[Estou na Holanda a trabalho e aproveitei uma folguinha para publicar esse post. Tenho pouco acesso à Internet aqui, de forma que minha resposta aos comentários virá somente próxima semana]
O termo “avivamento” tem sido usado para designar momentos específicos na história da Igreja em que Deus visitou seu povo de maneira especial, pelo Espírito, trazendo quebrantamento espiritual, arrependimento dos pecados, mudança de vidas, renovação da fé e dos compromissos com ele, de tal forma que as igrejas, assim renovadas, produzem um impacto distinto e perceptível no mundo ao seu redor. Entre os exemplos mais conhecidos está o grande avivamento acontecido na Inglaterra e Estados Unidos durante o século XVIII, associado aos nomes de George Whitefield, João Wesley e Jonathan Edwards. Há registros também de poderosos avivamentos ocorridos na Coréia, China, África do Sul. Há vários livros que trazem o histórico dos avivamentos espirituais mais conhecidos.
“Avivamento” é uma palavra muito gasta hoje. Ela está no meio evangélico há alguns séculos. As diferentes tradições empregam-na de várias formas distintas. O termo remonta ao período dos puritanos (séc. XVII), embora o fenômeno em si seja bem mais antigo, dependendo do significado com que empregarmos o termo. O período da Reforma protestante, por exemplo, pode ser considerado como um dos maiores avivamentos espirituais já ocorridos.
Há diversas obras clássicas que tratam do assunto. Elas usam a palavra “avivamento” no mesmo sentido que “reavivamento”, isto é, a revivificação da religião experimental na vida de cristãos individuais ou mesmo coletivamente, em igrejas, cidades e até países inteiros. Vários puritanos escreveram extensas obras sobre o assunto, como Robert Fleming [1630-1694], The Fulfilling of the Scripture, Jonathan Edwards [1703-1758] em várias obras e um dos mais extensos e famosos, John Gillies [1712-1796], Historical Collections Relating to Remarkable Periods of the Success of the Gospel [Coleção de Registros Históricos de Períodos Notáveis do Sucesso do Evangelho].
Mas, não foi por ai que eu comecei. O primeiro livro que li sobre avivamento foi Avivamento: a ciência de um milagre, da Editora Betânia. Eu era recém convertido e o livro me foi doado por um pastor que percebeu meu interesse pelo assunto. O livro tratava do ministério de Charles Finney, que ministrou nos Estados Unidos no século XIX, e registrava eventos extraordinários que acompanhavam as suas pregações, como conversões de cidades inteiras. Além das histórias, o livro trazia extratos de obras do próprio Finney onde ele falava sobre avivamento. Para Finney, um reavivamento espiritual era o resultado do emprego de leis espirituais, tanto quanto uma colheita é o resultado das leis naturais que regem o plantio. Não era, portanto, um milagre, algo sobrenatural. Se os crentes se arrependerem de seus pecados, orarem e jejuarem o suficiente, então Deus necessariamente derramará seu Espírito em poder, para converter os incrédulos e santificar os crentes. Para Finney, avivamento é resultado direto do esforço dos crentes em buscá-lo. Se não vem, é porque não estamos buscando o suficiente.
As idéias de Finney marcaram o início de minha vida cristã. Hoje, muitos anos e muitos outros livros depois, entendo o que não poderia ter entendido à época. Finney era semi-pelagiano e arminiano, e muito do que ele ensinou e praticou nas reuniões de avivamento que realizou era resultado direto da sua compreensão de que o homem não nascia pecador, que era perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo a oferta do Evangelho, sem a ajuda do Espírito Santo. As idéias de Finney sobre avivamento, principalmente o conceito de que o homem é capaz de produzir avivamento espiritual, influenciaram tremendamente setores inteiros do evangelicalismo e do pentecostalismo. Hoje, tenho outra concepção acerca do assunto.
Eu uso o termo avivamento no sentido tradicional usado pelos puritanos. E portanto, creio que é seguro dizer que apesar de toda a agitação em torno do nome, o Brasil ainda não conheceu um verdadeiro avivamento espiritual. Depois de Finney, Billy Graham, do metodismo moderno e do pentecostalismo em geral, “avivamento” tem sido usado para designar cruzadas de evangelização, campanhas de santidade, reuniões onde se realizam curas e expulsões de demônios, ou pregações fervorosas. Mais recentemente, após o neopentecostalismo, avivamento é sinônimo de louvorzão, dançar no Espírito, ministração de louvor, show gospel, cair no Espírito, etc. etc. Nesse sentido, muitos acham que está havendo um grande avivamento no Brasil. Eu não consigo concordar. Continuo orando por um avivamento no Brasil. Acho que ainda precisamos de um, pelos seguintes motivos:
1. Apesar do crescimento numérico, os evangélicos não têm feito diferença na sociedade brasileira quanto à ética, usos e costumes, como uma força que influencia a cultura para o bem, para melhor. Historicamente, os avivamentos espirituais foram responsáveis diretos por transformações de cidades inteiras, mudanças de leis e transformação de culturas. Durante o grande avivamento em Northampton, dois séculos atrás, bares, prostíbulos e casernas foram fechados, por falta de clientes e pela conversão dos proprietários. A Inglaterra e a Escócia foram completamente transformadas por avivamentos há 400 anos.
2. Há muito show, muita música, muito louvor – mas pouco ensino bíblico. Nunca os evangélicos cantaram tanto e nunca foram tão analfabetos de Bíblia. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da palavra de Deus. Quando o Espírito de Deus está agindo de fato, ele desperta o povo de Deus para a Palavra. Ele gera amor e interesse nos corações pela revelação inspirada e final de Deus. Durante os avivamentos históricos, as multidões se reuniam durante horas para ouvir a pregação da Palavra de Deus, para ler as Escrituras, à semelhança do avivamento acontecido na época de Esdras em Israel, quando o povo de Deus se quedou em pé por horas somente ouvindo a exposição da Palavra de Deus. Não vemos nada parecido hoje. A venda de CDs e DVDs com shows gospel cresce em proporção geométrica no Brasil e ultrapassa em muito a venda de Bíblias.
