Para mim resta pouca dúvida de que a igreja institucional e organizada está hoje no centro de acirradas discussões em praticamente todos os quartéis da cristandade, e mesmo fora dela. O surgimento de milhares de denominações evangélicas, o poderio apostólico de igrejas neopentecostais, a institucionalização e secularização das denominações históricas, a profissionalização do ministério pastoral, a busca de diplomas teológicos reconhecidos pelo estado, a variedade infindável de métodos de crescimento de igrejas, de sucesso pastoral, os escândalos ocorridos nas igrejas, a falta de crescimento das igrejas tradicionais, o fracasso das igrejas emergentes – tudo isto tem levado muitos a se desencantarem com a igreja institucional e organizada.
Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja. Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma. Todavia, existem aqueles que, além de não mais frequentarem a igreja, tomaram esta bandeira e passaram a defender abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus. Estas idéias vêm sendo veiculadas através de livros, palestras e da mídia. Viraram um movimento que cresce a cada dia. São os desigrejados.
Muitos livros recentes têm defendido a desigrejação do cristianismo (*). Em linhas gerais, os desigrejados defendem os seguintes pontos.
1) Cristo não deixou qualquer forma de igreja organizada e institucional.
2) Já nos primeiros séculos os cristãos se afastaram dos ensinos de Jesus, organizando-se como uma instituição, a Igreja, criando estruturas, inventando ofícios para substituir os carismas, elaborando hierarquias para proteger e defender a própria instituição, e de tal maneira se organizaram que acabaram deixando Deus de fora. Com a influência da filosofia grega na teologia e a oficialização do cristianismo por Constantino, a igreja corrompeu-se completamente.
3) Apesar da Reforma ter se levantado contra esta corrupção, os protestantes e evangélicos acabaram caindo nos mesmíssimos erros, ao criarem denominações organizadas, sistemas interligados de hierarquia e processos de manutenção do sistema, como a disciplina e a exclusão dos dissidentes, e ao elaborarem confissões de fé, catecismos e declarações de fé, que engessaram a mensagem de Jesus e impediram o livre pensamento teológico.
4) A igreja verdadeira não tem templos, cultos regulares aos domingos, tesouraria, hierarquia, ofícios, ofertas, dízimos, clero oficial, confissões de fé, rol de membros, propriedades, escolas, seminários.
5) De acordo com Jesus, onde estiverem dois ou três que crêem nele, ali está a igreja, pois Cristo está com eles, conforme prometeu em Mateus 18. Assim, se dois ou três amigos cristãos se encontrarem no Frans Café numa sexta a noite para falar sobre as lições espirituais do filme O Livro de Eli, por exemplo, ali é a igreja, não sendo necessário absolutamente mais nada do tipo ir à igreja no domingo ou pertencer a uma igreja organizada.
6) A igreja, como organização humana, tem falhado e caído em muitos erros, pecados e escândalos, e prestado um desserviço ao Evangelho. Precisamos sair dela para podermos encontrar a Deus.
Eu concordo com vários dos pontos defendidos pelos desigrejados. Infelizmente, eles estão certos quanto ao fato de que muitos evangélicos confundem a igreja organizada com a igreja de Cristo e têm lutado com unhas e dentes para defender sua denominação e sua igreja, mesmo quando estas não representam genuinamente os valores da Igreja de Cristo. Concordo também que a igreja de Cristo não precisa de templos construídos e nem de todo o aparato necessário para sua manutenção. Ela, na verdade, subsistiu de forma vigorosa nos quatro primeiros séculos se reunindo em casas, cavernas, vales, campos, e até cemitérios. Os templos cristãos só foram erigidos após a oficialização do Cristianismo por Constantino, no séc. IV.
Os desigrejados estão certos ao criticar os sistemas de defesa criados para perpetuar as estruturas e a hierarquia das igrejas organizadas, esquecendo-se das pessoas e dando prioridade à organização. Concordo com eles que não podemos identificar a igreja com cultos organizados, programações sem fim durante a semana, cargos e funções como superintendente de Escola Dominical, organizações internas como uniões de moços, adolescentes, senhoras e homens, e métodos como células, encontros de casais e de jovens, e por ai vai. E também estou de acordo com a constatação de que a igreja institucional tem cometido muitos erros no decorrer de sua longa história.
Dito isto, pergunto se ainda assim está correto abandonarmos a igreja institucional e seguirmos um cristianismo em vôo solo. Pergunto ainda se os desigrejados não estão jogando fora o bebê junto com a água suja da banheira. Ao final, parece que a revolta deles não é somente contra a institucionalização da igreja, mas contra qualquer coisa que imponha limites ou restrições à sua maneira de pensar e de agir. Fico com a impressão que eles querem se livrar da igreja para poderem ser cristãos do jeito que entendem, acreditarem no que quiserem – sendo livres pensadores sem conclusões ou convicções definidas – fazerem o que quiserem, para poderem experimentar de tudo na vida sem receio de penalizações e correções. Esse tipo de atitude anti-instituição, antidisciplina, anti-regras, anti-autoridade, antilimites de todo tipo se encaixa perfeitamente na mentalidade secular e revolucionária de nosso tempo, que entra nas igrejas travestida de cristianismo.
É verdade que Jesus não deixou uma igreja institucionalizada aqui neste mundo. Todavia, ele disse algumas coisas sobre a igreja que levaram seus discípulos a se organizarem em comunidades ainda no período apostólico e muito antes de Constantino.
1) Jesus disse aos discípulos que sua igreja seria edificada sobre a declaração de Pedro, que ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.15-19). A igreja foi fundada sobre esta pedra, que é a verdade sobre a pessoa de Jesus (cf. 1Pd 2.4-8). O que se desviar desta verdade – a divindade e exclusividade da pessoa de Cristo – não é igreja cristã. Não admira que os apóstolos estivessem prontos a rejeitar os livre-pensadores de sua época, que queriam dar uma outra interpretação à pessoa e obra de Cristo diferente daquela que eles receberam do próprio Cristo. As igrejas foram instruídas pelos apóstolos a rejeitar os livre-pensadores como os gnósticos e judaizantes, e libertinos desobedientes, como os seguidores de Balaão e os nicolaítas (cf. 2Jo 10; Rm 16.17; 1Co 5.11; 2Ts 3.6; 3.14; Tt 3.10; Jd 4; Ap 2.14; 2.6,15). Fica praticamente impossível nos mantermos sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos, confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados.
2) A declaração de Jesus acima, que a sua igreja se ergue sobre a confissão acerca de sua Pessoa, nos mostra a ligação estreita, orgânica e indissolúvel entre ele e sua igreja. Em outro lugar, ele ilustrou esta relação com a figura da videira e seus galhos (João 15). Esta união foi muito bem compreendida pelos seus discípulos, que a compararam à relação entre a cabeça e o corpo (Ef 1.22-23), a relação marido e mulher (Ef 5.22-33) e entre o edifício e a pedra sobre o qual ele se assenta (1Pd 2.4-8). Os desigrejados querem Cristo, mas não querem sua igreja. Querem o noivo, mas rejeitam sua noiva. Mas, aquilo que Deus ajuntou, não o separe o homem. Não podemos ter um sem o outro.
3) Jesus instituiu também o que chamamos de processo disciplinar, quando ensinou aos seus discípulos de que maneira deveriam proceder no caso de um irmão que caiu em pecado (Mt 18.15-20). Após repetidas advertências em particular, o irmão faltoso, porém endurecido, deveria ser excluído da “igreja” – pois é, Jesus usou o termo – e não deveria mais ser tratado como parte dela (Mt 18.17). Os apóstolos entenderam isto muito bem, pois encontramos em suas cartas dezenas de advertências às igrejas que eles organizaram para que se afastassem e excluíssem os que não quisessem se arrepender dos seus pecados e que não andassem de acordo com a verdade apostólica. Um bom exemplo disto é a exclusão do “irmão” imoral da igreja de Corinto (1Co 5). Não entendo como isto pode ser feito numa fraternidade informal e livre que se reúne para bebericar café nas sextas à noite e discutir assuntos culturais, onde não existe a consciência de pertencemos a um corpo que se guia conforme as regras estabelecidas por Cristo.
4) Jesus determinou que seus seguidores fizessem discípulos em todo o mundo, e que os batizassem e ensinassem a eles tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20). Os discípulos entenderam isto muito bem. Eles organizaram os convertidos em igrejas, os quais eram batizados e instruídos no ensino apostólico. Eles estabeleceram líderes espirituais sobre estas igrejas, que eram responsáveis por instruir os convertidos, advertir os faltosos e cuidar dos necessitados (At 6.1-6; At 14.23). Definiram claramente o perfil destes líderes e suas funções, que iam desde o governo espiritual das comunidades até a oração pelos enfermos (1Tm 31-13; Tt 1.5-9; Tg 5.14).
5) Não demorou também para que os cristãos apostólicos elaborassem as primeiras declarações ou confissões de fé que encontramos (cf. Rm 10.9; 1Jo 4.15; At 8.36-37; Fp 2.5-11; etc.), que serviam de base para a catequese e instrução dos novos convertidos, e para examinarem e rejeitarem os falsos mestres. Veja, por exemplo, João usando uma destas declarações para repelir livre-pensadores gnósticos das igrejas da Ásia (2Jo 7-10; 1Jo 4.1-3). Ainda no período apostólico já encontramos sinais de que as igrejas haviam se organizado e estruturado, tendo presbíteros, diáconos, mestres e guias, uma ordem de viúvas e ainda presbitérios (1Tm 3.1; 5.17,19; Tt 1.5; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12; 1Tm 5.9; 1Tm 4.14). O exemplo mais antigo que temos desta organização é a reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém para tratar de um caso de doutrina – a inclusão dos gentios na igreja e as condições para que houvesse comunhão com os judeus convertidos (At 15.1-6). A decisão deste que ficou conhecido como o “concílio de Jerusalém” foi levada para ser obedecida nas demais igrejas (At 16.4), mostrando que havia desde cedo uma rede hierárquica entre as igrejas apostólicas, poucos anos depois de Pentecostes e muitos anos antes de Constantino.
6) Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer o pão e beber o vinho em memória dele (Lc 22.14-20). Os apóstolos seguiram a ordem, e reuniam-se regularmente para celebrar a Ceia (At 2.42; 20.7; 1Co 10.16). Todavia, dada à natureza da Ceia, cedo introduziram normas para a participação nela, como fica evidente no caso da igreja de Corinto (1Co 11.23-34). Não sei direito como os desigrejados celebram a Ceia, mas deve ser difícil fazer isto sem que estejamos na companhia de irmãos que partilham da mesma fé e que crêem a mesma coisa sobre o Senhor.
É curioso que a passagem predileta dos desigrejados – “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mt 18.20) – foi proferida por Jesus no contexto da igreja organizada. Estes dois ou três que ele menciona são os dois ou três que vão tentar ganhar o irmão faltoso e reconduzi-lo à comunhão da igreja (Mt 18.16). Ou seja, são os dois ou três que estão agindo para preservar a pureza da igreja como corpo, e não dois ou três que se separam dos demais e resolvem fazer sua própria igrejinha informal ou seguir carreira solo como cristãos.
O meu ponto é este: que muito antes do período pós-apostólico, da intrusão da filosofia grega na teologia da Igreja e do decreto de Constantino – os três marcos que segundo os desigrejados são responsáveis pela corrupção da igreja institucional – a igreja de Cristo já estava organizada, com seus ofícios, hierarquia, sistema disciplinar, funcionamento regular, credos e confissões. A ponto de Paulo se referir a ela como “coluna e baluarte da verdade” (1Tm 3.15) e o autor de Hebreus repreender os que deixavam de se congregar com os demais cristãos (Hb 10.25). O livro de Atos faz diversas menções das “igrejas”, referindo-se a elas como corpos definidos e organizados nas cidades (cf. At 15.41; 16.5; veja também Rm 16.4,16; 1Co 7.17; 11.16; 14.33; 16.1; etc. – a relação é muito grande).
No final, fico com a impressão que os desigrejados, na verdade, não são contra a igreja organizada meramente porque desejam uma forma mais pura de Cristianismo, mais próxima da forma original – pois esta forma original já nasceu organizada e estruturada, nos Evangelhos e no restante do Novo Testamento. Acho que eles querem mesmo é liberdade para serem cristãos do jeito deles, acreditar no que quiserem e viver do jeito que acham correto, sem ter que prestar contas a ninguém. Pertencer a uma igreja organizada, especialmente àquelas que historicamente são confessionais e que têm autoridades constituídas, conselhos e concílios, significa submeter nossas idéias e nossa maneira de viver ao crivo do Evangelho, conforme entendido pelo Cristianismo histórico. Para muitos, isto é pedir demais.
Eu não tenho ilusões quanto ao estado atual da igreja. Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu for membro dela. A teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção, falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo, precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares.
Cristianismo sem igreja é uma outra religião, a religião individualista dos livre-pensadores, eternamente em dúvida, incapazes de levar cativos seus pensamentos à obediência de Cristo.
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NOTA:
(*) Podemos mencionar entre eles: George Barna, Revolution (Revolução), 2005; William P. Young, The Shack: a novel (A Cabana: uma novela), 2007; Brian Sanders, Life After Church (Vida após a igreja), 2007; Jim Palmer, Divine Nobodies: shedding religion to find God (Joões-ninguém divinos: deixando a religião para encontrar a Deus), 2006; Martin Zener, How to Quit Church without Quitting God (Como deixar a Igreja sem deixar a Deus), 2002; Julia Duin, Quitting Church: why the faithful are fleeing and what to do about it (Deixando a Igreja: por que os fiéis estão saindo e o que fazer a respeito disto), 2008; Frank Viola, Pagan Christianity? Exploring the roots of our church practices (Cristianismo pagão? Explorando as raízes das nossas práticas na Igreja), 2007; Paulo Brabo, Bacia das Almas: Confissões de um ex-dependente de igreja (2009).
segunda-feira, abril 05, 2010
Os Desigrejados
Postado por Augustus Nicodemus Lopes.
Sobre os autores:
Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.
O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.
O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.
143 comentários
comentáriosRev. Augustus,
ResponderAmo minha igreja(instituição), mesmo imperfeita. Fico meio desconfiada quando escuto pregadores dizendo que isso não é importante (a insituição), sei que não, mas veja bem: se ela está meio complicada com governo, imagine sem. E aqui prá nós: os desigrejados querem é formar a "igreja"deles.
Tânia Cassiano
Simplesmente verdadeiro e completo!
ResponderAbraços!
Dr. Augustus, graça e paz.
ResponderConcordo que, em alguns casos (provavelmente na maioria), existe sim nos desigrejados um desejo de ser "crente" do jeito que quer, sem ter que se submeter à autoridade do Evangelho e dos irmãos em cristo.
Por outro lado, acho que muitas das vezes a culpa de tal desigrejação é nossa, ou seja, das igrejas locais em si, que talvez não saibam lidar com amor com pessoas que demonstram esta relutância, por vezes até excluindo-as e ajudando-as em sua desigrejação através das nossas atitudes.
Acho que um artigo follow-up partindo desta perspectiva, e explorando possibilidades de como podemos agir para minimizar o encorajamento da desigrejação nas nossas igrejas locais, seria de grande valia.
Abraços,
- David
Caro Dr.Augustus
ResponderAgradeço por nos trazer o conhecimento desta questão de uma forma tão organizada.
Confesso que o termo é novo ao meus ouvidos. Independente disto, tenho lidado com alguns "agora posso definir como desigrejados". Entendo que nestes casos,eles não são teóricos, mas sim praticantes. Com todos, confesso que cheguei a mesma conclusão do seu texto, por trás das ideias aparentemente "puras", está o Éden que não quer se dobrar a autoridade, obdiência ....
Pastor Augustus, graça e paz.
ResponderConcordo com sua palavras,mas minha realidade é outra.Meu pai e ministo de uma igreja pentecostal e eu nasci nesse contexto.Como tenho talento pra cantar e falar em público sempre fui a "atração" da igreja,o filho prodígio do pastor.
O problema é que como gosto de ler,sempre fui de refletir sobre minha fé,e bem cedo descobri que eu sempre fui um artista num picadeiro.
Alguns anos atrás um amigo me recomendou os livros de Lloyd-jones e eu simplesmente entrei em crise com minha igreja Neo-pentecostal.estou lendo tudo que posso sobre teologia reformada,mas não consigo mais congregar em minha igreja!Já fui em uma igreja presbiteriana,mas fiquei com a impressão de que a teologia viva e pulsante que vcs ensinam não chegou as cultos e nem a vida dos irmãos(perdoe minhas palavras se as achar ofensivas).
Resumindo,virei um sem igreja, e acho que por um longo tempo.
se o Senhor puder me responder mais especificamente meu e-mail é:fabiostott@hotmail.com
obrigado .
Fala ae galera,
ResponderPow! Vc estava inspirado para escrever. Bom o texto, mas quero continuar o discurso - apenas para tentar extrair mais coisas.
Ontem nos reunimos com um grupo para tentar nos organizar como... deixa-me ver... Igreja.
Muito provavelmente não teremos outra saída senão institucionalizarmos.
Mas a questão não está ai - ser ou não ser uma igreja/instituição. Afinal essa tem sido a história/saga da Igreja invisível. Ela está dentro ou fora da instituição moderna e é Igreja independente de qq coisa. Prefiro a idéia de que existem apenas duas igrejas (assembléias), a de Cristo e a de satanás. A Noiva e a prostituta. Filhos ou criaturas... Ou seja, não importa se desigrejados, institucionalizados, emplacados, cheios de boas intenções.
Vou mais além.
Qto a mim, minha proposta nunca foi a de montar igreja. Na verdade acho que o erro esta ai. Todos os que querem, de alguma forma, fazer alguma igreja diferente, cai na mesma de sempre - um sistema. Eis a questão: o sistema em que estão condicionadas as igrejas organizadas ou desorganizadas. Em minha opinião, condicionadas em um sistema daqui debaixo, não do céu.
Para explicar melhor.
Jesus veio estabelecer o reino de sua glória - o reino do céu aqui na terra foi inaugurado por Jesus Cristo.
A igreja não tem o reino, mais o reino é que tem a igreja - incumbida em expandi-lo para que o caos do mundo seja arrancado, para que seus filhos e todo o cosmos seja redimido.
Enquanto a Igreja viver o modelo de sistema gentil / humano / corrompido / diabólico / daqui da terra; será sempre uma igreja ruim, independente do modelo que ela está ou tenta ser. Só trocará de rótulo.
O que temos que entender é que somos uma nação. A nação do reino celestial. Onde os valores nada tem a ver com os valores dos descendentes de Adão. Ou todos morremos em Adão, ou vivemos em Cristo. O primeiro Adão é daqui, o segundo é do céu.
Não adianta nada trocarmos de modelo se os valores desse reino não forem praticados. Podemos ver alguns exemplos desses valores no chamado Sermão da Montanha.
Minha vontade/proposta.
É ver de fato, independente do modelo, uma nação celestial aqui na terra. Onde as todos e o mundo poderão, com mais clareza, dizer: "essas pessoas nada ter a ver com o que nós somos ou fazermos. Eles agem de maneira diferente. Eles realmente não são daqui."
Repito, a igreja não tem o reino, mas o reino é que tem a Igreja.
Neste sentido, deveríamos então nos reunir como um grupo para tentar nos organizar como... deixa-me ver... Igreja? Não! Pois quem é, é e pronto. Mas como uma nação do céu morando aqui embaixo - por enquanto - em que o governo está nas mãos do Pai.
Minha luta não é em me tornar um desigrejado, apesar de me enquadrar até certo ponto.
Minha luta pessoal é a de me desintoxicar desse sistema maligno daqui de baixo, o qual, infelizmente, a igreja tb já foi engolida.
vlw brows,
Paulo David Muzel Jr - Tropical
é uma reflexão bem interessante, confesso que sou um pouco desigrejado, mas Deus tem me levado a cada vez mais estar dentro da igreja. O que realmente não pode acontecer é elevar demais a insituição esquecendo-se do verdadeiro evangelho.
ResponderVerdadeiramente, tinhamos necessidade de ler a respeito disso em um espaço como este. Que Deus nos faça diferenciar as coisas.
ResponderNão concordo com muitas das suas colocações. Não acho que as pessoas que estão reunindo-se em casas possam ser chamadas de desigrejados... Vejo a igreja como um corpo, formado de muitas partes e não é porque estou fora de uma instituição que estou fora da igreja!
ResponderAs pessoas devem ser levadas a depender exclusivamente de Deus e, pelo que o Sr. mesmo coloca ela depende da instituição para lhe aplicar penalidades, caso esteja em desacordo com a Palavra de Deus. Quem teme a Deus, segue a Sua Palavra não necessita de uma instituição para discipulá-la e sim de irmãos em Cristo para amá-la. A Palavra de Deus diz que seríamos conhecidos pelo amor... Por que estamos sendo conhecidos hoje? Acho que passamos por um momento de mudança. Não acredito que todas as instituições devem sumir, mas que precisam e devem mudar. As instituições estão vivendo a VERDADE, ao crivo do Evangelho? Então me responda: o que é necessário para que uma pessoa seja batizada, à luz das escrituras? Quem são os ungidos de Deus? As pessoas podem ser expulsas da "igreja" por faltarem aos "cultos" (segundo a Palavra de Deus)? Tenho obrigação de dizimar? Se não der o dízimo vou ter somente derrotas na minha vida? A salvação depende do dízimo?
Ainda faço parte de uma instituição, mas muitas coisas têm me incomodado... Deus relamente deixou líderes? Ou instiuiu pastores, como função, e não título, para cuidar das suas ovelhas? Temos que obedecer a Deus e não a homens que manipulam e dizem ser os receptores das bênçãos que chegam até nós.
Não quero uma fraternidade informal, mas viver o verdadeiro amor de Cristo, a verdadeira comunhão, sem falsidades, sem meias verdades...
A vida deve ser um culto diário, preciso sim me reunir com os irmãos, mas devo estar adorando ao Senhor em todos os meus atos, todos os diase, isso faz diferença na vida das pessoas. Quando sei que a "igreja" (construção) não é um lugar santo e preciso ser santo somente ali, aos domingos.
Não acredito que este modo de andar com Cristo, sem instituição, seja uma outra religião individualista, pelo contrário, o objetivo é ter uma comunidade que se conheça, que se ajude, que se ame! Que sejamos conhecidos pelo amor de Deus em nós, por Deus e pelo próximo.
