A Folha de São Paulo de hoje (20.03.2006) traz uma reportagem no primeiro caderno (Pg. A 12) sobre um afegão que está sendo processado e pode ser condenado à morte por ter-se tornado cristão. Abdul Rahman está preso desde o mês passado. Confrontado, no tribunal, com as evidências de sua conversão, ocorrida há 16 anos, quando teve contato com alguns cristãos que realizavam uma operação de caridade, naquele país, ele confirmou a fé. Tendo sido oferecida oportunidade para que ele negasse a fé e declarasse retorno ao islamismo, ele recusou.
O juiz disse: “Nós não somos contra nenhuma religião em particular, mas no Afeganistão esse tipo de coisa é contra a lei”. O promotor declarou: “Somos muçulmanos, e tornar-se um cristão é contra a lei. Ele deve receber a pena de morte”. O artigo diz que Rahma, após sua conversão, trabalhou por quatro anos no Paquistão e viveu, posteriormente, na Alemanha. Voltou ao Afeganistão em 2002 e tentou reaver a custódia das filhas que viviam com os avós. No processo que se seguiu ele foi encontrado, no tribunal, com uma Bíblia, o que provocou a sua prisão. Devemos investigar, mais, este caso e, ao mesmo tempo, estar em oração por toda essa situação e ver que providências pessoais cada um de nós pode tomar.
A notícia também está no site da BBC (e em vários outros sites internacionais) com a foto do Juiz (ao lado) apresentando a Bíblia de propriedade do acusado, como evidência do crime cometido contra o os muçulmanos.
Aqueles que insistem na apresentação do islamismo como uma religião pacífica, inclusive alguns que comentaram em nossa postagem passada sobre o assunto, deveriam ponderar suas opiniões e revisar suas conclusões à luz da abundante evidência contrária.
segunda-feira, março 20, 2006
Afeganistão: Conversão pode levar à morte!
Postado por Solano Portela.
Sobre os autores:
Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.
O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.
O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.
43 comentários
comentáriosA culpa não é do islamismo e sim das pessoas. Quantas guerras já aconteceram em nome do cristianismo (Crusadas por exemplo)?
ResponderOremos por esse irmão!!!!!!!
ResponderMas comentando, que lindo a firmeza dele na fé em Jesus Cristo.
Se for condenado, o Pai Celestial o receberá na glória de braços abertos e ressucitará no último dia.
Sim, as evidências são inumeráveis quanto à belicosidade dos muçulmanos contra os cristãos. Há uns anos vi fotos de irmãos com as mãos cortadas, relatos de torturas e mortes de pessoas que sofreram só pelo fato de serem cristãos. Enquanto em seus países, os cristãos permitem que os muçulmanos construam suas ricas mesquitas, no mundo muçulmano, eles nos matam e nos perseguem. Está na hora de os cristãos começarem a se mexer.
ResponderMarcelo Hagah
João Pessoa-PB
Oi Solano,
ResponderDiante de mais uma evidência, não há como negar que a violência é intrínseca ao Islamismo.
Como pode a ONU não se pronunciar frente a esse absurdo?
Ou é medo do terrorismo ou das nações muçulmanas que controlam o petróleo. O dinheiro é mais importante que a vida neste mundo pagão.
Ainda bem que podemos confiar em Deus e Sua soberania.
Oremos por esse irmão e para que o nome de Jesus seja glorificado em sua vida(ou em sua morte).
Caro Flávio Augusto:
ResponderVocê não acha que está na hora de parar de querer "tapar o sol com uma peneira"? Em vez de simplesmente emular o bordão surrado de que "o cristianismo tem sido utilizado para ceifar vidas", que tal estudar com seriedade a história? O verdadeiro cristianismo não é o do Papa Urbano II - a era medieval é sabidamente obscura e retrata uma religião feita pelos os homens com interesses terrenos (por isso Deus mandou a Reforma).
Além disso, se quer REALMENTE estudar as cruzadas, leia um artigo sério de um erudito medieval de renome: Thomas F. Madden ("The Real History of the Crusades") - disponível em: www.crisismagazine.com/april2002/cover.htm.
Não entendo a razão da cegueira voluntária que impede tantos enxergar que CLARAMENTE (E DOCUMENTALMENTE) o islamismo encoraja a violência. No "post" anterior, eu cito o Corão, mas a turma do "não me incomode com os fatos" ignora as citações e de volta vêm os velhos clichês de sempre. Agora temos mais um fato concreto e, novamente, a turma dos "não me importunem com as evidências" ressoa a mesma cantilena. Haja estômago!
Solano
Caros Juan, Marcelo, Cléber e João:
ResponderNão é fácil saber o que fazer com notícias como essa. Certamente a resposta não é "desculpar" os muçulmanos e achar que lá no fundo aquela religião é bem humanitária e civilizada - em meio a tantas evidências contrárias que distilam um ódio profundo. Acho que além de orar, devemos divulgar o máximo possível e escrever a quem poderá ter poder de pressão sobre esta situação. Que Deus lhes abençoe.
Solano
Sabe Solano eu tenho acompanhado com muita seriedade toda essa "revolucao" islamica que tem acontecido no mundo ocidental (mas que ninguem quer ver), e nao se pode negar, de forma alguma, que essa falsa religiao vai nos trazer serios problemas na questao de liberdade, isso porque, mesmo a igreja crista evangelica ocidental tem feito vistas-grossas para essa realidade, pode ser que seja por covardia, ou simplesmente por nao ter compromisso com a Verdade do evangelho.
ResponderVoce poderia ver, por exemplo, um post que encontrei num blog, que me deixou completamente assustado com a frieza do islamismo, aqui vai o endereco, voce precisa ver:
http://right-junior.blogspot.com/
O TEXTO EH:
civilização islâmica????
Tenho orado muito sobre essa situacao, porque mais cedo do que pensamos vamos estar esbarrando em constrangimentos religiosos, bem na porta de nossas casas....
Realmente nao gosto do islamismo, é uma fé muito de direita, muito fundamentalista etc.
