No post anterior fiz referência à análise social de Os Guiness, onde ele apresenta os três caminhos que têm sido seguidos para resolver a convivência com as profundas diferenças da humanidade. Ali, detalhei o que seriam o Universalismo Progressivo, o Relativismo Multicultural e a Aliança Cívica Plural. Quero me deter no Relativismo Multicultural, pois esta visão está bem presente em nosso país e com resultados desastrosos, especialmente no tratamento de uma questão muito contemporânea: a do infanticídio indígena, que tem ceifado inúmeras vidas, perante o olhar impassível de antropólogos e autoridades. Estes têm considerado essa questão apenas como uma peculiaridade de uma cultura, que não pode ser contraditada.
Já apontamos como a suposta convivência harmônica de diferenças, no Relativismo Multicultural, se mantém com o sacrifício do reconhecimento de absolutos éticos. Indicamos como o grande perigo existente nesse caminho é o fechamento dos olhos ao mal explícito, rotulando ocorências condenáveis como legítimas, válidas e inquestionáveis, por serem expressões culturais.
Pois é exatamente isso que vem ocorrendo em nosso meio. O antropólogo e teólogo Ronaldo Lidório, entre outros, já chamou atenção para os assassinatos de crianças que ocorrem nas culturas indígenas, no artigo: Não Há Morte Sem Dor e em sua “Carta Aberta Sobre o Infanticídio Indígena”. Os questionamentos dessa prática, entretanto, e até a simples discussão da mesma, é vista com maus olhos não somente pelas autoridades cegas pelo relativismo multicultural, mas também pela maioria da mídia, que embasa suas pautas e reflexões com igual descaso pelo que seria certo e o que seria errado – obviamente por não aceitar a premissa de que existem, sim, valores universais absolutos.
A matéria da Revista VEJA de 15 de agosto de 2007 representa uma grande exceção nessa insensibilidade imoral, trazendo uma visão favorável à ação de missionários que têm se colocado contra a prática do infanticídio em comunidades indígenas do nosso país. O senso de certo e errado das pessoas (que, teologicamente, identificamos como “a lei de Deus impressa em seus corações” – Rom. 2.15), despertado por esta reflexão, gerou muitas cartas de apoio à reportagem que apontava a inatividade e incompetência da FUNAI para resolver essas situações.
Já apontamos como a suposta convivência harmônica de diferenças, no Relativismo Multicultural, se mantém com o sacrifício do reconhecimento de absolutos éticos. Indicamos como o grande perigo existente nesse caminho é o fechamento dos olhos ao mal explícito, rotulando ocorências condenáveis como legítimas, válidas e inquestionáveis, por serem expressões culturais.
Pois é exatamente isso que vem ocorrendo em nosso meio. O antropólogo e teólogo Ronaldo Lidório, entre outros, já chamou atenção para os assassinatos de crianças que ocorrem nas culturas indígenas, no artigo: Não Há Morte Sem Dor e em sua “Carta Aberta Sobre o Infanticídio Indígena”. Os questionamentos dessa prática, entretanto, e até a simples discussão da mesma, é vista com maus olhos não somente pelas autoridades cegas pelo relativismo multicultural, mas também pela maioria da mídia, que embasa suas pautas e reflexões com igual descaso pelo que seria certo e o que seria errado – obviamente por não aceitar a premissa de que existem, sim, valores universais absolutos.
A matéria da Revista VEJA de 15 de agosto de 2007 representa uma grande exceção nessa insensibilidade imoral, trazendo uma visão favorável à ação de missionários que têm se colocado contra a prática do infanticídio em comunidades indígenas do nosso país. O senso de certo e errado das pessoas (que, teologicamente, identificamos como “a lei de Deus impressa em seus corações” – Rom. 2.15), despertado por esta reflexão, gerou muitas cartas de apoio à reportagem que apontava a inatividade e incompetência da FUNAI para resolver essas situações.