Me perdoe se falei algo que possa ferí-lo, não é minha intenção. Gostaria de discutir, aprender, mas também ser ouvida. Fique com a Paz do Nosso Senhor Jesus.
Ao Pr. Augustus,
ResponderComo mencionou o Pr. Paulo, a organização na apresentação desta questão é motivo de glorificação ao Senhor por capacitá-lo para tanto.
Atrás das idéias de Paulo Brabo, citado na bibliografia ao final do seu post, cheguei a cogitar a possibilidade dessa vida de desigrejado, constatando, ao final, que o que eu queria era a expansão do meu ego, adotando das Escrituras apenas o que me interessava.
Dois vídeos indicados por Fabiano Caldas, de pastores calvinistas, me trouxeram de volta à sã doutrina - expressão tão combatida pelos desigrejados e por outros segmentos.
E a natureza de cada um que escreve em prol de uma vida alheia à igreja é essa mesma, pessoas que não admitem abrir mão de seu ego em favor da soberania do Senhor em sua vida.
Que o Senhor continue sustentando-o em seu ministério.
Em Cristo.
Abraços.
Ao Fabio,
Responderque o Senhor nos abençoe, irmão!
Estou começando a visitar uma igreja presbiteriana, depois de também passar por uma crise na fé de certa forma semelhante à que você tem experimentado.
A teologia reformada sanou dúvidas que eu tinha, mostrou-se pujante o suficiente para enfrentar os embates que contra a Igreja tem se levantado.
A incidência total desta teologia na vida diária da igreja que a adota não é algo que eu espero encontrar. Isso seria antecipar uma decepção, visto que, como dito pelo Pr. Augustus, a igreja "é imperfeita e continuará assim enquanto eu[nós] for[formos] membro[membros] dela". Mas é a possibilidade dessa incidência que me moveu para essa denominação, o que se afigura muito mais difícil em qualquer outro lugar.
Assim, companheiro, insista, visite outra igreja local da mesma linha, e o Senhor há de conduzir os seus passos para que você não fique por aí "dando sopa" para investidas do inimigo de nossas almas.
Um forte abraço,
em oração por nossas vidas.
Parabéns pelo texto.
ResponderEntendo semelhantemente que o tal movimento de abandono das igrejas institucionais tem muito de busca pela "zona de conforto". É cômodo criar sua própria concepção de vida cristã, adaptando o Evangelho à sua vida e não o contrário.
Mas também identifico uma depuração insipiente nas igrejas cristãs. Quem sabe não seja este o momento de identificar e extirpar os desvios que fizeram as igrejas incorrerem em erros semelhantes à cristandade organizada pré-Reforma?
Algo de bom deve surgir disso tudo. Quanto aos comodistas militantes, estes sempre arranjariam um jeito de criar sua própria religião. Não podemos deixar de identificar algo de legítimo nisso tudo.
Concordo que algumas denominações põe um fardo pesado nas costas dos fiéis. São programações intermináveis, um sem número de encontros, ensaios, simpósios... Coisas que deixam de frutificar pela rotina, tornando-se simplesmente "obrigações" institucionais...
Aprender com os erros e voltar ao bom e suficiente Evangelho como orientador institucional; ao evangelismo militante, à edificação espiritual e à busca constante da santificação em Cristo.
Repito: pode haver algo de bom nisso tudo.
Abraços.
Boa tarde, pastor!
ResponderMuito bom e oportuno o seu texto!
Sou uma leitora recente do blog tempora-mores e nova convertida; gostaria de sugerir um tema para ser abordado no blog: espiritismo; acho conveniente porque, com a chegada às telas de cinema e à midia do filme sobre Chico Xavier, seremos bombardeados pelos cristãos que acham que Cristianismo e Espiritismo podem perfeitamente andar juntos. Sinto que precisamos estar fortes e seguros pra lutar contra todos os argumentos dos defensores dessa doutrina.
Deixo aqui meu e-mail pra contato: licianeab@ig.com.br
Obrigada!
Paz!
Liciane
Ir. Nicodemos,
ResponderNão podemso classificar cristianismo sem "igreja (instituição organizada)" como uma religião individualista, isso é temerário e preconceituoso.
O objetivo dos "desigrejados" não ser um tipo de cristão que faz o que quer (um verdadeiro cristão tem que primeiramente prestar contas a Deus, sempre), e tem uma necessidade por uma vida em comunidade e relacional. Isso não significa que algo não possa ser organizado, mas também não implica em institucionalização e engessamento da prática cristã, não é crivel que possamos afirmar que a igreja já nasceu institucuionalizada.
Além do que a Igreja sempre é perfeita, o que é imperfeita é a instituição humana, cheia de regras, liturgias e praxis desnecessárias.
Mais, não pertencer a uma "igreja instituição" não é o mesmo que deixar de fazer parte da Igreja de Cristo, que é um corpo místico de pessoas que professam a mesma fé no único e verdadeiro Deus, da forma como é colocado, parece que pertencer a "igreja" é garantia de salvação.
A Igreja nasceu em Atos sem qualquer preocupação institucional, de liturgia, de templos (denominações), sarcedotes e credos.
Não milito pelo fim da instituição, mas é impossível defender uma organização que se sobreponha ao organismo.
Qual é a verdadeira igreja? O que me torna um cristão? Cristianismo é religião? Como ficam os cristãos de países, geralmente islâmicos, onde o Estado não permite a organização institucional de igrejas (além da perseguição que sofrem em virtude do evangelho)?
Ir. Anderson
Rev. Augustus,
ResponderSe recorrermos à Palavra somente, veremos que existe uma tendência explícita dos cristãos se organizarem ao redor de algum sistema, como o sr. bem mostrou no post.
As explicações, que às vezes justificam mas às vezes não, serão variadas. Creio que existam pessoas sinceras "desigrejadas" porque realmente sua realidade eclesiástica é ruim e, no confronto com a Palavra de Deus, há mais desigualdade do que semelhanças com a boa doutrina.
Mas há aqueles que só precisam de uma desculpa para se livrarem da disciplina e das responsabilidades que se tem quando existe compromisso com a instituição.
O que tenho visto é que pessoas sinceras se iludem com a imagem que criam da igreja ideal e esquecem que cabe ao cristão verdadeiro lutar pela unidade da fé, seja institucionalmente ou não. Aqueles que saem de uma instituição para realizarem cultos em casa ou em outro lugar, se levarem a Palavra de Deus realmente a sério, fatalmente deverão evitar as heresias, realizar os sacramentos e conduzir os membros a sã doutrina. E não é exatamente isso que faz a igreja institucionalizada?!
Abraços!
Anderson,
ResponderObrigado por seu comentário. Acho que algumas coisas que você afirma são as mesmas com que concordo, por favor releia meu post com cuidado.
Eu só faria estas observações ao seu comentário:
1) Quando eu falo que a igreja nasceu estruturada, eu não me refiro a templos, organistas, liturgia fixa, ou coisa do gênero. É claro que estas coisas foram acrescentadas ao longo do tempo. O que eu mostrei no NT com muitas passagens - que eu espero que o irmão tenha consultado - é que a igreja cristã tinha liderança, confissões, hierarquia, ofícios, e dois sacramentos ou ordenanças (ceia e batismo) além do exercício da disciplina. Estas coisas confirguram uma organização, ou um organismo estruturado. Ou seja, não era uma fraternidade informal que se encontrava para bater papo sobre coisas espirituais. Não tem nada errado em fazer isto, mas é preciso que fique claro que isto não é igreja.
2) Não creio que fora da igreja não exista salvação, mas creio que todo salvo vai querer ser parte da igreja, ser batizado, tomar a ceia, ouvir a Palavra, ter comunhão com os irmãos, ser corrigido e admoestado quando errar. Não estou dizendo que isto só acontece nas igrejas denominacionais. Mas também estou dizendo que isto não acontece no cristianismo solo ou de ajuntamentos fortuitos.
3) Pergunte aos irmãos dos países islâmicos se eles não suspiram e oram pelo privilégio de organizar suas igrejas, de se ajuntarem regularmente para fazer o que Jesus mandou. Eles só não fazem isto porque não podem, mas na hora que for permitido, é a primeira coisa que vão fazer.
4) Concordo que existem regras, liturgias e praxis na igreja que são humanas e desnecessárias, mas isto não quer dizer que não existam regras, liturgias e praxis que foram determinadas por Deus para a Igreja. Pensar que a Igreja de Cristo não tem regras nem normas é anarquia eclesiástica, e sei que não é isto que o irmão defende.
Grande abraço!
Re. Nicodemus, excelente texto. Como sempre, muito oportuno e necessário nos nossos dias.
ResponderGostaria, apenas, de questionar alguns que afirmam que Jesus não instituiu igreja nenhuma. Eu mesmo já ouvi e li várias vezes isso.
Pareceria muito estranho que Jesus não tenha instituído uma igreja e apenas seus discípulos a tenham feito, sendo que para isso que ele veio. Creio que não se pode separar a igreja local da igreja de Cristo no geral aqui nesse mundo. Isso, ao meu ver, não tem base. Até porque ela é feita de pessoas que estão na igreja militante e local. A única diferença são aqueles que estão já com Cristo. Paulo chamou a igreja local de corpo e que os crentes eram membros desse corpo. Paulo ainda ensinou como se conduzisse na igreja de Deus (1Tm 3.5;15). Portanto, não existe base, ao meu ver, para essa dicotomia.
Depois, existem evidências para uma instituição da igreja por Cristo. Primeiro, os apóstolos usaram a palavra "ekklesia / reunião, chamados para reunir-se". Segundo: Jesus, quando falou na disciplina, disse que se o irmão infrator não se arrependesse, dissesse à igreja (Mt 18). Ficaria difícil dizer a um grupo indefinido. Com certeza, isso é um ensino de instituição. Jesus também ensino no Sermão da Montanha para deixar a oferta e reconciliar-se com o seu irmão. Claro que é num contexto de templo, mas Jesus deixou claro a unidade antes da liturgia numa reunião.
Depois, se o que Jesus mandou escrever às 7 igrejas da Ásia (Ap 1-3) não for para igrejas institucionais, fica difícil o entendimento de qualquer passagem da Bíblia.
A última observação do texto de Mt 18.20 é que Jesus falou de reunião no contexto de igreja "ekklesia".
Portanto, eu creio que Jesus instituiu a sua igreja. O que passar disso, fica por conta dos desigrejados.
Por um equívoco, acabei enviando meu comentário sobre este texto para outro post. Sorry...rs.
ResponderAqui vai:
A síntese do que penso. A igreja pensada numa perspectiva universal. Isto é, sem exclusivismos paroquiais.
Obs.: li e indiquei seu livro "O que estão fazendo com a igreja". Todavia, fiz as devidas ressalvas no que respeita ao embate calvinistas x arminianos (sim, sou pentecostal).
A paz do Senhor Jesus, Rev. Augustus!
Comentando as palavras de Adriana Helena, se me permite a ousadia:
Responder“As pessoas devem ser levadas a depender exclusivamente de Deus e, pelo que o Sr. mesmo coloca ela depende da instituição para lhe aplicar penalidades, caso esteja em desacordo com a Palavra de Deus”. – é minimalista demais, sobretudo atribuindo a frase ao Pr. Augustus, dizer que as pessoas dependem da instituição Igreja para lhe aplicar penalidades; sim, fazer isso em alguns casos é necessário, basta nos lembrarmos do caso de Ananias e Safira; ambos estariam por aí vendendo seus bens, reservando uma parte para si e dando o restante à Igreja, ou seja, servindo a Deus da forma que achassem mais adequado, e estaria tudo certo.
“Quem teme a Deus, segue a Sua Palavra não necessita de uma instituição para discipulá-la e sim de irmãos em Cristo para amá-la.” – onde encontrar irmãos em Cristo, senão entre aqueles que se reúnem, com seus defeitos e necessidades, para louvar e adorar a Deus, e aprender a como seguir a Sua Palavra adequadamente.
“Temos que obedecer a Deus e não a homens que manipulam e dizem ser os receptores das bênçãos que chegam até nós.” – realmente há líderes que nos fazem achar que são tais receptores, enterrando tudo o que os irmãos da Reforma fizeram em relação ao que era praticado no Catolicismo; mas, como dito, há uma sã doutrina a ser encontrada, e essa não o será se nos isolarmos.
“A vida deve ser um culto diário [ok], preciso sim me reunir com os irmãos [ok], mas devo estar adorando ao Senhor em todos os meus atos, todos os dias, isso faz diferença na vida das pessoas [ok]. Quando sei que a "igreja" (construção) não é um lugar santo e preciso ser santo somente ali, aos domingos [opa].” – sim, há quem diga isso, mas somente aprenderemos o correto em comunhão com aqueles que vivem de acordo com as Escrituras; isolados, vamos alcançar um outro entendimento, inclusive acerca da forma adequada de realizar um culto diário, de quais dos meus atos louvam o Senhor; o domingo, talvez como um coroação do culto de todos os dias.
“Não acredito que este modo de andar com Cristo, sem instituição, seja uma outra religião individualista, pelo contrário, o objetivo é ter uma comunidade que se conheça, que se ajude, que se ame! Que sejamos conhecidos pelo amor de Deus em nós, por Deus e pelo próximo.” – voltamos à comunidade; mas, sim, infelizmente, se torna uma religião individualista porque cada um isoladamente constrói seu próprio modo de ser cristão, com as miríades de nuances que a mente humana é capaz de produzir, e, se cada um desses consegue convencer outros isolados teremos as igrejas, por exemplo, de Paulo Brabo, de Ricardo Gondim e dos autores por ele indicados, de Ed René Kivitz, de João, de Maria e por aí vai; e nos perdemos pelos labirintos da crença, mesmo em comunidades, em ventos de doutrinas.
Ousei comentar seu texto, Adriana, porque há quatro anos eu estava me desviando do Senhor em decorrência de entendimentos como os das pessoas acima citadas. O Senhor teve misericórdia de mim e me trouxe de volta, sim, para a instituição sob a sã doutrina, e o louvo por isso, e o texto do Pr. Augustus, que comentamos, expressa o que eu queria ter lido há quatro anos atrás.
Agora sou eu que digo, não tome minhas palavras por uma reação ácida aos seus comentários, pois não são, mas como o compartilhamento de um sentimento que gostaria fosse alcançado por todos que, como eu há pouco tempo, estava decepcionado com a igreja.
Em Cristo. Abraços.
Shalom!
ResponderCreio que dentro desse grupo chamado de “desigrejados” haja pessoas que são insubmissas e que desejam usufruir de uma liberdade não prestando conta de seus viver a ninguém, idéia contrária ao projeto de igreja formulada por Cristo e os apóstolos, mas creio que haja uma parcela neste mesmo grupo que a questão não é esta, a questão é sua desilusão com a igreja, talvez por alguma experiência eclesiástica amarga que vivenciaram ou testemunharam. Sobre o primeiro grupo não perderei meu tempo, talvez caibam as palavras de João aos tais: “... saíram do nosso meio, mas não eram dos nossos; pois, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco. Mas, [saíram] para que se mostrasse que nem todos são dos nossos”. [I Jo 2:19]. Com respeito ao segundo penso que são pessoas sinceras, mas que são fracas na fé. Possuem uma visão idealista e utópica de igreja. Constroem esta imagem não a partir de uma leitura do NT, mas de um idealismo oriundo dos seus próprios corações. Estes precisam serem amparados e conduzidos a uma maturidade mediante o ensino da Palavra que possam libertar desta ilusão. Basta a uma leitura superficial a partir de Atos até Apocalipse para constatarem que a igreja ainda possui máculas e rugas, que se sinceramente buscam uma igreja sem a presença do pecado não poderia fazer parte de nenhuma das igrejas do NT.
Não digo isto como conformismo, mas como uma realidade a qual é bom que se compreenda e se viva o projeto de igreja apesar desta realidade pecaminosa. Aliás, creio que é isto mesmo que para mim é mais maravilhoso na igreja de Cristo, amada por Ele e por todos os que O ama [Ef 5:25]. É nesta realidade que sou chamado a vivenciar minha fé. Sendo a igreja imperfeita vou me deparar com as imperfeições dela e é nesta situação que vou expressar a fé que julgo possuir: amando, perdoando, compreendendo, servindo, orando como também sendo amado, perdoado, compreendido, servido e certamente sendo objeto de intercessão pelos irmãos. A igreja é para mim um laboratório onde pratico o que creio. Deus nos dar os recursos suficientes para vivermos a experiência em sua igreja. Assim é preciso levar a maturidade àqueles que têm uma visão utópica da igreja de Cristo para que saibam que ela é imperfeita e esta imperfeição é o campo ideal para a vivência de nossa fé.
Creio que as palavras de John Stott expressam de uma forma apropriada a tensão em que a igreja vive entre o ideal e a realidade:
“... O ideal é uma beleza: A igreja é o povo escolhido e amado de Deus, seu tesouro particular, a comunidade da aliança com a qual ele se comprometeu para sempre, sempre empenhada pelo mundo que a cerca, um refúgio de amor e paz e um povo peregrino cujo alvo é a cidade eterna. Na realidade, porém, nós, que dizemos ser a igreja, geralmente não passamos de um monte de miseráveis meio deseducados e meio salvos, sem a mínima inspiração nos nossos cultos e que vivemos “cutucando” uns aos outros, mas preocupados com a nossa própria manutenção do que a com a missão recebida, lutando e tropeçando ao longo da estrada, sempre carente de repreensão e da exortação que se encontram à nossa disposição... [Ouça o Espírito, Ouça o Mundo – ABU 1998 – p. 243-244]
Essa tensão deve ser compreendida para quem deseja viver a experiência de igreja e não cair em desilusões.
Pr. Luiz Correia
[Prega a Palavra]
Caro Rev. Nicodemus,
ResponderPenso que posso, de alguma forma, contribuir com o seu artigo. Concordo com as suas considerações de forma geral. Sempre defendi a necessidade da igreja institucionalizada para a manutenção da comunhão (não que seja impossível sem ela). Essa igreja, de qualquer maneira, tende a aproximar as pessoas do Evangelho, quando não está seminalmente corrompida - no caso específico das "organizações" neopentecostais (para não dar-lhes outro adjetivo).
Dito isto, fornecido o preâmbulo necessário, mister dizer que o Senhor se esqueceu de outra espécie de "desigrejado": aquele que faz parte de uma igreja histórica (batista ou presbiteriana) e que se vê, de repente, às voltas com práticas estranhas dentro da sua igreja, como profetadas, unções, cai-cai, dualismo, etc, etc. Uma igreja que é assaltada pelo liberalismo, contaminada pelo pós-modernismo e abandona peremptoriamente a ortodoxia. Qual a resposta para esta espécie de desigrejado, caro Reverendo Nicodemus? Tem o tal o direito de se sentir impotente e ressentido com essa "igreja"? Deve buscar outra "organização" que "ainda" não esteja contaminada?
E há ainda outro problema: o sujeito que luta contra os tais ventos de doutrina, que combate as fábulas, a 'coceira nos ouvidos' e passa a ser 'persona non grata' no meio. Ele nem pode se manter lá, pois passa a ser de certa forma um 'apátrida', tampouco sente-se confortável para buscar um novo 'lar'. É como o presidiário, preso por tanto tempo, que não mais sabe conviver com a liberdade. Ou como o velho, o sessentão que perde o emprego de toda a vida e é demitido: não tem mais ânimo para buscar novo emprego... principalmente sabendo que correrá o risco de ser rejeitado.
Reverendo, qual o seu conselho para um caso como esse?
Em Cristo,
Ricardo
Axo interessante desmerecerem a passagem de Mateus a respeito dos 2 ou 3 reunidos.
ResponderMas esta passagem é corroborada com a da samaritana. No contexto quando a conversa de Jesus com ela chegou no ponto acerca de locais de adoraçao, Ela questionou o mestre onde se deveria cultuar a Deus, se no monte ou em Jerusalem, e axo q nao preciso repetir aqui a resposta de Jesus, quem quiser conferir esta em Joao cap 4.
Agora vamos as complicaçoes:
1- Disciplina eclesiastica:
Hj em dia a disciplina eclesiastica morre em face a pluralidade denominacional. Na igreja primitiva ou na idade media o sujeito ficava em disciplina nao tinha "pra onde ir". Esses dias conversando com um amigo ele estava em vias de ser colocado em disciplina ele falou pra mim "Pra eu mudar d igreja é + facil q trocar mha camisa, pois tenho q ir ate em casa buscar outra ou comprar uma nova na loja. Pra mudar de igreja é so eu resolver e ponto final, é + rapido q piscar os olhos". E ai, como fica uma situaçao dessas?
2- A ceia é realmente um assunto q incomoda, no entanto ela pode ser comemorada entre outros "desigrejados" com o mesmo proposito e visao. E melhor, anualmente, na pascoa. Se torna ate + coerente comemorar um acontecimento anual do q comemora-la toda semana ou todo mes (nao q seja proibido, eu posso comemorar meu aniversario todo mes, mas q é esquisito é).
Por fim o fator principal q é criticado no artigo é dizer q os desigrejados querem "ser cristaos do jeito deles". Obviamente q esta colocaçao tem um sentido pejorativo, ja pressupondo q o desigrejado va querer participar de orgias, viver dissolutamente e etc.
Tal argumento é tendencioso sim, mas ele foi elaborado a partir de um fato existente: A interpretaçao das escrituras.
Cada pessoa tem sua interpretaçao das escrituras, e obviamente vc pode ver pontos coerentes nos metodistas, nos presbiterianos, nos batistas, isso so como exemplo. Entao um "desigrejado" pode ser alguem q nao se identificou teologicamente com nenhuma corrente q ele tenha tido contato; ou ainda, se identificou com determinado ponto, mas a denominaçao tem outro ponto, q para ele nao possui coerencia alguma.
So existem 2 modos da pessoa concordar com absolutamente tudo q sua denominaçao fala:
1- Sendo o fundador da mesma;
2- Sendo um membro de seita como os adventistas e TJ's por exemplo, onde vc é condicionado a acreditar em tudo q é exposto la.
Augusto Nicodemus
ResponderConcordo com suas palavras, mas farei algumas pequenas ressalvas.