3. Há muitos suspiros, gemidos, sussurros, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas ao alto, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção de pecado, mudança de vida e santidade. Faz alguns anos recebi um convite para pregar numa determinada comunidade sobre santidade. O convite dizia em linhas gerais que o povo de Deus no Brasil havia experimentado nas últimas décadas ondas sobre ondas de avivamento. “O vento do Senhor tem soprado renovação sobre nós”, dizia o convite, mencionando em seguida como uma das evidências o surgimento de uma nova onda de louvor e adoração, com bandas diferentes que “conseguem aquecer os nossos ambientes de culto”. O convite reconhecia, porém, que ainda havia muito que alcançar. Existia especialmente um assunto que não tinha recebido muita ênfase, dizia o convite, que era a santidade. E acrescentava: “Sentimos que precisamos batalhar por santidade. Por isto, estamos marcando uma conferência sobre Santidade...” Ou seja, pode haver avivamento sem santidade! Durante um verdadeiro avivamento, contudo, os corações são quebrantados, há profunda convicção de pecado da parte dos crentes, gemidos de angústia por haverem quebrado a lei de Deus, uma profunda consciência da corrupção interior do coração, que acaba por levar os crentes a reformar suas vidas, a se tornarem mais sérios em seus compromissos com Deus, a mudar realmente de vida.
4. Um avivamento promove a união dos verdadeiros crentes em torno dos pontos centrais do Evangelho. Historicamente, durante os avivamentos, diferenças foram esquecidas, brigas antigas foram postas de lado, mágoas passadas foram perdoadas. A consciência da presença de Deus era tão grande que os crentes se uniram para pregar a Palavra aos pecadores, distribuir Bíblias, socorrer os necessitados e enviar missionários. Em pleno apartheid na África do Sul, estive em Kwasizabantu, local onde irrompeu um grande avivamento espiritual em 1966, trazendo a conversão de milhares de zulus, tswanas e africaners. Foi ali que vi pela primeira vez na África do Sul as diferentes tribos negras de mãos dadas com os brancos, em culto e adoração ao Senhor que os havia resgatado.
5. Um avivamento dissipa o nevoeiro moral cinzento em que vivem os cristãos e que lhes impede de ver com clareza o certo e o errado, e a distinguir um do outro. Durante a operação intensa do Espírito de Deus, o pecado é visto em suas verdadeiras cores, suas conseqüências são seriamente avaliadas. A verdade também é reconhecida e abraçada. A diferença entre a Igreja e o mundo se torna visível. Fazem alguns anos experimentei um pouco disso, numa ocasião muito especial. Durante a pregação num domingo à noite de um sermão absolutamente comum em uma grande igreja em Recife fui surpreendido pelo súbito interesse intenso das pessoas presentes pelo assunto, que era a necessidade de colocarmos nossa vida em ordem diante de Deus. Ao final da mensagem, sem que houvesse apelo ou qualquer sugestão nesse sentido, dezenas de pessoas se levantaram e vieram à frente, confessando seus pecados, confissões tremendas entrecortadas por lágrimas e soluços. O culto prolongou-se por mais algumas horas. E era um culto numa igreja presbiteriana! O clima estava saturado pela consciência da presença de Deus e os crentes não podiam fazer outra coisa senão humilhar-se diante da santidade do Senhor.
6. Um avivamento espiritual traz coragem e ousadia para que os cristãos assumam sua postura de crentes e posição firme contra o erro, levantando-se contra a tibieza, frouxidão e covardia moral que marca a nossa época.
7. Um avivamento espiritual desperta os corações dos crentes e os enche de amor pelos perdidos. Muitos dos missionários que no século passado viajaram mundo afora pregando o Evangelho foram despertados em reuniões e pregações ocorridas em tempos de avivamento espiritual. Os avivamentos ocorridos nos Estados Unidos no século XIX produziram centenas e centenas de vocações missionárias e coincidem com o período das chamadas missões de fé. Em meados do século passado houve dezenas de avivamentos espirituais em colégios e universidades americanas. Faz alguns anos ouvi Dr. Russell Shedd dizer que foi chamado para ser missionário durante seu tempo de colégio, quando houve um reavivamento espiritual surpreendente entre os alunos, que durou alguns dias. Naquela época, uma centena de jovens dedicou a vida a Cristo, e entre eles o próprio Shedd.
Não ignoro o outro lado dos avivamentos. Quando Deus começa a agir, o diabo se alevanta com todas as suas forças. Avivamentos são sempre misturados. Há uma mescla de verdade e erro, de emoções genuínas e falsas, de conversões verdadeiras e de imitações, experiências reais com Deus e mero emocionalismo. Em alguns casos, houve rachas, divisões e brigas. Todavia, pesadas todas as coisas, creio que um avivamento ainda vale a pena.
Ao contrário de Finney, não creio que um avivamento possa ser produzido pelos crentes. Todavia, junto com Lloyd-Jones, Spurgeon, Nettleton, Whitefield e os puritanos, acredito que posso clamar a Deus por um, humilhar-me diante dele e pedir que ele comece em mim. Foi isso que fizeram os homens presbiterianos da Coréia em 1906, durante uma longa e grave crise espiritual na Igreja Coreana. Durante uma semana se reuniram para orar, confessar seus pecados, se reconciliarem uns com os outros e com Deus. Durante aquela semana Deus os atendeu e começou o grande avivamento coreano, provocando milhares e milhares de conversões genuínas meses a fio, e dando início ao crescimento espantoso dos evangélicos na Coréia.
