terça-feira, maio 11, 2010

Solano Portela

Os Ateus Coitadinhos! Invertendo quem persegue a quem.

A Folha de São Paulo publicou uma entrevista de página inteira com Daniel Dennett, em 10 de maio de 2010, a propósito de uma visita que fará ao Brasil em novembro deste mesmo ano. Dennett é um dos mais famosos novos ateus, ou neo-ateístas, que vêm sacudindo o mundo com declarações bombásticas contra religião; mais especificamente, contra o cristianismo. Ao lado de Richard Dawkins, Samuel Harris e Christopher Hitchens, completa o quarteto nefasto conhecido como “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, pois lembram aqueles que despejam o flagelo e perdição sobre a humanidade.


Dennett, que chama na entrevista a crença em Deus de “um ato de desespero”, criticando e encurralando Francis Collins, ex-chefe do programa de pesquisa do Genoma Humano, surpreende ao afirmar que os ateus não são respeitados, mas perseguidos. Chega a ser hilária, a afirmação do Dennett, de que , “... os ateus estão mais ou menos na mesma posição em que estavam os homossexuais nos anos 1950, ou seja, se você admitir que pertence a esse grupo, sua vida está arruinada”. Quem está minimamente a par do que acontece nos Estados Unidos e no mundo, sabe que isso não é verdade, mas o oposto, sim. Os criacionistas são perseguidos, ridicularizados, escorraçados e expulsos das comunidades acadêmicas, independentemente de suas contribuições ao progresso do conhecimento e da ciência. Basta ver o filme “Expelled”, para constatar o que está realmente ocorrendo na academia (disponível no YouTube, legendado, em 10 segmentos).

Coitadinho dos ateus... Em vez de perseguidores, viraram perseguidos. Devemos, agora, aflorar os nossos mais profundos sentimentos de piedade e comiseração, solidarizando-nos com a raça. Quem sabe algum parlamentar brilhante, da seara tupiniquim, não se levanta e inventa um projeto-lei semelhante ao heterofóbico 122/2006, proibindo que se fale contra os ateus – a nova minoria discriminada.

Não vou entrar no mérito da companhia que o Dennett escolheu para se identificar, cada um sabe a quem se comparar, mas querer fazer o mundo de bobo, é demais. O pior é que ele consegue engajar alguns! Em 11.05.2010, a mesma Folha de São Paulo, repercutindo a entrevista do Dennett , do dia anterior, sai com um editorial na segunda página do primeiro caderno com o título: “Ateus e Religiosos”. Nele, a voz oficial do jornal diz: “aquilo que a princípio parece um exagero ganha contornos verossímeis quando se leva em conta a disputa particular entre ateus e criacionistas nos EUA”. O editorial continua, condenando os 45% da população americana que “leva a Escritura ao pé da letra”. Esse pessoal, de acordo com a Folha, radicaliza “a ponto de cercear a livre manifestação de idéias”. Durma-se com um barulho desses! Reclamação de que a evolução e o ateísmo não têm possibilidade de terem livre expressão?

A bem da verdade, o editorial condena os “militantes da descrença, que exageram ao negar a possibilidade de reconciliação entre fé e razão científica”. Mas saio da leitura do editorial com a nítida impressão que a estapafúrdia afirmação de Dennett foi acolhida.

Traduzi, há algumas semanas na Universidade Presbiteriana Mackenzie, duas palestras do cientista Dr. Scott A. Minnich, especialista em microbiologia, com uma folha corrida extensa de trabalhos e publicações científicas. Entre outras coisas, ele dedicou-se às pesquisas sobre a bacteria (1) Yersinia Pestis (da peste bubônica), o flagelo bacteriano (motorzinho que proporciona a movimentação da célula), e o Sistema de Secreção Tipo 3 (TTSS – utilizados como “micro moto-boys”, para entrega de proteínas, nas células). Dr. Minnich demonstra que ao adentrar este campo da micro biologia, com conhecimentos e equipamentos que só existem de algumas décadas para cá, fica cada vez mais clara a evidência de inteligência e propósito por trás dos organismos. Argumentando pelo Design Inteligente, à semelhança de Michael Behe e outros, ele aventa a possibilidade de que se Darwin possuísse esse conhecimento, talvez não tivesse apresentado sua teoria, que vai ficando a cada dia mais difícil de ser sustentada, cientificamente.

Dr. Minnich aplicou os últimos 20 anos de sua vida em pesquisas de tanto valor científico, que faz parte de vários comitês governamentais e missões especiais dos Estados Unidos, destinadas a examinar e estudar defesas contra eventuais guerras químico-bacteriológicas. É esse cientista, entretanto, que declarou em uma das palestras, como era alijado de encontros científicos e recebia rejeição de colegas, em puro preconceito, por sua crença no Criador. Qualquer aluno de escola de primeiro grau sabe que a visão majoritária, no mundo da ciência é a evolucionista. A academia fecha-se monoliticamente em suas premissas, recusando-se a testar qualquer hipótese que fuja às suas pressuposições, postuladas como fatos comprovados. E agora vem o Sr. Dennett dizer que os pobrezinhos dos Ateus é que são discriminados. Só pode ser uma piada de mau gosto.

O Discovery Institute, organização que propõe o Design Inteligente como contra-ponto à teoria da evolução, relaciona vários casos de cientistas perseguidos por sua persuasão na subjacente inteligência que contextualiza o universo físico. Entre esses, os cientistas David Coppedge (NASA), Guillermo Gonzalez (Universidade de Iowa) e Richard Sternberg (Smitsonian Institute). Isso sem falar em inúmeros alunos de cursos de graduação e pós-graduação que têm suas pesquisas impedidas ou interrompidas por não se encaixarem no molde politicamente correto da academia, como é o caso de Bryan Leonard, na Ohio State University. Além disso, desde 2002 a American Association for the Advancement of Science decretou que a teoria do Intelligent Design não é científica, impedindo a mente inquisitiva e os estudos que sempre caracterizam e promoveram o avanço da verdadeira ciência. Quem procura tapar os olhos e apresentar apenas uma visão ao mundo, impedindo as demais? Quem está perseguindo a quem?

Ainda bem que não estão conseguindo calar a todos. O site “A Scientific Dissent from Darwinism” traz uma relação de mais de 600 cientistas, de todo o mundo, que, entre outras coisas, declaram o seguinte: “somos céticos quanto os dados apresentados em favor de mutações randômicas e quanto à seleção natural como responsável pela complexidade da vida. Um cuidadoso exame das evidências apresentadas para a teoria de Darwin deve ser encorajado”. A relação completa desses cientistas pode ser baixada em botão específico, no site.

Os que acreditam nas Escrituras, como Palavra de Deus inerrante, reconhecem essa fonte de inteligência como emanada do Deus Criador, que interage com a sua criação na pessoa do seu filho, Jesus, agente da criação (João 1.1; Romanos 11.36; Colossenses 1.15-17) e “pela fé, entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem” (Hebreus 11.3).

Solano Portela

Post Scriptum: O Prof. Enézio E. de Almeida Filho lembra, em seu post sobre esta mesma entrevista, que o Dennett, em seu livro "A Perigosa Idéia de Darwin", propõe uma "solução final" para os crentes em subjetividades religiosas - colocar a todos em uma jaula no zoológico... Nada como ser benevolente para com os que pensam diferentemente! Dennett posa de santinho e perseguido, mas tem as garras e a língua bem afiada!

(1) Nota: no texto original, fui traído pela memória e classifiquei como "vírus" o que é uma bactéria, como sempre classificou corretamente o biólogo Scott Minnich. Agradecimentos ao Leonardo, por manter o DI honesto e nos trilhos.

Solano Portela

Postado por Solano Portela.

Sobre os autores:

Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.

O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.

O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.

59 comentários

comentários
11/5/10 20:24 delete

ótimo site de humor. Em pelo menos 4 das piadas, ri muito alto aqui.

Responder
avatar
11/5/10 20:37 delete

Caríssimo Solano,
Ainda que esta coisa seja séria e triste, não pude deixar de considerar a entrevista cômica.
Também escrevi um pouco a respeito. Não tanto nem tão bem: A confiança dos ateus.
Deixou-me curioso, no entanto, o tal livro do debate com Plantinga. Terá este perdido um debate com Dennett? Não posso crer!
No Senhor,
Roberto

Responder
avatar
Norma
AUTOR
11/5/10 21:13 delete

Olá, Solano!

