Gostaria de dar um tratamento resumido sobre o relacionamento da fé cristã com algumas áreas do conhecimento humano. Isso, obviamente, não tem qualquer pretensão de esgotar a questão - meramente arranhamos a superfície. [1]
Matemática
Deus é trino – uma trindade. Ele é, igualmente, um único Deus. Nisso entendemos porque temos tanto unidade como diversidade na criação. Podemos ver nisso uma base para unidade e diferenciação na matemática.
A Bíblia nos ensina que o criador é Deus de ordem (1 Co 14.33 – “... Deus não é Deus de confusão...”). Quando estudamos o universo, criação de Deus, verificamos a ordem matemática das estruturas. A criação é governada por leis matemáticas, por seqüências lógicas (Sl. 19.1-2), que refletem o caráter daquele que a formou. Muitas leis da criação são definidas em termos da matemática. Observamos uma precisão maravilhosa na natureza e na física. Isso deve nos levar a exaltar a pessoa de Deus, constatando que essa precisão só é possível porque emana dela.
Os princípios matemáticos não variam; as fórmulas e equações demonstram coerência a toda prova. A matemática é, portanto, uma ferramenta básica ao estudo da obra criativa de Deus. A matemática nos auxilia a descobrir as leis físicas da criação e os modelos nela colocados por Deus. É impossível, para nós, entendermos a criação divina, sem a dádiva da matemática. Sem ela não teríamos como medir o mundo de Deus. A matemática é uma das ferramentas que Deus deu ao homem para que ele exercesse o seu domínio sobre a criação (Gn 1.28). Todos os campos de conhecimento demandam planejamento, cálculo de percurso e avaliação de resultados – no sentido de que as responsabilidades recebidas de Deus sejam bem desempenhadas. A matemática tem papel fundamental, quer seja em negócios, engenharia, arte, ciências, governo, economia, etc.
O estudante cristão, ao dominar a matemática, está contribuindo para o avanço do Reino de Deus, na terra, quando exercita esse conhecimento para a glória dele e se empenha no cumprimento do mandato cultural, de dominar a terra e sujeitá-la, recebido no início da criação.
Ciência
Ciência é o estudo próprio da criação de Deus. Os fatos da criação somente podem ser entendidos apropriadamente, quando olhados através das lentes das Escrituras. A Palavra de Deus nos ensina que a questão das origens, mesmo se constituindo uma base para ciências, é, acima de tudo, uma questão de fé, de pressupostos, de postulados. Hb 11.3, ensina: “Pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus; de modo que o visível não foi feito daquilo que se vê”. Mas quando a ciência, os fenômenos observáveis da criação, são estudados partindo da informação Bíblica de que Deus é o criador, tudo adquire sentido, coerência e forma.
O estudo das ciências revela a glória de Deus (Sl 19.1), o poder de Deus, a beleza da obra de suas mãos e a arquitetura, com similaridades, nas suas criaturas – indicando procedência criativa de um ser todo-poderoso, pensante. A criação foi efetivada pela sabedoria divina e o homem é parte dela, tendo sido chamado a subjugá-la para a glória de Deus. Ainda no Jardim do Édem, Deus assinalou ao homem a tarefa de regência sobre os animais e plantas, na guarda da terra. Sob a autoridade de Deus, ele deveria cultivar a terra, cuidar dela e desenvolver cada aspecto do conhecimento sobre esta mesma terra, para a glória de Deus. Certamente o conhecimento das ciências esteve presente em Adão, para o cultivo da flora e classificação da fauna.
Para que dominemos a terra, como Deus nos comanda, temos de adquirir o conhecimento científico sistematizado e organizado. Pelo estudo tanto das leis físicas como das demais criaturas, aqueles que assim o fazem na compreensão de que procedem de Deus, aprendem a utilizar esse conhecimento segundo os preceitos de Deus. Cada nova descoberta sobre o mundo e o universo criado por Deus, deve levar ao reconhecimento de que Jeová é único. Deve levar, igualmente, a um cuidado maior por essa criação divina. Para que isso ocorra, o estudo da ciência tem que estar subordinado à Palavra de Deus. Não é que a Bíblia virá suprir a todo o conhecimento necessário nesses campos, mas a criação nunca deve ser vista como algo que é independente do seu criador.
O cristão, e a cosmovisão cristã, vêem a criação como impossível de ser estudada – em coerência e verdade – sem considerações ao papel fundamental da pessoa de Deus (na criação e manutenção dela) e sem que sejam traçados os elos, de propósito e utilidade, aos preceitos das Escrituras. Quando essa conexão se faz ausente, caímos na falsa ciência (1 Tm 6.20) e na cosmovisão evolucionista que domina os círculos intelectuais contemporâneos descrentes, chegando a influenciar fortemente e confundir aos próprios cristãos.