Só lamento em tudo isso que os abusos para com o termo “avivamento” tem feito com que os reformados falem pouco desse tema. E pior, que orem pouco por ele.
“Avivamento” é uma palavra muito gasta hoje. Ela está no meio evangélico há alguns séculos. As diferentes tradições empregam-na de várias formas distintas. O termo remonta ao período dos puritanos (séc. XVII), embora o fenômeno em si seja bem mais antigo, dependendo do significado com que empregarmos o termo. O período da Reforma protestante, por exemplo, pode ser considerado como um dos maiores avivamentos espirituais já ocorridos.
Há diversas obras clássicas que tratam do assunto. Elas usam a palavra “avivamento” no mesmo sentido que “reavivamento”, isto é, a revivificação da religião experimental na vida de cristãos individuais ou mesmo coletivamente, em igrejas, cidades e até países inteiros. Vários puritanos escreveram extensas obras sobre o assunto, como Robert Fleming [1630-1694], The Fulfilling of the Scripture, Jonathan Edwards [1703-1758] em várias obras e um dos mais extensos e famosos, John Gillies [1712-1796], Historical Collections Relating to Remarkable Periods of the Success of the Gospel [Coleção de Registros Históricos de Períodos Notáveis do Sucesso do Evangelho].
Mas, não foi por ai que eu comecei. O primeiro livro que li sobre avivamento foi Avivamento: a ciência de um milagre, da Editora Betânia. Eu era recém convertido e o livro me foi doado por um pastor que percebeu meu interesse pelo assunto. O livro tratava do ministério de Charles Finney, que ministrou nos Estados Unidos no século XIX, e registrava eventos extraordinários que acompanhavam as suas pregações, como conversões de cidades inteiras. Além das histórias, o livro trazia extratos de obras do próprio Finney onde ele falava sobre avivamento. Para Finney, um reavivamento espiritual era o resultado do emprego de leis espirituais, tanto quanto uma colheita é o resultado das leis naturais que regem o plantio. Não era, portanto, um milagre, algo sobrenatural. Se os crentes se arrependerem de seus pecados, orarem e jejuarem o suficiente, então Deus necessariamente derramará seu Espírito em poder, para converter os incrédulos e santificar os crentes. Para Finney, avivamento é resultado direto do esforço dos crentes em buscá-lo. Se não vem, é porque não estamos buscando o suficiente.
As idéias de Finney marcaram o início de minha vida cristã. Hoje, muitos anos e muitos outros livros depois, entendo o que não poderia ter entendido à época. Finney era semi-pelagiano e arminiano, e muito do que ele ensinou e praticou nas reuniões de avivamento que realizou era resultado direto da sua compreensão de que o homem não nascia pecador, que era perfeitamente capaz de aceitar por si mesmo a oferta do Evangelho, sem a ajuda do Espírito Santo. As idéias de Finney sobre avivamento, principalmente o conceito de que o homem é capaz de produzir avivamento espiritual, influenciaram tremendamente setores inteiros do evangelicalismo e do pentecostalismo. Hoje, tenho outra concepção acerca do assunto.
Eu uso o termo avivamento no sentido tradicional usado pelos puritanos. E portanto, creio que é seguro dizer que apesar de toda a agitação em torno do nome, o Brasil ainda não conheceu um verdadeiro avivamento espiritual. Depois de Finney, Billy Graham, do metodismo moderno e do pentecostalismo em geral, “avivamento” tem sido usado para designar cruzadas de evangelização, campanhas de santidade, reuniões onde se realizam curas e expulsões de demônios, ou pregações fervorosas. Mais recentemente, após o neopentecostalismo, avivamento é sinônimo de louvorzão, dançar no Espírito, ministração de louvor, show gospel, cair no Espírito, etc. etc. Nesse sentido, muitos acham que está havendo um grande avivamento no Brasil. Eu não consigo concordar. Continuo orando por um avivamento no Brasil. Acho que ainda precisamos de um, pelos seguintes motivos:
1. Apesar do crescimento numérico, os evangélicos não têm feito diferença na sociedade brasileira quanto à ética, usos e costumes, como uma força que influencia a cultura para o bem, para melhor. Historicamente, os avivamentos espirituais foram responsáveis diretos por transformações de cidades inteiras, mudanças de leis e transformação de culturas. Durante o grande avivamento em Northampton, dois séculos atrás, bares, prostíbulos e casernas foram fechados, por falta de clientes e pela conversão dos proprietários. A Inglaterra e a Escócia foram completamente transformadas por avivamentos há 400 anos.
2. Há muito show, muita música, muito louvor – mas pouco ensino bíblico. Nunca os evangélicos cantaram tanto e nunca foram tão analfabetos de Bíblia. Nunca houve tantos animadores de auditório e tão poucos pregadores da palavra de Deus. Quando o Espírito de Deus está agindo de fato, ele desperta o povo de Deus para a Palavra. Ele gera amor e interesse nos corações pela revelação inspirada e final de Deus. Durante os avivamentos históricos, as multidões se reuniam durante horas para ouvir a pregação da Palavra de Deus, para ler as Escrituras, à semelhança do avivamento acontecido na época de Esdras em Israel, quando o povo de Deus se quedou em pé por horas somente ouvindo a exposição da Palavra de Deus. Não vemos nada parecido hoje. A venda de CDs e DVDs com shows gospel cresce em proporção geométrica no Brasil e ultrapassa em muito a venda de Bíblias.
