sexta-feira, julho 01, 2011

Augustus Nicodemus Lopes

É Proibido Julgar?

Ainda recentemente participei de uma discussão no Facebook com vários de meus amigos onde uma moça aborreceu-se com alguns comentários feitos a um terceiro (não por mim, garanto!) e retirou-se zangada, dizendo que Jesus havia ensinado que não se devia julgar os outros.

Eu sei que existem situações em que julgar é realmente errado, mas aquela não era uma destas situações. A pessoa que estava sendo "julgada" tinha feito declarações e expressado suas opiniões e os outros simplesmente estavam avaliando e rejeitando as mesmas. A atitude da mocinha, que ficou sentida, ofendida e magoada, é infelizmente comum demais no meio evangélico moderno, onde as pessoas usam as famosas palavras de Jesus de maneira errada como argumento em favor de que devemos aceitar tudo o que os outros dizem e fazem, sem pronunciarmos qualquer juízo de valor que seja contrário.

Mas, foi isto mesmo que Jesus ensinou? A passagem toda vai assim:

"Não julgueis, para que não sejais julgados. 
Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
Não deis o que é santo aos cães Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem." (Mateus 7:1-6)

Alguns pontos ficam claros da passagem.

1) O que Jesus está proibindo é o julgamento hipócrita, que consiste em vermos os defeitos dos outros sem olharmos os nossos. O Senhor determina que primeiro nos examinemos e nos submetamos humildemente ao mesmo crivo que queremos usar para medir e avaliar o procedimento e as palavras dos outros. E que, então, removamos a trave do nosso olho,  isto é, que emendemos nossos caminhos e reformemos nossa conduta.

2) Em seguida, uma vez que enxerguemos com clareza, o próprio Senhor determina que tiremos o argueiro do olho do nosso irmão. O que ele quer evitar é que alguém quase cego com um tronco de árvore no olho tente tirar um cisco no olho de outro. Mas, uma vez que estejamos enxergando claramente, após termos removido o entrave da nossa compreensão e percepção, devemos proceder à remoção do cisco do olho de outrem.

3) Jesus faz ainda uma outra determinação no versículo final da passagem (verso 6) que só pode ser obedecida se de fato julgarmos. Pois, como poderemos evitar dar  nossas coisas preciosas aos cães e aos porcos sem primeiro chegarmos a uma conclusão sobre quem se enquadra nesta categoria? Visto que é evidente que Jesus se refere a pessoas que se comportam como porcos e cães, que não vêem qualquer valor no que temos de mais precioso, que são as coisas de Deus. Para que eu evite profanar as coisas de Deus preciso avaliar, analisar, examinar e decidir - ou seja, julgar - a vida, o comportamento e as declarações das pessoas ao meu redor.

Fica claro, então, que o Senhor nunca proibiu que julgássemos os outros, e sim que o fizéssemos de maneira hipócrita, maldosa e arrogante. Julgar faz parte essencial da vida cristã. Somos diariamente chamados a exercer o papel de juízes movidos por amor pelas pessoas e zelo pelas coisas de Deus. 

Quem nunca julga contribui para que o erro se propague, para que as pessoas continuem no erro. São pessoas sem convicções. Elas se tornam coniventes e cúmplices das mentiras, heresias e atos imorais e anti-éticos dos que estão ao seu redor. Paulo disse a Timóteo, "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos. Não te tornes cúmplice de pecados de outrem. Conserva-te a ti mesmo puro" (1Tim 5:22). Não consigo imaginar de que maneira Timóteo poderia cumprir tal orientação sem exercer julgamento sobre outros.

Em resumo, julgar não é errado, cumpridas estas condições: a) que primeiro nos examinemos; b) que nos coloquemos sob o mesmo juízo e estejamos prontos para admitirmos que nós mesmos estamos sujeitos a errar, pecar e dizer bobagem; c) que nosso alvo seja ajudar os outros a acertar e consertar o que porventura fizeram ou disseram.