Saúde
O propósito do estudo da saúde e da educação física é o cuidado dos nossos corpos para a glória de Deus. Essa perspectiva da cosmovisão cristã difere da compreensão contemporânea do chamado “culto do corpo”. Somente Deus é para ser cultuado e o fazemos com nossas mentes e corpos. Um corpo saudável nos possibilita o serviço diligente à causa do mestre e realizar os deveres que nos são comandados. Assim, os princípios de termos dietas saudáveis, o exercício sistemático, o descanso apropriado – são todas áreas de ênfase, nesta esfera de conhecimento, para que nossa saúde se mantenha em excelência, para a glória de Deus. Devido ao pecado as pessoas têm a tendência à preguiça e indolência. O exercício físico e os esportes, combinados com a santificação do caráter interno, condicionam o corpo ao comando da mente; encorajam o desenvolvimento da auto-disciplina.
A participação em competições encoraja as pessoas a se manterem dentro das regras estabelecidas e a aceitarem o direcionamento de pessoas em posição de autoridade, bem como ao trabalho em grupo e ao desenvolvimento das habilidades, pela prática constante. Praticadas sob princípios cristãos de comportamento, as competições esportivas ensinam a manifestar graça tanto na vitória como na derrota. Na cosmovisão cristã, as atividades relacionadas com a saúde e educação física, nunca são um fim em si, nem se sobrepõem a outros deveres humanos, mas são áreas que compõem e servem de base ao desenvolvimento de uma vida de serviço a Deus.
Geografia
Para que o homem exerça o domínio sobre a terra, como Deus comanda, ele necessita ter um conhecimento prático de geografia. Nesse estudo ele deve levar em consideração os dados da Palavra de Deus, bem como os relatos históricos do grande cataclismo que foi o dilúvio e seus efeitos sobre a aparência e configuração da terra. Ignorar este evento e suas implicações, é o caminho seguido pelos eruditos descrentes contemporâneos, mas as conclusões a que chegam divergem consideravelmente da realidade e veracidade à qual pode chegar aquele que possui uma cosmovisão cristã.
Aprendemos nas escrituras, igualmente, a origem das nações, no incidente da Torre de Babel. Considerando esse fato, o estudo terá um direcionamento mais adequado. O estudo da geografia possibilitará entender como as diferentes configurações, climas, limites e recursos afetam a vida e a economia das nações. Em uma cosmovisão cristã, estaremos vendo Deus como regente da história e das nações operando o seu plano soberano de forma linear, na terra. O estudo da geografia também nos possibilita o acompanhamento do avanço do Reino de Deus, na terra, e como podemos nos empenhar ao avanço das missões a cada terra e nação.
História
A Bíblia revela, claramente, que Deus é Senhor da história. Ele governa os povos e nações por intermédio de sua providência. Ele age tanto direta, como indiretamente na história, derramando bênçãos e executando julgamentos sobre a terra (Dt 28). A Palavra de Deus registra profecias e muitas dessas já foram cumpridas, demonstrando que não somente a história foi planejada por Deus, mas se desenrola de acordo com o seu propósito. Todos os aspectos da história (antiga, medieval, moderna e contemporânea) devem ser vistos como a regência soberana de Deus sobre os atos dos homens, na terra. Tantos os indivíduos como as nações devem prestar contas a Deus. A história e os atos de Deus, nela, nos ensinam a viver o presente.
Estudar a história, sem a perspectiva da cosmovisão cristã, leva a um conceito errôneo de que as seqüências de eventos são aleatórias e sem propósito. Deus se entrelaça com a história da forma mais intensa. Não somente regendo-a de forma transcendente, mas interagindo poderosamente com ela, em Cristo Jesus. Esse é o ponto chave da criação. Um estudo da história que considere a vinda e vida de Cristo apenas um pequeno incidente a ser (imperfeitamente) relatado, é um estudo distorcido e inconseqüente. O fato da queda, é histórico, e também um ponto chave na compreensão dos incidentes históricos subseqüentes, da maldade humana motivadora das guerras e dissensões, bem como na necessidade do Messias redentor.
A teologia verdadeiramente relacional, é a reformada, que apresenta o Deus soberano verdadeiramente se relacionando com a sua criação. História é o registro desses relacionamentos. O plano de Deus é convergir todas as coisas em Cristo (Ef 1.10). A história tem, conseqüentemente, um propósito. O seu significado e interpretação se acham na compreensão de Cristo.
História é mais do que uma crônica de nomes, datas, lugares e eventos. História é o estudo da moral e do pacto feito entre Deus e o homem. Todos os eventos anteriores à crucificação, levam a ela e apontam a ela. Todos os subseqüentes, levam à vitória final, profetizada e à exaltação de Cristo. O estudo da história, sob a cosmovisão cristã, revelará as tentativas fúteis de homens que procuraram estabelecer o reino dos homens, em vez de procurarem o Reino de Deus.
No próximo post, pretendo dar continuidade ao que entendo como Cosmovisão Bíblica, desta vez nas áreas - Sociedade, Governo, Economia, Cultura, Arte e Tecnologia.