ResponderCom certeza essa sentença é uma mostra de onde um pais regido por uma religiao fundamentalista pode chegar!
Nos EUA e em todo o mundo queimaram bruxas, fizeram Cruzadas, mataram cristaos. Um exemplo claro do que a cegueira pode fazer!
Me vem entao a pergunta: como esse homem é realmente ùtil para o evangelho? Morto como um màrtir, ou vivo para proclamar as Boas Novas? Até mesmo para seus filhos!
Nao sei.
Outro ponto é o porte da Biblia! Ele sabia que era proibido.
Vamos entao esperar que Deus mande seus anjos para salvar a sua vida e veremos a conversao de toda uma naçao!
Caro Solano,
ResponderExtrair textos do alcorão como da bíblia, sem analisar todo o contexto, sempre causa desvios. Por exemplo o trecho da bíblia: "Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar (PV19:18)". Isto não seria uma apologia à tortura?!
Sou cristão, não tenho nenhum interesse no islamismo. O que peço é que "cuidemos da nossa própria vida". Para quê falar mal de uma outra religião se temos tantas coisas boas para se falar da nossa?
Um abraço a todos.
Caro Rômulo:
ResponderAté parece que a culpa é do Abdul, por ter portado uma Bíblia, que é um livro proibido!
Solano
Me desculpe, Flávio Augusto, mas o problema não é apenas das pessoas. O problema é do Islamismo sim. Como, me diga, uma religião autoriza explicitamente esse tipo de ato? No cristianismo não há evidências interpretativas de que as Crusadas tenham sido legítimas. Creio que qualquer teólogo poderia refutar algo em contrário, bem como um historiador.
ResponderMas irmãos, isso não é nem a ponta do átomo de água cristalizada na ponta do Iceberg. Quando nós vemos um caso como esse nos noticiários é porque deve haver um pessoal muito organizado tentando impedir a morte do crente. Mas esse tipo de coisa acontece muito, mas muito mais freqüentemente do que vcs imaginam. Existem missionários batistas (falo do que conheço) perseguidos em países árabes e na palestina. Tortura da grossa por causa do nome de Cristo. E ninguém toma conhecimento, só nós. Não circula em mídia nenhuma que o missionário foi surrado, colocado de cabeça para baixo, com um saco cheio de ratos na cabeça... mas isso aconteceu, e acontece.
A culpa é do homem? É. Mas a culpa é do Islamismo, que também deixa margem para terrorismo. Que religião é essa? Deveria haver liberdade para isso em nosso país? Ou em qualquer país? Deveríamos regulamentar as religiões/seitas?
Honestamente, irmãos, depois do que houve no 11/9 e assistindo alguns documentários que falam sobre como alguns Imans levaram o ódio até esse dia fatídico para os EUA, é fácil começar fazer esses questionamentos.
Interesso-me pelo assunto. Procurem entender também o que houve de fato por trás dessa história das caricaturas.
Mas no mais, irmãos, o que podemos fazer, é orar para que o nosso irmão permaneça firme até o seu último minuto.
Caro Flávio:
ResponderÉ necessário mostrar que o contexto contradiz o incitamento. O exame, bem como a prática e as ações contemporâneas, provam o contrário.
Quanto ao verso citado de provérbios, é estranho olharmos ele como apologia da tortura, quando ele está exatamente ensinando o contrário - os limites do castigo.
Obviamente que o ensinamento completo sobre a questâo do direcionamento de filhos judaico-cristão, cuja disciplina é sempre realizada no contexto do amor, é obtida de diversas passagens, mas essa não contradiz o restante nem ensina tortura.
Um abraço,
Solano
CORAO:
Responder(Sura 9.5). “Assim, quando os meses sagrados passarem, então matem os idólatras aonde quer que possa encontrá-los e leve-os cativos e encurrale-os e espere por eles, em cada emboscada...”
(Sura 4.56). “… com relação àqueles que não crêem em nossas comunicações, faremos com que adentrem o fogo; com tanta freqüência que suas peles serão totalmente queimadas. Mudaremos elas por outras peles, para que possam experimentar o castigo; certamente Alá é poderoso e sábio”.
NAO VEJO NADA NA BIBLIA PARECIDO COM ISSO
Wilson:
ResponderMuita calma nessa hora, existem muitas coisas para nos enfurecer quanto à esta questão, mas temos que ser cuidadosos com o que acreditamos: as fotos do menino não são o que aparentam.
Abraços,
David
Creio que, mesmo que a foto não seja real ou tão absurda quanto pareça, há de se tomar providências legais com relação à isso.
ResponderHoje desfrutamos de uma liberdade ímpar em nosso país, onde o comércio de livros teológicos e bíblias é extremamente facilitado, mas e quando eles chegarem com a ideologia "matem os idólatras aonde quer que possa encontrá-los"?
Será que só vamos começar a tomar providências quando formos afetados? Creio que aí será tarde.
Flávio, você diz que não tem interesse nenhum no islamismo. Como pode então, de cara, equivalê-lo ao cristianismo? Um pouco de informação não faz mal a ninguém, certo? Assim como um bom estudo de interpretação de texto. Esses dois elementos, em conjunto, são cruciais para desfazer algumas idéias que costumam circular por aí - idéias cuja veracidade parece inversamente proporcional a sua popularidade.
ResponderRômulo, sua lógica é espantosa. Imagina se Paulo usasse do seu argumento. Em boa parte do mundo, anunciar o Evangelho ainda significa arriscar a própria vida; não se coloca, então, essa dicotomia entre "ficar vivo para pregar" e "morrer como mártir". Pregar, nesses lugares, É correr o risco de morrer. Se não se quer correr o risco, não se prega. Graças a Deus, homens como Paulo não pensaram como você, mas consideraram uma glória morrer por Cristo. Senão, o mundo não conheceria o Evangelho. O que você afirma, com essa lógica da auto-sobrevivência, parece expressar muito mais o comodismo moderno que o desejo ardente de proclamar as Boas Novas. (Veja o filme O Senhor dos Anéis: uma das suas maiores belezas é exaltar, por meio da coragem dos personagens, aquilo que Jesus disse, "Não há amor maior do que dar a própria vida pelos amigos" - um amor que me parece estar em falta em nossos dias.)
