Amigos, abaixo publico parte de entrevista cedida à Enfoque Gospel a ser publicada em breve.
ENFOQUE – Como o senhor analisa hoje o cenário evangélico brasileiro?
Augustus: Vivemos um momento de grandes mudanças no cenário brasileiro evangélico, mudanças que começaram a ser gestadas quando as igrejas evangélicas em décadas passadas passaram a abandonar o referencial da Reforma protestante, o referencial da própria Escritura Sagrada, a Bíblia, e passaram a se entender como um movimento voltado para a satisfação das necessidades imediatas e materiais dos seus aderentes e a aferir o sucesso espiritual pela prosperidade material. As igrejas neopentecostais continuam a crescer e continuam a não ter rumo teológico algum, escandalizando cada vez mais a opinião pública, envergonhando os evangélicos com práticas e costumes bizarros e estranhos, e com escândalos que ganham a mídia e que revelam os intestinos dessas igrejas. Espanta-me o fato que a teologia da prosperidade continua crescendo apesar de tudo.
Mas, não é somente isso. Hoje, as igrejas evangélicas pentecostais tradicionais correm o risco de ser minadas pelo liberalismo teológico, através dos obreiros e pastores que vão buscar um diploma de teologia reconhecido pelo MEC em universidades públicas e seminários dominados pelo velho liberalismo teológico. Não há nada errado em almejar um diploma desses, mas é que as instituições credenciadas para emiti-los usam o chamado "método científico" para estudar a Bíblia, método esse que parte do pressuposto que ela é simplesmente um livro religioso e não a infalível Palavra de Deus.
As igrejas históricas continuam pequenas e sem muito poder de fogo no cenário nacional, embora sejam elas que estejam fornecendo os professores de seminários onde os demais evangélicos vão buscar diplomas reconhecidos. São elas, também, que estão na linha de frente provendo informações e estudos sobre as questões éticas que estão sendo debatidas hoje no Brasil, como, por exemplo, a lei da homofobia. Algumas dessas denominações tradicionais estão totalmente divididas internamente entre conservadores, pentecostais e liberais, que lutam por tomar o controle dessas denominações.
Em outras palavras, não vejo o atual cenário brasileiro evangélico com muito otimismo, embora recentemente tenham acontecido algumas coisas que sugerem que nem tudo está perdido. Uma denominação histórica que estava muito minada por pastores e professores de teologia liberais deu uma reviravolta e cortou toda e qualquer relação com organismos ecumênicos que envolvam o catolicismo. Para muitos foi um retrocesso, para mim, um avanço. Percebo igualmente um aumento do interesse de muitos, especialmente dos pentecostais, pela teologia reformada, pela teologia conservadora séria, erudita e pastoral, que traz um misto de profundidade e piedade. Cresce bastante o mercado de livros evangélicos com boa teologia e boa prática. Isso traz alguma esperança.
ENFOQUE: As igrejas históricas estão conseguindo sobreviver aos furos das neopentecostais?
Augustus: Em parte. Por um lado, o neopentecostalismo é tão obviamente antibíblico que a tarefa dos pastores e líderes das igrejas tradicionais fica mais fácil. Seria mais difícil se o neopentecostalismo fosse mais sutil, mais sofisticado. Mas, é um movimento de massas, levado avante no grito, na centralização do poder nas mãos de pseudo-bispos e apóstolos que manipulam as massas usando a Bíblia como pretexto para recolher milhões e milhões de reais. Não é difícil para qualquer pessoa um pouco mais esperta desconfiar do que realmente está acontecendo.
Por outro lado, o apelo que o neopentecostalismo faz à alma católica dos evangélicos é muito grande: objetos ungidos, relíquias, líderes apostólicos, prosperidades, milagres físicos – tudo herança do catolicismo na mentalidade brasileira. Mas, muitas igrejas tradicionais já estudaram o assunto e já tomaram posição sobre ele. A Igreja Presbiteriana do Brasil, por exemplo, tem veiculado cartas pastorais que instruem seus membros sobre o movimento G-12, as práticas da Universal do Reino de Deus, coreografia e dança litúrgica, para mencionar alguns. Isso ajuda os membros e pastores presbiterianos a ficarem firmes contra essas práticas.
ENFOQUE: Na sua opinião, qual será o futuro da Igreja Evangélica Brasileira?
