Vai acontecer no Mackenzie em abril desse ano.
A realização da segunda edição do Simpósio Internacional “Darwinismo Hoje” se justifica, não somente por causa do 150º. aniversário da publicação do livro de Darwin “A Origem das Espécies” em 2009, como também por causa do sucesso do I Simpósio.
Realizado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie com o objetivo de promover um amplo debate sobre as interpretações do Darwinismo, do Design Inteligente e do criacionismo, o I Simpósio atraiu a atenção da mídia, dos estudiosos do assunto e de todos os interessados em questões como a origem da vida e o seu funcionamento.
O II Simpósio trata basicamente dos mesmos temas, mas avança um pouco, ao ampliar o número de palestrantes e debatedores representantes do Darwinismo, do Design inteligente e do criacionismo. Dessa forma, o Mackenzie procura manter o espírito da Academia como o local adequado para o debate, para o contraditório.
Não se pode mais, diante do avanço científico e das recentes descobertas da bioquímica, insistir-se numa única teoria como a explicação exclusiva da realidade. É necessário que todas as vozes sejam ouvidas nessas questões fundamentais, que tocam praticamente em todas as áreas do conhecimento e nos mais diversos setores da nossa vida.
O evento realizar-se-á nos dias 13 a 16 de abril de 2009, nos campi São Paulo da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
As inscrições para participação estarão abertas a partir de 20/01/2009 até a data do Evento. Os participantes receberão certificados de participação
Detalhes e inscrições aqui.
Vejam algumas das palestras:
- Dr. John Lennox (Design Inteligente): “A Origem da Vida e os Novos Ateus”.
- Dr. Aldo Mellender (evolucionismo): “Darwin Ontem e Hoje – 150 anos de Origem das espécies”.
- Dr. Paul Nelson (Design Inteligente): “A Árvore da Vida de Darwin”.
- Dr. Gustavo Caponi (Evolucionismo): “A Origem das Espécies – O livro”.
- Dr. Marcos Eberlin (Design Inteligente): “Fomos Planejados – A maior descoberta de todos os tempos”.
- Jornalista Maurício Tuffani – “Tendências da Mídia quanto ao ensino de Design Inteligente nas Escolas e Universidades Públicas e Privadas”.
- Ms. Adauto J. B. Lourenço – “Criacionismo”.
Todos os palestrantes são nomes de peso aqui e no exterior. Entre eles destacamos Dr. John Lennox, professor de matemática na Universidade de Oxford, que se tornou conhecido pelos debates com ateus famosos, como Richard Dawkins. Veja no Youtube vídeos desses debates (foto).
O II Simpósio promete receber atenção da grande mídia por causa do "ano de Darwin" e por causa da polêmica sobre o ensino de criacionismo nas escolas confessionais acontecido no final do ano passado.
Como Deus nos protege?
Há 2 horas
36 comentários
comentáriosRev. Augustus, o Richard Dawkins irá participar do II Simpósio sobre Darwinismo no Mackenzie?
ResponderNão. A foto é só para mostrar a conexão com o Lennox.
ResponderMas os evolucionistas estão bem representados pelos Dr. Mellender e Caponi, que são cientistas respeitados e conhecidos no Brasil.
Rev Augustus, esse momento sera de grande importância nesta discussão. Alguns evolucionistas começam a questionar os principios de dentro. Ha alguns anos não vejo dentro da biologia um momento de questionamentos feito por biólogos tão grande como agora. Algo que parecia impensável. Tentarei com certeza estar presente. Parabéns pelo evento e que Deus abençoe aos que estão a frente.
ResponderGostaria de saber se tais palestras serão passadas na tv web da IPB ou se será gravado para que os que não puderem comparecer tenham acesso.
ResponderAnderson Teixeira.
Por falar em darwinismo, estou aqui para parabenizar o nosso irmão Solano, porque agora ele é nacionalmente famoso ao ser citado na coluna de André Petry, na revista Veja dessa semana.
ResponderRafael
".. por causa da polêmica sobre o ensino de criacionismo nas escolas confessionais acontecido no final do ano passado."
ResponderNão sabia que essas coisas estavam acontecendo. O senhor poderia falar +, rev.? Fiquei curioso. Me passe algum link pra estar lendo, se possível.
Graça e paz, em Jesus, o Filho de Deus.
Olá Rev. Augustus...
ResponderGostaria de aproveitar a publicação deste evento sobre Darwinismo para compartilhar aqui minhas impressões sobre um dos palestrantes citados neste último Post: Ms. Adauto J.B. Lourenço, e falar sobre um tema que considero importante: o crédito em demasia que os cristãos modernos tem dado às verdades científicas em detrimento da verdade bíblica.
Já fui a uma palestra do Sr. Adauto Lourenço sobre Design Inteligente, ocorrida na 1ª Igreja Batista de Londrina, em 2005. A retórica dele é pomposa, academicista e até bem convincente [até o que eu não entendi parecia estar certo], mas que não diz absolutamente nada. Pelo menos, nada que justifique sua presença ali no horário reservado ao culto a Deus.
Por isso, não compreendo como um palestrante, auto intitulado como representante do conhecimento científico e disposto a discursar segundo uma perspectiva supostamente científica, laica, profana, teve acesso ao púlpito de um templo cristão.
Não que eu seja contra o debate em si, nada disso, mas foi perceptível a estranha intencionalidade dos organizadores do evento ao tentarem mostrar aos membros daquela denominação reformada que o Deus do Cristianismo pode ter sua existência compreendida de forma racional [segundo a perspectiva moderna de racionalidade, é claro], como se o olhar bíblico sobre tal questão não fosse suficiente para o cristão. Ouvi um determinado pastor tecer o seguinte comentário: “ainda bem que estamos do lado certo, não é?”. Além de outros irmãos lançarem mão de pérolas semelhantes a esta. Ou seja, se a ciência pode provar, então nossa fé é verdadeira.
Ora, nós cristão estamos “do lado certo” independente do que a racionalidade ocidental, científica e laica pensar sobre nossa crença. Desde quando a Igreja de Cristo precisa do crivo da biologia para crer no Deus soberano que trouxe à existência toda matéria? Desde quando precisamos do crédito dos fariseus da ciência moderna para crer que todo o cosmos é sim uma criação divina?
Quando a racionalidade bíblica começa a perder seu caráter de plena suficiência para o cristão, é porque a igreja está perdendo sua essência que é sagrada, logo está se descaracterizando. Daí é natural que cristãos com o Sr. Adauto Lourenço se levantem para tentar advogar a causa deste Design Inteligente, que para mim não passa de um criacionismo pseudo-científico, para ‘defender’ Deus nos tribunais evolucionistas. Como se Ele precisasse mesmo de algum advogado.
Por isso, segundo a minha percepção da palestra e daquilo que foi construído no imaginário dos crentes ali presentes, esse Design Inteligente não passa de um conjunto de especulações oportunistas, pinceladas com um verniz bem sem vergonha de racionalidade científica, voltado para cristãos modernos que consideram a suficiência da velha perspectiva bíblica sobre a realidade como sendo algo absurdo e anacrônico demais para um cristão do Séc. XXI tê-la como referencial de crença. Logo, parece incoerente [tanto para fé cristã quanto para a ciência] e desonesto [pois seus representantes parecem mais preocupados em convencer do que em descobrir a verdade].
Bom, em linhas gerais, é isso... e parabéns pelo Blog que está sempre repleto de discussões interessantes e que Deus abençoe a todos...
Rev. Augustus
Respondergostaria de saber qual a posição do senhor com relação a isso... li um livro do Francis S. Collins(A linguagem de Deus), bem convincente quanto ao evolucionismo teísta, e estou muito convencido quanto a isto, porém sempre aberto a ouvir, meditar e orar para achar a verdade, q, sempre estará do lado do Senhor! Ainda estou iniciando meus estudos nessa área, nem vi nada do Adauto, ou sobre tais palestras, mais enfim... pelo fato da maioria dos respeitados e bons teólogos e filósofos cristãos serem criacionistas(yec)estou inclinado a rever meus conceitos!
e maikon Johny, a questão não é a nescessidade da apologética(seja ela evidencialista, filosófica ou qualquer outra)e sim a utilidade...
vja no site apologia.com.br um artigo com o nome "quem precisa de apologética cristã" e vc vai ver a utilidade d homens como o Adauto...
graça e paz aos eleitos do Senhor
Prezado Maykon,
ResponderTenho que discordar a respeito de alguns pontos que você colocou. Embora o Design Inteligente seja uma teoria mais voltada para explicações científicas, e possa ser pareado ao lado do evolucionismo como outra teoria (e o criacionismo cristão fique numa categoria teológica), é um elemento que nos ajuda a explicar e entender a realidade.
