Para muita gente a relação entre o cristianismo e a ciência sempre foi conflituosa, uma história de guerras e tensões contínuas. Uma das razões para essa concepção é que geralmente se pensa que as duas coisas estão em campos totalmente opostos e não intersectáveis. A religião trata da alma, do sobrenatural, do transcendente, de valores e conceitos acima da possibilidade padrão de verificação. A ciência, por sua vez, nada teria a ver com religião, ou quando muito, teria um papel de desmistificação, explicando através das leis naturais aquilo que os religiosos acreditam que é a mão de Deus na história, na natureza e na realidade humana.
Uma outra causa dessa visão beligerante entre religião e ciência são obras cujo propósito foi desbancar o cristianismo e estabelecer o naturalismo como filosofia subjacente da ciência, como por exemplo, History of the Conflict between Religion and Science [História do conflito entre Religião e Ciência], de John William Drapper (1811-1882) e History of the Warfare of Science with Theology [História da Guerra entre a Ciência e a Teologia] de Andrew Dickson White (1832-1918). A tese de White nessa obra é que em toda a história moderna, a interferência da religião na ciência resultou nos males mais terríveis tanto para a religião como para a ciência. Além disso, outras obras historiaram as grandes descobertas científicas abstraindo-as do contexto religioso dos cientistas, pesquisadores e filósofos que as fizeram, mesmo que, em quase todos os casos, foram os pressupostos cristãos dessas pessoas que as levaram a elaborar hipóteses e achar caminhos que nos deram a moderna ciência.
Atualmente, uma nova perspectiva surge na academia causada, em primeiro lugar, pela redescoberta do papel decisivo da Europa cristianizada para os primórdios da ciência moderna. Em segundo lugar, recentes historiadores da ciência têm demandando que o relato das grandes descobertas científicas seja feito levando-se em conta o papel das convicções religiosas dos pesquisadores e cientistas e a contribuição das mesmas para tais descobertas, especialmente aquelas que lançaram os fundamentos da moderna ciência. Defendem uma abordagem holística da história da ciência.
Essas mudanças acima fortalecem a convicção de que a história da relação entre o cristianismo e a ciência, longe de ter sido uma história de conflitos constantes, foi de cooperação. As obras recentes de cientistas e historiadores cristãos como Hooykaas, Russell, Kuyper, Pearcey, entre outros (veja bibliografia ao fim do post), mencionam alguns fatos históricos que apontam para essa relação, que resumo aqui para conforto dos leitores do nosso blog. Começo com a constatação de que várias culturas orientais da antiguidade – desde chineses até os árabes, passando pelos egípcios e sumérios – alcançaram um nível de conhecimento e de tecnologia muito superior ao alcançado no Ocidente cristianizado. Contudo, a ciência, como disciplina sistemática, nasceu no Ocidente, na Europa, à época dominada por uma visão cristianizada de mundo, em que pesem os abusos e erros da Igreja Romana.
O que há no cristianismo, de modo geral, que permitiu que isso acontecesse? Nem todos os cientistas e pesquisadores eram cristãos devotos, mas a maioria deles operava com uma visão intelectual de mundo moldada de acordo com o conceito bíblico da criação e do governo de Deus na realidade natural e humana, o que acabou por fornecer à cultura ocidental diversos pressupostos fundamentais sobre o mundo natural. Menciono alguns.
1. A natureza é real. O mudo existe objetivamente, fora de nós. Muitas outras religiões consideram o mundo como irreal, como uma manifestação do divino ou manifestações do ser absoluto e infinito, como o panteísmo e o idealismo. No hinduismo, o mundo é maya, ilusão. Na visão cristã, além de real, a natureza é de grande valor. Ela é boa. Isso difere da visão do dualismo oriental entre matéria e espírito, que equiparava a matéria à desordem. “E Deus viu que era bom” é o veredito do Criador sobre a natureza.