Um dos poucos parlamentares que têm se alinhado contra esses assassinatos que ocorrem no nosso solo é o Deputado Henrique Afonso. Henrique Afonso, presbiteriano, do Acre, tem tomado posições firmes nesta e em outras questões relacionadas com a vida e com a família, com singular independência, seguindo sua consciência de cristão, muitas vezes contra a orientação do seu partido (PT). De sua autoria, está na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados um projeto de lei que, se aprovado, aumentará a pena de quem comete ou permite infanticídio em populações indígenas. O PL 1057/2007 criminaliza 12 práticas tradicionais reconhecidamente nocivas.
São muitas as vozes de apoio? Não! O Centro Feminista de Apoio e Assessoria – Lobby esquerdista e com posturas declaradamente contrárias à vida e à família, se opõe claramente a este projeto lei, chamando-o de “repressivo” em seu site: “Ele precisa ser discutido com as mulheres indígenas, que serão as principais atingidas pela nova legislação”, diz Myllena Calasans, assessora parlamentar do CFEMEA para a área de direitos humanos.
Pago com o seu e o meu imposto, temos uma Comunidade de Discussão do Poder Legislativo – Interlegis (Senado e Câmara). Nesse site somos brindados com a notícia de que “Antropólogos e representantes de povos indígenas defenderam, nesta quarta-feira, o direito de as tribos decidirem sobre infanticídio”. Os depoimentos ocoreram em uma audiência pública realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias. A representante das mulheres indígenas no Conselho Nacional dos Direitos das Mulheres, Jacimar de Almeida Gouveia (da etnia Kambeba), disse que a decisão deveria ser somente das famílias. Ela criticou a atuação de organizações não-governamentais (ONGs) que retiram crianças deficientes das aldeias para levá-las para as cidades.
Vejam a explicação ela para o infanticídio: "Quando uma família decide eliminar um de seus membros, é feito um ritual, que tem um significado, e o assunto é encerrado. Ao contrário, quando uma criança é retirada da aldeia a dor não tem fim, pois eles ficam impedidos de saber qual foi o desfecho". Muito lógico, não? Permitam, consintam e defendam o infanticídio para que a família não fique supostamente desconfortável com um dor que é subjetiva e não aferível. Trocamos o fato concreto de uma criança sacrificada, pelo relativismo cultural intangível da proteção à cultura – muito civilizado!
Vejam a explicação ela para o infanticídio: "Quando uma família decide eliminar um de seus membros, é feito um ritual, que tem um significado, e o assunto é encerrado. Ao contrário, quando uma criança é retirada da aldeia a dor não tem fim, pois eles ficam impedidos de saber qual foi o desfecho". Muito lógico, não? Permitam, consintam e defendam o infanticídio para que a família não fique supostamente desconfortável com um dor que é subjetiva e não aferível. Trocamos o fato concreto de uma criança sacrificada, pelo relativismo cultural intangível da proteção à cultura – muito civilizado!
Mas o que nos espanta, mesmo, é a notícia, no mesmo site (Interlegis) das palavras do presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Augusto Freitas Meira, e da representante do Fórum de Defesa dos Direitos Indígenas (IDDI) Valéria Payê. Esses especialistas, de carteirinha, “defenderam o direito às diferenças culturais”. O presidente da Funai fica em cima do muro do relativismo ético e, agradando aos antropólogos, diz: “A análise requer cautela, pois o tema é delicado e complexo e não deve ser reduzido ao julgamento moral das práticas e tradições indígenas”, ao que Valéria Payê complementa que os indígenas não podem se submeter aos padrões morais e culturais dos brancos. “Eles têm direito a uma concepção própria de direitos humanos. Por que os povos indígenas deveriam aceitar a visão dos brancos sobre direitos humanos como a única correta?”