1. As instruções de Yeshua, e as ações de seus emissários, mostram sim uma instituição, é inegável. Mas não deixava de ser uma instituição minimalista. A instituição complicada, cheia de cargos, prédios e organizações, foi criada pelos discipulos de Constantino, isto é, os que se desviaram. Também é mostrado pela história que, mesmo antes de Constantino, houve uma tendencia a copiar o sistema administrativo romano para dentro da igreja, e isso refletiu-se na teologia. Isso não é a igreja se conformando a este século?
2. Já que você colocou a questão da influência da filosofia grega, quero ir mais fundo. Creio que os cristãos acabaram herdando o sentimento profundamente anti-judaico dos gregos, e isso tem uma forte influência em nosso entendimento (ou falta dele) das Escrituras Sagradas. Ninguém jamais se proporia a estudar uma coletânea de livros sem buscar compreender seu contexto e as idéias com as quais seus autores dialogavam. Incrivelmente, parece que a maioria dos cristãos quer fazer isso com a Bíblia. Há inúmeras passagens no Talmud, e também em toda a literatura judaica antiga, que são profundamente esclarecedoras quanto às origens de muitas interpretações dadas no Segundo Testamento. Muitos desses textos são provas da historicidade bíblica. Mas os cristãos nem as conhecem. Vou mais longe: Não há outro exemplo de autores que tenham sido estudados fora do contexto dos autores que lhes precederam e contemporâneos. Da forma como é estudado pela maioria dos cristãos, o Segundo Testamento parece uma anomalia histórica, um texto que surgiu do nada, fora de qualquer debate. A maioria dos cristãos ignora que a muito do ensino do Ungido e das interpretações dos apóstolos sobre a Tanach são confirmação de interpretações que já existiam dentro do judaísmo (deve ser lembrado que as interpretações judaicas eram extremamente variadas, que ninguém venha dizer "os judeus pensavam isto ou isso, em oposição a Jesus que pensava aquilo", como se toda interpretação judaica estivesse restrita a uma ou duas escolas de pensamento unificado).
Então, coloco uma pergunta: Não é verdade que nós, os ramos enxertados, temos nos ensoberbecido contra os ramos naturais? Não é verdade que se aplica a nós a advertência contra os ramos enxertados que se ensoberbecessem? a Palavra não volta vazia...
Aprofundando-me um pouco mais, será que nossa compreensão profundamente helênica das Escrituras, não é, ao mesmo tempo, conseqüência e castigo, por nossa soberba (históricamente tão bem comprovada) contra os ramos naturais? Se é assim, a igreja está doente de soberba, sua dificuldade em compreender a Palavra é conseqüência. Não serão mudanças de forma que nos curarão, mas apenas lembrar-mos de onde caímos e nos arrependermos.
Ricardo,
ResponderObrigado pela contribuição.
De fato, eu não contemplei no artigo os que estão em igrejas históricas que vão aos poucos cedendo à práticas estranhas à Palavra de Deus.
Não os considero desigrejados enquanto estiverem dentro delas, tentando contribuir para um retorno aos princípios da Palavra. Nem os considero desigrejados se finalmente sairem e procurarem outra igreja onde a Palavra de Deus é fielmente pregada.
Usei o termo "desigrejado" no post para me referir aos que intencionalmente rejeitam a igreja organizada e institucional e propõem que não precisamos da igreja (e aí jogam tudo dentro do mesmo saco) para sermos cristãos.
Agora, você tem razão, é difícil a situação de crentes verdadeiros, que amam a Palavra de Deus, dentro de igrejas desvirtuadas por práticas contrárias a esta Palavra.
Eu acho que cada caso é um caso e portanto não tem como dar um conselho geral que sirva para todos. No geral, as opções são estas: (1) Ficar e tentar mudar o que puder, lembrando que a igreja visível é sempre imperfeita; (2) Sair e procurar uma outra igreja menos imperfeita, onde ao menos ele tenha alguma comunhão, Palavra, etc.
Apesar dos defeitos e erros das igrejas institucionalizadas, ainda existem entre elas igrejas onde, em maior ou menor medida, a Palavra de Deus é pregada com fidelidade, as ordenanças são realizadas e a disciplina é feita pelos motivos corretos e da forma correta.
Abs.
Tiago,
ResponderNão vi ninguém desmerecendo a passagem de Mateus acerca dos 2 ou 3 reunidos. Não é desmerecimento interpretar a passagem em seu contexto e perceber que ela vem sendo usada de maneira equivocada pelos desigrejados.
A passagem na samaritana não corrobora em nada a interpretação desigrejada de Mateus 18. Pois ali Jesus simplesmente está dizendo que seu povo não mais se reunirá num local único e específico como era no período do Antigo Testamento - o templo de Salomão. Ou seja, a igreja continuou se reunindo, sim, apenas não mais num único local, mas em todo lugar onde os que cressem na Palavra se encontrassem para aprender, cultuar, celebrar as ordenanças, e serem instruidos na Palavra.
Você está certo em dizer que a pluralidade denominacional prejudica, e muito, a disciplina eclesiástica. Todavia, não a invalida. Continua sendo responsabilidade das igrejas disciplinar corretamente seus membros, corrigindo-os com amor e firmeza, para ganhá-los de volta e honrar o nome do Senhor. Se eles vão acatar esta disciplina ou se vão fugir dela, é entre eles e Deus.
Sobre a Ceia, lembre que ela não é páscoa e não se celebra uma vez por ano. No NT a impressão que temos é que os discípulos a celebravam com regularidade, talvez até toda semana (mas, não posso provar). Veja as vezes que o livro de Atos menciona que os discípulos se reuniram para partir o pão.
Por fim, não creio que uma pessoa tenha que concordar com absolutamente tudo para permanecer numa igreja. Este assunto já foi motivo de discussão desde o período apostólico, quando os pais apóstólicos elaboraram o Credo Apostólico e outros credos, dando um resumo mínimo do que é a fé cristã.
Com base nas doutrinas capitais do Cristianismo, como a Trindade, a divindade e humanidade de Cristo, a personalidade e pessoalidade do Espirito, a salvação pela fé no sacrifício completo de Cristo, sua ressureição literal dentre os mortos, a autoridade e centralidade da Palavra de Deus - só para citar alguns - eu posso ter comunhão e me "igrejar" onde estes princípios seja observados, ainda que discordando da forma de batismo e do sistema de governo adotados nesta igreja.
Grande abraço!
Pr. Nicodemus,
Responderno fundo, o "sem-igreja" não passa de um egoísta, individualista, e um crítico de tudo o que não se acomoda aos propósitos do seu coração.
Normalmente, os "sem-igrejas" são aqueles que veem e apontam todos os erros possíveis e imagináveis exatamente porque a sua natureza não está em conformidade com os princípios cristãos.
Veja bem, eu não estou a falar de crentes em igrejas apóstatas, em igrejas heréticas, muito menos das mega-igrejas coorportativas e lucrativas. Estou a falar de igrejas, ainda que imperfeitas [e elas sempre serão até o glorioso dia do Senhor], mas que proclamam o Evangelho de Cristo, reverenciam a Deus e realizam a obra que Ele estabeleceu exclusivamente para a Sua igreja.
Os "desigrejados", na verdade, começam por se opor naturalmente a tudo e todos; não respeitam as lideranças nem os irmãos; estão prontos a criticar até a marca de papel toalha do lavabo, e são aqueles que não movem um dedo para auxiliar em nada: não são ofertantes, nem participam dos trabalhos evangelísticos e de auxílio ao próximo; não visitam enfermos, nem dão alguns minutos semanais para colaborar com o trabalho no corpo local. Mas quando é para criticar... são rápidos; e se sentem desagradados facilmente, como se a igreja devesse servi-los e não o contrário.
Aí, dizem que não há um lugar para eles, que a igreja está corrompida e tal. Se isso não é superioridade, orgulho e desprezo, não sei mais o que é. A fonte disso tudo é a soberba, o considerar-se muito melhor e acima dos demais irmãos, ainda que não assumam publicamente ou mesmo interiormente essa atitude. Mas, no fim das contas, o que sobra é: estou melhor assim, sem eles; "antes só do que mal acompanhado"; o que demonstra claramente a inclinação dos seus corações; de serem os únicos donos dos seus narizes; e criarem um antievangelho pessoal e transferível, pois estão dispostos a formar rapidamente seus grupinhos e disseminar suas ideias numa espécie de evangelização antieclesiástica [o que é contraditório, tendo-se em vista que se reunem numa espécie de congregação, não aos moldes bíblicos, mas opondo-se à Escritura].
O resumo da história, por mais que eles tentem se enganar [e é o que fazem], é reflexo da insubordinação a Deus e sua palavra.
Como o texto do irmão tão bem colocou, há várias exortações para que os crentes congregem, uns auxiliando os outros, exortando, ensinando, aconselhando, consolando, sustentando espiritual e materialmente o irmão necessitado; proclamando o Evangelho, auxiliando o próximo, mas, sobretudo, sujeitando-se a Cristo, como o cabeça; e, ao desprezarem os princípios bíblicos, sejam quais forem os seus argumentos, demonstram apenas que querem ser a cabeça de si mesmos, e ainda não têm a mente renovada.
Ao meu ver, todos os argumentos dos "desigrejados" são apenas desculpas esfarrapadas para acomodar o orgulho e a presunção que têm em si, desprezando não somente a igreja, pela qual Cristo morreu, mas o próprio Deus.
Parabéns pelo post.
Cristo o abençoe!
Aprendiz,
ResponderSó vou comentar o que você disse neste parágrafo:
"As instruções de Yeshua, e as ações de seus emissários, mostram sim uma instituição, é inegável. Mas não deixava de ser uma instituição minimalista".
Vejamos o quão minimalista era esta instituição começada por Yeshua e continuada pelos apóstolos no Novo Testamento:
- lideres que governavam a comunidade, eleitos pelo povo dentro de determinadas qualificações, que deveriam ser capazes de ensinar a tradição apostólica e ainda eram remunerados para isto.
- funções definidas e específicas, como presbiterato e diaconato, além de uma ordem de viúvas.
- a existência de "presbitério" que pressupõe que os presbíteros se reuniam para deliberar e tomar decisões. Como em Atos 15, por exemplo.
- regras para a realização do culto, como por exemplo, as mulheres tinham de usar o véu e os homens, não; só três profetas podiam falar e mesmo assim eram questionados sobre o que diziam; na hora da Ceia era preciso autoexame e estar sóbrio para pasticipar, etc.
- membros faltosos eram exortados e se não atendessem, eram excluidos, com a possibilidade de retorno, se arrependidos.
- as reuniões eram feitas regularmente em casas - os nomes dos donos de algumas delas são mencionados no NT.
- havia uma ordem quanto ao recolhimento das ofertas (1Coríntios 16).
- e havia um corpo de doutrinas definido, com base no qual se aceitava ou rejeitava mestres ambulantes.
Acho que esta descrição acima é de uma organização muito bem estruturada, com um nível de organização bem acima de "minimalista".
Se quiséssemos nos organizar hoje para viver com simplicidade este "mínimo" acima, teríamos necessariamente de:
- ter um local regular de reunião, quer seja numa casa, quer seja num salão alugado, quer seja num templo construido. Este último tem mais vantagens, caso nosso grupo comece a crescer, as crianças começarem a chegar - quem vai cuidar delas? e onde?
- definir quem são os líderes. Para isto, teremos de nos organizar num sistema de escolha, etc. para evitar que gente destemperada e autoritária assuma a liderança. Isso se chama "estatuto" e geralmente se registra em cartório.
- definir o que cremos, pois afinal somos cristãos e não um clube social.
- quem paga pelas despesas de água, luz, telefone, cafezinho, da casa ou local de reunião? Vai ser preciso levantar ofertas regulares ou escolher um sistema de contribuição para fazer face às despesas que inevitavelmente ocorrerão.
- Se um membro do grupo se sentir injustiçado e for à justiça comum com ação de perdas e danos, pois ele é homossexual e queria ser o líder do grupo, e foi rejeitado - vamos precisar ter um estatuto do grupo, registrado em cartório, que nos garanta o direito de decidirmos quem pode ser membro ou lider do grupo.
Em outas palavras... taram taram! eis uma igreja organizada e institucionalizada!! Para que, entao, reinventarmos a roda?
Pode ter grupos que tentam ser igreja sem nada disto, mas é só uma questão de tempo até sentirem a necessidade da organização.
Historicamente, começa como avivamento, continua como movimento e termina como instituição.
É só olhar o início do movimento metodista, do movimento pentecostal, dos Irmão, da "igreja" de Watchman Nee.. todos viraram institucionalizados com o tempo, ainda que no início não quisessem ser igreja institucionalizada.
Colega Nicodemus,
ResponderAs organizaões humanas (vide qualquer bom livro didático de Introdução á Administração), são colocadas diante do dilema do grau de burocratização adequada.
Onde há grande maturidade, o que é raro, a burocratização é mínima. Os resultados são máximos, pois se permite reagrupamento por projetos, de acordo com a necessidde.
Onde há baixa maturidade, a burocratização é máxima, mas isso não gera resultados se não houver uma rede de líderes com sabedoria.
No limite, o exemplo de máxima burocratização ocorre na Coreia do Norte e Cuba. O seu oposto, embora com níveis de burocratização baseado na meritoricracia, ocorre, salvo melhor juízo, nos Estados Unidos da América.
A questão, pois, pode ser bem compreendida com o auxílio das teorias da administração.
Aqueles que são maduros no Evangelho podem organizar-se á vontade, pois o resultado será sempre o bom senso em ação. Mas, na minha opinião, se existem pessoa tão maduras, elas devem espalhar-se pelas Igrejas para levaram sua contribuição como educadores.
Assim creio após estudar a ciência da administração
Caros Irmãos,
ResponderPrimeiro o termo "desigrejados" é pejorativo... biblicamente não há como argumentar que um cristão só está ligado à Igreja de Cristo se for membro de uma denominação.
Isso não é desculpa para se livrar da disciplina e compromisso com os da fé, ou será que não estamos sujeitos a correção de Deus, pois geralmente a disciplina eclesiástica está mais ligada a posições contrárias ou discordâncias à organização/instituição do que muitas vezes aos princípios bíblicos.
É perfeitamente possível fora de uma denominação celebrar cultos coletivos, sacramentos, ensino, até mesmo ser um organismo organizado. Não trata-se de cirstianismo solo ou de ajuntamentos fortuitos, é impossível paraticar o cristianismo individualmente.
Algumas interpretações acerca da igreja institucionalizadas são forçadas e justificadas por inferências, será que as 7 igrejas da Ásia eram institucionais? O que significa o termo igreja no grego?
Templo? Instituição? Assembleia? É nítido que quando o NT refere-se a igreja local não está especificando o local em que ela se reune, mas o grupo de cristãos de uma localidade, a Igreja de Cristo em Roma, Éfeso, etc, ou seja os irmãos em Cristo de tais localidades.
Também é evidente que a Igreja se reunia nos lares, sem a necessidade de templos, sarcedotes e liturgias. Podemos ver isso na gênese/essência da Igreja em Atos 2.42 em diante.
Precisamos mesmo de uma instituição para sermos considerados cristãos? O que nos torna cristãos?
O próprio Ir. Augustus segue um raciocínio interessante: "Ou seja, a igreja continuou se reunindo, sim, apenas não mais num único local, mas em todo lugar onde os que cressem na Palavra se encontrassem para aprender, cultuar, celebrar as ordenanças, e serem instruidos na Palavra."
Como podemos observar isso não necessariamente ocorre somente no âmbito institucional.
Não advogo o fim da instituição, pois ela muitas vezes é conveniente e necessária, porém o Cristianismo não depende exclusivamente dela.
Os "desigrejados" são também eleitos por Deus, procuram viver a sã doutrina, viver em comunhão, reunir-se para ouvirem uma pregação, para repartir o pão, orar, rir e chorarem juntos, admoestar, corrigir e disciplinar e, principalmente para anunciar as boas novas, isso não é igreja, é ser Igreja.
Ora, Jesus já fundou a sua Igreja e, ela é una, santa, (in)divisível, não possui templos, placas, governos, clero e laicato, antes de tudo é organismo e não organização, e isso é bíblico.
Em Cristo, Ir. Anderson.
É certo que a fé não precisa de paredes ou telhados, mas se saio de casa a chance de pegar chuva é maior.
ResponderCom isso quero dizer que não precisamos de instituições organizadas para fundamentar nossa fé que deve estar apenas em Cristo, porém como nos manter firmes sem ouvir a Palavra, sem o irmão que intercede sempre por nós, sem o aconselhamento pastoral, sem a ligação do amado quando deixo de ir ao culto, etc...
A comunhão faz-se quase vital no mundo de hoje e, se não houver organização como teremos comunhão?
Gleysson Salles.
Como fui eu que citei o texto das igrejas do Apocalipse, gostaria de explicar o seguinte:
ResponderSe o Sr. achar que é importante essa explicação, se não, fique à vontade em não publicá-la.
1. Se aquelas igrejas não eram institucionais, por que Jesus teve que escrever para 7 igrejas com as suas características, problemas e advertência próprias? Claro que a mensagem das 7 igrejas é para a igreja de Cristo em geral, mas primeiramente foi endereçada às igrejas de 7 cidades da Ásia. Assim como Paulo endereçou para Corinto e a outras cidades.
Jesus diferenciou, com muita ênfase, as igrejas com diferente devoção à Palavra, mundanismo, etc. Dizer que a igreja de Filadélfia era a mesma coisa que Laudiceia é "forçar a barra". Portanto, havia diferenças em várias áreas que incluíam problemas locais e, portanto, era para uma igreja local institucionalizada.
2. Se não eram instucionalizadas, por que a igreja de Éfeso estava tendo problema com os falsos mestres e apóstolos? (Ap 2.2) Jesus estava falando de líderes que queriam a liderança como apóstolos. Como não podem ser instituições? Eles só poderiam ter testados esses apóstolos nas reuniões, não foi por celular.
3. A igreja teria que ter um lugar para se reunir. As 7 igrejas teriam que ler em algum lugar esse livro. A carta não iria ser entregue via website. Naquele tempo não tinha internet nem poderia ser por telepatia. :)
4. A igreja não se reunia no templo próprio porque não deu tempo nem condições para construir. Mas se ler um pouquinho mais Atos vai ler: "Diariamente perseveravam unânimes no templo" (At 2.46; Jo 3.1).
5. Foi escrito: ["Os "desigrejados" são também eleitos por Deus, procuram viver a sã doutrina, viver em comunhão, reunir-se para ouvirem uma pregação, para repartir o pão, orar, rir e chorarem juntos, admoestar, corrigir e disciplinar"]
Isso só pode acontecer com igreja institucionalizada. Ouvir a pregação com os mestres e pastores (ordenados ou não); a celebração da ceia e a disciplina precisa-se de uma consciência de autoridade institucionalizada, se não, não será possível isso. Por isso Jesus disse: "dize à Igreja...".
6. Ekklesia é uma reunião de um grupo que se reúne com um propósito Mt 18. Nunca foi algo fluido espalhado sem definição específica e local. Nem no grego clássico, nem na LXX e nem no NT. Tanto que ekklesia era usada para congregação do povo de Deus no VT (Jz 20.2).
Existe alguma correspondência entre sinagoga e ekklesia, reverendo? Me refiro quanto a função e propósito. Se os desigrejados alegam não ser necessário a existência da assembléia, da reunião do povo de Deus (me pareceu ser isso o coração dos argumentos anti-eclesiásticos) como eles explicariam Jesus em Lc 4.15-21, caso haja uma correspondência??
ResponderUm abraço, irmão. Continue a batalhar pela fé.
Graça e paz, em Jesus, o Filho de Deus.Amém.
Caro Irmão Francisco,
ResponderGostaria de replicar o seu último comentário, ponto a ponto:
1. Não é crivel afirmar que as 7 igrejas do Apocalipse eram institucionais. As características das comunidades eram diferentes (língua, cultura, geografia, etc), eram igrejas diferentes, mas não institucionalmente, as cartas referem-se às comunidades em si, não às suas formas organizacionais;
2. É preciso ser institucionalizada para se ter problemas com falsos mestres e apóstolos? As heresias e modimos nascem sempre dentro do âmbito institucional? Os líderes só existem dentro de uma instituição? É claro que esses falsos mestres foram testados nas reuniões. Como também é provável que as cartas apostólicas eram copiadas e lidas em várias igrejas locais.
3. As igrejas reuniam-se onde podiam, no templo judaico, nas sinagogas, nas escolas, nas praças, nos lares, onde fosse possível, quando liam as cartas.
4. A igreja em Jerusalém reunia-se no templo (enquanto puderam!), seus pátios e átrios permitiam até uma reunião particular, mas depois foram expulsos. E fora de Jerusalém o costume era reunirem-se em casas (fato amplamente citado no NT). Se eles quisessem poderiam alugar ou construir um local próprio, mas não era isso que Jesus ensinou, a questão não é o local, é como!
5. Porque insistir no modelo clero x laicato, não somos um só povo, não somos todos sarcedotes na nova aliança? Só um sarcedote (pastor) pode pregar, batizar e administrar a ceia? Isso realmente só é possível na igreja institucionalizada?
6. A Ekklesia está mesmo delimitada a uma definição específica e territorial.
A Igreja de Cristo está espalhada por toda a terra.
A Bíblia ensina que igreja não é instituição, não é organização humana, pelo contrário, a verdadeira Igreja é um organismo, é uma comunidade de pessoas que creêm em Deus e para isso não é necessário um templo, um sacerdote, nem dízimos.
Não precisamos fundar uma "igreja", Cristo já fundou a sua Igreja, quando morreu por nós na cruz!
A Igreja não é uma construção material, suntuosa ou simples, não é um templo de tijolos, vidros, vitrais, ouro e madeira. É uma comunidade, uma associação de homens, mulheres e crianças. Não é uma igreja visível sobre a terra, não é uma denominação em particular, não é batista, metodista, presbiteriana, romana, carismática ou tradicional.
É Cristo o construtor e o fundamento da Igreja, a qual está sendo edificada dia-a-dia, e que é formada por todos quantos pela graça de Deus foram chamados e perdoados, os seus eleitos, aqueles que se arrependeram de seus pecados e que creêm naquele que é o autor e consumador da verdadeira fé, Cristo Jesus.
Sou membro de uma denominação batista, mas não pertenço a ela, pois foi Cristo que me comprou, me ridimiu , me regenerou e me justificou, mas hoje sou um "desigrejado", é possível ser cristão com ou sem denominação, a minha fé e a Bíblia respaldam tal posição.