O entrevistado está simplesmente seguindo uma tendência mundial, que consiste no que René Girard chamou "totalitarismo da vítima". O sujeito que se vitimiza concede a si mesmo o "privilégio" de cometer violências: afinal, ele só está sendo violento por reação... Isso ocorre desde o cientista ateu que impede a livre expressão dos criacionistas da academia até o terrorista de esquerda que usa os EUA como desculpa para seus atos agressivos. O cristão verdadeiro e coerente jamais lançará mão dessa estratégia, porque somos filhos de Deus e somos pecadores arrependidos: culpados e arrependidos. O mundo inteiro, porém, parece estar se utilizando do manhoso estratagema - e essa é uma das explicações mais plausíveis, para mim, da virulência das acusações contra o cristianismo hoje em dia, e de sua recepção entre os desavisados.

Ótimo post!

Abração!

Responder
avatar
12/5/10 11:15 delete

Bom dia.
O ateísmo é uma crença cega e radical.
Agostinho já disse que só não crê em Deus quem precisa que Ele não exista.
Essa gente prega racionalidade, mas crê cegamente na geração espontânea da vida ( o nada gerando tudo). É muita fé no sobrenatural...

A propósito, referenciei seu blog em meu blog de critica social e apologética cristã.
Se tiver um tempinho passe lá.

www.leituraemz.blogspot.com

Abraços.

Responder
avatar
12/5/10 12:02 delete

Olá! Excelente reflexão!

Tenho chamado a atenção para que nós, criacionistas, não estejamos aplaudindo muito a TDI. Tenho a impressão que isso prejudica o desenvolvimento dessa teoria na academia e ainda por cima municia os evolucionistas quanto à argumentação de que tal teoria não passa de "argumentos religiosos". Vamos torcer, mas sem aplaudí-la..rs. Temos que reforçar cada vez mais a idéia de que ela não tem nada a ver com religiosidade, como de fato não tem. É pura ciência (e das boas). Quando puderem, visitem nosso blog:

www.filosofiacalvinista.blogspot.com

Responder
avatar
Danilo Neves
AUTOR
12/5/10 12:31 delete

“Bem, alguns cientistas estão questionando o darwinismo em muitos fronts. Eu me pergunto quanto tempo será a duração de vida do darwinismo. O marxismo, outra teoria que, em verdadeiro estilo vitoriano, buscou explicar tudo, está morto em todo o lugar, menos nos campi universitários e nas mentes de ditadores psicóticos. Talvez com o darwinismo seja diferente. Talvez ele vá durar. Mas é difícil acreditar que irá durar. As teorias que presumem explicar tudo sem muita evidência raramente duram. As teorias que suplantam sua era de concepção e não podem ser verificadas raramente duram a menos que elas sejam baseadas na fé. E o darwinismo tem sido este capítulo doloroso e sanguinário na história das ideologias, talvez nós estaríamos melhor sem ele como uma força dominante.”

— Ben Stein, protagonista no documentário Expelled: No Intelligence Allowed [Expulsos: Não é permitido inteligência]

Responder
avatar
12/5/10 12:54 delete

Caros Amigos:

Ewaldy - o humor fica por conta do Dennett...

Roberto Vargas - Realmente, tem um pouco de humor, perante o absurdo da declaração principal, mas veja que o Editorial levou a coisa a sério... dei uma passada no seu Blog e deixei um comentário lá. Muito bom. Quanto ao Plantinga, também fiquei intrigado. Vou procurar investigar mais.

Norma - Sua lembrança à questão do "totalitarismo da vítima" é pertinente e oportuna. Uma vez que há suposta perseguição e injustiça, o cara está blindado para atacar e perseguir a quem quiser - estranha lei de justiça, calcada em fatos falsos. Suas observações sobre a postura do cristão verdadeiro são corretas. O problema é que falta a muitos que se declaram cristãos a percepção do conceito e da abrangência do pecado - por isso buscam soluções e atitudes que desafiam não somente a Palavra mas o próprio bom senso.

Fabrício - Obrigado pelo comentário. Vou dar uma passada lá...

Filósofo - Continuamos torcendo. Veja o comentário do Stein, que o Danilo colocou acima. Será que podemos esperar que, como o marxismo, as evidências e resultados nefastos sejam tão abundantes que o castelo de areia vem ao chão? Pela graça de Deus pode ser que sim. Visitei seu excelente blog! Continue na luta.

Danilo - Obrigado pela pertinente citação. Veja acima.

Obrigado a todos.

Solano

Responder
avatar
12/5/10 15:22 delete

Caro Danilo,
Só não sei se o marxismo está mesmo morto além dos campi.
Um dia comentei com um amigo advogado que o positivismo está morto. Não foi difícil ele me mostrar que não apenas o direito, mas a sociedade está impregnada desta praga.
Eu não me preocuparia se os visse vivos, quer como nasceram, quer modificados, apenas nas mentes de intelectuais sem relevância. Não passariam de mortos-vivos sem influência alguma...
Mas vejo-os bem vivos, não apenas dentro dos portões da USP (apenas como exemplo de que o "melhor" ainda é infestado do pior), mas, o que é infinitamente pior, no próprio senso comum. Que conversa "por aí" não revela uma confiança cega na ciência e os chavões de esquerda?
E isto ainda influencia mesmo a igreja (que tem trigo e joio juntos!).
O cenário não é mesmo bom. Graças a Deus que Suas misericórdias se renovam a cada manhã e elas são a causa de não sermos todos consumidos!
No amor do Senhor,
Roberto

Responder
avatar
Ricardo
AUTOR
12/5/10 15:34 delete

Quer dizer que os ateus (3% da população) são os perseguidores?

Como 3% da população pode perseguir 97%? Já sei: é que os religiosos são uns bananas. Eu já desconfiava. (rs)

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
12/5/10 15:40 delete

Na minha opinião:

1) a existência de ateus militantes é um bom teste para nossa fé;
2) a disputa criacionismo versus evolucionismo só faz sentido para refinados especialistas em epistemologia.

Nossa única missão:
Amar a Deus e ao próximo, na teoria e na prática.

Saudações Cristãs

Responder
avatar
MAC
AUTOR
12/5/10 16:33 delete

Caro Solano,

Fiquei surpreso quando, ao chegar no fim do texto, vi o seu nome como autor do post... pelo tom, jurava que era o Rev. Nicodemus :)
De qualquer forma, o post está excelente!

Bem, não posso deixar de mencionar o nome de William Lane Craig, que, na minha opinião (e na de muitos cristãos também) tem feito frente aos neo-ateístas, inclusive tendo já debatido com boa parte dos ateus citados no referido post.
Aliás, pelo que sei, o Dawkins se recusa a debater com Craig... tsc, tsc, tsc. Por que será??? rsrs.

(veja aqui a declaração de Dawkins: http://designinteligente.blogspot.com/2009/12/dawkins-nao-debate-com-william-craig.html)

Não sei o quanto o sr. já viu, ouviu e/ou leu sobre as opiniões de Craig e sua performance nos debates, mas gostaria de saber as suas impressões sobre ele.

Em Cristo,

Mac.

Responder
avatar
12/5/10 16:44 delete

Caro Pb. Solano,
Apreciei bastante este seu artigo. Quer dizer que temos mais um grupo de "coitadinhos" na militância. Se essa moda continua...
Valdemar Alves

Responder
avatar
12/5/10 16:59 delete

Caro Ricardo Cluk (Arte de ter razão);
Quer dizer que o Dennett lhe engabelou, mesmo. Veja o exemplo: você é minoria entre os comentaristas e leitores, mas não perdeu oportunidade de chamar os religiosos de "bananas"! Quem persegue a quem?
Solano

Responder
avatar
12/5/10 17:10 delete

Caro Mac:
Pois é... A convivência faz com que sigamos aprendendo cada vez melhor. Fico feliz que gostou do post.
Nos debates com os neo-ateus acho que o grande destaque é o John Lennox.
o William Lane Craig é excelente, mas prefiro ele na área textual e de teologia bíblica, como no debate com o neo-herege Bart Ehrman (http://www.apologia.com.br/?cat=13)
Um abraço,
Solano
Caro Valdemar - Grato pelo comentário. Diz o Cluk, aí em cima, que o grupo de coitadinhos são só 3%... Na realidade, a filosofia é ateísta e os não cristãos (e alguns cristãos), estão pouco se lixando para o que é proposto no campo das idéias, quanto a ancorar tais idéias na verdade transcendental e real das Escrituras. Daí, os 3% viram 90%...
Solano

Responder
avatar
MAC
AUTOR
12/5/10 17:34 delete

Caro Solano,

Só pra esclarecer, o "tom" do post que me referi e comparei com o Rev. Nicodemus é apenas no quesito "humor", já que os seus costumam ser mais brandos, mas de modo algum qualitativamente inferior, caso eu não tenha deixado entendido.

Abraço.

Em Cristo, Mac.

