*Embora a situação e o destinatário dessa carta sejam fictícios, ela se baseia em fatos reais.
Meu caro Fernando,
Fiquei muito feliz em saber que você vem se fortalecendo mais e mais nas doutrinas da Reforma. Lembro-me bem das suas interrogações e de seus conflitos quando você começou a ler Martin Lloyd-Jones, Spurgeon e outros autores reformados e se deparou com a visão reformada de mundo e com as doutrinas da soberania de Deus, da graça absoluta e da nossa profunda depravação. Quantas perguntas e quantas interrogações! Pelo que entendi da sua carta, esse período inicial de conflito interior e de "arrumação" da mente já passou e agora você enfrenta uma outra fase, que é o antagonismo de colegas pastores da sua denominação e de membros da sua igreja para com o novo conteúdo das suas pregações e do seu ensino.
Você me perguntou se temos espaço em nossa igreja para pastores como você, que é pentecostal e que recentemente encontrou as doutrinas reformadas. Estou vendo essa possibilidade com alguns outros colegas pastores, mas eu pessoalmente não creio que a solução seria você sair de sua igreja e passar para uma reformada. Creio que você deveria tentar ficar onde está o máximo de tempo que puder. Os reformadores, como Lutero, a princípio não pretendiam sair da Igreja Católica, mas ficar e reformá-la de dentro para fora. Somente após algum tempo é que ficou claro que isso era impossível. No caso de Lutero, o papa se encarregou de expulsá-lo com a excomunhão. Seu caso é diferente, pois é um absurdo comparar a situação de um reformado dentro da Igreja Católica com a situação de um reformado dentro de uma igreja pentecostal. Portanto, minha sugestão é que você permaneça o máximo que puder, só saia se for obrigado a isso. Deixe-me dar alguns conselhos nessa direção.
1. Mantenha sempre em mente que apesar das diferenças que existem em doutrinas e práticas (nem sempre discutidas de maneira cristã), os reformados no Brasil sempre reconheceram os pentecostais históricos como genuínos irmãos em Cristo. Nós chegamos ao Brasil primeiro. Vocês vieram depois. É verdade que a princípio houve relutância em reconhecê-los como evangélicos por causa da estranheza com as práticas e doutrinas pentecostais, mas apesar delas, eventualmente vieram a ser reconhecidos como irmãos dentro da fraternidade evangélica.
2. Existem muitos pontos de convergência entre os reformados e os pentecostais. Além dos pontos fundamentais contidos, por exemplo, no Credo Apostólico, compartilhamos com eles ainda o apreço pelas Escrituras, o reconhecimento da necessidade de uma vida santa, a busca da glória de Deus, o desejo de um legítimo avivamento espiritual e o zelo pela doutrina. Nesses pontos e em outros, pentecostais e reformados sempre se alinharam contra liberais e libertinos. Tente se concentrar nesses pontos comuns nas suas pregações e no seu ensino.
3. Enquanto permanecer em sua igreja, responda sempre com mansidão e humildade aos que questionarem as "novas doutrinas" que você agora professa. Diga que as doutrinas ensinadas pelos reformados são muito mais antigas que a própria Reforma e que remontam ao ensino de Jesus e dos apóstolos. Elas têm sido adotadas e ensinadas por pastores e pregadores de todos os continentes e de muitas denominações diferentes. Elas serviram de base para o surgimento da democracia, da visão social, das universidades e da ciência moderna, e vêm abençoando a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Naturalmente, o que vai realmente fazer a diferença em sua resposta é sua habilidade de mostrar biblicamente que você não está abraçando nenhuma heresia ou doutrina nova. Para isso, é necessário que você estude as Escrituras e que se familiarize com sua mensagem, especialmente com as passagens e porções que tratam mais diretamente das doutrinas características da Reforma.
4. Evite dar a falsa impressão de que ser reformado é cantar somente salmos sem instrumentos musicais, não ter corais nem grupos de louvor, proibir as mulheres de orar em público e não levantar as mãos ou bater palmas no culto. Concentre-se nos pontos essenciais, como a soberania de Deus, a sua graça absoluta na salvação de pecadores, a depravação total e a inabilidade do homem voltar-se para Deus por si mesmo, a necessidade de conversão e arrependimento e a centralidade das Escrituras na experiência cristã.
5. Quando chegar ao tema do livre arbítrio, escolha com cuidado as suas palavras. Você sabe que a posição reformada clássica é de que a soberania de Deus e a responsabilidade humana são duas verdades igualmente ensinadas na Bíblia, muito embora não saibamos como elas se reconciliam logicamente. Deixe claro que você em momento algum está anulando a responsabilidade do homem para com as decisões que ele toma, e que, quando ele toma essas decisões, ele as toma porque quer tomá-las. Ele é, portanto, responsável pelo que faz e pelo que escolhe, mesmo que, ao final, o plano de Deus sempre prevalecerá e será realizado. Não tente resolver o mistério dessa equação. Seja humilde o suficiente para dizer que você reconhece o aparente paradoxo dessa posição e que não consegue eliminar nenhum dos seus dois pontos. Mantê-los juntos em permanente tensão é o caminho da Reforma, e um caminho que muitos pentecostais vão entender e apreciar. O que eles receiam é que se acabe por eliminar a responsabilidade do homem e reduzi-lo a um mero autômato. Deixe claro que não é isso que os reformados defendem.
6. Creio que será muito útil você estar familiarizado com as experiências espirituais vividas por John Flavel, Lloyd-Jones, Jonathan Edwards, David Brainerd, George Whitefield e muitos outros reformados. Os reformados e particularmente os puritanos deram grande ênfase à religião experimental, isto é, ao fato de que os cristãos deveriam ter profundas experiências com Deus. Nossos irmãos pentecostais apreciam essa ênfase, pois o surgimento do pentecostalismo, entre outros fatores, foi uma reação contra a frieza e a formalidade de muitas igrejas históricas do início do século XX nos Estados Unidos e Europa.
7. Tente ainda mostrar que as doutrinas da graça, aquelas da Reforma, são as que mais tendem a glorificar a Deus, visto que exaltam a sua soberania e humilham o homem, colocando-o no devido lugar. Todo cristão genuíno tem anseios de dar a glória a Deus e de vê-lo exaltado. Nossos irmãos pentecostais buscam a glória de Deus, e quando entendem que as doutrinas da graça tendem a exaltá-lo mais que outras, passam a ter uma atitude de reflexão e abertura para com elas.
8. Um outro conselho. Pregue a Palavra, exponha as Escrituras com fidelidade. Ao fazer isso, você estará pregando as grandes doutrinas da graça em vez de pregar sobre a Reforma. Evite citar autores reformados o tempo todo. Muitos pregadores reformados estragaram seu ministério porque dão a impressão que conhecem Lutero, Calvino, Spurgeon e os puritanos mais do que o apóstolo Paulo, pela quantidade de vezes que ficam citando autores reformados em seus sermões. Evite clichés evangélicos e reformados. Pregue a Palavra e deixe que seus ouvintes concluam que as doutrinas reformadas são, na realidade, bíblicas.
Fiquei muito feliz em saber que você vem se fortalecendo mais e mais nas doutrinas da Reforma. Lembro-me bem das suas interrogações e de seus conflitos quando você começou a ler Martin Lloyd-Jones, Spurgeon e outros autores reformados e se deparou com a visão reformada de mundo e com as doutrinas da soberania de Deus, da graça absoluta e da nossa profunda depravação. Quantas perguntas e quantas interrogações! Pelo que entendi da sua carta, esse período inicial de conflito interior e de "arrumação" da mente já passou e agora você enfrenta uma outra fase, que é o antagonismo de colegas pastores da sua denominação e de membros da sua igreja para com o novo conteúdo das suas pregações e do seu ensino.
Você me perguntou se temos espaço em nossa igreja para pastores como você, que é pentecostal e que recentemente encontrou as doutrinas reformadas. Estou vendo essa possibilidade com alguns outros colegas pastores, mas eu pessoalmente não creio que a solução seria você sair de sua igreja e passar para uma reformada. Creio que você deveria tentar ficar onde está o máximo de tempo que puder. Os reformadores, como Lutero, a princípio não pretendiam sair da Igreja Católica, mas ficar e reformá-la de dentro para fora. Somente após algum tempo é que ficou claro que isso era impossível. No caso de Lutero, o papa se encarregou de expulsá-lo com a excomunhão. Seu caso é diferente, pois é um absurdo comparar a situação de um reformado dentro da Igreja Católica com a situação de um reformado dentro de uma igreja pentecostal. Portanto, minha sugestão é que você permaneça o máximo que puder, só saia se for obrigado a isso. Deixe-me dar alguns conselhos nessa direção.
1. Mantenha sempre em mente que apesar das diferenças que existem em doutrinas e práticas (nem sempre discutidas de maneira cristã), os reformados no Brasil sempre reconheceram os pentecostais históricos como genuínos irmãos em Cristo. Nós chegamos ao Brasil primeiro. Vocês vieram depois. É verdade que a princípio houve relutância em reconhecê-los como evangélicos por causa da estranheza com as práticas e doutrinas pentecostais, mas apesar delas, eventualmente vieram a ser reconhecidos como irmãos dentro da fraternidade evangélica.
2. Existem muitos pontos de convergência entre os reformados e os pentecostais. Além dos pontos fundamentais contidos, por exemplo, no Credo Apostólico, compartilhamos com eles ainda o apreço pelas Escrituras, o reconhecimento da necessidade de uma vida santa, a busca da glória de Deus, o desejo de um legítimo avivamento espiritual e o zelo pela doutrina. Nesses pontos e em outros, pentecostais e reformados sempre se alinharam contra liberais e libertinos. Tente se concentrar nesses pontos comuns nas suas pregações e no seu ensino.
3. Enquanto permanecer em sua igreja, responda sempre com mansidão e humildade aos que questionarem as "novas doutrinas" que você agora professa. Diga que as doutrinas ensinadas pelos reformados são muito mais antigas que a própria Reforma e que remontam ao ensino de Jesus e dos apóstolos. Elas têm sido adotadas e ensinadas por pastores e pregadores de todos os continentes e de muitas denominações diferentes. Elas serviram de base para o surgimento da democracia, da visão social, das universidades e da ciência moderna, e vêm abençoando a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo. Naturalmente, o que vai realmente fazer a diferença em sua resposta é sua habilidade de mostrar biblicamente que você não está abraçando nenhuma heresia ou doutrina nova. Para isso, é necessário que você estude as Escrituras e que se familiarize com sua mensagem, especialmente com as passagens e porções que tratam mais diretamente das doutrinas características da Reforma.