2. A natureza não é Deus, mas uma criação dele. As religiões orientais são panteístas ou animistas, vendo o mundo como habitação das divindades ou extensões delas. No cristianismo, Deus não é a alma do mundo, mas seu criador. Foi essa “desdeificação” (Hooykaas) da natureza que permitiu que ela fosse estudada e pesquisada, como pré-condição essencial para a ciência. No panteísmo, o homem, a natureza e Deus fazem parte da mesma realidade, o que torna impossível ao homem transcender a natureza para poder analisá-la. A visão cristã da criação deu ao homem a coragem necessária para examinar a natureza sem medo de ofender os deuses.
3. No mundo os acontecimentos ocorrem de maneira confiável e regular, pois foi criado de forma ordenada, coerente e unificada por um Deus de ordem. O mundo é regido por leis naturais ordenadas e implantadas por Deus e não por forças misteriosos que escapam à nosso conhecimento. Portanto, suas manifestações são legítimas e compreensíveis. As irregularidades não devem ser consideradas como anomalias dessas forças misteriosas, mas um desafio para uma pesquisa mais profunda e a descoberta de leis que possam explicá-las. O uso da matemática na ciência reflete essa convicção de que o mundo é ordenado por leis que podem ser expressas em fórmulas. A convicção fundamental da ciência é que o mundo é ordenado. Ela é dádiva da visão cristã de que o mundo foi criado por um único Deus e não por vários deuses ambíguos, contraditórios, incoerentes e caprichosos, a partir da matéria caótica, como acreditavam algumas religiões orientais.
4. O homem foi dotado de inteligência, ao ser criado à imagem e semelhança de Deus, e portanto pode interpretar as leis do universo. De acordo com o grande estudioso da cultura chinesa Joseph Needham, a cultura chinesa não desenvolveu a ciência moderna porque os chineses não crêem numa ordem inteligível no universo e nem na capacidade da mente humana em decodificar essa ordem, caso ela existisse. Da perspectiva cristã, todavia, o homem foi criado para a glória de Deus e com a missão de conhecê-lo mais e mais pelo conhecimento da Sua criação, bem como com o propósito de dominar essa criação e usá-la em benefício do seu próximo.
Foram cientistas com essas convicções acima, no todo ou em parte, que lançaram as bases da moderna ciência, como os astrônomos Kepler e Galileu, os químicos Paracelso e Van Helmont, os físicos Newton e Boyle e os biólogos Ray, Lineu e Culvier, para citar alguns. Não estou dizendo que eles foram cristãos no sentido evangélico, mas que, no mínimo, independentemente de sua relação pessoal com Cristo, operaram a partir dos pressupostos acima mencionados, que ainda prevaleciam na cultura de sua época.
Infelizmente, a fé cristã foi mais e mais empurrada para fora da academia, que apesar disso continua a operar com o capital acumulado pelo cristianismo, a começar com aquele que é o pressuposto central da ciência, que é a existência objetiva de um mundo ordenado por leis regulares e universais. A pergunta é, por mais quanto tempo esse pressuposto continuará a manter a ciência? (N. Pearcey).
[Esse post se inspirou parcialmente no primeiro capítulo de A Alma da Ciência de Nancy Pearcey, que deverá estar na Universidade Presbiteriana Mackenzie em setembro desse ano, para palestras a comunidade acadêmica e ao grande público]
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
HOOYKAAS, Herman, A Religião e o Desenvolvimento da Ciência Moderna. Editora da UnB. 1988.
PEARCEY, Nancy, A Alma da Ciência. Editora Cultura Cristã. 2005
RUSSELL, Colin, Correntes Cruzadas. Interações entre a Ciência e a Fé. Editora Hagnos. 2004.
KUYPER, Abraham, Cavinismo. Editora Cultura Cristã. 2002.
BYL, John, Deus e Cosmos. Publicações Evangélicas Selecionadas. 2004.
O assombro da imaginação criadora
Há uma hora
19 comentários
comentáriosRev. Augustus,
ResponderMuito oportuno esta abordagem. Se não se importar, gostaria de compartilhar algo que creio estar diretamente relacionado da "guerra da ciência contra o cristianismo".