3. Há muitos suspiros, gemidos, sussurros, lágrimas, olhos fechados e mãos levantadas ao alto, mas pouco arrependimento, quebrantamento, convicção de pecado, mudança de vida e santidade. Faz alguns anos recebi um convite para pregar numa determinada comunidade sobre santidade. O convite dizia em linhas gerais que o povo de Deus no Brasil havia experimentado nas últimas décadas ondas sobre ondas de avivamento. “O vento do Senhor tem soprado renovação sobre nós”, dizia o convite, mencionando em seguida como uma das evidências o surgimento de uma nova onda de louvor e adoração, com bandas diferentes que “conseguem aquecer os nossos ambientes de culto”. O convite reconhecia, porém, que ainda havia muito que alcançar. Existia especialmente um assunto que não tinha recebido muita ênfase, dizia o convite, que era a santidade. E acrescentava: “Sentimos que precisamos batalhar por santidade. Por isto, estamos marcando uma conferência sobre Santidade...” Ou seja, pode haver avivamento sem santidade! Durante um verdadeiro avivamento, contudo, os corações são quebrantados, há profunda convicção de pecado da parte dos crentes, gemidos de angústia por haverem quebrado a lei de Deus, uma profunda consciência da corrupção interior do coração, que acaba por levar os crentes a reformar suas vidas, a se tornarem mais sérios em seus compromissos com Deus, a mudar realmente de vida.
4. Um avivamento promove a união dos verdadeiros crentes em torno dos pontos centrais do Evangelho. Historicamente, durante os avivamentos, diferenças foram esquecidas, brigas antigas foram postas de lado, mágoas passadas foram perdoadas. A consciência da presença de Deus era tão grande que os crentes se uniram para pregar a Palavra aos pecadores, distribuir Bíblias, socorrer os necessitados e enviar missionários. Em pleno apartheid na África do Sul, estive em Kwasizabantu, local onde irrompeu um grande avivamento espiritual em 1966, trazendo a conversão de milhares de zulus, tswanas e africaners. Foi ali que vi pela primeira vez na África do Sul as diferentes tribos negras de mãos dadas com os brancos, em culto e adoração ao Senhor que os havia resgatado.
5. Um avivamento dissipa o nevoeiro moral cinzento em que vivem os cristãos e que lhes impede de ver com clareza o certo e o errado, e a distinguir um do outro. Durante a operação intensa do Espírito de Deus, o pecado é visto em suas verdadeiras cores, suas conseqüências são seriamente avaliadas. A verdade também é reconhecida e abraçada. A diferença entre a Igreja e o mundo se torna visível. Fazem alguns anos experimentei um pouco disso, numa ocasião muito especial. Durante a pregação num domingo à noite de um sermão absolutamente comum em uma grande igreja em Recife fui surpreendido pelo súbito interesse intenso das pessoas presentes pelo assunto, que era a necessidade de colocarmos nossa vida em ordem diante de Deus. Ao final da mensagem, sem que houvesse apelo ou qualquer sugestão nesse sentido, dezenas de pessoas se levantaram e vieram à frente, confessando seus pecados, confissões tremendas entrecortadas por lágrimas e soluços. O culto prolongou-se por mais algumas horas. E era um culto numa igreja presbiteriana! O clima estava saturado pela consciência da presença de Deus e os crentes não podiam fazer outra coisa senão humilhar-se diante da santidade do Senhor.
6. Um avivamento espiritual traz coragem e ousadia para que os cristãos assumam sua postura de crentes e posição firme contra o erro, levantando-se contra a tibieza, frouxidão e covardia moral que marca a nossa época.
7. Um avivamento espiritual desperta os corações dos crentes e os enche de amor pelos perdidos. Muitos dos missionários que no século passado viajaram mundo afora pregando o Evangelho foram despertados em reuniões e pregações ocorridas em tempos de avivamento espiritual. Os avivamentos ocorridos nos Estados Unidos no século XIX produziram centenas e centenas de vocações missionárias e coincidem com o período das chamadas missões de fé. Em meados do século passado houve dezenas de avivamentos espirituais em colégios e universidades americanas. Faz alguns anos ouvi Dr. Russell Shedd dizer que foi chamado para ser missionário durante seu tempo de colégio, quando houve um reavivamento espiritual surpreendente entre os alunos, que durou alguns dias. Naquela época, uma centena de jovens dedicou a vida a Cristo, e entre eles o próprio Shedd.
Não ignoro o outro lado dos avivamentos. Quando Deus começa a agir, o diabo se alevanta com todas as suas forças. Avivamentos são sempre misturados. Há uma mescla de verdade e erro, de emoções genuínas e falsas, de conversões verdadeiras e de imitações, experiências reais com Deus e mero emocionalismo. Em alguns casos, houve rachas, divisões e brigas. Todavia, pesadas todas as coisas, creio que um avivamento ainda vale a pena.
Ao contrário de Finney, não creio que um avivamento possa ser produzido pelos crentes. Todavia, junto com Lloyd-Jones, Spurgeon, Nettleton, Whitefield e os puritanos, acredito que posso clamar a Deus por um, humilhar-me diante dele e pedir que ele comece em mim. Foi isso que fizeram os homens presbiterianos da Coréia em 1906, durante uma longa e grave crise espiritual na Igreja Coreana. Durante uma semana se reuniram para orar, confessar seus pecados, se reconciliarem uns com os outros e com Deus. Durante aquela semana Deus os atendeu e começou o grande avivamento coreano, provocando milhares e milhares de conversões genuínas meses a fio, e dando início ao crescimento espantoso dos evangélicos na Coréia.
Só lamento em tudo isso que os abusos para com o termo “avivamento” tem feito com que os reformados falem pouco desse tema. E pior, que orem pouco por ele.
39 comentários
comentáriosCaro Rev. Augustus,Graça e Paz!
ResponderTodos os pontos mostrados no post se resumem nos dois últimos parágrafos de seu post. Para que o avivamento de nossa igreja aconteça é necessário despojarmos de nosso orgulho e derramarmos o nosso coração diante de Deus "com toda a oração e súplica". A comunhão com o Eterno é que fará uma igreja vivificante e missionária, pois assim estará caminhando para o centro de Sua vontade.