O que é incoerente são tantas denominações (algumas com donos humanos), práticas, ortodoxias (algumas generosas, outras nem tanto), pragmatismos, modismos, feridos (em nome de Deus!), decepcionados com a graça (barata!), muitos refugiando-se em cabanas e tantos outros que não querem mais irem às igrejas (institucionais).
Prefiro viver a Igreja sendo Igreja!
Em Cristo, Ir. Anderson.
Prezado, Jorge Fernandes Isah. Ontem, em minha aula de Metodologia Científica, aprendi o nome desse tipo de generalização que você fez:
Responder"no fundo, o "sem-igreja" não passa de um egoísta, individualista, e um crítico de tudo o que não se acomoda aos propósitos do seu coração."
Isso se chama: "INDUÇÃO VULGAR". Não preciso nem explicar o porquê, né?
Caro Reverendo
ResponderGostei muito da reflexão.
E também estou gostando demais dos seus comentários adicionais principalmente na parte que diz que os irmãos que de forma sincera iniciam um movimento sem querer ser "igreja", ao final acabam percebendo a necessidade da "igreja" e se organizam como instituição.
Acrescento aqui mais um depoimento tipo "trauma" da minha infãncia...
Eu estava jogando bola (em pecado portanto pois jogar bola era pecado) no pátio do prédio, tinha uns oito anos de idade, morávamos no primeiro andar, logo acima do "campo", e então minha mãe chega na janela e me manda subir para tomar banho. O meu colega me pergunta de supetão "por que você no domindo sempre perto das seis horas tem que subir para tomar banho e não pode mais jogar bola...?". A minha resposta...... "eu vou na casa do meu avô...!".
Subo as escadas... minha mãe me espera na porta (ela tinha ouvido tudo) e me pergunta "por que você tem vergonha de dizer que vai na igreja...?" Eu fiquei mudo... e nunca mais me esqueci deste momento.
Detalhe: Meus dois avôs já eram falecidos e minhas duas avós não moravam em Florianópolis.
Eu morria de vergonha de dizer aos colegas que era da Assembléia de Deus.
Coisa de menino.
Era a igreja que não permitia o rádio, a TV, as axilas raspadas (acredite), o uso da barba, e tantas outras coisas que já disse em outro testemunho "trauma".
Num colégio de freiras, eu com 6 anos, ao início da aula tinha a reza, e eu envergonhado em ficar sentado como os outros meninos assembleianos, eu levantava e rezava, e até lembro uma parte "Santo Anjo do Senhor, meu zelozo guardador, só em Ti confiarei... etc... não lembro mais..."
Naquela época com minha cabeça de menino eu queria ser um "desigrejado".
Meu tio chegava com um Dodge Dart Amarelo na nossa casa e me convidada para ir para a praia, e meu pai na maioria das vezes não deixava pois tínhamos que ir para a igreja.
Entre o Dodge Dart Amarelo e a Assembléia de Deus, onde será que estava o coração de um menino de 5 anos?
Mas o Dodge Dart Amarelo era o "inferno"....
E a Assembléia de Deus era o "céu"....
Mais tarde aos 18 anos passei a ler a Bíblia sistematicamente da primeira a última página (antes lia salteado)... então foi até pior, pois vi que muito do que eu me envergonhava na AD nem mesmo estava escrito nas escrituras.
A chamada "sã doutrina" era um instrumento de controle e terror usados (até inconscientemente) pelos líderes que eram chancelados pelos profestas que entre línguas estranhas davam fala autorizada para as "doutrinas".
Então acrescento modestamente que talvez existam os desigrejados por causa do rigor anti-bíblico de algumas denominações, uma vez que a "lavagem cerebral" era tanta que nem cogitavam congregar em outra denominação, uma vez que a "verdadeira" era a AD, e as outras eram todas estudadas no tópico heresiologia no Instituto Bíblico, inclusive os "heréticos" pregadores da doutrina da predestinação.
Hoje congrego numa pequena igreja presbiteriana.
Não é perfeita, mas é um bom local para se adorar a Deus, cantar hinos de louvor, e chorar as minhas imperfeições. Vou ficando.
Agora, já "velho", quando perguntado, já não digo mais que vou na casa do meu avô, afinal Deus passou a ser Pai para mim também.
Grande abraço!
Natan
PS: o Tiago nasceu faz pouco tempo, como sabes... no futuro quando ele for jogar bola, vou ficar de ouvidos atentos... risos...
Prof. Augustus Nicodemus
Respondera graça e a paz do Senhor Jesus.
Concordo com o senhor. Os desingrejados não querem mesmo é obedecer à Palavra. Não querem porque não querem se submeter à autoridade de ninguém, querem ser "livres pensadores". Conheço um homem assim: quis ser membro de uma igreja presbiteriana sem querer se submeter a suas doutrinas básicas, quis ser batista, mas ser aceito como membro sem vida eclesiástica, nunca foi dizimista... Agora está participando de um tal de Caminho da Graça, que eu não sei se é igreja, talvez seja uma desigreja.
É triste!
Marcelo Hagah
João Pessoa-PB
http://hagah72.blogspot.com
Pastor Augustus,poderiamos pensar que o denominacionalismo é um mal necessário?
ResponderPrezado Luciano,
ResponderReplicando a sua resposta em relação ao comentário da Adriana Helena, a qual é minha esposa, gostaria de acrescentar que:
1. Ananias e Safira forma disciplinados diretamente por Deus e não pela instituição "igreja";
2. Será que só podemos encontrar irmãos na fé num templo, numa denominação... posso fazer isso em casa, posso fazer isso com irmãos de outras denominações (comunhão que para algumas "igrejas" é proibido);
3. A sã doutrina encontra-se nas escrituras sagradas e pelo livre exame delas Deus nos facultou a compreender, pelo Espírito, tudo o que nos é necessário para garantir a nossa salvação e caminhada de fé que nos nos foi proposta, pois é Deus quem aperfeiçoará a boa obra que em nós começou. As manipulações surgem justamente na forma institucional. Não pertecencer a uma denominação não significa viver isolado;
4. Concordamos que o culto é diário, que não precisamos de um templo, e que, SIM, é necessário uma adoração e/ou culto em conjunto com outros irmãos;
5. Você insiste em dizer que ser "desigrejado" é seguir uma religião individualista, quando na verdade a afirmação por você rebatida diz o contrário, a comunidade, a assembleia, o congregar, a comunhão é muito importante, isso é fato e é bíblico.
6. A questão não é desviar-se de Cristo, as verdadeiras ovelhas não se perdem e o verdadeiro aprisco é Cristo, a sua Igreja, e não a minha ou a sua denominação, ou ao fato de nos congregarmos institucionalmente ou não. É uma posição bíblica, e não do Paulo Brabo, Gondim, Ed René (estes bem institucionalizados) ou João e Maria.
Luciano, sua reação não foi ácida, mas também não compreendeu que somos Igreja independentemente da "igreja" instituição.
Não faço campanha contra a "igreja" instituição, nem contra os "desigrejados", apenas procuro combater o bom combate.
Em Cristo, Ir. Anderson.
Luciano, Obrigada pelos seus comentários.
ResponderAcho triste que alguns irmãos em Cristo estejam tratando aqueles que querem reunir-se em seus lares de desigrejados, descompromissados... Pode, dentro dos grupos, existir pessoa deste tipo, mas não acho que é o que a maioria quer. O que realmente queremos não são encontros casuais, são encontros marcados, reuniões organizadas, como manda a Bíblia. Queremos viver a sã doutrina, prestar contas a Deus, orar, jejuar, estudar a Bíblia, ceiar... Seguindo os padrões Bíblicos. Não queremos fazer do nosso jeito, como bem entendemos, sendo individualistas. Somos corpo, não podemos ser individualistas. Não é construir um modo de ser cristão individualmente, porque acho que nem eu e o meu marido chegaríamos a um consenso...rsrsrs
Não quero me desviar do Senhor, mas me aproximar Dele. Acho que antes de xingar qualquer pessoa que está pensando em adotar o estilo de cristianismo fora da instituição não é a melhor maneira de discutir o assunto. Como todos vocês somos pessoas que lêem a Bíblia, oram, ceiam, somos batizados, etc. Porém estamos muito decepcionados com o tipo de instituição que foi implantada como igreja. Todos somos imperfeitos, mas não podemos concordar com heresias e imposições humanas e não de Deus. Sei que a Bíblia está cheia de regras e quero seguí-la, mas deixar de batizar uma irmã que freqüenta os “cultos há, pelo menos, 2 anos porque não fez a membresia????? É isto que a Bíblia ensina?
Não consigo mais viver um cristianismo com meias verdades... Acho que ficamos iguais aos fariseus, nos preocupamos com o exterior, com toda sorte de regras e esquecemos o principal: o amor. Deus não habita em templo feito por mãos de homens, mas continuamos dizendo que vamos a casa do Senhor... Dependemos mais da instituição do que de Deus porque fomos ensinados assim. O Senhor busca os que o adorem em Espírito e em Verdade, mas vamos aos “cultos” somente aos domingos e algum outro dia da semana. Tenho que adorar a Deus em tudo que eu faça, minha própria vida, maneira de viver deve ser um culto a Deus e não somente nas reuniões públicas ou coletivas. Continuamos encerrando o “culto”, quando na verdade ele deve continuar ao longo da semana. Igreja somos nós e dizemos: vamos à igreja. Igreja não é local, não é placa e não é nome, como podemos ser desigrejados? As pessoas que estão em Deus ainda continuam fazendo parte da Igreja de Cristo. Quantos dentro da “igreja instituição” não estão fora da Igreja de Deus? Só o Senhor sabe, ele sonda os corações. Não acho que seja a solução para todos, que todos tenham que abandonar as instituições, mas “eu” quero viver dentro do que o Senhor ordena somente. Me desculpem, mas foi um desabafo. Como já disse anteriormente, está escrito que seremos conhecidos pelo amor uns pelos outros e reconhecemos o verdadeiro cristão pelos seus frutos...
Pedro Henrique,
Respondernão faço a menor ideia do que seja "indução vulgar", afinal não estudo nem nunca estudei metodologia científica.
Quanto ao início do meu comentário, sei que as generalizações as vezes levam a injustiças, mas nem sempre. Por exemplo, todos os adúlteros estão em rebeldia contra Deus. Todos os ladrões, mentirosos, beberrões, pederastas, etc, também. Sem comparar pecados, mas a atitude pecaminosa, os "sem-igreja" também estão em rebeldia, por não se sujeitarem a Deus e sua palavra.
Não preciso de nenhum método supostamente científico para chegar a esta conclusão. Se há um princípio bíblico claramente descumprido [e o pior, com os mais falaciosos argumentos para descumpri-lo], isso é rebeldia.
E esta rebeldia tem nome: soberba, presunção, egoísmo, individualismo; como se fosse possível uma espécie de cristianismo solitário, ao invés de solidário.
Mas vamos fazer o seguinte: faça você uma pesquisa "empírica" entre os "semi-igrejas" e veja a motivação deles para não congregarem. Se o motivo ou motivos não for(em) a insubmissão a autoridade da Escritura, e a autoridade eclesiática, não será mais nada. Tudo isso aliado ao nítido desejo de criticar tudo e se fazer de "bonzão", colocando-se acima da palavra e da igreja.
Mas eu entendo. É mais fácil chamar-me de ignorante, superficial, do que se arrepender, e buscar a obediência à Escritura.
O que acaba por revelar tanto antes como depois a disposição do coração rebelde.
Cristo o abençoe!
Ao irmão Anderson (2a parte)
Responder[5. Porque insistir no modelo clero x laicato, não somos um só povo, não somos todos sarcedotes na nova aliança? Só um sarcedote (pastor) pode pregar, batizar e administrar a ceia? Isso realmente só é possível na igreja institucionalizada?]
Todos da igreja são sacerdotes. A questão é se os presbíteros e bispos foram colocados como supervisores e líderes, devem ser eles.
[6. A Ekklesia está mesmo delimitada a uma definição específica e territorial.
A Igreja de Cristo está espalhada por toda a terra.]
Não se pode falar de ekklesia sem que entenda uma definição territorial e local, como falei (grego). A igreja é um organismo que é presente; que, antes de ser universal, precisa ser local. Tanto que Paulo não faz essa dicotomia. À igreja de Corinto (local), ele os exorta a serem como um corpo, pois são membros desse corpo.
Não precisamos fundar uma igreja, mas reunir os irmãos que são partes da igreja e pregar o evangelho para que alguns se tornem igreja. E essa, local e institucionalizada.
Irmão, não afirme o que a Bíblia não ensina, pois o post foi muito claro do Rev. Nicodemus. Melhor do que isso, só desenhando.
A Bíblia ensina, Jesus ensina, os apóstolos ensinam que a igreja é uma instituição – Jesus ensinou se tiver um problema com seu irmão é só dizer à igreja. Paulo ensinando a reunir para disciplinar o infrator, Tirai dentre vós o malfeitor (1Co 5.13). A preposição ek deixa claro que a pessoa vai sair de uma comunidade e da comunhão. Isso só pode acontecer com uma instituição.
Concordo plenamente que a igreja não é uma construção material, mas precisamos dessas construções. Tanto é verdade que os discípulos usaram o templo para reunirem-se no início.
Como pode isso: “Sou membro de uma denominação batista, mas não pertenço a ela”? É como se o Cacá dissesse sou jogador da seleção, mas não pertenço à seleção. Absurdo e não é inteligente isso. Claro que você pertence à denominação Batista, deve obediência ao seu líder (segundo a Bíblia), deve estar debaixo de disciplina da igreja, se for necessário.
Sua fé pode até respaldar essa posição (porque se pode crer em qualquer coisa), mas a Bíblia está longe de respaldar tal coisa.
Viver a igreja!!! A Bíblia nos manda viver é a Palavra de Deus, não a igreja. A Igreja tem falhas nesse mundo, ou o irmão acha que Paulo quando escreveu aos coríntios estava escrevendo para quem? Por isso que Jesus falou sobre a disciplina na igreja (Mt 18). Portanto, isso está também só na sua fé, pois na Bíblia não existe não.
Ao irmão Anderson (1ª parte)
Responder[1. Não é crivel afirmar que as 7 igrejas do Apocalipse eram institucionais. As características das comunidades eram diferentes (língua, cultura, geografia, etc), eram igrejas diferentes, mas não institucionalmente, as cartas referem-se às comunidades em si, não às suas formas organizacionais;]
É crível sim, irmão, aplicar as 7 igrejas do Ap. como instituições. Como falei, cada igreja tinha problema específico e local. Portanto, incluía uma característica de uma comunidade local que se reunia naquele lugar.
Errado. Todas as igrejas falavam a mesma língua, tinham a mesma cultura (tanto que a doutrina dos Nicolaítas foi falada a várias igrejas) e na mesma região.
As cartas se referem às comunidades sim. Podemos confirmar isso pelo restante das Escrituras como já foi exaustivamente escrito aqui. Podemos perceber também com a exortação daqueles que se diziam falsos apóstolos que só poderiam ser líderes de uma instituição.
[2. É preciso ser institucionalizada para se ter problemas com falsos mestres e apóstolos? As heresias e modimos nascem sempre dentro do âmbito institucional? Os líderes só existem dentro de uma instituição? É claro que esses falsos mestres foram testados nas reuniões. Como também é provável que as cartas apostólicas eram copiadas e lidas em várias igrejas locais.]
Meu irmão, vamos pensar um pouco? Os líderes só podiam exercer sua autoridade nas igrejas institucionais. Por exemplo, eu sou um pastor, mas o irmão não tem nada a ver comigo nem com o mandamento de obedecer aos vossos líderes (Hb 13.17). O problema de falsos apóstolos estava acontecendo exatamente na igreja de Éfeso pela má interpretação do ensino de Paulo em Ef 4.11. Para exercer autoridade, é necessário, sim, uma instituição. Se não, não se tem a quem obedecer. (lógico)
[3. As igrejas reuniam-se onde podiam, no templo judaico, nas sinagogas, nas escolas, nas praças, nos lares, onde fosse possível, quando liam as cartas.]
Isso é uma forma de instituição porque havia um credo dos membros e a liderança deveria ser testada como ensinou Paulo ao diaconato. Hoje nós nos reunimos nos templos e algumas igrejas na China em lugares escondidos; mas todas são instituições. Simples!
[4. A igreja em Jerusalém reunia-se no templo (enquanto puderam!), seus pátios e átrios permitiam até uma reunião particular, mas depois foram expulsos. E fora de Jerusalém o costume era reunirem-se em casas (fato amplamente citado no NT). Se eles quisessem poderiam alugar ou construir um local próprio, mas não era isso que Jesus ensinou, a questão não é o local, é como!]
O irmão começou a mudar o discurso. Antes afirmou que a igreja não se reunia no templo. Agora, afirma que é somente fora de Jerusalém, em casas. Lendo mais um pouquinho o livro de Atos, o irmão iria ver que a igreja estava reunida num cenáculo e era fora de Jerusalém (At 20.7,8)
Um pouco conhecimento de história também, o irmão iria ver que a igreja se reunia nas catacumbas e não somente em casas. As reuniões eram institucinais, pois eram somente alguns que podiam se reunir devido à perseguição.
Jesus ensinou a se reunir. O local não importa. Como podemos construir templos, então são bem-vindos.
Otimo texto muito esclarecedor! esse livro do frank viola cristianismo pagao tem muitas contradiçoes
ResponderExcelente reflexão, Rev. Augustus Nicodemus!
ResponderEu penso que o problema da maioria dos "desigrejados", reside na dificuldade que têm em sí mesmos, de conviver com a necessidade de se deixarem conduzir pastoralmente. A aceitação da autoridade pastoral da igreja como instituição, é um dilema para eles!
Daí, dá no que dá...
Carlos,
ResponderVocê disse, "poderiamos pensar que o denominacionalismo é um mal necessário?"
Há um sentido em que as denominações são positivas. Quando bem organizadas, elas servem para manter o ensino bíblico e passá-lo de uma geração para outra (os presbiterianos, por exemplo, completaram já 450 anos de existência, e neste período, preservaram a fé bíblica como entendida pelos Reformadores).
Elas também são úteis para sustentar o trabalho missionário, enviar obreiros e sustentá-los no campo, abrir novas igrejas em locais onde não há testemunho evangélico (deixa os desigrejados tentarem fazer isto por conta própria).
As denominações abrem escolas cristãs, criam e sustentam hospitais, abrigos, orfanatos e fazem um sem número de ações e obras sociais que desigrejados não têm como fazer.
Então, há um sentido em que elas são boas e úteis, apesar das falhas e erros.
Agora, quando esquecemos que o Reino de Deus é maior do que qualquer denominação, é ruim. Antes de ser presbiteriano, sou crente no Senhor Jesus. E não hesitaria em sair da minha denominação se a mesma adotasse crenças e práticas que eu viesse a considerar contrárias à Palavra de Deus.
Tenho comunhão com irmãos batistas, metodistas, assembleianos, congregacionais, etc. etc.
Augustus Nicodemus Lopes disse...
ResponderElas também são úteis para sustentar o trabalho missionário, enviar obreiros e sustentá-los no campo, abrir novas igrejas em locais onde não há testemunho evangélico (deixa os desigrejados tentarem fazer isto por conta própria).
Os apostolos e posteriormente igreja primitiva fez isso muito bem ser ser institucionalizada.
Embora tenha q reconhecer q o crescimento da igreja primitiva se dava muito + pela evidencia dos dons miraculosos q ate entao eram ativos.
O q + se ve nas chamadas agencias missionarias sao jovens q tiveram alguma decepçao amorosa nas igrejas e dae se afundam nos cursos de missionario a la carte (alguem falou em JOCUM e afins?) pra descobrir q nao era bem aquilo q eles queriam, dae vai o dinheiro da igreja pelo ralo.
Estamos numa epoca de midia e temos todo o aparato tecnologico a nosso favor, desta feita ate mesmo as "missoes" tem uma abordagem diferente de algumas decadas atras, por exemplo.
Tiago,
ResponderJá mostrei que a Igreja primitiva era altamente organizada. É claro que ela não tinha o aparato administrativo que temos hoje. MAs era organizada, sim. Tinha regras para os missionários. Leia a 2João. O apóstolo tinha um sistema, uma rede de envio de missionários, que passava pelo apoio de Gaio. E tinha critérios quant a quem podia ser missionário ou não. Já no séc. II o Didaquê já tinha regras para os profetas e pregadores itinerantes.
Se fosse hoje, teriam de enfrentar vistos, passaportes residência no exterior, envio de recursos financeiros via banco - ou seja, teriam gente para cuidar disto. Tem gente que faz isto sozinho, como o irmão André, a princípio. Mas depois, teve que se organizar e virar Missão Portas Abertas - uma instituição.
A midia não substitui a igreja local, a comunhão dos santos, o discipulado, a Ceia, o batismo e a disciplina.
Quando falei de envio de missionários, não me referi à JOCUM e outras paraclesiásticas, mas às juntas e agências missionárias das grejas organizadas, que fazem um trabalho muito sério e eficaz.
Ok Nicodemus, entendi o seu exposto.
ResponderSo q acredito q o Sola Eclesia deveria ser revisto, ou pelo menos explicado melhor. Do jeito q esta aparenta dizer q fora da igreja institucionalizada nao existe salvaçao.
Sobre a questao de manter uma igreja em casa acredito q eh possivel sim, inclusive tem ate "meio termo" nisso, como a igreja do Erico Rodolpho Bussinger.
Sobre o q eu colokei antes a respeito de vc ter sua interpretaçao particular e vc disse q nao existe problema em congregar numa igreja institucionalizada e ter q aceitar tudo q la é exposto, gostaria de comentar:
Concordo com seu argumento, em partes. Pois cedo ou tarde o determinado ponto de atrito pode vir a tona, e dependendo da denominaçao (senao a maioria) divergencia teologia é motivo de disciplina.
Entao qual a soluçao? Na melhor das hipoteses para concordar com sua linha de visao seria a pessoa ser um "crente de banco". Ir por ir e nao participar de nada, mas onde fica a comunhao nisso?
Na igreja posiçoes teologicas nao sao discutidas, sao ensinadas. Na igreja primitiva isso funcionava pq tinha os apostolos q eram infaliveis ao doutrinar a igreja. Dae vc diz, mas nos temos a escritura; concordo, temos a escritura e dezenas de interpretaçoes possiveis dela.
