É um assunto sensível e delicado, mas acho que devo escrever sobre ele. É o caso de pastores que acabam ficando conhecidos, não pelas novas igrejas que abriram, mas pelas igrejas que sepultaram. A mão deles, ao sair das igrejas, quase sempre foi aquela que fechou os olhos do pobre cadáver eclesiástico.
Soube que os colegas de um desses, na gozação, haviam decidido entregar-lhe “a pá de ouro”, quando finalmente se jubilou para alívio de todos... (qué malos!) Os pastores com o ministério do “esvaziamento bíblico” são um problema para suas denominações, que ficam sem saber o que fazer com eles, após terem criado problemas em praticamente todas as igrejas por onde passaram. O pior é quando um pastor desses acaba obtendo algum poder político no âmbito da denominação, o que torna ainda mais difícil achar uma solução.
E que solução haveria para os pastores que têm um histórico crônico de problemas nas igrejas por onde passaram? Acho que se deve, em primeiro lugar, dar um crédito de bona fide. Será que o problema é realmente o pastor ou os conselhos e igrejas por onde, por azar, andou pastoreando? (há, de fato, conselhos, consistórios ou mesas diretoras conhecidos por trucidarem pastores. Mas, isso é assunto de outro post...)
Descontado este crédito, fica evidente que tem gente que errou na escolha do ministério pastoral como sua missão no mundo. Talvez esse engano não foi intencional. O zelo e o ardor de servir a Deus e de viver em contato com sua Palavra e a sua obra fazem com que muitos jovens cristãos, cheios de amor ao Senhor, busquem o pastorado como a maneira prática de realizar seus sonhos espirituais. A esses, muito pouco tenho a dizer, senão que podemos ser espirituais, zelosos por Deus, amantes de Sua Palavra e de sua obra em qualquer outro lugar além do púlpito. Há cristãos zelosos e sinceros que sinceramente erraram na vocação. Há também aqueles que viram o pastorado como meio de vida, ou que ficaram fascinados pelo prestígio que o púlpito e o microfone na mão parecem conferir aos que chegam lá. O pastorado exige mais que desejos profundos de santidade e paixão pelas almas perdidas. E obviamente, nunca será eficazmente desempenhado por quem entrou por motivos baixos.
Pastores com dom de fechar igrejas acabam se tornando um problema para todo mundo, especialmente quando eles vêm com um defeito de fábrica: a falta do “mancômetro”, um instrumento extremamente necessário para o ministério pastoral, que avisa quando está na hora de sair. Pastores sem mancômetro não conseguem perceber aquilo que todo mundo fica com receio de dizer-lhe abertamente: que de pastor mesmo, ele tem pouco ou nada. E que a melhor coisa que ele deveria fazer, era pedir para sair, e sair silenciosamente, sem fazer muito barulho.
Não posso deixar de admirar pastores que após algum tempo de ministério voluntariamente pedem para sair, ao perceber que cometeram um erro ao entrar. Conheci uns três ou quatro que fizeram isso, apesar de só me lembrar do nome de um deles. Tenho certeza que uma atitude dessas por parte de irmãos com o dom de enterrar igrejas agradaria ao Senhor. A ponto dele abrir-lhes portas para ganharem a vida de uma forma realmente digna e decente. Lembro-me da oração de meu sogro, o Rev. Francisco Leonardo, quando era reitor do Seminário Presbiteriano do Norte: “Senhor, manda para o seminário os verdadeiros vocacionados e coloca para fora os que não são”. Se mais diretores de seminários e conselhos de igrejas fizessem esse tipo de oração com mais freqüência, teríamos que entregar menos “pás de ouro” nos concílios.
19 comentários
comentáriosDr. Augustus,
ResponderMuito interessante seu post, como sempre desafiador.
Este tema é muito importante e delicado, pois determinar por só por contingencias e ciscusntancias exteriores a vocaçao de alguém é complicado, o que, claramente, o senhor nao o fez.
A titulo de reflexão: será que o relatório pastoral de Jeremias seria aplaudido por algum presbiterio? E o de Jesus? Discipulou doze pessoas, um o traiu, o outro o negou e os demais fugiram quando da sua via crucis.
Um gande abraço Rev. Augustus.
Rev. Fábio Bezerra
Fábio,
ResponderAcho que estamos falando de casos diferentes. Jeremias e Jesus ministraram à Igreja em períodos quando ela já estava com o pé na cova. Eles não a sepultaram.