Outra coisa: chamar o islamismo de "direitista" é demonstrar um desconhecimento completo da união de forças que caracteriza nossa época: esquerdismo e terrorismo islâmico. Até no Brasil existe essa aliança: o PT de Lula e as FARC. Leia David Horowitz, Unholy alliance. E pense duas vezes antes de adotar o discurso esquerdista que faz as pessoas repetirem igual papagaio: "a culpa é da direita, a culpa é dos EUA".
Enfim: abaixo os falsos consensos! :-)
Abraços, Solano!
Uma pequena contribuição: o Islamismo não é de "direita", como foi dito acima. Para um conhecedor de história, é chocante o alinhamento do Islamismo com regimes ditatoriais. Basta ver como a finada CCCP apoiava regimes como a Síria, etc.
ResponderE na II Guerra, em como uma missão nazista tentou um levante no Egito, contactando El Marsi Pacha, Anwar el Sadat, o príncipe Abas Halim e tentou apoiar um levante no Iraque.
E para aqueles que acham que nazismo é extrema-direita (um xingamento típico da esquerda)... me mostrem um único partido de direita que tenha "socialista" no nome!
Qual o nome do partido nazista?
Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP).
Abs,
Franklin
Eh muito valida essa discussao pelo fato de que estamos vivendo o problema, alias tem-se intensificado o debate em torno dessa questao, apesar de ser nos bastidores da politica e ate mesmo da igreja. Afinal eh uma questao de vida ou morte.
ResponderMas eu fico me questionando: Qual seria o papel "biblico" da igreja quanto ao julgamento do nosso irmao Abdul Rahman, entendo que precisamos orar e suplicar a Deus por sua providencia, porem me refiro ao que vem alem da oracao, seria omissao nossa nao declararmos a indignacao ou a desaprovacao, como igreja crista, pela forma como o assunto esta sendo tratado??
Ou seria sabio nos mantermos na "acao" subversiva da oracao??
Sinceramente acho que se perdeu o foco aqui. Não se mistura Igreja e Estado, meu Deus, todo mundo esqueceu as aulas de história? O nosso irmão está indo à morte por força de lei, não de fé. Se fosse assim, o cristianismo tb seria tão violento quanto, ou se esqueceram do que foram As Cruzadas? Ou por força literal da Palavra de Deus teríamos um monte de irmãos manetas, cegos, coxos e afins nas Igrejas ("se teu olho te fizer tropeçar, arranca-o..."). Por gentileza, vamos nos ater à discussão da fé, e não do Estado. Não se esqueçam que as 2 últimas guerras "evidentes" foram iniciadas de forma lamentável por um "irmão". Mas uma coisa é certa: o nome do Senhor está sendo glorificado através do nosso irmão afegão, que o Senhor o guarde.
ResponderSolano, sim a Biblia é um livro proibido. E se ele nao estivesse com ela nao estaria passando por isso. Nao teria ofendido a legislaçao do pais.
ResponderO que ele fez é ilicito.
Agora eu estou na Italia, aqui a minha carteira de motorista (brasileira) nao vale.
Ao nosso ver essa leia é mà? Sim, é! Por isso nao ha temos aqui.
Norma, nao queria espantar ninguém com a minha lògica. Existem outras maneiras de levar o evangelho ao mundo sem que seja necessàrio desrespeitar as leis do pròximo. Oraçoes e açoes junto a ONU podem muito bem abrir portas que nem o exército americano seria capaz, ou nao acreditamos mais no poder e na soberania divina?
Acho que estou mudando de idéia Norma, estou pensando em morrer pelo evangelho, afinal, é glorioso nao? Ou nao é a sua vocaçao? Eh muito facil ter certeza que essa nao é a nossa vocaçao né? Muito fàcil também ter um discurso de como é glorioso morrer pelo evangelho seguros atràs de nossos computadores.
Talvez o homem venha realmente morrer, mas nao vai ser pelo Evangelho de Cristo, vai ser sim pela lei daquele povo. E por ele ter violado a mesma! A mensagem de Cristo nada tem haver com isso (claro, ao meu ver!).
Sobre afirmar que o islamismo é direitista... ok, me precipitei, desculpem-me!
Enfim: Viva a classe do rev. Nicodemus! :-)
Caro Anônimo:
ResponderDesculpe, mas sua compreensão de separação entre igreja e estado é altamente equivocada e não tem nada a ver com estudo de história, não. Aliás, desde quando é a classe de história que vai firmar a nossa compreensão da vida, nossa cosmovisão? Ela pode no máximo ilustrar causa e consequência.
Igreja e estado têm esferas diferentes de atuação. O poder de reforçar os princípios de justiça pertencem ao estado, e por isso ele é armado para tal. O governante é "ministro de Deus" - responsável a Deus por suas ações e pelas leis que promulga. Separação entre estado e igreja não representa sanção para a prática de injustiça. Separação entre estado e igreja não representa alienação da igreja, nem dos membros desta para com o todo da nossa existência.
O tipo de "separação" que você advoca uma falácia e leva à alienação mística. Os membros da igreja deixam de ser "sal da terra e luz do mundo", pois devem guardar suas convicções para si. Deus não pode ser apresentado, como a Bíblia o apresenta, como Senhor do Universo, pois não é politicamente correto apresentá-lo a outros povos.
Agora, refletindo as palavras de um pai dos universitários, é EXATAMENTE a separação entre estado e igreja que não permite ao estado passar leis injustas de caráter religioso, forçando a lealdade a essa ou aquela corrente que gravita na esfera do consciência de cada um. Ficar calado perante essa situação, é capitular a um paradoxo existencial que só leva à confusão.
Veja a contradição de sua posição - devemos aplaudir e calar perante a condenação, pois o Estado é separado e faz o que quer; mas devemos estar orando pelo nosso irmão? Em que sentido, para que ele seja perdoado por ter quebrado uma lei imbecil, autoritária, injusta e que nunca deveria existir, do seu país?