Numa reuniao com amigos em casa podemos discutir posiçoes teologicas sem impo-las goela abaixo das pessoas como roma fazia no passado e caso haja um neofito deixar ele seguir a q lhe pareça + coerente.
Rev.
ResponderO seu comentário das 20:13h foi muito objetivo. É isso aí, simples assim.
Quando me convertí,fequentei a IPB em Afogados (Recife), muito boa! Mas como morava longe, sempre arrumava uma desculpa para faltar. E quando dei conta passaram-se anos.As perdas espirituais, foram irreparáveis,creio que Deus vai recuperá-las. Daí porque a instiuição é um bem necessário.Precisamos nos congregar onde quem as dirige passe conhecimento, credibilidade. Onde aprenderia sobre a sã doutrina, onde pregações nos edificasse, nos desse conforto,
prazer em ter pessoas que compartilham da nossa cosmovisão, nos admoestasse, nos mostrasse nossa fragilidade e pecados? E quanto aos outros irmãos de outras denominações,não tem problema, afinal somos todos predestinados.
Tânia
Parece haver uma pequena confusão ao retratar dois movimentos distintos como se fossem a mesma coisa.
ResponderOs "desigrejados" fazem parte do fenômeno que alguns chamam de "pós-igrejismo" ou "cristianismo pós-igreja" (coisa de pós-moderno que adora colocar o prefixo "pós" antes de qualquer palavra). São cristãos desliludidos com a Igreja institucional, que abandonam o cristianismo organizado e se tornam demasiadamente informais e “soltos”, isto é, sem vínculos formais com uma congregação, contrariando o mandamento apostólico em Hb 10:25. Estes praticam um tipo de igreja virtual e imaginária.
Permita-me esclarecer, no entanto, que Barna e Viola fazem parte de um movimento distinto ao que o senhor se refere - atualmente conhecido como "Igreja Orgânica".
Estou certo de que há muitas discordâncias entre a Igreja institucional e aquilo que propõe a Igreja orgânica, mas Barna/Viola em nenhum momento defendem este estilo de vida solitário, indisciplinado e descomprometido. Entende-se que a prática da Igreja envolve o compromisso de se congregar, e um exemplo disso é um artigo de Frank Viola traduzido por mim em que ele mesmo critica a postura do pós-igrejismo. Oonvido o pastor e seus leitores a clicarem nos links abaixo:
http://paoevinho.org/?p=3466
http://paoevinho.org/?p=3507
O corpo humano possui diversos sistemas (linfático, nervoso, digestivo, etc) sem necessariamente tornar-se um robô. Assim, concordo com sua afirmação de que a Igreja nasceu com uma estrutura. Entretanto, nem todas as tradições adotadas pelo evangelicalismo foram necessariamente estabelecidas por Jesus ou seus apóstolos, mas foram foram agregadas à estrutura com o passar dos séculos - e penso que qualquer historiador poderia concordar com isso.
O congregar não está em jogo aqui, e sim quais tradições são necessárias e quais representam um estorvo ao sacerdócio universal e à comunhão dos santos. E é isso o que Viola e Barna se propõe a debater, algo bem distinto do pós-igrejismo ao qual o senhor se refere (a não ser que o senhor creia que não exista igreja fora do formato institucional - e não penso que esta seja sua opinião pelo que leio em seus textos).
Como disse anteriormente, há diferenças de interpretações tanto do ponto de vista bíblico quanto histórico no tocante as tradições que nós evangélicos adotamos, e estas diferenças devem ser respeitosamente debatidas. Meu ponto é que penso que seu texto comete uma generalização que, em minha modesta opinião, não representa a realidade.
Tiago,
ResponderObrigado pela observação, mas creio que eu já havia deixado claro no post e nos comentários posteriores que não estou edizendo que fora da igreja visível, organizada e institucional não há salvação. Apenas eu disse que na minha opinião, o verdadeiro cristão haverá de buscar a comunhão com outros, para juntos adorarem a Deus, serem instruidos, etc.
Não tenho nada contra igrejas em casas, mas ali também ela terá uma estrutura e uma organização, uma liderança e um credo. Você mesmo, ao se referir a um exemplo, disse "a igreja do Erico Rodolpho Bussinger". Qual a diferença entre este movimento e uma denominação? Tem nome, fundador e certas características que o definem.
Sobre as diferenças de interpretação, é aqui que surgem as denominações. Os batistas são o ajuntamento de cristãos que além de crerem nas doutrinas básicas do cristianismo, como os presbiterianos, metodistas, etc., sustentam uma determinada interpretação quanto ao batismo, ao governo de igreja, que diverge das outras. Neste sentidfo, elas são úteis para agrupas os irmãos que pensam da mesma forma nestes itens.
A idéia de reunir amigos para discutir teologia é boa, como evangelização, não tenho nada contra isto, mas isto não é igreja. Não é a igreja que Cristo menciona na Palavra de Deus. Ele mandou que nós ensinássemos os neófitos a guardar tudo o que Ele havia determinado, e não que realizássemos uma reunião de bate papo informal onde os neófitos acreditam no que bem quiser.
Hugo,
ResponderExcelente comentário e muito útil. Você tem razão quanto ao fato de que parece haver uma confusão entre dois movimentos distintos.
Eu pensei ter deixado esta distinção clara no post, quando escrevi:
"Alguns simplesmente abandonaram a igreja e a fé. Mas, outros, querem abandonar apenas a igreja e manter a fé. Querem ser cristãos, mas sem a igreja. Muitos destes estão apenas decepcionados com a igreja institucional e tentam continuar a ser cristãos sem pertencer ou frequentar nenhuma. Todavia, existem aqueles que, além de não mais frequentarem a igreja, tomaram esta bandeira e passaram a defender abertamente o fracasso total da igreja organizada, a necessidade de um cristianismo sem igreja e a necessidade de sairmos da igreja para podermos encontrar Deus. Estas idéias vêm sendo veiculadas através de livros, palestras e da mídia. Viraram um movimento que cresce a cada dia. São os desigrejados."
Veja que eu faço a distinção entre aqueles que estão simplesmente decepcionados com a igreja organizada por diversos motivos (alguns justificados) e aqueles que transformaram isto num movimento. Meu post é sobre estes últimos.
Minha inclusão de Barna e Viola na relação de livros talvez tivesse de ser qualificada, mas Barna faz algumas afirmações que me deixam em dúvida se não devo deixar seu nome lá no meio. Por exemplo, “se a igreja local é a esperança do mundo, então não há esperança para o mundo” (Revolution, p. 36). MAs, fica a sua qualificação para nossos leitores. Mais uma vez, obrigado.
Outra coisa interessante q acontece na igreja institucionalizada sao os chamados "fanboys".
ResponderTal como no texto "A alma catolica dos evangelicos no Brasil", as pessoas tendem a ver seus lideres como "semideuses", deste forma temos:
Caiofabetes, Malafaietes, Solanetes, Valadanetes e outros "etes"....
Tento ser ponderado, defendo q a igreja pode ir alem da institucionalizada, mas sem o extremismo dos caiofabetes, embora eu veja alguns pontos coerentes no q ele fala, nao chego ao ponto de meter o malho em tudo como ele faz.
O ponto q quero chegar é:
1- Hj em dia a igreja institucionalizada tem + beneficios ou maleficios?
2- Se os maleficios igualarem/superarem os beneficios nao seria hora de rever/buscar alguma alternativa valida?
3- Ou vale a pena manter um tipo de instituiçao q era pra ser bem quista na sociedade, mas ao inves disso se tornou em motivo de escandalo e escarnio da mesma?
Nicodemus, nao me entenda mal, nao lanço esses questionamentos como desafio, e sim como reflexao. Espero q possamos achar um denominador comum em nossos posicionamentos.
Abraço
Tiago,
ResponderAs respostas às suas perguntas vão variar de pessoa para pessoa, dependendo da experiencia delas com as igrejas institucionalizadas e o grau de compreensão que elas têm do que é a igreja conforme o Novo Testamento.
Eu responderia que a institucionalização, se entendida como estrutura, organização, não é pecaminosa. O pecado está nestes pontos: (1) defender o sistema mesmo quando ele está errado; (2) valorizar o sistema mais que a verdade de Deus; (3) usar o sistema para promoção pessoal e autolocupletação; (4) deixar o sistema nos afastar do culto prescrito na Bíblia, da pregação fiel da Palavra e da celebração das ordenanças.
Portanto, não dá para responder à pergunta se a igreja institucional tem mais malefícios que benefícios, pois algumas igrejas institucionalizadas, mesmo imperfeitas, pregam fielmente a Palavra, ministram corretamente as ordenanças e exercem com fidelidade a disciplina. Algumas mais, outras menos.
Agora, vamos pensar em refazer a igreja. que formato ela teria? Como ela funcionaria? em casas? em células? sem lideranças?
Tiago, tudo isto já foi tentado antes, desde os quackers e menonitas, até grupos como os anabatistas, passando pelo movimento "a igreja" do Watchman Nee e depois Witness Lee. Já apareceu G-12, igrejas em células... no fim, tudo acaba se organizando, tendo regras, lideranças. Até dentro da Igreja Católica, o surgimento das ordens mendicantes, como os franciscanos, foi uma reação contra a institucionalização e acúmulo de riquezas na idade média. E acabou virando mais uma das ordens católicas. É uma tendência absolutamente normal e natural nossa, como seres sociais.
Some a isto o fato de que a igreja visível de Cristo é imperfeita, falível, sujeita a falhas, pois é feita de pecadores como eu e como você. Muitas coisas podem ser reformadas na direção da visão bíblica de igreja, e vamos nos engajar nisto, de todo coração. Mas não espere uma igreja ideal aqui neste mundo.
Caro Augustus
ResponderMe considero um "desigrejado"no ambito do contexto de que para se fazer pate da Igreja de Cristo (a Noiva), é preciso fazer parte de uma denominação.
Logicamente, a igreja de Cristo é universal, composta de pessoas que obedecem aos mandamentos dele por amor, nao por imposição eclesiástica. Assim sendo, concordo com quase tudo o que os desigrejados afirmam. Quanto a afirmação bastante tendenciosa de que osdesigrejados estao fora da igreja porque nao aceitam autoridade, isso é no minimo umadas pragas da religiao. Nao estou discutindo meritos, mas digamos que um pastor faça algo errado, e quer que a ig reja fa1a aquilo que ele nao fez. Ora, tal pastor simplesmente perde total autoridade, ate que se arrependa e volte a fazer o certo. Ai sim, ele podera aplicar a disciplina biblica.
O grande problema eh que a igreja instituicional esta com os dias contados. E ao meu ver, tem que ser assim. O Reino de Deus esta chamadno cada pessoa individualmente para entao realizar esforços coletivamente. Alias, eu preferia reunir com alguns poucos irmaos que estao de fato andando na fe do que entrar numa igreja instituicionalizada.
Veja bem, nao estou falando da igreja organizada, porque de fato, a igreja de Cristo ode ser organizada, mas com parametros ditados pelo Espirito Santo, que segundo a propria Biblia, nao eh Espirito de confusao. Ora, assim sendo, nenhum dos cristaos verdadeiros sera confundido pelos sistemas denominacionais.
Ja fui da IPB, como o senhor deve se recordar... rs, e agradeco a Deus que eu pude aproveitar o tempo la. Porem, nao me considero um presbiteriano mais, e nem um adepto do denominacionalismo. Ainda que eu esteja em uma congregacao batista tradicional agora, nem mesmo assim oretendo me tornar memboro, ate porque sou membro do corpo de Cristo (a igreja universal, verdadeira, sem fronteiras denominacionais, dogmaticas, eclesiasticas e territoriais, regida apenas por Cristo, o verdadeiro Pastor da Igreja). Nao deixo de dizer que ha gente que serve a Cristo nas igrejas instituicionais, mas dar importancia ao denominacionalismo e desprezar aqueles que estao fora de uma denominacao, eh no minimo uma desconsideracao com alguns irmaos (nao estou dizendo que o sehor disse isso).
No mais, a igreja instituicioanl esta tao machucada que, creio eu, nem tem esperancas de sobreviver mais. Em breve Cristo ha de voltar, ai sim, saberemos quem de fato faz parte da IGREJA.
Que Deus lhe abencoe.
Renato Abreu Ortiz de Andrade
http://renatim.wordpress.com
Renato,
ResponderMais uma vez: ninguém está dizendo que para ser parte da Igreja de Cristo a pessoa tem que ser membro de uma denominação. Por gentileza, releia meu post e meus comentários, bem como de vários outros leitores, e verá que ninguém está defendendo isto.
Vou comentar somente uma frase da sua contribuiçãO. Você escreveu:
"Sou membro do corpo de Cristo (a igreja universal, verdadeira, sem fronteiras denominacionais, dogmaticas, eclesiasticas e teritoriais, regida apenas por Cristo, o verdadeiro Pastor da Igreja)."
Se eu entendi corretamente, você está dizendo que a igreja é regida somente por Cristo. Você quer dizer com isto que não se submete a qualquer autoridade humana na igreja - pastores, presbíteros, etc. - mas somente a Cristo?
Todavia, é isto o que a Bíblia ensina? Quem foi que colocou pastores, mestres, apóstolos na Igreja? Não foi o próprio Jesus? (Ef 4.11) E o que dizer de passagens como Hebreus 13:17 que manda obedecer aos guias espirituais na Igreja? E o que dizer das passagens de Paulo que falam dos presbíteros que governam a Igreja? 1Tim 3:5; 3:12.
A verdade completa é esta: Cristo é o Pastor da Igreja. Todavia, como é que Ele a rege, governa, guia, pastoreia? Não através de anjos e de vozes vindas do céu, mas através de homens que Ele capacita, chama e coloca na igreja, os quais pregam Sua palavra, ministram suas ordenanças e usam a disciplina para manter a Igreja pura.
Enquanto estes líderes estiverem submissos a Cristo e agirem de acordo com Sua vontade, vontade esta registrada na Bíblia, é nosso dever nos sujeitarmos a eles. Foi isto que Ele mesmo disse, "O que ligardes na terra, será ligado no céu" (Mateus 18:18). Quando estes líderes se desviam das Escrituras e passam a ensinar coisas contrárias à Palavra, é nosso dever resistir a eles, e se não conseguirmos que se arrependam, devemos sair de debaixo do ministério deles.
Sob a alegação de só se submeterem a Cristo, uma facção dentro da igreja de Corinto, chamada o partido de Cristo, dizia que não era de Paulo, nem de APolo e nem de Pedro. Eram os "espirituais" de Corinto, que não queriam se submeter à autoridade de Paulo (1Co 1:12) sob a alegação de que recebiam orientação direto de Cristo mediante os dons espirituais.
Não advogo submissão cega aos líderes das igrejas - Deus me guarde de um dia cometer esta heresia. MAs defendo que enquanto eles forem fiéis à Palavra de Deus, devem ser ouvidos e acatados, como aqueles que o proprio Cristo colocou em seu povo para dirigi-lo.
Graça e Paz Reverendo,obrigado por responder minha pergunta.Tenho lido alguns comentários dos irmãos e chego a conclusão óbvia,só quando o trigo for separado do joio é que a Igreja imaculada será revelada,por enquanto vivamos na esperança da Vinda do Noivo.
ResponderAugusto Nicodemus
ResponderGostei da sua resposta, e concordo com ela em grande parte. Como já colocaram aqui, o nível de institucionalização é algo bastante relativo. Comparado com certas propostas de alguns, a Igreja primitiva era bastante institucional. Mas comparada com o que veio logo depois (a igreja-imperio) era bastante minimalista.
Penso que é importante para nós podermos olhar a Igreja dos tempos apostólicos, para termos um padrão de comparação. Vejo as igrejas batistas adotando uma estrutura bastante complicada, e afastando-se cada vez mais do governo congregacional, que foi sua marca registrada, e rumando a um governo centralizado, bastante parecido com o neopetencostal. Talvez, a igreja cujo governo seja mais próximo da congregação, hoje, seja a igreja presbiteriana.
Este assunto é importante, e bastante amplo, e não terei tempo de continuar hoje. Farei alguns comentários mais bem pensados no fim de semana.
Professor Augustus,
ResponderFiquei impressionado com o livro The Second Coming of Jesus Christ, de Paramahansa Yogananda (1688 páginas!). Você o conhece?
Segundo o autor, a segunda vinda de Cristo ocorreria para cada um dos seus seguidores que tivessem sua mente e seu coração transformados segundo o modelo de Cristo.
Gostaria de saber sua opinião, professor.
Rev. Augustus,
ResponderEu soube que o escritor Philip Yancey não frequenta uma denominação, e, portanto, faz parte deste movimento. Será isto verdade?
Anônimo das 06:42 (madrugou, hein...?)
ResponderYogananda foi um guru indiano. Não desmereço sua vasta produção literária, todavia não sendo cristão, sua interpretação da vinda de Cristo é feita em termos de Hare Khrisna, que se nao me engano é a religião dele.
Tanto é que ele não acredita numa segunda vinda literal de Cristo, como a Bíblia claramente ensina, mas que esta vinda é um evento interior que ocorre na alma dos discípulos. Portanto, o livro serve apenas para mostrar como um guru indiano interpreta a doutrina cristã da segunda vinda - ou seja, em conflito com o Cristianismo histórico e bíblico.
Abs.
Ernani,
ResponderNão sei dizer. Ele certamente é crítico da igreja institucional (e com razão, em algumas das críticas) mas isto não significa que ele é um desigrejado.
Abs.
Amigos,
ResponderO Franklin Ferreira me mandou uma citação de John Stott, em seu recente livro The Living Church: Convictions of a Lifelong Pastor: ["A Igreja Viva: Convicções de Alguém que Foi Pastor sua Vida Toda"]
“Estou convicto de que nenhum dos meus leitores é essa anomalia grotesca, a saber, o cristão sem igreja. O Novo Testamento não diz nada sobre tal pessoa. Pois a igreja está no centro do propósito eterno de Deus”.
"Você quer dizer com isto que não se submete a qualquer autoridade humana na igreja - pastores, presbíteros, etc. - mas somente a Cristo?"
ResponderNao, nao advogo tal causa. Quando digo isso, estou afirmando pura e simplesmente que nao estou confinado a ensinamentos de homens e denominacoes, mas somente ao que esta revelado por Cristo, a Palavra encarnada de Deus. Cito aqui uma frase do pastor metodista Samuel Chadwick:
“A igreja que é dirigida por homens em vez de ser comandada por Deus está condenada ao fracasso espiritual embora se expanda nesse mundo. O ministério que se fundamenta em ensinos de seminários e não está cheio do Espírito Santo, não opera milagres verdadeiros, só falsos.”
Assim snedo, enquanto uma igreja instituicional estiver de acordo com os ensinamentos do Espirito, estarei dentro dela, como o senhor mesmo diz que faria se caso ocorresse com a IPB.
Quanto a questao da autoridade, creio eu que o pastpr deve ser antes de tudo um servo, logo, ele nao deve sair por ai advogando autoridade para si, mas demonstrar essa autoridade em sua vida, para que de fato seja reconhecida como tal. Do contrario, ele nao tera autoridade nenhuma. Jesus tinha autoridade ao falar porque demosntrava tal autoridade no agir. Se um pastor nao faz isso, ele nao eh de fato pastor, logo, nao tem autoidade.
O grande problema de hoje eh a definicao de pastor: sera que pastor eh somente aquele homem que faz 4 anos de Teologia num seminario? Por causa dessa definicao foi que surgiram os pastores profissionais, sem nenhum chamado ou temor de Deus. O pastor deve ser submisso a Cristo, nao aos ensinos do seminario (veja bem, nao estou desmerecendo os seminarios, apenas afirmando o que disse Chadwick). Se nao tiver tal submissao, se nao demosntrar seu chamado, nao tem autoridade e a esse eu nao obedeço.
O movimento dos "desigrejados" esta ocorrendo porque a igreja deixou de ser igreja. Engraçado, afirma-se que Jesus nao deixou nenhuma religiao, e no entanto o que mais se tem por ai eh a religiao do igrejismo. Logo, os desigrejados estao saindo da igreja porque esta virou uma religiao, nao uma estrutura organica centralizada em Cristo.
Renato A. O. de Andrade
http://renatim.wordpress.com
Renato,
ResponderBoa a sua resposta. Estamos de acordo, então, que Cristo pastoreia Sua igreja através de homens que Ele capacita, chama e instala sobre Seu povo.
Concordo também que seminários não fazem pastores. Os seminários, no máximo, dão preparo intelectual, teológico e administrativo aos que são chamados pelo Espírito ao pastorado. Concordo que tem gente nos seminários que não são pastores vocacionados e que vão dar problemas.
Só discordo da sua frase:
"O movimento dos "desigrejados" esta ocorrendo porque a igreja deixou de ser igreja. Engraçado, afirma-se que Jesus nao deixou nenhuma religiao, e no entanto o que mais se tem por ai eh a religiao do igrejismo. Logo, os desigrejados estao saindo da igreja porque esta virou uma religiao, nao uma estrutura organica centralizada em Cristo."
Pode ser que algumas igrejas organizadas deixaram de ser igreja. Eu pessoalmente concordo com isto. Mas, não creio que isto aconteceu com todas. Além do que, tem gente que sai da igreja por muitos outros motivos, que não este, que a igreja deixou de ser fiel ao Evangelho.
Aliás, tem gente que saiu da igreja exatamente porque a Igreja foi fiel na pregação do Evangelho. Como disse Paulo em 2Tim 4:3
Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos.
Abs.
como sempre com uma maestria incrivel em seus comentários Rev.
ResponderMe deparei com um desses desigrejados que querem tirar os membros da igreja, para caminharem ao bel prazer. Bastou alguns simples argumentos sobre Hebreus,concilio de Jerusalém, e sobre a instituição de mestres e pastores para que a tal pessoa ficasse sem respaldo. mas o que eu notei é que são pessoas frustradas por não alcançarem um cargo ou devido a alguma discução sobre disciplina. obg mais uma vez pela seu comentário que mostra a realidade de nossos dias.
Reverendo Augusto Nicodemus,
ResponderMAis uma vez você nos abrilhanta com uma postagem tão relevante como esta!
Penso que esse movimento tem surgido basicamente por dois motivos: Como o senhor mesmo falou, por estes quererem viver ao seu modo, ditar suas próprias regras. Um outro motivo seria o desânimo com a igreja atual. Eu compararia as pessoas que se encaixam nesse segundo grupo, como uma pessoa que caiu no meio do mar e não vendo a costa, desiste de nadar.