Do ponto de vista antropológico o Brasil é um dos países mais radicais na defesa do não intervencionismo e relativismo cultural. A influência relativista está alojada na ABA (Assoc. Bras. de Antropologia), na FUNAI e nas principais ONGs que lidam com a questão indígena. Em seus artigos, Lidório relata vários fatos de diversas culturas que demonstram não ser o infanticídio uma peculiaridade dos nossos índios. Diz ele que “o infanticídio... não é um fato isolado nem mesmo reside em um passado distante; é uma experiência atual”. Nem por isso pode passar em branco sem ser contestado; sem que a sociedade condene a prática e ofereça alternativas para as culturas que a pratica.
Do ponto de vista antropológico o Brasil é um dos países mais radicais na defesa do não intervencionismo e relativismo cultural. A influência relativista está alojada na ABA (Assoc. Bras. de Antropologia), na FUNAI e nas principais ONGs que lidam com a questão indígena. Em seus artigos, Lidório relata vários fatos de diversas culturas que demonstram não ser o infanticídio uma peculiaridade dos nossos índios. Diz ele que “o infanticídio... não é um fato isolado nem mesmo reside em um passado distante; é uma experiência atual”. Nem por isso pode passar em branco sem ser contestado; sem que a sociedade condene a prática e ofereça alternativas para as culturas que a pratica.
O missionário Edson Massamiti Suzuki afirma que “a prática do infanticídio é uma realidade até os dias de hoje, e que a cada ano dezenas de crianças são enterradas vivas, sufocadas com folhas, envenenadas ou abandonadas para morrer na floresta. Mães amorosas são muitas vezes forçadas pela tradição cultural a trair seus instintos e desistir de suas crianças. Algumas preferem se suicidar a fazer isso. Outras têm que conviver com a dor e o remorso pelo resto da vida. Em alguns casos, as mães lutam pela vida de seus filhos enquanto podem, e são obrigadas a viverem excluídas da sociedade ou a se refugiar fora da sua comunidade”.
Poucos, entretanto, estão interessados nos direitos dessas mães, ou nos direitos das crianças, tudo por uma suposta proteção relativista do “direito” de proteção à cultura. Um dos que estão, na cidade de Tupã, estado de São Paulo, é o vereador Airton Peres Batisteti, que se posicionou contra o infanticídio indígena e tem propostas sobre a matéria. Ele disse o seguinte sobre essa questão: “mesmo sendo uma violação aos direitos humanos, o infanticídio acaba sendo protegido pelos órgãos oficiais, sob a política de não interferência cultural”.
O deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, nos diz em outro site oficial, pago por nós (Rádio Câmara), que o importante nessa questão de infanticídio é o debate: “Ninguém é dono da verdade. É, nós achamos que é fundamental o respeito a vida mas também o respeito às diferenças... Nós queremos efetivamente que outros debates possam acontecer”.
E assim, assepticamente, como se vidas não estivessem envolvidas e sendo ceifadas, vamos debatendo. No caldeirão do relativismo multicultural, cabe tudo. Fechamos os olhos até a assassinatos, porque, acima de tudo, está o respeito às diferenças em um mundo do qual se aboliram os valores éticos universais e fundamentais.
Poucos, entretanto, estão interessados nos direitos dessas mães, ou nos direitos das crianças, tudo por uma suposta proteção relativista do “direito” de proteção à cultura. Um dos que estão, na cidade de Tupã, estado de São Paulo, é o vereador Airton Peres Batisteti, que se posicionou contra o infanticídio indígena e tem propostas sobre a matéria. Ele disse o seguinte sobre essa questão: “mesmo sendo uma violação aos direitos humanos, o infanticídio acaba sendo protegido pelos órgãos oficiais, sob a política de não interferência cultural”.
O deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, nos diz em outro site oficial, pago por nós (Rádio Câmara), que o importante nessa questão de infanticídio é o debate: “Ninguém é dono da verdade. É, nós achamos que é fundamental o respeito a vida mas também o respeito às diferenças... Nós queremos efetivamente que outros debates possam acontecer”.