[1] Para um aprofundamento nesse relacionamento das diversas áreas com a Palavra de Deus, procure adquirir a Enciclopédia das Verdades Bíblicas, de Ruth C. Haycock – excelente livro recém-traduzido para o português, pela ACSI. Também utilizamos bastante material do Biblical Worldview Curriculum.
segunda-feira, janeiro 22, 2007
Cosmovisão para Leigos (2) - Áreas de Conhecimento
Postado por Solano Portela.
Sobre os autores:
Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.
O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.
O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.
23 comentários
comentáriosPrezado Pb. Solano Portela.
ResponderQuero parabenizá-lo pelo excelente post. A sua argumentação me fez lembrar uma professora de EBD da minha adolescência, que sendo professora, resolveu nos ensinar as ciências do conehcimento humano, a partir da Bíblia. Eu ficava encantado. Logo depois veio um pastor que era um verdadeiro pedagogo, ~jamais me esquecerei das suas mensagens. Suas pregações eram verdadeiras aulas, eu bebia cada palavra, cada conceito, cada ensino que era ministrado com simplicidade, mas com muita profundidade bíblica.
Realmente, a Bíblia é um Manual inesgotável de conhecimento em todas as áreas. Se o homem quiser ser um sábio, tem de buscar o conhecimento na fonte de toda sabedoria, a Palavra de Deus, a Escritura Sagrada, Hebraico-cristã.
Esse post do irmão muito bem feito, vem provar essa tese. PARABÉNS.
Olá Solano!
ResponderSou leitor crônico do Blog de vcs e gostaria de lhe parabenizar pelo seu último post, o qual me parece muito instrutivo e didático. Realmente gostei muito! Contudo vejo-me obrigado a discordar de um pequeno comentário feito por vc em relação à ciência quando menciona "a cosmovisão evolucionista que domina os círculos intelectuais contemporâneos descrentes". Na verdade há muita confusão sobre o que é de fato a evolução (e não somente o que se chama de seleção natural) fora do meio acadêmico. Como cientista (biólogo e pesquisador em ecologia) não acho que uma comsmovisão evolucionista seja ruim, pelo contrário, a seleção natural por exemplo pode ser percebida e demostrada pela pesquisa científica, incusive no campo. Como cristão (protestante) não vejo problemas entre o que a nova síntese de teoria da evolução por meio da seleção natural apregoa e o que acredito, isto é, aquilo que diz a Biblia. Não há porque descartar a possibilidade de que Deus permita, por sua soberaria, que as espécies se alterem ao longo do tempo e que algumas substituam outras. A diferença é que creio que isso só ocorre se Ele permitir (e não ao acaso). Enfim, é claro para mim que a evolução per se não é uma heresia e que os pensadores cirstão e teólogos deveriam informar-se muito bem para que não houvesse confusão entre a mesma e outras correntes pseudo-científicas como o fixismo e o desenho inteligente. De qualque maneira, parabén pelo post que é excelente!!
Abraços.
Prezado Solano
ResponderExcelente o post. Confesso que acredito que o dogma biológico da evolução nada tem de científico, e a evolução é muito mais um "projeto de pesquisa metafísico" nas palavras de Karl Pooper do que uma teoria científica. Pode também ser qualificada como uma teoria histórica, mas nunca como científica, menos ainda como algo provado pela ciência, quando sabemos que não há prova alguma, principalmente quanto aos fósseis de transição jamais encontrados.
De minha parte vejo na evolução uma forma de ideologia moderna nos moldes do freudismo e do marxismo: uma falácia científica.
A biologia verdadeiramente científica deveria se preocupar apenas com a observação dos fenômenos biológicos, e não tentar por meio de conclusões precipitadas descrever a história da vida em nosso planeta, sendo assim quase uma nova religião.
Mas como é um negócio ideológico a discussão nunca acaba.
Alex
Prezado Solano,
ResponderGrato pelos “postings” relevantes e muito úteis e que já produziram discussões excelentes. Gostaria contudo de adicionar (se posso – minha pequena contribuição) alguns pontos os quais fui levado a considerar (ao longo do tempo) e recentemente quando estudando Rom: 12:1-3 (texto fundamental para essa discussão sobre a cosmovisão).
1 – In Rom 12 Paulo fala da necessidade da transformação da nossa mente num contexto amplo da nossa missão – mas a coisa interessante é que ele não fala imediatamente sobre aspetos abstratos, científicos, intelectuais do pensamento humano. Qual seria então a área de aplicação imediata dessa transformação da mente / dessa visão global? Seria adoração, vida social e política, seria a igreja, seria critica ao pensamento pagão? etc, etc???? Paulo fala no verso 3 de como devemos pensar sobre nós mesmos!!! A cosmovisão cristã, portanto, parece começar com humildade – com o reconhecendo de nossas limitações. Não que sejamos insignificantes diante de Deus, mas que possamos julgar com sobriedade nossas capacidades de acordo com a medida de fé que o Senhor nos deu. A primeira conseqüência da cosmovisão cristã é, portanto, a deflação da nossa auto-estima.