Sugiro que o despertamento comece por este blog,e toda a igreja do nosso Brasil esteja junto nesta empreitada. Programem um tempo de oração incessante ( 1 semana, 21 dias, o que for necessário) e divulguem às igrejas.
Conte com minha família nesta visão. Oremos a Deus pelo avivamento.
Grande abraço,
José Paulo
Rev. Augustus Nicodemus
ResponderÉ sempre bom ler o seu post.
Tenho encontrado referencias aos assuntos que me perseguem, nos seus textos, é como se existisse transmissão de pensamentos.
São nas experiências pequenas que percebo a falta de crença das pessoas, principalmente e tristemente dos cristãos, ou, pelo menos dos que se julgam cristãos.
Deus nos alimente com suas palavras para sempre e sacie nossa sede, as gargantas estão secas.
Obrigada
Rosangela
Muito bom.
ResponderEm especial, no que me diz respeito, a parte que diz "... acredito que posso clamar a Deus por um, humilhar-me diante dele e pedir que ele comece em mim."
Um abraço
Avivamento e neo-avivamento é coisa de pentecostal. Nós, os puritanos, devemos verdadeiramente nos opor à esse modismo anti-bíblico e arminiano. TULIP neles, contra toda a falácia humanista.
ResponderMeu pastor,
ResponderPonto final! Nada a acrescentar!
Abraço
Renan
Caro Augustus,
Respondervejo que vc cada vez mais mostra simpatia para com aqueles que são de forma preconceituosa condenados por reformados mais radicais.
Talvez Finney tenha vivido em um momento especial da sociedade americana e inglêsa, daí ter resultados tão positivos.
O mesmo penso aconteceu com Rick Warren na Califórnia. Não dá, todavia para acharmos que o segredo está nos métodos que impregaram.
Creio que, a princípio, qualquer método evangelísctico feito de forma íntegra é mais válido do que a resignação e o marasmo.
Porém o "trabalho penoso da alma", aquela oração cheia de compaixão pelos perdidos, que Finney fala, tem seu significado. Nem tanto como ferramenta mas como produto, prova, de que não estamos indiferentes às pessoas à nossa volta.
No mais vale o famoso versículo de 2 Crônicas 7:14. humilhação + Oração + arrependimento.
Mas creio que há um avivameto no Brasil sim que em breve será sentido isso em toda a sociedade. Pelo menos assim espero...
Amado Pastor é um imenso prazer deixar o meu comentário aqui ...sou Aldair, membro da ASS de Deus, sou um calvinista, e tenho aprendido muita coisa com o Irmão, gostaria de pedir permissão para colocar esse texto no meu blog se possivel...sinto muita comunhão com o irmão apesar de não conhece-lo pessoalmente, rogo desde já por suas orações em meu favor e conte comigo para orar por um genuino avivamento na igreja Brasileira
ResponderParabéns pelo post Rev. Nicodemus. Está na hora da igreja parar de achar que avivamento é coisa de pentecostal. Como liderança nas igrejas devemos estimular, e muito, a leitura da palavra e a vida de oração. Creio que não precisamos mais do que isso, pois o Espírito irá nos transformar e moldar o nosso agir ao de Cristo.
ResponderUm abraço
Alexandre
DIVULGAÇÃO: http://frasesprotestantes.blogspot.com/
ResponderParabéns Rev. Augustus Nicodemus, como sempre o seu texto é uma demostração de equilíbrio.
ResponderRealmente, como o irmão escreveu em seu texto, muitos dentro do evangelicalismo acreditam que o avivamento é fruto de esforço humano (exemplo disso é a utópica idéia de querer promover um avivamento por meio da "Marcha para Jesus").
O Pentecostalimo Clássico acredita, assim como os reformados, que o avivamento vem da parte de Deus, é um milagre! Teólogos pentecostais brasileiros, como Claudionor de Andrade e Antonio Gilberto já expuseram isso em livros e nas famosas "lições bíblicas". Não há estratégias que possa promover um avivamento. Nós pentecostais aceitamos o que escreveu Wilbur M. Smith: "Um avivamento provém de Deus, ou então não é absolutamente avivamento".
Só veremos um avivamento no Brasil, quando a Palavra de Deus tomar o centro dos cultos, seminários, igrejas em geral.
Cabe a nós, pentecostais e reformados, o clamor: "Aviva, ó SENHOR, a tua obra no meio dos anos" (Habacuque 3.2)!
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
Rev. Augustus,
Respondermaravilha! Obrigado por um texto tão bom e incentivador.
Estou contigo na esperança de haver avivamento bíblico no Brasil e oro por isso. Também incentivo minha igreja a orar, claro, explicando que é uma obra da soberana graça de Deus e não pode ser fabricada por homens.
Deus te abençoe,
Juan
Bom dia Rev. Augustus
ResponderParabéns pelos comentários a respeito de um assunto tão importante quanto este. Fico feliz em ouvir sobre esse assunto “Avivamento”. Somente o Espírito de Deus pode tirar do ser humano, regenerado ou não, tudo aquilo que faz com que ele se pareça cada vez menos com Cristo, o nosso Redentor.
Como seria bom desfrutarmos um relacionamento com o nosso Senhor e com nossos semelhantes destituído das mazelas ainda existentes em nós.
Por vezes, o que assusta é que uma espécie de lepra espiritual toma conta dos corações humanos. E como é difícil imaginar que alguém poderia pedir por mais sensibilidade aos seus próprios erros sendo que um dos que carrega consigo é a própria falta de sensibilidade. Como é horrível pensar que o ser humano pode ser insensível à sua própria necessidade de sensibilidade. O que me enche de esperança é que a perda da sensibilidade é algo que não resiste ao toque humano, quanto mais ao toque de Deus.