Meu post é sobre pastores que esmagam a cana partida e apagam a torcida que fumega. Que matam a Igreja à mingua. Pastores cujo ministério é de encher as igrejas dos outros, que conseguem afugentar os irmãos que partem em busca de pastos verdejantes em outro lugar.
Acho que Jeremias e o Senhor não se encaixam nessa descrição.
Abraços.
Dr. Augustos, o irmão acertou em cheio na sua análise, penso até que o irmão está falando de alguém que eu conheço, bem aqui na minha região e que exerce cargo de liderança no presbitério.
ResponderA sua análise é o retrato fiel de muita gente que eu conheço.
Eu diria que o nome do instrumento não é "mancômetro", mas sim, "simancol".
Abraços,
Pr. João d'Eça
Caro Dr. Augustus
ResponderMuito pertinente seu texto. Muitos presbitérios, principalmente nos grandes centros, não sabem o que fazer com os ministros encostados, aqueles que nunhuma igreja os quer. O mais triste ainda é o destino que é dado a eles. São maus pastores, mataram igrejas mas subtamente se sentem chamados à política eclesiástica, ou às missões ou ainda à academia (não que todos os que ocupam tais posições se enquadrem nisso!). Creio que em nível de dificuldade, nada supera o trato com irmãos. Me recordo da narrativa de Paulo a respeito de sua abnegação; apesar de tantos perigos e dificuldades, o único ítem nomeado como um peso diário foi "a preocupação com todas as igrejas".
Aliás... isso é mais um diferencial dos conservadores em relação aos liberais: nunca ví um conservador acadêmico fugir do envolvimento ou das responsabilidades eclesiásticas ao passo que os liberais, quando muito, são meros expectadores de igrejas...
Me parece que somente a boa teologia revela o verdadeiro sentido da vocação; sem ela, tanto faz ser um liberal ou um conservador somente na liturgia. Parabéns pela pertinência e coragem em abordar esse espinho na carne da nossa igreja.
Rev. Fernando de Almeida
Rev: Creio que estes irmãos sofrem muito por estarem no lugar errado, suas famílias são destruidas. Penso ser nobre, reconhecer o erro e deixar o ministério, só é ruim que os antigos companheiros o exponha ao ridículo ou simplesmente ignorem que ele necessita começar de novo, e a igreja pode e deve apoiar tal ato de coragem.
ResponderAugustus,
ResponderEsse tema dá mais assunto que caixa preta de avião...
A conversa está normalmente envolta em material indestrutível e só é aberta em caso de acidente sério, com vítimas.
Eu costumo dizer que um dos papéis de presbitérios ou concílios responsáveis pela ordenação de pastores é o de descobrir a diferença entre 'vocação' e 'invocação'. Tem gente que é invocada de que vai ser pastor... e não tem quem tira isto da cabeça dela. Enche tanto, que acabam cedendo e ordenando. É dai que vem os mais famosos "pás de ouro".
Minha observação, tendo sido um dos responsáveis pelo exame de vários candidatos, como relator de comissão para tal, é que muitas vezes falta a coragem de frear o 'invocado', o que seria muito melhor para ele e para a igreja.
Pastores, vejam bem quem estão ordenando. No futuro estarão ao seu lado nos concílios de vossas igrejas.
abs
Mauro
PS. alguns 'pás de ouro' são duros na ordenação de outros pastores. A competência os incomoda profundamente.
Augustus,
Respondervocê acertou na mosca do alvo de toda problemática: a vocação pastoral.
É certo que nunca deixaremos de ter os judas, mas eles podem ser reduzidos.
Dá para o candidato ao ministério enganar o pastor, o Conselho, o presbitério quanto à sua vocação porque a convivência é pequena. Mas não dá para enganar o Deão no Seminário quando o acompanha como pessoa e aluno.
Sem querer ignorar outras causas, penso que nossa atual crise evangélica se dá por conta das vocações.
abs
Franklin
Cada vez que envio um comentário para você, penso: esse será o último. Mas, ai você escreve, eu leio e não resisto.
ResponderPara entender seu argumento precisaria de uma definição de "vocacionado".
Tenho, também, uma perguntinha: Pastores saem porque são "pás de ouro" ou as igrejas, algumas claro, seriam túmulos de prata?
Só isso, por enquanto. Obrigado.
Amigos,
ResponderAgradeço a todos que colocaram comentários. O assunto é realmente provocador e em alguns casos, trata diretamente com algumas situações que alguém entre nós estará vivendo.
Quero concordar com o Custódio quando disse que devemos ter misericórdia com aqueles que erraram na vocação. De fato, não devemos tripudiar sobre eles e nem escarnecer deles, mas pastoralmente e gentilmente mostrar-lhes a porta de saída.
