Louvo a Deus por sua soberana graça em guardar pastores que não se dobraram ao liberalismo como guardou os profetas no tempo de Elias.
Um abraço,
João
Olá!!
ResponderRealmente é essa realidade que encontramos. Particularmente me interessei na ultima publicação porque me formei a pouco tempo em um excelente Seminário (SPBC, onde tive o privilégio de ser aluno do Rev. Mauro Meister que curiosamente era meu professor de hiperetologia, uma matéria que nos ajudaria a refletir sobre a nossa vocação. Na minha turma havia muitos alunos jovens com 17 anos apenas, eu era um deles... confesso que por isso foi realmente dificil digerir alguns conceitos e encarar com a maturidade devida muitos assuntos. Mas pela graça de Deus tive professores que constantemente nos inspiravam a continuar no caminho de uma verdadeira devoção, tambem tive um otimo tutor eclesiastico. Pela graça de Deus cheguei ao final e fui ordenado pr.
Creio eu que a figura dos professores é de fundamental responsabilidade e isso é algo que a nossa igreja (IPB) pode interferir diretamente (JET e JURET por exemplo)
Abs
Geazy
Sendo um curso que forma teólogos ou um curso que forma pastores, se é uma instituição cristã comprometida com a Bíblia, deveria formar pastores ou teólogos espirituais e piedosos. Um bom teólogo tem que ser um bom cristão, acho isso fundamental. Se uma instituição que ensina a teologia de uma forma descomprometida com a Bíblia, esta não é uma instituição teológica reformada/conservadora, mesmo que seu propósito seja formar teólogos e não pastores.
ResponderCreio que temos bons exemplos de bons teólogos que também eram comprometidos com a espiritualidade mesmo dentro da academia. Como exemplo cito Warfield. A Igreja precisa de pastores que manejam bem as Escrituras e que também são piedosos. Mas, talvez a Igreja precise ainda mais de bons teólogos também piedosos. Para tanto, é necessário instituições que se comprometam fielmente à Palavra e, consequentemente, à verdadeira piedade cristã. O propósito, seja formar pastores ou teólogos, deve ser a formação de bons servos de Cristo.
Caro Reverendo
ResponderQue beleza vê-lo em ótima forma, escrevendo, corrigindo, batendo, ensinando, publicando, etc...
A crise é geral.
É gente fazendo seminário sem vocação...
É gente fazendo medicina por grana...
É gente fazendo direito sei lá por quê...
Todos querendo achar seu espaço, sua felicidade, etc... vão se movendo como moscas tontas sem rumo.
É gente correndo atrás de diploma pois vivem dizendo que é preciso estudar, e lá vão eles dormir nas aulas torcendo para que chegue logo o fim da mesma e que o professor faça logo a chamada.
E a imaturidade também é geral.
Quem hoje entra na faculdade (qualquer que seja) com 17 anos e está seguro do que está fazendo?
O guri faz faculdade com 17, se forma aos 22, aos 24 já terminou o mestrado aos 29 é doutor, mas sem maturidade nenhuma para viver o básico.
Eu estou com 38 anos, e já estudei várias coisas e só agora é que minha cabeça está se assentando.
Eu sou devagar ou a maioridade começa aos 40 anos?
Mas não sejamos pessimistas, as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja (invisível).
Pode até parecer que está tudo um caos, mas Deus reina e levantará seus verdadeiros pastores onde forem necessários.
Um abraço e obrigado pelo seu blog e seu esforço em gastar tempo com pessoas como eu.
Que Deus lhe abençoe em tudo e lhe dê motivos para continuar escrevendo, ensinando e publicando "cá" neste blog que é muito legal.
Pr. Nicodemus, seus textos são um refrigerio para almas sedentas e as vezes confusas com os ventos de doutrina que percorrem dos e nos quatro cantos do mundo... Sou seminarista (alias, tranquei temporariamente o seminario devido alguns desses problemas que foram apresentados pelo senhor nesse texto), mas hoje estou mais dedicado a viver uma vida condizente com a minha confissão de fé e ir ate os lares para pregar o evangelho com amor e fervor.
ResponderEspero que muitos semelhantemente como eu possam ler textos desse tipo que nos revelam os caminhos que tentamos entender e achar.
Graça e Paz!
Jeann
Caio Peres,
ResponderEstou totalmente de acordo com você -- esse é o meu sonho e o meu modelo ideal de universidade cristã. Todavia a realidade no Brasil é que os cursos de teologia oferecidos por universidades credenciadas pelo MEC e CAPES estão sujeitas à regramentos e exigências desses órgãos, os quais não vêm com bons olhos uniformidade teológica no corpo docente, por exemplo. No caso de seminários ou cursos livres, as igrejas e denominações podem dar o formato que quiserem aos seus programas de teologia, mas uma vez que nos sujeitamos ao MEC, já não existe essa liberdade.
Não é impossível reunir um corpo docente de teólogos com titulação reconhecida pelo MEC e que ao mesmo tempo sejam espirituais, conservadores e piedosos. Mas é tarefa que leva tempo e paciência, até porque contamos nos dedos os professores que se encaixam nos moldes acima. Continue orando por nós!
Grande abraço.
Fico muito feliz em saber que o seu pensamento é esse. Fiquei um pouco sem entender porque existiem professores não conservadores no Mackenzie, onde o senhor é chanceler,mas agora compreendo as dificuldades que o senhor encontra.
ResponderPode ter certeza que estou orando por isso e desejo muito mesmo ver um grupo de teólogos brasileiros que se encaixem nesses moldes que estamos falando por aqui e que tornarão o convívio acadêmico (na área da teologia) mais seguro e saudável. Que Deus nos ajude.
Abraço
Sobre a razão 5ª, rev. Nicodemus, o senhor entende que as abordagens sobre doutrinas bíblicas estão carecendo da perspectiva da batalha espiritual? Não sou seminarista, mas mantenho contato com pessoas que já foram e hoje são pastores. Recentemente, a opinião de um deles (de um seminário conservador) muito me chamou a atenção e ela é quase uma verdade geral, no meu entendimento. Ele me disse que se ele chegar algum dia a ser um professor desse seminário, ele ensinaria mais sobre a opressão real e espiritual que o povo de Deus vive, especialmente para aqueles que serão líderes, como os seminaristas. Tenho a sensação de que esse assunto está "perdendo a fé" entre nós, reformados...
ResponderLouvo a Deus por seu livro "O que você precisa saber sobre batalha espiritual". Louvo a Deus!!
Que Deus, o SENHOR, revista a ti com corajem e grande sabedoria, em Jesus, até o fim de sua vida. Que ela continue perseverantemente sendo esse instrumento de combate e de fortalecimento da igreja de nosso grandioso Deus!