2 – Acredito que aqueles (como eu) que enfatizam a cosmovisão reformada ficam tão empolgados com a sua beleza, e verdade que as vezes esquecem a base de todo o processo. A Palavra de Deus. Essa precisa ser a fonte principal da cosmovisão – essa visão radical que produz mudança de perspectiva primeiramente interior, daí mudando e corrigindo prioridades de vida e finalmente ajudando a formar um “framework” para analisarmos o mundo ao nosso redor. Não podemos esquecer que a Palavra foi escrita tanto para mentes iletradas de escravos como de intelectuais. Essa cosmovisão nos ajuda a abrir os olhos e ver as coisas de uma perspectiva bíblica que requer ação consistente. Cada um no seu lugarzinho!!!
3 – Um perigo que existe com qualquer cosmovisão é a tentação da idéia que a mesma é um sistema intelectual completo que conseqüentemente pode levar a distorções e inconsistências com a Palavra. Isto é, esse conjunto de conceitos e noções que chamamos cosmovisão pode ser muito beneficial e deve ser usado com uma ferramenta, mas nunca como fundamento.
Finalmente, embora entendo o contexto, acredito que o titulo “cosmovisão para leigos” pode parecer ser para estranho, pois no “frigir dos ovos” todos (intelectuais / acadêmicos ou não-letrados temos todos a cosmovisão da pelo Espírito Santo, para que possamos exercer nossa missão.
Um dos meus grandes mestres era um pescador analfabeto (quase cego). Aprendi sobre a verdadeira cosmovisão bíblica tanto dele quanto dos filósofos Holandeses (áreas de aplicação um pouco deferentes, mas complementares da grande cosmovisão).
Grande Abraço, no Senhor da Cosmovisão,
Paulo
Há um texto excelente de C. S. Lewis sobre bulverismo, um termo inventado por Lewis e que descreve um certo tipo de comportamento moderno. No texto encontramos o seguinte:
Responder"Mas, em todas as outras eras o homem comum tem aceitado as descobertas dos místicos e dos filósofos para a formulação de sua crença inicial no Sobrenatural. Atualmente, o homem é forçado, ele próprio, a carregar aquele peso. Ou a humanidade cometeu um terrível erro em rejeitar a autoridade, ou o poder(es) que controla(m) seu destino está (ão) fazendo um ousado experimento, e estamos todos no caminho de nos tornarmos sábios. Uma sociedade que consista apenas de homens comuns está fadada ao desastre. Se vamos sobreviver, devemos ou acreditar nos homens de visão ou escalar as alturas nós próprios." http://angueth.blogspot.com
Na época dos pescadores que seguiam a Cristo os homens confiavam, hoje a desconfiança e a suspeita constituem a regra. Quando Cristo diz que é importante nos tornamos como crianças podemos interpretar nisso a visão de uma criança frente a leitura bíblica. A criança lê com olhos de ingenuidade e acredita naquilo da forma que está lá, ela acredita na autoridade dos pais que lhe dizem que aquilo é verdade e acredita na autoridade do livro Sagrado como a verdadeira palavra de Deus. Mas no mundo moderno de hoje a pessoa cresce e não respeita mais a autoridade dos pais e do pastor, começa a desconfiar, e esta desconfiança reflete o desejo de conhecer por sí mesmo. Muito que bem... estude um pouco de cosmovisão cristã.
Alex
Caro Presb. Solano, será que ao trabalharmos o termo cosmovisão, não seria olhar o mundo através do filtro da palavra? Faço esta pergunta considerando o seu post como um todo. Buscar respostas científicas na biblia, e falo de ciencia como um todo, não seria usar o texto para uma resposta que não é a idéia original do autor bíblico? Como o Rafael também sou biólogo e fazer algumas considerações sobre o processo evolutivo por pontos pode não se atingir o ponto falho do modelo evolutivo atual. A seleção natural é algo comprovado, e não um modelo. Um trabalho de campo em um jardim pode demonstrar isso.
ResponderJogando lenha... A Bíblia não fala sobre clonagem, organismos geneticamente modificados (OGM) ou celulas-tronco. A nossa resposta para a sociedade, pra mim, seria como realziar estas ações.
Alexandre
Fico extremamente preocupado quando leio pastores, em seus comentários, afirmarem coisas como
Responder"a seleção natural é algo comprovado". Sabemos que o mais forte sobrevive no mundo animal e vegetal, mas foi essa mesma idéia que levou Karl Marx a estabelecer a sua doutrina, que levou Lenin a dizimar 18 milhões de russos, que levou Mao Tsé Tung a matar 30 milhões de chineses e que por fim levou Hitler a matar mais de 6 milhões de vidas de judeus, ciganos, doentes mentais e outros.
Essa mesma idéia, tem levado homens ao redor do mundo a considerar o seu semelhante como seres de segunda categoria e a se justificar o genocídio de populações de etnias diferentes, considerando-os, pessoas fracas e que precisam morrer, para que os mais fortes sobrevivam.
A diferença entre as espécies está preceituada na Bíblia, no gênesis, quando Deus ao criar os animais e as plantas diz: "segundo a sua espécie".