Augustus Nicodemus Lopes

Postado por Augustus Nicodemus Lopes.

Sobre os autores:

Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.

O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.

O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.

22 comentários

comentários
1/7/11 14:46 delete

Pastor,
Agora aprendí...
Essa semana mesmo, na Escola, surgiu um tema (aquele que está quase sendo proíbido falar), aí lá vou eu com argumentos bíblicos. Uma profª. de Biologia, crente, "eu me sinto tão pequenininha e pecadora que não posso julgar, nem me manifestar contra" e eu: me sentindo a prórpria dona da verdade e superior, pois foi essa a impressão que a irmãzinha passou, e quase pedindo desculpas, prá não perder o amigo, recolhí-me à minha insignificância.
Abs
PS: Sou mais pecadora que a irmã.

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1/7/11 14:46 delete

Rev. Augustus,

Há as duas recomenações na Bíblia: julgar e não julgar!


Contra o julgamento:

"Irmãos, não falem mal uns dos outros. Quem fala contra o seu irmão ou julga o seu irmão, fala contra a Lei e a julga. Quando você julga a Lei, não a está cumprindo, mas está se colocando como juiz.

Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo? (Tg 4:11-12)

Recomendando o julgamento:

"Pois, como haveria eu de julgar os de fora da igreja? Não devem vocês julgar os que estão dentro?

Deus julgará os de fora. "Expulsem esse perverso do meio de vocês". (1Co 5:12-13)

Nos casos em que se trata de questões de consciência não devemos julgar:

"Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façamos o propósito de não colocar pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão.

Tenho plena convicção de que nenhum alimento é por si mesmo impuro, a não ser para quem assim o considere; para ele é impuro.
(Romanos 14:13)

Quando se trata de atitudes que contrariam a Palavra de Deus devemos julgar, sim!

"Digo isso para envergonhá-los. Acaso não há entre vocês alguém suficientemente sábio para julgar uma causa entre irmãos?
(1 Coríntios 6:5)

Eu penso que há uma banalização das duas atitudes: de julgar e de não julgar.

Uns, se sentem aptos para distribuir veredictos para toda e qualquer situação e pessoa que apareça sem nem ao menos procurar verificar as suas fontes. Eu me pergunto, será que esses estão cumprindo os 3 pré-requisitos citados no seu texto, antes de assentarem no seu trono de juízo?

Outros, acham que não pode exercer o seu discernimento em momento algum. Esses são presa fácil para os falsos mestres e enganadores.

A Bíblia diz que a maturidade cristã se revela na capacidade de discernir o bem e mal e isso exige o treinamento da nossa percepção.

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Anônimo
AUTOR
1/7/11 14:56 delete

Artigo esclarecedor... Que Deus continue abençoado a sua vida!

abs.
Marcos Sampaio

http://conversaprotestante.blogspot.com

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1/7/11 15:40 delete

Fico bastante contente por encontrar confirmação para minhas afirmações em palavras de tão ilustre irmão: em 22 de abril escrevi algo sobre o mesmo tema, obviamente de forma bem menos comedida e culta e gostaria apenas de indicar o link para tal, como curiosidade:
http://bit.ly/veredito

Por outro lado gostaria de aproveitar a oportunidade para dizer que tenho acompanhado os esforços que realiza em defesa da fé genuína e ficado muito contente de ver que ainda há gente capaz de cortar na própria carne denominacional (quando falou em relação à decisão dos presbiterianos americanos de admitir líderes homossexuais) e até indo contra a terrível "voz do povo"!

Houve um movimento de apoio àquela manifestação que ocorreu na Mackenzie onde todos republicaram um mesmo texto... e eu, mesmo em 100% de concordância, preferi escrever algo de próprio punho.
Tenho certeza de minha insignificância e sinceramente gostaria de que pudesse observar e, se possível, comentar meu texto em

http://blog.teophilo.info/2010/11/mackenzie-retorno-cova-dos-leoes.html

Perdão pela extensão do comentário, mas, como disse estou tentando aproveitar a oportunidade: não me sinto à vontade para ficar incomodando...