Danilo Neves/1ª IPC-Goiânia
Soli Deo gloria
Amém
Caro rev. Augustus, Paz do Senhor.
ResponderAlegro-me muito em ler os seus post, revigorante e equilibrado! Este ultimo que lí me chamou bastante a atenção ao fator,que é uma via de mão tripse: Seminário-Estudante-Professor. Pelo que eu entendí todos estão envolvido na formação do "JOVEM-PASTOR". Porém, creio que os Seminário tem uma autonomia para decidir os objetivos e Curricullum acadênico a ser execultado em sala de aula. Primcipalmente os seminário denominacionais. Tenho para mim que os seminário tem uma reponsabilidade fundamental. Mas há alguns problema: 1) talvez, não tenho por certo, que o falta de professores capacitados, de formação ortodoxa e tradicional, são poucos para subrir as necessidades dos seminário; E 2) Como muitos semimário tentão se desenvolver e entrar nos padrões do MEC, para por fim entrar em uma estrutura de Faculdade - acopanhei alguns - tendem a ser permissivos com certos professores e tentam ser mais abarto para que não venhão a ser rejeitados por alguns possiveis clientes. Afinal os seminário precisão de alunos e quanto mais melhor. O que os seminário podem fazer com respeito a esses problemas? O que o candidato ao ministéio não deve fazer quando a sua fé esta sendo ameaçada?
Prof. Augustus Nicodemus,
ResponderImagine o senhor que se há problemas em seminários teológicos evangélicos, quanto mais nas faculdades seculares.
Tentei fazer Teologia e, de fato, havia professores liberais, mas eles são superficiais e se, com respeito, analisarmos os argumentos deles, dissecando ponto a ponto, eles não dão tanto problema, pelo menos para a fé dos alunos. O problema é na universidade, em especial a pública, quartel-general do esquerdismo anti-cristão e anti-judaico. Desisti da formação em Teologia, porque me faltou tempo e coragem. A pressão para ser pastor era grande, mas aos 36 anos de idade não me sinto chamado ao pastorado, embora pastoreie de alguma forma ou de outra, sempre como leigo... acredito que o pastorado é uma missão para poucos, realmente convocados por Deus para este fim e confirmados pela igreja.
Quanto à universidade, passei por ela, fiz Letras, e vi muitos ataques à Bíblia Sagrada. Sempre respeitei meus professores, mas, perguntando, os fiz ver que possuíam pouca informação, que estava sendo enganados pela mentira... tive que estudar dobrado, triplicado... não fui perseguido, mas se iria derrubar um argumento, extra-aula, já que não fazia parte do assunto da aula, mas o professor o introduziu de propósito, teria que estudar em outra hora e voltar à batalha...
Não perdi a fé, não enfraqueci, virei um apologeta. Virei especialista na palavra demônio, aprendi grego (ainda claudicante), latim, consegui uma LXX e dois NT gregos (Westcott-Hort e Textus Receptus) em arquivo PDF, porque em livro é caríssimo e continuo aqui, firme, não pelas minhas pernas, mas pela Rocha em que estou pisando.
Só cai quem já estava caído, mas acredito que uma formação melhor em casa, na igreja, evitaria muitos problemas. O pior é que universitários, pessoas com nível superior, teólogos e seminaristas são os principais "formadores de opinião" da igreja, depois do pastor. Aquele diácono caxias, fervoroso nas orações, eles respeitam por fora, mas entre si o chamam de "O irmãozinho fulano", tão crente, mas tão mal-informado.
Cruzes!
Marcelo Hagah
João Pessoa-PB
Pastor Augustus
ResponderNovamente é um prazer poder escrevelhe com júbilo no Senhor por mais um belo artigo.
Realmente, para mim o seminário também foi um tempo de crise, e de fato, não poderia ser diferente. Como podería eu achar que iria entrar em contato com o Rei dos Reis e Senhor dos senhores e não sair perdido e desnorteado... Foi um verdadeiro Knockout. Minha pretensa fé foi derrubada, destruída, aniquilada, e quando levantei ainda meio zonzo, tinha uma nova fé, alicerçada, bem fundamentada, Bíblica e tão maior que a anterior que o ardor da pregação, o amor ao ministério e a gana por servir eram ainda maiores.
Mas, tudo isso, não foi possível sozinho, graças a Deus estudei num seminário onde o academicismo é apenas um requisito e diria eu, não o mais importante, a avaliação da vida era de peso maior, e para que não ficássemos na lona, tinhamos discipuladores, pastores e pessoas a quem diáriamente prestávamos contas, louvo a Deus por eles que foram finéias muitas vezes em minha vida. Lá aprendi muito mais a como ser um cristão de verdade, do que um teólogo. Eu sempre digo: "Teologia que não é vivida na prática serve apenas para emoldurar títulos na parede e derrotas no ministério...". Sigo no ministério, estudando profundamente as escrituras, mas nunca como um livro ciêntífico, mas sim, humildemente, em minha insignificância deixando-a moldar meu caráter...
Tenho dois seminaristas comigo na igreja e farei tudo que estiver ao meu alcance para aprimorá-los, discipulá-los e ajudá-los a serem a imagem de Cristo, acima dos títulos ou ordenação.
Obrigado, irmão... que Deus continue contigo... na paz de Cristo
Creuse Santos
Rev. Nicodemus, Parabéns,
ResponderPor levantar esta questão tão importante e ao mesmo tempo tão delicada e debatida.
Na minha insignificância, gostaria de fazer algumas observações, as quais creio serem relevantes:
1. Este é um assunto sabido em nossas instituições teológicas, pelos pastores que enviam os seminaristas e pela liderança da IPB. Mas não se faz nada para resolvê-lo. E eu sinceramente gostaria de saber qual o motivo.
2. Os cultos em nossos seminarios, normalmente, não são cultos, são aulas de homiletica, exegese, teologia.Fora esta reunião, não temos outra onde os alunos leêm a Biblia e oram.
3. Os seminaristas não são acompanhados, terminei o seminario no ano passado, e em quatro anos de curso,recebi a visita do Capelão do seminário apenas duas vezes, uma quando cheguei no curso, e outra no final do curso, sendo que a ùltima foi para avaliar se o meu apartamento estava limpo ou não. O capelão estava sempre a disposição dos alunos no seminario, isso é verdade. Mas o trabalho de capelânia nos seminarios ainda é muito fragil. Normalmente, os alunos ficam em sistema de internato e grande parte deles terminam o curso e a liderança do seminario nem sabem quem são, de onde são e nem para onde vão, porque não tem contato com os alunos. Tive amigos de cursos que ficaram dois anos sem congregar e o smeinario nem sabia.