É bom, além de estudar a história (mas vá a fundo, mesmo), procurar dar uma revisada no que diz a Palavra de Deus sobre nossas responsabilidades, aqui nesta terra, onde somos peregrinos.
Solano
Querido Solano,
ResponderJá vi (na Internet, claro!) atrocidades maiores do que a do menino que teve o braço esmagado por roubar pão. Havia um site (infelizmente, perdi o link) especializado em mostrar cenas que não passam na TV, em que eram mostradas as execuções do Taliban e também um decapitamento de um soldado russo por rebeldes chechenos.
Assim, é óbvio que o mais sensato dos ateus deve condenar essa arbitrariedade que é alguém ser condenado por ler um livro. A direita e a esquerda política já fizeram isso em muitos países ditatoriais.
Portanto, não há aqui nenhuma tentativa de relativizar o repúdio que esse tipo de acusação que o homem do seu artigo sofre (diga-se de passagem, o nome dele é o mesmo de um terrorista muito procurado pelo FBI) e pode ser condenado.
Agora, o que me motivou a comentar o seu artigo foi a sua seguinte afirmação:
"O verdadeiro cristianismo não é o do Papa Urbano II - a era medieval é sabidamente obscura e retrata uma religião feita pelos os homens com interesses terrenos"
Ora, por que você não aceita que os atos do Papa, da Igreja Católica Romana, da Igreja Ortodoxa Grega ou de qualquer outro grupo denominado de Cristão sejam atos do "verdadeiro Cristianismo"?
Por que somente as ações da minoria Protestante é que são atos do "verdadeiro cristianismo"?
Se usarmos da mesma lógica que você usa, somos forçados a admitir que o Islamismo pacífico, de coexistência com outras religiões, como o dos Mouros -- que não destruíram e saquearam os templos cristãos, como fizeram muitos "cristãos" com outras religiões --, ainda que minoria (como o são os Protestantes( talvez seja o "Islamismo verdadeiro".
Por que "dois pesos e duas medidas" na sua avaliação? Por que não vale a mesma lógica para ambos os grupos?
Enfim, se a minoria protestante é a que vive "o verdadeiro cristianismo", por que a minoria "islâmica pacífica" não é a que vive o "verdadeiro islamismo"?
Como eu tenho dito, gosto do que escreve o Dr. Muqtedar Khan (http://www.ijtihad.org). Acho que ele é um muçulmano que tem muito bom senso.
Abração Bento Souto
Caro Bento:
ResponderNão há contradição nem "dois pesos, duas medidas". Você fala de ação de pessoas; eu falo de documentos. Você fala de que "os verdadeiros" são os que assumem o nome; eu falo que "os verdadeiros" são os que vivem os documentos.
Trato de coisas concretas - não místicas e intangíveis, nesses dois posts. Trato de definições precisas, não maleáveis e pós-modernas. Procuro discernir o certo do errado e não desculpar o errado, revirando o certo para parecer errado, também.
Essa confusão e inversão de valores retratada em Isaías capítulo 5, que procede do íntimo da pecaminosidade da raça humana e está tão presente nos nossos dias, não deveria ter lugar na vida dos verdadeiros cristãos, aqueles que prezam a objetividade da revelação sagrada e do relacionamento espiritual com o Criador e Salvador nosso, através do Espírito.
Vejo, com tristeza, que é grande a preocupação de justificar ou atenuar o erro; de gerar um indevido complexo de culpa nos cristãos por ações de pessoas ao longo da história. Prestamos com isso um grande serviço à confusão de pensamento que delicia o Acusador.
Os verdadeiros islâmicos são esses aí - violentos. Os pacíficos são os inconsistentes (graças a Deus que existem) e os oprimidos - sobre os quais aumentamos a opressão quando nos arvoramos de defensores do indefensável.
Um abraço,
Solano
PS - Sobre "o outro lado" - comentei no outro comentário do outro post.
Um caso como esse mostra o qto uma pessoa realmente convertida pode arriscar a vida por causa da Verdade.
ResponderRev. Jadiel, ja falecido, certa vez nos disse em sala de aula, q "por causa da verdade, mtas pessoas morreram, e outras ainda morrerão". Fato é q mtos morrem porque se comprometeram com a Palavra de Deus, e assim são perseguidas, como no caso deste homem q a segurava em suas mãos.
Mas tb no futuro, segundo essa mesma Palavra, mtos morrerão eternamente debaixo do justo juizo de Cristo.
É uma pena q em paises tão tolerantes como o nosso, se esqueçam dessa Verdade.
há tempo...
ResponderNo livro Jesus Freak - dc Talk and the Voices of the Martyrs, esta a seguinte frase:
Some Christinas haven´t even attempted about whether or not they would die for Jesus because they haven´t really been living for Him - pg 108.
Perfeito, Solano: "Vejo, com tristeza, que é grande a preocupação de justificar ou atenuar o erro; de gerar um indevido complexo de culpa nos cristãos por ações de pessoas ao longo da história. Prestamos com isso um grande serviço à confusão de pensamento que delicia o Acusador."
ResponderEu acrescentaria a isto que hoje as maiores fontes de erros e ações sólidas de culpabilização dos cristãos estão na esquerda, no marxismo cultural, na demonização dos valores judaico-cristãos perpetrada como "revolução sem armas" pelos teóricos marxistas da Escola de Frankfurt. Os efeitos do marxismo cultural são tão fortes que o cristão na academia, sem discernimento, acaba absorvendo como "teoria isenta" aquilo que foi feito para destruir a própria fé dele. Não é à-toa que as universidades hoje são verdadeiras fábricas de esquerdistas anticristãos.
Essa situação me dá uma enorme tristeza. Eu mesma quase me desviei por conta disso. Só peço aos cristãos o seguinte: desconfiem da esquerda, do marxismo, dos seus professores, dos livros que precisam ler. Busquem por fora, procurem ex-comunistas para conversar. Vocês vão ficar impressionados com a sutileza das estratégias do Inimigo de nossas almas. Se hoje a esquerda costuma apoiar o terrorismo islâmico, não é à-toa, mas sim porque ambos têm o mesmo propósito: a destruição dos valores judaico-cristãos e a afirmação pela força do totalitarismo. Tenho para mim que essa aliança macabra aplainará o terreno para o próprio Anticristo.