Em termos de Fé, realmente a Bíblia para o cristão é mais que suficiente, mas alguém negaria que Deus ao criar tudo, também criou a lógica, a capacidade de raciocínio e a incrível complexidade que observamos?
Não vejo como dissociar a ciência do cotidiano cristão completamente, visto que em sua forma adequada a ciência é um instrumento para sondar a realidade e buscar a verdade (ou deveria ser), e buscar a Verdade é dever de todo o Cristão.
Em termos apologéticos, vejo a ciÊncia que inúmeros cientistas cristãos praticam e conciliam com a Fé como algo a trazer conforto para quem já é Cristão, e algo para acender aquela dúvida importante na cabeça de muitos cientistas e ateus.
Temos que lembrar que a Bíblia conta a história da salvação e de Cristo. A Bíblia não é um guia de ciÊncias e conhecimentos técnicos, obviamente, e nossa vida "no mundo" acontece em meio à realidade em que Deus nos colocou, com toda a complexidade inerente à mesma, e fomos dotados de raciocínio e emoções, e muitos cientistas usam o seu trabalho para trazer conforto ao próximo e realizarem suas vocações.
Creio que em nenhum momento a Bíblia deixou de ser o referencial para o modo de vida realmente cristão, e justamente por ser essa referência, diversos cristãos têm produzido ciência de ótima qualidade, com ética e dedicação exemplares.
Sobre convencer, basta dar uma olhada na história do cristianismo e nas palavras do próprio Cristo e seus Apóstolos.
Além do imperativo de ir e evangelizar, observamos o uso da retórica para rebater incontáveis heresias e acusações pagãs contra o cristianismo desde seu início. Assim como observamos o uso da filosofia e da ciência pelos apologistas cristãos, que trabalham para cumprir aquilo que a própria Escritura diz, propiciando um meio fértil para a Fé e para a ação do ES (sugiro a leitura do livro de apologia do McGrath).
Mas concordo que púlpito não é lugar de palestra. Seria algo mais adequado realizar tal palestra fora do horário do culto, eu creio. Mas o evento em foco aqui aconteceu numa Igreja, ou acontecerá em uma? Creio que foi organizado num auditório da Universidade MAckenzie, aí sim o palco ideal para estimular a discussão sadia e democrática, num tempo onde a voz dos cristãos é silenciada e banida completamente da discussão científica (o que traz um grande empobrecimento para a ciÊncia, sem dúvida).
No seu caso, a palestra foi durante o culto, pelo que percebi, o que não foi muito adequado realmente. Mas não duvido das boas intenções dos organizadores. Sugiro que converse com seus irmãos e dê a sugestão para se criar uma palestra especialmente para tais assuntos, fora do culto.
Sobre o uso de termos pomposos, bem, a linguagem acadêmica acaba sendo um pouco pomposa, mas não acredito que por alguém ser cristão, não deva ou não possa falar de forma acadêmica. O apóstolo Paulo pregou aos gregos no aerópago utilizando as crenças e linguagem dos mesmos como ponto de partida, por que o Cristão não deveria buscar a todos igualmente em sua obra?
Você parece ter partido da ciÊncia como algo para julgar a veracidade dea Bíblia, mas para um Cristão, a Bíblia fornece as ferramentas que produzirão muitas vezes um ótimo cientista.
De forma alguma eu defendo uma posição de que o conhecimento científico é necessário ou obrigatório para o Cristão, defendo sim, que para aqueles que tem vocação científica, é uma obrigação usá-la de forma construtiva para a sua vida e a vida do próximo.
Um abraço.
Olá, Maykon.
ResponderEm linhas gerais você disse coisas muito pertinentes para que haja o equilíbrio entre a ciência e fé. Gostei das suas colocações sobre a questão de culto...(Confesso que também estranhei o Adauto estar ali). No entanto, as palavras do irmão sintetizou mal o posicionamento científico do Adauto. É verdade que não precisamos da ciência para crer. Agora a ciência precisa da fé para caminhar em rumos certos! Nesse sentido, o D.I. é o braço direito do Criacionismo Bíblico e louvo a Deus por levantar homens que estão em Universidades, igrejas, revistas científicas e escolas dizendo, de várias formas, que "Deus é o Criador".
Concordo com as posições dos meus irmãos Hélio e Lucio sobre os seus comentários. Sugiro ao segundo irmão que leia o livro "Darwin no banco dos réus" de Phillip E. Johnson, editora Cultura Cristã(excelente livro). Para um leitura mais fácil do mesmo autor, leia "Como derrotar o evolucionismo com mentes abertas". Para uma análise mais específica dos pontos de vista sobre as teorias, recomendo o livro "Criação e Evolução", editora Vida. Este possui um capítulo sobre o evolucionismo teísta, abordando o assunto na forma de "mesa redonda".
Para a nossa reflexão: retire os criacionistas bíblicos e os adeptos do D.I. do mundo. O impacto das filosofias naturalistas seriam maiores ou não nas sociedades? Como viveríamos?
Graça e paz a todos, em Jesus, o Filho de Deus. Amém!
Olá caros irmãos Lúcio e Hélio...
ResponderBom, na verdade meus questionamentos não são relacionados a racionalidade em si, mas sim com a demasiada valorização dada à RACIONALIDADE CIENTÍFICA MODERNA em especial, por parte de grandes setores da cristandade contemporânea, enquanto um referencial de fé [pra mim, isto é fato comprovado in loco]. Digo isto porque acredito que as escrituras sagradas possuem sim sua própria racionalidade [e não estou me referindo à produção de conhecimento oriundo da teologia moderna quando falo nisto]. Afinal, a razão não é propriedade privada da ciência moderna assim como a fé não é propriedade privada da religião.
Com relação a ciência moderna, exclusivamente do ponto de vista da produção científica, entendo que ela seja um conhecimento produzido com o fim de elucidar os mecanismos de funcionamento dos fenômenos da natureza em prol do conforto da civilização, e não dos PROPÓSITOS existentes por de trás de tais fenômenos. A busca por conhecer o propósito da existência do cosmos é de competência dos conhecimentos religioso e filosófico e jamais da ciência, pois ela não é instrumentalizada o suficiente para compreender aquilo que está além dos 5 sentidos, e quando falamos sobre o propósito da coisas, estamos falando de algo que transcende as habilidades físicas que o ser humano tem de perceber a realidade concreta. Por isso, acredito que a ciência não dá, nem jamais dará conta de Deus. Quando pergunto, por exemplo: “POR QUE o céu é azul?”, não seria coerente se eu recebesse uma resposta científica, pois não formulei uma pergunta científica, mas sim filosófico-religiosa. Não perguntei COMO funcionam os mecanismos naturais que tornam o céu azul, mas sim qual o propósito dele possuir tal cor. Sendo assim, seria muito mais coerente se alguém me respondesse: “o céu é azul porque Deus quis assim!”, pois isto sim é uma resposta filosófico-religiosa a um questionamento filosófico-religioso [independente de seu grau de complexidade e de veracidade].
Agora, com relação a ciência moderna, exclusivamente do ponto de vista epistemológico ou político, é sabido que ela foi um conhecimento produzido com o fim de contestar a cosmovisão religiosa, até então plenamente soberana na civilização ocidental, independente se ela dá conta de Deus ou não. Pois existiam interesses políticos e econômicos relacionados a transição de determinadas elites no poder, no caso a burguesia e seus interesses laicos em ascensão e a religião oficial em decadência.