4. Evite dar a falsa impressão de que ser reformado é cantar somente salmos sem instrumentos musicais, não ter corais nem grupos de louvor, proibir as mulheres de orar em público e não levantar as mãos ou bater palmas no culto. Concentre-se nos pontos essenciais, como a soberania de Deus, a sua graça absoluta na salvação de pecadores, a depravação total e a inabilidade do homem voltar-se para Deus por si mesmo, a necessidade de conversão e arrependimento e a centralidade das Escrituras na experiência cristã.
5. Quando chegar ao tema do livre arbítrio, escolha com cuidado as suas palavras. Você sabe que a posição reformada clássica é de que a soberania de Deus e a responsabilidade humana são duas verdades igualmente ensinadas na Bíblia, muito embora não saibamos como elas se reconciliam logicamente. Deixe claro que você em momento algum está anulando a responsabilidade do homem para com as decisões que ele toma, e que, quando ele toma essas decisões, ele as toma porque quer tomá-las. Ele é, portanto, responsável pelo que faz e pelo que escolhe, mesmo que, ao final, o plano de Deus sempre prevalecerá e será realizado. Não tente resolver o mistério dessa equação. Seja humilde o suficiente para dizer que você reconhece o aparente paradoxo dessa posição e que não consegue eliminar nenhum dos seus dois pontos. Mantê-los juntos em permanente tensão é o caminho da Reforma, e um caminho que muitos pentecostais vão entender e apreciar. O que eles receiam é que se acabe por eliminar a responsabilidade do homem e reduzi-lo a um mero autômato. Deixe claro que não é isso que os reformados defendem.
6. Creio que será muito útil você estar familiarizado com as experiências espirituais vividas por John Flavel, Lloyd-Jones, Jonathan Edwards, David Brainerd, George Whitefield e muitos outros reformados. Os reformados e particularmente os puritanos deram grande ênfase à religião experimental, isto é, ao fato de que os cristãos deveriam ter profundas experiências com Deus. Nossos irmãos pentecostais apreciam essa ênfase, pois o surgimento do pentecostalismo, entre outros fatores, foi uma reação contra a frieza e a formalidade de muitas igrejas históricas do início do século XX nos Estados Unidos e Europa.
7. Tente ainda mostrar que as doutrinas da graça, aquelas da Reforma, são as que mais tendem a glorificar a Deus, visto que exaltam a sua soberania e humilham o homem, colocando-o no devido lugar. Todo cristão genuíno tem anseios de dar a glória a Deus e de vê-lo exaltado. Nossos irmãos pentecostais buscam a glória de Deus, e quando entendem que as doutrinas da graça tendem a exaltá-lo mais que outras, passam a ter uma atitude de reflexão e abertura para com elas.
8. Um outro conselho. Pregue a Palavra, exponha as Escrituras com fidelidade. Ao fazer isso, você estará pregando as grandes doutrinas da graça em vez de pregar sobre a Reforma. Evite citar autores reformados o tempo todo. Muitos pregadores reformados estragaram seu ministério porque dão a impressão que conhecem Lutero, Calvino, Spurgeon e os puritanos mais do que o apóstolo Paulo, pela quantidade de vezes que ficam citando autores reformados em seus sermões. Evite clichés evangélicos e reformados. Pregue a Palavra e deixe que seus ouvintes concluam que as doutrinas reformadas são, na realidade, bíblicas.
9. Não estou dizendo que você deve "esconder o jogo" para evitar ser colocado para fora de sua igreja. Faz parte da integridade e da honestidade cristãs assumirmos o que pensamos. Assuma sua posição, mas de forma inteligente e sábia, de forma que muitos entendam a mudança que ocorreu em você. Por outro lado, evite a síndrome de mártir. Eu pessoalmente detesto essa atitude que por vezes alguns reformados adotam quando estão em minoria e estão sofrendo resistência. Se ao final não tiver jeito e você tiver mesmo de sair da sua igreja, saia com dignidade, não saia atirando nem acusando as pessoas.
10. Não veja as perseguições que você tem sofrido dentro de sua igreja como algo pessoal, mas como a reação de irmãos sinceros do outro lado de um conflito que já dura séculos dentro da igreja cristã, que é aquele entre semipelagianos-erasmianos-arminianos, de um lado, e agostinianos-calvinistas-puritanos, de outro. Lembre que em ambos os lados há crentes verdadeiros e sinceros.
Por fim, existem já no Brasil várias igrejas pentecostais-reformadas, pequenas, é verdade, ainda nascentes. Mas, mesmo não sendo pentecostal, profetizo que esse movimento pode crescer muito no Brasil. Muitas igrejas históricas já são pós-reformadas e é muito triste ver o esquecimento das suas heranças e como vai ficando cada vez mais difícil um retorno verdadeiro. Quem sabe os pentecostais não estejam predestinados a avançar bastante a teologia da Reforma no Brasil?
Fique em paz. Um abraço do seu irmão e amigo,
Augustus
77 comentários
comentáriosCaro Augustus:
ResponderTenho encontrado muitos que se identificarão com o destinatário desta carta. Creio que ajudará a vários. Ótimo post!
Abs
Solano
Reverendo Augustus
ResponderExiste no texto inicialmente uma sutileza invisível.
Iniciei lendo o texto, rindo, pois é a "xerox" da minha vida, e terminei o texto sério, reconhecendo que de fato existe uma preocupação e um desejo sério da sua parte em dar conselhos a respeito.
O texto é muito bom, principalmente aos olhos de quem passou exatamente por uma experiência semelhante.
Também passei e estou passando pela fase da arrumação que citas.
O "causo" é que não sou pastor, e a diferença também é que eu já saí e já congrego numa igreja reformada.
Com sua permissão pretendo publicar seu texto num blog pessoal, onde tenho poucos leitores, dentre eles, alguns amigos pentecostais aos quais envio cartas virtuais.
Me autorizas? Citarei a fonte.
No mais um abraço
Seus ensinamentos tocam fundo na minha alma.
Fique longe da fama, bajulação, não se deixe contaminar pela sedução das “grandes” coisas. Oro sempre para que isto não aconteça com o senhor e que Deus possa lhe usar cada vez mais ensinando o Evangelho como ele realmente é.
Saudações e no aguardo da sua permissão.
Uma grande blogada... Creio que os conselhos são sábios e pertinentes. Quem dera muitos pastores não pentecostais e não em outras denominações os ouvissem.
Responderabs
Mauro
Oliveira,
ResponderEmbora a carta seja fictícia, tenho conhecido muitos irmãos em Cristo que estão passando por essa peregrinação. Há, naturalmente, os que tiveram formação reformada e que acabam fazendo o caminho inverso e virando pentecostais.
Sim, está autorizado a usar esse post, fique à vontade.
Um abraço.
Estimado rev. Augustus.
ResponderApesar de ser escrita a partir de uma mudança pentecostal/reformada, é impressionante a aplicação que se dá - creio que o sr. o fez intencionalmente, ou se não, sua "inconsciência" apontou para isso - a alguns dos que se chamam reformados, dentro das igrejas confessionais (não necessariamente reformadas em sua prática), e que, infelizmente, não o são de fato.
Minha alegria de lê-lo mora no lugar da esperança de ver a nova geração de pastores preocupados com as bases da Escritura. E como o sr. bem colocou, pregar a Escritura sem se preocupar com questões secundárias, que são importantes, não continuam sendo secundárias.
Obrigado pelo excelente post.
Abraços!
Wendell.
Querido pastor Augustus,
Respondersabias palavras que mesmo colocadas de forma fictícias representam uma verdade incontestável. Eu mesmo, posso me classificar nessa carta, se tirando o nome do Fernando eu colocar o meu próprio nome: Samuel.
Sou pentencostal desde que nasci, hoje ja tenho 26 anos, e de 2 anos para cá, tempo que começei a fazer o seminário, tive o contato com as doutrinas reformadas.
Hoje tenho toda a minha Biblioteca montada em sua maioria de livros de autores reformados. Amo a pregação expositiva, que foi forte característica de mudança em mim quando me aprofundei na teologia reformada.
Por outro lado enxergo nesse artigo /carta algumas preciosas lições para lidar com essa mudança e continuar na minha igreja. Muitos reformados que conheço ja me rejeitaram por me questionar como posso ser reformado e ser pentecostal sendo que as duas doutrinas rejeitam uma a outra.
Por outro lado, meu amigos de seminário ja não entendem como eu posso continuar confessando ser pentecostal e ao mesmo tempo reformado. Enfim, são os paradoxos que creio que estar vivendo.
Espero encontrar aqui novos amigos que me ajudem a entender melhor questões como predestinação, eleição incondicional e por ai vai.
Um forte abraço em Cristo,
Samuel
Como sempre, muito bom o seu artigo!
ResponderQue tal, agora, escrever uma carta a um pastor reformado dentro de uma igreja presbiteriana-liberal?
Abç
Muito obrigado, foste instrumento de Deus para apaziguar um conflito.
ResponderDeus o abençoe.
Ótimos ensinos...
ResponderMe formei em um Seminário Bíblico e Reformado, para a Glória de Deus, ele é interdenominacional, em minha turma, tinham presbiterianos, batistas, congregacionais, menonitas, cristãos evangélicos e assembleianos... Um caldeirão cultural que me ensinou muito. Desses, em especial os assembleianos, ninguém saiu de sua denominação, e estão mudando inclusive grandes igrejas. Tenho um colega de seminário que montou um Seminário Bíblico dentro de uma grande assembléia de Deus, esse seminário já alcançou grande parte da Igreja que passo a passo cresce e se desenvolve Bíblicamente. Ele é a comprovação de que seus conselhos não são apenas teóricos, mas funcionam na prática.
Querido Reverendo,
ResponderGostaria que o Sr. me indicasse, se possível, uma bibliografia que fale sobre como o Protestantismo influ�nciou as ciências modernas, a educa�o, a visão social e et cetera. Biografias desse tipo também serão muitíssimo bem-vindas. Chamo-me Sergio e essa "estória" é minha história. Despertei interesse pela fé reformada lendo os livros, além da bíblia rsrsrsrsrs, do "Dr." David Martin Lloyd-Jones. Para mim, descobrir a graça de DEUS, a partir de uma ótica Reformada foi acalentador para minha alma. Reverendo Nicodemus, conto com sua ajuda.