4. No seminario que estudei, temos homens muito piedosos, mas que infelizmente, não tem tempo para sentar com os alunos fora das sala aula, por terem agendas muito cheias. Creio que falta para a maioria dos alunos referências do trabalho pastoral, extamante, por não terem contatos com pessoas que os possam prepará-los para a reliadade ministerial.
5.Falta por parte dos tutures do seminaristas (os quais são designados pelos presbiterios), acompanhamento, graças a Deus neste quisito fui muito bem acompanhado, meu tutor foi uma benção em minha vida. Mas a maioria dos seminaristas, principalmente, os que são de fora, na maioria das vezes não recebem nen telefonema de parabéns no dia do aniversario, eles não tem tutores nem no seminario, nem fora do seminario.
6. Creio que mesmo nos seminarios conservadores, temos algo profundamente danoso para a espiritualidade dos alunos. Imagine o senhor o seguinte: Num seminario que afirma crer na Biblia como autoridade absoluta de Deus, poder de Deus, infalivel e inerrante, estimular os alunos a procurarem a psicologa da instituição para resolverem os seus problemas e conflitos e crises muitas vezes espirituais. A Biblia é autoridade para quê? Poder de Deus para quê?
7. Durante quatros anos de curso eu vi 7 colegas surtarem nos seminario. Sendo que desses 3 perderam a fé. Não estou culpando a instituição por isso, mas acho que alguma coisa pode e deve ser feita, pela instituição.
8. Gostaria de terminar parabenizando o Diretor do seminário JMC Rev. Ageu Maganhões, por esta fazendo um trabalho muito sério nesta àrea, um homem de Deus, compentente e corajo por pleitear mudanças que serão muito significativas para a igreja de Deus. Ele implantou no JMC um dia só para culto, com uma perspectiva diferente nos cultos, o culto tem sido encarado com muito mais seriedade no JMC. Existe também um trabalho de evangelização por parte do seminário, que estimula a espiritualidade dos alunos, além disso, existe uma parceria com capelã da IPB, Eleny Vassão, para um trabalho de capelania por parte dos alunos. Não sei surgiu mais alguma coisa neste ano que estou fora. Mas creio que podemos fazer muito mais.
8. Eu anseio profundamente, que Deus levante homens com coragem e visão da gloria de Deus, para que estes possam lutar em nossa igreja por essas significativas mudanças.
Grande abraço,
Pr. Dantas, Cuiabá MT.
Caro Rev. NICODEMUS,
Respondermais uma vez, leio um artigo sério de sua autoria. Espero, no Nosso Senhor, que muitos seminaristas possam ler e entender a profundidade de cada palavra postada.
Fique na paz,
Nelson Calmon, seminarista IPB
Prezado Augustus,
Responderpara mim, na minha pouca experiência, acredito que somente há um problema ou causa: Os seminários, sejam eles de que linha teológica forem, desenvolvem em seus estudantes um tipo de conhecimento de Deus por meio dos livros, por meio do conhecimento racional ou natural. E a igreja acaba absorvendo este tipo de ensino. Há um grande engano. Deus somente se conhece por meio do empirismo, do encontro, da experiência de fé que se nutre e desenvolve com o transcendente. Por isso que temos nos seminários alto índice de abandono de fé e crenças. A teologia ensinada pelos seminários é mais escolastica e cartesiana, do que um ensino segundo os pais da igreja. Sómente pessoas que experimentam a Deus, podem ensinar nos seminários, ou mesmo serem pastores de verdade. Pessoas que experimentam a graça dia após dia, que encontram-se com Deus em oração. Por isso o que voce colocou como preocupação, de certo é. Porém o problema é mais fundo, é um problema de falta de conhecimento íntimo de Deus.
Rev. Augustus,
ResponderPrimeiramente gostaria de me juntar à fileira dos que lhe parabenizaram por tocar em assunto tão importante e pertinente como este. Meu sincero desejo é que Deus continue a dar lucidez ao senhor e aos seus confrades para que persistam em abençoar a igreja reformada no Brasil através deste importante instrumento virtual. Gostaria também de dizer-lhe que tenho 29 anos, sou nordestino, casado e recentemente pai. Sou seminarista da Igreja Presbiteriana do Brasil, enviado pelo Presbitério da Bahia (PSBA) e estou indo para o quarto ano do bacharelado em teologia pelo Seminário Teológico Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição (o qual o senhor já foi professor, e particularmente espero que um dia volte a ser). Preciso ressaltar também que trabalho como bibliotecário no referido seminário, e portanto passo boa parte de meu dia em suas dependências, acompanhando os professores, colegas, funcionários e corpo diretivo, e literalmente respirando teologia e o pós dos livros diariamente. Isto posto, permita-me fazer algumas simples colocações:
1. Concordo plenamente com o senhor quando afirma que “tudo começa quando as denominações mandam para os seminários e faculdades de teologia jovens que não têm absolutamente a menor condição de serem pastores, professores, obreiros e pregadores”. Louvo a Deus por essa não ser a realidade do presbitério que me enviou. Lá passamos por uma rígida avaliação (incluído trabalho prático) e acompanhamento antes de sermos enviados como aspirantes. Acredito que isso só deva melhorar quando os conselhos das igrejas locais se conscientizarem (graças a Deus que muitos já o tem feito) que não podem enviar fulano ou beltrano por que são bons lideres de jovens. Quanto a isto, acredito que o novo Manual do Candidato vai ajudar bastante, inclusive com todo acompanhamento e relatórios propostos.