Responder
avatar
Ricardo
AUTOR
12/5/10 19:31 delete

Caro Solano,

Ofender não é o mesmo que perseguir, ademais, realmente parece improvável que 3% da população tenha força política para perseguir os demais 97% a não ser que, a argumentação dessa maioria esmagadora seja tão fraca que não subsista a menor das contraposições.

Se Deus é o Projetista Inteligente então, quem é o Projetista Inteligente desse Deus...?

Vocês religiosos não podem reclamar da língua afiada dos ateus, pois vocês são mestres na arte de ofender.

Responder
avatar
12/5/10 20:23 delete

Não creio: não é que Dawkins fez escola! Não é que tem gente que repete o deveras eloquente argumento da "origem da Origem" com o mesmo ar de superior inteligência que o ignorante metafísico neoateu!
Não, não. Expressei-me mal. Não é ignorância. É total incapacidade de pensar metafisicamente.
Ah, claro, repetirão algum mantra que diz ser a metafísica um discurso sem significado... Pois sim! Gostaria de vê-los fundamentar qualquer de suas afirmações epistemologicamente sem metafísica.
Mac, isso me lembra de imediato o que Craig menciona num dos vídeos que você recomenda, em que Dennett reconhece que o universo teve origem, mas que é a origem de si mesmo. Este povo não é mesmo chegado em lógica! E ainda temos que ouvi-los arrotar sabedoria!

A propósito, Solano, de onde este povo tira certas informações como essa dos 3%? Sabe, talvez a proporção real dos ateus professos seja bem menor que essa, pois defender o ateísmo teoricamente, filosoficamente, é muito difícil e uma pessoa realmente inteligente sabe disso. Não é sem propósito que entre estes, muitos prefiram o rótulo do agnosticismo (um ateísmo que foge ao ônus da prova, ver: Da fé de ateus e teístas (e da mentira de ser agnóstico)).
Mas não importa, fato é que, se ateus teóricos são raros, ateus práticos são a regra. Se é para chutar uma percentagem, é muito mais verossímil que 3% seja a de crentes! Não é estreita a porta?
Suposições e especulações à parte, isso tudo é mesmo muito chato!

Grande abraço, no Senhor,
Roberto

Responder
avatar
12/5/10 20:56 delete

Caro Mac:

Entendi, amigo. Estou só brincando. Na realidade, de vez em quando tento colocar algum humor.
Veja:
1. http://tempora-mores.blogspot.com/2006/01/por-que-fujo-de-acupuntura.html
2. http://tempora-mores.blogspot.com/2006/02/o-credo-apostlico-e-sinuca-de-bico.html
3. http://tempora-mores.blogspot.com/2006/02/os-liberais-recusam-se-sumir.html

Mas sempre depende da quantidade de limões que chupei no café da manhã...

Um abraço,
Solano

Responder
avatar
MAC
AUTOR
12/5/10 21:41 delete

Caro (e bem humarado) Solano.

Eu ainda não tinha lido esses posts indicados por você. Tá bom vai, retiro o que eu disse sobre os seus textos serem mais brandos, hehe... Dei boas risadas com o lance da acupuntura e da universal.
Ah, a foto na frente da "liberal center" está impagável :-D

Acho melhor eu voltar para o tema, antes que o Ricardo Cluk(s) "Klan" resolva colocar "lenha na fogueira".

Responder
avatar
tania cassiano
AUTOR
13/5/10 02:20 delete

Presb. Solano,
Me emocionam pesquisas como as do
Dr. Minnich, aí me convenço cada dia mais, que Deus existe. É tudo tão maravilhoso. Não vou entrar no debate da ciência, mas sei de um crente que diz: "se a Bíblia falasse que Jonas engoliu uma baleia, eu acreditaria", pois é, prefiro esse sábio. Simplório, não?
Mas, fazer o quê?
Deus o abençoe,
Tânia Cassiano

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
13/5/10 09:05 delete

Olá Dr. Solano:

Uma pergunta: O senhor já teve acesso ao livro de autoria de Albert Mohler, Atheism Remix? Seria bom se ele fosse publicado em português...

D. José - SP

Responder
avatar
13/5/10 11:04 delete

Vítima? Depois de assistir ao documentário "EXPUSO: não é admitido inteligência", as declarações do Daniel Dennett soam como piadas!

Rev. Nicodemus, os vídeos do III Simpósio Internacional Darwinismo Hoje serão publicados/disponibilizados no site da Mackenzie?

Responder
avatar
13/5/10 11:21 delete

A paz do Senhor Solano.

Adorei a postagem. Gostaria de ter sua autorização pra publicar sua postagem no meu blog -claro que colocando a fonte de onde extrai o artigo - fico no aguardo.

Caso queria ver de que blog se trata:

econhecereisaverdadeeelavoslibertara.blogspot.com

Fica na paz de Deus

Responder
avatar
Danilo Neves
AUTOR
13/5/10 11:59 delete

Havia me esquecido de citar a fonte do comentário do Ben Stein e aqui está: http://pos-darwinista.blogspot.com/2008/04/ben-stein-falou-e-disse-talvez-no.html

Irmão Roberto,

também não sei se o marxismo está mesmo morto além nos campi. Provavelmente as “impressões” do irmão estão corretas. Em relação ao ambiente acadêmico teológico, o rev. Nicodemus deu uma entrevista falando sobre isso: http://www.youtube.com/watch?v=mtdbEbKIhLs

Dinesh D’Souza, em seu livro "A Verdade Sobre o Cristianismo", p. 43, comenta a sutil avançada de Dennett e Dawkins ao publicarem “artigos pedindo aos colegas não-cristãos que desistam do termo “ateu”, uma vez que o termo, eles sugeriram, tem conotações negativas. Qual é a alternativa deles? Dennett e Dawkins querem ser chamados de “brilhantes””. De acordo com Dennett, os brilhantes não acreditam em fantasmas, duendes, coelhinhos da Páscoa – ou em Deus.

No decorrer desse livro ele analisa toda a argumentação desses brilhantes em diferentes assuntos (inclusive a pergunta “Quem criou Deus?”, p. 108) que pode ser resumida em essência, no meu ponto de vista, nesta frase do prêmio Nobel Steven Weinberg:

“Nós, cientistas, devemos fazer de tudo o que estiver a nosso alcance para enfraquecer a influência da religião. No final, talvez seja a nossa maior contribuição para a civilização”

O brilhantismo desses novos ateus, cujo lema é a ciência, é um ódio consumado contra os cristãos.

O que a ciência tem haver com isso?

Responder
avatar
13/5/10 14:09 delete

Meu caro Danilo,
"Brilhantes"?! rsrsrsr
Estes neoateus são mesmo uns piadistas! Impossível levá-los a sério. Principalmente ao vê-los se levando a sério!
Mas, veja, é interessante essa sua citação. Os coitadinhos querem se fazer de vítima, mas quem possui uma agenda de "extermínio" são eles, com esse papo de enfraquecer a influência da religião. É o tal "pluralismo" que é plural desde que não inclua o cristianismo. A tradição cristã, ao contrário, exceto por certas páginas negras na história, é o que permite um cenário efetivamente plural. Não nos importamos que eles existam nem que gritem. Mas uma vez que decidiram falar, que aguentem o peso dos argumentos que terão que defender ou acusar.
Aliás, gostaria de menos ad hominen por parte deles. Mas que esperar? Eles não são mesmo chegados em lógica e acham que ridicularizar o que não são capazes de entender resolve a questão.
Grande abraço, meu irmão.
No Senhor,
Roberto

Responder
avatar
13/5/10 23:00 delete

O livro Atheism Remix já foi publicado em Português pela Editora Fiel com o título Ateísmo Remix.

http://www.lojafiel.net/produto.aspx?ProCodigo=11

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
14/5/10 14:16 delete

Caro Presb. Solano,

Não sei o que melhor no seu texto. Revelar a verdade contida nas palavras ou revelar pobres coitados incapazes como este identificado como "A arte de ter razão".

Desde quando alguém que diz ter, ou quem sabe conhecer, razão acha impossível 3% perseguir 97%? Primeiro, uma coisa é a quantidade de pessoas outra completamente diferente é o poder que elas possuem. Uma pessoa poderosa pode perseguir centenas de milhares. Isso é fato comprovado em qualquer país totalitário.

Pessoas que não sabem a diferença entre quantidade física e o poder desproporcional que pessoas físicas representam (isso sem contar as pessoas jurídicas), deveriam ter vergonha de expressar qualquer resmungo em público.

Não há dúvidas de que a academia persegue o criacionismo como se fosse uma heresia medieval. Isso é fato. Aliás, o que falta é fatos para o evolucionismo que não passa de uma coleção de teorias engraçadas.