Pensemos bem antes de afirmarmos o que dizemos, pois em questão de ciências como Biologia, paleontologia, geografia e outras afins, há muita divergência nas afirmações, há muita fantasia e pouca comprovação real.
Rev. João d'Eça
Rev. João d'Eça,
Respondergostaria de comentar algo sobre sue último post.
Em primeiro lugar, a seleção é algo realmente comprovado. Infelizmente não há como discutir isso, e qualquer cientista da área biológica por lhe confirmar esta afirmação. Qualquer outra coisa que vc ouvir a respeito é falácia. Desculpe-me ser tão incisivo, mas acho que as pessoas não sabem o que quer dizer seleção natural e sua existência tampouco invalida a criação e a soberania de Deus. Insisto que não se deve jamais confundir seleção natural com evolução, ok?
Em segundo lugar, seleção natural não quer dizer que "o mais forte sobrevive no mundo natural e vegetal". A confusão começa aí! Alguém lhe explicou errado!
Por fim, toda a teoria da evolutiva foi formulada com pressupostos biológicos (em sua maioria genéticos e ecológicos), portanto, qualquer pessoa que aplique o conceito de seleção natural para justificar atitudes anti-semitas ou etnofóbicas é um completo idiota, ou um manipulador perigosíssimo. Nesta última categoria encaixam-se as pessoas citadas por você. Em nunhum momento cientistas sérios pensaram em utilizar a seleção natural com esses fins. E por isso mesmo, julgo sua comparação muito infeliz porque a mesma tenta atribuir um caráter pejorativo a um mero conceito biológico. Pensar nisso seria abominável para qualquer cientista sério da área biológica.
Quanto a diferença entre as espécies estar preceituada na Bíblia, não vejo como isso pode ser uma contradição. pelo contrário, demonstra que Deus é o criador de toda variabilidade existente e é justamente por isso quea as espécies podem sofrer modificações (por Ele permitidas) ao longo dos anos! Deus é soberano.
Rev. João d'Eça, não tenho pretenções de convencer-lhe com meu post, mas fico chateado quando vejo irmãos fazerem uma crítica ferrenha a algo cujo perfeito entendimento ainda é (infelizmente) muito vinculado ao meio acadêmico e aos programas de pós-graduação em biologia do país. Aceitar que a seleção natural existe não diminui a minha fé, ao contrário permite que eu testemunhe e evangelize um grande número de pessoas dentro da Academia, onde dificilmente certos argumentos apresentados neste Blog seriam levados a sério. Que Deus nos dê discernimento para que isso não seja motivo de quebra de comunhão no Corpo de Cristo. Um abraço.
Sr. Solano,
ResponderSuspeito que a tentativa de se pensar em uma "cosmovisão cristã" possa efetuar um movimento contrário ao objetivo cristão de transformar a sociedade, pois acaba impondo uma outra cultura, ao invés de se inserir na vigente. Fundamentar uma sociedade apenas em bases religiosas pode conduzir as pessoas a uma ilusória teocracia — temos visto que este esforço acaba sendo campo fértil para sistemas de governo totalitários (e.g. Iran).
Contudo, a intenção de orientar os fiéis cristãos a serem bons cidadãos nas suas diferentes esferas de atuação no campo do saber é louvável. Infelizmente, quem está dentro da igreja tem a tendência de achar esdrúxula a combinação fé-conhecimento. Além disso, é sempre bom se abrir para discutir o lugar do pensamento cristão clássico diante das novas maneiras de pensar. Seria preferível se abrir mais para o diálogo, especialmente na famigerada discussão criação-evolução, mas entendo sua posição.
Paz.
Caro Rafael, pegando a deixa de seu comentário, me lembro quando entrei na universidade. Minha mãe chorava achando que eu iria virar ateu, por ter um entendimento errado sobre a biologia, e especificamente sobre evolução.
ResponderQuestionamentos que são feitos dentro da academia com relação à fé, podem na maioria das vezes serem descontruidos com argumentos bem lógicos. E no lugar erguermos um conhecimento construido sobre a palavra de Deus.
Reforçando um pouco que eu disse, questionamentos científicos devem ser respondidos, em sua maioria, com ciencia.
Presb. Alexandre
Caro Rafael,
ResponderVocê poderia explicar melhor o que é seleção natural e quais as diferenças entre seleção natural e evolução?
Se seleção natural não é a sobrevivência do mais forte, então realmente eu e a torcida do Flamengo entendemos tudo errado.
Explique para leigos, ok?
Abraços!
P.S. Solano, como sempre, post muito pertinente. Aguardo ansiosamente os próximos, principalmente sobre sociedade, governo, economia e arte! Sem querer, minha última mensagem para vocês tratou exatamente disso, você viu?
Olá Norma!
ResponderIsso é um pouco complicado e não pretendo usar muitos jargões aqui. Vou tentar explicar duas coisas:
1. A seleção natural é um mecanismo evolutivo (há outros como a mutação, a deriva genética, etc. Não precisa se preocupar em entender isso agora) - então seleção não é evolução. Vou dar um exemplo corriqueiro para tentar explicar o que é a seleção e como ela atua, ok?