Obrigado pela atenção e que o Senhor Deus continue te protegendo e abençoando!

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1/7/11 16:46 delete

Rev. Augustus,

Estamos vivendo um tempo que as pessoas se julgam imunes às críticas. Toda e qualquer discordância de opinião passa a ser pessoal...
Como advogado, recentemente, fiz uma defesa em favor de um grande amigo que comentou no Orkut assunto restrito à sua categoria profissional, está respondendo, junto com outros colegas, uma ação por danos morais de mais de R$ 80.000,00 pois teria ofendido um terceiro (ele não disse nada demais, apenas se posicionou).
Esse é um caso. Há várias outras histórias...
Ninguém aceita ser criticado. É a exacerbação do ego! Corremos o risco de ser criada uma categoria de cidadãos imunes à crítica que são os membros da comunidade GLS.
Creio que o maior problema se resume ao seguinte: temos que ter humildade e receber as críticas.
Não é fácil, mas é perfeitamente possível.
Pessoalmente, procuro (sou honesto, nem sempre consigo!!!) ao ser criticado fazer uma análise isenta e me questiono se a pessoa teria razão. Se estiver errado, procuro me corrigir e, até mesmo, mudar de opinião ou posição.
Há alguns anos atrás, era contrário à pena de morte. Há cerca de cinco anos atrás, fui biblicamente convencido pelo meu pastor que a Bíblia autoriza a pena de morte e, aliado à convicção da Soberania de DEUS, mudei meu posicionamento.
Não se trata de ser fraco ou volúvel, mas apenas de ter os pés no chão e plena consciência de minha falibilidade e me arrepender de meus erros e pecados, procurando corrigi-los. A Verdade é a Palavra e por ela que busco me guiar...
Nesse mundo individualista e pecador, dificilmente será possível uma postura de arrependimento e humildade, até mesmo no meio evangélico (como bem apontado no artigo) encontramos essas dificuldades.
Concordo com a posição do artigo. Acompanho com regularidade o Blog e faço votos que continuem trazendo essas temas para nossa reflexão, crescimento e debate!
Fraternalmente,

Cristiano P. Magalhães

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Inaldo
AUTOR
1/7/11 16:54 delete

Sem dúvida, claro, direto e suscinto.

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Apologeta
AUTOR
1/7/11 18:28 delete

Caro Reverendo Nicodemus, Graça e Paz do Pai Justo (João 17:25)!

Artigo esclarecedor e profundamente atual nessa era de relativismos ou contra-absolutos. Tal comportamento deplorável é visto até mesmo por aqueles que professam o Cristianismo pois "enfiam goela abaixo" o dizer de muitos artistas de palco que, em vez de distribuírem os pães e peixes dados pelo Mestre às multidões preferem enchê-los de farelo de pão, ou seja, de textos totalmente fora de contexto que com certeza viram pretextos para as mais variadas doutrinas estapafúrdias e antibíblicas que fatalmente os conduzem ao inferno (II Pedro 2:1-3).

Esse tipo de comportamento anula a verdade e faz sobressair a ignorância e absoluta falta de conhecimento divino pelo qual a igreja atravessa nos dias hodiernos. É sem par a situação catastrófica que vivenciamos no presente e urge defendermos o Verdadeiro Evangelho empunhado a Espada do Espírito, revestido da couraça da fé prontos a desmascarar o que se levantam propalando comportamento omisso, lecionando atitudes covardes aos "crentes" que ao lerem Atos 17:11, deveria servi-los de "tapa com luva de pelica" para que mudasse seu proceder frente a um igreja que na Bíblia mereceu destaque e em apenas dois versículos esmaga a ótica míope de muitos "adeptos" das igrejas que mais estão enquadrados no joio do que no trigo.

Minhas "congratulações apologéticas" por tão cristalino artigo.