Eudes

Responder
avatar
walber sb
AUTOR
15/5/10 01:43 delete

Somando com todos, gostaria que os amigos leitores e pesquisadores se permitissem em uma profunda reflexão e veja como o mundo está e através dessas pessoas (os ateístas) como anda, pois todos os que lêem as escrituras juntamente com o espírito de profecia vê a veracidade e luz de exatidão dos eventos vindouros, pois afirmo olhando desse ângulo CRIACIONISMO vs EVOLUCIONISMO que as evidências há muito vem apontando para um quadro bem pior na história da humanidade que manifestações em defesa de teorias que sabemos de onde vêm irão avançar em proporções mais drásticas. Irmãos que defendamos sim nossos princípios recebidos do Criador nas faculdades, nas escolas, nas casas em todos os lugares para APRESSAR o segundo ADVENTO, pois lembremos que já esta tudo ezimiamente calculado pelo Deus todo Poderoso, pois todos os que aceitam a Jesus como único salvador e Deus criados de todas as ciosas possamos orar como orava o profeta Daniel para que tudo se cumprisse, pois no final teremos a alegria de mostrar a todos o Deus que aguardávamos. Aí veremos o que eles irão argumentar.

Responder
avatar
Unknown
AUTOR
15/5/10 14:12 delete

Graça e paz amados irmãos,

Venho parabenizá-los por este blog e por suas postagens que são muito edificantes. Deus abençoe a todos!

Se possivel, faça-nos uma visita será um prazer vê-los por lá.
SOLUS CHRISTUS (somente-jesus.blogspot.com)


Em cristo Rev. Ronaldo P. Mendes, pastor da 6ª Igreja Presbiterina Conservadora de Goiânia - GO

Responder
avatar
15/5/10 15:19 delete

Se fingir de vítimas com os meios de comunicação, as academias e as leis contra homofóbia favoráveis é brincadeira, só por que são minoria rsrsr. Eles dizem que é pra questionar, mas quando questionamos somos perseguidores e obscurantistas. Como sempre são tendenciosos e mostram quem são como Paulo fala em Rm 1:18 - 32. Um dia desses peguei um debate com um desses papagaios de universidade e fui chamado de obscurantista em plena sala de aula. Mas concluo dizendo que achei interessante o post, principalmente a parte da pesquisa Design inteligente. Muito grato por seu trabalho Rev. continue.

Responder
avatar
Aprendiz
AUTOR
16/5/10 09:10 delete

A resposta pode ser vista nas númerosas narrativas de pessoas que tiveram suas carreiras acadêmicas prejudicadas por apontarem falhas nas afirmações do neo-darwinismo. Se houvesse uma busca sincera da verdade, apontar falhas seria considerado um ato meritório, pois é assim que a ciência se desenvolve. Ocorre que muitos ateus sentem-se alarmados, pois o neo-darwinismo lhes é necessário, para que sintam-se confortaveis e bem calçados na sua crença. É simples assim, eles precisam de destruir as carreiras dos outros para que possam ter a sensação de segurança. É esse tipo de ateísmo que tenta destruir os que questionam Darwin. O próprio Darwin, em seu tempo, apontava espantado para a ardor dos defensores da seu livro, parecia-lhe um zelo religioso. Ele não percebia o quão desesperadamente muitos ateus necessitavam daquele livro ...

Vejo que há ateus que acham uma boa coisa discutir abertamente posições diferentes, e nada veem de mal em que alguém discuta se há evidência de projeto na natureza. Tais ateus espantam-se com a virulência e auto-vitimismo de Dawkins e outros como ele. Para os ateus tranqüilos, o ateísmo é apenas uma posição filosófica, não mais nem menos respeitável, em princípio, do que qualquer outra posição. Para os ateus virulentos, o ateísmo é uma questão de vida ou morte, por ser uma necessidade emocional profunda.

Quanto à suposta perseguição de ateus por crentes, eles não podem apontar uma única pessoa, nos campi universitários, que teve sua carreira prejudicada por ser atéia.

Responder
avatar
16/5/10 16:25 delete

É triste ver tanta gente ainda tão apegada a uma idéia como o Criacionismo. Pior ainda é ver um texto calunioso e parcial como este.

Honestamente, não entendo por que ainda existem Criacionistas, pelo menos da variedade que se apresenta como "concorrente" do Evolucionismo, e que inclui o DI. É muita negação de fatos observados consistentemente ao longo de mais de um século.

Não é sem motivo que virou anedota falar da "Queda Inteligente". A esta altura, "duvidar" do Evolucionismo é quase tão sensato quanto "duvidar" da gravidade.

Só posso imaginar que sobra propaganda e faltam coragem e informação em certos meios. É a única explicação para que se tente apresentar o Criacionismo como "válido" depois de décadas em que isso já foi desprovado.

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
17/5/10 14:34 delete

Bem,é falta de boa lógica, se minha parca mente me permitiu deduzir,lendo algumas intervenções nesta página, afirmar que o universo é origem de si mesmo, mas não o é afirmar que um ser é "ens causa sui", para usar a expressão que o gênio de Spinoza, digamos, popularizou; ou seja, que uma entidade criou-se a si mesmo. Na verdade, se praticamos alguma das religiões de tradição mosaica, esse ser não se criou, pois sendo eterno não tem começo nem fim, questão, essa de um ser eterno, que levou à rejeição inicial do pensamento aristotélico por parte de judeus, cristãos e muçulmanos, pois o estagirita acreditava num universo eterno (não é demais lembrar que "eterno" difere de "imortal" - este não tem fim, mas tem começo).
Não sou atéia,adianto logo; sou agnóstica, termos, amiúde, misturados ou confundidos por muitos. O agnóstico, para recorrer a uma "boutade" do saudoso Paulo Francis, vale-se de uma mineirice filosófica para ficar "em cima do muro". Piada à parte, é até possível que seja assim. Todavia, acho mais razoável reconhecermos os limites de nossa inteligência e afirmarmos que nem podemos afirmar nem tampouco negar a existência de um ser superior, em vez de, uns afirmarem que existem, e outros de que tal crença não passa, como diria um velho professor que tive na faculdade, de uma falácia metafísica.
Antes que eu me esqueça. Vez ou outra, vejo/ouço/leio cristãos, em seu habitual exercício de se mostrarem mártires, afirmarem a força de sua fé pelo fato, entre outros, de já estar aí faz 2 mil anos. Se vale o argumento, então ele vale muitíssimo mais para o judaísmo, que já está entre nós há quase 6 mil anos, período no qual o povo que o encarna sofreu as maiores perseguições que uma comunidade humana já sofreu. Ah, e o budismo tem 2500 anos e o bramanismo, se acreditarmos em alguns historiadores da religião, já está circulando há mais de 6 mil anos. Estas duas últimas, aliás, sem jamais fazerem proselitismo, pois isso lhe é estranho, tem ter o ativo de misérias que cristãos, no intuito de levarem a "palavra de Deus", produziram em sua empresa colonialistas. Civilizados esses cristãos, não meus amigos?

Responder
avatar
17/5/10 15:54 delete

Caríssima anônima agnóstica,

Você parece cumprir bem o papel de provar que os agnósticos não passam de ateus que procuram se eximir do ônus da prova. Disfarce o quanto quiser, afirmando a incapacidade da razão (aliás, tome nota de sua afirmação e siga as consequências). Caso contrário, isto é, se não está a disfarçar, comece a criticar o ateísmo com a mesma gana e vigor com que critica o cristianismo (e na mesma seara, por favor).

Sim, minha cara, Deus é um ser eterno e isso nos leva a negar Aristóteles quanto a isso, do mesmo modo como nos rimos da "origem da Origem". Mas a influência do termo spinozano lhe confundiu, não é mesmo? Deus não é causa de si mesmo como se tivesse criado a si mesmo. Deus é a causa de si mesmo enquanto ser necessário e, portanto, incriado (isto é, sem causa externa; e não está isso claro pelo termo "eterno"?). Eis a incapacidade metafísica do tolo Dawkins que, a coisa se confirma, faz escola.
Mas você, claro, está perdoada da acusação de falta de lógica por conta de sua confusão spinozana!

A propósito, resta a possibilidade de afirmar o universo como eterno e incriado (o que não faz Dennett e, creio, nem Dawkins). Difícil será prová-lo não-contingente (isto é, necessário). Mas, enfim, de sua fé vivem todos!

Roberto

Responder
avatar
MAC
AUTOR
17/5/10 19:52 delete

Hoje eu vi o documentário "Expelled". Ver o Richard Dawkins "tentar" responder ao sr. Stein quando questionado sobre a existência de Deus [...] NÃO TEM PREÇO, hehe.