Augustus: Como alguém já disse, “é muito difícil profetizar sobre o futuro”. O presente sugere que esse futuro não é róseo. O crescimento vertiginoso entre os evangélicos do pragmatismo, o relativismo, o liberalismo, a libertinagem, associado à desorganização e à fragmentação do movimento evangélico só pode pressagiar dias maus pela frente, a menos que Deus tenha misericórdia de Sua Igreja e intervenha de forma poderosa, como já fez várias vezes no passado.
O que mais me preocupa quanto ao futuro é que os evangélicos estão cada vez mais achando que os valores morais e doutrinários são relativos e cada vez mais abandonando o conceito de verdades absolutas e permanentes. Essa tendência é o resultado óbvio da influência do relativismo que permeia a cultura brasileira.
ENFOQUE – Como o senhor analisa hoje o cenário evangélico brasileiro?
Augustus: Vivemos um momento de grandes mudanças no cenário brasileiro evangélico, mudanças que começaram a ser gestadas quando as igrejas evangélicas em décadas passadas passaram a abandonar o referencial da Reforma protestante, o referencial da própria Escritura Sagrada, a Bíblia, e passaram a se entender como um movimento voltado para a satisfação das necessidades imediatas e materiais dos seus aderentes e a aferir o sucesso espiritual pela prosperidade material. As igrejas neopentecostais continuam a crescer e continuam a não ter rumo teológico algum, escandalizando cada vez mais a opinião pública, envergonhando os evangélicos com práticas e costumes bizarros e estranhos, e com escândalos que ganham a mídia e que revelam os intestinos dessas igrejas. Espanta-me o fato que a teologia da prosperidade continua crescendo apesar de tudo.
Mas, não é somente isso. Hoje, as igrejas evangélicas pentecostais tradicionais correm o risco de ser minadas pelo liberalismo teológico, através dos obreiros e pastores que vão buscar um diploma de teologia reconhecido pelo MEC em universidades públicas e seminários dominados pelo velho liberalismo teológico. Não há nada errado em almejar um diploma desses, mas é que as instituições credenciadas para emiti-los usam o chamado "método científico" para estudar a Bíblia, método esse que parte do pressuposto que ela é simplesmente um livro religioso e não a infalível Palavra de Deus.
As igrejas históricas continuam pequenas e sem muito poder de fogo no cenário nacional, embora sejam elas que estejam fornecendo os professores de seminários onde os demais evangélicos vão buscar diplomas reconhecidos. São elas, também, que estão na linha de frente provendo informações e estudos sobre as questões éticas que estão sendo debatidas hoje no Brasil, como, por exemplo, a lei da homofobia. Algumas dessas denominações tradicionais estão totalmente divididas internamente entre conservadores, pentecostais e liberais, que lutam por tomar o controle dessas denominações.
Em outras palavras, não vejo o atual cenário brasileiro evangélico com muito otimismo, embora recentemente tenham acontecido algumas coisas que sugerem que nem tudo está perdido. Uma denominação histórica que estava muito minada por pastores e professores de teologia liberais deu uma reviravolta e cortou toda e qualquer relação com organismos ecumênicos que envolvam o catolicismo. Para muitos foi um retrocesso, para mim, um avanço. Percebo igualmente um aumento do interesse de muitos, especialmente dos pentecostais, pela teologia reformada, pela teologia conservadora séria, erudita e pastoral, que traz um misto de profundidade e piedade. Cresce bastante o mercado de livros evangélicos com boa teologia e boa prática. Isso traz alguma esperança.
ENFOQUE: As igrejas históricas estão conseguindo sobreviver aos furos das neopentecostais?
Augustus: Em parte. Por um lado, o neopentecostalismo é tão obviamente antibíblico que a tarefa dos pastores e líderes das igrejas tradicionais fica mais fácil. Seria mais difícil se o neopentecostalismo fosse mais sutil, mais sofisticado. Mas, é um movimento de massas, levado avante no grito, na centralização do poder nas mãos de pseudo-bispos e apóstolos que manipulam as massas usando a Bíblia como pretexto para recolher milhões e milhões de reais. Não é difícil para qualquer pessoa um pouco mais esperta desconfiar do que realmente está acontecendo.
Por outro lado, o apelo que o neopentecostalismo faz à alma católica dos evangélicos é muito grande: objetos ungidos, relíquias, líderes apostólicos, prosperidades, milagres físicos – tudo herança do catolicismo na mentalidade brasileira. Mas, muitas igrejas tradicionais já estudaram o assunto e já tomaram posição sobre ele. A Igreja Presbiteriana do Brasil, por exemplo, tem veiculado cartas pastorais que instruem seus membros sobre o movimento G-12, as práticas da Universal do Reino de Deus, coreografia e dança litúrgica, para mencionar alguns. Isso ajuda os membros e pastores presbiterianos a ficarem firmes contra essas práticas.