o manual está disponível em http://www.executivaipb.com.br/
2. Quando a espiritualidade dos professores, isto é um assunto importantíssimo. Louvo a Deus por estudar em uma instituição onde percebo que TODOS os docentes aliam o binômio reformado - piedade e erudição (irei retornar a este ponto). Alias, cabe aqui uma opinião contrária ao dileto contemporâneo de seminário, Eurípedes Dantas, porém antes e gostaria de dizer que a experiência no seminário é algo MUITO PARTICULAR, por isso mesmo discordando, respeito à opinião dele que certamente é fruto de uma vivência própria. Ao contrário do que foi dito pelo irmão, me sinto acompanhado no seminário, tanto pelos professores da casa, como pelo Deão e corpo diretivo. E quando falo “acompanhando”, refiro-me tanto a questão espiritual como assistencial também. Na minha vivência, tanto as conversas com o Deão, diretor e professores são constantes. O contato com os professores também é grande, apesar de reconhecer que são homens bastante ocupados, sim, realmente são. Porém um sem número de vezes os interpelei para conselhos, instruções, e fui atendido. Recebi telefonemas e visitas. Sem contar as conversas informais, brincadeiras e os famosos almoços da turma organizados pelo rev. Wilson Santana, muitas vezes acompanhado pelo rev. Hermisten. Outro ponto, Dantas, pelo que percebi não havia culto em sua época? Eram aulas? Bem, só se isso aconteceu 2 anos antes de eu chegar, pois fomos contemporâneos 2 anos e não concordo com suas críticas. É claro que não podemos esquecer que as pregações muitas vezes são ministradas por alunos que posteriormente – em um momento separado, cabe ressaltar – serão avaliados, pois o seminário precisa cumprir seus requisitos acadêmicos. Aqui, mais uma vez, deve entrar a piedade sem esquecer a erudição, afinal, estamos sendo preparados para o ministério e a avaliação exegética, homilética e teológica são necessárias. Outra crítica sua foi com relação ao encaminhamento de problemas espirituais a psicóloga do seminário. Está e uma crítica muito dura, e mais uma vez não concordo contigo. Vejo a presença de uma psicóloga no seminário como um beneficio a mais para os alunos. Você afirma que na sua época 7 colegas surtaram. O surto era espiritual ou uma patologia? Certamente algum deles precisavam do auxilio da psicóloga, como foi caso de um colega meu de classe, que trancou um semestre devido a um problema deste e descoberta a sua patologia (falta de uma substância x) foi medicado e retornou a sua plena normalidade e conseqüentemente aos estudos. E para finalizar, Dantas, acrescento que como participante da diretoria do Diretório Acadêmico Rev. Boanerges Ribeiro (que você já foi também) iniciamos conforme decido pela mesma uma reunião semanal de oração com os seminaristas, e acredito que isso poderia ter sido feito nas gestões passadas, pois isso também cabe ao referido órgão segundo seu estatuto. Finalizo meu dialogo respondendo as suas afirmações Dantas, concordando as congratulações a atual diretoria e congregação do seminário pelo Evangelismo JMC que é realizado 4 vezes ao ano com todos os alunos do seminário; ao intercambio com Eleny Vassão; o acompanhamento feito as esposas do seminaristas pelo Conte Comigo; As viagens evangelísticas ao Sul do Brasil e os Cursos livres abertos a Igreja.
Para finalizar, Rev. Augustus, faço coro com a Raquel Nery quando cita as palavras do rev. Itamar Bezerra: “excelência acadêmica sem piedade não forma pastores, forma teólogos”.
Graças a Deus que por aqui, podemos ser pastores sem prescindir de ser teólogos.
Gostaria de escrever mais, porém reza a cartilha dos blogs não ser por demais prolixo.
Abraços em Cristo,
Alexandre Ribeiro Lessa.
Caro Rev. Augustus,
ResponderLouvo a Deus pelo ministério que o senhor tem realizado na Igreja Presbiteriana com muita seriedade, sabedoria e, principalmente, piedade. Confesso que o senhor tem sido um exemplo para mim desde que me converti. Os frutos de seu ministério têm sido incalculáveis para a causa do evangelho, não só em nossa Igreja como em muitas outras.
Esse é realmente um assunto muito pertinente não só para a Igreja como, principalmente, para nós seminaristas. Estou no primeiro ano do seminário. Esse é um assunto que sempre está na baila entre os seminaristas. Felizmente, tenho um pastor que há 5 anos já vinha me vacinando contra o excesso de idealismo que ele via em mim. Ele me preveniu de muita coisa, o que não significa que seja menos grave, mas ao menos não foi um choque meteórico.
De fato, muitos seminaristas idealistas de mais ficam escandalizados ou frustrados quando percebem que os seminários não são tão espirituais quanto imaginavam.
Imaginamos que o seminário seja o paraíso perdido, o ultimo reduto da ortodoxia e piedade cristã; que seremos muito apoiados, incentivados, consolados e edificados; que os tutores nos darão toda assistência possível, se importando, ligando, escrevendo, orando e acompanhando; que o capelão será sempre amável, cordial e pastoral; que os pastores-mestres terão todas as respostas, serão sempre sábios, pastorais e espirituais; que os irmãos serão sempre amigos, próximos, prontos a ajudar, a sofrer junto, a compartilhar, sendo sempre espirituais, santos...
Mas vivemos em um mundo corrompido e, de fato, há seminaristas sem vida com Deus, sem amor, sem zelo, que fumam, se embriagam, contam piadas imorais, fornicam... isso nos frustra e desanima muitas vezes. Muito disso tenho visto ou ouvido falar. Ai me lembro que entre os apóstolos havia o Judas; e, na igreja apostólica, o Simão (o mago), Diótrefes, Himeneu, Alexandre (o latoeiro), outros sem nome.
Contudo Reverendo, fico feliz porque, nos poucos meses que estou aqui, tenho visto muitos irmãos seminaristas que são, não só sábios e cheio de conhecimento, mas piedosos, acolhedores, comprometidos com Deus e com a Igreja. Irmãos a quem Deus de fato chamou para serem genuínos bispos de seu rebanho. Temos tido pastores que realmente se aproximam de nós, se preocupam, ajudam, oram, ensinam com fidelidade a Palavra. Embora tenhamos algumas disciplinas mais técnicas (o que é natural) que só indiretamente têm haver com a teologia, temos tido também aulas profundamente pastorais e piedosas. Recentemente, o Rev. Canelhas gastou uma aula falando somente da vida espiritual-devocional que devemos ter. E como suas palavras foram um balsamo para nós! Temos professor que nos convida para irmos a sua casa e que realmente tem prazer em nos receber. Nosso amado diretor, Rev. Ageu, tem feito o máximo que pode dentro das limitações humanas e eclesiásticas para que o seminário seja teológico, ortodoxo, piedoso, evangelístico e missionário.
Não que aqui seja o céu, mas creio que temos mais a louvar do que reclamar, embora nem sempre nós tenhamos essa consciência, principalmente quando temos 4000 páginas para ler [risos]. Creio (e oro) que Deus muito irá fazer através de nosso seminário.
Antes de vir para esta casa de profetas (JMC), li um livro do Rev. Eugene Peterson. Nesse livro há um capítulo chamado: O Seminário como Lugar de Formação Espiritual, onde ele diz algo que gostaria de compartilhar para encerrar esse longo comentário:
"Em geral, o seminário não é um lugar apropriado para se nutrir espiritualidade – uma vida de oração, uma comunidade de amor, uma fé que se arrisca. O seminário é um lugar para se aprender – aprender sobre Deus, com certeza, mas mesmo assim aprender. [...] Falar sobre Deus é quase uma antítese de falar com Deus. [...]
Mas se o seminário não é um lugar apropriado para a formação espiritual, tampouco o é qualquer outro lugar que eu já tenha habitado. Não achei coisa melhor na comunidade ou na congregação, nem em casa, na casa de retiros ou na casa da praia. Eu ainda não tentei o mosteiro (eles não me deixariam levar a minha mulher), mas sou muito amigo de pessoas que tentaram, e estas alegam condições parecidas. [...]
Se o seminário em si não é a terra santa, isso não impede que arbustos ardam em chamas de vez em quando, e invocando respostas santas. [...]