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
18/5/10 08:57 delete

Sr. Vargas, bom dia, boa tarde, boa noite.
Não sou chegada a disfarces, caro amigo cristão. Aliás, nem sei por que meu nome não saiu em meu comentário. Tudo leva a crer, que já, digamos, de meia-idade e neófita neste admirável mundo bobo, digo, novo, da informática,devo ter cometido alguma trapalhada e aí meu nome não saiu.
Sou a Ana Maria, uma mente comum, sem a presunção diuturna de parecer inteligente, daí, faz tempo, reconheço os limites da razão, e ó céus, de minha própria inteligência (um direitista brasileiro, atacando a esquerda, disse algo aproveitável: "no Brasil", falava o cavalheiro, "há um culto enorme da inteligência pelos parvos, todos sempre repletos de certezas". Eu, novamente recorrendo a Paulo Francis, só tenho certeza das dúvidas). Nem todos, como a grei a que V. Sa. pertence, a dos cristãos, esse pessoal que, em teoria, dá a outra face, mas, na prática, dá tabefes nos discordantes e sempre tem uma justificativa "teológica" para tanto, nem todos, eu dizia, são iluminados pela divindade, e embora apregoe a grandeza dela, da divindade, essa grei é tão íntima de Deus, sabe tudo o que ele pensa ou deixa de fazer. Claro, tem a bíblia, esse belo livro de mitologia com moldura histórica, para garantir que os que falam em Deus tem na coleção de lendas a garantia de que é a palavra do divino.
Sr. Vargas, meu amigo cristão, ataco, ou melhor, já que não sou belicista, nem quero que digam que foi um ato falho, tudo o que oprime o homem. Detive-me no cristianismo porque, me parece, é a questão aqui ora em debate, sem contar que não há espaço para eu escrever um tratado sobre as misérias morais do mundo; até porque não tenho cacife intelectual para tamanha empreitada, que deixe para o intelecto de V. Sa. Mas, lembremos, as misérias dos que não acreditam em Deus, se aceitamos os ataques cristãos, resultam do afastamento de Deus, pois, segundo Paulo, o verdadeiro criador dessa falácia metafísica, o cristianismo, o mal nós o cometemos sozinho, o bem só com ajuda de Deus. Agora, que cristãos tenham patrocinado o racismo nos EUA durante 2 séculos, e um número infindo de misérias morais e materiais nos países que "civilizou" (a África é um dos mais lamentáveis exemplos do amor cristão; desse amor, diria Drummond num de seus poemas, "libera nos Domine") é mais difícil de aceitar, não acha, meu amigo cristão?
Em tempo, já que falei em teologia: um colega meu de faculdade, hoje professor de filosofia aposentado, e que estudou o primário, o ginásio e o clássico em colégio jesuíta, definiu a teologia como a mais elaborada forma de malandragem intelectual.
Abraços, meu amigo cristão.

Responder
avatar
Ernani
AUTOR
18/5/10 09:42 delete

Caro Ricardo Cluk

Entre "CRER" na eternidade da matéria e "CRER" na eternidade de DEUS, eu fico com crer em DEUS, como inquiridor inteligente, julgo que você seja,acho que deveria apenas considerar ou, no mínimo, respeitar a "teoria" contrária. Como diria Nelson Rodrigues "TODA UNANIMIDADE É BURRA"

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
18/5/10 10:05 delete

Excelente debate.

Deus abençoe.

Responder
avatar
18/5/10 10:55 delete

Ora, ora, Ana Maria,

Por que se apresenta assim tão ofendida? Então quer dizer que, embora não belicosa, você pode agredir os cristãos, mas estes não podem, delicada e não belicosamente (como que dando a outra face), responder como convém?

Volto a dizer, minha cara, que, se reconhece os "limites da razão", deve tomar nota disso e seguir as consequências. Mas não parece estar disposta, não é mesmo?

E também repito que, se deseja ser agnóstica coerente, deve, ainda que não belicosa, usar a mesma força que usa para com os cristãos contra os não-cristãos (ateus: uma generalização que se impõe). Por que fala de um tratado? Não estou a exigir tal coisa. E "a questão ora em debate" não é o cristianismo. É a choradeira atéia quanto à perseguição. Mas, bem, basta mostrar a coerência atacando igualmente a "falácia metafísica" e os "brilhantes" e então me dou por satisfeito.

Confia demais no seu amigo-estudante-de-colégio-jesuíta-professor-de-filosofia-aposentado, não? E também, pelo que diz, num outro professor de filosofia da faculdade, em Marx, no sapientíssimo Paulo Francis, em Drummond, quem sabe também em Spinoza... É, ler e estudar pode fazer bem... Mas faz todo sentido que confie em outrem já que reconhece os limites de sua própria inteligência e não se considera capaz de julgar. Porém, tanto confia demais em outras mentes quanto faz julgamentos demais para quem reconhece os limites da razão! E por que não me surpreendo com isso?

E por que não me surpreendo que me acusem, com tantas certezas, de ter certezas? Sim, sim, de dogmático a fascista será um pulinho, como bem mostra o discurso esquerdista já a se revelar! Ah, isso já começa a cansar...

Bem, Ana Maria, não somos amigos. Para quem não é chegada em disfarces, você se disfarça muito. Acho que é um tipo de coerência venal!

Roberto

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
18/5/10 11:21 delete

A existência ou inexistência de Deus não pode ser provada ou negada pelo pensamento, pois, conforme já foi exaustivamente tentado, pode-se provar ambas as possibilidades com bons argumentos, e isso anula o valor do método. Deus, pois, é uma questão de fé (Kant).

Por outro lado, o sentimento, se isolado do pensamento, deixa o homem no nível do porco. Este tem fé cega de que seu dono cuida dele, até que chega a hora do abate (Russel usou esse argumento ilustrando a indução a partir do peru que era bem tratado até a noite de natal).

A fé é o impulso inexplicável que conduz tanto a ciência mais avançada quanto a religião. Na ciência, busca-se o conhecimento objetivo, mas, na prática, ele é sempre conjetural. Sua avaliação implica a combinação da lógica formal com a lógica dialética prática, chegando-se a consensos provisórios sempre passíveis de questionamento e substituição do modelo instrumental apropriado (Popper).

A religião verdadeira (Jesus), combina pensamento, sentimento e ação. A verdade vem como axioma revelação) e, como sabemos, um axioma não pode ser provado nem mesmo na mais avançada ciência positiva. Então, é a vida prática, cheia dos dons do espirito, que legitima a religião. Quanto a isso, ela é tão pragmática quanto a ciência.

Então, meus caros, o ateu teórico pode ser um bom religioso prático e ser, inclusive, preferido por Deus. Jesus ilustrou isso de muitas maneiras. Já o religioso teórico pode ter comportamento de ateu militante assumido (o próprio diabo).

Sejamos, pois, prontos para ouvir, tardios para julgar e tardios para nos irarmos(Tiago). Ajamos como cristãos e não como especialistas no discurso religioso cristão.

Gnófilo Gouveia

Responder
avatar
Adam
AUTOR
18/5/10 11:54 delete

Augustus!!
Gosto muito de ouvir seus sermões. Tenho aprendido bastante com eles. Tenho amadurecido, sido edificado, adimoestado... Mas as veses tenho algumas perguntas que gostaria de fazer, e não sei se no blog seria o melhor lugar. Teria algum e-mail seu, pelo qual poderíamos ter esses diálogos?
E já de antemão, eu tenho uma série de mensagens do primeiro capítulo do livro de Efésios. Mas na primeira parte, na qual fala da execução da obra redentora através de Cristo, deu a entender que tem um sermão que foi dado anteriormente, falando da obra do Pai, e esse eu não achei. Teria possibilidade de adquirí-lo??

abraços!!

Adam (adamfaustinocp@gmail.com)

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
18/5/10 13:56 delete

Complementando o que disse o Roberto Vargas, a Ana Maria além de ser uma prova de que agnósticos na verdade são ateus maquiados, também é uma prova de que ateus (ou agnósticos ou céticos qualquer coisa) são geralmente mal informados.

Quer dizer que os cristãos financiaram o colonialismo e a escravidão? Quer dizer que os cristãos americanos patrocinaram o racismo? O cristianismo é a fonte das misérias morais da África?

Martin Luther King, que lutou contra o racismo nos EUA era o que mesmo? Agnóstico? Talvez fosse bruxo.

O colonialismo existe muito antes da existência da civilização ocidental. Os assírios, os fenícios, os gregos e os romanos já tinham colônias séculos antes do nascimento de Jesus Cristo. Quem acabou com a idéia de colonização e de escravidão na civilização romana e, consequentemente, na civilização ocidental foi JUSTAMENTE A IGREJA. Depois que o cristianismo se tornou religião oficial de Roma, todas as práticas que a agnóstica coloca nas costas dos cristãos foram extintas.