Que a igreja atual está em crise é um fato, mas não podemos desistir de "nadar", pois sabemos que uma hora chegaremos a "costa" e descansaremos em paz!
Em Cristo,
Felipe Inácio
Me deram uma cópia do livro de Frank Viola "Cristianismo pagão" para eu ler. O livro é um exemplo insofismável de sofisma. Na intenção de destruir os princípios sobre dízimo, a instituição, o pastorado ordenado, a música como praticada nas igrejas hoje, etc., o autor lança mão de um suposto conheciemento da filosofia grega, da história e, até da Palavra a fim de mostrar que a igreja de hoje (desde antes da Reforma) é pagã. Entretanto, o cara é péssimo em análise do texto da Escritura e falha muito na interpretação mais óbvia dos textos que cita.Quem não conhece a Bíblia e a história pode até ser levado pelos silogismos do autor. Não consegui chegar ao final da leitura e devolvi o livro pra quem me emprestou dizendo que trata-se de um autor sem honestidade e seriedade teológica e bíblica.
ResponderSim, de fato tem muita gente que saiu das igrejas sérias porque ela ainda se apega a doutrina de Cristo.
ResponderNao queria generalizar, mas sim dizer que algumas das igrejaas deixaram de ser igreja, como o senhor bem entendeu. Desculpe minha falta de comunicaçao correta.
Grato
Bela contribuição, Augustus.
ResponderCreio que devemos buscar o equilíbrio nesta questão. Não devemos nos submeter cegamente a líderes e denominações achando-as detentoras na verdade, nem tão pouco acharmos que podemos ser "brasa viva fora da lareira"; embora de certo modo isso possa verdade, mas não expressa a real demonstração de "Igreja". É necessário sim estarmos em comunhão constante, dia e noite.
Não vejo problemas de em um determinado domingo, a reunião (chamada erroneamente de culto) ser em outro lugar, fora do ambiente igrejeiro. Creio que a melhor forma de se desigrejar sem se descristianizar é continuar sempre em comunhão, onde quer que estivermos, porém sabendo que onde houver humanos, ali também haverá falhas. Sou contra os que dizem que não devemos nos reunir sempre no mesmo local. Esse sistema é mais maléfico do que benéfico, a começar pela confusão de "onde vamos nos reunir hoje?".Devemos sim pertencer a igrejas e nos submeteros a determinados líderes (quando estes refletirem a sã doutrina), sabendo contudo que não é o fato de estar debaixo de uma denominação ou comunhão entre irmãos que nos tornam plenamente cristãos, caso contrário um irmão que porventura caísse de avião no meio da selva amazônica, enquanto não fosse achado não seria cristão.
É uma questão delicada na qual ambos os lados apresentam argumentos fortes e por isso se faz necessário um equilíbrio para não se engessar o ensinamento de Deus e nem abandonar completamente o ensino apostólico.
Um abraço! Filipe - 2timoteo316.blogspot.com
Com o perdão da expressão incial, mas muitos aqui cospem no prato q comeram. Os q hoje se levantam contra as instituições, um dia foram "usuários" da mesma. Experimentaram da graça de Deus em uma instituição, e até foram recuperados e formados ali.
ResponderNão sou Deus, e não conheço o coração de ninguém, mas não me surpreenderia em saber q a maioria dos "sem igreja" sairam das instituições por que as mesmas não lhes foram propícias em seus desejos particulares.
A desculpa de que as instituições há muito deixaram de ser igrejas é uma generalização covarde. Quem pode dizer q conhece todas as denominações do Brasil, ou ainda, todas as igrejas organizadas representantes das mais variadas denominações existentes? Como podem julgar uma gama tão vasta, pela expressão de algumas instiuições visivelmente corruptas? Seria a instiuição ou seus líderes os corruptos? Seria a "máquina" ou o maquinista o verdadeiro agente maligno?
Dificilmente se encontra entre os "sem igreja" pessoas alcançadas para Cristo nesses grupos reunidos informalmente. A sua maioria, como consta nos "classificados" de alguns desses movimentos "independentes", conclama pessoas q vivem predispostamente no pecado.
Lembro-me de uma descrição em um site de um desses movimentos: "Uma igreja q não tem cara de igreja, uma igreja para quem está cansado da cara da igreja."
É obvio q as instituições estão com os dias contados, pois qdo Jesus voltar seremos perfeitamente um com Ele. Mas até lá, de uma forma ou de outra, as instituições existirão, para o bem ou para o mal, pois tb, não podemos ignorar o propósito de q, em suas imperfeições fica claro que a perfeição do povo de Deus só se dará no Novo Céu e Nova Terra.
Não quero com isso fazer o q acabei de condenar, uma generalização dos "sem igreja", mas creio q, com raríssimas excessões, o âmago desse movimento é "viver conforme der na cabeça", justificando-se como membro da igreja extraterreste de Cristo (ou seja, q não tem ramos na terra, mas somente no céu).
Acho engraçado o grande argumento dos igrejeiros q na pressuposiçao deles so se tem comunhao na igreja.
ResponderSe a igreja tem + q 300 membros ativos e frequentes ja se observa q uma grande maioria frequenta a igreja sem ter comunhao nenhuma na mesma.
O q dira entao das mega-igrejas 5000 - 30000 membros, ai q nao existe comunhao nenhuma mesmo.
É muito + facil eu ter comunhao com 5-10 amigos q vem e frequentam a mha casa ou o mesmo ambiente do q nessas igrejas.
Isso lembra ate um pouco akele pai q foi preso em BH por nao deixar os filhos irem a escola e educa-los em casa. Os garotos tinham um nivel academico maior do q os q estavam na escola. E qual foi o grande argumento dos q eram contra? O mesmo argumento q impera aqui: A falta de socializaçao.
Ora, socializaçao por socializaçao nao depende unicamente da escola, igreja ou trabalho, obviamente q ate ajuda, mas tirando um desses fatores ainda existirao outros q possibilitam a socializaçao da pessoa.
Entao se o maior argumento a respeito da igreja é a socializaçao de pessoas, eu tenho varios substitutivos a altura.
E ainda me vem um cara ai falar sobre concilios, q concilios? Fora o concilio de Jerusalem todos os outros terminaram em pancadaria, pessoas presas, deportadas, com bens confiscados, mortes.
- No de Efeso, Cirilo e Joao foram pro carcere e Nestor acabou deportado;
- No de Calcedonia, Flaviano foi espancado tanto q morreu alguns dias depois.
- No Niceia II a pancadaria rolou solta entre iconoclastas e iconodulos;
E por ai vai...
Pelo menos os argumentos da ceia e da disciplina eclesiastica tem + consistencia, pq esse ta furado.
Tiago,concordo com voce, em seu argumento de que a falsa premissa da comunhao usado pelos igrejeiros eh furado mesmo. Nao se pode ter comunhao em umaa mega-igreja, e em grande parte nas medias igrejas o que se tem eh falsa comunhao. Poucos se conhecem de fato. Por isso mesmo, eu prefiro me reunir com um grupo de amigos e estudar a Palavra sob a supervisao de alguem mais experiente na fe, com conhecimentos a serem compartilhados uns com os outros, ou em uma igreja pequena, mas que tenha verdadeira comunhao entre os seus membros.
ResponderPara completar, a mim me parece que ha uma certa discriminacao por parte de alguns da igreja instituicional, que veem o irmao que saiu de sua igreja por causa de desvios da Palavra por parte desta como "desviado", assim como taxam qualquer outra manifestacao cultural (musical, artistica, filosofica) de demoniaca ou "secular" como se diz muito no evangeliques.
Eu penso na igreja usandpo a teoria dos Conjuntos: dado um conjunto A (a igreja universal, a verdadeira, que so Deus conhece), seus elementos se distribuem em subconjuntos (denominacoes, igrejas instituicionais) que se intersectam entre si, afim de formar o conjunto A. Assim, alguns elementos (pessoas) do subconjunto (denominacao) que fazem intercessao com o cojunto A, fazem parte desse conjunto. O que leva a conclusao que nem todos os elementos do subconjunto B necessariamente fazem parte de A.
Assim sendo, para o mundo, o conjunto A eh invisivel, mas para Deus eh visivel, real e claro. Os subconjuntos (as igrejas instituicionais) sao visiveis ao mundo, mas podem ou nao serem reconhecidos como parte do conjunto A por Deus. Por isso, para que o mundo reconheca a realidade da igreja verdadeira (o conjunto A), eh indispensavel a necessidade de seus elementos se fazerem visiveis, o que creio eu, pode ocorrer por meio da igreja instituicional ou por meio da acao individual (mas com consequencias coletivas em prol do Reino de Deus) e visivel na sociedade.
Assim sendo, pode haver dentro do conjunto A, elementos que nao sao de nenhum dos subcnjuntos (talvez por nao encontrarem um subconjunto que leve sua missao a serio no lugar onde moram), mas que ainda assim, fazem parte do conjunto A, pois foi colocado ali por Cristo.
Renato A. O. de Andrade
Rev. Nicodemos o senhor acha que este artigo é uma resposta a pensamentos liberais que tentam invadir a igreja?
ResponderObrigado por contribuir com minha vida espiritual com esses artigos abençoadores.
Caro Augustus,
ResponderDescobri o teu blog vendo uma palestra sua no Vimeo sobre Hermenêuticas Pós-modernas e me deparei com este texto sobre a Igreja.
Primeiro gostaria de comentar como fiquei feliz com a sua tranqulidade e sensatez em expor a sua opinião e seus argumentos, respeitando a opinião de quem te ouve ou lê. Não sei se você é sempre assim, mas no vídeo e no texto em foco percebi isso.
Posso não concordar com tudo que expôs no texto querido Augustus, mas a forma discreta e amorosa com que escreveu me fez pensar em várias coisas.
Há um bom tempo que tenho tido discernimentos sobre o 'igrejismo' que nos assola há tantos anos. Sei da importância da igreja enquanto comunidade de fé, tanto que estou há muitos anos ligado há um grupo de irmãos muito queridos aqui na cidade de Natal, conhecidos outrora como Igreja Bereiana e há cerca de 10 anos conhecidos como os "sem-nome".
Essa questão já valeria um bom papo, mas é conversa para outra ocasião.
Voltando ao texto, acho que a revisão das nossas "verdades absolutas" sobre o ser igreja é algo iminente. Muitos valores e princípios estão baseados em verdades do Senhor para nossas vidas, mas muitas (e se pudéssemos enumerar nos assustaríamos com a quantidade), muitas são apenas ecos de uma contextualização de uma era cultural anterior ou ranços de interpretações erradas que persistem pelo tempo como sacro-processos.
Parabéns pela sensatez do seu texto. Que Deus te dê forças para continuar a edificar o Seu Corpo com os dons que Ele te concedeu.
Como disse, apesar de não concordar com tudo, refleti bastante no que escreveu. De uma certa forma, também acho que essa idéia de termos que concordar com tudo o que o outro diz tem um certo cunho religioso, no sentido perojativo.
Andar com o outro em amor, mesmo compreendendo questões relativas e contextuais de forma diferente, é com toda certeza a parte mais enriquecedora da nossa jornada.
Afinal, somos todos os pecadores perdoados seguindo aquele que não pecou e nos perdoou.
Abraços apertados de Natal. Sempre que quiser aparecer, tem um bom quarto com uma comida bem quentinha por aqui.
Seu irmão em Cristo,
André Buarque
andrebuarque@gmail.com
Graça e paz.
ResponderImpressionante a capacidade de expressar a respeito do assunto. Fico feliz que alguem traz o assunto a lume. A vida Cristã, não pode ser colocada como uma expressão da nossa vontade e do que achamos mais prático. A verdade de Deus é uma só. Jz 21:25 - Naqueles dias não havia rei em israel e cada um fazia o que achava mais justo. O Rev. Jader disse uma coisa que casa certinho: Deus deixou uma ordem e não autorizou ninguem amexer com essa ordem. Não existe erro de interpretação da biblia, o que existe são crentes mal informados por falta de biblia.O povo erra por conhecer o padrão de Deus e não se importar com esse padrão. Crente que foge dos principios biblicos, pode saber que vão se dar mal. Crente desigrejados não existe essa dimensão de crente na biblia. Congragai-vos ... A cada dia que passa a biblia se revela mais perfeita. Muitos naquele dia,
Tiago,
ResponderVamos lá.
"Acho engraçado o grande argumento dos igrejeiros q na pressuposiçao deles so se tem comunhao na igreja."
Se "igreja" aqui se refere à igreja institucionalizada, organizada, que se reúne regularmente para cultuar a Deus e para comunhão dos irmãos, concordo com você que existe comunhão fora dela, quando dois ou três se reunem para compartilhar, orar juntos e buscar a Deus. Contudo, não se pode reduzir a igreja a isto, conforme já mostramos (ad nauseam) aqui neste post. Onde ficam o trabalho missionário ao mundo, a ação social, os sacramentos, a disciplina, etc.?
"O q dira entao das mega-igrejas 5000 - 30000 membros, ai q nao existe comunhao nenhuma mesmo."
Depende do que você quer dizer com isto. Já estive em cultos de igrejas reformadas com mais de 3 mil membros. Eu era visitante e não conhecia ninguém. Todavia, senti-me em casa. Senti-me parte daquela comunidade, ao ouvir a mesma Palavra, tomar do mesmo pão, beber do mesmo vinho, entoar junto os mesmos louvores a Deus e engajar-me em oração juntamente com aqueles que oraram em voz alta, em público. Acho que isto é comunhão, sim. Se você entende comunhão como intimidade, amizade, conhecer profundamente as demais pessoas, então de fato não tem como ter comunhão numa igreja de 3.000 membros. MAs será que comunhão é isto?
Veja por exemplo a Igreja de Jerusalém descrita em Atos. Num único dia passaram de 120 membros para quase 3 mil (Atos 2:41). O verso 44 diz que eles "tinham tudo em comum". No grego, esta frase é kai echon hapanta koina. Não precisa saber grego para reconhecer a última palava da frase. Pois é, é a mesma palavra donde vem koinonia, isto é, comunhão. Poderia ter sido traduzido "e tinham comunhão em todas as coisas". Duvido que todos se conhecessem. A comunhão que eles desfrutavam é descrita no contexto: juntos, perseveraram na Palavra, no partir do pão e nas orações.
Neste sentido, portanto, uma igreja grande pode ter comunhão, sim.
Espero ter ajudado a esclarecer este ponto.
Abs.
Perfeito!
ResponderEstava pensando sobre isto e tinha chego a conclusões semelhantes...
Pois é tão verdade que comunhão não significa intimidades, que a Bíblia diz "afasta o teu pé da casa do teu irmão, antes que ele se enfade de ti...".
E isto deve valer para a "casa-blog" do irmão, quando fazemos comentários demais, e por isto não farei mais comentários neste post... he he he he...
Grande abraço!
Caros Irmãos,
ResponderCreio que está claro que existem dois tipos de "desigrejados", mas em muitos comentários foi colocado que os mesmos acabam por contrariar o princípio de liderança (e/ou hierarquia) em HB 13.17, contudo, uma tradução mais próxima do original seria: "Permitam-se serem persuadidos (ou convencidos) por seus líderes...". No contexto, um líder é aquele serve de modelo, capaz de mostrar um caminho de maturidade espiritual, é o que Paulo afirmou: "sede, pois, meus imitadores, como eu sou de Cristo"... Paulo é um modelo a ser seguido, porém, devemos ser imitadores de Cristo. Portanto, devemos, sim, sermos persuadidos pela fé, santidade e ensino de nossos líderes ( i.é. os mais maduros) para que também possamos conduzir os mais novos na fé.
Ir. Anderson
Engraçado... e o argumento dos sem-igreja continua sendo a questão da "comunhão" (???), bate-papo informal, "ambiente"... rsrsrs!
ResponderOla Nicodemus:
ResponderSobre sua colocaçao cabe algumas ponderaçoes:
1- No momento do pentecoste haviam pessoas de varias partes do imperio (2:9-11), portanto é sensato pensar q a maior parte dessas pessoas ao voltar para suas terras tenham iniciado la essas comunidades eclesiais (posteriormente apos receber visita de um apostolo as 4 + importantes junto com Jerusalem formariam os 5 patriarcados da antiguidade);
2- Em se tratando de uma igreja perseguida, dificilmente teriamos um local publico onde se aglomerassem 3 mil pessoas, por este fator julgo pensar q eles se reuniam em grupos menores de facil mobilizaçao em caso de fuga, bem como registro posteriores nos dao a ideia de q as reunioes se davam em casas, catacumbas, etc. e nao num megatemplo.
Tendo em vista esses fatores julgo q a comunhao deles era valida dentro do limites propostos.
Finalizando deixo um link de um video muito bom do "One time blinds" intitulado "O q é igreja?":
http://www.youtube.com/watch?v=nWSyZUUL4Wc
É um video pequeno, de apenas 2 minutos, gostaria q quem o assistisse colocasse um feedback aki.
Rev, Augustus, boa tarde!
ResponderGostaria de pedir um sugestão de livros para quem gosta de ler e estudar a doutrina; estou lendo "NOSSA SUFICIÊNCIA EM CRISTO", por indicação de uma amiga da presbiteriana; já escrevi um post, mas como não dá pra lembrar de todos, identifico-me: sou nova convertida e ainda engatinhando nesse mundo maravilhoso que se abriu pra mim. licianeab@ig.com.br
Paz!
Liciane
Oi,
ResponderPor que você diz que a igreja emergente fracassou?
Cláudio.
Tiago,
ResponderReleia o texto de Atos 2. Não está se referindo À igreja que foi dispersa pelo império, mas à igreja que se reunia em Jerusalém. Foi lá em Jerusalém que os 3 mil se reuniam.
O local era o templo de Jerusalém, veja 2:46; 3:1; 5:20,25; 5:42. Ali, nos pórticos ou mesmo nos átrios anteriores à nave, cabia perfeitamente 3 mil pessoas.
Acho que já basta, né Tiago?
Rev. Nicodemus, certo dia eu estava revoltado contra minha igreja. Eu a via como problemática e sem jeito. Depois entendi que isso era o meu reflexo. Eu me considerava assim e transferia para ela minha projeção. Comecei a cair em si nessa situação e entendi que realmente essa igreja de fato era como eu sim, mas mesmo assim com todos os seus problemas ela tinha jeito, ela estava viva, Alguém velava por ela. Havia uma chama que nunca tinha se apagado. Percebi que Deus estava revelando-se para mim de alguma forma. Foi quando então percebi que sem a igreja eu não sou ninguém. Que o melhor lugar que existe nesse mundo para mim é a igreja. Me arrependi tanto, pedi perdão a Deus e estou aprendendo a amar a igreja assim como o Senhor tem me amado. O Senhor nunca desistiu de mim, Ele nunca desistiu da igreja e eu não vou desistir de servir e amar a igreja do Senhor. Obrigado por essa palavra.
ResponderCláudio,
ResponderO movimento não pegou no Brasil.
Abs.
Irmão Anderson,
ResponderVamos ao seu assunto, que é a tradução de Hebreus 13:17. Segundo você diz, "uma tradução mais próxima do original seria: "Permitam-se serem persuadidos (ou convencidos) por seus líderes...".
Abre parêntesis. Antes de mais nada, fico feliz que você citou o grego e a questão da tradução, pois isto me dá a oportunidade de lembrar que as traduções da Bíblia foram feitas por comitês e comissões sustentados e pagos por igrejas organizadas, e foram compostos por homens e mulheres que obtiveram seus estudos em manuscritologia e tradução em seminários e escolas de teologia de igrejas organizadas. Fecha parêntesis.
Consultei as seguintes traduções, e nenhuma adotou esta leitura "mais próxima do original". Veja:
INGLês
ASV Hebrews 13:17 Obey them that have the rule over you...
CJB Hebrews 13:17 Obey your leaders and submit to them...
ERV Hebrews 13:17 Obey them that have the rule over you...
GNV Hebrews 13:17 Obey them that haue the ouersight of you...
KJG Hebrews 13:17 Obey them that have the rule over you...
KJV Hebrews 13:17 Obey them that have the rule over you...
NAS Hebrews 13:17 Obey your leaders, and submit to them...
NIV Hebrews 13:17 Obey your leaders and submit to their authority...
NJB Hebrews 13:17 Obey your leaders and give way to them...
NLT Hebrews 13:17 Obey your spiritual leaders, and do what they say...
RSV Hebrews 13:17 Obey your leaders and submit to them...
FRANCÊS
BFC Hebrews 13:17 Obéissez à vos dirigeants et soyez-leur soumis...
DRB Hebrews 13:17 Obéissez à vos conducteurs et soyez soumis...
FBJ Hebrews 13:17 Obéissez à vos chefs et soyez-leur dociles...
LSG Hebrews 13:17 Obéissez à vos conducteurs et ayez pour eux de la déférence...
ALEMÃO
EIN Hebrews 13:17 Gehorcht euren Vorstehern, und ordnet euch ihnen unter...
ELO Hebrews 13:17 Gehorchet euren Führern und seid unterwürfig...
HRD Hebrews 13:17 Gehorcht eueren Vorstehern und fügt euch ihnen...
L45 Hebrews 13:17 Gehorchet euren Lehrern und folget ihnen...
LATIM
VUO Hebrews 13:17 oboedite praepositis vestris et subiacete eis ipsi...
ESPANHOL
CAB Hebrews 13:17 Confiad en quienes os dirigen y obedecedles...
LBA Hebrews 13:17 Obedeced a vuestros pastores y sujetaos a ellos...
NVI Hebrews 13:17 Obedezcan a sus dirigentes y sométanse a ellos...
R60 Hebrews 13:17 Obedeced a vuestros pastores, y sujetaos a ellos...
HOLANDÊS
AFR Hebrews 13:17 Wees gehoorsaam aan julle voorgangers en onderdanig...
LEI Hebrews 13:17 Gehoorzaamt uw voorgangers en voegt u naar hen...
LUV Hebrews 13:17 Zijt uwen leeraren gehoorzaam en onderdanig...
NBG Hebrews 13:17 Gehoorzaamt uw voorgangers en onderwerpt u (aan hen)...
Como você pode ver acima, todas estas traduções, feitas por diferentes comitês em diferentes países, traduziram o imperativo médio do grego nao no sentido passivo, o que seria possível caso fosse um indicativo. Portanto, não consigo ver como sua tradução está mais próxima do original. Vai ficar difícil dizer que todas estas traduções combinaram entre si, uma espécie de teoria da conspiração, para torcer o sentido do imperativo médio aqui. Desculpe, mas prefiro ficar com a experiência, capacidade e sabedoria deles.
