A
Folha de São Paulo de 06.10.2014 informa, em grande manchete, que a “Suprema Corte dos EUA abre caminha para
casamento Gay em Cinco Estados”. No texto da notícia, a notícia de que
apelos advindos de Virginia, Okhlahoma, Utah, Wiscosin e Indiana, para que suas
leis fossem mantidas, contra decisões de tribunais federais, foram rejeitados
pela corte maior daquele país. Estas decisões vinham respaldando a união entre
pessoas do mesmo sexo, mesmo contra as leis estaduais, que proibiam “casamentos”
gays, atendendo a apelos de indivíduos e organizações. Os tribunais federais
vinham julgando contra as legislações estaduais, considerando estas inconstitucionais. Outros seis estados, que atualmente proíbem essas
uniões, caminham para julgamentos na mesma direção. Serão obrigados pela Corte
Suprema, a aceitarem o “casamento” gay, fazendo com que o total de estados
norte-americanos, nos quais a união entre pessoas do mesmo sexo é permitida,
chegue a 30, dentre os 50 daquele país.
O
Blog Break Point, de hoje, traz um texto já de alguns anos, do Charles Colson,
no qual ele aponta o conceito revolucionário do judaísmo e do cristianismo
sobre o ethos sexual das
civilizações. Indicando que “aqueles que esquecem a história estão fadados a
repetirem os seus erros”, o Blog relembra faz referência aos comentários do
Colson, do qual transcrevemos algumas partes essenciais. Diz ele:
Com
frequência ouvimos que permitir que dois homens ou duas mulheres se casem não
prejudica ninguém e nem afetam pessoas que são heterossexuais. A verdade é que já
sabemos o que acontece com uma sociedade promove a licenciosidade sexual e
desvaloriza a instituição do casamento. Temos apenas que examinar a história.
Alguns anos atrás, antes que houvesse todo esse falatório sobre o “casamento gay”, um comentarista que possuí um programa no rádio e é também um teólogo do judaísmo, Dennis Prager (1948 - ), escreveu um artigo fascinante chamado – prepare-se para o título: “A Revolução Sexual do Judaismo: Por que o Judaísmo Rejeitou a Homossexualidade”.
Antes que os judeus estivessem situados no antigo Oriente Próximo o mundo pagão já apresentava uma dissociação social libertina, na qual imperava a livre sexualidade, em todos os sentidos, degradando mulheres e crianças, colocando a própria religião a serviço da lascívia masculina. Todos os aspectos da vida tinham conotação sexual. Os deuses pagãos se envolviam em atividades sexuais sem fronteiras, e o povo seguia no mesmo trilho. A homossexualidade tinha praticamente aceitação plena no mundo antigo.
Mas o ponto chave não era gênero, mas poder. Dennis Prager cita a filósofa Martha Nussbaum, que escreveu: “A distinção principal na moralidade sexual da antiguidade era... entre os papéis passivos e ativos”. Considerando que meninos e mulheres estavam no lado recebedor da atividade sexual, eles eram “muito frequentemente tratados e trocados como simples objetos do desejo masculino”.
Não é de espantar, portanto, que as mulheres fossem colocadas à margem das coisas que contam; eram importantes para a procriação e para cuidar da casa, mas não importantes para serem consideradas como parceiras reais niveladas ao homem. Os homens possuíam outras opções sexuais, com meninos ou com outros homens.
É por isso que a proclamação do judaísmo, de que Deus criou o sexo somente para ser praticado entre um homem e uma mulher, no casamento, era um conceito tão revolucionário – e igualmente desprezado tanto pelos pagãos antigos, como, posso acrescentar, pelos de hoje em dia. É o livro de Gênesis que diz: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne. Ora, um e outro, o homem e sua mulher, estavam nus e não se envergonhavam”.
Prager escreve: “Essa revolução aprisionou o ‘gênio’ sexual de volta à garrafa matrimonial. Assegurou que não mais o sexo dominaria a sociedade; exaltou o amor e a sexualidade entre macho e fêmea (criando, consequentemente, a singular possibilidade de amor e envolvimento erótico dentro dos limites do casamento); e disparou a árdua tarefa de elevação do status da mulher”. Não é de espantar, aponta Prager, que “o melhoramento da condição da mulher ocorreu somente dentro dos limites da civilização ocidental”, a qual, historicamente, foi a “menos tolerante à ocorrência da homossexualidade”.
É claro que devemos notar que foi o Apóstolo Paulo que levou à frente essa revolução sexual judaica através do mundo antigo. A [autora e erudita] Sarah Ruden escreveu em seu livro recente: Apóstolo Paulo [Paul Among the People, traduzido e publicado em português pela Benvirá [ISBN: 9788582400050]: “A homossexualidade predadora era comum em Roma e na Grécia; as mulheres e crianças eram consideradas apenas como propriedades”. Por meio de Paulo, entretanto, o cristianismo legou à civilização ocidental [a propriedade] do envolvimento do sexo dentro dos limites do casamento, entre um homem e uma mulher. Ficou patente o desvio dos limites que é o abuso sexual de meninos e escravos.
Ora, o ponto é simplesmente este: Deus institui o casamento para o bem da humanidade (restringindo e canalizando [apropriadamente] a sua sexualidade), para proteção e dignidade da mulher e para que a sociedade possa florescer – Charles Colson.Consideramos muito pertinente esse lembrete da história, pois caminhamos a passos largos para a colocação da família e das expressões legítimas da sexualidade humana, na ilegalidade e à margem da sociedade, se Deus não for misericordioso com nossa pátria e se os cristãos não acordarem do torpor atual, para os direcionamentos firmes e seguros da Palavra de Deus.