Portanto, considero o discurso de determinados movimentos como o do criacionismo pseudo-científico desqualificado e incoerente, tanto na dimensão da técnica, pois a ciência moderna não transcende a concretude da realidade [se é que podemos chamar DI de ciência], quanto na dimensão da ética, pois, historicamente, a ciência moderna [a despeito de sua incapacidade instrumental de trabalhar com o propósito do cosmos] surgiu como oposição a toda e qualquer tipo de cosmovisão religiosa, especialmente a cristã. Entendo que o próprio fato de existirem cientistas cristãos já é uma incoerência ética, assim como o fato de existirem escolas e faculdades laicas mantidas por instituições religiosas também não deixa de ser algo incoerente.
Assim, todo este discurso de apologética e de retórica em prol da produção de um meio fértil para a fé, cai por terra quando lançamos mão de uma racionalidade laica que não tem relação alguma com a racionalidade bíblica, que é misteriosa e fundamentada na fé. Alias, quanto a esta questão de razão x fé, entendo também que o que há em comum entre ambas as formas de conhecimento humano, sejam elas científicas, religiosas ou filosóficas, é sim a existência da fé. Afinal, é preciso de fé tanto para crer nas verdades científicas quanto para crer nas verdades religiosas. É preciso de fé tanto para quer na existência dos átomos quanto para crer na existência de milagres. Quantas pessoas já viram algum átomo? Quantas pessoas já tiveram acesso a um microscópio atômico? As pessoas comuns acreditam no átomo porque uma elite intelectual que monopoliza toda a produção científica diz que ele existe. Logo, um esboço metafórico de um átomo existente em um livro secundarista de biologia tem tanto valor, enquanto crença, quanto um santinho de Nossa Senhora. Portanto, os dois não deixam de ser hierofanias, a única diferença é que uma é sagrada e a outra é profana. O próprio Richard Dawkins é um religioso, um crente no ateísmo, pois defende suas idéias de forma tão ortodoxa quanto o mais coerente dos cristãos reformados. Bom, por hora é só... um forte abraço a todos e fiquem sempre com Deus...
O DAWKINS TUPINIQUIM
ResponderE o ateísmo militante de Dawkins já tem suas crias abrasileiradas, infelizmente sem a intelectualidade acadêmica do original ao que parece. Na edição 2098 da VEJA, o nosso conterrâneo André Petry continua sua marcha anti-religiosa, e resolve tropeçar no assunto do Evolucionismo.
Como escritor gabaritado de uma revista de circulação nacional, esperava um pouco mais do artigo. Usando o expediente de criticar os religiosos por ensinarem criacionismo na sala de aula, o nosso Dawkins tupiniquim ainda enfatiza que tal “desvio” religioso embruteceria a criança por ensinar a confundir crença e superstição com razão e ciência.
Bem, foram muitos pressupostos em poucas linhas, mas vamos lá.
Sobre Criacionismo, seria interessante o colunista ler algo para se informar sobre o conceito de Criacionismo e de Design Inteligente. O que se ensina como ciência não é de forma alguma o Criacionismo Cristão clássico (esse sim de teor religioso), mas o Design Inteligente (DI), que por definição não é obrigatoriamente cristão, embora seja compatível com a cosmovisão cristã; e parcialmente com o Evolucionismo.
O foco do problema está nos pressupostos admitidos pelo Evolucionismo Naturalista, que sem nenhuma prova científica deseja ter autoridade sobre tais pressupostos. Pressupostos esses dos quais nada podemos saber e nem muito menos perguntar. Mas ensina-se como verdade absoluta o Evolucionismo, enquanto que o DI é suprimido por cabecinhas obscurantistas modernas, que na sua cruzada jogam tal teoria na lixeira após taxá-la de religiosa.
Enquanto cientistas de renome internacional no mundo inteiro admitem a presença de informação na existência, e da possível existência de uma informação que tudo ordenou de forma Inteligente (Deus para os cristãos), nosso Dawkins tupiniquim, com certeza um estudioso profundo da biologia, julga o “Criacionismo do DI” como lixo religioso.
O que Petry parece não ter percebido, é que ele atacou o Criacionismo quando na verdade é o DI que está fazendo barulho. E na sua visão estreita do embrutecimento e da patrulha ideológica antiteísta, Petry não percebe que quem embrutece é o Evolucionismo Naturalista radical, que proíbe o questionamento dos alunos e monopoliza as instituições de ensino, não permitindo às crianças e adolescentes um questionamento científico e filosófico adequado sobre suas origens.
Ao comparar a crença cristã com superstição, Petry deixa cair sua máscara e mostra que seu julgamento está baseado nas suas convicções ateístas e nada científicas. Ele ataca a crença cristã como uma superstição boba. E se resolvesse estudar um pouco o assunto, saberia que os postulados do Evolucionismo Naturalista vão incrivelmente além do que a ciência pode comprovar, mas de forma bruta defende que somente o Evolucionismo deve ser ensinado, e somente tal teoria é científica, isso para mim parece fanatismo religioso.
Daqui a pouco vai ter um monte de pseudocientistas querendo iniciar uma inquisição contra os cientistas que se alinharam ao lado do design inteligente. Mas esperem aí, isso já aconteceu!
Professores nos Estados Unidos foram expulsos de escolas por ensinarem o DI! Quem é bruto mesmo? Veja o filme Expelled.
Resumindo: vai estudar que te fará bem. Se desejar uma sugestão, visite o site do Mackenzie, onde segundo o Petry, professores estão ensinando criacionismo como ciência e embrutecendo crianças com superstições.
Vejam o anúncio do Segundo Simpósio Internacional “Darwinismo Hoje”, com grandes autoridades de todas as correntes (Evolucionista, Design Inteligente e Criacionista). Quem sabe ao invés de acusar o Mackenzie de embrutecedor de jovens, nosso Dawkins tupiniquim não descobre que pode se desembrutecer um pouco aprendendo mais sobre o Evolucionismo que tanto defende e sobre a diferença entre Criacionismo e Design Inteligente?
Alexandre -- De fato, a teoria da evolução tem sofrido fortes ataques de cientistas evolucionistas! Espera-se que em breve uma nova versão seja defendida, em tanta dependência da seleção natural.
ResponderAnderson -- sim, as palestras serão veiculadas pela Internet, ao vivo. Mais adiante daremos o endereço.
Danilo -- no final do ano passado a Folha de São Paulo publicou um artigo similar a esse do André Petry (menos virulento). Atacou o ensino do criacionismo nas aulas de ciência no Mackenzie, sem saber direito, à semelhança do Petry, o que fazemos aqui. Procure na Internet, tem aos montes.
Maykon -- acho que você não entendeu direito e acho que sua postura sobre Adauto não está correta, mas outros já comentaram aqui.
Lúcio -- segundo Michael Behe, que é evolucionista teísta, essa expressão é uma contradição em termos, pois um dos pilares do evolucionismo é o conceito de mutações randômicas e aleatórias. Não tem como combinar o evolucionismo, corretamente entendido, com a noção de Deus presidindo o processo. É minha opinião.
Abraços.
Olá Dr. Augustus,
ResponderEste simpósio contará com a participação da platéia? Haverá um momento para perguntas e respostas?
Abraços,
Hoje se fala em darwinismo, mas será que o darwinismo social será também debatido nesse simpósio? A mesma concepção de que as espécies mais fortes sobrepujam às mais fracas não estaria sendo praticada nas relações sociais?
ResponderImpressionante o bom nível dos comentários.
ResponderConsidero porém que é edificante e positivo que os cristãos possam ter acesso a propostas criacionistas e ao conhecimento científico de alguns temas para ampliar sua visão quanto ao relato Bíblico e a obra de Deus. Muito se pode compreender mas certamente vários pontos continuarão a ser uma questão de fé e isso que diferencia cristãos de não cristãos. Hb.cap.11
Valtencir,
ResponderPretendemos ter um momento para perguntas e respostas, mas não é garantido.
Filipe,
Embora o darwinismo social não seja um dos temas oficiais, é provável que os palestrantes digam alguma coisa sobre ele.
Abraços.