Meu e-mail é SNIBON@YAHOO.COM.BR
Grato,
Sergio Nibon
Vejo que a cada dia que se passa o "Dr Augustus" se apartando da simplicidade do evangelho de Cristo. ao revelar intencionalidades do seu coração, aberto porem cautelos ou "pentecostal manso". as únicas interrogações que ficam na minha mente são: qual a motivação de tal postagem?, o relativismo e o evangelho negociável é visto do começo ao fim! de uma mesma torneira saem aguas salgadas e doces!
ResponderMadson
Há vários pentecostais que, hoje, estão buscando se enriquecer teologicamente com os reformados; alguns se tornaram, até, calvinistas!
ResponderSou assembleiano, uma igreja com teologia Arminio-Wesleyana, de eclesiologia batista e governo congregacional. Sempre tivemos uma riqueza denominacional muito grande em nosso meio.
Sou arminiano, mas isso não impede a minha admiração por teólogos calvinistas como: J.I. Packer, R.C. Sproul, John MacAthur etc. O estudante pentecostal sabe reconhecer outros teólogos que podem nos enriquecer biblicamente.
Há, realmente, uma tendência reformada no pentecostalismo clássico (Especialmente as Assembléias de Deus. Haja vista a nossa editora confessional, onde um dos melhores livros que ja li, foi de uma reformada: Nancy Pearcey. Outra prova disso, são os vários pentecostais que acessam esse blog e sites como Monergismo.com.
Um abraço Rev. Nicodemus.
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
Parabéns pela carta Rev.!
ResponderGostaria de fazer duas perguntas:
1 - O que o sr. têm em mente quando diz "aparente paradox"?
2- Na Bíblia existem contradições lógicas? Se existem elas são aparentes? Se são aparentes elas de fato existem?
3- A responsabilidade humana pressupõe a liberdade humana?
4- Do ponto de vista da apologética reformada é possível termos igrejas pentecostais-reformadas?
Graça e paz, meu amado e estimado irmão!
Prezado Madson,
ResponderVocê colocou "Dr. Augustus" entre aspas. Não sei o que você quis dizer com isso, mas de fato tenho doutorado (PhD) no exterior e reconhecido pelo MEC. Não faço questão desse título e não costumo usá-lo. Todavia, não achei justa a sua ironia como se esse título me fosse indevido.
Achei muito engraçado você achar que eu estou me afastando progressivamente da simplicidade do Evangelho de Cristo. Eu pergunto: em que? Será que você detesta tanto os irmãos pentecostais que vê qualquer gesto fraterno na direção deles como apostasia?
Você me chama de "pentecostal manso" e questiona as motivações dessa postagem. Bom, talvez realmente eu seja um pentecostal manso, se isso quer dizer que eu concordo com os pentecostais -- e todos os verdadeiros cristãos -- nos pontos que eu mencionei acima. Nesse sentido, sou batista manso também. Sobre os motivos desse post, achei que eu tinha sido claro. Conheço muitas pessoas que se enquadram exatamente na história do "Fernando" -- a prova são os testemunhos que foram postados aqui -- e pensei em ser de alguma ajuda para elas. Algum mal nisso?
Por fim, você diz que no meu post se vê o relativismo e o evangelho negociável do começo ao fim. Acho que não. Não negocio o Evangelho. Nem relativizo a verdade. Apenas reconheço que o Reino de Deus é muito maior do que a minha denominação.
Por fim, parabéns! Você me insultou com um rótulo inédito: "pentecostal manso". Eu já estava cansado dos costumeiros "puritânico", "fundamentalista", etc.
Reverendo Augustus......... muito obrigado
ResponderMe sinto muito feliz,pois essa postagem falou muito forte a mim,aqui deixo claro que discordo do amado(Madson),contudo,isso já foi tratado com muita propriedade pelo sr.Hoje vivo algo parecidíssimo ao descrito no blog.Conheci a IPB em minha cidade natal(Recife)e sempre tive grandes amigos reformados,entretanto,a cada dia a reforma arde em meu coração,e sei que para tal fato existe um propósito.Sempre visito a IPSA,onde a primeira vez que visitei fui muito bem recebido.Aqui concluo agradecendo e deixo o meu e-mail,se o amado reverendo achar confincente entrar em contato(jadisonbelmiro78@yahoo.com.br)
Parabéns.....
ResponderAmado reverendo aqui deixo meus parabéns pelo tópico abordado,e deixo para contato o meu mail: jadisonbelmiro78@yahoo.com.br
Rev. Nicodemus;
ResponderRealmente existem muitos pentecostais que estão tendo contato com a Teologia Reformada, dos varios que postaram comentarios, posso dizer que fui mais um. Digo que fui porque quando começei esse contato com as doutrinas da Teologia Reformada percebi que não se pode ser as duas coisas. Pelo simples fato do Sola Scriptura! Infelizmente as doutrinas pentecostais são antagonicas ao Sola Scriptura. Para um pentecostal as revelações e profecias tomam lugar ao lado das Escrituras, quando não são mais consideradas que Esta, um caso bem claro desse ignorar as Escrituras podemos ver com relação as linguas. Quando as Escrituras afirmam que eram idiomas e que estas ja cunpriram seu propósito, os pentecostais afirmam pelas experiencias que elas são linguas de anjos e que estão ai para todos os cristãos! Aonde fica a base solida da teologia reformada do Sola Scriptura? Com o passar dos dias e cresciemento no conhecimento da Teologia Reformada é impossivél ainda ser pentecostal e ser reformado ao mesmo tempo, pois as praticas pentecostais forçam a negação de principios reformados, por isso reafirmo o que disse, fui pentecostal, pois chega um ponto que não tem como afirmar as duas posições, pelo que tenho ouvido o fim de todo pentecostal que se encontra nessa situação é o de abandonar o pentecostalismo ou a fé reformada, veja bem o que disse abandonar a fé, não necessariamente a denominação, seguindo o mesmo exemplo que o Dr. citou de Lutero, embora abandonou a fé Romanista, não tinha por objetivo abandonar a igreja. Particularmente penso que se não tomar a decisão de sair, logo sairam com ele, ou serão constrangidos a negar a fé reformada. Não existe um reformado genuino, pentecostal; Da mesma forma que não existe um pentecostal genuino, reformado. Ou é um ou outro, ou são as experiencias ou a Escritura. Que o Senho conduza cada um segundo o Seu propósito. Em Cristo que nos fortalece - Giblerto Sampaio.
Rev. Augustus. Tenho percebido que nos seus artigos o senhor identificar muito bem os inimigos da Reforma, e, em contra partida, acolhe os que de fato são irmãos. Entre esses, estão os pentecostais. Parabéns pela lucidez e discernimento.
ResponderJóia Dr. Augustus!
ResponderSempre buscando o equilíbrio bíblico e sabedoria do alto.
Certa ocasião, um colega de turma no seminário e militante da blogsfera, o Nagel, me chamou para ajudar um pentecostal que tinha abraçado as doutrinas da graça e estava interagindo em algumas comunidades no orkut. Ele foi agredido com palavras ásperas de pessoas que se professavam reformadas. Então conversamos com ele e lhe prestamos apoio como genuíno irmão em Cristo (com tato e sensibilidade pastoral).
Tenho visto que vários pastores e cristãos pentecostais tem abraçado os pilares centrais da Teologia Reformada e isso é benção e graça de Deus. O pentecostalismo está avançando no Brasil e temos que diálogar com eles. (As vezes fico pensando se oro e tenho o mesmo fervor a Cristo do que alguns deles, ou se trabalho com o mesmo empenho do que alguns deles na obra de Deus).
Gosto muito da TS do Wayne Grudem (batista e reformado) que nos orienta a buscar uma concordância doutrinária (mesmo que em alguns pontos eu tenha chegado a uma conclusão diferente da dele).
O sr. escreveu: "mas eu pessoalmente não creio que a solução seria você sair de sua igreja e passar para uma reformada. " Interessantíssimo! Esse conselho não vale apenas para os pentecostais, mas sim para todo povo de Deus! Pertenço a uma denominação que nasceu e se desenvolveu afirmando pressupostos reformados mas hoje essas doutrinas são "estranhas, não- bíblicas, heréticas, coisas de homem como Calvino ou Paulo, Deus seria injusto, ou coisa de presbiteriano". Essa postagem é incentivadora no sentido de motivar a permanencia nos devidos contextos e agir com sabedoria , mansidão, firmeza e amor.
Deus continue a lhe usar,
Juan
Caro e amado Rev. Augustus,
ResponderAdorei esse seu artigo também. Somente uma dúvida me assalta: eu não sabia que os pentacostais não aderem à doutrina da graça. O que significa dizer que eles não a abraçam? Na prática, eles crêem na salvação pelas obras? Seria isso?
Um grande abraço!
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Aos amados irmãos batistas arminianos, se houver algum aqui, gostaria de apenas deixar um link pra reflexão e colar um trecho do texto e perguntar: o que será que aconteceu no percurso da história batista que a fez demover dessa parte da Confissão Batista de 1689:
"7. Este alto mistério da predestinação deve ser tratado com especial prudência e cuidado, para que os homens, atentando para a vontade de Deus revelada em sua Palavra, e prestando-lhe obediência, possam assegurar-se de sua eleição eterna,18 pela comprovação de sua chamada eficaz. Será desse modo que a doutrina da predestinação promoverá louvor,19 reverência e admiração a Deus, bem como humildade,20 diligência e consolação abundante para todos os que obedecem sinceramente ao evangelho.21"
http://www.luz.eti.br/do_declaracaobatista1689.html#cap10
Talita,
ResponderOs pentecostais crêem na doutrina da salvação pela graça mediante a fé em Jesus Cristo.
Creio que a confusão é que o termo "as doutrinas da graça" é usado para se referir TAMBÉM à doutrina da eleição e predestinação, com as quais os pentecostais em geral têm grande dificuldade.
Um abraço!
Caro José André,
ResponderSuas perguntas merecem um post só para respondê-las! Vamos lá, respostas sintéticas.
"1 - O que o sr. têm em mente quando diz "aparente paradoxo"?
Resposta -- isso mesmo, uma contradição ou incompatibilidade entre dois pontos ou afirmações que aparentemente não pode ser resolvido logicamente.
"2- Na Bíblia existem contradições lógicas? Se existem elas são aparentes? Se são aparentes elas de fato existem?"