E assim, assepticamente, como se vidas não estivessem envolvidas e sendo ceifadas, vamos debatendo. No caldeirão do relativismo multicultural, cabe tudo. Fechamos os olhos até a assassinatos, porque, acima de tudo, está o respeito às diferenças em um mundo do qual se aboliram os valores éticos universais e fundamentais.
24 comentários
comentáriosmuda o disco. vcs so falam sobre relativismo.
ResponderÔ André - ainda vou falar mais. Você acha que o infanticídio estatalmente protegido é peça de ficção?
ResponderSolano
Solano, as autoridades precisam acordar para isso. É um texto chocante. Obrigado pela contribuição. Deus te abençôe!.
ResponderPrezado Solano, seu texto é um alerta que, a meu ver, ultrapassa a já tão grave questão do infanticídio indígena. Isso porque ele nos faz enxergar o quão nocivo e epidêmico pode se tornar uma cosmovisão onde qualquer absoluto é retirado de cena. Com a proposta do politicamente correto e em nome do respeito às diferenças, nossa sociedade tem perdido os referenciais e a impressão é que estamos todos anestesiados, reféns desse relativismo que não admite o confronto de idéias nem a avaliação de valores, procurando silenciar os que dele discordam. O resultado é esse: uma idéia vale mais que uma vida!
ResponderPor favor os senhores poderiam me indicar como poderia conhecer melhor o trabalho do Dr Os Guiness.
ResponderSe ele possui publicaçoes em português e artigos em sites.
Obrigado,
edsonbsb@yahoo.com.br
Criminosamente quem defende o relativismo se cala diante da morte de crianças inocentes.
ResponderCriminosamente eles também defendem o "direito" de mães irresponsáveis e arrependidas de matarem seus filhos ainda não nascidos.
Com isso, contribuem para o controle populacional tão exigido nos países cristãos ocidentais. (Todos os meus amigos, inclusive eu, têm apenas 2 filhos, ou menos....)
Em breve seremos um mundo de velhos...
Dentro em pouco, é certo, nossos velhos, numerosos, dependentes da falida previdência oficial, "sustentados" por uma minoria "economicamente ativa" serão um estorvo e também serão descartados ao lixo sob aprovação oficial.
Empurram goela abaixo de uma sociedade cristã os valores materialistas de uma esquerda doentia que rejeita o bem mas aceita de bom grado tudo que é sujo, imoral, criminoso e mal.
E nós? O que temos feito?
O pior é saber que existem teólogos ditos cristãos, batistas inclusive, que defendem absurdos sociopatas como esse. Muitos inclusive têm trazido essa visão relativista para dentro da igreja justificando práticas bestiais como o homossexualismo como sendo uma evolução cultural do cristianismo. Para tanto, negam a Bíblia como referencial de fé e prática da cristandade, tomando a aceitação social como sendo esse novo referencial.
ResponderEssa questão, deve ser discutida, hoje em dia, não somente em termos sociais, mas também em termos eclesiológicos.
Não queremos impor que todos os seres humanos aceitem o cristianismo, até porque, a aceitação ou não do cristianismo é tarefa divina.
A questão é, quais são os limites socio-culturais aceitáveis num mumdo pluralizado e globalizado.
Estou tomado pela perplexidade! Um absurdo que num país de maioria cristã as pessoas tenham suas mentes entorpecidas e seus corações empedernidos para essa tragédia. Será que elas não conseguem perceber a extensão da malignidade do relativismo? Se não existem absolutos, qual atitude, comportamento ou ideologia poderá ser condenada? Como poderemos julgar os crimes do comunismo e do nazismo? Essas pessoas carecem não apenas de DEUS mas também da, hoje desprezada e esquecida, lógica!