Olá Augustus, talvez esjeja utilizando o espaço errado, mas não localizei outro canal para contato no blog e pelo google, por isso peço desculpas desde já. Gostaria de saber onde adquirir seus materiais, especificamente se você disponibiliza CD's em MP3 e/ou DVDs de suas pregações e preleções, pois não encontrei pela Net nenhuma loja específica. Desde já agradeço a colaboração. Deus o abençoe.
ResponderOlá Pessoas, Resolvi escrever sobre o assunto também e opinar, mesmo depois da "bola fora" de minha última participação que resultou no,,em confrontamento da visão luterana e calvinista de igreja e estado. Bem... de trás para frente: - Filipe, eu não separaria tanto assim o darwinismo do chamado darwinismo social. Penso que, para os darwinistas, nada deveria surpreender certas nações ou grupos sociais se impondo por força militar, afinal, é assim que espécies sobrevivem. Da mesma forma, se é pela força que uns permanecem sobre a terra e outros não, evoluindo então, não há origem alguma para a lei moral. Tudo deveria poder ou ser subvertido a qualquer hora e qualquer momento pelo mais forte; - MayKon: também acho que você está com uma visão errada sobre o professor Adauto. Descontado o convite e o uso do momento de culto para falar do DI, no frigir dos ovos, acho que ele defende muito bem a diferença que deve ser feita entre as propostas do DI e o criacionismo cristão. Como ja´ouvi em diversas palestras dele no youtube, as conclusões do DI podem ter implicações religiosas pois há quem use suas propostas para afirmar que fomos criados por ETs e outros para afirmar que fomos criados por Deus. No entanto, o DI não depende de pressuposições religiosas. Ele se sustenta por sinais e evidências nas mais diversas áreas da ciência e do conhecimento. No mais eu concordo bastante com suas palavras sobre as mais diferentes abordagens epistemologicas; - Hélio: eu resolvi deixar um comentário sobre a coluna do André Petry e, como não espero ser publicado, aproveito para compartilhar com todos vocês as palavras que dirigi a ele: "A grande questão é que o pêndulo do exclusivismo está para o "outro lado", o da ciência naturalista e tudo o que não se conformar com essa visão ou não apontar para o evolucionismo é rapidamente taxado de "fé", "superstição", "misticismo", "fábula encantadora". Não há espaço para outras proposições racionais e, assim como a igreja cristã errou em outros tempos queimando as ameaças na fogueira da inquisição, me parece que chegou a vez os sobreviventes das fogueiras revidarem, errando livremente. Há uma ciência e uma lógica na proposição teórica da ciência criacionista ainda engatinhando e buscando espaço, como em outros tempos aconteceu com Darwin, considerado um gênio por muitos."
Responder.abraços.
.em Jesus.
.Rahel.
Caro anônimo,
ResponderSemana passada recebi email de uma amiga, que veio a conhecer a Cristo através de meu ministério em Recife, muitos anos passados. Ela tinha ouvido falar que eu cobro 7 mil reais por palestra e havia ficado indignada. Mas, me deu o benefício da dúvida e resolveu me perguntar diretamente. É óbvio que esclareci o assunto: não somente não cobro absolutamente nada, como até tem ocasiões em que acabo pagando para ir a alguns locais mais remotos.
Acho que por causa de pregadores e preletores que cobram palestras, vendem DVDs e CDs e MP3, imagina-se que todos façam isso. Não quero condená-los -- todos precisam sustentar a família.
No meu caso, que tenho sustento aparte do meu ministério, não comercializo nada. No máximo, ofereço até com 50% de desconto meus próprios livros que recebo como pagamento das editoras. O único local que conheço que disponibiliza (gratuitamente) mensagens minhas na internet é o site do monergismo.com. Dê uma passadinha por lá. É 0800.
Um abraço.
Rev.Augustus, e demais irmãos. Conheci o prof. Adauto Lourenço, recentemente, por ocasião da última conferência da Editora Fiel (ele não foi conferencista em 2008, mas teve uma rápida e marcante participação ao divulgar o seu site www.universocriacionista.com.br).
ResponderInteressei-me tanto pelo tema e pelo seu trabalho que resolvi, com o apoio dos pastores, levar o assunto para o grupo de adolescentes da nossa igreja local. Abordamos nas aulas da ED temas como origem das teorias, da informação, do universo, da vida, dos fósseis, métodos de datação, aspectos da geofísica e hidrodinâmica, tudo com base na obra "COMO TUDO COMEÇOU", do Prof. Adauto, e de suas palestras disponíveis para compra no site da Editora Fiel, ou para download gratuito no mesmo endereço.
Quero dizer que o resultado foi edificante e oportuno para o grupo, em sua maioria formada por estudantes do ensino médio, alguns recém ingressos na universidade, inclusive em cursos de Física e Biologia, os quais nunca imaginaram que a teoria da evolução fosse uma proposta tão frágil e seriamente oponível até mesmo por vários cientistas.
Posso testemunhar a fé dos meus alunos, alguns dos quais conheço desde a infância, mas pude perceber o quanto eles ficaram felizes e entusiasmados, pois passaram e dispor de “ferramental” para defender com mais vigor sua posição criacionista - na escola, com amigos e professores não cristãos. Por isso considero a argumentação científica, na medida do que Deus nos conceder evidenciar, fundamental para a defesa de nossa fé. E é impressionante como o prof. Adauto maneja bem a palavra de Deus, mostrando, principalmente nos livros de Gênesis, de Jó, dos Salmos, que a ciência vem descortinando fatos que Deus já nos revelou pela Sua Palavra!
Gostaria de encorajar os líderes de jovens e adolescentes de nossas igrejas e valorizar esse tema. Nossos jovens têm sido bombardeados por um naturalismo travestido de ciência, enquanto muitas de nossas igrejas os têm ocupado com uma agenda devocional (pouco teológica), legalista, e sem a devida justificação dos pressupostos que alicerçam a nossa fé. Não sou pastor nem teólogo, mas considero a apologética fundamental nos dias de hoje, principalmente para nossa juventude.
Conheci adolescentes, "nascidos na igreja", professos, que admitiram insegurança quando confrontados acerca da história de Adão, Eva, do jardim do Édem, do dilúvio, de Noé... Eles afirmavam crer na Bíblia, mas no fundo acabavam “seccionando” a verdade para acomodar a sua fé a um contexto em que não se sintam ridicularizados por ataques sutis mas contundentes,vindos de toda a parte. O resultado está na fragilização da fé, na relativização da autoridade bíblica e na adoção de uma vida “neo-ortodoxa” (esse termo eu aprendi com os seus “posts”), o que tem se mostrado presente em nossas igrejas, ditas reformadas.
Meu desejo e oração é que, pela graça, conheçamos mais a Deus, o seu infinito poder e glória, nos curvemos a Ele com temor e propósito de agradá-lo com nossas vidas, e que desfrutemos de todo o conhecimento dado por Deus (em todas as áreas), para honrá-lo e servi-lo.
Convido o Rev. Augustus, bem como os demais irmãos, para visitar o blog da UPA da 1ª. Igreja Presbiteriana de S.B.C. Pode ser acessado pelo site www.ipsbc.org.br, na seção das sociedades internas, ou diretamente pelo endereço: http://upa-ipsbc.blogspot.com. O post é o do dia 29/12/2008. Quanto ao II Simpósio, comprometo-me a dar ampla divulgação aqui na região do ABC Paulista! Ricardo de Abreu Barbosa
Dr. Nicodemus, quero parabenizá-lo pela grande iniciativa. Imagino que o sr. fará história no Mackenzie e no Brasil como um pensador e defensor das grandes verdades.
ResponderGostaria de fazer apenas um pedido em prol daqueles que moram longe e não têm condições de participar dessas palestras: Por favor, coloque à disposição para download como a primeira. É necessário divulgar as incoerências do evolucionismo e conhecermos os pontos de vista evolucionista também. Fiz um artigo crítico à crónica de André Petry, se quiser dar uma olhada, agradeço. Um abraço.