Só para se ter uma idéia, Dr. Paul Brand, um dos primeiros médicos a trabalhar, na Índia, diretamente com o problema da isquemia nos nervos aprendeu que nem mesmo essa doença pode resistir ao toque humano, por mais irônico que isso possa parecer. Essa doença, que hoje tem cura, chegou mesmo a ser a quarta causa de cegueira no mundo.
Alguns meses após abrir uma unidade de fisioterapia para tratar de pacientes com esse problema examinou um jovem e tentou explicar-lhe que poderia impedir o progresso da doença e talvez restaurar alguns movimentos da sua mão, mas não seria possível fazer muito pelas suas deformidades faciais. Brincando um pouco para quebrar o gelo, o Dr. Paul Brand coloca a mão sobre o ombro de seu paciente e lhe diz:
“- seu rosto não é tão feio assim e não vai piorar se tomar o remédio. Afinal de contas, nós homens não temos de nos preocupar tanto com o rosto. São as mulheres que se afligem com qualquer mancha ou ruga.”
Aquele homem começa a chorar, e como ele não falava tamil direito, pediu a uma de suas funcionárias para lhe ajudar com a tradução. O que aconteceu, eu disse algo errado? E após a mulher conversar com aquele homem, veio a resposta.
- Não doutor, ele disse que está chorando porque o senhor pôs a mão no ombro dele. Ninguém o tocava há anos.
Como vê, nem mesmo uma isquemia nos nervos pôde resistir ao toque humano, por mais estranho que isso possa parecer. O que nos enche de esperança é que diante do toque de Deus, toda a insensibilidade vai embora. E quando o Espírito Santo invade os corações humanos, poderemos nos alegrar sobremaneira com o nosso Deus, porque estaremos perto dele.
Desculpe, acho que falei demais. Tenho acompanhado as postagens aqui, mas, falo pouco, porque não consigo teclar pouco. Deus o abençoe ricamente em suas atividades diante de nosso Senhor. E a nós, o que nos cabe com alguma sensibilidade existente em nós (produzida por Deus) é buscarmos incessantemente aquilo que pode nos aproximar sincera e realmente mais de Deus e de nossos semelhantes.
Um abraço a todos.
De seu irmão em Cristo,
Pastor João Geraldo
gelura@hotmail.com
Glória a Deus pelo artigo.
ResponderAviva Senhor tua obra.
Creio que Deus nos dará um avivamento.
Caro Rev. Nicodemus,
ResponderConcordo com o senhor em número , gênero e grau com relação ao avivamento genuíno.As palavras adoração e avivamento estão sendo tão mal empregadas no meio evangelical que confesso sentir dor nos ouvidos e mal-estar. Sinto ânsia e enjôos com frases do tipo:"Hoje as igrejas sabem adorar verdadeiramente ao Senhor."(quer dizer que as igrejas de 50,30 ou 20 anos atrás não sabiam?) ou "A minha igreja é avivada e o poder de Deus se faz presente"(confudem avivamento e poder de Deus com demonstrações emocionais bizarras de todos os tipos). Concordo que o nosso país não está vivendo um avivamento bíblico.Conheço muitas igrejas onde não há EBD, mas não falta um culto do tipo louvozão. O estudo da palavra está em segundo plano, chegando ao ponto de um pastor dizer "que a letra mata".Espero em Deus um verdadeiro avivamento começando por minha casa,cidade,estado e se espalhando pelo país.
Um forte abraço calvista.
D.Dias
Isso não foi um artigo, foi uma verdadeira aula sobre avivamento... E a melhor que já "assistí". Muito Obrigado professor... O dia que te encontrar pessoalmente entrego a maçã.
ResponderCalvinista, reformado e avivado...
Amém!!!
Nobre Dr. Nicodemus,
ResponderMais um "gol de placa". Com efeito, o termo avivamento tem sido usado de forma errônea por muitos Pentecostais e Neopentecostais. De fato, precisamos de um avivamento bíblico e não de louvorzão. O que ocorre hoje é que as pessoas dão muita ênfase ao Espírito Santo e aos anjos. Depois dizem que os Testemunhos de Jeová conhece Bíblia como ninguém. Se eles se dispusessem em estudar as Escrituras, não falariam esse impropério.
Amado Rev. Nicodemus,
Que o Senhor continue te iluminando a escrever excelentes artigos e nos brindando com temas edificantes!
Soli Deo Gloria!
Emanuel Paiva
Avivamento para mim sempre foi sinal de comprometimento do cristão com a palavra de Deus e o render-se de pecadores a está graça. Gostaria muito de crer que no BRASIL exista uma igreja cristã avivada,mas, o que observo é uma igreja em sua maioria movida pela emoção, e no anseio de buscar Deus para ter a provissão de seus sonhos, como um meio de conquista para a vida pessoal.
ResponderTenho observado que alguns sinais jogam contra qualquer sinal de avivamento, seriam manifestações de apostasia e não de conversão ou coisa assim, estes sinais são:
1. A falta de identidade teológica da liderança, sem a capacidade de guiar o povo a toda verdade, conduzindo o rebanho para o liberalismo;
2. O foco da pregação tem sido conquistar os homens a qualquer custo, não com palavras que o levem ao arrependimento, mas, com palavras que estimulem a sua busca materialista por Deus;
3. As igrejas empressas, nascidas para dar lucro independente do pastoreio eficaz do rebanho, arrependimento,cruz, novo nascimento são então termos deixados de lado;
Gostaria de manifestar minha indignação contra tais fatos que cheiram a corrupção da verdade. Pregadores que centra-se na palavra e tem prazer em ensinar a verdade são verdadeiros promotores de um avivamento que acontecerá, não conforme os interesses humano, mas segundo a boa vontade de Deus.