RESPOSTAS: eu creio que existem sim, como a doutrina da Trindade e das duas naturezas de Cristo. Todavia, são aparentes no sentido de que PARECEM contradições irreconciliáveis, quando na verdade, se tivéssemos o entendimento divino das coisas, não haveria contradição. elas nos parecem contraditórias porque não temos as condições intelectuais, mentais e epistemológicas para entendê-las.
"3- A responsabilidade humana pressupõe a liberdade humana?"
RESPOSTA -- Não necessariamente, se por liberdade você quer dizer que o ser humano é totalmente livre de qualquer influência para escolher entre o bem e o mal. Sendo pecador, ele é sempre inclinado para o mal, e portanto nunca escolhe de forma isenta. Todavia, é responsável por suas escolhas, pois as toma porque deseja.
"4- Do ponto de vista da apologética reformada é possível termos igrejas pentecostais-reformadas?"
RESPOSTA -- Depende do que queremos dizer com reformada e pentecostal. Estritamente falando, há doutrinas nos dois campos que são bem antagônicas e há divergências profundas quanto a alguns pontos. Todavia, existem tentativas de se criar comunidades que abraçam os cinco pontos do calvinismo ao mesmo tempo em que têm um culto no estilo pentecostal. Como ainda é uma coisa muito recente, estamos todos observando para ver o que vai acontecer.
Um abraço.
Rev. Augustus Nicodemus
ResponderExelente carta
Sempre dou graças a Deus por ter levantado homens no Brasil como o senhor, Solano, Mauro Meister, Paulo Anglada e outros. Que nosso Senhor Jesus continue a lhe abençoar ricamente.
Oro para que o Senhor Deus vos guarde de todo mal.
1 Coríntios 15:58 Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.
Caro Augustus,
ResponderAo ler seu post, surgiram duas dúvidas:
- Por que a extrema cautela quando refere-se a pessoas que adotam uma linha de pensamento pautada no pentecostalismo?
- Qual a razão em usar, incidentemente, o termo "reformado", afinal todos nós somos, sobretudo cristãos?
Grato pela atenção.
Abraços, Joel.
Que palavras abençoadas! Foi mesmo alentador... Sou hoje um pastor reformado carismático servindo por ora na liderança de uma igreja pentecostal e arminiana aqui no RS. Muitas vezes parecia que não ia resistir diante da oposição... Mas Deus tem sido fiel em me dar paz, perseverança e, creio, até mesmo sabedoria. Foi muito animador ler palavras, conselhos seus que fecham com posturas que venho adotando pela graça de Deus.
ResponderO amor por esses irmãos preciosos não me deixa calar as verdades da graça, mas ao mesmo tempo tenho constantemente revisado minha transmiassão desse incalculável tesouro. Não quero que tão preciosa mensagem caia em ouvidos moucos, ainda reconhecendo quem é o Deus da mensagem e quem age no final das contas. Mas, como bem dizes, há o paradoxo. E quero no lado da responsabilidade estar sensível para fazer minha parte.
Queria tb permissão para blogar seu post. Ainda que eu seja bem pouco lido, sei que poderei ajudar a divulgá-lo. Depois, há muitos amigos para os quais quero apresententar esse texto.
Obrigado, não por este post somente, mas pelo todo da obra, aqui e alhures, não só sua, mas de seus amigos colaboradores. Que maravilha! Que maravilhosa graça! Que o soberano Senhor os continue iluminando, sustentando e usando poderosamente, como sempre tem feito. Sou um de seus muitos fãs, correligionários, entusiasta e grande beneficiário. A ele a glória!
Vi o artigo abaixo em outro blog. Concordo com o que ele diz. Sou novo na fé. Não sei se tem a ver com assunto abordado.
ResponderCaros teólogos que não querem abrir mão de suas concepções filosóficas erradas quanto à atualidade dos dons espirituais, conforme descritos em 1 Coríntios 12 e 14, preferindo afirmar que a promessa do revestimento de poder do Espírito foi apenas para os dias dos apóstolos, dirijo-me com todo respeito a vocês.
Até quando preferirão abraçar esse falso evangelho racionalista? Até quando ignorarão a Palavra de Deus, desprezando o que está escrito em Joel 2.28,29 e Lucas 24.49?
Vocês não percebem que, ao fazerem isso, privam-se da sobrenaturalidade do verdadeiro evangelho de Cristo e dos dons espirituais, descritos com muita clareza pelo apóstolo Paulo, em 1 Coríntios 12 e 14? Por que insistem em afirmar que as línguas e a profecia cessaram?
Ó, cessacionistas, vocês dizem, citando Paulo, que “... havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas cessarão...” (1 Co 13.8). Que engano! O apóstolo disse isso depois de enfatizar que nada teria valor sem amor: as línguas, as profecias, a ciência e a fé (vv. 1,2). Por que a ciência não desapareceu? Porque, se desprezarmos o amor, “... havendo ciência, desaparecerá” (v. 8), isto é, não terá valor algum.
E quanto à fé? Caso não haja amor, com certeza ela desaparecerá, posto que o fruto do Espírito gerado em nós resume-se em nove virtudes eficazes apenas quando exercidas com amor, o primeiro elemento desse fruto (Gl 5.22). Todos os outros “gomos” são diferentes expressões dessa preciosa virtude: gozo é o amor regozijando-se; bondade, o amor em ação; fé, o amor crendo; e assim por diante.
O derramamento de poder é um revestimento do alto para o crente, e essa promessa diz respeito “... a tantos quantos Deus, nosso Senhor, chamar” (At 2.39). O desafio de vocês, caros cessacionistas de plantão (se é que vocês têm a Bíblia como a Palavra de Deus), é o de aceitar pela fé essa promessa divina. Ou preferem defender uma posição antibíblica mediante argumentos lógicos?
Vocês foram chamados por Deus? Fazem parte da geração eleita, alcançada pela misericórdia do Senhor, conforme 1 Pedro 2.9,10? Então, por que não soltam essas amarras tradicionalistas, baseadas na razão humana, e recebem o poder do alto? Ou vocês preferem continuar seguindo a esse falso cessacionismo?
NÃO APAGUEIS O ESPÍRITO!
Vocês não abrem mão da interpretação equivocada de que as línguas mencionadas em 1 Coríntios 14.18 eram idiomas aprendidos, como hebraico ou grego. Mas, em 1 Coríntios 14.2, está escrito: “Porque o que fala língua estranha não fala aos homens, senão a Deus; porque ninguém o entende, e em espírito fala de mistérios”. Se as línguas estranhas são aprendidas, por que ninguém as entende? Ora, observem o que o texto diz: “em espírito, fala de mistérios”.
Se as línguas mencionadas por Paulo são da terra, por que ele disse que é preciso orar para interpretá-las? Observem: “... ore para que a possa interpretar” (v. 13). Além disso, o termo “mais”, no grego, mallon, indica que Paulo falava em línguas mais freqüentemente — e não em mais idiomas — que os crentes de Corinto.
Infelizmente, vocês se esqueceram de que devem crescer também na graça, e não apenas no conhecimento. E o mais triste é que, agindo assim, crescem apenas no conhecimento humano, racional, e não no “... conhecimento nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3.18).
Se você considera-se um cessacionista e tem confiado em seu limitado raciocínio, abrindo mão da poderosa presença do Espírito Santo, bem como das verdades reveladas nas Escrituras, há uma mensagem para o seu coração, a qual Paulo recebeu do Senhor: “Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias” (1 Ts 5.19,20).
Vocês zombam da sobrenaturalidade do evangelho; fazem pouco caso do que Jesus apresentou como sendo o efeito da pregação da Palavra (Mc 16.15-20). Sim, eu concordo que haja falsificadores, enganadores, mas abrir mão do poder do alto por causa desses falsos profetas é privar-se das armas da nossa milícia (Lc 10.19; 2 Co 10.4). Portanto, cessacionistas, peço-lhes que revejam os seus conceitos, posto que estão depondo contra a própria Bíblia.
Prezado Rev Augustus
ResponderExcelente seu artigo. Refletindo nele lembrei-me de pai, de saudosa memória. Ele foi pastor pentecostal, porém de origem reformada. Como leigo da igreja presbiteriana conservadora, aderiu ao movimento pentecostal na década de 60. Sendo seu conhecimento bíblico acima da média para a época (diga-se de passagem, conhecimento adquirido na frequência a Escola Dominical como ele mesmo dizia), foi rapidamente elevado à condição de obreiro e após algum tempo já liderava igrejas em sua denominação, o que fez até o fim de sua vida. O interessante nessa história (que aliás não é incomum para aquele período. Eu mesmo conheci diversos pastores cuja origem eram as Igrejas históricas) é fato de que não havia uma preocupação com a questão doutrinária naqueles movimentos, com exceção da pneumatologia, que deveria, obviamente, conter as experiências carismáticas. Aqui chego no ponto: meu pai, como muitos outros pastores pentecostais brasileiros dos meados do século passado, ensinava a Bíblia da forma como havia aprendido no meio reformado. Ele era um "pentecostariano". Assim esse fenômeno já vem ocorrendo no meio pentecostal já a algum tempo. Salvo engano (falo como observador e não como pesquisador), com o passar do tempo, foi imposta um teologia arminio-wesleyana e na maioria das Igrejas pentecostais, também dispensacionalista. Vejo com enorme alegria essa releitura reformada que muitos pentecostais estão fazendo de sua teologia, pois creio, e meu pai foi prova disso, ser perfeitamente possível conciliar ambas as coisas. Só pra terminar: só não vejo conciliação entre fé reformada e dispensacionalismo. O que o Sr pensa sobre isso? Grande abraço e obrigado pelo texto.
Marcos
Esqueci:
ResponderQuando citei e indiquei a Teologia Sistemática do Wayne Grudem, o fiz porque ele busca equilibrar bem a teologia reformada e a experiência pentecostal.
Não quero dizer que concordo com todas as posições dele e nem que discordo.
Apenas aprecio sua luta pela concordância doutrinária dentro do conservadorismo evangélico.
Caro Rev Augustus.
ResponderMuito Boa carta.
Eu sou Pastor pentecostal e ao mesmo tempo Calvinista. Prego as doutrinas da graça tranquilamente em minha pequena igreja e somos muito felizes. E em todos os nossos cultos o Senhor acrescenta à igreja os que ele escolheu antes da eternidade para herdarem a vida eterna. 90% dos lideres que estão trabalhando comigo também crêem nas maravilhosas doutrinas da graça.
No amor de Jesus
Pr Eronildo São José dos Campos Sp
Cidade da editora Fiel
Prezado Rev. Nicodemus,
ResponderSempre é um prazer ler os seus posts, pois revelam sempre algo maior do que meras palavras, pois são inspiradas pelo Espírito Santo de Deus.