Rômulo, em vez de retribuir suas ironias, prefiro lhe pedir que leia a Bíblia, em que a palavra "morte" está bastante presente: "Somos levados como ovelhas para o matadouro", "mortos para o mundo, vivos para Cristo". A Bíblia enfatiza que todo cristão é chamado para morrer pelo Evangelho - seja morte física, seja morte simbólica. E, para lhe mostrar que a ironia realmente não é melhor caminho, digo-lhe que posso não me arriscar a morrer fisicamente por trás de meu computador, mas, por amor à verdade e não por dinheiro ou fama (Deus sabe), faço parte de uma minoria cada vez mais impopular no meio evangélico: os "fundamentalistas" anti-esquerdistas. Enfrento a morte social todos os dias. Perdi amigos antigos, recebo comentários agressivos, arrisco-me o tempo todo pela net. Escolho trabalhar menos para escrever meu blog e meus artigos, e não ganho nada com isso, a não ser a tranqüilidade de cumprir com meu papel ao falar do que creio. Se você não entende o que é esse risco de morte, leia a Bíblia, repito, e peça para Deus lhe mostrar.
ResponderGrande Romulo...
ResponderAventurando-se pelas linhas desse blog, me faz ver q vc difere dos d+ da comunidade. Creio q não estás longe do Reino.
Agora, qto a lei q foi inflingida no Afeganistão... não se trata simplesmente de não poder ter uma Bílbia, mas de ser cristão. Ali, como em outros países islâmicos, cristãos são mortos pq crêm em Jesus Cristo, e não apenas por um "livro proibido".
Desde o ínicio do cristianismo algumas autoridades têm recorrido a essa lei:
Act 4:18 E, chamando-os, ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem em nome de Jesus.
Act 4:19 Mas Pedro e João, respondendo, lhes disseram: Julgai vós se é justo diante de Deus ouvir-nos antes a vós do que a Deus;
Act 4:20 pois nós não podemos deixar de falar das coisas que temos visto e ouvido.
Agora, diga-se de passagem, a Bíblia não é qualquer verdade (ainda q toda verdade venha de Deus). Ninguém morreria por um livro de matemática ou física, q ensina acerca das leis criadas por Deus. Mas pelo evangelho, ha mtos séculos, mtos tem morrido. Eles não deixaram de falar do q viram e ouviram. Vc tem vistou ou ouvido alguma coisa?
Um abraço... Q Deus te abençoe ai na terrinha do Bento.
Solano,
ResponderAcredito que você tenha recebido a mensagem também o texto abaixo. Acredito que seja pertinente neste momento postar aqui no blog de vocês:
Editei e postei este texto no meu blog.
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"Queimação de um Bispo
Comemoramos hoje, no mundo Anglicano e Reformado, com grande reverência e emoção, os 450 anos da execução – queimado na fogueira – do Arcebispo de Cantuária Thomas Cranmer, autor do primeiro Livro de Oração Comum, dos XXXIX Artigos de Religião e um dos principais artífices da Reforma Protestante Inglesa do século XVI. Outros 288 clérigos foram também sacrificados na tentativa de contra reforma católica romana da rainha Maria, denominada de “a sanguinária”. No dia 09 de fevereiro de 1555 havia sido martirizado o Bispo John Hooper, e no dia 16 seguinte os Bispos Nicholas Ridley e Hugh Latimer. Profeticamente, no momento em que as chamas começaram a arder, o Bispo Latimer encorajou seu colega o Bispo Ridley, com essas palavras, que se tornariam proféticas: “Fique bem confortado, Mestre Ridley, seja homem, nós vamos neste dia arder como uma vela, um fogo que, pela graça de Deus, na Inglaterra, que eu creio nunca se apagará”.
O Arcebispo Cranmer foi executado em Oxford, em 21 de março de 1556. Ele deveria confirmar uma retratação de suas crenças, que, em um momento de fraqueza, fizera antes. Mas, no poder do Espírito Santo, retira a sua retratação, reafirma a sua fé bíblica e reformada, e é levado para a fogueira. Ele concluiu seu histórico pronunciamento dizendo: “Há um escrito contrário à verdade que tem sido publicado, e que agora repudio, porque foi escrito por minha mão contra a verdade que meu coração conhecia... E diante do fato que foi minha mão que a ofendeu, ao escrever contra o meu coração, minha mão será castigada primeiramente. Quando eu estiver na pira, ela será que primeiro arderá”.
Thomas Cranmer havia sido Sagrado Bispo e designado Arcebispo de Cantuária três anos antes, em 30 de março de 1553, sendo por isso essa data amplamente comemorada como o “Dia do Episcopado”.
O episódio da execução desses heróicos bispos ingleses não é uma exceção, antes um fato que amplamente se repetiu ao longo da História da Igreja. Bispos foram presos, deportados, exilados, torturados e mortos, pelos leões, pela fogueira ou por armas, em episódios marcantes que preservaram a fé até os nossos dias. Hereges, minoritários, sempre os tivemos, entre Bispos, Presbíteros, Diáconos ou leigos. O próprio exercício do episcopado, pelas pesadas demandas, pelas incompreensões, deslealdades, conspirações e resistências ao seu ministério levou Agostinho de Hipona a defini-lo como “Pouca honra e muito martírio”.
A conjuntura da Comunhão Anglicana, por um lado, e a realidade da nossa Diocese, por outro, nos deve levar a uma profunda reflexão nesses 450 anos desde que o Arcebispo de Cantuária Thomas Cranmer foi queimado vivo por sua fidelidade à Palavra e à sua consciência. Outros bispos, ao longo da História, e nos nossos dias, também têm sofrido martírios com variadas formas de “queimação”.