Obs: Porque John Macarthur, Sproul e Packer ainda não vieram ao Brasil nessas conferências realizadas pelas editora como Fiel, Vida Nova, etc? Falta de convite?

Apologeta!

Evangelista Eduardo França é autor do DVD: Milagres: De onde eles procedem? (Categoria: APOLOGÉTICA. (À venda nos sites: CACP, MCK e MERCADO LIVRE). Co-Fundador e articulista do blog Guardian Faith: www.guardianfaith.blogspot.com

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1/7/11 19:23 delete

Olá Rev. Augustus, paz e graça!

Li há alguns anos um livro muito interessante sobre esse assunto intitulado: "Quem é você para julgar?" do autor Erwin W. Lutzer, CPAD. Apesar de o autor escrever alguns pontos sob a ótica arminiana, é uma obra muito edificante.

Um abraço fraterno!

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Anônimo
AUTOR
1/7/11 21:25 delete

Caro irmão, Pr. Nicodemus.

Penso que tenha sido neste mesmo espírito reformado, que o pastor John MacArthur teria dito: "A heresia vem montada nos lombos da tolerância".

Que Deus continue abençoando as mãos que movem tua pena, pelos méritos únicos de Jesus Cristo, e para a glória do Pai. Sempre.

Nos vínculos da cruz,

Vinícius

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2/7/11 00:01 delete

Julgo (hehe) de fato que foi esclarecedor a explicação desta porção das Escrituras. Que DEUS continue a abençoa-lo ricamente em todo seu ministério.

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fisio
AUTOR
2/7/11 11:40 delete

Pr. Nicodemus, falou exatamente o que eu pensava: Jesus Cristo condenou o julgamento hipócrita, e não todo e qualquer julgamento.

Até por que se fosse o segundo caso, não teria sentido ensinar que pelos frutos se conhece a árvore. E a própria Bíblia implica julgamentos de terceiros ao falar da necessidade de excomunhão dos falsos crentes que trazem divisões à igreja, de não sentarmos à mesa com falsos cristãos, e por aí vai.
Essa história de não julgar em hipótese alguma é uma visão calcada no politicamente-correto, nada mais. E claro, na ignorância sobre o que a Bíblia de fato ensina.
Abs

marcelo h.

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Anônimo
AUTOR
2/7/11 15:37 delete

João 7.24 "Não julgueis segundo a aparência, mas julguai segundo a reta justica", define toda questão!

É impossível fazer apologética, teologia, e qualquer outra ciência que se preze sem emitir juízos!

Vejam "O que penso sobre apologética" em souteologico.blogspot.com

Abraços

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2/7/11 22:45 delete

passei aqui só para mais uma vez deixar meus parabéns pelo artigo

nunca pare de emitir seus julgamentos rev. nicodemus por que eles tem me ajudado muito .

sndro barcelos

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3/7/11 11:06 delete

Caro Reverendo,ainda falando sobre julgamento, gostaria que o amado postasse no blog algo sobre "Ordenação de Pastores". Especialmente se um "pastor ordenado" ficar desordenado, se ele pode ser "des-ordenado". No atual momento da igreja brasileira, temos inúmeras denominações que ordenam pastores desordenados e alguns desses vem para nossas igreja, como tratá-los?
Tenho visto algumas igrejas tratarem a ordenação como um "sacramento", semelhante ao catolicismo, derramando óleo (como Samuel fez com Davi) usando o Talit (alegando sacerdórcio). Além disso temos ordenações feitas por convenções e outras feitas em igrejas locais, enfim, exite um padrão bíblico? Quais os princípios que devemos seguir?
Acredito que um artigo seu sobre esse assunto, seria de extrema relevância para o momento evangélico do Brasil.
Fraternalmente em Cristo
Pr Claudionor Santos

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4/7/11 06:45 delete

Muito bom o seu blog .acesse o blog manancial e seja um seguidor .http://manacialjovem.blogspot.com/

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5/7/11 08:12 delete

Excelente, Reverendo Nicodemus!