Tive uma compreensão ímpar do seu post, e agradeço a Deus por sua vida e pelo seu ministério.
Espero mesmo que sua voz esteja sendo ouvida em todos os cantos de nossa liderança, e que aprendamos cada vez mais.
Grande abraço fraternal.
José Paulo
Caro Augustus,
Responderresolvi dar uma olhada no seu Blog e fiquei surpreso, pois este final de semana mandei um texto para Ultimato entitulado "Os dois tipos de igreja evangélica" www.ultimato.com.br Palavra do leitor 04-10.
Minha surpresa está em que embora com enfoque e objetivos diferentes, falamos a mesma mensagem, reformados ou pentecostais, somos irmãos, evangélicos.
E como os dias são maus devemos agir com muita sabedoria, amor e acima de tudo graça para superarmos as diferenças.
Parabéns pelo artigo,
Rogério
PS: Desta vez não achei nada estranho no texto. Mas estou aguardando uma nova partidinha de xadrez!
Que decepção Rev. Nicodemus!
ResponderSejamos coerentes com o que pensamos, está bem? Se o senhor diz:
"... os reformados no Brasil sempre reconheceram os pentecostais históricos como genuínos irmãos em Cristo"
Ótimo, então os abrace como tais! Agora, se você os chama de "irmãos", saiba que há reformados na IPB e que há calvinistas em outros lugares, que que não ignoram o ameaça que o Pentecostalismo representa para o Sola Scriputura, a Liturgia Reformada e o culto Cristrocêntrico. Saiba que há reformados que não cúmplices de obras más e tampouco bajuladores de hereges!
"... Existem muitos pontos de convergência entre os reformados e os pentecostais."
E daí? Os católicos (romanistas e ortodoxos) também possuem pontos de convergência conosco. Eles merecem a nossa adulação por isso?
"... Quando chegar ao tema do livre arbítrio, escolha com cuidado as suas palavras."
E pensar que Paulo disse sobre os hereges de Gálatas: "quem dera se se castrassem!" (Gl 5:12). Recomendaria o senhor ao apóstolo Paulo a mesma polidez frente ao pecado que irrita a Cristo? O senhor dirigiria essas mesmas palavras ao apóstolo para corrigi-lo?
"... Evite citar autores reformados o tempo todo."
Eu não tenho vergonha dos meus irmãos reformados que, em amor a Verdade, deram as suas vidas em vários momentos da História.
"... Não estou dizendo que você deve "esconder o jogo" para evitar ser colocado para fora de sua igreja..."
Não, imagine! Esse pastor, em primeiro lugar, precisa vir a uma IPB e congregar como LEIGO. É assim com todos os neófitos e não deveria ser diferente neste caso.
"Quem sabe os pentecostais não estejam predestinados a avançar bastante a teologia da Reforma no Brasil?"
Por que o senhor não repete essas "generosas" palavras ao Supremo Concílio que reafirmou o movimento pentecostal como estranho à fé reformada em Maio último? Seria ótimo que eles o conhecessem melhor...
Eu só tenho duas palavras para o senhor: tristeza e decepção. Oro para que o senhor se levante de onde caiu e perceba o seu erro.
(2Jo 1:10) "Se alguém vem ter convosco, e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem tampouco o saudeis."
(Tiago 3:1-2a) "Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo. Porque todos tropeçamos em muitas coisas."
Em Cristo.
Amigos,
ResponderAgradeço a todos que postaram palavras de apoio e que acrescentaram seus pontos de vista, enriquecendo o assunto e o tema.
Sinto que alguns comentários precisam de uma resposta,e aqui vai.
Joel,
Você pergunta "Por que a extrema cautela quando refere-se a pessoas que adotam uma linha de pensamento pautada no pentecostalismo". Respondo, dá para perceber pelos comentários irados de alguns que minha posição até é branda. Fui até chamado de "pentecostal manso"! Note também que pelo menos um pentecostal postou um comentário sobre a cessação dos dons em que praticamente sugere que os reformados não têm o Espírito Santo e nem o poder de Deus.
Fabiani,
Fique à vontade para divulgar o nosso blog.
Anônimo pentecostal,
Acho que você precisa estudar o assunto um pouco mais. Não são todos os reformados que usam 1Cor 13.8 para defender a cessação dos dons. Calvino, pelo menos, não usava. Não generalize. Também, existem dons e dons. Os reformados, como eu, acreditamos que os dons revelacionais já cessaram. Não cremos que haja novas revelações hoje, pois elas competiriam em pé de igualdade com a Revelação maior, que é a Escritura. Todavia, cremos nos demais dons que são igualmente mencionados na Bíblia.
Marcos,
Respondendo à pegunta do parágrafo final de seu comentário, concordo com você que não tem como conciliar o dispensacionalismo com a doutrina da aliança e do pacto, que é a espinha dorsal da doutrina reformada. Mas, via de regra, quando pentecostais começam a compreender as doutrinas reformadas, esse é um dos primeiros pontos em que eles mudam.
Um abraço a todos.
Roger,
ResponderPois é, desta feita escapei ileso do seu crivo! Vamos ver como será nos próximos posts!
Rodrigo,
Não acredito numa única palavra de seu comentário. E acho que nem você. Mas vamos imaginar que você seja isso mesmo que escreveu.
Nesse caso, acho que meu post alcançou o alvo ao decepcionar gente como você que não vê além do próprio umbigo e acha que o Reino de Deus é do tamanho da sua tribo. A estreiteza do seu pensamento e seu fanatismo antipentecostal de tal forma cegou seu entendimento que você passou longe de entender o ponto de meu post. Mas, o que esperar de quem considera os pentecostais como hereges e os que os consideram como irmãos como pessoas que estão em pecado? Seu comentário serve como ilustação para os leitores do blog de como é realmente um fundamentalista xiita.
Caro Rev Augustus,
ResponderQuando me deparo com suas palavras o mentalizo como um autêntico pastor de ovelhas. Oro para que outros pastores sigam seu exemplo.
Obviamente que a doutrina da salvação está muito acima de qualquer embate teológico. Sou pentecostal e tenho entendido que os pentecostais não sabem nem mesmo definir os cinco pontos do arminianismo e não conhecem -ou não têm condições de entender- a essência da doutrina calvinista. Quando se opoêm as doutrinas calvinistas não sabem o que ensina os 5 pontos do calvinismo. Bom, é relevante que se diga -e saibam- que há um grupo seleto dentro do Pentecostalismo que sabe equalizar as doutrinas bíblicas reformadas sem deixar de ser Pentecostal.
Por outro lado, tenho atentado para o fato de que, há pastores intelectuais no Pentecostalismo que não esposam as doutrinas reformadas -por algum motivo- mas são coerentes com as mesmas e o que fazem é descansar no silêncio teológico. Talvez, porque são pastores há longos anos e de certa forma -pontos positivos no Pentecostalismo, por exemplo- não deixam seus ministérios e igrejas. Até porque, penso eu, que não é para tanto.
Que o Senhor nos abençõe - Pentecostais e Reformados- e que nossas diferenças sirvam para nos amadurecer muito mais ainda.
Soli Deo Gloria
Pb Gilson Barbosa.
Sou um ex-pentecostal - agora tradicional - que abandonou esta linha doutrinária por descobrir, após uma longa experiência, que os supostos "dons espirituais" exercitados neste meio nada mais são do fenômenos psíquicos, como histeria conversiva, recalques do inconsciente e transferência neurótica.
ResponderA propósito, Charles Fox Parham, o fundador das Assembléias de Deus - a mais antiga denominação desta corrente - e do moderno movimento pentecostal era um notório racista, que ingressou na Klu Kux Klan com apenas dez anos de idade. A quem duvidar, surgiro que dê uma olhada no seguinte verbete da Wikipédia: "http://en.wikipedia.org/wiki/Charles_Fox_Parham" - infelizmente, disponível apenas em inglês.
Agora eu peergunto: pode o Espírito Santo do Senhor manifestar-se em alguém assim, que nunca se transformou?
A paz do Senhor!
Rodrigo,
ResponderVc realmente mostra-se xiita em sua posição e, sobretudo, demonstra 'zero' de sabedoria.
Só um exemplo: em 2001 ouvi uma série de palestras do pastor Terry Johnson, reformado, inquestionavelmente,com alguns bons livros traduzidos para o português ("As doutrinas da graça na vida prática" e outro sobre culto reformado). É pastor de uma grande igreja reformada na Georgia. Pois bem, ele dá o seguinte testemunho (obviamente as palavras não são ipsis literis):
"quando fui para aquela igreja passei 5 anos ensinando sem usar 'the C word' [calvino, calvinismo...]. Depois de 5 anos de ensino sólido, finalmente lhes disse: o que tenho ensinado nos últimos 5 anos é puro calvinismo e doutrina reformada!"
Uma questão de sabedoria! O problema, se é que vc ainda considera algum de nós irmão, é que muitos irmãos ficam tão encantados com a doutrina calvinista (com razão!), mas por fim só sabem repeti-la, sem saber demonstrá-la relevante para quem ouve! Eu não tenho vergonha de ser calvinista e nem reformado, aliás, isto está no topo deste blog. Por outro lado, ficar repetindo termos não convence ninguém.
É como 'sermão de seminarista' [sem ofensa aos mesmos que nos lêem!]: fala-se muito sobre o que é ser relevante sem saber como sê-lo.
Mauro
Querido Rev. Augustus.
ResponderAntes demais nada parabéns pelo post!
Muito me preocupava a sua posição diante dos opositores ao seu pensamento.
Fico muito feliz que tão lúcido quanto o post são suas resposta ao antagonismo que em alguns momentos "parecem" mais atitudes vindas de lobos que de ovelhas.
Que a Bíblia continue sendo a sua fonte de abastecimento de sabedoria. E a fidelidade ao Ela e ao senhor Jesus seja a sua motivação.
Um forte abraço!
Jorge
Prezado Pr. e irmão, Rev. Mauro,
ResponderSem querer entrar no cerne da questão, gostaria apenas de expor meus sentimentos em relação a uma afirmação sua.
Antes, manifesto meu amor e estima pelo Pastor, sendo que o sentimento a seguir em nada os abala!