A pergunta do Lou é extremamente importante, e não sei se vai dar para responder num breve comentário. Geralmente entendemos por "vocacionada" aquela pessoa que tem um chamado de Deus para o ministério pastoral, chamado este que se manifesta externamente pelos dons, aptidões e virtudes necessárias à função, pelas motivações corretas para se desejar entrar no pastorado, e já pelas evidências expostas em sua vida cristã antes de ser pastor, tais como paixão evangelística, cuidado para com as pessoas, zelo pela verdade bíblica, aptidão para pregar e ensinar, a habilidade para lidar com conflitos, etc. Creio que todas estas coisas são equipamento de série, os seminários não proporcionam estas coisas, apenas dão ferramentas para que o futuro pastor desenvolva melhor o seu ministério.
Aquela sua última pergunta é fatal! De fato, há igrejas que são "túmulos de prata," conhecidas por detonar o ministério de bons pastores que tiveram o azar de caírem suas garras. Talvez num outro post eu fale dos presbíteros e diáconos que são "donos de igreja". Quando se junta um pastor coveiro com presbítero dono de igreja, tá feita a confusão.
Um abraço a todos.
Olá Nicodemus
ResponderAcredito que muitos pastores hoje infelizmente não possuem vocação e erram tb em pontos básicos como: intolerância, imaturidade, arrogância, dentre outros....
Mas o que eu vejo que hoje em dia é muito dificil você se dedicar a sua vida secular sem acabar prejudicando sua vida espiritual. E muitos se tornam pastores com vista a se dedicar totalmente a vida espiritual, ajudar pessoas. Ou mesmo como uma alternativa ao desemprego.
Mas no dia a dia acabam se perdendo nas igreja e vendo o quanto é dificil...fora que muitos seminários não ensinam a ser pastores de pessoas...ensinam uma teologia que acabam com a biblia e nem ao menos ensinam como lidar com as dificuldades de relacionamento, pecados, aconselhamento...
A pergunta é ampla mas acho que pode ser facilmente resumida: Como então saber que é vocacionado? Porque alguns pastores conseguem atrair e ajudar pessoas não pela sua magia de palco mas pelo seu teor profundo, biblico e existencial das pregações e em ajudar as pessoas.
Hoje eu vejo o quanto é dificil ser pastor: lidar com membros de igreja, brigas, morbidez, cansaço, desmotivação, mesmice...
Abraços
JP
Rev. Augustus,
ResponderSabe, é complicado esse tema ainda mais porque a IPB está inflada de pastores.
Infelizmente os conselhos e os presbitérios falharam em mandar "qualquer candidato". Não que ele seja um desvairado, mas que não houve um exame minucioso e sério sobre estes o que acarretou em uma demanda muito grande em pouco tempo.
Não querendo mostrar vantagem, mas para um rapaz (como no meu caso) entrar no seminário pelo meu presbitério (Alto Tietê) ele deve antes ter um ano de experiência pelo conselho da igreja, mais um ano pelo presbitério e depois de aprovado por ambos e pela igreja ele faz o vestibular (no caso o do JMC) e se passar pode então entrar no seminário e, logicamente, depois de formado exercerá o pastorado.
Creio que um pouco mais de exigência na aprovação do candidato o faria repensar antes de assumir uma vida tão cheia de responsabilidades.
Abraços
Prezado prof. Augustus,
Responderrealmente tenho sentido muito falta de refletir em assuntos mais práticos como este. Por isso muitas vezes, esse blog tem sido um refrigério para mim.
Acredito que o questionamento central que o senhor faz, também tem sido feito por muitas comunidades coreanas. Comunidades essas que inegavelmente absorvem muito do moderno evangelicalismo americano.
Recentemente um reconhecido pastor coreano, durante um congresso para pastores, fez uma afirmação contundente. Ele disse: "aqueles que não tem o dom pastoral, que inclue pregação e ensino, devem desistir de buscar uma posição nesta área. Se você não tem o dom, desista agora de ser pastor e busque outra onde você possa servir sem que você e a igreja sofra".
Concordo com isso, pois muitos esquecem que a aptidão para o ministério pastoral começa com a capacitação vinda do próprio Senhor da seara. Infelizmente nós confundimos vontade de servir com capacidade para servir.
A minha dúvida é se (biblicamente) existe também o outro lado da moeda. Aqueles que tem facilidade em ensinar e são incapazes de servir no pastorado por não terem o dom.