Que nós, herdeiros da chama que não se apagou, meditemos na Providência de Deus, que tem usado os seus servos Bispos para ensinar e conduzir o seu povo, mesmo quando este não quer ser ensinado ou conduzido.
Que o Senhor nos ilumine e nos abençoe, e nos faça aprender com a História!
Paripueira (AL), 21 de março de 2006.
+Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano"
Caro Adalberto:
ResponderSeus comentários lembraram-me de uma observação que ouvi, certa vez, com relação ao nosso testemunho cristão. Era algo mais ou menos assim - "se você vivesse debaixo de um regime totalitário no qual o cristianismo fosse declarado ilegal, haveria evidência suficiente para condená-lo"? Creio que é um pensamento que deve nos levar à reflexão. Muitas vezes queremos ser simplesmente "agentes secretos" de Deus...
Abs
Solano
Cara Norma:
ResponderObrigado por suas sempre preciosas contribuições e observações, cheias de perspicácia e propriedade.
Elas provam que nem sempre as fortes opiniões significam distorção. Se são verdadeiras, expressam precisão e auxiliam a acuidade de visão.
Abs
Solano
Charles:
ResponderObrigado pelo comentário e texto anexo. Tenho profundas discordâncias políticas com as posições do Dom Robinson, especialmente o seu amor, pendor e queda pela esquerda inconsequente, como se a Bíblia nada tivesse a dizer sobre os respeitos individuais e direitos à propriedade, mas fica o registro histórico de um fato importantíssimo - e nisso o respeito.
Solano
Romulo talvez voce nao tenha lido este detalhe, o rapaz nao esta sendo condenado por ter uma Biblia, mas por ser cristao.
Responder“Somos muçulmanos, e tornar-se um cristão é contra a lei. Ele deve receber a pena de morte”
As vezes eu fico imaginando o que seria de nos se um regime como esse nos fosse imposto, eu e voce (Romulo) sera que seriamos condenados? Eu posso te dizer que quando se esta no ministerio coloca-se o pescoco na guilhotina todos os dias, seja pelo que falou, ou pelo que escreveu, ou por onde andou, ou por aconselhar alguem... somos, realmente, com disse a Norma, citando um texto biblico, levados para o matadouro cada dia, voce ja experimentou viver assim?? vale a pena.
O pastor está sendo extremamente incoerente em suas palavras. A tal separação entre Estado e Igreja que ele acusa o anônimo de incorreção é, para ele, nada mais do que aceitar apenas o seu deus no seu Estado, e não aceitar que há outros credos e outras posturas que não devem ser vistas da forma relativizada que o pastor coloca.
ResponderJustiça e injustiça são critérios subjetivos baseados em questões culturais. Eu, mesmo não sendo nem muçulmano, nem evangélico, acho "injusto" que se acuse o Outro com base nos seus próprios conceitos. E posso dizer que boa parte dos comentários feitos são igualmente violentos e "injustos", não se diferenciando das ações "injustas", incorretas, reprováveis ou desumanas tomadas pelo Estado afegão.
Realmente Estado e Igreja têm esferas diferents de atuação. Mas toda a argumentação nesta linha de raciocínio se esgota quando o pastor coloca a Igreja na esfera do político.
Política é a ciência do Estado e este é pragmático. Não há certo ou errado, que é subjetivo e sujeito a "injustiças" - palavra fartamente alardeada neste forum -, mas ações por parte do Estado motivadas por um cálculo racional e uma ética do bem maior e o mal menor. O que traz maior benefícios à pólis e que regula o poder político. O poder de fazer leis e garantir a ordem dentro de um território. Se a biblia - um livro filosófico e que deve ser lido conforme seu contexto - pode ser trazida para esta discussão "política", ele estaria fugindo de sua esfera de atuação. A partir daí, as interpretações são analogias de acordo com a vontade do vendedor. Afinal dogmas são dogmas, imutáveis e irrevogáveis. E dogmas não são fatos sociais e políticos, não estão sujeitos à dinâmica política. É uma verdade universal imutável.
Assim, como alguém há de opinar sobre a cultura do Outro sem estar buscar entender suas nuances e peculiaridades fora das suas verdades e crenças absolutas? Acusar o Islamismo de ser violento é criar um pré-conceito sobre o credo do Outro e não enxergar seus próprios defeitos. E é não perceber que Estado é uma coisa e religião uma outra, beeeem diferente. É não enxergar que a própria religião que aqui é vista como piedosa trouxe, entre outras inovações, a Inquisição Espanhola e as Cruzadas.
Porque, na ótica dos comentários aqui expostos, todos temos o direito de acreditar num deus. Mas ai daquele que não acredite no Meu Deus.
"Justiça e injustiça são critérios subjetivos baseados em questões culturais."
ResponderO autor dessa frase não sabe o que está dizendo. Se a subjetividade fosse base para a justiça, não haveria justiça, que deve ser OBJETIVA e dependente de FATOS e argumentação LÓGICA. A subjetividade impede generalizações e fala apenas do que é pessoal e aberto a múltiplas interpretações.
Mas não me espanto. Ele usa esse argumento para advogar o relativismo cultural ("todas as culturas são igualmente boas e válidas, mesmo que mandem comer gente, sacrificar virgens ou explodir inocentes"), uma das bandeiras do pensamento politicamente correto. O pensamento PC tem uma característica muito bem descrita e exemplificada por John M. Ellis em Literature Lost: a incapacidade de nuançar o raciocínio. Politicamente corretos, fiéis à cartilha dicotômica marxista, costumam ver o mundo em preto ou branco, esquecendo os tons de cinza que vão de um a outro. É por isso que, segundo Ellis, professores e estudantes da área de humanas que simpatizam com o marxismo dirão, quase obrigatoriamente, que "tudo é subjetivo" com base no argumento de que "é impossível obter-se uma análise puramente objetiva". Ora, desenganados pela impossibilidade de uma objetividade pura, optam por uma dificilmente possível subjetividade pura. O que nos dá uma idéia da doença do pensamento que se perpetua: a dicotomia da realidade e a adoção incondicional de uma das pontas, com o correlato apagamento do outro lado. Assim, quem fala em "verdade" ou "objetividade" é imediatamente tachado de ingênuo, pouco culto, dogmático. No entanto, é a defesa da "subjetividade total" que leva ao rebaixamento da inteligência, por não considerar a objetividade e a generalização intrínsecas ao pensamento teórico.