ENFOQUE: Na sua opinião, qual será o futuro da Igreja Evangélica Brasileira?
Augustus: Como alguém já disse, “é muito difícil profetizar sobre o futuro”. O presente sugere que esse futuro não é róseo. O crescimento vertiginoso entre os evangélicos do pragmatismo, o relativismo, o liberalismo, a libertinagem, associado à desorganização e à fragmentação do movimento evangélico só pode pressagiar dias maus pela frente, a menos que Deus tenha misericórdia de Sua Igreja e intervenha de forma poderosa, como já fez várias vezes no passado.
O que mais me preocupa quanto ao futuro é que os evangélicos estão cada vez mais achando que os valores morais e doutrinários são relativos e cada vez mais abandonando o conceito de verdades absolutas e permanentes. Essa tendência é o resultado óbvio da influência do relativismo que permeia a cultura brasileira.
Uma amostragem do relativismo, que desemboca na libertinagem, pode ser encontrada em blogs, comunidades no Orkut e sites evangélicos na internet. Há comunidades evangélicas no Orkut, por exemplo, onde o sexo entre os jovens cristãos antes do casamento é defendido como se fosse absolutamente normal. Os jovens são expostos a todo tipo de doutrinação sem ter o acompanhamento de seus pastores e líderes, que via de regra não estão familiarizados com essa forma de comunicação ou não têm tempo. Pais e líderes evangélicos ficariam abismados se entrassem nessas comunidades. Por um lado, os jovens evangélicos são hoje muito mais bem informados e críticos que os de gerações anteriores. Por outro lado, receio que uma nova geração de evangélicos está se formando, em que pese o alcance ainda bastante limitado desses meios de comunicação, que verá com naturalidade a relativização dos valores morais e dos pontos doutrinários basilares do Cristianismo, com trágicos resultados para a fé e o testemunho cristãos.
21 comentários
comentáriosCaro Rev. Augustus Nicodemus
ResponderSaúdo mais um de seus posts.
Este, particularmente, diagnostica, revela e prescreve o que a Igreja brasileira precisa: estudo da Palavra, aliado ao temor e a reverência ao Senhor.
Interessante que, uma vez mais, como o senhor oportunamente responde na primeira questão, vejo que nossos pensamentos estão em consonância, aliás, como disse Clemente - em sua obra Stromata - "Toda a verdade é a verdade de Deus":
"Há alguns dias, desde que conversei com um obreiro estudante de Teologia, tenho estado preocupado. O companheiro estava convencido de que a Bíblia não é inerrante e possui inúmeras incoerências, principalmente no campo científico. O problema, segundo ele, é que nós, obreiros, somos muito “cabeças fechadas” e “bairristas”, e adotamos uma visão ultrapassada do criacionismo. Disse a ele que tivesse muito cuidado com a teologia liberal, pois é ela quem propugna, entre outras, a Bíblia como um livro mitológico, que serve simplesmente para axiologia, não tendo, portanto, nenhuma inspiração plenária e verbal, e isso com vistas a “adaptar a fé cristã às correntes do pensamento moderno à parte de Deus”.
Alguns cristãos, em vez de procurarem instituições sérias, têm estudado Teologia em seminários, faculdades e instituições sem nenhum compromisso com a sã doutrina. O perigo disso é que muitos se “encantam” e se “apaixonam” pelo suposto método científico e filosófico do questionamento desmedido da chamada Alta Crítica ou da dialética. Como resultado, infelizmente, a maioria, depois que passa a estudar nessas instituições, parece ter “reinventado a roda”, arrogam para si certa intelectualidade e caem na falácia de que não há nenhum problema em a Bíblia ser a verdade, uma vez que ela seja coerente com a ciência.
Devido ao fato de não possuir conhecimento das limitações da ciência, passam a achar que a linguagem bíblica é muito simplista e que, agora sim, encontraram uma forma realmente eficaz e “racional” de interpretar a Bíblia. Quando em filosofia eles discutem sobre a arque2, é apresentado aos estudantes um dos exercícios da filosofia, a lógica, por exemplo. Alguns afirmam que ela é inquestionável, pelo fato de ser uma “coerência de raciocínio, de idéias”. Mas devemos nos lembrar que ela se baseia em premissas. Logo, se as premissas não forem corretas, o resultado também não será correto.3 Ou seja, é preciso entender que essas instituições teológicas estão tratando de “declarações filosóficas como se fossem ciência”.