Mas veja, quando o senhor afirmou que "É como 'sermão de seminarista' [sem ofensa aos mesmos que nos lêem!]: fala-se muito sobre o que é ser relevante sem saber como sê-lo", entendo que e tenho convicção de que o irmão certamente não queria nos ofender, ou a todos pelo menos, mas o fato é que a afirmação ofendeu e ofende. Ofende e não apenas a mim mas a muitos dos meus irmãos seminaristas que podem até não saber mais sobre relevância do que muitos pastores e presbíteros de nossa Igreja, mas certamente, esses, os quais me refiro, não sabem menos que muitos pastores e presbíteros. Sei que muito do que falamos é fruto de nossas experiências e a isso atribuimos muito valor ao ponto de se criar conceitos. Veja, no meu convívio, entre outros seminaristas, posso lhe assegurar haver "uma experiência a afirmar o contrário", ou, pelo menos, a negar a validade de sua afirmação.
Perdõe-me se fui rude, não é minha intenção, o meu desejo é que possamos, independente das condições e títulos, ver a relevância que Cristo produz por meio de nós e apesar de nós.
Abraços fraternos,
Dilsilei,
um seminarista
Sergio Nibon Diz:
ResponderPrtezadao Rev. Augustus,
Parabenizo-lhe por sua sábia postura com relação aos pentecostais. Fui um pentecostal, bem moderado é verdade(manso tb talvez), mas infelizmente sempre percebí a hostilidade de auguns
re(de)formados para com os pentecostais. Louvo a DEUS por essa postura que longe de ser uma postura de tolerância, po parte de alguns erros telógicos, é apenas fruto da ação do ESPÍRITO que no enche de AMOR.
Tenho outras dúvidas e gostaria de tirá-las com o senhor, com o Solano e com o Mauro. Há possibilidade para eu adquirir os e-mail's dos senhores???
Se houver escreva-me, por favor, enviando os e-mail's de vocês.
Um Abraço em CRISTO!
SNIBON@YAHOO.COM.BR
Sergio nibon.
Prezado Dilsilei,
ResponderFalei em tom de brincadeira, mas isto não a justifica. Perdoe-me a ofensa. Seu tom foi firme e amoroso, sem ofensa.
A Escritura diz:
Provérbios 26:18-19 Como o louco que lança fogo, flechas e morte, 19 assim é o homem que engana a seu próximo e diz: Fiz isso por brincadeira.
A única coisa que me salva de ser louco é que não tenho a intenção de enganar a ninguém. Reconheço, também, a mais pura verdade: tem muito seminarista que sabe muito mais que muitos pastores.
Explico a brincadeira, sem que isto a justifique: a pregação, nem sempre, é só uma questão de conhecimento do texto, mas, além do conhecimento, a capacidade fazê-lo relevante aos que ouvem, e isto costuma vir pela experiência. Tiro isto da minha própria, tendo já sido um estudante.
Já fui e sou abençoado pela prédica de muitos seminaristas e não costumo fazer seleção de pregador. Quando o seminarista vai pregar, sento-me e ouço como qualquer outro pregador. Com isto quero dizer que o respeito e a outros chamados para a pregação, mesmo enquanto estudantes.
Da próxima vez tentarei ser relevante usando o texto:
Salmo 141:3 Põe guarda, SENHOR, à minha boca; vigia a porta dos meus lábios.
Um abraço e, lhe asseguro, tenho grande admiração pelos profetas em formação.
abs
Mauro
Rev. Mauro,
ResponderSem Problemas!
Fato comentado, fato esquecido!
Fico feliz por suas palavras que são sábias e recomendável a todos nós em todos os instantes.
Que Deus o abençoe, e cuide de todos nós, para que continuemos nossas caminhadas apesar dos obstáculos que nossa propria humanidade nos impõe.
Felizmente estamos certos do motivo das nossas esperanças: Cristo!
nEle,
Dilsilei
Depois escreve algum conselho para os seus irmão da Teologia Relacional? Têm como?
ResponderSó não mande eu abandonar ela...hehe
abraços
Caro Rev. Augustos,
ResponderEu também venho de um passado infeliz de 10 anos no erro e na mentira pentecostal. Diria melhor: heresia e apostasia.
Lamento o seu post, com a esperança de ser muito verde e até ignorante para a ter compreendido correctamente. Tenho o pastor em alta estima e daí a minha surpresa.
Acho estranho hoje se falar de tolerância como algo que se deva comer e nunca recusar por falta de educação... Eu não odeio os pentecostais, nem sou pentecafóbico, mas odeio toda a heresia e falsa doutrina que tem penetrado na Igreja (seja ela reformada ou outra qualquer, desde que seja de Cristo) tal como homens bem mais maduros do que eu como Piper o expuseram (acerca do Evang. da Prosperidade) ou outros que com a mesma idade que eu o fizeram como fez Toplady ao erro de Wesley.
Eis o que o Prof. David J. Engelsma diz sobre o assunto e que pode consultar na íntegra no site monergismo.com (e creio que ele não é seminarista...):
"O Pentecostalismo, a despeito dos seus sérios erros, tem algo a contribuir às igrejas da Reforma, algo, de fato, que essas igrejas precisem muito?(...) As igrejas Reformadas e seus membros não carecem de algo que Deus mesmo está agora suprindo através do movimento Pentecostal ou carismático? (...) A suposta contribuição do Pentecostalismo para a igreja e o membro é uma vida cristã vibrante. (...) O Cristianismo Reformado tem a Palavra (doutrina); o Pentecostalismo adicionará o Espírito. Assim, o Pentecostalismo é introduzido, e bem recebido, nas igrejas Reformadas.(...)
A noção é falsa.(...) À sugestão do Pentecostal que deveríamos estudar aos pés do Pentecostalismo, para aprender sobre experiência cristã, os cristãos Reformados são inclinados a responder como o SENHOR respondeu a Jó de um redemoinho: "Quem é este que escurece o conselho com palavras sem conhecimento? … Onde estavas tu, quando eu fundava a terra?" (Jó 38:2, 4). (...)O Pentecostalismo deve ser rejeitado em sua inteireza, como uma religião alheia ao Cristianismo Reformado. Na circulação sanguínea da igreja Reformada, ele é um elemento estranho. Se permanecer ali, sem ser expurgado, será a morte desse corpo como um corpo Reformado.(...)Pode muito bem ser, contudo, que parte da culpa por essa má leitura resida aos pés de nós pregadores, presbíteros, pais e professores cristãos.(...) O fato que o Pentecostalismo não tem nada para contribuir para o crente Reformado não implica que Deus não faça uso desse movimento em favor do seu povo. Deus sempre usou heresias para dirigir sua Igreja à Palavra, de forma que seu conhecimento da verdade possa crescer e sua fidelidade de vida possa ser renovada. Deus usa o Pentecostalismo ao nos mandar de volta à Sagrada Escritura, a fim de examiná-la com respeito ao seu ensino sobre a vida cristã."
Seria assim com este último parágrafo que eu esperava ver a sua carta terminar e não com uma suposta contribuição para a teologia pela mão dos pentecostais.
Creio que se for o caso de decidir me corrigir o faça de forma edificante e não procurando humilhar, como também espero que seja suficientemente adulto e já não mais seminarista para se retratar se reconsiderar essa posição dúbia.
Contudo minha real esperança é ser demasiado ignóbil perante tão ilustres sábios que de facto não tenha entendido nada de nada e me seja esclarecido o busílis da questão.
Solus Christus.
Nuno Pinheiro (Portugal)
Prezado Nuno Pinheiro,
ResponderJá no início do seu comentário, você deixa claro o ponto em que divergimos, ou seja, você considera o pentecostalismo, como um todo e sem exceção, como apostasia e heresia.
Eu, mesmo discordando de muitos pontos doutrinários do pentecostalismo, consigo ainda ver que existe Evangelho suficiente para que possa considerá-los como irmãos. E até vejo pontos positivos com os quais aprender com eles. Isso deixei claro no meu post e disso, obviamente você discorda.
Não pretendo corrigi-lo. Nem pedir que se retrate. Espero apenas que antes de entrar para o pastorado você mude sua postura e se torne uma pessoa mais equilibrada nos seus julgamentos, em que pese sua experiência passada no pentecostalismo.
Um abraço.
PS: Não sei quem é Engelsma. Sugestão: não queira ganhar um argumento citando pessoas que supostamente são autoridade em alguma coisa. Se ele é doutor e professor, eu também sou. E posso citar outros doutores que pensam como eu.
Rev. Augustos:
Responder1º Eu não considero o pentecostalismo como um todo no sentido de confundir doutrina de pessoas - como creio que defende no parágrafo seguinte: logo, estamos de acordo. Se cresse nisso então eu iria deduzir que somente este ano com a minha transferência para a igreja reformada é que teria nascido de novo e creio que já aconteceu à 10 anos atrás.
2º Eu creio que um irmão pode ainda sê-lo apesar de sua falta de educação e que eu mesmo não sou o padrão dessa educação para irmão algum, como se estivesse olhando de cima para baixo. Contudo, não posso deixar de defender o que considero ser inalienável da Palavra de Deus, encobrindo o erro de meu irmão - nem creio que se possa chamar tal coisa de amor.
3º Eu agradeço seu voto que eu possa mudar, pois vai ao encontro de minhas expectativas pois sei que sem essa mudança gradativa e continua, de modo algum poderei servir a Deus seja em que área for na Sua Vontade. Porém, espero que Ele nunca me deixe ganhar esse equilibrio às custas de Sua verdade.
Eu amo meus irmãos pentecostais que ficaram para trás na minha igreja anterior, mas não deixo de lamentar com choro e mágoa sua fracas vidas devido a sua inexistente solidez na Palavra. Não ficaria triste se visse que seu irmão anda sempre em crise pois 2 ou 3 dias depois de após um culto ele afirmar sua vontade de conquistar o mundo, o encontrasse em dúvida que Deus estava conquistando seu coração e sua familia,vez após vez após vez?
Minha carta seria "Sai daí" pois eu tentei ficar e perdi 10 anos, pois ninguém te ouvirá!
Respeitosamente,
Nuno Pinheiro
http://soberanagraca.blogspot.com
Nuno Pinheiro,
ResponderEsse seu último comentário está bem mais ameno do que o anterior. fico feliz em ver que você está disposto a aprender e a mudar.
Respondendo à sua indagação, eu só diria a um irmão pentecostal que virou reformado para sair da igreja dele após ele ter tentado permanecer e influenciar. Acho que seu problema é ainda o trauma que você passou e pelo qual você julga todos os demais casos e faz generalizações. Leia os comentários a esse post. Você verá que há outros que tiveram experiência diferente da sua.