Assim, partidários do politicamente correto são os menos capazes de produzir teoria. Infelizmente, são o que mais a "produzem" nas áreas de humanas - que, não admira, em nada ou quase têm contribuído para a sociedade atual.
Só um detalhe que, parece, perdeu-se de vista aqui.
ResponderA questão da separação entre igreja e estado, o debate sobre estado laico etc é uma questão ocidental. É uma das conquistas do ocidente pós-reforma.
Mas isto não existe no oriente médio. Nem no Iraque, nem no Egito, Arábia Saudida, Síria, Líbia, Argélia, Irã etc. Lá o estado é religioso. Acho que alguns aqui não leram a reportagem. Tá lá no post:
"O juiz disse: 'Nós não somos contra nenhuma religião em particular, mas no Afeganistão esse tipo de coisa é contra a lei'. O promotor declarou: 'Somos muçulmanos, e tornar-se um cristão é contra a lei. Ele deve receber a pena de morte'".
O que este irmão fez foi infringir uma lei religiosa. Então, "importa obedecer a Deus e não aos homens" - mesmo com o risco da própria vida.
Agora, não é argumento ad hominem que vence debate. Ou chega à verdade. Esta é uma questão básica de filosofia. E até mesmo de hermenêutica. E dai que cristãos medievais (inclusive o grande Bernardo de Clairvaux) participassem das cruzadas?Isto invalida o que Bernardo escreveu? Ou invalida o cristianismo? Ou as crenças básicas da fé? De forma nenhuma!
Então, que se coloque princípio contra princípio: cristianismo vs. islã!
No islã, Alá é o santo! Só que "santo" enquanto abstração impessoal! Só isto! Consequentemente, o fiel não experimenta perdão ou aceitação. Ele não experimenta amor.
Só na fé cristã o amor e a santidade de Deus são conciliados, só na fé cristã a graça e a ira do Senhor são conciliados! Na cruz, amor e santidade, graça e ira "se beijaram" (Sl 85.10). Cristo satisfez a ira de Deus, que derrama graça por meio do Espírito sobre os que crêem. Isto é boas novas! O islã não tem isto!
Que Deus sustente este irmão, na sua hora!
Pr. Solano, permita-me o desabafo...
ResponderEITA BRASILEIRADA!!!
A culpa sempre é da direita, do capitalismo, (como se brasileiro soubesse o que essas coisas significam) dos EUA, do Bush, do Estado de Israel, e até do Cristianismo, alicerce civilizacional do ocidente inteiro! Nunca a culpa é dos notórios assassinos e picaretas que a mídia resolveu enaltecer incondicionalmente: a gnóstica ONU, os radicais islâmicos, a esquerda ateísta, os mafiosos da Rússia e os chineses que torturam cristãos aos milhares...
Desinformação, subserviência à preceitos ditatoriais, cegueira diante de fatos mais gritantes e a adesão aos discursos mais anticristãos veiculados pelos mass media por parte da própria Igreja (aí está um fenônomeno a ser estudado) transformam nossa vida no Brasil um desafio de proporções dantescas!
Haja paciência, hein, pastor?
Abraço do Eliot para ti, para os prs. Augustus e Mauro!
Pastor, veja essa notícia. Deus é fiel. Vale lembrar que a presidente da Alemanha, Angela Merkel é protestante e conservadora (do partido CDU - democracia-cristã). Abraço.
ResponderAlemanha defende afegão condenado à morte por virar cristão
O caso do afegão Abdur Rahman, convertido ao Cristianismo, mobiliza políticos e autoridades religiosas da Alemanha.
No domingo último (19/03), um juiz do Afeganistão declarou que Rahman fora preso por se haver convertido, estando ameaçado de pena de morte, caso não se reconverta ao Islamismo. A Charia (Lei islâmica) pune a apostasia com a morte.
Ministros dispostos a intervir
A ministra alemã do Desenvolvimento, Heidemarie Wieczorek-Zeul, declarou ao jornal Bild: "Faremos todo o possível para salvar a vida de Abdur Rahman". Ela pretende apelar diretamente ao presidente afegão, Hamid Karzai. Segundo o Bild, Rahman tornou-se cristão durante sua estada de nove anos na Alemanha.
O ministro do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, expressou "profunda preocupação", estando disposto a intervir, se necessário. A embaixada alemã em Cabul está "em contato próximo com o lado afegão", afirmou o ministro ao jornal Frankfurter Rundschau.
O Afeganistão é um país conservador, com 25 milhões de habitantes, dos quais 99% são muçulmanos. Há três anos, dois jornalistas afegãos foram condenados à morte por cometer blasfêmia, tendo que buscar asilo no exterior.
Direitos para cristãos no Islã
O principal prelado católico da Alemanha, cardeal Karl Lehman, descreveu o caso contra Rahman como "um sinal alarmante". "A Conferência Episcopal Alemã exige solenemente que os cristãos possam praticar sua fé no Afeganistão de forma aberta e livre, e que a conversão ao Cristianismo seja possível sem qualquer desvantagem", disse em declaração oficial.
"Os bispos alemães procurarão assegurar que os cristãos em países islâmicos gozem dos mesmos direitos que os muçulmanos em nosso país", prossegue o documento.
Especialmente na Arábia Saudita e no Paquistão, os cristãos possuem direitos bastante reduzidos. Este vem se tornando um motivo de irritação cada vez maior na Europa, onde as comunidades muçulmanas crescem rapidamente, e exigem direitos e respeito.
Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1941346,00.html?maca=bra-destaques_do_dia-337-html
TRECHOS DO JULGAMENTO...
ResponderRahman was put on trial in Kabul last week for the “crime” of converting from Islam to Christianity and faces the death penalty for refusing to return to the Muslim faith.