Trecho de artigo publicado em uma revista de apologética no ano passado, pode ser lido na íntegra em
http://www.cpad.com.br/cpad/paginas/sub_licao_005.htm
Sua resposta reflete também a nossa preocupação e é essencialmente coerente, sincera e desprovida de qualquer tendência.
Um grande abraço
marketingparaescoladominical.blogspot.com
Ola Nicodemus, como vc sabe moro aqui na terrinha do Tio Sam e estive pensando em outras possibilidades, que não anulam, nem substituem aquelas que já são óbvias...nem precisa publicar, se for muito grande...
ResponderEstou lendo alguns livros que tratam do crescimento do islamismo no mundo e procuro por matérias que mostrem a ação deles na Europa. Estou impressionado, as coisas não estão boas por lá e tendem fortemente a ficarem piores.
Um dos livros que estou lendo é "Secrets of the Koran" do escritor Don Richardson. Ali ele faz uma análise muito clara da infiltração islamica na cultura de cada país europeu e de como os próprios governos acabam incentivando e até mesmo financiando a invasão muçulmana no continente europeu. Não passará 20 anos sem que o islamismo tenha conquistado uma grande parte da Europa e haja imposto a "sharia", que é a lei islamica, que vai escravizar totalmente aqueles povos.
Depois de muita pesquisa fiquei com uma impressão interessante do porque Deus nos propõe olhar para a América Latina, comecei a reinterpretar ou ver por outro prisma a confusão que reina no meio evangélico brasileiro e latino em geral, com o surgimento de movimentos "estranhos".
Nos últimos 15 ou 20 anos vemos o Brasil ser absorvido por um movimento chamado evangélico que foi denominado de "neo-pentecostalismo", este movimento trouxe uma série de mudanças para todos os conceitos cristãos até então,
1. Houveram mudanças na área de culto, onde as manifestações de louvor e adoração assumiram a primazia e incendiaram os cultos com alegorias, dramas, danças e outras coisas mais, tudo com o propósito de elevar a intimidade do crente com Deus, porém com uma forte mensagem centrada no homem, onde o bem-estar das pessoas é o que realmente interessa;
2. Houveram também mudanças no conteúdo das pregações e estudos, o que antes focava na vida eterna ao lado de Jesus, passou agora para a boa-vida terrena, a prosperidade desenfreada sem doenças e completamente descomprometida com o Reino, no sentido tradicional da palavra, quando Reino significava: pessoas crentes ou não, missões, estabelecimento de grupos de ajuda social, etc.
3. Houveram mudanças sociais, quando ser "crente" no Brasil passou a ser aceitável e muitas vezes pessoas que nem demonstram qualquer sinal de vida transformada pelo poder de Deus, se dizem cristãs para poderem estar na moda. Uma influencia tão grande na sociedade que envolveu até mesmo muitos artistas que se denominam cristãos, apesar da vida que vivem.
Tudo isso e muitas outras coisas me fazem perceber a apostasia se alastra pelo mundo, também alcançando o Brasil, A GRANDE DIFERENÇA é que este movimento "maluco" evangélico tem sido de muita utilidade para o tempo em que vivemos.
O avanço do islamismo por toda Europa tem sido alavancado pelo aspecto de frieza que assola aquele continente, com a "morte" do evangelho ali, as pessoas passaram a viver como serem inferiores, ou animais: "nascem, crescem, multiplicam-se e morrem". Por algum tempo estavam (e muitos ainda estão) sendo levados pela vida; incrédulos, céticos, desolados e desanimados, homens e mulheres que não podiam encontrar nenhum sentido para suas vidas, petrificados pela desilusão com todas as possibilidades de religiosidade ou espiritualidade. MAS O VAZIO ESTAVA LÁ!!
A Europa assumiu uma posição de líder mundial de cultura e conhecimento, e por isso passou a menosprezar as interpretações mais acuradas daquele remanescente cristão que conclamava um retorno às bases de um cristianismo piedoso e sincero. Com isso abriram as portas para a mais avassaladora invasão religiosa da sua história, a invasão islamica, aparentando ser uma invasão ideológica e política, os muçulmanos agradaram os ouvidos dos "sábios" europeus, ávidos por qualquer possibilidade de mostrar sua superioridade, seu conhecimento, seu orgulho.
Vítimas, serão, da sua própria atitude impensada e tola, arrogante e impertinente.