Ouvi recentemente o Dr Russell Shedd tratando sobre Ira de Deus contra a humanidade, em especial, contra o pensamento científico de hoje. Abaixo um resumo que fiz:
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RESUMO DA PREGAÇÃO DO DR RUSSELL SHEDD
Parte I
No dia dois de fevereiro, na capela da FTBB, não muitos ouvintes
aguardam, ansiosos, as palavras do ilustre doutor. [...] No entanto,
pela divina Providência, estes poucos tiverem o privilégio de terem os seus corações e mentes elevados em adoração ao nosso Deus
Criador!
[...]
Dois textos são lidos reverentemente:
Rm 1.18-23 e Tito 2.11-14.
Explica brevemente, logo após a leitura, do que estas duas passagens tratam, respectivamente:
– Revelação de Deus na Criação
– Revelação de Deus em Cristo
Após a leitura e a breve explanação dos textos, o pregador faz uma oração pedindo que as palavras da Bíblia, que foram registradas por inspiração do Espírito Santo, iluminem os corações dos presentes.
O Dr Shedd então começa a sua exposição com uma afirmação um tanto esquecida nas nossas igrejas: Deus está irado com a humanidade! Seguem-se alguns exemplos da manifestação da ira de Deus, como, segundo no seu entender, o Tsunami ou os desastres com furações nos
Estados Unidos. Ele ressaltou ainda que há diversas manifestações no mundo inteiro da ira divina. Estas manifestações culminarão, um dia, finalmente, para o Juízo Final!
O capítulo oitavo de Romanos, após alguns exemplos do cotidiano
também é apresentado como uma demonstração da revelação tanto da ira como da graça de Deus. Logo em seguida, é lançada uma pergunta:
Por quê Deus está irado? A Bíblia responde em Rm 1.18-23:
1.– A verdade é suprimida;
2.– O Homem, mesmo vendo razões para crer em Deus, suprime o
que se pode ver dEle.
3.– O Homem não glorifica a Deus
Um exemplo comum disto são dos cientistas e acadêmicos
que tem conhecimentos de certas questões que são humanamente
inexplicáveis, como no caso a manifestação de uma inteligência e de um poder criador e controlador, além das leis naturais que seguem
uma norma universal e, que mesmo assim, omitem estas questões dos
alunos.
Em seguida, a partir destes pontos acima, o pregador parte para a questão dos atributos invisíveis de Deus que são manifestos: A Sua Inteligência e o Seu Eterno Poder.
Augustus,
Responderinteressante, pois falta no meio evangélico concíliar a fé e os estudos ciêntificos, visto que não são excludentes.
Abração,
Juan
Charles,
ResponderComo sempre, Dr. Shedd tem insights geniais. Concordo com o ponto dele que muitos cientistas deliberadamente se negam a acreditar na possibilidade do transcendente quando encontram "anomalias", isto é, situações que não se encaixam dentro das explicações naturais ou não seguem o padrão das leis naturais.
Vários dos cientistas cristãos que mencionei no post acreditavam que a vida, a luz e o magnetismo não eram inerentes à matéria e à natureza, mas procediam de fora. Hoje as tentativas são mais e mais de imanentizar o sobrenatural e entender o funcionamento do mundo somente mediante leis naturais.
Havia disputa entre os próprios cristãos sobre como entender a ação de Deus no mundo. Alguns achavam que ele fazia isso mediante as leis que Ele próprio havia criado. Outros, criam num ação diária, contínua, de preservação e manutenção. Ou seja, a discussão era entre imanência e transcendência de Deus no mundo. Mas todos concordavam que Deus de alguma forma estava presente e agindo na realidade que Ele havia criado.
É uma pena que a ciência moderna expulsou o cristianismo da academia. Contudo, incoerentemente, continua a sustentar-se em cima de pressupostos que foram oriundos da visão cristã de mundo.
Um abraço.
Juan,
ResponderNossos crentes sofrem muito na universidade pela falta de preparo pessoal e das próprias igrejas evangélicas em fornecer esse preparo. Refiro-me ao conhecimento da história da relação entre fé cristã e cultura, especialmente a ciência. Os jovens, quando não são corrompidos em sua fé e enchidos de dúvidas, adotam uma posição de compartimentalizar a sua fé pessoal e o estudo científico, mantendo as duas coisas distintas para ao menos ter alguma paz no coração.