Espiritualidade, ao que me parece, não é uma questão de lugar ou currículo."
[PETERSON, Eugene. De Volta à Fonte: Resgatando a Espiritualidade. Curitiba: Encontro Publicações, 2000, p. 45]
Reverendo, mais uma vez obrigado pela sua sabedoria colocada a serviço de Deus e de seu povo!
Deus lhe dará grande galardão no dia glorioso de Cristo Jesus. Como dizia Agostinho: Quando Deus "coroa os nossos méritos, na realidade não coroa outra coisa senão os seus próprios dons"
Persevere nessa bela obra de episcopado e docência, Reverendo!
De quem lhe tem sido um grande devedor,
Seminarista Pb. Anderson Jeová Ferreira de Abreu
Parabéns pelo artigo.
ResponderMais um que edificou muito a minha vida.
Deus o abençõe!
Deixo o desafio para um artigo sobre a evangelização infantil.
Renata
Graça e paz
ResponderUma dose de "pentecostalismo" serve como bom remédio contra esse veneno.
Entenda-se por "pentecostalismo": o desejo de buscar a Deus, sua glória, a manifestação do Poder do Espírito Santo, para salvar pecadores, curar enfermidades, expulsar demônios, tudo isso conforme a soberana vontade de Deus, a fim de exaltar a Cristo.
A paz
Tales
P.S: aprecie com moderação. O abuso dessa dose pode causar sérios transtornos, tão maléficos quanto o liberalismo!
Augustus,
Responderexcelente post!
Creio que o liberalismo é o maior dos males, especialmente pq alguns chegam aos seminários sem ter uma bagagem ortodoxa firme. Aí viram presa fácil na mão dos liberais.
Pr Cleber.
http://confraria-pentecostal.blogspot.com
A pergunta que eu faço ao irmão é a seguinte: Quem faz o pastor? O doutor? O evangelista? O que somos devemos a quem? São os meus talentos naturais que me fazem ser pastor(bem sucedido ou não)?
ResponderUm abraço forte
Pastor Augustus,
ResponderExcelente artigo!! Muito proveitoso!! Obrigado! Deus abencoe o senhor!
e quem disse que este tipo de fé...
Responder"jovens cristãos fervorosos, dedicados, crentes, compromissados com Deus, que gostavam de orar e ler a Biblia, que evangelizavam em tempo e fora de tempo,"
é a caracteristica exata do verdadeiro cristão??
Ora, vemos isto em qualquer religião, no budismo, no islamismo, no mormonismo...ou seja, todas estas manifestações eclesiasticas, religiosas, não é a unica nem ultima prova de "aparencia com cristo"
Precisamos reafirmar nossa vida cristã no amor ao próximo, preoucupado principalmente com a exclusão e marginalizacao dos pobres e o amor a Deus...isto vai alem destas palavras bonitas: fervoroso, compromissado com Deus...
pra mim nao passa de jargãos evangélicos.
Abraços
Obrigado a todos os que comentaram e enriqueceram esse assunto crucial, que é educação teológica. Respondo pontualmente a um ou dois desses comentários:
ResponderDaniel M.S.,
Boa pergunta. Acredito que pastor, doutor (mestre), evangelista, são dons de Cristo à Igreja, conforme Efésios 4. Seminários e escolas de teologia não fazem pastores, mestres e evangelistas nesse sentido. No máximo, poderão dar treinamento e ajudá-los a exercer esses dons de forma mais efetiva.
Sobre talentos naturais, creio que Deus pode santificar e usar para Sua glória talentos naturais, pois tais talentos também procedem dele. Uma pessoa que antes de se converter tinha talentos naturais na área de ensino e comunicação, usará esses talentos para o serviço de Deus, só que agora santificados e no poder do Espírito.
Paulo,,
Você me entendeu mal. Eu não disse que aquelas qualidades ("fervor, dedicação, compromisso, gosto pela Bíblia e pela oração e zelo evangelístico") são caracteristicas exatas do verdadeiro cristão. Releia meu post.
Todavia, essas coisas são o que se espera de quem deseja se tornar um ministro da Palavra. Leia as cartas de Paulo a Timóteo e Tito e veja se não é assim.
O que também não exclui o cuidado pelo próximo.
Todavia, sua afirmação "Precisamos reafirmar nossa vida cristã no amor ao próximo, preoucupado principalmente com a exclusão e marginalizacao dos pobres e o amor a Deus" parece sugerir que é isso a marca do verdadeiro vocacionado. Vai ser difícil você provar isso pela Bíblia.
Devolvo-lhe o elogio. O que você afirma não passa de retórica vazia e soa como aquela da teologia da libertação e o discurso marxista, que coloca uma coisa contra a outra. A visão bíblica é que o amor ao próximo é apenas uma das coisas que fazem o verdadeiro ministro da Palavra. Transformar o próximo em sacramento é coisa de evangélico ou católico marxista.
Obrigado Nicodemus por postar este texto. Me ajudou demais. Tenho 26 anos e há 4 estudo teologia em um curso livre. Ano que vem ingresso na teológica batista e estes conselhos estarão sempre comigo.
ResponderTive o grande desprazer de ter um professor completamente agnóstico e sei bem que a intenção destes é tornar os fervorosos em frustrados, assim como eles são.
Augustus,
ResponderSou formado em teologia por um seminário que procura ensinar aos jovens estudantes a importância de uma interpretação bíblica coerente, exegética, contextualizada e, principalmente, cristocêntrica.
Neste seminário tive contato com excelentes professores que nos ensinaram "precisosidades" bíblicas e teológicas muito importantes para o ministério pastoral.
Ali aprendí uma frase que ilumina este problema enfatizado em seu texto: "Ninguém pode perder o que realmente nunca teve" e, falando de fé, é importante destacar que quando uma pessoa decide ir para o sagrado ministério, deve estar preparado para enfrentar grandes desafios e defender sua "genuína" fé.
Não é fácil ser pastor(a), pois somos colocados à todo tipo de provas, todavia, somente quem aprendeu a manusear bem as "ferramentas" ensinadas no seminário, poderá ser capaz de conduzir com responsabilidade o rebanho do Senhor.
Portanto, na soberania e cuidado de Deus pelos futuros líderes religiosos, Ele próprio filtra aqueles que permanecerão na liderança do seu rebanho. É melhor sair por "falta de fé" durante o seminário e ser sincero em sua escolha, do que continuar insistindo sobre algo que não passará pela porta das ovelhas, ou seja, nosso Senhor Jesus Cristo.
Um abraço fraterno em Cristo.
Pr. André Álvares
Na minha opinião muitos seminaristas adentram o campo acadêmico de modo romântico, quando se deparam com colegas e professores frios na fé, legalistas e fariseus (claro que não são todos)logo começam a frustrar-se e arrefecer o primeiro amor.