Por outro lado a América Latina, experimenta uma tentativa "bagunçada" de volta ao comunismo, com uma liderança dividida e completamente egoista (Chavez, Lula, Morales, etc...); atrelado a isso uma nova atmosfera de cristandade, conforme citei acima.
Porque será que a América Latina experimenta algo tão inverso ao que acontece na Europa?
A minha conclusão é que seja para retardar o avanço do islamismo e proteger a chamada missionária que claramente pertence a América Latina. Deus, na Sua soberania, permitiu a expansão da espiritualidade humana nos países latinos para que eles não fossem seduzidos pela magia do islan, que se estabelece com promessas inimagináveis aos nossos olhos, mas que são armamento efetivo para a destruição das mentes e corações.
Porque Deus retardaria o avanço islamico na A.L.?? Para que pudéssemos ser o instrumento que Ele utilizaria para o cumprimento da grande comissão.
Qual seria nossa participação nisso?? O estabelecimento de ministérios abrangentes, fortemente fundamentados na Palavra de Deus. Trabalhando no meio da "confusão cristã", instalada e proporcionando estrutura para a área missionária, que segue avançando.
O que nos falta?? Identificarmos o fato de que não podemos ficar na crítica, (tentando trazer de volta a ortodoxia), gerando atritos infindáveis que não produzem nada.
Precisamos de um projeto de treinamento e discipulado, que venha a atuar em todas as esferas da sociedade, silenciosamente mudando o pensamento obscurecido pelas más doutrinas e levando as pessoas a um entendimento bíblico , e ao conhecimento de Deus.
Estados Unidos e Itália serão somente os financiadores das nossas "boas intenções", serão os geradores de fundos para o sustento do plano de Deus para o mundo atual.
A base, a centralidade do nosso esforço, serão pessoas, pequenos grupos, igrejas que tenham a visão clara do que acontece no mundo.
a paz do Senhor a todos
Responderli um texto do senhor que falava sobre, dentre outras coisas, os porquês das igrejas históricas não possuírem canal de televisão ou mesmo programas de televisão em horários melhores e mais longos.Achei os argumentos muito fortes mas não seria o caso tentar, talvez o resultado fosse muito melhor do que pensamos.A Bíblia esta sem espaço na televisão brasileira não seria esse um problema sério.Estou abordando este tema porque o senhor faz um prognóstico sombrio da igreja evangélica brasileira e dói ver estas coisas acontecendo não seria o caso haver uma reação mais forte. é só um pensamento. um abraço.
Rev. Augustus,
Responderexcelente diagnóstico: Muito obrigado!
Assim podemos meditar sobre os (imensos) desafios de nossa geração e lutarmos para permanecermos fiéis e ensinarmos a Palavra de Deus debaixo da graça Dele.
Que o Senhor nos ajude a confrontarmos o pragmatismo, a teologia da prosperidade e o liberalismo com base nas Escrituras.
Deus te abençoe,
Juan
Paz!
ResponderRev. Augustus, está difícil hoje utilizar o termo evangélico para se referir a sinceros cristãos convertidos. Hoje, há uma verdadeira concorrência entre denominações para ver quem cresce mais. Como se isso fosse sinônimo de poder de Deus. Não há estudo bíblico e não há Palavra; Mas é possível encontrar muito louvor e muita "unção". Não estão sendo pregadas as boas novas de Deus mas as boas novas do humanismo para as pessoas. "O povo quer pão e circo" disse o imperador Nero. Esse é o pensamento corrente no meio pentecostal.
Acredito que existam muitos pregadores sinceros que querem voltar as raízes. Alguns estão impedidos de voltar porque simplesmente nunca as tiveram; outros temem que o povo pode abandonar a igreja, deixando-os sozinhos. Nesse caso, vejo que é melhor seria ficar sozinho com Deus do que com "povo" e sem a aprovação dEle.
As igrejas históricas deveriam abrir seminários para o resgate dessa liderança, sedenta pelas Escrituras Sagradas e pelo amor de Deus. Deveriam facilitar o acesso com cursos on line ou a distância para aqueles que estão longe dos grandes centros como eu. Esse é o momento de investir naqueles que, se não fosse pela Sua misericórdia, não estariam de pé.
Abraço de um pastor pentecostal voltando às origens da fé cristã.
Só uma pequena observação sobre um cometário postado acima que trata do avanço do islamismo na Europa: foi desconsiderado o fato de que a cada terceira geração de famílias de imigrantes muçulmanos chegadas àquele continente, a maior parte deles já absorveu o secularismo europeu, e se tronam tão liberais quanto os nativos cristãos. Por que isto acontece? Porque todos, cristãos, muçulmanos, judeus, etc., têm acesso a um ensino público de boa qualidade, universal, secular e, na maioria das vezes, gratuito.