É uma pena, pois temos respostas, talvez não ainda para tudo e todos, mas com certeza podemos defender de forma acadêmica e séria o papel da fé cristã no mundo de hoje.
Um abraço.
Reverendo, é um bom texto. Quem sou eu pra julgar. rs.
ResponderAcredito que esse conflito ainda existe porque permanece a tentativa (da parte de alguns) de explicar a ciencia através da Palavra de Deus, que nao tem essa proposta.
Enquanto a Biblia for lida como um livro de ciencia, um livro de història etc... Sua proposta - religiosa - encontrarà dificuldade de ser propagada!
A falta de acentuaçao é devido ao teclado italiano! :(
Caro Rev. Augustus,
ResponderExcelente texto, e de extrema atualidade e utilidade. Deus o abençoe!
Um abraço,
Marcos Grillo
Para informar:
ResponderCriei a comunidade no Orkut:
"Leio o Blog O Tempora, O Mores!"
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=10200898
Excelente! Abre muitas portas para investigação e discussão.
ResponderAbraços!
Olá Rev Augustus,
ResponderSou ovelha do Pr Gilson Santos, e gostaria de pedir que, se possível, postasse maiores detalhes sobre a vinda de Nancy Pearce ao Mackenzie.. Estudo lá, mas há uma grande dificuldade de informação na universidade...
Abraço,
Mauricio
Rômulo,
ResponderO conflito existe, sim, a partir do momento em que os acadêmicos trocaram Deus pela natureza, atribuindo-lhe mente, vida inerente, impulso para o desenvolvimento. Deificaram a natureza, a história e o acaso. O materialismo de muitos cientistas é quase um panteísmo.
Por outro lado, mesmo que a Bíblia não seja um livro científico (leia meu post sobre inerrância da Bíblia) não podemos deixá-la de fora como fonte de revelação sobre o mundo que Deus criou. Também creio que a história bíblica tem tanto direito a ser recebida como autêntica como aquelas produzidas por historiadores condicionados por preconceitos anticristãos. E se tivermos que escolher, fico com a história bíblica.
Um abraço.
Charles,
ResponderA criação dessa comunidade só vai aumentar ainda mais nossa responsabilidade. Obrigado pela divulgação e apoio.
Norma, o assunto é de fato provocativo, especialmente no meio acadêmico. Temos esperança de que brilhantes mentes universitárias iluminadas pela graça de Deus se levantem para contribuir nessa frente!
Maurício, a Nancy Pearcey deverá estar no Mackenzie dias 13,14 e 15 de setembro, falando para a Universidade e ao público, sobre Religião e Ciência, Cristianismo na Universidade, história da Ciência, etc. Mais detalhes acadêmicos sobre ela podem ser encontrados nos links que coloquei (na verdade, foi o Mauro) no próprio post.
Um abraço e recomendações ao Pr. Gilson.
Rev. Augustus
ResponderCreio que a guerra entre cristianismo e ciência se formou no momento em que os acadêmicos cristãos tornaram-se simplesmente homens religiosos. Criamos uma separação entre teologia e outras áreas do saber. A teologia se concentrou apenas nos Templos religiosos e/ou estudada apenas nos seminários. Com isso perdemos a credibilidade e o respeito diante dos acadêmicos universitários. Por mais curso que os acadêmicos religiosos possuam, eles, na realidade, só são doutores e mestres para servir aos seus paroquianos. Agora, vamos olhar para o passado. Homens como Luthero, Calvino, e muitos puritanos eram homens da religião, porém das ciências também - eram respeitados e ninguém questionava a credibilidade. Ele eram homens das universidades, e tinham a possibilidade de moldar o conteúdo e acabeça de muitos. E hoje? Onde falhamos? Ficamos mendigando ao MEC a possibilidade de reconhecer um Curso de Teologia produzido nos seminários. Que diferença!!!
Um abraço e, se possível , responda-me.