Minha mania de pesquisador levou-me a estabelecer os seguintes passos para julgar, levando em consideração os conselhos de Jesus e de Tiago (usei, também, os conselhos de bons psicólogos, como Carl Rogers).


OUVIR com atenção e receptividade
Lembre-se: ouvir é muito difícil!

COMPREENDER, perguntando para confirmar. Lembre-se: é muito fácil compreender tudo errado!

ENRIQUECER, destacando pontos em comum.

RESPONDER (só então), destacando e explicando as discordâncias, mas priorizando as soluções de consenso. Assim, o impacto das discordâncias fica atenuado.

Espero que esses passos possam ser corrigidos pela experiência dos irmãos para que se torne um instrumento efetivo para boas relações humanas nas igrejas.

Conheci irmãos que usavam esse roteiro de forma intuitiva, com grandes resultados para o Reino.

Em Cristo,
João Martins

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5/7/11 16:12 delete

Paz Reverendo.
Essa coisa de não julgar é muito interessante. Recentemente eu participava de uma roda de conversas, e alguém perguntou a outra pessoa se ele achava que Adventistas tem salvação, e outro disse que não somos Deus para julgar ninguem. O que o senhor acha sobre isso? Não sei se vai fugir do assunto, mas acho que tem haver.
Um abraço. Ótimo post.
Ricardo Caponi.

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David Santos
AUTOR
12/7/11 13:06 delete

Muito bom o texto. Concordo plenamente.
Quem pode julgar quem vai pro céu? Acho que só Deus.

A minha crítica é que nós temos uma visão limitada das coisas por isso nosso julgamento sempre será limitado. Muitos dos julgamentos feito nas igrejas várias vezes por Pastores, geralmente distantes das ovelhas, é baseado na visão humana. Qual Pastor hoje em dia iria colocar como líder de uma área de sua igreja alguém que fosse uma pessoa bem crítica a seus atos. Ou qual pastor iria colocar Moises para tirar o povo do egito visto que era gago. É preciso muito cuidado sim na hora de julgar o irmão pra não se deixar levar para o que é visível. Seja pro bem ou pro mal.

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Anônimo
AUTOR
18/7/11 00:32 delete

Muito bom texto, era o que eu procurava. E muita boa também a consideração do André Araújo.

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Anônimo
AUTOR
20/2/12 22:34 delete

É uma das teses que mais defendo. Deus nos dá sim o direito de julgar. O que Ele não dá é o direito de acusar e de penalizar. E tambem ainda nos deixou respaudo na justiça humana. Pra isso existe os tribunais. São autoridades criadas por Deus. E para finalizar, quando levamos alguem a julgamento, ou seja, quando processamos alguem por algum crime estamos julgando a pessoa como errada. Então como não dizer que não podemos julgar. Temos o direito sim de julgar o que é certo ou errado. Não devemos é praticar a justiça da condenação porque isso compete a Deus e as autoridades.
As pessoas criticam as coisas sem analisar o assunto.

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BOSCO
AUTOR
14/8/13 19:26 delete

Explanação esclarecedora, me ajudou muito pois sempre tive um entendimento semelhante e gostaria de agregar um texto no qual me firmo nesta questão do "julgar"

"Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça." (João 7:24)

No meu entendimento o verso deixa claro o imperativo para não os aspectos externos, efêmeros, enfim o nos aparenta ser. Porém também é imperativo JULGAR de acordo com o fato em si, dentro da realidade do evangelho de Cristo.

Muitos aparentemente falam em nome de Cristo, mas é só no discurso, diferindo na prática! Como exemplo o que temos visto os televangelistas!

O que o senhor acha reverendo, podemos entender assim João 7:24?

Graça e Paz.

JB

http://valeestreito.wordpress.com/
https://www.facebook.com/AHORADAPALAVRA

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Unknown
AUTOR
20/2/22 06:40 delete

Gostei bastante do artigo, foi muito esclarecedora

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