Vamos imaginar que vc está uma infecção intestinal causada por algumas bactérias. Se dentro desse conjunto de bactérias que estão em seu organismo, alguma característica genética (por exemplo, resistência a antibióticos) é encontrada em apenas alguns indivíduos - mas não em outros - ao tomar um antibiótico, aquelas bactérias mais resistentes podem não morrer. Ok? Caso as outras morram, mas as resistentes não, estas irão se multiplicar novamente e a característica que confere a resistência será mantida em suas descendentes. Aposto que vc já ouviu falar que para algumas pessoas determinado tipo de antibiótico já não funciona mais, é uma situação cotidiana.
Muito bem, quando o que narrei acima acontece algumas bactérias são naturalmente selecionadas (porque não foi vc quem decidiu quem ficaria no seu intestino). Isso é uma seleção natural, natural por que não é artificial, obviamente. A seleção natural é só isso! A fixação diferencial de determinandas características genéticas em um conjunto de espécies. Como é que ter bactérias com diferentes resitencias dentro do meu organismo que são selecionadas diferencialmente devido a ingestão de um remédio pode dizer que Deus não é mais o Deus da Bíblia? As coisas são mais simples do que parecem.
2. Usando o mesmo exemplo, dá para perceber que a idéia do mais forte é ruim. Bactéria não tem força. Vc poderia dizer, "ah, mas ela é mais resistente!", sim, e pode ser mais adaptada, mais forte não. Além disso, não são apenas características que aumentam a adaptação que podem ser selecionadas. Mas isso é outro assunto.
Espero não ter complicado muito. E também nõa ter esgotado as explicações, embora ache que esse não é um espaço para discutir teorias biológicas e sim a cosmovisão cristã! Hehe...
Rev. Agustus tenho lido constante as matérias aqui postadas. Tem sido um excelente meio de divulgação da Cosmovisão Cristã, e Reformada como propõe as duas anteriores, assim como as demais. Parabenizo pela iniciativa. Já que temos à disposição críticas, e informações tão pertinentes para nossa época. Contudo, gostaria de sugerir que a fonte fosse um pouco maior, pois com o fundo de tela preto confesso que muitas tem sido um pouco difícil fazer a leitura, ou talvez esse fundo de tela fosse mudado. Em Cristo, Ademir.
ResponderRecomendo a leitura do texto
ResponderA Visão Bíblica da Ciência
Nele, o autor apresenta cinco motivos pelos quais a ciência não pode nos fornecer a verdade:
(1) A Observação não é confiável.
(2) Todos os experimentos científicos cometem a falácia de afirmar o conseqüente.
(3) A ciência comete a falácia da indução.
(4) As equações sempre são selecionadas, mas nunca descobertas.
(5) Todas as leis científicas descrevem situações imaginárias.
Prezado Rafael Loyola.
ResponderA sua explicação somente complicou mais a mim (E não sou Idiota) e também a torcida do flamengo ( eu sou flamenguista).
O seu conceito de seleção natural é diferente do de Charles Darwin e é o conceito de "Seleção Natural" de Darwin a que nós nos referimos e no conceito "darwiniano", Seleção Natural, significa sim, o mais forte sempre sobrevivendo em detrimento do mais fraco, e isto principalmente nos reinos animal e vegetal.
Como não sou biólogo (mas não sou idiota), gostaria que você fosse mais claro.
Gostaria de lhe enviar um relato de um escritor chamado George V. Caylor, ele diz:
Um dos melhores aspectos da hospedaria da minha esposa JoAnne é a oportunidade para uma grande conversa com um convidado interessante. As pessoas me fascinam, e a atmosfera descontraída me permite que eu conheça bem os nossos hóspedes. Eu estava com um membro do congresso (USA) no momento em que a história de Monica Lewinsky veio à tona, e discutia com ele um possível impeachment.
Eu apreciei a visita de um advogado russo que escreveu a Constituição Russa pós-comunista.
Mas todos os nossos hóspedes têm histórias boas, e eu gosto de ouvi-las todas. Eu as repito mais tarde, e eu tenho a habilidade de recordar quase que palavra por palavra. Essa habilidade da memória vem de trinta anos como planejador financeiro, ou de seis anos como um músico viajante. Uma das conversas mais interessantes e perturbadoras foi com um biólogo molecular que trabalha em pesquisa genética. Jeff e sua esposa vieram de Nova York para comemorar o ano novo de 2000. Eu penso que Lynchburg está afastado de Nova York o tanto quanto ele podia sair! Jeff descreveu-se como um "judeu secular," que significa que não praticava sua religião. (Parece haver muitos judeus e cristãos seculares nestes dias de hoje.) Eu perguntei a Jeff sobre sua profissão e ele me disse que era um biólogo molecular, se especializando na pesquisa genética. E que sua equipe era "detetives científicos" que buscam as causas das doenças. Nossa conversa foi algo como esta:
G: "Soa como um trabalho consideravelmente complicado."