Mas, o fato de sua tradução estar errada não significa que sua idéia também esteja. Ninguém nega que a autoridade e a liderança são melhores aceitas quando os líderes são servos exemplares. Todavia, se as autoridades estão ordenando o que é justo e correto, mesmo que se trate de homens imperfeitos, devo acatar, e tratar a imperfeição deles da maneira correta. Um erro não justifica outro.
Caro Augustus,
ResponderEm alguns locais no meio da Internet esses crentes estão sendo carinhosamente chamados de C.S.I. (Crentes sem Igreja), partindo-se do conceito meio aleijado de que Igreja é o templo.
Um abraço
Caro Ir. Augustus,
ResponderCom todo respeito, a consulta que fiz foi na versão grega do "textus recptus" e "westcott-hort" (LIBRONIX e "nestle-aland(versão on-line, bem como os dicionários Vine (CPAD), Léxico do NT Grego/Português (Vida Nova) e Léxico de Strong.
A palavra original PEITHESTHE (πειθεσθε) em Hb 13.17 deriva de peithõ que significa persuadir, convencer, conquistar. Segundo VINE a "obdiência" sugerida não é submissão à autoridade, mas é o resultado da persuasão, no mesmo sentido o Dicionário Histórico-Cultural do NT (CPAD).
Por favor, me corrija se estiver errado.
Em Cristo,
Ir. Anderson
Noto que há muito tempo tenho ouvido a idéia de que não deveriam haver denominações.
ResponderEssa sempre me pareceu uma idéia estranha. Agrupamentos de pessoas tem nomes porque tem características. Os presbiterianos, metodistas, batistas, petencostais, não não surgiram, como pensam alguns, porque quisessem criar grupos separados, com um nome, e uma estrutura separada do resto da Igreja. Eram simplesmente cristãos que tinham alguns conceitos em comum sobre o significado de muitos textos bíblicos. Foi isso que os fez se reunirem, a busca por viver de acordo com aquilo que criam.
Ocorre que quando um grupo de pessoas com alguma característica em comum (no caso, idéias sobre as Sagradas Escrituras) se reúnem, esse grupo adquire um caráter próprio. Por terem um caráter próprio, são percebidos pelos de fora como um grupo, não como uma massa amorfa de pessoas. Mas se são percebidos como um grupo, serão denominados de alguma forma pelos que não pertencem a esse grupo, o grupo não pode evitar isso, porque simplesmente não manda no uso que outras pessoas fazem da lingugem.
Batista, presbiteriano, metodista, petencostal, tudo isso é apelido. Os críticos das denominações gostam de fantasiar que elas foram fruto de líderes que queriam criar "igrejinhas". Em cada um dos casos das igrejas históricas, isso é o oposto da verdade. Em cada um dos casos, grupos de cristãos que não queriam se separar dos outros, mas apenas trazer ao debate suas posições teológicas, foram rejeitados e tiveram de reunir-se apenas com os que pensavam como eles. As denominações não são fruto do sectarismo, mas fruto do fato de haverem pessoas que eram honestas consigo mesmas. São fruto do debate honesto, fruto da palavra franca. Até mesmo dentro de uma igreja monárquica como a católica romana, os grupos são tão coesos internamente e distintos dos de fora (não só em aspectos menores, mas principalmente na teologia e cosmovisão), que formam, na verdade, denominações.
Todos os domingos eu passo em frente a uma igreja onde se lê "IGREJA DE CRISTO". Esse grupo surgiu de um movimento que rejeitava as denominções, mas são eles mesmos, embora não queiram admitir, uma denominação. Não seria dificil perceber que esse era o resultado inevitável. Que eles haveriam de ter alguma estrutura, mesmo que mínima, também era um resultado previsível.
Ir. Anderson,
ResponderA questão toda não reside na voz do verbo, mas no modo. Peitheste é um imperativo, o modo do verbo grego de indicar comando. Portanto, ainda que fôssemos traduzir "deixai-vos persuadir" ainda assim é uma ordem, um comando para que as pessoas se sujeitem aos seus líderes.
Mas, no caso, como em muitos verbos gregos, quando ele está na voz média o sentido é expresso pelo resultado da ação. Ou sejam deixar-se persuadir significa, ao final, obedecer. Ou seja, "deixem-se persuadir de maneira que obedeçais a vossos líderes".
Assim, peitho no imperativo ativo significa "persuada" e no imperativo médio "obedeça".
Por isto, sem exceção, todas as traduções verteram o verbo neste sentido de obedecer, sujeitar-se.
Abs.
Excelente indicação!
ResponderApesar de ser um assunto bastante polêmico, deve ser encarado de frente, discutido, analisado para que se esclareça melhor o pensamento desses tais "desigrejados" e dar-lhes esclarecimentos, que talvez não tenham recebido em suas igrejas de origem.
Bem, em princípio, os desigrejados estão de certa forma corretos, pois no céu, não haverá espaços apropriados para esta ou aquela Igreja Cristã.
Quanto à atitude de Jesus ter institucionalizado uma Igreja sem mácula, nem ruga..... sem vínculos ou ligações a prédios, e administrações eclesiásticas, entendo que:
- A Igreja Instituída na época dos apóstolos estava tão distante da verdade que, não teria condições de apenas otimizá-la, ou mesmo reformá-la; a abominação já havia chegado no altar e estes por sua vez, não tinham mais moral para ensinar o povo(na época, a maioria era analfabeta).
- Jesus também quis mostrar na prática, que o verdadeiro templo de adoração a Deus, não estava restrito a quatro paredes, mas que nós mesmos, como a menor célula do corpo de Cristo seríamos o templo de adoração a Deus.
- Destacando o ítem anterior, que Deus nos considera TEMPLOS de adoração a ELE, o Deus Criador e que nós mesmos não somos nem pequenos nem grandes deuses.
- Jesus também demonstrou na prática que as ordens de ligar e desligar, viriam do céu, diretamente do trono de Deus, e não do trono das igrejas enquanto instituição falida e longe do caminho da verdade.
- Nestes 2000 anos presenciamos através da História, tanto secular, quanto da História da Igreja, quantas heresias começaram a fazer parte do pensamento cristão e também quantas doutrinas de homens e até mesmo de demônios foram introduzidas nas crenças eclesiásticas e que afirmam como verdade!
- A Igreja institucionalizada na época de Jesus, tinha atitudes tão contraditórias, que até Pilatos não sabia o que era a "verdade" (João 18:38). Quando Pilatos disse aos judeus que não via crime algum em Jesus, estava naquele momento, agindo como disse Jesus: "Se estes se calarem, as próprias pedras clamarão" (Lucas 19:40)
- Muitos desigrejados assumiram publicamente essa posição, porque devem ter presenciado nas igrejas em que estavam membrados, a apostasia e abominação no meio da liderança eclesiástica.
Com estas considerações, meu conselho a tais seguidores dessa prática de desigrejados, é que nunca encontrarão aqui na tera uma igreja perfeita; mas é impostante encontrar um lugar onde possam sentir a presença de Deus, onde possam comungar com seus irmãos fraternais, onde possam manter a Unidade do corpo de Cristo e por fim, contribuirem para fazer a diferença aqui na terra.
Palavras de Jesus: "Ai do mundo, por causa dos escândalos; porque é mister que venham escândalos, mas ai daquele homem por quem o escândalo vem!" (Mateus 18:7)
Ir. Anderson,
ResponderLíderes são seguidos. Chefes, obedecidos. Gerentes, burocraticamente respeitados em nome da instituição que representam.
Em todos os casos eles podem ser ignorantes e, como tal, ignorados. A capacidade de julgar, em cada caso, caracteriza a maturidade da consciência do sujeito cristão.
Gnófilo Gouveia
É impressão minha ou o senhor no meio da foto se parece com o Sir Conrad Black?
ResponderOla, Rev. Augustus!
ResponderGostaria de saber se email, pois gostaria de tirar uma dúvida-conselho.
Abraços
C. Henrique
O mais interessante que os modelos administrativos são cópias dos modelos militares e eclesiásticos, Os modelos de administração de hoje, tais como os pensamentos de Cottler entre outros surgiram na reflexão dos modelos da igreja, a Igreja ja tinha modelo administrativo antes da burocratização e dos modelos mais modernos. Toda Igreja é imperfeita e, eu serei sempre parte desse corpo.
ResponderAugustus Nicodemus
ResponderProfessor, esse post tem alguma relação com as idéias dos liberais?
Achei a sua postagem primorosa e lúcida. Parabéns pelo texto.
ResponderPertinente esse texto, e concordo que devemos entender que ser cristão é viver sob o crivo da palavra de Deus, por mais dificil que isso pareça para nosso duro ego. Porem, faz-se necessario alguns interrogações, pois não é bem assim nossa dura realidade como membros, e voces sabem bem do que estou falando.
ResponderBem, vou terminar de ler os comentarios e elaborar melhor alguns questionamentos e posto depois.
Boa tarde, irmãos. Há meses atrás, li o livro "Por que você não quer ir mais à igreja?" e notei muitos pontos pertinentes nas críticas dos autores, embora não tenha concordado com tudo. Tenho uma formação doutrinária batista e, desde 2005, passei a me congregar na Igreja Evangélica Maranata, aqui em Nova Friburgo. Minha atual igreja começou através de reuniões informais que ocorriam dentro de um colégio aqui na cidade até que, num determinado momento, criar uma uma pessoa jurídica e obter uma inscrição perante o CNPJ tornou-se necessária para que determinadas atividades pudessem ter continuidade, pois a Prefeitura, por exemplo, exigia tal condição para autorizar certos eventos em locais públicos. Atualmente com sede própria, não se reunindo mais no colégio, a institucionalização é algo que tem servido às atividades da igreja. Contudo, sempre devemos indagar se de fato é a instituição que de fato anda servindo à Igreja ou se estamos praticando o contrário? Não penso que os desigrejados em sua totalidade queiram ser cristãos do jeito deles. Vejo dentre os desigrejados muitas pessoas sedentas para encontrarem uma igreja com a qual eles possam verdadeiramente se relacionar. Eu mesmo, de 1993 até 2005, por 12 anos, fui um desigrejado mas que também estava desviado dos caminhos do Senhor. Por um lado eu desejava encontrar um grupo de cristãos que vivessem como nos primeiros anos da Igreja em Jerusalém. Por outro lado, eu também estava vivendo em pecado e em dificuldades para enfrentar a mim mesmo. Eu não me abria e nem procurava ajuda. Também achava que em termos doutrinários os batistas eram os mais corretos. Em 2005, porém, decidi que estava na hora de retornar para o convívio na Igreja. Decidi que, independentemente de concepções doutrinárias ou teológicas, eu precisava voltar a ter relacionamento com meus irmãos, o que é fundamental para o meu crescimento espiritual. Foi aí que precisei romper com a minha soberba, com o meu orgulho e com o meu comodismo. Comecei a frequentar uma nova igreja mesmo sem concordar com tudo. Para mim já não importava mais a denominação, pois o que passou a me interessar é abraçar os meus irmãos, orar por eles, estar com pessoas, visitá-las e contribuir com os dons que Deus tem me dado. Finalizando, acho que nós cristãos precisamos nos congregar, procurando estar junto com uma igreja sempre que possível. Se amanhão eu me mudar para uma localidade rural onde exista apenas uma congregação da Assembléia de Deus, por que não me aproximar desses irmãos assembleianos, mergulhar no universo deles e ajudar a comunidade na qual estaria inserido? E se um dia for para um lugar onde só existem católicos, talvez eu tentaria fazer o mesmo.
ResponderSr. Nicodemus, Não li o texto todo "ainda" que levantou tantos comentários!! Achei o máximo!! Meu interesse nesse contato é porque irei apresentar um trabalho sobre o senhor na faculdade: Biografia, bibliografia, linha teológica defendida... Bem, consegui algo na net:uma biografia resumida no wikipédia, algummas resenhas sobre suas obras... mas pensei que poderia "diretamente" por email pegar alguns esclarecimentos. Pelo que percebi o senhor responde aos blogueiros.
ResponderBem, fico grata desde já e aguardo o contato.
Parabéns pelo seu trabalho e dedicação. Deus deve estar muito, muito feliz.
Paz
A Paz do Senhor Jesus, Caríssimo Irmão Augustus.
ResponderBravo, Bravíssimo!
Mas, a saída, onde está a saída?
Dione.
Muito interessante seu texto sobre os desigrejados, todavia, é o seu pensamento que expressa ali, a razão dentro da "sua" razão, não quer dizer que seja a verdade, hoje vejo a igreja de outra forma, os Padres e Pastores nos ensinam o que é conveniente para sua igreja, pode até ser que eles acreditem em suas pregações, pois foi como foram ensinados, às vezes penso "será que Jesus morreu em vão", pois ele veio para dizer que as Leis de Deus estavam sendo pregadas de forma errada, ninguém deve julgar, condenar, apontar e sim amar todas as pessoas independente de qualquer coisa, que pecado não é o que vai boca adentro e sim o que sai da nossa boca, ele pregava a humildade, ele não andava em carruagens de luxo, as igrejas até hoje pregam o que lhes interessam do velho testamento, Jesus veio dizer que algumas Leis de Moisés estavam ultrapassadas, e por isso foi condenado e crucificado, Moisés dentre outros profetas, tinham tantos pecados e ainda assim ordenavam para que apedrejassem as prostitutas, arrancassem as mãos dos ladrões, enquanto se embriagavam e dormiam com as próprias filhas,ou com Escravas...Absurdo!!!queriam ser livres e tinham escravos, tudo que eles faziam era aceitável, por que? Por afinidade com Deus??? Eles eram os propagadores das mensagens divinas, eles que ditavam as Leis, então pra eles valiam tudo? Como é hoje na política, as Leis só se alicam para o povo...Eu creio em Deus, em Jesus, acredito que ele morreu para que pudessemos ser pedoados de nossos pecados, tenho muitos pecados, com todas as pessoas da Terra têm, mas sei que Deus conhece o meu coração, a minha alma, peço a Ele que me oriente, que me dê sabedoria e que não deixe meu coração endurecer perante tanta maldade no mundo, mas não acredito ser necessário participar de nenhuma instituição religiosa para isso.
ResponderA Graça seja sobre o senhor, Dr. Augustus;
ResponderUau, se tivesse tido a oportunidade de ler seu post antes do nosso precioso tempo em Palavra da vida-Caldas, certamente minhas dúvidas seriam menores...
Louvo a Deus pela clareza com que suas palavras chegam ao nosso intelecto e, através disso, o evagelho alcança o objetivo pelo qual ele existe, transformar!!
Compreendo a realidade dos desigrejados, mas a nossa escolha sempre deve ser agradar a Cristo em primeiro lugar,assim sendo, a igreja continua sendo a noiva...
Deus o abençoe!!
Obrigada pelos conselhos!
Sarah MEndes
Eu sou um desigrejado, não porque seja desviado, mas porque sofri uma, uma não, várias decepções na minha congregação. Eu sempre prezei pelo escrutíneo da Palavra e minha igreja queria (quer) seguir a moda. Fui quase linchado por criticar os desvios toscos (prosperidade, conversão sem convicção, pregações públicas regadas a línguas estranhas, etc), fui cassado até no seminário de teologia da igreja. Minha vida cristã tornou-se um estresse. Até que um dia, revoltado porque o culto começava as seis e os ministros só chegavam às 6.45, resolvi pregar sobre ordem e decência e o principio regulador do culto... Enfim, o Pastor disse que eu estava certo, mas a membresia que cometia os erros eram os grandes sustentáculos financeiros da igreja. Não aguentando mais resolvi deixar a igreja (Pentecostal) e estou há meses tentando encontrar uma forma de não errar de novo, pois nasci naquela denominação há 15 anos e não curto muito pular de galho em galho. Perto da minha casa há muitas igrejas, mas todas na mesma linha (pentecostal ou neo). O que fazer?
ResponderMeu querido pastor, gostaria de pedir que se for possível, me conceda a oportunidade de corrigir o posts que mandei.Se o senhor assim o fizer irei postar o mesmo, mas desta vez corrigido.Estava com meu bebê chorando e não conseguia fazer as duas coisas ao mesmo tempo. Muito grata.
ResponderRegy sales.
Regy,
ResponderSeu comentário foi excluído a pedido.
Abs.
A paz queridos ! Confesso que esse novo conceito de igreja(desigrejados) é novo pra mim. Estou aqui pensando... essas pessoas não congregariam em minha igreja onde sofremos(eu e esposo) todo tipo de humilhação.
ResponderMeu marido é responsável pelo retro-projetor, tendo que chegar antes de todos. Outro dia teve que sair durante o culto para buscar o pregador que estava em apuros no trânsito. O nosso pastor indo cantar os hinos ficou furioso em meio á igreja, por meu marido não está lá e começou a amaldiçoa-lo dizendo : "maldito, maldito, quem faz isso é um maldito, pois a bíblia diz que aqueles que fazem a obra de Deus relaxadamente é um maldito". Ficamos muito sentidos . Mas ele ao chegar em casa se trancou em seu quarto e chorou copiosamente, escondido dos nossos filhos, para eles não verem. Passaram-se alguns dias, então meu marido pediu perdão ao pastor e ele o tratou de forma mais dura ainda; dizendo que ele não voltasse a repetir novamente o acontecido. Não Percebendo que ele estava a serviço do culto, indo buscar o pregador.
Quando não pagamos (nós igreja ) as coisas que nos são impostas a pagar em dia, nosso nome é lido lá do púlpito. Todos têm medo e preferem dever a outra organização do que a igreja . Isso são alguns casos que são relatado, mas existem outros mais fortes.
Quero com isso dizer que, ainda estamos lá e que embora as vezes não concordando com o governo aprendemos a amá-lo( pastor), pois é um homem frágil que quer se manter no ministério realizando a meta que lhe é proposta por seus superiores, do contrário arrumam outro "melhor" que ele para substituí-lo. Antes que pensem que sou de uma igreja dessas que toma dinheiro, quero dizer que sou assembleiana.
Não é saindo da nossa igreja que resolvemos o problema que há nela. É talvez, nos mantendo lá e mostrando que ensinamos aos nossos líderes mais do que aprendemos, com eles. Peço perdão
se não consegui me expressar de forma mais clara.
Regy Sales.
Graça e Paz!
ResponderComo a nossa casa é feliz, mantendo nosso relacionamento com o Autor e Consumador da nossa fé Jesus Cristo, através da leitura da Sua inerrante Palavra, orando, ajudando os pobres, órfãos e as viúvas.
Afinal, cristianismo não se trata de uma religião e sim, como mencionado acima, de relacionamento pessoal com Deus.
Imaginem ter que submeter nossa família ao homens e suas idiossincracias quer morais ou teológicas, mormente se forem maçons.
Laus Deo
Li o maravilhoso texto assim como alguns comentários. Não prego o desigrejar-se como alguns radicais mas acho que tem muita gente que gosta de sofrer além da conta. Imagine ficar em uma igreja onde sabemos que não está de acordo com as sãs doutrinas das Escrituras Sagradas. Imagina entrar e sair de uma igreja sem nem ser notado, a não ser na hora da coleta das ofertas que, se não for à frente, fica sozinho e aí todos dão uma olhadinha para você. Imagina ser abandonado na hora que mais precisa de uma palavra pastoral. Ficar numa igreja dessas é como aquela estorinha sobre o fanático que ficou em um local que estava sendo inundado. Estiveram ali todos os que poderiam ajudá-lo, mas ele era irredutivel quanto ao esperar a ajuda de Deus. Quando, chegou no céu, foi reclamar com Deus sobre o não ter ido salvar e Deus lhe disse que havia enviado tantos anjos e ele os recusou.
ResponderAmado, alguns irmãos sofrem em suas igrejas por que ainda não conheceram a liberdade que a verdade pode oferecer como avisou Jesus Cristo. Viver num local sofrendo não é o que Deus quer prá nós. A palavra diz: "No mundo terei aflições..." Estão pensando que esse mundo é a igreja. Não concordo! Acho que a igreja é um lugar de relacionamento e tem que ser agradável. Pastoreio uma igreja pequena e, sempre dou atenção a esse fato. Somos felizes, mas todos são livres para ir e voltar.
Acredito que nessa questão igreja institucionalizado x "vôo solo" tem vantagens para cada um dos lados. Na igreja como instituição um mau líder acaba levando todos para o buraco. Acho que o líder concentra poderes demais, isso não é saudável, pois várias vezes já vi líderes se perderem e levarem junto toda igreja. Fora isso, é possível a pessoa se acomodar e achar que ir a igreja assistir culto é o suficiente para ela. Quando se está sozinho vc tem que buscar a Deus por si mesmo, é isso ou nada. Por outro lado, não ter uma instituição trás outros problemas, como a falta de pessoas para compartilhar sua fé e por consequência a falta de advertência caso vc esteja errando o caminho. Também é muito complicado para criação de filhos (eventos na igreja são ótimos e elas podem crescer com pessoas com os mesmos valores que elas) e para a conversão de novas pessoas. No entanto eu discordo no que diz respeito a pessoa não estar em uma igreja para não se limitar e fazer o que quer: embora possa ter gente assim, eu não chamaria de cristão quem não é capaz de se submeter a vontade Divina. Cristãos de verdade são que aceitam verdadeiramente Jesus na vida, e isso só já basta para a pessoa ter uma mudança de vida e não andar como as pessoas do mundo. No meu caso infelizmente não tenho igreja institucionalizada e sei a falta que isso faz. Mas também não me atrai a idéia de entrar em uma instituição corrompida por idéias e práticas anti-Bíblicas, como as que eu conheço. Felizmente tenho uma noiva que verdadeiramente é minha Igreja. Se Deus quiser que no futuro estejamos em alguma instituição, resta-nos ouvir a voz Dele naquele dia e seguir.
ResponderAtualmente, sou um cristão desigrejado e lamento muito por isso. Como é difícil manter a altitude de cruzeiro, sem a ajuda da tripulação. As turbulências são constantes! Se não fosse pela fé no controle de tráfego aéreo, certamente minha aeronave já teria caído.
ResponderNão me considero um sujeito revoltado com a igreja. Pelo contrário, visto que ela me amamentou enquanto eu não podia comer. Mas um dia tive fome, queria almoçar, mastigar, saborear, porém a comida veio sem tempero, sem gosto e sem consistência. Um alimento tão amargo, que para degustá-lo seria preciso utilizar-me de talheres banhados a hipocrisia.