Caros amigos,
ResponderObrigado por todos os comentários. Estou de volta às atividades normais depois de uma semana fora do país. Vou tentar apenas responder às indagações feitas. No mais, agradeço a contribuição de todos para nossa compreensão desse assunto tão importante que é avivamento espiritual.
Abraços!
Caro Cesar Campos,
ResponderSeu comentário é tão clichè e ridículo, que realmente estou sem saber se é sério ou se é mais uma brincadeira de uns gozadores libertinos... Se é gozação, admito - tem sua graça você tentar imitar um puritano.
Se é sério mesmo, você está enrascado, nunca vi tanto erro e falácias num comentário tão curto! Primeiro, avivamento é coisa de puritano e reformado, sim, os pentecostais vieram depois e pegaram a idéia. Segundo, os puritanos nunca se opuseram aos avivamentos espirituais, mas somente aos excessos, conforme se pode ver claramente nas obras do puritano Jonathan Edwards. Terceiro, TULIP não tem nada a ver com avivamento, é a soteriologia calvinista, que deve ser usada contra o arminianismo, o pelagianismo e outros ismos de natureza teológica-soteriológica.
Vixe!
Roger,
ResponderConcordo totalmente com você. Acho que os resultados reais e duradouros do ministério de Finney que proventura existiram (aliás, há quem os conteste), foram fruto do ambiente geral de avivamento em que ele viveu. Um contemporâneo dele, Ashael Nettleton, que era calvinista, teve muitos resultados também, e sua pregação e métodos eram bem diversos daquele do Finney.
Abraços.
Caro Pastor, gostaria de saber se posso publicar algumas materias de vosso blog no meu blog (citando a fonte, claro) www.pss777.blogspot.com pois tenho sido grandemente edificado. Desde já grato, Paulo Sergio da Silva.
ResponderPaulo,
ResponderEstá autorizado, vá em frente!
Um abraço!
Señores soy de Chile del seminario IPCH les invito a participar de mi blog con sus comentarios.
Responderdoctrinareformada.blogspot.com
Lembro da palavras de um antigo pregador: "Quando Deus enche alguém o envia ao campo"! Ou seja, todo avivamento traz a pregação da Palavra de Deus, o quebrantamento, a unção do Espírito e o desejo de ser santo. O que disso passar não vem de Deus.
ResponderVisitem http://daladier.blogspot.com - Reflexões Sobre Quase Tudo
Dr. Augustus,
Responderse me permite acredito que o sr. poderia fazer uma "segunda parte" desse tema. Neste o sr. fez um importante apanhado histórico, no segundo o sr. poderia fazer um levantamento nos salmos e profetas a respeito desse assunto. Eu acho fascinante quando leio nos profetas quando eles se levantavam contra os abusos e injustiças perante reis e príncipes, condenando suas atitudes, ao mesmo tempo que eles anunciavam ao povo a necessidade de um arrependimento comunitário e um retorno à lei de Deus.
Enquanto isso, os Salmos de lamento e queixas os salmistas suplicavam a Deus uma intervenção direta dEle em reação às injustiças e maldades existentes ao seu redor, e chegavam ao ponto de "gritar" com Deus como Moisés fez em Números 11.
Um abraço,
Mauro F.F.
Saudações caro Augustus,
ResponderSou admirador do sue blog, semrpe venho enriquecer meus conhecimentos lendo os seus posts, mais uma vez assino embaixo no que escreveu, apesar de não precisar da minha assinatura ehehe, mas quero deixar aqui a minha satisfação em ler seus pensamento fidedignos e sérios a respeito do avivamento, concordo plenamente.´, Deus em sua soberania ja me levou a uma igreja Neopentecostal, estive la por alguns meses, não aguentei, minha cabeça titubeava e girava porque cresci em uma igreja batista e séria que tnha muitos ensinos biblicos, e nao conseguia mastigar aquelas distorcões do evangelho, ia para campanhas e mais campanhas e via tudo ao contrário, o pragmatismo toma de conta dessas igrejas, a biblia ja nao e mais relevante para eles...a palavra avivamento tem mais haver com emoções, posso sentir avivamento até num show de rock do rollingstones pq sinto mais prazer e em emoção em esta la do que ir pra uma marcha de Jesus, que decreta e determina e toma posse...
Mais uma vez Fortaleza está de braços abertos para o Sr. Nicodemus, o Paulo Romeiro conhece o pastor da minha igreja, Pr.Luiz Claudio Vilela, ele foi Pr da Betesda algunas anos atraz...
Prof. Augustus Nicodemus,
ResponderÉ sempre muito bom ler os seus textos. Tão cuidadosamente escritos, que poderiam ser apostilados e publicados futuramente (inclusive com os melhores comentários). Quanto ao avivamento, creio no que o senhor disse, é preciso arrependimento, orações de arrependimento, desejo de ganhar almas para Jesus Cristo, zelo pelo Nome, amor pela honra da Noiva, e muito ouvido e pouca língua para nós, povo de Deus.
Lucrécio disse que "De nihilo nihil" (nada vem do nada), é preciso trabalho.
Isto me lembra outra expressão latina "Ex eventu sciemus" (pelo resultado é que saberemos), logo o avivamento deverá ter os resultados certos.
Marcelo Hagah
João Pessoa-PB
Excelente artigo acompanhado de uma profunda reflexão para minha vida em particular.
ResponderNo amor de Cristo.
Valter Raleid
Excelente post. Obrigado por tê-lo escrito.
ResponderAgora é colocar em prática. ;)
Um abraço.
Marcelo,
ResponderObrigado. Quanto à publicação dos posts, já está em caminho, pela Mundo Cristão, se Deus quiser sai no ano qeu vem.