J: "Você não imagina como é complicado!"
G: "Teste-me."
J: "Eu tenho semelhanças com um editor, tentando encontrar um erro de ortografia dentro de um original maior do que quatro compêndios completos da Enciclopédia Britânica. Cem volumes, milhares e milhares de páginas de palavras de escrita fina."
G: "Com o computador você poderia usar a verificação ortográfica, apenas."
J: "Não há possibilidade para nenhuma verificação ortográfica porque nós ainda não sabemos como as supostas palavras devem ser soletradas. Nós nem sequer sabemos qual a língua. E não é apenas um erro ortográfico pelo qual procuramos. Se alguma pontuação for fora do lugar, ou de um espaço fora do lugar, ou de um erro gramatical, nós temos uma mutação que causará uma doença."
G: "Então, como você faz?"
J: "Nós estamos aprendendo enquanto nós avançamos. Nós temos lido o equivalente, aproximadamente, a dois artigos da enciclopédia, e identificado algumas letras. Deve começar ficar mais fácil na medida em que o tempo vai passando."
G: "Como toda aquela informação genética chegou lá?"
J: "Você quer dizer se isto simplesmente aconteceu? Evoluiu?"
G: "Bingo. Você acredita que a informação evoluiu?"
J: "George, ninguém de quem eu tenha conhecimento na minha profissão acredita que evoluiu. Foi projetado pelo "gênio além dos gênios" e tal informação não poderia ter sido escrita de nenhuma outra forma. O papel e a tinta não escreveram o livro! Sabendo o que nós sabemos, é ridículo pensar de outra maneira."
G: "Você tem afirmado isto em alguma apresentação pública, ou publicado em algum artigo?"
J: "Não. Evoluiu apenas."
G: "O que? Você acaba de me dizer ---?"
J: "Pare. Ser um biólogo molecular requer se manter sobre duas insanidades simultaneamente. Uma: Seria insano acreditar na evolução quando você pode ver a verdade por si próprio. Outra: Seria insano dizer que não acredita na evolução. Todo o trabalho para o governo, concessões para pesquisa, dissertações, palestras em grandes faculdades - tudo pararia. Eu estaria fora do meu emprego, ou relegado à periferia donde poderia ganhar uma vida decente."
G: "Eu odeio dizê-lo, Jeff, mas isto soa intelectualmente desonesto."
J: "O trabalho que eu faço na pesquisa genética é honrável. Nós encontraremos as curas para muitas as piores das doenças da humanidade. Mas no interino, nós temos que viver com o elefante na sala de visitas."
G: "Que elefante?"
J: O "projeto na criação". É como um elefante na sala de visitas. Move-se ao redor, ocupa um espaço enorme, trombeta alto, colide conosco, derruba coisas, come uma tonelada do feno e cheira como um elefante. No entanto nós temos que jurar que ele não está lá!"
Não usei o sobrenome do Jeff embora eu duvido que muitos Nova Yorquinos leiam o "Ledger"
Apesar de tudo, Jeff é um homem bom que merece uma vida boa. Eu apenas estou um bocado chateado que nós permitimos que ele seja intimidado por evolucionistas. Faz-me ansiar para o dia em que todos os biólogos moleculares poderão dizer: "Hey, tem um elefante em nossa sala de visitas! Talvez nós podemos fazer amizade com ele!"
Um Abraço,
Rev. João d'Eça
Caro Rev. João, com todo o respeito Darwin em seu livro "A Origem das espécies" não afirmou que o mais forte e sim o mais apto sobrevive.
ResponderComo o Rafael explicou quando os seres vivos se relacionam com mudanças no ambiente sobrevivem aqueles que possuem características vantajosas para que ele possa sobreviver. Como as caracteristicas são genéticas estas passam para a próxima geração. Isto é seleção natural. Um fato...
O grande ponto que a maioria dos evangélicos não atacam é que este mecanismo não é suficiente para promover o surgimento de novas espécies. Este é o ponto nefrálgico da teoria evolucionista proposta hoje.
Presb. Alexndre
Rev. João d'Eça,
ResponderAntes de mais nada não lhe chamei de idiota e sim as pessoas que usam o conceito de seleção natural para justificar posturas anti-semitas ou xenofóbicas. Que isso fique claro.
Sobre Darwin e a seleção, faço minhas as palavras do Presb. Alexandre. Além do que, o que vale hoje não é só o que Darwin escreveu, uma vez que ele sequer sabia como as características podiam ser passadas aos descendentes.
A teoria da evolução tem seus furos, como bem disse o Alexandre, e eu (que tb não sou idiota) não nego isso! O que questionei em seu comentário foi a inexistência da seleção natural - e minha opinião sobre isso já foi postada. Um bom livro sobre uma visão que foge um pouco do paradigma evolucionista é "A caixa preta de Darwin" - dê uma espiada e poderá criticar melhor a idéia evolucionista.
Por fim, sobre o fragmento que vc postou leia meu primeiro comentário no blog, onde disse que não acredito que tudo ocorre ao acaso, mas apenas se o eterno permitir.