Caro Rahel
ResponderCom relação ao seu comentário onde vc diz que as propostas do D.I. podem ter implicações religiosas, é justamente sobre este ponto que me referi quando compartilhei neste blog meu testemunho sobre a palestra que participei, cuja minha percepção do impacto na platéia ali presente pôde ser resumida com a seguinte conclusão de um pastor: “ainda bem que estamos do lado certo”.
Proponho, então, o seguinte questionamento: quando vou a um templo cristão e vejo o púlpito ocupado por alguém que se apresenta como um cientista, e que faz questão de deixar claro que está ali “para falar sobre ciência e não sobre religião” [palavras do Sr. Adauto Lourenço], e assim que sua palestra termina o pastor titular da congregação toma a palavra e tece comentários como: “Graças a Deus que EXISTE um design inteligente...”, sugerindo explicitamente que tudo aquilo que fora dito era uma verdade absoluta, inexorável e incontestável dos fatos, onde o D.I. pode garantir de modo peremptório uma segurança científica para a fé cristã [como se ela precisasse disto], e ao final vejo todos os presentes dizendo amém... o que devo pensar sobre tal sequência de eventos? Será que os envolvidos podem mesmo se encaixar naquela categoria de cientistas que produzem “ciência de ótima qualidade, com ética e dedicação exemplares” como disse o irmão Helio? Na minha miserável opinião, não.
Por isso entendo que, neste caso em especial, qualquer analise que seja estritamente pontual, ou seja, que considere somente o discurso do palestrante em detrimento de toda uma sequência de fatos que envolve um evento como o que participei, se torna deficitária. Não adianta um cientista apresentar uma idéia como sendo uma hipótese estritamente científica e logo em seguida um pastor reapresentá-la, como sendo uma verdade religiosa, logo incontestável, para a mesma platéia. Se isto não for antiético, então eu não sei mais o que é ética nem coerência religiosa.
Agora com relação a validade do D.I. enquanto ciência, digo que outro ponto a se considerar é que os leigos não costumam saber que nem tudo o que é apresentado como sendo uma verdade por determinadas correntes do pensamento científico é de fato uma verdade consensual em todo o meio acadêmico. O próprio debate sobre as células tronco é prova disto, pois não existe um consenso no meio científico sobre qual o momento exato do surgimento da vida. Muito menos hipóteses, e muito menos hipóteses vindas das correntes mais marginais da ciência moderna, como o D.I., que no meio acadêmico não costuma ser “pareado com o evolucionismo”, como disse o irmão Hélio. Muito pelo contrário, o D.I. costuma ser considerado uma corrente mais underground que a própria ciência holística. Quem é mais respeitado nas academias, Adauto Lourenço ou Fritjof Capra? E por falar no respeito do mundo, eu volto a insistir que devemos considerar a ciência não somente pela perspectiva da produção científica em si, mas também pela reflexão epistemológica. E com relação a esta última abordagem, entendo que a ciência sempre irá arrumar a realidade de um jeito diferente, conforme as conveniências do poder vigente no momento e na capacidade de persuasão que determinadas elites intelectuais tem para garantir sua manutenção no referido poder. Nas atuais circunstâncias, o poder continua nas mãos do Darwinismo e do Cartesianismo, pelos motivos já relatados acima. Se algum dia o D.I, o holismo, o xamanismo, a alquimia ou qualquer outra abordagem ascender ao poder, não pense que será por um caminho diferente. Este é mais um motivo para afirmar que a ciência moderna não é um conhecimento confiável, pois a verdade laica sempre esteve e sempre estará nas mãos dos que tiverem maior poder de persuasão sobre potenciais “padrinhos” no meio acadêmico.
É bem verdade que, humanamente falando, pode até ser empolgante ver outras formas de conhecimento lançarem mão de pressupostos que venham ao encontro das verdades do Reino de Deus, mas acredito que o olhar adequado que um cristão deve ter diante disto é o de um mera curiosidade epistemológica, e nada mais. Criacionismo Científico é interessante? Pode ser; D.I. é algo curioso? Talvez. Mas entendo que se for para tomarmos partido de algo, enquanto crentes, que seja somente pela verdade absoluta e incontestável da racionalidade bíblica. O resto não deve passar de mera especulação.
Eu não diria "antiético", Maykon, mas antibíblico. O irmão poupou palavras pra falar desse tipo de comportamento na igreja. Todas as partes de um culto são teocêntricas e ponto final! Aí daquele que ignorar isso.
ResponderPor outro lado, tenho a "sensação" que você põe tudo que tenha “ismo” no mesmo saco de farinha e rotula essa atitude como “somente pela verdade absoluta e incontestável da racionalidade bíblica”. "...acredito que o olhar adequado que um cristão deve ter diante disto é o de um mera curiosidade epistemológica, e nada mais". Acho que a “simplicidade irredutível” do irmão está ignorando os fatos, aquilo que já foi comprovado por pesquisa e tudo mais. Ciência pode até ser manipulável por uma elite intelectual, pode não apresentar (e nunca vai mesmo) uma verdade consensual e o D.I ser considerado uma corrente científica undergraund por aqueles que o consideram. Entendo que esse pensamento exclui, ou melhor, infelizmente separa ciência e religião e cria dois compartimentos blindados, aparentemente, por causa de um aparente (pelo menos foi a minha percepção das poucas palavras suas) medo em tornar a fé salvadora, a Verdade bíblica, em uma espécie de "cientificismo religioso cristão".
Lamentavelmente você comete o mesmo erro que a Ciência cometeu no final do século XIX e até hoje comente: separar essas duas esferas. Elas antes coexistiam e, creio, que por causa disso tivemos grandes revoluções! Deus também “precisa”(não achei palavra melhor) ser glorificado na Ciência, além de ser glorificado nos púlpitos. Ciência sem Deus é loucura. Ainda bem que o Criacionismo Bíblico existe e ainda bem que o II Simpósio Darwinismo Hoje vem aí!
Soli Deo gloria
uow, vejo q o pessoal comentou bastante, até nem tive tempo d ler tudo
Responderaté certo ponto(na Ênfase ciÊntífica como próprio axioma, o mito da ciÊncia não ser teórica...etc) concordo com o mikon
mas, como leigo(como eu já disse) gostaria que vcs(inclusive o Dr. Nicodemus) já "por dentro" desse assunto me dessem suas opiniões sobre o livro "A Linguagem de Deus" do Francis S. Collins, nem que seja um link confirmando ow refutando suas posições teológicas...
Que Deus abençoe a todos os eleitos e os guie pela verdade!
Caro Maykon,
ResponderVou então tentar clarear os pontos que me parece que concordamos... e quem sabe, alguns pontos em que nossas visões divergem em maior ou menor grau.
Vejo que, em primeiro lugar, até seja possível questionar a ética do professor Adauto ao apresentar o DI em pleno momento de culto - está na sua liberdade fazê-lo. Mas consideremos que ele tenha sido submetido ao constrangimento de se pronunciar em um determinado horário em que não estava ao alcance dele dizer se era o horário do culto ou não. Na minha miserável opinião, o professor Adauto faz um bom trabalho de distinção entre sua fé e a ciência que ele apresenta e defende. Para mim, o erro foi do pastor que o convidou para falar naquele momento, bem como afirmar “ainda bem que estamos do lado certo”. Seria constrangedor para um palestrante, também na minha miserável opinião, contestar o pastor e seus comentários bem como negar-se a palestrar ao perceber que fora convidado para apresentar suas hipóteses estritamente científicas em pleno culto.
Digamos que a sua "miserável opinião" e a minha empatam aqui. Certo?
Por outro lado, também acho algo que destoa da fé cristã se apegar à ciência ou a outras formas de conhecimento - que não o revelado na Palavra - para ter certeza e prova sobre as coisas que não podemos ver (Hebreus 11).
Portanto, é certo que não podemos levar como verdade absoluta qualquer coisa que seja dita ou tida como ciência. Aliás, uma forma bem comum hoje em dia de dizer que algo é incontestável e grande verdade é afirmar: "é científico". Não é verdade? - lá vem a verdade outra vez atrapalhar a frase ou a pergunta.
rs
O complicado é que por trás do "espírito científico" deveria estar sempre a dúvida, a pergunta e os questionamentos de forma que todas as suas "verdades" são transitórias e não absolutas. Por outro lado, o estigma da ciência é esse: de ser uma verdade absoluta. Pode ser que seja culpa nossa ou daqueles que utilizam do argumento de que "é científico"; pode ser culpa de alguns "Dawkins da vida"; do professor Adauto(?), ou até mesmo da academia. Mas quando a ciência é levada "a sério" ela nada mais é do que "verdades" transitórias.