Italo,
Obrigado por suas ponderações. Sua concordância é importante, sim! Obrigado pelo convite para Fortaleza, vamos aguardar a oportunidade!
Mauro,
Boa perspectiva. VocE tem razão quanto a esse tema nos Salmos e em Moisés. É um tema por demais rico, que perpassa toda a Escritura. Quem sabe, sai um post sobre o assunto.
Abraços a todos.
Gostei demais dessa postagem, creio que o amor a Deus e as pessoas devem ser as principais atitudes de quem esta vivendo um averdadeiro avivamento, o resto fica como nota de rodape.
ResponderPARABENS !!!
ResponderGraças a Deus por sua vida e sabedoria. Abençou minha vida. Também estarei publicando (se o Sr. me permite em meu Blog) abraços... Rubens
Amado Rev. Augustus
ResponderGraça e Paz.
Eu concordo perfeitamente com o que o Reverendo expôs em seu artigo, de que o Brasil ainda não conheceu um legítimo avivamento. Diante dessa premissa dura, porém verdadeira, faço ao senhor as seguintes perguntas:
1) Como devemos lutar por um genuíno avivamento?
2)Como realizar uma Reforma nas igrejas brasileiras, de uma maneira que condiza com as necessidades e com o contexto da nossa gente? Como produzir uma reflexão teológica de fato brasileira?
3)Como o senhor reverendo vê a questão da união das denominações? È possível haver uma união legitimamente ortodoxa de todos os cristãos sinceros, ou não?
No aguardo de uma possível resposta, agradeço a atenção dispensada!
Graça e paz!
Anônimo,
ResponderRespondendo às suas indagações:
1) "Como devemos lutar por um genuíno avivamento?" Devemos orar por ele e buscar diariamente a santificação ensinada na Bíblia.
2)"Como realizar uma Reforma nas igrejas brasileiras, de uma maneira que condiza com as necessidades e com o contexto da nossa gente? Como produzir uma reflexão teológica de fato brasileira?" -- Bom, isso aqui é mais complicado. Se a Reforma a ser procurada e implantada for bíblica, vai servir perfeitamente às necessidades dos brasileiros. É só separar o que é bíblico daquilo que é cultural e temporal.
3)"Como o senhor reverendo vê a questão da união das denominações? È possível haver uma união legitimamente ortodoxa de todos os cristãos sinceros, ou não?" -- sempre haverá diferenças de entendimento entre os cristãos, ainda que sejam todos eles ortodoxos. Contudo, creio que é possível deixarmos as diferenças em coisas secundárias de lado em nome de uma cooperação e comunhão em torno das grandes verdades do Evangelho. Pessoalmente não creio na união das denominações evangélicas, mesmo as conservadoras, mas creio na possibilidade de comunhão e cooperação entre elas.
Abraços.
No aguardo de uma possível resposta, agradeço a atenção dispensada!
Graça e paz!
Prezado Rev.
ResponderGraça, Paz e Misericórdia do nosso maravilhoso Deus.
Sou pastor batista e concordo com as suas colocações sobre avivamento. Entendo que ainda não vivenciamos um "avivamento" em nosso amado país e entendo que ele é dado pelo soprar do Espírito Santo de Deus. Avivamento esse que tem o poder de mudar a história da nação. Avivamento que irá quebrar as barreiras denominacionais. Avivamento que irá nos levar a nos humilhar-mos diante do nosso Deus, reconhecendo que dependemos dEle pra tudo em nosso viver.
Foi um prazer e uma alegria imensa ler o seu artigo. Falou muito ao meu coração. Estou escrevendo um livro chamado: "O avivamento que eu vi", em um movimento em Dourados no MS, quando a nossa igreja passou por um mover de Deus e tivemos uma pequena amostra do verdadeiro avivamento: arrependimento, confissão de pecados, salvação de vidas, santidade, curas, libertação e etc. Gostaria da sua autorização para citar o seu material, citando a fonte. Aguardo a sua palavra. No Senhor Jesus o nosso tudo, Abraços!
Pastor Paulo Balaniuc, Marataízes-ES
Prezado Pastor Balaniuc,
ResponderEstá autorizado.
Abraços.
Sou lider de Louvor,creio que Deus verdadeiramenter me chamos par aministrar a outros e o faço com muito temor,porém, ao ler seu artigo, concordo plenamente que a música tem tomado o lugar dA Palavra em muitas Igrejas o que na verdade não é sinal de avivamento. Precismaos urgentemente voltar ao primeiro amor e rever nossas primeiras obras diante do altar do senhor!
ResponderRev. Augustus Graça e Paz do Senhor!
ResponderLouvado seja Deus por essa postagem!
Compartilho contigo esse desejo, tenho orado a Deus por um verdadeiro avivamento na minha vida e na sua Igreja.
Tenho experimentado o amor de Deus nos mínimos detalhes da minha vida, e percebo que ultimamente o Senhor tem me cercado de outros crentes com esse desejo e objetivo, não estamos sozinhos.
Orando por um verdadeiro avivamento bíblico!
Um abraço!
Prezamado Rev. Augustus Nicodemus,
ResponderA paz de Cristo, o nosso Senhor!
A leitura desta matéria me proporcionou grande satisfação, e claro, a necessidade de uma nova verificação ao texto, com o cuidado em aproveitar ao máximo o conteúdo da plena consciência do autor, em dissecar audasiosamente, o que é intrigante para muitos que, se perdem em sua cegueira espiritual, ao desejarem um avivamento à sua moda pessoal.
Claro e evidente em sua matéria, a mostra da possibilidade, e o momento, em que, se faz presente o que é necessário com total equilíbrio, para que ocorra a manisfestação sobrenatural do Criador, na motivação ao reconhecimento simples e natural dos crentes ou incrédulos a um verdadeiro avivamento.
O Senhor seja contigo,
O menor de todos os menores.