Um grande abraço!
Eis que de tanto debatermos a evolução, que a coisa aconteceu aqui mesmo nesta lista. Os biólogos se explicaram melhor esclarecendo alguma coisa. É sem dúvida uma evolução no debate, mas o melhor foi que um deles até evoluiu e se tornou um Presbítero.
ResponderAlex
Quero recomendar as blogueiros uma excelente palestra do teólogo Leonardo Boff sobre evolução das espécies, mas especificamente sobre os impactos da ação humana na destruiçao do planeta.Neste encontro ele discute algumas idéias PÓS-DARWINISTAS e as implicaçoes teológicas deste fato.
Responderonde encontrar ? TV CAMARA , PROGRAMA SEMPRE UM PAPO
Caro irmão Alex, é uma pena a sua ironia, demonstra uma imaturidade em lidar com outro irmão. O fato de ser biólogo não implica em meu aceite a esta teoria (ou modelo). Ciencia implica em todas as áreas do conhecimento humano e fico feliz quando, na igreja de Cristo temos pessoas de várias áreas do conhecimento se preocupado em utilizar o seu conhecimento para a glória de Deus. Justamente o assunto proposto pelo presb. Solano nest post.
ResponderO seu comentário demonstra a falta de respeito com um oficial da igreja e com um irmão em Cristo.
Lamentável...
Presb. Alexandre
Caro Solano,
ResponderParabéns pelo post, cada dia aprendo mais com esse blog.
Caro Rafael,
Em breve me tornarei farmacêutico e desde 2002 trabalho com pesquisa (como aluno de Iniciação Científica). Sei que isso não quer dizer muita coisa para vc mas darei minha opinião sobre a evolução.
Alguém por acaso provou que a evolução existe? Existe algum artigo demonstrando espécies que, sob ação da seleção natural, evolução ou deriva gênica, deram origem a novas espécies?
Não(em caso contrário me mande o paper). Portanto não há como provar científicamente que a evolução existe.
O que existe é a CRENÇA na evolução, na minha humilde opinião.
Da mesma maneira, há a crença no criacionismo, que obviamente, aqueles que crêem na Bíblia como inerrante e inspirada por Deus também serão criacionistas.
Creio que o texto bíblico não deixa espaço para crer de outra forma: o homem foi criado do barro por Deus.
Recomendo o site: www.universocriacionista.com.br
Um abraço a todos,
João de Séllos
Olá João,
Responderantes de mais nada e a inicição científica é importantíssima. Fui aluno de iniciação durante toda minha graduação e tenho dois IC que trabalham comigo.
Sobre seu comentário: entendo e o respeito. Contudo a questão discutida não foi a existência da evolução e sim da seleção natural.
Na verdade, não há necessidade de provar a existência da evolução, pois ela é uma teoria (teorias podem existir sem problemas) e não um fato concreto.
O que vc mencionou (se "existe algum artigo demonstrando espécies que, sob ação da seleção natural, evolução ou deriva gênica, deram origem a novas espécies") não é evolução e sim um mecanismo denominado especiação. Há diversos papers que demonstram a ocorrência deste fenômeno. Como alguns exemplos veja:
Kock et al. (2007). Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research, 45:64.
Genner & Turner (2005). Fish and Fisheries, 6: 1-34.
Kornfield & Smith (2000). Annual Review of Ecology, Evolution and Systematics, 31: 163-196.
Salzburger et al. (2000). Molecular Ecology 11(3): 619-625.
Há diversos outros relacionados não só a peixes (especiação clássica em Ciclídeos), mas tb a outros vertebrados e invertebrados como grupos como mariposas e broletas. Vc encontrará PDFs em pesquisas no próprio Google.
Entender a evolução como uma teoria e perceber os mecanismos nela propostos não me faz deixar de acreditar na Bíblia, aliás sou criacionista de carteirinha. Deus é o criador de tudo (embora acredite que as espécies que Ele criou podem mudar ao longo do tempo com Sua permissão). Acreditar que tudo ocorre ao acaso é extrapolar muito, na minha opinião.
É isso aí. Um forte braço!
Oi Rafael,
ResponderNão consegui acesso completo em nenhum dos artigos e só consegui ler o resumo do último artigo. Aliás, esse último artigo não fala de especiação. Tenho certeza que nenhum deles demonstra que seres vivos surgiram das supostas substâncias existentes no início da Terra, segundo a teoria evolucionista. Não há qualquer prova de que o homem surgiu através da evolução nem cinetífica nem bíblica. Se as Escrituras afirmam claramente que Deus criou o homem, onde se encaixa a teoria evolucionista???
Quanto ao assunto da discussão, o início da discussão era sobre evolução e não sobre seleção natural. O exemplo usado por você me parece mais uma seleção artificial do que natural.
Novamente não vejo espaço para se crer que o homem surgiu através da evolução e não através do barro.
Respeito sua posição mas a considero contrária à revelação das escrituras.
Um abraço,
João