ResponderAbraço a todos.
Olá, Rev. Augustus,
ResponderSou um seminarista batista de uma instituição liberal e sempre leio os seus textos e livros porque são muito enriquecedores.
Concordo com tudo o que foi dito e essa tem sido a minha crítica a muito tempo, o que também tem me tornado motivo de piada para os liberais que se consideram superiores.
Graças a Deus, tive a oportunidade de ter sido orientado a fazer uma faculdade secular antes de ingressar no Seminário, o que me deu mais maturidade diante destas dificuldades. A verdade é que a grande maioria das Igrejas trata seminário como reformatório e manda para lá os indesejáveis de sua congregação.
Tenho colegas que não conhecem o mínimo de regra gramatical para escrever um texto e muito menos pressupostos filosóficos para debater com um catedrático. É lógico que, neste caso, a pessoa será contaminada logo com o vírus liberal. O pior mesmo é que muitos alunos ingressam no seminário sem conhecerem a Bíblia. Sem nunca a terem lido por completo. Como de uma professora que falou que o que ela estava falando estava escrito no livro de Levítico e o aluno perguntou o autor, a editora e onde ele encontrava esse tal livro de Levítico para comprar.
Essa falta de informação ajuda muito a cair nos engodos ou nas "arapucas de passarinho" como o senhor disse no livro de batalha espiritual. Uma professora disse que Jó e os livros sapienciais são uma resposta à teologia retributiva de Deuteronômio 28. Todos sairam acreditando nisso, sem perceberem o detalhe que Deuteronômio 28 fala à nação enquanto um povo e a literatuda sapiencial trata de indivíduos.
Em uma aula, um professor liberal diz que Paulo não existiu. O outro diz que não foi ele que escreveu as cartas. E o outro diz que ele era louco por mudar de opinião toda hora (como se a gente não mudasse de opinião com o decurso da vida) e o outro zomba de quem acredita que o Espírito Santo inspira pregadores porque estes sim são "contraditórios". Quem é contraditório?
Lendo um outro artigo liberal também, percebi que a autora afirmava uma tese e usava três exemplos bíblicos. Dois teriam sido alterados e um foi usado na íntegra, como está no texto. Muito fácil isso: "o que serve para a minha tese eu pego na íntegra e o que não serve eu digo que foi alterado!"
Eu tenho sido um crítico à Teologia Liberal e ao método histórico-crítico, dentre outras críticas (como levar nossas Igrejas ao mesmo destino da Europa) por considerá-la um grande equívoco. Primeiro, como o senhor mesmo diz em outras obras, a Teologia Liberal é filha do Iluminismo e da Revolução Francesa. O que era a Revolução Francesa se não ódio aos sacerdotes católicos? Daí a Teologia Liberal criticar tanto os sacerdotes do AT. Não será isso uma projeção? Também sabemos que uma das conseqüências do iluminismo, o positivismo, foi a crença no progresso. A Europa, é claro, era o ápice desse progresso. Então, como explicar que uma sociedade tão "atrasada" como a judaica pudesse ter escrito material tão precioso? E o pior, se tudo é um progresso, como que estes escritos começam logo com o Pentateuco, literatura tão boa? Sem contar que o que o método histórico-crítico faz é anacronismo, ou seja, projeta a nossa cabeça de século XXI pós-moderno na cabeça de uma pessoa lá da Antigüidade que jamais iria ser revolucionário como os franceses do séculos XVIII ou que faria questionamentos que nós fazemos. Por isso, não consigo conceber que alterariam ou acrescentariam algo a um texto sagrado para manipular o povo.
Quanto ao que o irmão Vitor Grando escreveu aí em cima, sobre motivação psicológica, percebo que estes professores gostam da polêmica pela polêmica, para ficarem conhecidos como polêmicos e verem a aflição de seus alunos. É como se toda a explicação do mundo fosse racional, mas esquecem-se que a ciência e a razão têm os seus limites.
Esse tipo de liberal gosta de dizer que nós, fundamentalistas, somos intolerantes, sendo que penso o contrário, pois se eles não toleram o direito de uma pessoa de ser intolerante, ele já está sendo intolerante com a opinião da pessoa intolerante.
O que realmente não dá para entender é o porquê da liderança das denominações permitirem que o liberalismo tome conta das instituições. Aliás, dá sim. Como disse o irmão Juan de Paula aí em cima, os professores de seminário liberais muitas vezes são mal resolvidos. Quando o cara é ortodoxo, ele vai para o ministério e se envolve ao ponto de ficar muito ocupado e a Igreja não querer que ele se torne professore divida o tempo. O reitor do meu seminário me falou que já cansou de convidar pastores para dar aula, mas a resposta é sempre negativa. Então, quem acaba se tornando professor? Aquele que se frustou no ministério e resolve fazer pós-graduação para dar aulas. Infelizmente a maioria tem sido assim e é por isso que temos tantos professores mal resolvidos. São frustrados.
Estou fazendo Mestrado na UFRJ e é incrível como eu aprendo mais Bíblia em uma instituição secular do que no Seminário. E lá, não vejo os professores dando credibilidade ao MHC. E uma das minhas monografias será justamente sobre os problemas do método histórico-crítico. Quero, portanto, aproveitar para pedir que, se possível, o senhor me indicasse alguma literatura nesse sentido. Tenho lido os liberais e os seus críticos, entre eles o senhor e outros autores como a Peletier e o Gordon Fee. O bom de ser um ortodoxo em um seminário liberal é que estas obras ortodoxas sempre estão disponíveis nas plateleiras da biblioteca, com volumes conservados, pena que com um pouco de poeira... rs...
Interessante a pergunta do irmão Caio Prestes sobre a realidade do Mackenzie. Pelo que sei, o Andrew Jump ainda é uma instituição puritana e é por isso que um dos meus projetos de vida é fazer o doutorado em Ministério lá. Espero não estar equivocado!
Fraternalmente,
João Neto.
Nicodemus,
Responderprimeiramente...
Não sou marxista, nao sou de esquerda (nao morro de amores pelo lula, fidel,...) nao sou comunista...e tenho tentado ser a cada dia menos capitalista...
mas tenho sim uma paixão pelos pobres que me leva a crer que muito do que cristo pregou passou por eles...
se no fim, ao optar pelos marginalizados (incluo nisto todo tipo de "desamor" ao próximo e a Deus - pobreza, fome, ódio, guerras, predestinaçao para o inferno) me torna também um marxista, nao posso fazer nada...acho que o problema neste caso nao está em mim, mas em quem me taxa como tal...
sobre dificuldade de provar pela biblia que o vocacionado passa pelo 'amor ao próximo' eu nao acho tao dificil assim não, por exemplo:
Lucas 4:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados do coração,
19 A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do SENHOR.
20 E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele.
21 Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos.
o interessante que quando eu falo sobre ser importantissimo o amor ao proximo, aos excluidos, sou taxado de marxistas, mas se jesus fala a mesma coisa, ai não...
bom, a sorte de Jesus pelo jeito, foi ter nascido antes de Marx...
abraços
Paulo,
ResponderVocê agora se faz de vítima. Mas quem começou com rotulação foi você, ao dizer que minhas afirmações eram retórica vazia. Quando devolvi da mesma forma, você se faz de vítima -- coisa típica de pessoa de esquerda.