Sendo assim, acredito que concordamos que para o cristão uma boa curiosidade epistemológica seja algo aceitável... mas eu diria que é possível ir um pouco além e admirar, gostar, estudar, entreter-se e até, de certa forma, fazer o melhor uso possível das verdades transitórias da ciência e de outras teorias como o DI. Levar o DI para as salas de aula, para os debates, buscar espaço para que ele se desenvolva no meio acadêmico - se isso for realmente sustentável em longo prazo - qual é o problema? Não é tudo isso conhecimento de gente "humanamente falando"? Não são todas essas verdades migalhas de conhecimento perto da verdade cristã. Eu digo, na minha igualmente miserável opinião: deixe estar. Deixe ser.
Que cristãos, professores, Adautos e Dawkins façam o melhor uso de suas faculdades de conhecimento e lutem por espaços nos meios em que se fala e pensa humanamente.
Se algum dia, algumas dessas ciências conseguirem "provar" com seus "A's" mais "B's" que Cristo está morto e enterrado, nada disso vai mudar a minha fé no Cristo morto e ressurreto. A verdade que morreu por mim e por você prevalecerá, como prevalece hoje.
Sem endeusar a ciência naturalista ou o DI, ou temer a ciência naturalista e o DI, e também sem menosprezá-los, deixo que sejam o que são com a importância que ambos puderem ter no meio acadêmico e fora dele.
Eu não penso por mim, mas por muitas pessoas com as quais é possível quebrar certas barreiras utilizando o DI, ou simplesmente os questionamentos levantados em uma simples palestra do professor Adauto sobre as posturas absolutas de muitos cientistas naturalistas.
É justamente por isso também, que não vejo o professor Adauto apresentando verdades absolutas mas, pelo contrário, questionando essas "verdades" da ciência apresentadas de forma tão radical que não dão mais espaço para a dúvida e para o contraditório - base do pensamento científico.
É certo que não é no DI que está a salvação. Seria uma idolatria da minha parte tratar assim qualquer outra forma de conhecimento que não a Palavra. Mas nem por isso eu reduzo esse conhecimento como uma mera curiosidade epistemológica. Acho que é nessa postura que está nossa maior diferença, seja ela miserável ou não.
Maykon, peço que compreenda o uso das suas palavras em meu texto não como qualquer desafio ou ironia, mas com o maior respeito e seriedade possível. Certo? Obrigado.
.um grande abraço.
.em Jesus.
.Rahel.
Sugestão:
ResponderRecentemente aconteceu em Belém o Fórum Social Mundial, que aliás, é uma reunião de quase tudo que não presta com algumas coisas que são até corretas, mas como diz um pastor amigo nosso: "a coisa certa na hora errada é coisa errada".
Gostaria que, se possível, um dos três autores do blogger pudessem tecer um post sobre o assunto, se interessar.
Grata,
Anna Maria Barros
Ao Maykon
ResponderDiante dessa afirmação: "considero o discurso de determinados movimentos como o do criacionismo pseudo-científico desqualificado e incoerente", já se sabe que esse amado tem já um pressuposto firmado no naturalismo e numa fé kierkiergardiana (sem conteúdo). Desconfio se esse amado crê realmente na Bíblia como infalível e inerrante (espero estar errado). Quando se afirma que o Criacionismo é pseudociência já demonstra uma base em pressuposto naturalistas. Paulo ensinou em Rm 1.20 que "os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis". Paulo usou verbos gregos fortes para perceber e entender usando a razão. Portanto, imagino que, antes de falar sobre o DI, vá à palestra e verá que o DI não é uma pseudociência. Na minha opinião, um cristão não é obrigado saber ciência, mas deve ser bem informado no século da cibernética e da internet onde todos os conceitos são questionados. Ninguém quererá uma Bíblia que esteja em total incoerência com a natureza que ela afirma que foi criada por Deus. Por isso, desculpe a intromissão em dizer que talvez você não creia na Bíblia, pois se você é evolucionista, você vai ter que chamar Jesus de mentiroso ou acreditar na mitologização das palavras de Cristo (que ao meu não é coerente e inteligente) porque Jesus falou que DEUS CRIOU O HOMEM. Quanto a isso, o Dr. NIcodemus te responderá muito bem.
Eu parabenizo os organizadores em chamar o Adauto, pois tudo o que foi falado contra ele, como diz Calvino, é fumaça.
Francisco Mário,
ResponderAs palestras serão transmitidas pela internet diretamente do site do Mackenzie, como foi com o I Simpósio.
Lúcio,
O livro do Collins é muito bom como refutação de alguns pontos do Darwinismo. A restrição que eu tenho é que ele é teísta evolucionista e portanto não vai no âmago do evolucionismo.
Anna,
Sobre o Fórum Social Mundial -- não sei se Solano e Mauro vão escrever alguma coisa. Eu mesmo não vou. Mas, tenho lido e gostado do que Reinaldo Azevedo tem escrito criticamente sobre o assunto. Dando o desconto necessário por conta dos olhares distintos (ele, católico, nós, protestantes), as análises que ele faz são muito interessantes. Entre em http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/ e faça uma busca "forum social mundial" e vai achar dezenas de pequenos artigos dele sobre o assunto.
Dr. Nicodemus
Responderpesso q me responda pela última vez... pelo status do senhor, e pelos artigos q li sobre e pelo senhor tenho grande confiança no seu discernimento. Portanto eu peço q me dê um artigo ou livro q me refutem as teses evolucionistas teístas de collins, e um livro bem embasado com argumentos convincentes quanto ao assunto e a posição q o senhor acha correta.
Graça e Paz
e obrigado
A todos os irmãos...
ResponderNota de esclarecimento: por conta de um erro de digitação de minha parte, percebido tardiamente, acabei publicando uma informação errada neste blog. Eu disse, em minha primeira postagem, que fui à palestra sobre D.I. no ANO DE 2005. Mentira, a palestra na verdade ocorreu no ANO DE 2006. Peço desculpas pelo erro de digitação e pela informação errada...
Ao irmão Danilo...
Exatamente, meu chapa... é justamente este o meu medo. Pra mim, isto que na linguagem dos teólogos e seminaristas [não sou nem um, nem outro], é chamado de “apologética”, pode sim ser convertido em um “”cientificismo religioso cristão””, DEPENDENDO DA ABORDAGEM QUE SE FAÇA. Aliás, é bem isto que costumo observar nos discursos de alguns amigos seminaristas ao ver como são laicas suas abordagens sobre os mais diversos temas [assim como são laicas suas vidas cotidianas. Mas isto é algo para debatermos em outra oportunidade].
Não! Não acredito que os conhecimentos laicos podem caminhar sem constrangimento ao lado das verdades bíblicas. Com todo o respeito, mas pra mim isto é uma postura incoerente e cínica. O que acho é que Deus PODE sim ser glorificado na ciência, mas só quando os cristãos derem a ela a sua devida crença, e quanto a isto, vou dizer o que penso depois de responder ao irmão Rahel.
Ao irmão Rahel...
Não se preocupe com o uso que fez das minhas palavras, pois compreendo bem sua boa intenção... afinal, eu já fiz isto antes de você neste mesmo espaço ao citar os textos escritos pelos outros irmãos, com a mesma boa intenção que você teve. Então, sem problemas da minha parte...
Muito bem, agora quanto a sua postura de advogar a causa do Sr. Adauto Lourenço, enquanto vítima das circunstâncias, eu não acho que constrangimento e os demais aspectos citados sejam uma justificativa suficiente, mas também acho que já deixei bastante claro como ocorreu toda aquela sequência de fatos, além da minha opinião pessoal sobre ela. Acredito não ser mais necessário que eu me posicione sobre isto, pois já falei bastante... deixarei esta função a cargo dos que ainda não opinaram aqui e desejam fazê-lo.