ResponderA verdadeira educação é aquela que emancipa o homem! futuramente, deverá haver uma maior quantidade proporcional de muçulmanos na Europa; contudo, eles serão como os cristãos de hoje!
Abraços!
Rev. Nicodemus,
ResponderConcordo com cada letra do que disse. E acrescento que, se não estivermos firmados na Rocha que é o Senhor Jesus Cristo, e na sua palavra, seremos como o homem que edificou a sua casa na areia (Mateus 7.24-27). Ao contrário, se estivermos firmados Nele, nada nos abaterá!
Devemos nos afastar de todos os meios que exaltem o homem, e não glorifiquem a Deus. Apenas o glorificaremos se fizermos como o Senhor Jesus disse: "Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente".
Que cada um de nós ore, pedindo que o Espírito Santo nos dirija e nos oriente na obediência à vontade do Senhor, pois, não há meio termo: ou Jesus é o nosso Senhor ou não. Como Ele mesmo diz em Mateus 12.30: "Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta, espalha".
Estas coisas acontecem para que Deus separe a sua igreja, como na parábola do jóio e do trigo(Mt 13.24-30). Pois aqueles que perseverarem até o fim, ganharão a coroa da vida.
O que há, na verdade, são os "lobos cruéis" adentrando e nascendo nas igrejas; dos quais Paulo afirmou aos bispos de Éfeso em Atos 20.29-30: "Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho; e que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si".
E as declarações do Senhor em Mateus 24 e Lucas 21, faz-nos crer que as coisas irão piorar ainda mais...
Fiquem na eterna paz do Senhor Jesus.
Jorge Fernandes Silva
dosty@oi.com.br
Mais uma brilhante entrevista do caro Rev. e Dr. Lopes. Tenho pensado muito sobre esse crescente número de neopentecostais no Brasil e exatamente o meu pensamento se coaduna com o que foi exposto acima, para mim resume-se em uma frase: ´´Muitos buscam a Deus pelo que Ele pode dar, mas poucos buscam a Deus pelo que Ele é.
ResponderSuadações a todos;
ResponderConcordo com o Rev. Nicodemus, a obscuridade do futuro da igreja brasileira é tão nebuloso quanto a teologia predominante. Outra colocação acertada foi com relação aos pentecotias tradicionais pertencentes a primeira onda desse movimento, estão voltando-se a teologia reformada, infelizmente muitos desses pentecostias reformados estão ficando orfãos de igreja, pois no meio cessacionista não são aceitos por causa da pratica pentecostal, no proprio meio pentecostal tambem não são bem vindos por causa doutrina Calvinista, estão desorientados. Ja no meio das igrejas históricas, sem generalizar é obvio, percebo que a doutrina da separação tem separado mesmo, muitos tem confundido esta doutrina com uma especie de separação monastica moderna, parecida com a da idade média. Cada um tem pretendido reunir em volta de si um grupo de pensamento exatamente igual ao seu, a partir disso uma especie de inquisição é feita contra os "hereticos". Tambem não entendo que seja a essa a solução para a igreja brasileira.
Em Cristo - Gilberto Sampaio
Olá Rev. Augustus.
ResponderQuanto ao ecumenismo, tenho lido nesses dias notícias de que a igreja católica pretende retomar as missas em latim, não obrigatóriamente, e também pretende reafirmar que ela é a única igreja verdadeira. Portanto, não está na hora dos evangélicos ecumenistas despertarem do encanto de Roma e reafirmarem os princípios basilares da Reforma Protestante.
Quando é que vamos ver os evangélicos desse país deixarem de se envergonhar de sua herança protestante e sustentarem os SOLAS da reforma com todas as suas implicações?
Será que podemos esperar que as Doutrinas da Graça voltem a ser pregadas com ardor e humilde dependência da Palavra de Deus?
E quanto a liturgia, não está passando da hora de resgatarmos os princípios bíblicos reguladores do culto que eram tão caros aos antigos reformados e purificarmos o culto dessas técnicas de mercado e entretenimento que orientam o louvorzão gospel e que nos fazem ter nos ministérios de louvor nossos ídolos devocionais e inquestionáveis, não importando o absurdo que façam?
Um abraço.
Eduardo.