Nenhum dos textos que vocÊ citou prova que amor ao próximo é a principal marca do vocacionado. A passagem citada não tem nada a ver com vocação para o ministério. Se você quer ver quais as marcas e qualidades dos vocacionados, leia Atos 6, 1Timóteo 3 ou Tito 1. Ali você vai encontrar amor ao próximo, mas não como a principal marca, como você defende.
Não lhe taxei de marxista -- disse que sua retórica era similar a deles. E sua auto-vitimização só confirma isso.
Augustus...
Respondere a sua retórica é o que? de direita? calvinista?
confesso que nao sou auto suficiente em conhecimento...nada do que penso é novo... mas como está escrito na bíblia...julguai todas as coisas e retêm o que é bom...so posso reter algo que ja foi produzido. Por isto procuro julgar o que é bom no marxismo, calvinismo, capitalismo, ismos, ismos e retenho o que julgo ser bom.
Mesmo que minha retórica tenha pontos marxistas, será que nao estou pegando o que é bom deles?
o mesmo pergunto...nao poderia uma pessoa pegar diversos pontos que julga bom do calvinismo e reter apenas aquilo que julga bom?
bom...eu termino a conversa aqui...
de tudo que conversei com voce procurei reter o que é bom...
claro que gostarei de ler sua resposta...
abraços...
Gostei muito do texto e achei interessante a colocação do João Neto nos comentários dele: os bons pastores estão se dedicando às suas igrejas, à pregação do evangelho..."sobram" pra os seminários os problemáticos. Será que é isso mesmo? Se for, é uma tristeza muito grande. Gostaria que as denominações sérias que ainda restam prestassem mais atenção a esse problema. O seminarista que perde a fé hoje pode muito bem virar um pastor que fecha igrejas no futuro. Aliás, eu não ficaria surpreso em saber que já esteja sendo assim.
ResponderAbraço,
Bruno
Paulo,
ResponderÉ claro que minha retórica é calvinista. Digo isso abertamente no blog. Leia a página principal, onde nos declaramos calvinistas. Não escondo isso de absolutamente ninguém.
É claro, todavia, que não abraço tudo que Calvino defendeu. Meu critério final é a Palavra de Deus. Tento me reger por ela quando examino todas as coisas. Inclusive o pensamento calvinista.
E quanto à sua pergunta, não vejo muita coisa boa no marxismo e nem creio que você está pegando algo bom que nele exista. Como por exemplo, tentar fazer do social o critério para alguém ser candidato ao ministério.
Espero que tenha gostado de ler minha resposta.
muito bom o texto e realmente já ouvi relatos sobre a dificuldade de permanecer firme em um seminario, o que será que devemos ser, teóricos ou práticos??
ResponderDeus abençoe
Muito oportuno este post. Só acrescentaria que além do liberalismo, temos o fundamentalismo e as "novidades" teológicas como grandes inimigos da verdade.
ResponderRev. Sandro
http://farisaismo.blogspot.com
Olá Rev.,
ResponderMuito chocante o seu post... principalmente para mim, que sempre tive vontade de estudar Teologia (não de ser Pastor). Seria até engraçado se não fosse extremamente trágico: no lugar onde eu pretenderia aprofundar os meus conhecimentos bíblicos, e assim crescer no conhecimento de Deus e de Sua Santa Palavra, existem pessoas dedicadas a desconstruir a fé na Bíblia como Palavra de Deus, na Pessoa de Deus (refiro-me à Trindade), em Jesus como Cristo Ressurreto; ou seja, no final das contas, pessoas que jogam no outro time (para não falar em termos de "servos do Diabo"... pronto, falei).
Cruz credo, pastor, cruz credo... Acho que vou preferir ficar como "leigo" mesmo e tentar comprar bons livros de história, estudos, etc, e ficar por isso mesmo. Não quero entrar em instituições assim, e, sinceramente, como cristão, fico pasmo e muito triste em saber que este tipo de coisa acontece. Não o fato da carga de estudos requerida, e que conseqüentemente exige um outro aproveitamento do seu tempo, sacrificando algumas coisas que se faziam antes, mas sim o fato de que, no lugar onde eu deveria me especializar biblicamente, acontece justamente o contrário, senão acontecer coisa pior.
Lamentável isso. Imagine Deus o que pensa disso.
Abraços.
REv. Nicodemus
Responderquando li o seu artigo, sobre o perder a fé durante cursos teológicos,voltei um pouco no tempo, em que ainda não havia me convertido ao Evangelho, era católica,e ingressei na vida religiosa, num convento em Petrópolis. Ali comecei a estudar a fundo a História da Igreja, numa visão católica, e depois de três anos de estudo, vi que estavam muito mais distante daquilo que eles costumam chamar de "vida consagrada". Me converti a 15 anos, e no ano passado, comecei a fazer seminário teológico, pois se te uma certeza, é que Deus tem um chamado na minha vida, e já no primeiro ano de seminário, vi que estava me afastando desse chamado, tenho dentro de mim a necessidade de aprender, sim! mas muito mais de ganhar almas. Saí não me arrependo, tenho estudado sim, mas me dedicado mais a oração e vida de comunidade, pois muitos que ingressam em seminários, também perdem essa sensibilidade de em vez de plantar árvores, plantar pessoas, investir em almas.
Um abraço Fraternal com carinho
Rev. Augustus, parabéns pelo artigo, muito bom, desafiador, questionador e recheado por uma proposta sólida e bílica para quem deseja estudar teologia.
ResponderTenho minhas razões para concordar com este artigo, pois presenciei uma crise de fé e muita descrença na vida de alguns colegas de seminário, eu também vivi uma forte crise de valores firmes, pois não encontrava paradigmas presenciais que me influenciasse. Dou graças a Deus pelo JUMPER, que considero um remanescente fiel entre as instituições de ensino teológico neste país. Tenho sido muito abençoado pelos mestres desta instituição.
As vezes achamos que os alunos de seminários são os grandes responsáveis por suas crises, mas não são!
Os alunos de seminários são pelotões fortes e quase todos são recrutados por Deus para ocuparem posição em seu exército, o problema é que muitos dos comandantes que deveriam preparar esses recrutas fielmente são negligentes e infieis, concordo com o que ponderou o general William Creech, "Não há pelotões fracos - apenas líderes fracos".