Um abraço
Naziaseno
Nasiazeno,
ResponderConcordo que a Igreja tem parte da culpa, mas precisamos qualificar essa declaração. Primeiro, a causa não foi que os acadêmicos cristãos se tornaram religiosos somente, pois eles eram cientistas e não pastores. Segundo, sempre houve um número de acadêmicos cristãos defendendo a cosmovisão cristã em todas as épocas. Terceiro, não são todas as linhas da Igreja que percebem um conflito. Mais recentemente, foi o fundamentalismo de McIntire que se retirou da academia, fazendo da ciência a inimiga maior do cristianismo.
Acredito que a razão maior para que a parceria entre cosmovisão cristã e verdadeira ciência cessasse foi a predominância inexorável da visão naturalista e matarialista de mundo, após o Iluminismo. A Igreja falhou? Sim, mas embora quartéis dela tenham capitulado, outras permaneceram fiéis, embora em minoria, meio confusa, etc.
A separação entre a teologia e outras áreas do saber é fruto do Iluminismo e da filosofia kantiana. Contudo, desde o século 19, Abraham Kuyper já vinha clamando na Europa pela abrangência da cosmovisão cristã, incluindo todas as áreas da nossa existência. Outros filósofos como Dooyeweerd, Van Til, etc. se seguiram, mas com pouca gente ouvindo. Mais recentemente, cresce, como eu disse no post, a consciência da não beligerância entre cristianismo e ciência.
Quando homens como Calvino e Lutero viveram, não havia o conceito de separação entre Igreja e Estado. A situação hoje é um pouco diferente, a Igreja tem que viver num Estado laico que toma para si o direito de validar e acreditar a educação feita em seu domínio, mesmo aquela feita por instituições religiosas.
A Reforma nunca aconteceu no Brasil. Vivemos num Estado laico (embora dominado pelo Catolicismo). Até pouco tempo, os protestantes eram um punhado insignificante no Brasil. Dê-nos um pouco mais de tempo e um desconto na hora de comparar nossa situação com aquela da Europa à época da Reforma.
Parabéns pelo comentário inteligente. Tenho recusado vários comentários que simplesmente estão recheados de sarcasmos e ironias e sem nenhuma argumentação inteligente.
Um abraço.
Rev. Augustus
ResponderObrigado pelo resposta que se configurou numa verdadeira aula. A cada dia fico mais impressionado com a sua capacidade de produzir teologia de forma clara. Somos ricamente abençoados com o seu ministério. Em relação ao que escrevi, em síntese, creio a Igreja prepara acadêmicos para a Igreja. Antes, segundo o ideal da Reforma, os pastores eram preparados não apenas para a Igreja, mas para a sociedade na qual estavam inseridos. Veja o seguinte exemplo: convidamos o irmão Adauto Lourenço para ministrar palestras na minha igreja local. Levamos o referido irmão, também, para a Universidade Federal. Qual o resultado? Universitários, não evangélicos, começaram a frequentar a nossa Igreja com questionamentos que vão além do que aprendemos no Seminários. Nesse situação, digo por mim, percebi a minha falta de prepara para fornecer respostas a perguntas que estão palpitando no momento. É mais ou menos por aí... O téologo que não sabe responder a indagações do seu tempo está fora do ar. Graças a Deus temos teólogos preparados como o senhor. Um abraço
NaZiaSeno
Rev Augustus,
ResponderRealmente é um tema muito interessante e relevante. No meio acadêmico isso é uma constante. E é com subsídios assim que temos como dar a razão da esperança que nós temos quando nos questionam.
Sei que isso tudo é muito complexo, é quase que uma contradição para muitos. Mas eu vejo que a ciência, se for ser coerente, deve muito ao cristianismo, pois a ciência moderna sirgiu em países de tradição reformada, que tinham o espírito da Reforma Protestante.
E os cientistas iam com o seguinte em mente: se Deus é o legislador e temos leis para as nossas vidas, na natureza também deve haver leis. E iam para descobrí-las
Abraços,
Juliana
Ola Rev. Augustus
ResponderJa li algumas vezes o seu post para absorver o mais infimo detalhe, mas gostaria de dizer que os comments sao tao brilhantes quanto o matrix em si.