Somente os árabes continuaram a possuir colônias e a escravizar. Também os próprios africanos escravizam e dominavam africanos. O mesmo faziam os americanos pré-colombianos. Aliás, foram justamente os árabes e os africanos escravistas que ajudaram inicialmente os europeus na colonização recente por parte da Europa. Época que coincide justamente com o aumento do poder das monarquias e a diminuição trágica da influência do cristianismo no poder secular da civilização ocidental. Aliás, posteriormente colonização recente chegou ao auge quando a ciência começa a tentar desacreditar a Igreja.

Sim, se vamos falar da história do racismo então devíamos começar pela dita ciência, pois veja que enquanto o Vaticano condenava a escravidão (não me recordo agora os documentos papais) Darwin já dizia que há "raças" superiores e inferiores, colocando lenha na fogueira da escravidão. Marx vai fazer afirmações semelhantes em seguida.

O cristianismo nunca acreditou em raças. A Igreja só acredita em uma raça, a raça humana. Não há raças na teologia da Igreja, nem nunca houve e nem jamais haverá

Da mesma forma o racismo nos EUA não tem nada haver com o cristianismo. Não há nada que coloque as denominações americanas como apoiadoras do racismo. Isso sempre foi um assunto político e cultural, assim como o colonialismo europeu era um assunto monárquico e não da Igreja.

Quanto as misérias morais da África, lamento informar, mas, os piores países africanos são dominados pelos muçulmanos que escravizam suas mulheres, suas crianças e seu povo. Quando não são eles, são as próprias ditaduras que tornaram a maioria dos países africanos muito piores do que eles eram quando eram chamadas colônias da Europa.

Eudes

Responder
avatar
19/5/10 23:00 delete

Quem disse que para perseguir, discriminar precisa ser maioria? Os ateus persegue no que podem, xingam, esperneiam, se agarram com unhas e dentes à teoria da evolução (é o fio de esperança deles) e depois agem como o Didi Mocó quando lutava box. Dá um tapa no adversário, depois deita como derrotado até o juiz contar até 9. Depois, se levanta e discrimina etc.

Ah... outra coisa interessante que li aqui, Presb Solano, "ofender não é a mesma coisa que perseguir". Quer dizer que alguém pode ofender à vontade que não é perseguição. Que patético! Chamar de banana não é perseguição. Isso é o que? Por favor, alguém me responda algo inteligente.

A Bíblia não nega (Sl 14.1) e sempre digo: ateísmo é para pessoas insensatas. Foi provado aqui isso.

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
21/5/10 14:19 delete

"A Bíblia não nega (Sl 14.1) e sempre digo: ateísmo é para pessoas insensatas. Foi provado aqui isso."

Se a doutrina da predestinação absoluta estiver correta, então o ateu não tem culpa. Ele é ateu porque Deus assim o quis. O que pode ele fazer contra Deus?

Por outro lado, o estado de ateu pode ser provisório. Assim que Deus quiser, tomará as providências para que o ateu se converta. Isso aconteceu, por exemplo, com C. S. Lewis e Chesterton.

Chesterton converteu-se ao catolicismo. Tomou a primeira comunhão aos 48 anos!

Enfim, não compete ao seguidor de Cristo cuidar da vida alheia. Que cada um cuide da própria vida. Que Deus cuide da vida de todos!

Saudações Cristãs

Responder
avatar
21/5/10 15:58 delete

3. "afirmarem a força de sua fé pelo fato, entre outros, de já estar aí faz 2 mil anos."

Afirmar a força de uma fé não passa de uma frase dirigida ao vazio.
Qualquer religião tribal tem 2 e 3 mil anos ou mais e sua consistência será apenas o que afirma ter desde o início: a força de sua fé.
Jamais vi um argumento (o de medição da fé pelo seu tempo) dirigido assim em um debate que envolve um mínimo de premissas lógicas, a não ser que eu esteja, sem perceber, me dirigindo a um comentarista sem preocupação intectual. Se for esse caso, eu peço desculpas e me retiro.

4. "Estas duas últimas [budismo e bramanismo], aliás, sem jamais fazerem proselitismo, pois isso lhe é estranho, tem ter o ativo de misérias que cristãos, no intuito de levarem a "palavra de Deus", produziram em sua empresa colonialistas. Civilizados esses cristãos, não meus amigos?"

Graças a Deus o Eudes conseguiu destrinchar os delírios "avatarianos" contidos nessa comparação.
Mas cada dia me convenço mais que o que falta aos ateus é uma dose mínima de ceticismo.

Nove em cada 10 religiões pode afirmar que tem mais de 2 mil anos de existência, incluindo as mais incomplexas religiões tribais.
A "força de sua fé" nada mais que é uma frase dirigida ao vazio. Sequer os cristãos utilizam esse argumento, salvo se em contraponto a algumas dessas deturpações modernas e universalistas da mensagem cristã.

A propósito, o budismo é tão proselitista quanto o cristianismo e o hinduísmo, pelo menos há um século e meio, envia "missões" ao Ocidente com a mesma destreza dos missionários cristãos na África e Oceania durante o século XIX.
Essa singeleza de reconhecer propósitos inteiramente puros em outras culturas ditas por nós como "oprimidas" beira o limite entre a ingenuidade e o raciocínio boçal. São inteligências medianas, sem senso de realidade, que acreditam piamente na fábula do "bom selvagem" ou, na falta deste, no "bom E.T."
Dominam a forma do debate, as frases de efeito, os axiomas dúbios, mas tem um domínio parco do conteúdo. Só sobrevivem a um contraponto melhor erudição apenas porque estão vivem sem tempo para isso.

O neo-ateísmo é feito dessa natureza. Não passa de um movimento militante (em muitos aspectos similar às religiões, e parece que se esforça propositalmente para ocupar essa posição), intelectualmente inferior ao agnosticismo filosófico, mas que tenta estabelecer um credo irracional (no que, pretensamente, julga ser a ciência), tanto em dogmas estabelecidos em áreas em que nem a filosofia afirma qualquer conclusão definitiva, quanto em percepções que a sociedade adquire diante de determinadas situações.

No primeiro caso, temos os exemplo dos cientistas que usam sua condição para se estabelecerem como autoridade em áreas que não as suas, o que fortalece o imaginário de um consenso em favor das pretensões neo-ateístas. No segundo, temos o impulso popularizante ao neo-ateísmo dado pelos atentados de 11 de setembro, que surpreendeu a sociedade ocidental com a imaginária malignidade potencial que a religião islâmica podia ter. Ao associar o combate ao terrorismo (que, por uma série de fatores, perdeu a simpatia inicial) a uma reação cristã, forneceu a impressão de um planeta à beira de um conflagração apocalípticas entre as duas maiores religiões, contra a qual o único antídoto possível era a descrença sistemática - muito embora o presente confronto tenha essencialmente as mesmas causas políticas (e jamais religiosas) do cenário da Guerra Fria.

Ou seja, é o modismo. Como o antissemitismo também foi.

Responder
avatar
21/5/10 15:58 delete

Os neo-ateus assumem que têm um estilo mordaz. Contudo, exgeram em imprecisões.

Cômica mesmo seja talvez a tentativa de indução ao erro que eles procuraram criar, felizmente (ao menos aqui) sem a menor chance de êxito.
Vejamos...

1. "parece improvável que 3% da população [ateus] tenha força política para perseguir os demais 97%[teístas]"

Quer dizer então que serve esse argumento absurdo de contrapor desproporção numérica global para se afirmar que é improvável uma situação persecutória que ocorre em algumas áreas apenas, e em um âmbito específico - que, no caso, são algumas universidades e publicações.

Claro que é uma obstrução extremamente frágil. Seria o mesmo que dizer ser impossível que os xiitas duodecimanos do Irã perseguissem outras crenças (sunitas, cristãos, ba'hai) só porque somam apenas 2,5% (aproxidamente) da população do globo. Minorias globais podem, sim, exercer uma ação opressiva sobre a maioria.

2. "Ofender não é o mesmo que perseguir"...

Claro, claro... o ofensor nunca é perseguidor. Até o momento em que passa a ser.
Nós já vimos e sabemos o quanto o 'inofensivo' antissemitismo intelectual do século XIX (Joly, Marr, Chamberlain) tornou-se agressivo a partir do momento em que foi posto em efeito por pequenos círculos absolutamente convictos e capazes de guiar massas iludíveis, chegando ao paroxismo com a conquista do estado para seus propósitos.