ResponderDesde o final do mês de Junho que fiquei sem possibilidades sem fazer nenhum artigo. Agora visto já ter Internet (ALELUIA), posso retornar a fazer o que gosto.
ResponderDesde já agradeço todas as visitas feitas ao meu blog (Biblos) e espero que retornem periodicamente.
danielaurelio.blogspot.com
Para enfatizar o que Creuse P. S. Santos escreveu, dêem uma checada neste site:
Responderhttp://www.aliancadebatistas.com.br/
Especialmente aqui:
http://www.aliancadebatistas.com.br/noticias/noticias1.htm
E aqui:
http://www.aliancadebatistas.com.br/colunistas/neander/Igreja_e_homossexualidade.pdf
Goel
Irmão Goel,
ResponderPermita-me um simples e singelo comentário. Em minha opinião, tudo depende da igreja como um todo. Será a atitude da igreja que mostrará a eles em qual contexto eles estão. Eu percebo que a militância deles enfatiza a liderança como o alvo da crítica. Eles se esquecem que a igreja não é apenas a liderança. Eu penso que se eles querem ter a igreja deles, que a tenham; têm direito assim como os umbandistas têm o direito a seu espaço. O que é impróprio é pressionar a igreja a aceitar a prática homossexual de seus membros e principalmente de pessoas que têm um ministério. Se eles lançassem um outro olhar – o mais apropriado – perceberiam (será? Espero que sim, um dia) o quanto estão agindo como elefantes em uma casa de cristais ao ambicionarem um ministério, qualquer que seja ele, em uma igreja que tenha muitos solteiros, solteiras, viúvos, viúvos, divorciados e divorciadas que observam Atos 15:20, não porque a igreja manda, mas por prazer de agradar a Deus e por optarem pela liberdade de consciência.
O problema daquela militância, é que eles querem porque querem ser preferenciais, querem por que querem ser exceção. Quem sabe um dia eles crescem e descobrem o quanto eles são vistos como imaturos que não enxergam que Deus não faz acepção de pessoas, sejam elas homo ou hetero.
Caros irmãos e irmãs que têm comentado:
ResponderObrigado por suas observações. Existe muito que ainda podemos fazer perante esta cena chocante. Cito de uma carta que acabo de receber:
"No Brasil indígena muitas crianças são mortas por tabus culturais. Normalmente são crianças que nascem com alguma deficiência física, ou gêmeos, ou ainda crianças sobre as quais se tem algum mal pressentimento durante o parto. Tais crianças são flechadas ou abandonadas no mato. Há divergências antropológicas sobre o assunto, em como aborda-lo, porém julgamos que a cultura jamais pode ser considerada como mais valiosa que a vida.
Você pode se envolver com esta causa orando, se informando ou enviando uma mensagem de apoio para a aprovação da Lei Muwaji (contra o infanticídio, independente da diversidade cultural) para a relatora Deputada Janete Rocha Pietá pelo e-mail dep.janeterochapieta@camara.gov.br. E no site da ATINI www.vozpelavida.blogspot.com você pode ler a lei em sua íntegra".
Solano
Cara Talita:
ResponderObrigado pelos comentários. Quando o seu último foi lido, o primeiro já estava postado. Se quiser, podemos excluí-los, mas ele é pertinente à discussão do relativismo em nossa cultura.
Abs
Solano
Que sociedade louca essa em que vivemos... fechamos os olhos para absurdos como estes (o assassinato covarde de pequenos brasileiros), enquanto nossos magistrados julgam o pedido de indenização de suzane por maus tratos na cadeia...
ResponderTenho um filho com paralisia cerebral e deficiência física decorrente. Agradeço a Deus que Davi tenha nascido numa "cultura" que não me obrigou a enterrá-lo vivo. Não há argumento antropológico que justifique uma crueldade como essa!!!!!!
"Jogada no esgoto pela janela de casa..."