Pessoas como o Charles Grimm, Isaias Lobao, entre outros acrescentam enormemente, detalhes enriquecedores ao tema, neste aqui, em particular, gostaria de dizer que admirei muito o Nasiaseno, mais ate pela sua "dica" de praticar a educacao crista num ambito mais amplo, quando ele convidou o Adauto Lourenco para fazer palestras na universidade. Sensacional!!!
Eu acredito que uma "outra reforma" esta a caminho, nao sera facil, como nao foi a primeira, mas podemos ter a esperanca do bom resultado, para nos e para nossos descendentes...
Rev. Augustus Deus continue a te abencoar e a manifestar a Sua graca atravez da tua vida. Que o Senhor Jesus seja sempre glorificado na sua vida e nas nossas vidas.
Joh 3:30 "É necessário que ele cresça e que eu diminua."
Obs.: Estejamos orando pela Norma, os ataques sao baixos e nos ferem com a explicita intencao de nos matar. Deus tem levantado aquela voz como atalaia no meio de um povo onde muitos sao corrompidos e nao querem ouvir a verdade.Louvado seja o nosso Deus pela vida da Norma Braga.
Nasiazeno, Juliana e Wilson Bento,
ResponderAgradeço os comentários de vocês. A relação entre Cristianismo e Ciência tem potencial para provocar reflexões das mais profundas. Mexe com um monte de coisas que geralmente permanecem intocadas na agenda dos evangélicos, como bem disse Nasiazeno. O alvo de nosso blog é exatamente despertar esses assuntos. Infelizmente não há como fazer um follow-up completo de tudo o que colocamos aqui, pela própria natureza do blog. Mas, queremos semear. Semear boa semente. E eu sei que uma parte dela tem caido em terreno fértil.
Sobre os ataques contra a Norma, só tenho a lamentar. Também oro por ela. Mas não me surpreendo. A estratégia de quem não tem argumentos é o insulto, o sarcasmo, a ironia e a disfarçatez.
Um abraço.
Obrigada, Wilson, pela lembrança da oração, e a todos que têm orado por mim.
ResponderOs ataques têm sido pesados, porém bem mais dolorosos foram os que vieram de pessoas de meu círculo de amizades. Foi um turbilhão todo de uma vez. Mas, graças a Deus, foi-me providenciado consolo.
Quanto àquele pessoal do Orkut, consegui contornar a situação e estou lá debatendo amigavelmente com eles. :-) Acabou sendo uma experiência interessante.
Mas orem por mim, pois o diabo deve estar pensando agora: quem será o próximo para eu usar contra a Norma? Pois isso tudo veio de uma vez só!
Deus sabe o quanto sou sensível a essas coisas, mas esses acontecimentos servem para nos mostrar que Ele tem nos fortalecido, quando percebemos que não reagimos tão mal quanto imaginávamos.
Abraços e muito obrigada!
Olá,
ResponderLembro-me de uma aula de Ciências quando eu tinha uns 11 anos(lá em Portugal), que a professora explicando a teoria da evolução, criou em mim uma certa indignação e ira(não sei bem se estes sentimentos são antagônicos). Nesse momento eu interrompi e decidi reagir com a explicação simples ao meu modo da iniciativa de Deus em criar todas as coisas. O que aconteceu naquele momento foi algo extraordinário, sem saber, eu estava em pé argumentando com toda a firmeza aquilo que para mim estava bem claro,a Criação de Deus. O resultado disso foi o silêncio da professora e a alegria dos alunos e a falta de coragem dela para continuar a aula. Ela simplesmente me chamou na frente e me deu aquela aula.
É claro que nem sempre as coisas correm desta forma. Mas uma coisa eu sei,"O deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos..." e cabe a nós com ajuda do Espírito abrir esses olhos.
O cristianismo bíblico sempre esteve do lado de fora dos grandes debates científicos e mesmos os intelectuais cristãos(nem todos claro)que muitas vezes aparecem fazem-no por interesses pessoais.
Calvino uma vez disse dos filòsofos e eu creio em parte também desses criadores fantásticos que são os cientistas, que eles se encontram num campo aberto numa noite de densas trevas em meio a relâmpagos e trovões e quando um relâmpago se dá, eles vislumbram algo que eles não sabem explicar.