Amigos,
ResponderAgradeço a todos que comentaram aqui. É bom ler as análises feitas por outras pessoas, complementando e enriquecendo a postagem original.
Aliás, deve ser publicado esse ano pela Mundo Cristão um livro meu composto dos posts colocados aqui e enriquecidos com vários comentários, que foram aproveitados aqui e ali. O título do livro por enquanto é "Liberais e Libertinos" podendo mudar.
Ruim vai ser dar direitos autorais a todos que comentaram! :-)
Um abraço a todos.
Eu tenho um comentário sobre "os jovens evangélicos são hoje muito mais bem informados e críticos que os de gerações anteriores". Acho que é uma "faca de dois legumes". Considero positivo que os jovens cristãos hoje sejam mais informados e críticos do que no passado, creio que isso faz bem para a Igreja; entretando, e este é o lado negativo, é preciso tomar cuidado com as fontes que eles bebem. Ou seja, a Igreja (pastores, pais, professores) devem estar atentos se estas fontes são bíblicas ou não.
ResponderPegando minha própria história e exemplo de vida, se não fosse pelo advento da Internet, que uso como ferramenta de estudo (teológico, científico, cultural), eu não seria tão bem informado e crítico quanto seria hoje. E para dizer bem a verdade, e percebam como é impressionante: eu não conheceria tão bem os Reformadores, especialmente João Calvino; quiçá não saberia que existia num uma obra chamada "Institutas", e não conseguiria ter acesso a elas (porque não são publicadas livremente na Internet - ô CEP!!!). Isso tudo porque esta herança histórica-doutrinária parece ser deixada de lado nas Igrejas. Já ouvi coisas do tipo "isso não faz mais sentido para as pessoas".
Uma pena, pois para mim algumas coisas que os Reformadores falam fazem todo o sentido do mundo.
Enfim, lado bom e ruim.
Cristiano,
ResponderConcordo totalmente com seu comentário. Eu quando mencionei que a geração atual de jovens é mais informada e crítica, o fiz sem conotação negativa. Acho excelente que seja assim.
Um grande abraço.
Creio que, na sétima linha da primeira resposta, a intenção era dizer: "aferir o sucesso" e
Respondernão "auferir o sucesso". Será que não acompanhei a idéia corretamente?
Paz e Graça Rev. Augustus Nicodemus
ResponderSó estou passando (postando pela primeira vez) para dizer que eu sou um dos exemplos que citou sobre os pentecostais que estão buscando pela teologia reformada; Na verdade, agradeço e louvo a Deus por sua vida, com sentimento de admiração pela sua pessoa Rev. Augustus Nicodemus, pois por meio de seus estudos (que como bom bereano, conferi se estavam de acordo com a Palavra de Deus) aprendi muito, mas muito mesmo.
Seu pensamentos assim como os de outros reformadores, pela Graça e Misericordia de Deus pela minha pessoa, me guiaram juntamente com as Escrituras para uma real compreensão do que e no que eu estava "metido", como o G12 por exemplo.
Minha oração é que Deus abençoe esta o povo cristão dessa nação com sabedoria, conhecimento e discernimento das Suas cousas, para que não venhamos a vislumbrar um final infeliz por parte de muitos.
Um ósculo santo de seu irmão na fé, Mauricio, aqui de SC, Joinville, e que a Paz e Graça do Senhor Jesus seja contigo, Amém!
Lívio,
ResponderA correção que você apontou foi feita. Obrigado!
Um abraço.
Prezado Rev.Nicodemus
ResponderAcabo de chegar de um treinamento de 30 dias do Instituto Haggai, em Maui-HI, contando com a participação de 55 líderes cristãos de 27 países. Foi possível colher uma amostra da realidade evangélica mundial e analisar com maior clareza os desafios do cristianismo no contexto brasileiro. Do Brasil éramos 9: 04 presbiterianos (mas apenas 02 reformados), 3 batistas e 2 pentecostais. Fiquei feliz com os resultados: 1. pude ver a preocupação de grupos pentecostais (inclusive brasileiros) com a formação de pastores e com o confessionalismo que os proteja do liberalismo teológico. 2.Também fiz a auto-crítica do quanto podemos melhorar na comunicação do pensamento reformado, dentro e fora das igrejas, tornando-o relevante a uma sociedade decaída e mergulhada num pluralismo místico. 3. Pude sentir de perto o avanço e a tragédia do islamismo em países europeus, africanos e asiáticos, o que para mim, deve ser uma questão para a qual temos que nos preparar; se não estamos dando conta de conter as heresias neo-pentecostais, o que se dirá do islamismo que espalha terror, investe em escolas, universidades e governos; mata, tortura e persegue cristãos do mundo todo, e ainda por cima se apresenta como a resposta ao anseio do intelectualismo contemporâneo em busca de novidades. O Islã está chegando no Brasil; sou de uma cidade que tem uma mesquita e uma comunidade árabe que não dá para ignorar. Nossa igreja (em minha cidade) deveria estar preocupada inclusive com a evangelização desses grupos. Acho que o futuro está sim sombrio, e a questão é mais complexa do que parece ser. Mas quando olho para Mt 24.4-14 meu coração se enche de paz e esperança, pois afinal nosso Deus é soberano, tem um propósito para sua igreja e nos dá uma perspectiva de uma vida eterna na presença de nosso Senhor Jesus Cristo. Enquanto isso, mãos à Obra.