Aos irmãos Rahel e Danilo...
Com relação a nossa discussão sobre qual tipo de crença o cristão deve ter na ciência moderna, eu volto a repetir que acredito na ciência laica como um conhecimento que PODE elucidar os mecanismos de funcionamento dos fenômenos naturais, com o fim de trazer conforto físico e material [e jamais espiritual] à humanidade. Isto, do ponto de vista da produção científica. Agora, do ponto de vista epistemológico, acredito que as referidas POSSIBILIDADES da aplicação científica [tecnologias, leis, paradigmas... enfim, as verdades científicas] sempre serão reguladas conforme as conveniências das mais diversas elites intelectuais e econômicas que sempre se revezaram e sempre se revezarão no poder.
Só para exemplificar: certa feita, participei de uma palestra sobre a produção de transgênicos. A palestrante, doutora em alguma área da biologia, discursou de forma muito persuasiva sobre as maravilhosas possibilidades que a biotecnologia tem de trazer conforto e bem estar à sociedade... e nada mais. Sua palestra foi centrada unicamente na dimensão da produção científica, em detrimento da reflexão epistemológica. Resultado disto: toda a pequena platéia [em torno de 50 pessoas, era uma sala de aula de uma faculdade] se demonstrou convencida de que a causa dos transgênicos, logo de qualquer grupo que defenda o uso de tal tecnologia, era legitima. Pois muito bem, foi daí então que achei pertinente lançar alguns questionamentos que abordam os interesses políticos e econômicos existentes por trás de tais tecnologias. Dentre eles, perguntei sobre a tecnologia do Gen Terminator, que vem sendo utilizada em laboratórios privados para aplicações na agricultura. Em linhas gerais, está técnica é utilizada para esterilizar sementes após seu primeiro e único uso, impedindo-as de serem reaproveitadas em safras posteriores, como é comum em qualquer “semente cabocla” [aquela desprovida de intervenção genética]. Em outras palavras, tal tecnologia foi concebida para deixar o produtor refém dos laboratórios privados. Perguntei isto antes que a platéia começasse a levantar a bandeira da Monsanto, achando mesmo que ela e demais grupos privados estão realmente interessados no bem estar da sociedade.
Pra mim, este é apenas um exemplo da importância destas duas abordagens para um entendimento adequado da ciência moderna e suas aplicabilidades. E esta é a fé que tenho na ciência, é desta forma que acredito nela: como sendo um conhecimento humano romântico, idealista, repleto de possibilidades estritamente voltadas à dimensão concreta da realidade e inoperante quanto a apreensão dos propósitos da existência de toda a matéria; ao mesmo tempo em que é um conhecimento especulativo, oportunista e facilmente manipulável por quem pode pagar para ter verdades convenientes com seus interesses. Logo, é um conhecimento digno de toda a curiosidade de qualquer cristão e indigno de toda a nossa crença, enquanto um conforto espiritual.
Ao irmão Francisco...
Pode ficar tranqüilo, irmão, pois você está sim absolutamente errado. E o seu erro está na equivocada interpretação que fez do termo CRIACIONISMO PSEUDO-CIENTÍFICO, utilizado por mim. Pelo que percebi, o irmão interpretou que eu estava me referindo ao Criacionismo Bíblico neste momento, quando na verdade estava me referindo ao D.I.. Não achei que os irmãos teriam problemas de interpretação, pois logo em seguida, deixei bem claro no texto qual era o foco de minha crítica. Por isso, vou desconsiderar a desconfiança do irmão com relação as minhas crenças, pois ao que parece, o que houve foi uma dificuldade semântica. Nem vou censurá-lo também, pois se eu percebesse que alguém, dito cristão, se posicionasse contra o Criacionismo Bíblico, também questionaria a validade de sua fé. Sou cristão de linha reformada e congrego em uma comunidade cujo pastor é um calvinista ultra-ortodoxo. Alguns o rotulam de fundamentalista, obscurantista, etc e tal. Mas eu gosto dos sermões dele, acho que são bem coerentes com a fé cristã e glorificam a Deus. Apenas sugiro ao irmão que se atente mais as leituras, e espero que não me rotule de descrente por eu não dar credito ao Design Inteligente... Afinal, ciência[?] laica é uma coisa e fé cristã é outra bem diferente. Graças a Deus!
Forte abraço a todos e fiquem sempre com Deus...
Olá Maykon,
ResponderConcordo 100% com a sua definição de que é possível acreditar na "ciência laica como um conhecimento que PODE elucidar os mecanismos de funcionamento dos fenômenos naturais, com o fim de trazer conforto físico e material [e jamais espiritual] à humanidade."
Na verdade, não percebi em nenhum comentário aqui [talvez eu tenha lido demasiadamente rápido] alguém tenha afirmado ou se colocado na postura de buscar conforto espiritual na ciência.
Agora, o fato de que existem elites poderosas que tentam e até certo ponto controlam muitas coisas ([?] não tenho tanta certeza disso, mas...), não me impede de buscar sempre a melhor utilização da produção da ciência, como no caso do DI: questionar o status de absolutismo do evolucionismo.
No mais, sobre o seu exemplo dos transgênicos, eu vou entrar apenas com um pé na discussão pois acho que a sua visão tem mais a ver com uma crítica ao capitalismo selvagem mesmo e com a corrupção do ser humano e de toda a criação que sempre atingirá também negativamente as coisas: seja ciência, seja religião, seja política, seja socialismo ou capitalismo, seja produção ou consumo. Enfim...
... esse é meu jeito de entrar com um só pé na conversa. rs
De qualquer forma acho que conseguimos entender nossos pontos de vista... e permanece o respeito sobre nossas divergências.
.em Jesus.
.Rahel.
O seu erro, irmão, é de informação. Não existe Criacionismo separado do DI. Eu desafio a qualquer um a fazer isso. Prova disso é que todos os Criacionistas tocam em algum ponto científico para demonstrar a coerência desta proposta. Quer fazer uma prova? Ouça as palestras dos criacionistas e vai perceber que sempre entrarão em algum ponto científico. Prova disso também é que não há teólogos nas palestras, mas físicos, matemáticos, biólogos. Eu imagino que leu pouco sobre Criacionismo ou pesquisou pouco sobre isso. O DI é um aliado do Criacionismo, pois a divindade e os seus atributos facilmente se podem notar pela sua criação (Rm 1.20). Como você acha que acontece isso? Com contemplação monástica ou com ciência? Outro erro seu é chamar de pseudociência algo que você não provou e não falseou cientificamente ou que tenha alguma comprovação científica para essa declaração. Somente podemos chamar de falsa ciência algo que se comprove que é falso. Exceto, se você não sabe o que significa o radical pseudo (que eu acredito que saiba, pois você é inteligente). Você não pode chamar estudos comprovados de pseudos, pois estou entendendo duas coisas com isso: ou você é muito desinformado a pesquisas ou é um radical já beirando ao fanatismo em achar que tudo que não tenha sido escrito na Bíblia seja falso. Isso vai contra o pensamento reformado e espero que seu pastor não seja assim. Outro erro seu: fazer uma dicotomia entre ciência e fé cristã. A nossa fé precisa de fundamento, não do modus operandi, mas os fundamentos precisam ser racionalizados. Por isso que, em Hebreus 11.1, o apóstolo usa no conceito de fé as palavras hypostasis e elenchos (fundamento, essência e prova – usado para documentos). Foi Paulo que disse que se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé. Por isso, o próprio Paulo afirmou que Jesus ressuscitou diante de testemunhas. Paulo não apelou somente às Escrituras, mas ele disse que houve mais de 500 pessoas que viram o Senhor ressuscitado (1Co 15.1). Aconselho a ler os livros de Nancy Pearcy e Francis Shaeffer. Você acha que os escritores bíblicos não usaram os conhecimentos científicos da época? Alguns livros do VT fizeram uso das ciências da época, inclusive da taxionomia, que está nos livros de Moisés, que alguns criticam tanto na Bíblia, mas era o que se conhecia na época. Portanto, entendo você. Falta de informação.