But news of his case did not break until March 16, when Ariana TV announced it. According to the TV newscaster, Rahman was asked in court, “Do you confess that you have apostacized from Islam?” The defendant answered, “No, I am not an apostate. I believe in God.”
He was then questioned, “Do you believe in the Quran?” Rahman responded, “I believe in the New Testament, and I love Jesus Christ.”
Less than 1 percent of the Afghan population is non-Muslim, mostly Hindus and Sikhs. Among the millions of Afghans living abroad during recent decades of conflict in their homeland, some have openly declared themselves Christians. But no churches exist inside Afghanistan, and local converts to Christianity fear retribution if they declare their faith.
EM ALGUNS PAISES ESTA HAVENDO POSICIONAMENTOS FAVORAVEIS A LIBERDADE DA FE:
Two days ago, the U.S. State Department had confirmed that the United States was “following closely” the trial proceedings, emphasizing that there were “differing interpretations” of the current Afghan constitution within the country. The Afghan authorities were being urged to “conduct this trial … in as transparent a manner as possible,” the spokesman said.
Meanwhile, Western allies in the international coalition of troops deployed in Afghanistan have expressed outrage and point-blank condemnation of the trial over the past three days.
Lawmakers and leaders in Italy and Germany declared pointedly that it was “intolerable” that soldiers of all faiths should die to protect a country threatening to kill its own citizens for converting to Christianity. Canada confirmed that it was also “closely watching” the case, while the German Foreign Minister said he viewed it with “great concern.”
“If Afghanistan does not quickly modernize its legal system,” German opposition politician Rainer Bruderle told the daily Bild today, “Germany must rethink its help for Afghanistan.”
After the Italian government summoned the Afghan ambassador to Rome yesterday to discuss Rahman’s case, a Foreign Ministry statement pledged that Italy would “move at the highest level … to prevent something which is incompatible with the defense of human rights and fundamental freedoms.”
From the British Parliament, Nick Harvey of the Liberal Democrats remarked, “To prosecute or even kill someone for having a different faith is unacceptable.” Labour Member of Parliament Alan Simpson agreed, declaring in a statement to The Times in London, “This absurdity must stop.”
A strong protest was also lodged before the European Parliament by Dr. Charles Tannock, who questioned the European Union’s generous funding of a country “which appears to ignore its international legal obligations, and apparently is still ruled by a fundamentalist version of Islamic sharia law.” The parliamentarian called for a plea of clemency to be issued by the EU, requesting Afghanistan to exile Rahman to another country where his religious freedom would be guaranteed.
Fonte: Crosswalk.com
É possível que nosso irmão seja solto.
Responder"Assim, como alguém há de opinar sobre a cultura do Outro sem estar buscar entender suas nuances e peculiaridades fora das suas verdades e crenças absolutas?"
ResponderTer humildade para reconhecer que não se sabe tudo é uma lição importante que nos veio através do pós-modernismo, filosofia que permeia o seu comentário. O problema é que, em sua aplicação (tanto a sua como em geral), estas idéias acabam sendo levadas ao extremo, criando uma cultura de pessoas "sentadas na cerca" sem opinião sobre nada, já que não sabem "o suficiente" (e não têm idéia de quanto seria o suficiente) para poder opinar. Que tal ser coerente: você conhece as pessoas aqui pessoalmente? Sabe com certeza que elas não buscaram entender a fundo estas questões? Ou está simplesmente criando uma opinião sobre elas e sobre os seus pontos de vista, "sem buscar entender suas nuances e peculiaridades fora das suas verdades e crenças absolutas?" O problema com sua postura pós-moderna é que ela lhe tira o direito de poder pensar de maneira eficaz sobre qualquer coisa, ou de poder criticar (ou louvar, o fazer qualquer pronunciamento sobre) as pessoas sem conhecê-las intimamente (como você acabou de fazer).
"Acusar o Islamismo de ser violento é criar um pré-conceito sobre o credo do Outro e não enxergar seus próprios defeitos."
Não, na verdade não é. Ter uma posição sobre a violência do Islamismo não implica em qualquer outra coisa além de ter uma posição sobre a violência do Islamismo. Mais uma vez você está fazendo exatamente o que diz que os outros fizeram: está criando um conceito do que as pessoas pensam e criticando este conceito, sem conhecer a fundo se ele corresponde à realidade.
Em suma: O que nós pensamos sobre o Islamismo pode não ter nada a ver com a nossa habilidade de enxergar os nossos defeitos. Mas se tem ou não tem, você não sabe, já que não nos conhece (e pela ótica pós-moderna, jamais poderá obter este tipo de conhecimento). Esse conceito foi criado por você, não venha nos pintar com essa tinta aí não...
Comentário sobre as últimas notícias---
ResponderIrmãos:
Aparentemente o ABDUL será solto, e por isso podemos nos alegrar. Ele sai, entretanto, com base em supostas "brechas legais" no processo e colocando-se em dúvidas a sua sanidade mental.
Isso demonstra que a porta continua aberta às perseguições e arbitrariedades e devemos ter a ciência de que a vida desse irmão continua em perigo, mesmo sendo solto.
Charles Colson, em sua "newsletter" de hoje (29.03.06)chama a atenção para um outro incidente, na Argélia.
Na semana passada aquele país promulgou uma lei contra "qualquer um que inste, force ou tente converter um muçulmano a outra religião".
A razão dessa lei foi uma onda de conversões ao cristianismo ocorrida entre os Berberes - antigos habitantes do norte da África. encontramos, entre os Berberes ilustres do passado, Agostinho, líder na igreja cristã primitiva, o que significa que essas conversões levam aquele povo de volta às suas raízes cristãs.
O que deve nos chamar atenção é a facilidade com que a Argélia e outros países muçulmanos apresentam na formulação de tais leis - que contrariam não somente o progresso da fé cristã, mas a própria essência da liberdade de consciência. Esse valor é tão decantado em versos e prosa pelos "progressistas" de plantão, mas é descartado quando se entregam à apaixonada defesa do islamismo.
Solano