Um abraço.
Caro Rev. Augustos,
ResponderEstá insistindo que eu faço generalizações e não é esse o caso. Eu estava querendo falar acerca de uma questão de doutrina e não de casos e pessoas. A dotrina é herética e é irreconciliável na prática, se quisermos ser honestos com nossos irmãos e pastores.
Veja um caso: uma noite de culto a ordem geral é orar em línguas e clamar aos gritos pelo auxílio do alto. Eu fico orando mas sem a mesma histeria. Sabe como esta situação frequente desabava? Uma profecia dirigida a "alguém aqui" que está travando o Espírito. "Solte-se irmão", até chegar ao ponto extremo de ter aos meus ouvidos alguém gritando para "me deixar ir" e coisas do género.
Outro caso interessante é nós buscarmos comunicar aos irmãos algo na Palavra e como não era culto, nem havia por perto ninguém chilrando "assim diz o Senhor, xabacuriassss, aléluiassss" a Palavra de Deus era desprezada ou ouvida com enfado de alma...
Por eu ter pelo menos algo a dizer, pois foram 10 anos levados a sério (não andei lá a brincar, mas exercendo liderança e lendo e tentando praticar com todas as minhas forças) acho que aquilo que chama trauma pode vir a servir a causa de Cristo, pois creio que alguma serventia terá no corpo de Cristo minha penosa peregrinação.
Outra questão é a relacionada com a minha citação de um autor de um bom artigo. Aqui penso que terá havido um equívoco cultural. Não cito um doutor ou professor para atestar ou ganhar razão. Minha intenção não era diminuir o Rev. Augustos de quem tenho um enorme respeito. Queria compartilhar algo que li e que vinha dentro do que eu queria expressar pois foi algo que eu lera nesse mesmo dia e que por acaso tinha achado extremamente valioso.
Não quero por em causa a sua formação quer como pessoa quer como professor. Se eu pudesse tinha aqui livros seus em vez das prateleiras e gavetas estarem cheias de lixo de autores como Benny Hinn, Kenneth Hagin, Bryan Houston, Andrew Wommack, Rebeca Brown e outros que eu desprezo independente de terem feito seus cursos ou não.
Tomara eu, e creio que o vá fazendo pouco a pouco nos anos que o Senhor me der ainda, ir tendo livros de homens que eu tenho ouvido e lido uma exposição fiel da Palavra de Deus como você, o Paulo Anglada, Solano Portela, Jorge Barros, e outros brasileiros que me têm abençoado.
Quanto aos pentecostais, se não me vierem com pentecostalices e vierem com a Escritura também terei prazer em ler, pois serão a meu ver reformados!
Abraço amigo e sincero,
Nuno
P.S. não é fácil expor correctamente nossos sentimentos por escrita muitas vezes... acho que agora pude explicar um pouco melhor.
Nuno,
ResponderLi seu comentários sarcástico no post de Solano fazendo referência indireta a essa postagem aqui. Lamentável que um aspirante a pastor ainda não tenha aprendido a humildade e o respeito. Encerro aqui sua participação no meu post.
E espero que sua atitude seja outra no curso da FitRef onde você está matriculado.
Amados em Cristo,
ResponderPor falta de tempo, nem sempre tenho condições de acompanhar estas discussões, mas creio que são de grande utilidade.
Posso compreender os desabafos e reacções do meu Irmão Nuno quanto à carta do querido Augustus ao "Fernando", é possível que ele tenha sido um pouco duro na sua forma de se exprimir, pois o que ele viveu nos 10 anos que menciona, não foi fácil, daí o ele ter reagido assim. O Nuno é um querido Irmão que abraçou de alma e coração, pela graça de Deus - as doutrinas da graça. É alguém que ama a Palavra e fica indignado com práticas e doutrinas que não se identificam com a Palavra.
Rev. Augustus, receba o meu saudoso abraço.
Manuel Luzia
Caro Rev. Augustos,
ResponderCompreendo e aceito a repreensão.
Vou procurar que minhas atitudes possam ser mais humildes e respeitosas em Cristo de futuro.
No entanto agradeço ter-me permitido participar neste excelente blogue.
Seu em Cristo,
Nuno Pinheiro
Caro Manuel Luzia,
ResponderQue bom ler seus comentários mais uma vez. Obrigado pelo endosso ao Nuno, creio que ele tem potencial sim, apenas precisa aprender a conversar com quem ele discorda. Mas, se ele goza da sua companhia e ajuda, certamente irá crescer bastante. Um grande abraço!
Muito Bom mesmo, eu gostei muito, realmente esse paradoxo parece não ter fim, mas eu as vezes penso que a Igreja Pentecostal vai avançar de uma forma tão grande que eles voltarão a pensar nos velhos rudimentos da reforma, Paulo Romeiro também pensa a mesma coisa. Parabéns Augustus...
ResponderAugustus se um dia vier a Fortaleza, gostariamos muito de tê-lo em nossa Igreja, não se preoucpe com hospedagem agente providencia tudo para voce ter um otimo conforto aqui. sou da Igreja Comunidade Cristã Kayrós www.kayros.com.br
Respondere temos uma visão reformada apesar de ser pentecostal, estamos achoq dentro dos parâmetros desta carta. ;)
Ytalo Ribeiro
Ytalo,
ResponderObrigado pelo comentário e pelo convite, terei prazer em conhecê-los numa ida a Fortaleza!
Paulo Romeiro é colega nosso aqui no Mackenzie, onde ele é professor do Ciências da Religião.
Abraços!
Sabe Nicodemus, o que eu acho de mais engraçado sobre todos esses comentários de vocês...
ResponderÉ que só os reformados são portadores da verdade absoluta de Deus, que retém o único modelo correto de adoração.
Será que Deus sendo Deus precisa da auto defesa de vocês?
Paz do Senhor Rev.
ResponderÓtimo Post, realmente há muito o que se aprender na Teologia Reformada, por parte dos Pentescostais e vice-versa. Eu como pentecostal amante da Bíblia que sou, fico com o que diz as Escrituras quando vejo tantos debates e vontade de alguns em deter toda razão:1TS 5:21 "Examinai tudo. Retende o bem ",tenho ouvido algumas mensagens do Rev. e de muitos Pentecostais, vejo que o senhor procura com zelo expor as sagradas letras como elas são.Fica aqui meu elogio pelo post e o desejo que reformados e pentecostais tenham em mente que o céu que o Senhor tem preparado deverá comportar ambos, ou algum dos dois pode julgar que algum ficará de fora???
PAZ
Olá, Nicodemus!
ResponderGostei de saber que você é um "batista manso"... agora poso ser um "presbiteriano manso" também!
Fui arminiano a vida toda sem saber nada das doutrinas da graça até que, como tantos batistas, passei a estudar para demonstrar o erro que os irmãos presbiterianos defendiam e, vejam só, "o que nos perseguia agora anuncia a mesma fé". Pois pe! Ótimo blog, pois sei que essa história não é somente a minha, mas a de muitos! Fique na paz.
Olá pastor, muito bom esse Texto, dou glórias á Deus por sua vida, meu irmão...gostaria de saber se o irmão me autoriza colocar este texto no meu blog
ResponderNobre Dr. Nicodemus,
ResponderGostei muito da sua postagem. A cada dia eu lhe admiro mais e mais. Aliás, o senhor me tirou uma dúvida atroz, pois hoje estou numa Igreja Presbiteriana, mas vivi 11 anos em Igrejas Pentecostais. Quanto aos dons espirituais, especialmente o revelacional, eu creio que "novas revelações" não existem, a não ser que estejam contidas nas Escrituras, visto que a Palavra de Deus diz que a profecia: edifica, consola e exorta. Sei que o senhor tem recebido muitas críticas, mas, muito mais elogios.
Que Deus continue abençoando o seu frutífero ministério!
Emanuel Paiva
Quanto o item que o Sr coloca no seu texto que cito abaixo:
ResponderQue o plano de Deus no Final sempre sera realizado siguinifica que mesmo que o homem realize um holocauto ou mesmo abuse sexualmente de uma criança de 2 anos, No final de tudo isto foi um plano de Deus ?
Pergunto que Deus e este que tem plano de fazer o mal ?
na questão responsabilidade do homem não tenho duvidas, porem na questão plano de Deus prevalece no final mesmo que este plano seja mal não consigo compreender.
O Senhor pode me esclaresser mais sobre este ponto.
5. Quando chegar ao tema do livre arbítrio, escolha com cuidado as suas palavras. Você sabe que a posição reformada clássica é de que a soberania de Deus e a responsabilidade humana são duas verdades igualmente ensinadas na Bíblia, muito embora não saibamos como elas se reconciliam logicamente. Deixe claro que você em momento algum está anulando a responsabilidade do homem para com as decisões que ele toma, e que, quando ele toma essas decisões, ele as toma porque quer tomá-las. Ele é, portanto, responsável pelo que faz e pelo que escolhe, mesmo que, ao final, o plano de Deus sempre prevalecerá e será realizado.
Rodrigo,
ResponderVocê precisa urgentemente questionar sua Eleição. Pois seus comentários, digo, ataques ao que o Rev. Augustus postou, demonstra que você não tem vida piedosa, e muito menos conhece os princípios da Graça e Soberania de Deus.
Estude, tenha perspicácia, e cultive uma vida peidosa em Deus.
Essas marcas sempre seguiam os reformadores que você tanto tem apreço.
Emerson
Rev. Augustus
ResponderParabéns pelo belo post, e pelos conselhos ao destinatário da carta.
Que Nosso Deus continue a usá-lo para alcançar os eleitos pela exposição da Palavra Viva, Cristo Jesus!
Abraços
Olá Pastor Augustus.
ResponderBem com esse meu nome já fico tachado como "evangélico" e pentecostal, sou mesmo, mas o nome foi escolhido por uma querida tia (in memorian) extremamente católica, tudo bem...
Li os textos de diversos irmãos, amigos, sobre o pentecostalismo, que eu penso ser diferente do pentecoste.
Pois bem em 1995 sai de minha cidade na regiao metropolitana de Porto Alegre e fui estudar no IBAD, era a salvação teológica que eu tinha, apesar que aqui no sul, se tivermos bom senso aprendemos a conviver e aprender com nossos "irmaos" reformados, temos bastante luteranos e outros, em minha rua aprendi as primeiras lições de teologia de um antigo pastor luterano, então se quisermos, aqui no sul, podemos ter a mente mais aberta.