Bem, vou terminando por aqui e parece que na Coréia alguém está enxergando alguma coisa, por favor corrija-me se estiver errado.
Abraços a todos!!!
Pr. Augustus,
ResponderExcelente artigo. Precisamos ser chamados à atenção sobre o que, atualmente, está acontecendo em muitas igrejas: crise de vocação.E tudo piora quando o pastor não vocacionado é carismático (no sentido de atrair pessoas pela personalidade cativante). O senhor falou sobre o bi-vocacionado. Gostaria de saber sobre o pastor que exerce outra atividade. Até que ponto isso é válido, e quando começa a ser problemático. Pela doutrina da Esfera da soberania cada pessoa é chamada por Deus para fazer apenas uma determinada tarefa e ficar apenas nela. E aí? Como fica o pastor?
Paulo de Tarso
Reverendo
ResponderO senhor passou por alto no tema "bi-vocação". Seria possível algumas palavras (ou quem sabe, um post) sobre o assunto?
Abraços
José Eduardo
Rev Augustus:
ResponderObrigado pelo post e o convite à reflexao.
Creio que é pertinente aqui falar uma coisa que tem me chamado muito a atencao neste últimos anos: uma espécie de clericalismo (ou tendência clericalista) que há no seio de nossas igrejas. Realmente o senhor vem confirmar uma coisa que há muito tempo eu penso: quem tem zêlo evangelístico, amor pela Palavra de Deus e um coracao disposto a estender o Reino de Deus nao importando o custo, nao tem que necessariamente entrar no pastorado ou nas missoes transculturais! Como seria bom ver mais médicos, engenheiros, professores de escolas e universidades, funcionários públicos (deputados, senadores...), etc. que tem as características descritas acima! Provavelmente a América Latina seria outra... e talvez nao se sepultariam tantas igrejas também. Mas a mentalidade católico-romana parece que ainda está forte até nos protestantes reformados, já que se alguém comeca a se destacar na igreja pelo seu amor a Deus, a primeira coisa que fazemos é falar pra essa pessoa que ela deveria entrar no seminário (para os romanistas a vocacao divina é só para quem vai ser padre, freira ou "leigo-consagrado")... creio que precisamos aprender a doutrina reformada da vocacao, a qual ensina que servimos a Deus no mundo nao só na igreja (de fato nao temos essa distincao entre sagrado e secular que os católicos fazem). O mundo está na sua totalidade sob a soberania de Cristo e qualquer cristao que estiver envolvido na tarefa de submeter a Cristo alguma área do trabalho ou do pensamento humano está exercendo uma vocacao santa, nao importando a esfera na qual ele esteja agindo!
Passando a um tema relacionado:
Ao prezado irmao Paulo eu gostaria de lembrar que a doutrina da Soberania das Esferas nao implica que uma pessoa só pode se dedicar a uma esfera e nao a outra. A idéia da soberania das esferas, precisamente ensina o contrário: embora as esferas sejam claramente diferenciadas, todas elas estao no seu âmago unidas, pois o soberano sobre todas elas é o mesmo Deus: Jesus Cristo. O que sim ensina a soberania das esferas é que cada esfera tem sua própria teonomia diferenciada, mas que sempre nos movemos em todas elas, estejamos concientes disto ou nao (um pastor é também cidadao do seu país, esposo, pai e consumidor no mercado... por exemplo). Os princípios da boa arte e da beleza nao sao os mesmos que os do comércio bem-sucedido e da economia pois pertencem a esferas distintas, porém, as esferas estao sempre em conexao uma com a outra e nao podemos, motivados pelo ânimo de diferenciá-las, cair no extremo de divorciá-las... isto seria (na linguagem de Dooyeweerd) um "reducionismo". Lembrando o que Dooyeweerd ensinava: as distintas esferas sao aspectos de uma realidade única que é espiritual e religiosa, pois em todas as esferas ou estamos servindo a Deus ou estamos sendo reducionistas (como, por exemplo, a ciência naturalista) e cometendo assim um ato de idolatria. A raiz religiosa básica da existência fragmenta-se em diversas esferas na criacao, assim como a luz branca manifesta a diversidade de cores ao passar por um prisma.
Precisamente por isso precisamos mais crentes envolvidos no ministério a tempo integral... mas quais ministérios? O ministério da medicina e cuidado de enfermos! O ministério da pesquisa científica! O ministério do servico público! O ministério do comércio e da geracao de empregos! O ministério da arte e da estética! Ah! e quase estava esquecendo: o ministério da pregacao da Palavra também!
Abracos!