ResponderBoooooa, meu irmão luterano!
ResponderConcordo com você e gosto das suas opiniões equilibradas. Abraço.
Maykon, cuidado com a ultra-ortodoxia e não confunda ela com o "zelo" pela Palavra de Deus. Não sei se é o seu caso, mas este já foi o meu, irmão.
Graça e paz a todos, em Jesus, o Filho de Deus. Amém!
Fato: mexi no vespeiro! Hehehe... mas tudo bem, vamos em frente...
ResponderAo irmão Rahel...
A crítica que proponho não é unicamente ao modo de produção capitalista, mas ao projeto ocidental como um todo e principalmente a sua racionalidade, que dá sim margem a toda sorte de especulações e arbitrariedades. Por isso, considero importantes aquelas duas perspectivas aqui propostas [exaustivamente] para se efetuar leituras mais produtivas nos debates sobre temáticas científicas.
Outro aspecto é que, pra mim, é justamente tal racionalidade que vem seduzindo cada vez mais alguns setores da cristandade moderna que, não satisfeitos com a suficiência da “simplicidade irredutível” [adorei este trocadilho sobre a complexidade. Permita-me fazer um bom emprego dele] encontrada nas verdades irrevogáveis da Bíblia, cujos pressupostos estão acima de qualquer tipo de especulação, insistem em atribuir uma coerência lógica à criação divina, segundo uma lógica que não é a de Deus, mas deles próprios. Uma lógica que alega ter a pretensa capacidade de quantificar o eterno na dimensão do tempo, reduzindo o divino em um axioma de cartilha escolar, e que muitas vezes vem travestida com uma retórica de fundamento apologético. Como se as manifestações da eternidade fossem tão condensáveis assim.
Quanto ao seu comentário de que não percebeu elementos que indiquem motivações extra-bíblicas para a crença em Deus por parte de alguns, eu sugiro a leitura desta frase:
“Não existe Criacionismo separado do DI” (Francisco Mário)
Pra mim, está bem claro que o autor deste texto alega que a idéia do Cosmos, enquanto Criação Divina, foi patenteada pelo Design Inteligente, ou seja, o criacionismo agora é propriedade privada de teóricos como Adauto Lourenço e seus asseclas. Ainda por cima me chamou de pedante por discordar deste cristianismo de laboratório proposto por ele.
No mais, vem sendo um prazer discordar/concordar/debater com você... forte abraço e fique sempre com Deus.
Ao Francisco Mário...
Discordo de que a idéia da natureza enquanto criação divina, proposta pelas escrituras sagradas, seja indissociável de mais essa modinha da racionalidade ocidental, porque o cristianismo não precisa, nem jamais precisou de muletas teóricas extra-bíblicas para que sua fé tenha alguma validade para um cristão autêntico.
Discordo de que a leitura que os físicos, matemáticos e biólogos, todos representantes de conhecimentos laicos, fazem sobre a Criação Divina deva ter algum peso na fé que a Igreja de Cristo tem no Criacionismo Bíblico [que também não precisa, nem nunca precisou de aliados dentro de laboratórios, tentando advogar sua causa], por mais interessantes e convenientes que elas sejam. Aliás, se o respeito dos matemáticos, físicos e de toda a elite intelectual secular tem tanto valor assim, sugiro que o D.I. seja apresentado como uma teoria de cunho filosófico ou religioso e não científico. Talvez assim seus representantes deixem de ser motivo de tanta chacota e escárnio como são hoje nos meios intelectuais laicos de qualquer nível, majoritariamente evolucionistas. O “Monstro do Espaguete Voador” que o diga.
Discordo que seja um erro chamar D.I. de pseudo-ciência, pois os estudos que tiveram por base a abordagem do D.I. realmente foram comprovados... comprovados por cientistas adeptos do próprio D.I.. Assim, como os estudos fundamentados na evolução tiveram sua validade comprovada por cientistas adeptos do evolucionismo e os estudos fundamentados na fenomenologia tiveram sua validade comprovada por teóricos adeptos da mesma corrente, e assim por diante. Está é a racionalidade científica ocidental “tão necessária” para mostrar ao mundo um cristianismo que não seja tão primitivo e obscuro, onde cada fariseu de laboratório se arma com uma “apologética” mais persuasiva do que a outra para disputar pela posse da verdade. Barbárie acadêmica... até me lembra aquela cena dos macacos disputando pelo monopólio da possa d’água em “2001 – Uma odisséia no espaço”. Como o ser humano é previsível!
Discordo de qualquer leitura oriunda de correntes de pensamento que concebem a razão como sendo uma especificidade da ciência moderna. Como se só tal conhecimento fosse racional e os demais não. Esta é a mesma postura utilizada pelos crentes no ateísmo para rotular qualquer tipo de crença religiosa, inclusive o Cristianismo, como sendo irracional, primitiva e nociva à humanidade. Como se a abordagem bíblica de relatar determinados fatos não fosse racional por não apresentar uma coerência lógica compatível com as abordagens vigentes no mundo secular. Logo, qualquer leitura da bíblia feita desta forma não será mais do que uma mera sessão de tortura das sagradas escrituras, até fazer com que elas confessem aquilo que se deseja ouvir.
E finalmente discordo de sua postura enquanto debatedor de idéias. Pois primeiro, você me rotulou de descrente, naturalista, kirkigardiano e desprovido de conteúdo. Agora, me rotula de pedante, radical e fanático, unicamente por eu negar, não os fatos, mas sim a leitura que você faz deles. Você foi muito bem nos momentos em que seus comentários se voltaram para me desconstruir, e eu respeito isso, mas foi extremante infeliz quando passou a usar seus argumentos para me desmoralizar, principalmente ao julgar minha condição espiritual perante Deus afirmando que não creio em Sua Palavra. Esta é uma atitude que vai contra o pensamento cristão, e também espero que seu pastor não seja assim. E por falar em pensamento, este é bem característico de quem está mais preocupado em convencer do que em buscar a verdade. Sendo assim, qualquer tentativa de diálogo perdeu o sentido. Boa noite.
Ao Danilo Neves...
Todas as idéias que defendi aqui, relacionadas ao pensamento científico não tiveram a menor influência de meu pastor, pois ele não costuma perder tempo em seus sermões com especulações sobre outras abordagens da realidade. A despeito de sua ortodoxia, ele sabe bem separar ambiente acadêmico de ambiente de culto. Agora as minhas opiniões relacionadas à fé cristã, enquanto única na apreensão dos significados da existência, em detrimento dos conhecimentos humanos, daí sim posso dizer que tive influencia dele.
Um abraço a todos...
Olá Maykon,
ResponderTenho que, na medida em que elucidamos nossas posições, concordar um pouco mais com você em alguns aspectos. Especialmente o que você coloca e reforça no segundo parágrafo. Não sei se você percebeu mas essa é também minha visão... ao mesmo tempo acho que não precisamos menosprezar outras formas de conhecimento. E nisso já concordamos também quando você deixou claro que é possível acreditar na "ciência laica como um conhecimento que PODE elucidar os mecanismos de funcionamento dos fenômenos naturais, com o fim de trazer conforto físico e material [e jamais espiritual] à humanidade."
No mais, apenas observe que o que o irmão Francisco Mário colocou foi escrito depois da minha colocação: "não percebi em nenhum comentário aqui [talvez eu tenha lido demasiadamente rápido] alguém tenha afirmado ou se colocado na postura de buscar conforto espiritual na ciência."
Em certa concordância com o irmão, eu também tomaria cuidado com o usa da classificação de pseudo-ciência, ainda que compreenda e concorde com a sua abordagem. Nem sempre pode ser fácil perceber essa sua linha de aproximação com essa assunto.
Por outro lado, acho uma certa especulação questionar se "Romanos 1.20" refere-se à uma experiência de contemplação monástica ou ciência... tentando especular menos eu diria: as duas, e quem sabe outras abordagens que não foram citadas e ainda imaginadas?
Enfim, usando as suas palavras:
"vem sendo um prazer discordar/concordar/debater com você".
.um forte abraço.
.Rahel.