Meu querido Dr. Nicodemus, eu desejo que todas as nossas instituições de ensino teológico e não teológico fossem como escreveu Jean Amos Comenius: "que nas escolas haja menos conversa, menos enfado e trabalhos inúteis, mais tempo livre, mais alegria e mais proveito; que haja menos trevas, menos confusão, menos dissensões, mais LUZ, mais ORDEM, mais, PAZ e TRANQUILIDADE."
Deus tenha misericórdia de nós e nos abençoe! (Salmo 67.1,2)
Augustus,
ResponderEmbora eu seja de linha ortodoxa, achei apaixonante discutir os pensamentos liberais. Tive um leve flerte com a neo-ortodoxia. De certa forma somou e conhecer os ponto de vista me instigou a pesquisar e formar minha opinião. Eu estava convicto que ou fortaleceria meu pensamento ortodoxo de linha calvinista (e foi o que aconteceu) ou me tornaria mais um frio liberal.
Mas pergunto a você. É tão nocívo assim deixar o seminarista ter contato com o liberalismo teológico?
Pb. Glauber Menezes
Igreja de Cristo no Brasil
Caro Rev. Nicodemus,
ResponderComo disse anteriormente estou me preparando para entrar no seminário há 4 anos. E pelo menos há 2 estou estudando apologética (Craig, Geisler, C.S. Lewis, Schaeffer, nancy Pearcy, etc...). Acredito que estou preparado para todo o discurso liberalista dos professores. Todavia quero perguntar ao Sr. sobre sua opinião do seminário que pretendo fazer.
Se por questões éticas você preferir enviar a resporta no meu e-mail pessoal: danielliuzzi@hotmail.com
1) Qual a relação entre liberalismo e a Faculdade Teológica Batista? Eles são conservadores ou não?
2) Qual a diferença básica entre esta instituição e o Mackenzie?
O Mauro Meister disse no comentário deste post que devemos analisar a faculdade antes de ingressarmos nela, por isso estou perguntando a alguém que conheçe o meio melhor do que eu.
Ficarei grato se vocÊ puder me ajudar.
Deus abençoe,
Daniel Grubba
Augustus,
Responderesse foi sem dúvida um dos melhores textos de sua autoria que eu já li.
Nasci em lar evangélico pentecostal e hoje sou presbiteriano (por convicções teológicas). Desde muito cedo em minha vida, aprendi a amar a Palavra de Deus. A leitura de livros com conteúdo fortemente doutrinário é rotina minha desde a primeira década de minha vida!
Formei-me em medicina e atualmente sou especializando. Hoje estou beirando os 30, mas nada arde mais em meu coração do que falar das grandezas de Deus e testemunhar do Evangelho santo de Jesus.
Não sei que caminhos Deus reservou para mim, mas eu sinto que "meu lugar" é no púlpito. Quanto mais se passam os anos, maior é essa convicção em minha vida.
Meus planos são claros: tão logo termine o preparo acadêmico, ingressarei num seminário (sério e bíblico) para responder ao sentimento que me consome desde sempre. Não é sem medo, contudo, que me proponho a ir ao ambiente acadêmico teológico, pois conheço bem a história de tantos que se enveredaram pelos caminhos da frieza espiritual.
Este foi apenas um desabado de alguém que se identificou com suas palavras. Obrigado por elas.
Dawson CL
dawson.lima @ gmail . com
Pescador,
ResponderAcho que devemos ser as duas coisas. Na verdade, a boa teoria leva à prática, e toda prática sadia será guiada por uma teoria correta. Queremos as duas coisas.
Cristiano Silva,
Concordo com seu posicionamento. Acho que só deveria ingressar no seminário quem realmente for vocacionado para o ministério pastoral, tiver o apoio da sua igreja e denominação, ou desejar apenas estudar teologia.
Abraços.
Kátia,
Obrigado pelo testemunho. Entrar no seminário para estudos teológicos é uam decisão séria que deve ser apoiada pela Igreja, a denominação e por pessoas espirituais que nos acompanham.
Abraços a todos.
Glauber,
ResponderNão vejo problema algum seminaristas terem contato com o liberalismo teológico, desde que esse contato seja cercado de cuidados. Eles podem ser apresentados ao liberalismo por um bom professor que seja capaz de apontar e refutar as premissas básicas do liberalismo, e que seja capaz de indicar literatura de boa qualidade que contradiga o liberalismo. O que ocorre hoje é que os seminaristas são expostos ao liberalismo sem quaisquer reservas, e porque não têm condições intelectuais e conhecimento suficiente para refutá-lo, acabam ficando confusos e perdendo a confiança.
Abraços.
Daniel,
ResponderEu não conheço todos professores e a linha da Faculdade Teológica Batista. Alguns que eu conheço são firmes teologicamente, bons academicamente. Mas, meu conhecimento é parcial e portanto não tenho como lhe responder.
Há várias diferenças entre essa instituição e o curso de teologia do Mackenzie: o Mackenzie é calvinista e não visa preparar pastores.
Abraços!
Caro Augusto:
ResponderSou o Pastor Nilson Bastos da Igreja Batista Nacional da Palavra em São Luís do Maranhão, pertencente a CBN – Convenção Batista Nacional.
Comprei recentemente o livro de sua autoria “O ATEÍSMO CRISTÃO”, no qual vem este artigo da carta ao “Apóstolo Juvenal” gostei muito tanto do artigo como também da forma criativa como o mesmo foi desenvolvido com a criação de personagens, eu estava necessitando de ouvir uma posição coerente e bíblica sobre este assunto que viesse de uma pessoa que tivesse um bom calibre como é o seu caso. Eu sempre pensei assim em relação aos “apóstolos” que surgiram como que do nada e invadiram a mídia e as cidades. Bem o que me motivou a escrever este comentário é o interesse de republicar este bem como outros artigos seus no site da minha igreja que é www.ibnpalavra.com.br e para isso gostaria de sua autorização. Quero deixar claro aqui que não se trata de tietagem teológica pois eu discordo do senhor quanto ao pastorado feminino também abordado neste livro supra citado, porem fique balançado pois a força da sua argumentação não é fraca.
Sou professor de teologia do seminário teológico SETEBAN pertencente à nossa convenção CBN-MA e tenho recomendado a leitura do seu livro “O ATEÍSMO CRISTÃO” aos meus alunos.
Abraços,
Pr. Nilson Bastos
Caro Pr. Nilson,
ResponderSim, por favor, pode usar este material e qualquer outro de minha autoria que encontrar na internet.
Fico honrado com a sua confiança. Queira nosso Deus abençoar sua vida e ministério.
Um abraço!