Indubitavelmente não se pode esquecer a história da minha querida Assembléia de Deus, teve erros crassos, essa coisa sem fundamentos de usos e costumes, me dá ojeriza, mas infelizmente faz parte da história.
O que realmente me fez escrever em seu blog, foi dar o relato de que vários colegas que iniciaram no seminário biblico IBAD comigo, em Pindamonhangaba há 13 anos, hoje são pastores presbiterianos, metodistas, batistas e outras denominações que nutro o maior respeito, lá aprenderam a buscar nos livros sua liberdade de escolha intelectual e religiosa, apesar da matriz doutrinária ser assembleiana.
Pentecostalistas, aqueles envolvidos no movimento da rua Azuza, pentecostais, todos os membros da igreja de Deus que mantém comunhão, vontade de servi-lo e dedicação em toda boa obra, ou sejam verdadeiros espirituais.
Não tenho vontade de sair da minha igrja , mas espero para que nos intelectualizemos mais, espero o dia que um assembleiano disser sou amilenista, calvinista e não for execrado.
Tenho muito a aprender, com certeza, na historia dos luternaos, presbiterianos, congregacionalistas, metodistas. Bah! se tenho (perdoe meu regionalismo)
Encerrando essa micelania de pensamentos, quiçá tenha atingido algum propósito que era de mostrar que muitos assembleianos querem fazer diferente e abertos ao dialogo, fico com a frase de John Stott:
"A reflexão sem entrega é a paralisia, mas a entrega sem reflexão fanatismo em ação" do opúsculo Crer é também pensar (que eu gostaria de fazer todo assembleiano ler, mas isso já é uma utopia)
Abraços e fique com Deus, Sola Grata, Sola scriptura, Soli Deo Glória.
Melquisedeque Silva
valeu Reverendo Augustus! sou de uma igreja pentencostal e gosto mto de doutrina reformada. Foi mto edificante o post.
Responderabraço
Caro Reverendo Augustus,
ResponderPor 10 anos fui membro de uma igreja pentencostal.Após tristes experiências e quase chegando ao ponto de abandonar o navio, o Senhor me resgatou,cuidou das minhas feridas,e vem a cada dia renovando minhas perspectivas.Tudo isto começou quando por acaso um dia eu li um de seus artigos.
Obrigado!!!!!!!!!!!!!
Rev.
ResponderConheci as doutrinas da graça vendo vídeos de Piper na internet pensei seriamente em sair da igreja que congrego e ir para uma reformada porém houve problemas em minha família,quando vi que Deus não estava a favor da minha decisão e essa carta me ajudou muito a ficar onde estou com coerência. Não precisamos da palavra calvinista para pregar, nem de livre arbítrio, não tem escrito na bíblia pela graça de Deus a igreja a qual pertenço não é somente voltada para experiências é uma igreja que prioriza missões e ajuda ao necessitado,aos que se encontram em igrejas pentecostais que vivem oprimindo através de enfase SOMENTE em experiências, anjos, milagres, profecias, vitória$,meu conselho é que voce saia rápido, mas se a bíblia é ensinada mesmo que seja com alguns erros, e voce tem um chamado para ensino da palavra prmaneça pois voce talvez seja o instrumento que Deus quer usar para doutrinar muitos eleitos dEle neste local.
Glorifico ao Senhor pela sua vida RevAugustus (pentecostalmanso) (risos) é dose...
Em Cristo
Luiz Carlos Santana
Timóteo-MG
Paz de Cristo irmão Augustus Nicodemos. Me converti na Assembléia de Deus e tenho sido ricamente abençoado por literatura de autores de linha reformada, inclusive muito de seus vídeos no Canal da PIB de Santo Amaro...posso dizer que sou um Pentecostal Reformado rs e essa postagem foi muito útil para mim,vou continuar em minha igreja com meus irmãos tentar de alguma forma pela graça e misericórdia de Deus pregar as doutrinas da graça em oportunidades que o Senhor me conceder. Soli del Glória!
ResponderRev. Augustus Nicodemos,
Respondersou Pastor Auxiliar em uma Igreja Pentecostal que amo muito, já faz algum tempo que andava preocupado, pensando:
"O que é isso que estou me tornando? será que pode existir um Pentecostal Reformado?" (risos)
Já faz alguns anos que me sinto assim, um Pentecostal Reformado.
Sou também Professor de Teologia no Instituto Teológico de minha denominação (e vice-diretor), tenho vários outros amigos em minha situação.
Tornei-me seu leitor (de seus livros e do blog) há alguns anos.
tenho lido e divulgado aos meus colegas e alunos autores como: Augustos Nicodemos (rs) John Piper, R C Sproul entre outros, então creio que estava seguindo as orientações de seu post sem tê-lo lido. (risos)
No ano passado tivemos em nossa cidade um evento aberto ao público com a Presença do Dr Shedd, promovido pela Igreja Batista, todos de nosso Instituto teológico foram e também alguns de nossos pastores, todos amaram.
Gostaria de saber se aceitaria um convite meu e de minha Diretora (Pastora e Psicologa)no Instituto Teológico, para estar conosco no que seria um congresso onde nos orientaria com mais abordagens no estilo deste artigo, e nas questões de Argumentação Teológica e Hermenêutica, e Cosmovisão Cristã.
Gostaria de saber sobre o Investimento (alguns chamariam despesas, eu chamo de investimento) para trazê-lo em nossa cidade.
meu e-mail:
professor.rodrigodeoliveira@gmail.com
gostaria de saber também se posso reproduzir seu texto em meu blog, claro citando a fonte.
Louvo e glorifico a Deus por sua vida e por ter escrito este post.
um abraço do seu leitor e admirador.
Rodrigo Martins
Juiz de Fora Minas Gerais
caro Rev Augustus Nicodemos,sou membro da AD igreja tradiconalmente arminiana,e faço parte do ministério,e tambem faço uso da tribuna para pregar,sou tambem academico e historiador e simpatizante da teologia calvinista,por isso,tenho lido algumas teses de lideres calvinistas ao longo dos anos e agora estou num pontto muito crucial na minha vida pessoal e ministerial,pois há na Biblia inumeras passagens que confirmam as teorias calvinistas,otimo post tenho um blog pessoal ligado a Historia www.historiadorgabrielvieira.blogspot.com
ResponderEu era membro de uma igreja pentecostal. Desde que comecei a ler a Biblia, percebi que Deus me deu esse dom de aprofundar no conhecimento da Palavra. Ha mais ou menos 1 ano, tenho assistidos muitos videos de de pregacoes e ensinamentos do Rev. Augustus Nicodemos entre outros reformados no Brasil e internacionais. Me acendeu um desejo e apreco maior pelas Escrituras. Porque esta enriquecendo meu conhecimento com as coisas de Deus. A foutrina regormada e rica na historia da igreja e profunda na fidelidade dos ensinos apostolicos. E tantos outros pontos crucias. Esse post fo Dr Augustus e uma resposta de alguem que zela pelas Escrituras. E acima de tudo esclarece os pontos dificeis de entender de forma equilibrada. Me sinto muito abencoado nos ultimos meses e renovado. Os reformados sao execelentes expositores das Escrituras e isso faz deles tambem otimos autres . Cada mes enriqueco minha estante com escritos desses abencoados reformados.
ResponderO senhor se garante demais. Tenho passado por essa aflição. Conheci a teoria da graça há pouca tempo e cada dia me apaixono mais, sobretudo o que diz respeito a eleição. É algo tão pequeno perto de tudo que Deus tem pra nos ensinar na Bíblia, mas tem sido motivo de grandes questionamentos. Louvo a Deus pela sua vida que tem sido instrumento de Deus para edificação da igreja. Um abraço. Graça e Paz.
ResponderCorreção: Doutrina da Graça e não Teoria.
ResponderPassei por esse conflito e estou hoje em uma igreja reformada a Igreja Presbiteriana Aliança federada a Igreja Presbiteriana do Brasil, tenho experimentado crescimento em todas as áreas da vida, Deus pela sua graça me concedeu essa oportunidade, fui membro da AD por 28 anos, foi muito difícil tomar essa decisão, mas não me arrependo, chegou num ponto que ficou insuportável estar num culto onde a música antropocêntrica, as mensagens com teor triunfalista misturado com Teologia da Prosperidade que estão causando afastamento das escrituras mediante uma incoerência entre o que se diz crer com o que se prega, a linguagem do púlpito é uma e na Escola Bíblica Dominical é outra. Práticas neopentecostais, somando-se à liderança que abraça determinadas práticas antibíblicas com vistas há perpetuar a família dos Pastores Presidentes no poder.
ResponderE tem mais... Não adianta falar em administração dos dons se não há dom para administrar, se não desfrutam de 1Co12 como farão uso de 1Co14, ora só resta aos que enxergam ignorar a fala do cego que diz não haver luz pois não a vê, so resta ao pentecostal ignorar críticas sobre a existência dos dons enquanto deles desfrutam! Lembrando porém o alerta que a história do movimento nos dá... a disposição em submeter-se a doutrina como nos aparece na bíblia da qual Cristo nos dá testemunho que a sigamos e da qual veio a mensagem que nos levou a Ele, a busca e descoberta pelos próprios meios hermeneuticos que marcaram essa ênfase no pentecostes, a maneira como o Senhor Jesus escolheu seu precursor americano no inicio (homem simples, negro, manco de uma perna, cego de um olho, pobre, seminarista que assistia as aulas do corredor devido as leis de segregação), escolha esta que confunde qualquer sábio e entendido e deles a encobre! Contudo não permaneceu assim o movimento, sendo que muitos de seus sucessores abandonaram a fidelidade com fervor a Palavra e deram mais importância ao dom do que ao fruto, ao ajuntamento mais do que a pureza da doutrina, mais ao carisma do imoral do que o carater do obreiro verdadeiro...
ResponderIsrael Cordeiro
Natal RN Assembleia no
israellcordeiro@hotmail.com
A doutrina da Graça não é propriedade de nenhuma denominação está disponível a todos até porque como bem disse Charles Spurgeon "é o próprio Evangelho", Que Deus abençoe graciosamente ao pastor Augustos.
ResponderEssa carta está causando um comportamento de reflexão tremendo em PE, ao ponto da ADPE em seu canal de TV, fazer uma série de programas (programa o que a bíblia diz) em defesa do pentecostalismo por se sentirem "agredidos".
ResponderObviamente, não foi essa a intenção do texto e eu louvo a Deus pela vida do rev. Augustus Nicodemos, pela perseverança na defesa do evangelho.