Rev. Jonathan
O Rev. Mauro Meister disse: "alguns 'pás de ouro' são duros na ordenação de outros pastores. A competência os incomoda profundamente."
ResponderEu vou além e afirmo que muitos 'pás de ouro' no lidar com alguns pastores jovens em suas igrejas, com exceções, sentem-se ameaçados e promovem situações de conflitos que colocam em risco a continuidade desse pastores em inicio de carreira.
Querido Pastor Augustus,
ResponderQuero parabenizá-lo pelo post, esse assunto é extremamente pertinente e tenho certeza que poucas pessoas não teriam algo para contar. Conheço alguns exemplos desses, pastores que não medem esforços para alcançar seus objetivos, mesmo que seja preciso passar por cima dos outros, quebrar a igreja e até mostrar quem manda na porrada. Fico triste (que nesses casos) os nossos concílios mais parecem uma casa legislativa, quem tem a maioria ( e eles sempre tem sua “turminha”) manda e faz tudo o que quer, desde que não seja ilegal ou neste caso até que alguém denuncie. Felizmente ainda temos esperança, homens colocados por Deus que mesmo correndo o risco de serem perseguidos dentro e fora da igreja (acreditem muitos fazem isso) continuam lutando. Que Deus tenha misericórdia desses e da nossa Igreja.
Um abraço,
Carlos Morais
Um pastor auxiliar,
ResponderQuero parabenizar pelo artigo. Sem duvida e um assunto que deveria ser pregado e ensinado exaustivamente em nossas reunioes de presbiterios.
Penso que um grande gerador desse tipo de pastor, muitas vezes nao e so o engano quanto a ter sido vocacionado ou nao. Mas muitas vezes pastores vocacionados enterram igrejas por
motivos:
1- expectativa errada do ministerio. muitas vezes se esta no ministerio esperando receber coisas da igreja que a igreja pode nunca vir dar como, obediencia cega:" Eu sou o pastor da igreja faca assim "; Outras vezes se espera honra e admiracao demasiada; Hora se espera que todos reconhecam a perola valiosa que o Pr e.
o engracado e que esses tipos de expectativas sao satisfeitas nos primeiros meses de ministerio na igreja local,mas com o passar do tempo podem esfriar e ai gera o grande problema de alguns pastores vocacionados que e uma boa iniciativa e uma pessima "acabativa". Comecam como herois terminam como viloes.
2- O segundo motivo que pode levar pastores mesmo vocacionados a esse erro e o estar na denominacao que lhe da mais seguranca e nao com a que ele se adapta. Isso acontece muito no nosso meio presbiteriano onde a denominacao historica oferece seguranca por isso muitos pastores concervam seu presbiterianismo, mas nao suportam o poder compartilhado. Resultado? A estadia deles e sempre conturbada, uma verdadeira guerra entre pastor e presbitero, presbiterio e etc...
Aqui cabe a famosa frase: "Cada um veste a roupa que lhe cabe" Ou talvez :" Incomodado que se mude".
Pr Augustus,mais uma vez parabenz pelo comentario e so queria adicionar isso; Que muitas vezes nao sao so os nao vocacionados que causam isso, mas tambem os vocacionados sem visao. E com Esses eu pergunto ao sr:Oque fazer com eles e como trata-los????????
O pastor presbiteriano Gilbert Tennent pregou em 1740 um sermão intitulado de “Os Perigos de um ministério não convertido” um dos personagens do sermão foi o famigerado Judas Iscariotes, modelo maior de alguém não convertido no ministério. Porém quem escolheu Judas para o ministério? Deus seria a resposta correta. Porque tal escolha? Porque assim como Ciro no AT Judas seria o mau como instrumento do bem maior, o bem que entendemos revelado na história da redenção (Gn 50.20). Acredito que não devemos isentar os “pá de ouro” das suas responsabilidades ao entrar erroneamente no ministério sagrado, pois seria puro fatalismo atribuir a Deus nossas responsabilidades ao interagir com a vida em geral, e, com o ministério em particular. No entanto devemos reconhecer que “Pás de Ouro”, traidores, não regenerados, incompetentes e afins tem o seu lugar na história da salvação, e, são por Deus usados para que tudo redunde em glória para Ele o próprio Deus. Devemos lembrar que os nossos olhos podem ver apenas parte do todo, enquanto Deus a tudo pode ver e a tudo julga conforme critérios que não são os nossos, a eternidade mostrará com clareza o quanto “pás de ouro” cada um de nós fomos.
ResponderRev. Helce Pimentel Pereira.