Solano Portela
10 comentários
comentáriosCaro Solano, o tema é muito pertinente. A meu ver, essa discussão, é passível de profunda reflexão por toda a comunidade cristã, uma vez, que o processo de desconstrução da cultura judaico-cristã, está na base das grandes instituições que trabalham para o cumprimento da chamada agenda global. E a metodologia adotada para tal, é a da "rã na chaleira", ou seja, aos poucos, até atingir objetivo final. Quando isso acontecer, estará instalada a mesma dissociação social libertina do mundo antigo, corroborando o que dizia o velho rei Salomão, "o que foi é o que há de ser, e o que se fez se tornará a fazer". Que DEUS tenha misericórdia!
ResponderPor favor, comentem isto:
Responderhttp://www.wnd.com/2014/10/source-secret-deal-could-doom-160000-to-isis/
Me posiciono a favor das doutrinas bíblicas, mas não ficou claro para mim o objetivo desse texto.
ResponderTenho a impressão que se quer ensinar algo da história para os dias de hoje; mas a lição que tirei do texto foi que o homossexualismo é responsável pela desvalorização da mulher ou, de outro modo, a união entre homem e mulher apenas promoveu a valorização da mulher.
Isso valeu em tempos antigos quando predominava o machismo. Mas receio que esse argumento não funcione muito hoje, em que a mulher já alcançou posição notável que dificilmente retrocederia...
Acho que nesse aspecto o texto não atingiu seu objetivo =/
Alô xVIS, creio que possa lhe ajudar de certa forma, se você tiver tempo de 1h30min, para assistir o documentário:"Socialismo/Comunismo, a subversão da cultura cristã"
ResponderAcesse: http://http://www.youtube.com/watch?v=q8bPM7XahfQ
Abcs.
Ok, obrigado pela atenção, Evandro.
ResponderAproveitando o espaço, gostaria de saber se alguém, quem sabe o moderador, poderia gentilmente me informar algum email de contato com o pr. Augustus Nicodemus..
Eu realmente preciso de ajuda a respeito de um tema que assisti ele ministrando então....
Obrigado.
Infelizmente o assunto está desgastado pela mídia e pelo confronto do ativismo gay e evangélicos, principalmente em nosso Brasil. Discutimos esses direitos da maneira errada, com intolerância e falta de respeito. Acaba que praticamente ninguém que seja a favor da união estável de homosexuais vai querer ler o texto ou dará a devida atenção às suas linhas. Triste. A sociedade está cada vez mais perniciosa. QUe Deus tenha misericórdia de Sua igreja!
Responderolá Solano,
Responderdesculpe pois meu comentário nada tem a ver com o seu texto.
na verdade é uma dúvida. alguns amigos meus vão participar de um tal "Encontro face a face com Deus". numa igreja presbiteriana.
parece que encontros desse tipo estão acontecendo por todo o país. Não sei de onde veio isso, mas parece muito com o G12.
o encontro é secreto (ninguém pode dizer o que acontece lá);
há a promessa de que quem participa nunca mais será o mesmo;
e o nome não me agrada pq reformado nunca usaria um nome desses para um retiro;
e este nome era tbm usado na época do G12, havia a promessa de um "Encontro face a face com Deus".
bom minha pergunta é se vc sabe algo sobre esse movimento e se poderia escrever um artigo sobre isso.
Gostaria de saber sua visão acerca dos rumos que a Igreja Católica Romana está tomando a partir do sínodo recém realizado e que abordou a questão homossexual.
ResponderQual é o problema com o G12? o.õ
ResponderNo caso da Igreja Presbiteriana do Brasil, há uma decisão da Comissão Executiva de 2000 recomendando a não acolhida do movimento. Transcrevo, abaixo, extrato da ata e, ao final coloco o link para a íntegra da ata.
ResponderCE-SC/IPB-2000– Doc. XCIX – Quanto ao doc. 093
– Do sínodo da Bahia – Solicitando pronunciamento do SC sobre o movimento G12, a CE/SC
1 Considerando que: 1. O G-12 é um movimento de perfil neo-pentecostal, que tem assumido práticas 2 esotéricas e espíritas, tais como regressão psicológica e liberação de perdão a Deus; 2. Os conceitos 3 teológicos postulados pelo G-12, tais como suas crenças quanto à revelação, o Homem diante de Deus, 4 Pecado, Igreja, Santidade e a Doutrina sobre o Espírito Santo, não condizem com o ensino bíblico e 5 reformado; 3. As práticas evangelísticas que visam o mega crescimento de igreja, pautam-se por critérios 6 mercadológicos antes que por critérios bíblicos; 4. O G-12 tem entrado rapidamente em igrejas 7 presbiterianas em diversas regiões do Brasil, causando confusão teológica, promovendo instabilidade nas 8 lideranças locais, favorecendo processos de divisões em igrejas e gerando instabilidade no desempenho 9 ministerial; Resolve: 1. Posicionar-se contrária ao movimento chamado G-12; 2. Recomendar aos 10 Presbitérios e Sínodos que não acolham o movimento; 3. Determinar que os Presbitérios orientem quando 11 necessário, às igrejas, pastores e líderes, quanto aos perigos oferecidos pelo movimento chamado G-12; 4. 12 Informar aos Presbitérios e Igrejas que o Seminário Presbiteriano Brasil Central está publicando um livreto explicativo e preventivo sobre o G-12, que estará à disposição de todas as igrejas.
Fonte: http://www.executivaipb.com.br/site/atas/CE/Ata_CE_2000.pdf
No caso da Igreja Metodista foi expedida a Carta Pastoral do Colégio Episcopal sobre o G-12 (http://www.metodista.org.br/content/interfaces/cms/userfiles/files/documentos-oficiais/carta_G12.pdf) na qual há um melhor detalhamento.