ResponderEssa frase nos levaria a pensar em poluição ambiental, em poluição de rios, em garrafa pet ou em qualquer outra coisa, menos em uma mãe parindo e jogagando o seu bebê recém nascido pela janela no esgoto que passa ao fundo de sua casa. Mas, foi exatamente isso que aconteceu essa semana em Minas Gerais.
Tanho certeza que logo, logo se levantarão psicólogos, sociólogos e antropólogos defendendo e justificando a prática da mãe assassina, dizendo que a mulher teve algum tipo de depressão pós parto.
Me chocou ver as imagens, um bebezinho de 2,5 Kg, roxo, quase duro lançado ao esgoto sujo, onde ficou por 12 horas. Até agora me revolve o estômago e me dá um certa ânsia só de pensar na situação.
Esse foi um fato, isolado na hurbanidade, porém centenas de atitudes iguais acontecem todos os dias longe dos olhos nas matas Brasileiras.
O que diremos, que isso é um direito cultural??? Que diferença tem fazer isso na cidade e no mato??? O ato não é o mesmo??? Nem o governo, nem a cristandade podem se calar diante de barbarísmos como esse. Se continuarmos a permnitir coisas assim, temos que mudar o nome de "sociedade", para "manada", "rebanho", "matilha" ou qualquer outro coletivo animal do tipo...
Cara Simone:
ResponderVocê expressou grande verdade. Algum tempo atrás me sensibilizei com a história de um amigo meu, que tinha um tio excepcional - com síndrome de Down. Disse-me ele que sua avó teve vários outros filhos e que, enquanto eles cresciam, ela nunca entendeu porque aquele era diferente. Não chegava a se revoltar contra Deus, mas ficava muito triste com o trabalho que aquele filho lhe dava e sem ver futuro para ele. Com o passar do tempo, os demais filhos e filhas foram casando e sainda de casa. Ela foi envelhencendo, enviuvou, e quando já idosa, fraquinha, era exatamente aquele filho que havia ficado em casa, que cuidava dela e fazia tudo para ela. Certamente cada vida é especial perante Deus, por isso que ele proíbe que se tire a vida humana - todos foram feitos à sua imagem e semelhança, com dignidade inerente, ainda que o pecado, e alguns desvios que são sempre fruto das imperfeições desta terra, cobrem um pedágio pesado de nossas emoções e das nossas forças. Ainda assim, Deus nos conclama a observarmos os seus princípios, a amar como somos amados, e é Ele que nos sustenta e nos encoraja em todas as tribulações.
Um abraço fraterno,
Solano
Caro "falando a verdade":
ResponderAcompanhei essa notícia pela imprensa. Semelhante à daquela mãe que jogou o filho na lagoa da Pampulha. Representam posturas que não são "naturais" e nem "normais" (por mais que sejam fruto do pecado). Eventos como esse chocam os próprios descrentes; as pessoas que não temem a Deus, mas que recebem em seus corações a lei de Deus impressa, pelo fato de serem criaturas formadas à imagem e semelhança de Deus. Jesus nos diz que a expectativa, nesta vida, é que um pai, mesmo sendo mal, não dê pedras aaos seus filhos, quando estes pedem por pão. Ou seja - pais cuidam dos filhos, em vez de assassiná-los. Infanticídio é aberração; infanticídio promovido pelos pais (quer por pressão da "cultura"; quer por convicção errada de uma postura) é dupla aberração. Mas mesmo contra o senso comum se insurgem os antropólogos de plantão, para procurar explicar o inexplicável.
Abs
Solano
O que os índios dessas culturas fazem, ao praticar o infanticídio, poderia talvez ser chamado de "eugenia mística". Isso demonstra que até os índios, como pecadores que também são, querem influir diretamente na ordem natural das coisas para tentar controlar totalmente aquilo que está fora de seu alcance: o destino dos seres humanos.