Não posso prever o futuro, mas a presente 'cruzada' dos neo-ateus encaixa-se perfeitamente em grau e virulência à literatura antissemita daquele períodoXIX, especialmente no que diz respeito às ideias cristãs básicas (já que as outras religiões e o cristianismo secularizado parecem estar fora de seu alvo tático). O que pode vir nas próximas décadas é difícil de prever, mas uma perseguição real contra os cristãos (mesmo sem o aspecto tétrico das avalanchas totalitárias do século XX) é quase inevitável.

Responder
avatar
21/5/10 18:50 delete

"A razão pela qual a religião organizada merece franca hostilidade é que ela é poderosa, influente, isenta de impostos e, além disso, sistematicamente transmitida a crianças que não têm idade suficiente para se defender."

Richard Dawkins

Responder
avatar
Maurício Rothberg
AUTOR
21/5/10 22:19 delete

Costumo temer expor minhas opiniões,não por não acreditar nelas,e sim porque no Brasil amiúde se confunde debate com embate,adversário com inimigo.Muitas vezes busca-se desqualificar o interlocutor em vez de lhe atacar as ideias,ou,mesmo a falta delas.
Outro expediente é extrair das palavras do interlocutor mais do que ele disse,pois assim se o obriga a perder tempo em dizer que não disse o que dizem que ele disse.O sr. Eudes,me parece,aprecia essa técnica.Noto que a sra. Ana não disse que que o cristianismo foi o criador da escravidão,tampouco que todos os cristãos foram ou são favoráveis a ela.Há 21 anos sou professor de história contemporânea, numa universidade gaúcha.Daí que achei muito interessante a forma como o sr. Eudes separa o racismo nos EUA de qualquer contágio com o cristianismo. Sugiro até que ele escreva uma tese provando seu ponto de vista, mas baseado,fique claro,em historiadores sérios. Dos que li e de minha vivência de 13 anos nos EUA (4 anos em Washinton como filho de diplomata, e o restante como estudante no Tennesse)o cristianismo não está de todo dissociado da prática nefanda do racismo.Ouvi muitos americanos justificarem seu racismo por meio de citações bíblicas. Ouvi de um deles que Deus é justo. Logo, se as pessoas negras sofriam, é porque algo fizeram. Esse mesmo tipo de americano,contudo, achava-se no direito de censurar tudo o que lhe parecia injusto...com os brancos.Quanto ao pastor King,tenho em meu arquivo um exemplar da revista SENHOR,datada de 1959,quando ele,já começando a se notabilizar mundialmente por sua nobre causa,veio ao Brasil e entrevistado pela revista disse que nos cultos dominicais nos EUA a segregação se dava tanto nas igrejas católicas quanto nos templos evangélicos.Ele dizia que o racismo de ambas as denominações era o mesmo.
Quanto aos comentários do sr. Eudes sobre o mundo islâmico,só posso dizer que, ao fazê-los, ele incidiu no mesmo erro que aponta nos argumentos da sra. Ana.

Responder
avatar
Maurício Rothberg
AUTOR
21/5/10 22:41 delete

Só agora,depois do envio de uma mensagem,me dei conta do que escreveu o sr.Leandro.Que ele me permita me enxerir em seu comentário.Também acho bobagem da grossa usar o tempo de existência de uma fé (ou de qualquer outra coisa)como critério de sua legitimação.Lembremos que muitas coisas ruins, como desastres naturais e doenças terríveis infelicitam o homem há milhares de anos. Logo, o critério em questão - o do tempo de permanência de algo - é, no mínimo, discutível.Agora,note-se,muitos religiosos usam-no.Já ouvi de muitos católicos que os 2 mil anos de sua igreja é a prova de sua indestrutibilidade e validade, inclusive de superioridade sobre os evangêlicos, que com eufemismo, alguns deles tratam como "nossos irmãos separados". Num canal católico, ouvi um autointitulado teólogo dizer que o catolicismo tem uma existência 4 vezes maior do que o protestantismo,o que, segundo ele, é algo significativo. Por outro lado,num canal adventista, ouvi um pastor dizer que,como herdeiro desses 2 mil anos,sua doutrina se sente possuidora da "única verdade religiosa" que existe.
Quanto às religiões orientais (embora,a rigor, o budismo clássico não seja uma religião)eu nunca soube de alguma iniciativa oficial de qualquer delas em converter quem quer que seja. O que houve, a partir dos anos 1960, na trilha do romancista Herman Hesse e dos chamados gurus da contracultura, foi a ida de um bando de jovens pequeno-burgueses entediados e pouco afeitos à higiene corporal, àquelas bandas do Oriente na busca de seu "eu",o que quer que isso signifique.Registre-se que orientalistas merecedores de tal título sempre trataram esse ocidentais entediados e novidadeiros com menosprezo.

Responder
avatar
Maykon Johny
AUTOR
22/5/10 12:01 delete

Qto a questão do vitimismo ateu, eu conheço alguns ateus declarados que realmente tem uma postura muito semelhante a esta denunciada pelo post... e vivem dizendo que os religiosos [principalmente os cristão] são falsos moralistas, hipócritas e arrogantes, como se as academias científicas que eles tanto defendem fossem antros da mais pura virtude humana... muito pelo contrário, nas acadêmicas, o cristão é que é o marginal, o coagido, o bitolado, o alienado e o reprimido... pelo menos aonde eu estudei, sempre foi assim...

Alias, o cristianismo não é marginal só nas academias... pois o cristianismo autêntico não pode ser aferido nas estatísticas oficiais, ou seja, nem todos os grupos eclesiásticos ou não que professam fé em Cristo, são de fato cristão... eu, por exemplo, não respondo pelos adeptos da “Doutrina Bush”, nem pelo Vaticano, nem pelos colonizadores europeus do século XVI [que lançavam mão de retórica cristã muito mal fundamentada para justificarem seus fins estritamente laicos], nem pelas seitas para-protestantes, nem pelas seitas neo-pentecostais que estão pipocando pelo mundo afora... só daí, dá pra se abater uns 90% da população dita cristã no mundo... como a própria Bíblia diz, o AUTÊNTICO povo de Deus sempre será um “remanescente” neste mundo... sempre marginal em todas as eras e nunca mancomunado com as esferas de poder político mundial...

Pra finalizar, que os ateus declarados são minoria, isso não dá pra questionar... mas que os praticantes de uma existência indiferente e até mesmo contrária a tudo que esteja relacionado a Deus [especialmente ao Deus da Bíblia] são maioria, isso tbm é fato... ao menos no mundo ocidental é assim... discurso é discurso, práxis é práxis...

Abraço a todos...

Maykon

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
22/5/10 12:37 delete

Maykon Johny deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Os Ateus Coitadinhos! Invertendo quem persegue a ...":

Ao anônimo arminiano que contestou a soberania de Deus ao questionar a bíblica doutrina da predestinação, deixo o comentário do Apóstolo Paulo sobre a condição de Jacó e Esaú em Romanos 9:11-23...

“11 Porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),
12 Foi-lhe dito a ela: O maior servirá o menor.
13 Como está escrito: Amei a Jacó, e odiei a Esaú.
14 Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus? De maneira nenhuma.
15 Pois diz a Moisés: Compadecer-me-ei de quem me compadecer, e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia.
16 Assim, pois, isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que se compadece.
17 Porque diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei; para em ti mostrar o meu poder, e para que o meu nome seja anunciado em toda a terra.
18 Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer.
19 Dir-me-ás então: Por que se queixa ele ainda? Porquanto, quem tem resistido à sua vontade?
20 Mas, ó homem, quem és tu, que a Deus replicas? Porventura a coisa formada dirá ao que a formou: Por que me fizeste assim?
21 Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?
22 E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira, e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para a perdição;
23 Para que também desse a conhecer as riquezas da sua glória nos vasos de misericórdia, que para glória já dantes preparou,[...]”

Se o Aposto Paulo não ousava questionar a predestinação, quem somos nós para fazê-lo? Quem é Chesterton para fazê-lo como o fez em diversos trechos da sua “Ortodoxia” petulante quando zombava da fé dos calvinistas?

O humanista se preocupa antes de mais nada em saber se uma premissa é justa, sempre segundo o seu conceito caído e vitimista de justiça... já o cristão autêntico se preocupa se uma premissa é, antes de mais nada, bíblica... está aí a diferença...

Mas pode ficar tranqüilo(a), pois segundo a própria Bíblia tanto os estados transitórios da condição humana quanto a capacidade de escolha do ser humano [não confundir com livre-arbítrio] não entram em contradição com a soberania divina, muito pelo contrário... eles são apenas os instrumentos que Deus usa para o cumprimento de seus propósitos eternos, definidos antes da fundação do mundo... “Que diremos pois? que há injustiça da parte de Deus?[...]”