Não que eu desejasse um manjar impecável, pois sei bem que nem o chef, nem meu paladar são perfeitos. Eu só queria um pouquinho mais de capricho e empenho. Mas parece que a especialidade da casa era mesmo o leite.
É triste constatar que nossas igrejas estão se transformando numa espécie de jardim da infância espiritual. Onde o maior mérito dos membros é o de não crescer, de continuar sendo sempre meninos em Cristo.
O resultado é uma multidão de pseudo-evangelizados, narcotizados e tolhidos, encontrados aos montes sobre os bancos das instituições cristãs. Tristes vítimas da Síndrome de Estocolmo. Dependentes físicos e psíquicos de migalhas jogadas ao vento. Certamente, a pior de todas as drogas. Em tempo de carência afetiva e espiritual, vicia mais que crack!
Pessoas cujos pensamentos foram reformados com a mais cruel de todas as armas, por meio de uma lavagem imunda que cerceia a capacidade de pensar. Matam sua sede com gotas de cisternas rachadas e se dão por satisfeitas.
Não sou libertino. Vivo sob o julgo da autoridade máxima e conto com a ajuda do Espírito que habita em mim. As penalizações e correções vêm por intermédio da minha consciência, afinal tudo me é lícito.
Eu também não tenho ilusões quanto a estado atual da igreja. Agora, o fato dela ser imperfeita, não quer dizer que não devemos lutar para melhorá-la. Se temos a capacidade de perceber seus erros, temos também o DEVER de saná-los. Ou a candeia foi acesa para ser colocada debaixo da cama?
Acho que está na hora de retirarmos um pouco da psicologia de dentro das nossas igrejas, seja ela da corrente behaviorista ou da PNL, e a substituirmos por amor. Onde há técnicas demais, se perde a espontaneidade e sinceridade do coração. Não fui apresentado à verdade, para me tornar um sofista cristão. Ainda opto pelo vôo solo, afinal, prefiro me virar sem tripulação, do que perder minhas asas.
só para pensarmos um pouco...as seitas pregam justamente um conceito de que fora de suas instituições não há salvação...
Respondersegue anexo um trecho da confissão de fé de westminster.
II. Os santos são, pela sua profissão, obrigados a manter uma santa sociedade e comunhão no culto de Deus e na observância de outros serviços espirituais que tendam à sua mútua edificação, bem como a socorrer uns aos outros em coisas materiais, segundo as suas respectivas necessidades e meios; esta comunhão, conforme Deus oferecer ocasião, deve estender-se a todos aqueles que em qualquer lugar, invocam o nome do Senhor Jesus.
Para realizarmos esta comunhão é necessário instituição?
Para a igreja contribuição horizontal é quase uma blasfemia, pois pedem que os crentes doem seu dinheiro para alimentar este sistema que os homens criaram, com salários seus respectivos encargos trabalhistas (ferias, 13° salário, fap(fgts presbiteriano)) penso se o pr. de Jerusalem tinha tudo isso... Tanta defesa da instituição se tem por que os lideres destas, não conseguem viver pela fé e sim vivem da fé( boa fé de muitos)
apenas pense segundo Cristo pensou...Quem são os fariseus hj?
Como Cristo agiu com eles?
Abraço e Que Jesus o hermeneuta,exegeta e executor de toda a fé nos abra os olhos!
Abraço
Cleber...
Concordo com o que o você disse, porém aqui em minha cidade, não encontrei ainda nenhuma instituição "reformada", resido em uma cidade com mais de 200mil habitantes, e todas as igrejas que conheço são pentecostais ou neo-pentecostais. Sou "convertido" na igreja quadrangular, já passei por um núcleo da Lagoinha aqui em divinópolis/mg, e hoje "sou membro" de uma igreja que tem menos de 3 anos de aberta. Mas acontece, que de 1 ano pra cá, após aprender sobre Calvinismo, Reforma Protestante, a vida de Lutero, e notar que muitas coisas (práticas) que acontecem nas igrejas que já fiz parte são pura "Heresia". Prá falar a verdade, não consigo mais assistir nenhum programa dito evangélico na TV, não suporto mais assistir aos cultos de minha igreja por tudo que é dito no pulpito de lá, (ex: A esposa do pastor fez e faz cursos com Neuza Itioca, e uma vez a "pastora disse que os filhos bastardos, se não quebrarem a maldição de bastardia não serão salvos, ainda que convertidos, não serão salvos se não quebrar essa maldição, que no caso, o sacrifício de Jesus não basta). Isso é o mínimo que é falado em minha igreja e por isso não consigo mais participar dos cultos, porém ouço as conferencias da fiel, ouço as palestras suas, de Nicodemos e vários outros.
ResponderO que fazer? Onde congregar? Na verdade, não tenho nenhuma pessoa que pense como eu, muito pelo contrário, dizem que estou exagerando e que posso estar em rebelião. Não sei mais o que fazer.
Concordo com o senhor. Mesmo sabendo que existe muita gente boa de Deus dentro deste grupo, mas reconheço que a maioria são intolerântes com os que pensam diferente deles. Nos chama de religiosos, não conseguem lidar com seus semelhantes, falam tanto do Evangelho mas não conseguem andar uma légua com um irmão que professa a mesma fé e que congrega. Concordo plenamente com o senhor. Peço permissão para copiar seu artigo, postarei na quinta feira. Paz e obrigada!
ResponderOi, Rô -
ResponderSim, pode copiar o artigo, ficaremos honrados.
Um abraço!
Prezado Nicodemus o debate foi quente aqui hem - que "inveja" do seu blog!!!rsrsrsrsrsrs!
ResponderO que vale para mim é o que é de fato a Igreja - e foi isso que tentei discorrer no meu novo post. Gostaria do seu comentário na minha página quando for possível!
Abraços Orlando
souteologico.blogspot.com
Achei muito interessante o artigo, porém sabemos que para toda mudança temos que ter uma justificativa para o caso de algo dar errado ou par justificar o fato e a dissertação foi sobre justificativas, eu, porém gostaria de saber se os citados desigrejados simplesmente rompem com a igreja ou se autoexcluem por motivos justificáveis?
ResponderEu, quando me converti em 1973 sofri muito com a discriminação de algumas pessoas.
Isto é uma verdade inegável. Parabéns pelo POST. Bastante objetivo.
ResponderSe olharmos bem na Historia,veremos grupos de Cristaos locais,dispersos por todos os lados,sem ligacoes uns com os outros diretamente,porem ligados a CRISTO diretamente,pois se reuniam em nome do SENHOR,sem templos,nomes,organizacoes,seja la o que quizerem chamar,eram simplismente CRISTAOS que se reuniam como em Hebreus 10;25.
ResponderJESUS nunca disse que tinha que perticipar de Igrejas organizadas,em vez de ir as Igrejas,como se isso fosse regra,de ir a um local,dentro de um tempo e espaco,como se DEUS pudesse somente estar ali,isso nao e Biblico,nem Historico,'Mais onde estiverem 2 ou mais ali estarei'Mateus 18:20,isso esta na Biblia,Temos que ser a IGREJA,e nao ir a igreja,A igreja de DEUS,nao esta vinculada a nomes institucionais,nem a Homens,por mais inteligentes que sejam,esta certamente espalhada pelos quatro cantos da terra,e nao tem um nome, diferente do que o dono dela e fundador deu,A MINHA IGREJA,quem esta ligado a JESUS pela FE,e Igreja.
Muito esclarecedor. Vou usar esse texto para explicar para as minhas filhas como é importante fazer parte da Instituição Igreja.
ResponderConcordo que muitas pessoas sentem falta de serem pastoreadas, pois às vezes o pastor cuida de outras coisas e não das ovelhas. Mas isso não pode ser motivo para saírem da vontade de Deus que é está ligados no corpo, a Igreja.
Dr. Nicodemus, fico feliz em "vê-lo" em ação!!em Efésios 4:11 vemos que Jesus pessoalmente presenteia a sua igreja com ministérios para sua edificação,no final da lista,está lá : doutores... nunca precisamos tanto dos doutores na casa de Deus!!o sr. é um presente de Deus para a igreja brasileira !! abraços!!
ResponderPr.Jocksan soares
"Fica praticamente impossível nos mantermos sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos, confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados." Concordo plenamente. Sem sermos igreja o Cristianismo fica "vazio", porem eu gostaria de acrescentar uma "PALAVRA" na lista acima: GRAÇA, pois sem ela toda instituição se torna legalista
ResponderMeu irmão, estive por anos fora da instituição 'igreja', senti-me como alguém que está na chuva sem o guarda chuva (desprotegida). Voltei, porque o Senhor da igreja me trouxe de volta. Depois disso passei a enxergar a igreja Invisível dentro da instituição organizada da igreja. Não há como a igreja existir neste mundo sem se organizar. Mas a igreja invisível está presente, viva e pujante dentro desta organização. Portanto, ela sobreviverá sempre!!!
ResponderOlá Rev.Agradeço a Deus pelo seu texto.Fiquei feliz de ver que o senhor foi diretamente aos equívocos e erros desse movimento que se alastra rapidamente entre o meio evangélico.
ResponderTenho lidado com esse problema diariamente, pois muitos colegas tem caído nesse erro e por isso peço encarecidamente que o senhor me indique alguns bons livros que a luz das Escrituras possam me ajudar a construir um conhecimento mais sólido para uma postura mais embasada e incisiva contra esses erros.
Desde já muito agradecido.
Um grande abraço.
Janyson Ferreira
Sou um desigrejado consciente e tranquilo.Sem drama.
ResponderComo igreja somos um corpo bem ajustado com o padrão Bíblico estabelecido por Cristo e se Ele não se envergonhou desta igreja quem sou eu para tal feito. Austado ao corpo pensamos e falamos uma só língua a do corpo. "Ora, tanto o que santifica quanto os que são santificados provêm de um só. Por isso Jesus não se envergonha de chamá-los irmãos." Hebreus 2.11 Abraço pastor Augustos Nicodemos e obrigado por seus escritos em defesa da fé que uma vez nos foi dada. A paz de Cristo Jesus Nosso Senhor e Salvador.
ResponderOlá Reverendo! Muito bom o texto, Deus lhe abençoe, mas o senhor tocou num assunto que me levantou certas dúvidas no que dizem respeito a igreja.
ResponderSei que talvez possa fugir um pouco do assunto do texto do senhor, que trata da questão da igreja primitiva e os desigrejados, mas acredito que tenha um pouco a ver..
Qual relação o senhor acha que deve ter a igreja e a bíblia? Uma vez que os registros bíblicos do NT derivam da experiência da igreja primitiva. Por isso teriam os sucessores dos apóstolos autoridade equivalente à destes registros, no caso, a escritura deve estar no mesmo patamar da tradição( sucessão apostólica)?
Se o senhor puder me ajudar com esta questão me será de grande valia, pois tenho um amigo que tem sido muito influenciado por católicos ortodoxos e gostaria de ajudá-lo também com estas questões.
Que Deus o abençoe;
Yuri
Não existe ir a igreja, nós somos a igreja. Existe é ajuntamento de igrejas, congregação de discipulos. Ir à "IGREJA"(Prédio, parede) foi uma invenção da igreja institucional para trazer terror aos fiéis que por algum motivo deixam de frequentar seus "cultos" regulares, pois se o fiel deixar de frequentar não haverá regularidade da arrecadação dos dízimos e ofertas, ou seja, não haverá receita, não hevendo receita não há salário pastoral, não há sustento da família do Pastor e por ai vai!!!!!
ResponderEm suma:
ResponderOs desigrejados são aqueles que ao invés de se posicionarem como servos se colocam no "Reino" como juízes, e se achando melhores, mais santos e certos, condenam aqueles que vivendo na igreja institucionalizada cometem erros. Se esquecem que Jesus Cristo está edificando a Sua igreja. Ele é o Senhor da igreja. Estou nela, de todas as formas, invisivel e institucionalizada. Amo a igreja do Senhor.
É bem interessante, esse assunto pois é a nossa realidade como igreja, desde já entendendo que o sucesso ao qual a igreja primitiva tinha, hoje nós não estamos tendo, vale a pena ressaltar que hoje vivemos em muito rituais, táticas, estratégias de como ganhar de como consolidar, o que deve e o que não deve ser feito em nossas igreja que não estamos tendo a dependência do Espírito de Deus, em nossas igrejas nós estamos focados em ensinar aos nosso irmão maneiras de como abordar pessoas, excesso de sabedoria humana e nada de Deus, e uns dos grande motivos dos desigrejado existirem a culpa toda é nossa pois só porque vestimos um terno, temos formação teológica temos anos de conversão não damos a mínima atenção para o que esses tipos de pessoas que muita das vezes tem sido instrumento de deus trazendo a igreja a realidade que precisa ser mudada, sou seminarista e congrego sou feliz por congregar ,mais também entendo que mesmo na congregação que estou necessita de algumas mudança. parabéns Pr. Augusto Nicodemos, tenho certeza de que Deus está te usando para trazer essa realidade para igreja de nossos tempos. Deu te abençoe
ResponderQuerido reverendo Augustus Nicodemus, tomei a liberdade de copiar esta matéria na integra e publicá-la no meu blog, por achá-la oportuna diante dos inúmeros comentários que temos ouvido e lido a respeito deste importante assunto. Com certeza dei os devidos crédito a quem é de direito. Grande Abraço, continue na santa paz de Cristo.
ResponderGraça e Paz queridos Irmãos, faço parte deste grupo de cristãos que não se conforma com este mundo e com os abusos que a Igreja de cristo esta sofrendo hoje, e por isto sai da denominação e não da Igreja com é falado (aos sem Igreja ou desigrejado) e junto com milhares de Irmãos descobrimos que é possível voltar a simplicidade da Igreja de Cristo.
ResponderSegundo a semântica da palavra, Igreja vem de Eclésia, palavra grega que significa: Assembleia dos chamados para fora. Segundo a Palavra de Deus, a Igreja compõe-se de todos aqueles que foram redimidos e regenerados pelo Espírito Santo, e pelo sangue de Jesus através do crer e receber Jesus como seu Senhor e Salvador, do passado, presente e futuro. Se formos ver pelo princípio da palavra, realmente ser Igreja é ser chamado para fora do mundo, separado, raça eleita, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. A Igreja é o Corpo de Cristo, é a continuidade do que o Senhor Jesus fez aqui na terra, é o Sonho de Deus. Na Igreja existe a realidade do Reino de Deus aqui na Terra, é aonde o Senhor age, fala, se move, abençoa, pois Ele mesmo é o cabeça do Corpo, ou seja, a Igreja é a continuidade do próprio Cristo. A Igreja não é uma organização, ou um templo físico, uma instituição, a Igreja é um organismo vivo, é o noiva do Cordeiro, que é Cristo, e um dia será arrebatada na segunda vinda de Cristo.
Blogs e Sites que também estão ajudando muito com um bom conteúdo a Respeito; http://equiorganica.com/ http://faleidejesus.com.br/ http://igrejanoslares.com.br/ http://paoevinho.org/ http://www.irmaosemsamonte.com.br/ http://igrejaorganica.blogspot.com/ http://faleidejesus.com.br/ http://missoes2020.org/site/ http://igrejanoslaresemaltinho.blogspot.com.br/
Concordo com o seu pensamento.
ResponderDigo que é possivel, ser cristão sem estar frequentando um templo, não porque quero ser cristã fazendo a minha própria vontade, porque não a quero fazer,não aprendemos apenas a palavra de Deus indo em uma igreja, mas se a lemos e a praticarmos, de nada adianta frequentar templos e não ouvir com o coração, mas apenas com os ouvidos,ou então ver o que os outros membros fazem e fazem os mesmo, só porque eles o fazem.Só podem ver o reino de Deus se nascerem do Espírito, e quem ensina a vontade de Deus é o Espírito Santo e não os homens.A vontade de Deus deve ser feita em qualquer lugar a qualquer pessoa, o que muitos não sabem é que devem buscar a Deus, receber Jesus e conhecer a Justiça de Deus, ser guiados pelo Espírito Santo, só assim seremos libertos e salvos. Quem salva é Cristo. Os templos não podem salvar ninguém, se nem aqueles que estudam a bíblia conhecem a Deus,um exemplo é o Saulo que depois se tornou Paulo, quando era Saulo conhecia as escrituras, mas não conhecia a Deus, mas depois que ele conheceu o reino de Deus e foi instruído pelo próprio Cristo e praticava o que ensinava, só ai se tornou um apóstolo de Cristo.Creio o que seja importante é obedecer a Deus, fazer a sua vontade, de nada serve ir em culto, mas não amar o proximo. A primeira coisa que o verdadeiro cristão deve ter em mente é renunciar as suas próprias vontades. Não podemos limitar a Deus apenas a bíblia, como Jesus disse eu sou o caminho a verdade e a vida,claro que o que for verdade vai convergir para o que esta na bíblia a bíblia toda a verdade é dele, não necessariamente pra ser verdade tem que ser dito exatamente como esta na biblia, pq se não tiver não é vdd, a propria palavra diz, que devemos exortar uns aos outros, como exortar alguem quem segue o homem e não a Cristo.
ResponderOlá Augustus Nicodemos
ResponderPor favor, me desculpe estar fazendo comentário sobre outro assunto.
O chip que está sendo colocado dentro da pele é a marca da besta?
Você fez assunto que explica sobre esse chip?
Se for verdade que esse chip é a marca da besta, como sobreviver na época que será proibida a compra e a venda para quem não tiver esse chip dentro da pele?
Olá Augustus
ResponderVocê não irá responder esta minha dúvida sobre o chip que está sendo colocado dentro da pele?
Graça e Paz ,
ResponderPastor Augustus ,
O grande problema é quando alguém sai do neopentecostalismo ,mas não encontra na sua região uma igreja biblica, alinhada com a reforma. O que fazer na sua opinião? congregar em uma igreja Pentecostal ?
Grato,
Julio Marques
Boa noite! Me reuni com alguns irmãos "desigrejados", na verdade eles não se reuniam em casa, mas em uma salão, mas não tinham um nome denominacional, aliás qual versículo apoia um nome denominacional? Ao contrário do que ensinam eles tem seus líderes, porém não usam vestes que os diferenciam dos demais irmãos, não são tratados como super crentes, diferentes dos demais membros. Eles entendem que o pastorado ou presbitério é um dom, mas não usam esse título para diferencia-los, aliás, qual versículo diz: "apóstolo Paulo", "presbítero" Pedro? Pelo que li até hoje vi Paulo, apóstolo e Pedro, presbítero. Infelizmente os líderes de hoje são tratados com MUITA, mas MUITA diferença dos demais irmãos, e quando esses irmãos tentam mostrar que não é bem assim, são tratados como aqueles que não querem se submeter a liderança, nunca vi isso onde me reunia.
ResponderLá estudávamos a bíblia expositivamente, ficamos 2 ANOS estudando a carto aos Coríntios, ah! somente a Primeira carta.
Os irmãos que eram os líderes não recebiam salários e visitavam todas as congregações da região, umas 10 pelo menos, com o dinheiro do próprio bolso, e isso faziam constantemente, indo em todas elas durante o mês, semana após semana, sem contar nas visitas que faziam em outros estados, Amazonas, MG, Paraná e outros países. Alguns trabalhavam e outros viviam pela fé e PELA FÉ MESMO, não havia salário fixo, NUNCA VI ISSO no NT, mas dependiam da contribuição de outros irmãos e isso era feito por irmãos de Pirassununga/SP onde me reunia e irmãos de todos os lugares do país e também de outros lugares do mundo, por vezes me diziam que veio uma contribuição da Escócia, Irlanda,etc, mas nunca ficavam contando com uma nova oferta desses irmãos, mas que sempre havia a providência do Senhor.
Infelizmente me mudei e aqui não há irmãos reunindo assim, e nem por isso deixei de congregar, então estou reunindo em uma denominação e os amo, procuro ajudar, amo a palavra, amo ler bons livros, apesar de ter apenas 3.500 volumes, não é uma biblioteca muito grande, mas já dá pra me divertir, e não vejo esses irmãos denominacionais com outros olhos, como muitos veem os "desigrejados", aliás acho um termo tão pejorativo e por que não dizer de falta de entendimento, pois o que é a igreja? Um templo, com nome denominacioanl, com seu pastor, com seu credo? Teria até vergonha de entender igreja como isso, mas fazer o que?
Ao invés de falar do que não sabe, deveria ir a um local desses e ver o que pensam, aliás o irmão Nicodemus disse que muitas coisas eles acertam, mas no final dá a impressão de que não compreendeu nada disso, como se houvesse apenas um local onde se prega a verdade.
Amo as mensagens do Nicodemus, não me importo com os ensinos que dele discordo, pois o tenho como um irmão em Cristo, infelizmente me recordo do que disse Champlin: "os dogmas criam um muro de separação entre Deus e o homem, entre aquilo que Ele quer revelar e o que penso".
Um abraço!
Muitos querem voltar a manter a igreja como era a primitiva, criticam os quase sepre injustamente chamados de "desigrejados", mas, dificilmente abrirão mão dos seus super-salários de "ministros" (quase sempre acima de 10 salários mínimos); salários estes que veem muitas vezes acompanhados de auxílio-moradia, carro pastoral, custeio de viagens, custeio do gás de cozinha, luz, água, telefone, combustível, escolas dos filhos, aposentos pastorais e, em muitos casos, requintes de luxúria em gabinetes imponentes e mordomias pessoais e intransferíveis como um Cesar romano.
ResponderIGREJA SEMPRE SERÁ O "COLETIVO DE POVO SALVO PELA FÉ EM CRISTO JESUS" e nunca "paredes de alvenaria", povo este que, muitas vezes, por se ver e se sentir na igreja (templo) como apenas mais um número que apenas é lembrado na hora de fazer parte do custeio de uma estrutura que mais parece o reino britânico do que a chamada "casa de Deus".
Aplaudo os corajosos que assim como eu, dizem NÃO a esta forma POLÍTICA BRASILIANA de acabrestar pessoas para delas sugar a liberdade (não libertinagem), a visão de mundo como seres racionais, filhos de Deus, pensantes e autônomos.
Siglas, prefixos e nomenclaturas imponentes HOMENS correm atrás, difícil é achar interessado em comer mel silvestre e gafanhotos.
Jesus liberta (1 Pedro 2:16)