Quanto à divisão dos grupos tradicionais (em especial o que ocorre atualmente com a IPB), acredito que o grupo conservador (com o qual me identifico) poderia fazer uma revisão estratégica da forma como se comunica e se relaciona com os demais grupos. Há também que se considerar que há diferença entre conservadorismo e reforma. Há muitos conservadores na igreja que nao sao reformados na sua forma de pensar e agir. E a confusão acaba por impedir que muita gente boa esteja do nosso lado. A idéia dos conservadores como gente que estuda a Bíblia, gente preparada, mas sem piedade, sem compaixão pelas almas perdidas, sem fervor, soa como paradoxo e deve ser combatida de forma endógena. Quando nossos conservadores assumirem posturas menos politizantes, patrulhistas e forem mais estratégistas, diplomáticos e legítimadas por uma vida frutífera, tenho para mim que as diferenças serão minimizadas... Há muita gente nos grupos pentecostais e liberais que nem sabem o que estão fazendo lá, e estamos perdendo esses apoios por inaptidão própria...
Que Deus continue a abençoá-lo, Rev.
Saudações.
Ricardo de Abreu Barbosa
da Igreja Presbiteriana de S.B.C.-SP
Ricardo,
ResponderExperiência marcante essa sua. No decorrer da minha vida, as oportunidades que tive de morar, estudar, e visitar os Estados Unidos, Europa, países da América Latina, Canadá, e África, sempre foram desafiadoras e reveladoras da variedade que existe no Reino de Deus. A pluralidade serve para nos humilhar e desafia nossos limites.
Como você, preocupa-me o Islã e seu avanço no mundo, e também no Brasil. Cedo ou tarde teremos de enfrentar esse assunto de frente. Note todavia que há algumas diferenças entre o Brasil e esses outros países onde o islamismo avança a passos largos, que faz com que esse avanço seja contido e discreto aqui em nossas plagas – por enquanto.
Sobre os grupos em que a IPB parece se dividir, gostei das suas observações e concordo com elas. De fato, os conservadores e /ou reformados costumam ser reacionários e viver na defensiva (gato escaldado...). Mas, em defesa deles, eu diria que muitos conservadores e/ou reformados são homens de Deus, de vida exemplar e frutífera. O problema é que os contrários simplesmente não reconhecem isso e concentram-se nos defeitos óbvios.
Um abraço.
Caro Rev. Augsutus Nicodemus,
ResponderFoi com grande satisfação que me deparei com o seu Blog. O tema abordado é atualíssimo e verdadeiro. Hoje, no Brasil há uma "mixórdia gospel", a qual, cada líder religioso "inventa" algo bíblico para "capturar" cristão no aquário dos outros (proselitismo).
Enfim, parabéns pelo blog!
DEUS TE ABENÇOE EM NOME DE JESUS!
Emanuel Paiva
Caro Rev. Augustus,
ResponderGraça e paz!
Comunidades "evangélicas" no Orkut defendendo o sexo antes do casamento!!!!! Puxa, eu não consigo acreditar nisso, era só o que faltava! Primeiro, o "ficar" toma conta de muitos jovens evangélicos, e agora, isso...
Com um relativismo moral assim, acho que vamos precisar de uma Reforma Brasileira!
Graça e paz!
Rev. sou presbítero Congregacional em uma pequena cidade do interior da Bahia. Sinto-me deslocado e profundamente abatido diante de tudo isso que vem acontecendo na igreja brasileira. Sempre que faço algum comentário sou taxado de não espiritual; é uma briga por números e não por verdadeiras conversões, vejo cada vez mais que precisamos de uma nova reforma, pois nos tornamos cada vez mais parecido com a igreja romana.
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