Saudações cristãs

Maykon

Responder
avatar
Oliveira
AUTOR
22/5/10 12:47 delete

Quem irá proteger os filhos de pais ateus, quando eles estiverem naquela idade onde ainda não podem se defender?

Os religiosos são militantes, e é praticamente impossível a criança passar pela infância sem ser confrontada com suas mensagens, e então como que os pais ateus protegem a criança? Não é sistematicamente contrapondo com argumentos não religiosos...? Não estão sistematicamente ensinando ateísmo para os seus filhos indefesos?

A meu ver, esta frase citada acima pelo famoso ateu, é bem idiota.

Eu conheço alguns ateus, e nas minhas conversas com eles, eles me parecem mais inteligentes nos seus argumentos.

----

Debater com um ateu é como falar com uma porta de itaúba.

Mas estes debates até são válidos, por nós mesmos, pois aprendemos com outros irmãos como argumentar diante de desafios que nos são colocados e que pode ser que ainda não tenhamos resposta.

Mas como a fé vem pelo ouvir, e como eu creio que a predestinação não é só dos fins mas dos meios também, e que existem ainda muitos ateus que são de fato eleitos que ainda não foram vivificados, então mesmo que eles não queiram, vamos sim continuar falando (fomos predestinados para isto) a todos eles: "É melhor que se arrependam, pois se não o fizerem o inferno os espera."

----

Um pai ateu encontra sua filha maior de 21 anos, no seu quarto tendo relações sexuais com um animal.

Coerente com sua lógica, depois do choque e depois de ouvir da filha o famoso argumento pró-aborto "Pai eu sou dona do meu corpo e posso fazer dele o que eu quiser, inclusive quero lhe apresentar Rin-Tin-Tin, meu namorado..."...

... depois do choque mas sabendo pela sua lógica que a moral é algo construído socialmente e historicamente... depois de muito pensar e vomitar dirá talvez "Filha tudo bem você pode fazer o que bem entende do seu corpo, mas não há como se casar com ele, é um animal irracional..." Ela então muito bem educada pelos argumentos do pai, quando ela ainda não tinha condições de se defender, pode se sair com esta: "Pai, é tudo uma questão de maioria e minorias, estamos eu e meus amigos engajados e estamos até com a intenção de aprovar no Congresso uma lei contra a animalfobia, e pela equiparação dos animais como pessoas jurídicas com direitos, assim se a lei for aprovada, e daqui a alguns anos, quanto maior for o número de pessoas com opções como a minha, será perfeitamente normal e moral termos uma lei a favor da animalafetifividade... Deixa de ser careta pai, se não existe Deus, a lei mosaica é invenção de Moisés e não há absolutamente nenhum problema em termos relações sexuais com animais... Você me ensinou assim lembra? Você me disse claramente que não existe Deus. Seja coerente consigo mesmo".

Depois disto é capaz que o pai ateu se converta, mas se não for vivificado sobrenatualmente, ainda tentará salvar alguma dignidade com esta "Tudo bem, a religião é um mau necessário, deixe-mos portanto que ela exista para que seja usada como freio de alguma aberrações que nem mesmo nós ateus estamos prontos para suportar."

----

Se Deus não existe, ninguém tem culpa de nada. Nada é proibido em essência, nada é abominável, e tudo é permitido em essência e se proibido, não passam de convenções e construções sociais (que podem ser mudadas a qualquer momento e historicamente também).

----

O "problema" é que Deus existe!
Você duvida?

Responder
avatar
Anônimo
AUTOR
22/5/10 20:40 delete

A questão da existência de Deus não é de natureza teórica, mas prática. Deus exsite para mim. O ateu diz que Ele não existe.

Mas a prova da existência de Deus que pode influenciar o ateu é a existência de seguidores que vivem segundo a Sua Palavra.

Assim, quando o ateu for triturado pela dor, poderá lembrar do Deus cujos seguidores atestam a Sua existência com suas próprias vidas.

Responder
avatar
Leonardo
AUTOR
13/6/10 06:19 delete

Caro Rev. Portela,

Yersinia pestis não é vírus, mas bactéria.

Escrevi uma crítica a este texto do senhor, aqui:

http://aterceiramargemdosena.opsblog.org/2010/06/13/%e2%80%9cvoltemos-a-teologia%e2%80%9d/

A caixa de comentários lá está aberta ao senhor.

Cordialmente,

Leonardo

Responder
avatar
14/6/10 01:41 delete

Caro Leonardo:

Tem razão. O lapso foi meu, do tradutor, que anda com a memória curta. Vou corrigir.

Se tiver a curiosidade de ver as palestras do Dr. Scott Minnich, disponíveis em
http://www.mackenzie.com.br/3_darwinismo_videos.html
verá que ele, corretamente identifica (e eu traduzi) a Yersinia Pestis como bactéria - na segunda palestra. Até porque o cerne da exposição, iniciada na primeira palestra, era a apresentação do flagelo bacteriano como sendo uma das evidências do design inteligente e o flagelo bacteriano existe, obviamente, em bacterias.

Li o seu comentário. Tem o mérito de apontar o lapso acima. No entanto, "begs the question" e não é capaz de deixar a caricatura que se faz do DI, nem de confrontar os seus próprios pressupostos, preferindo seguir a balela da suposta ciência objetiva. Uma ciência que se ocupa e se preocupa em descartar de véspera uma das possíveis variáveis da equação.

Que Deus o ilumine.

Solano

Responder
avatar
Leonardo
AUTOR
14/6/10 06:33 delete

Caro Rev. Portela,

Obrigado por publicar meu comentário e por respondê-lo.

Sobre a Yersinia pestis, o Dr. Minnich não cometeu erro algum na palestra, nem o senhor na tradução do preletor. Não afirmei o contrário no meu texto. O erro estava no texto do blog.

A ciência mira a objetividade e, por isso, adota um pressuposto naturalista. Contudo, a ciência jamais será, na sua prática, totalmente objetiva.

A colocação do senhor não responde a uma questão que coloquei lá no meu texto. Se o óbice é a crítica epistêmica a uma ciência naturalista, que não inclui o sobrenatural metafísico, por que não se considerar outras metafísicas além da bíblica? Se se considera como possível a interferência de um agente metafísico sobrenatural, para sermos coerentes com esse princípio, teríamos que considerar também a metafísica hinduísta, por exemplo.

O que se espera dos defensores do DI é uma definição epistemológica precisa do que uma seja ciência com um pressuposto sobrenatural. Além disso, há que se fazer uma demonstração consistente de que esse conceito seja operacional na prática científica. Deve-se também demonstrar a validade dessa definição a partir dos resultados que a aplicação prática desse conceito traria. Seria interessante, por exemplo, citar uma única descoberta científica nos últimos 200 anos que seja decorrente de uma epistemologia que considere um “causa final” e que lide com uma hipótese não-falseável. Os artigos científicos publicados pelo Dr. Minnich não lidam com uma hipótese não-falseável. O ciência é naturalista, mas o cientista não precisa sê-lo na sua intimidade espiritual. Francis Collins e o próprio Dr. Minnich são bons exemplos.

A epistemologia científica naturalista, “supostamente objetiva”, pode ser criticada sim. Mas, se pretendemos substituí-la por outra, temos que demonstrar porque seria melhor fazê-lo. E os argumentos a favor do conceito “naturalista” de ciência são fortes, pois a aplicação de seus pressupostos permitiu as vacinas, os antibióticos e toda a tecnologia que facilita nossa vida (se esses produtos são usados de maneira cruel, a culpa não é da cientista, mas de quem os usa, daí a necessidade da ciência dialogar com a filosofia e com a religião).

Cordialmente,

Leonardo

Responder
avatar
Marcos
AUTOR
9/7/10 22:51 delete

Isso nada mais é do que o "coitadismo", ou seja, tentar convencer a sociedade que seu grupo é uma minoria perseguida e que o grupo opositor é intrinsecamente mau. Infelizmente esse tipo de coisa é muito aceito hoje em dia. Atualmente vivemos uma ditadura das minorias auto-declaradas, uma vez que não se usa nenhum critério objetivo para se considerar um grupo como minoria perseguida.

Responder
avatar
14/8/10 13:21 delete Este comentário foi removido pelo autor.
avatar
14/8/10 17:15 delete

Caro Ciniro:

Estou vendo, que você abraça as pessoas como elas são com grande amor... Especialmente a mim e ao Datena (nem sabia que ele é crente - é verdade?). Agora seu comentário está um pouco falho na lógica: o que é mesmo que defender o Design Inteligente tem a ver com o apedrejamento no Irã? Se é para falar metaforicamente, quem apedereja a quem? Não deu para perceber que os evolucionistas xiitas são os apedrejadores, aqui?

Solano

Responder
avatar