ResponderTenho um carinho todo especial pelos portadores de Down, com quem convivi desde pequena. Também conheço o filho da minha amiga Simone, Davi, e louvo a Deus porque não só se trata de um menino com faculdades mentais absolutamente perfeitas, mas é dotado de inteligência, criatividade e sensibilidade muito especiais!
Tenho vontade de chorar e uma ira verdadeira quando penso que pessoas como Davi e o tio do amigo de Solano jamais teriam chance em uma cultura que pratica o assassinato - dentro ou fora do útero, tanto faz - de bebês considerados ameaças ou pesos para a sociedade. Hoje é comum que o médico proponha aborto à gestante cujo feto foi detectado com Down; a julgar pelo monstro em pele de professor universitário que se chama Peter Singer, a matança de crianças será coisa corriqueira, um "bem social".
Quem diria que, em pleno século XXI, nós crentes nos acharíamos nessa situação: penar para convencer a sociedade secular de que matar é errado! Só a Palavra de Deus se constitui a diretriz sólida que detecta essas práticas como males absolutos. Não desanimemos diante dessas absurdidades; que possamos, como crentes, continuar a influenciar o mundo de modo a diminuir ou acabar com tais práticas, para o bem do homem e por obediência e amor a Deus.
O governo federal começou a veicular na televisão uma propaganda pelos direitos e valorização das culturas indigenas. O comercial monstra alguns indigenas de várias tribos do Brasil dizendo seu nome e afirmando: "Sou Brasileiro". Mas, me pergunto, se de fato, eles são Brasileiros por que as leis contra o infanticídio não valem para eles? Será que os índios realmente são Brasileiros? Se assim o são, as leis válidas para todos os outros brasieliros não seriam as mesmas para estes supostos brasileiros? Ou será que exite uma casta de Brasileiros que vivem sem lei alguma? Em nome da antroplogia, mantém os indíos na ignorância, na falta de cultura, na desumanização, na falta de conforto, na burrice. Essa é a mentalidade portuguesa colonizadora, ao invés de trazer o índio para o desenvolvimento, mantêm-no na ignorância da mata, pois assim é mais fácil dominá-los e pouco a pouco, eliminá-los. Eu sou brasileiro, e quero que todos os Brasieiros sejam tão brasileiros quanto eu.
ResponderA revista Veja publicou uma matéria com Mukhtar Mai, uma escritora paquistanesa que ganhou notoriedade ao enfrentar os costumes tribais da localidade onde vivia, os quais incluíam uma série de desrespeitos aos direitos das mulheres, tendo ela mesma sido vítima de um dos tribunais locais que a condenou a um estupro coletivo. O episódio somente não se tornou mais um na estatística de violações dos direitos humanos, graças a uma reportagem feita por uma jornalista francesa que foi publicada em um jornal local e ganhou o mundo. Diante da repercussão da matéria, o governo paquistanês se viu obrigado a agir, resultando na prisão dos envolvidos no "julgamento" da escritora. Aclamada e admirada como uma guerreira da paz, Mukhtar Mai jamais foi questionada sobre a legitimidade cultural dos tribunais tribais em estuprar, mutilar, queimar ou usar como moeda de troca as desafortundadas mulheres da região. Ninguém em sã consciência se levantaria para defender tais práticas em nome da autonomia cultural das tribos. Isso seria um absurdo. Pois é, mas é exatamente isso que temos visto no Brasil com relação ao infanticídio indígena. Será preciso chamar a jornalista francesa?
ResponderO livro de Mukhtar Mai, Desonrada, foi publicado aqui no Brasil pela Record. Vale muito a pena ler! É um duro golpe no multiculturalismo, cego para os sofrimentos a que as mulheres ainda são submetidas na porção não cristianizada do planeta.
Respondercaros senhores, achei muito interessante o assunto sobre infanticidio nas aldeis indigenas do brasil. Tanto é que estou começando meu trabalho de monografia sobre o assunto.
Respondergostaria de pedir aos senhores algumas indicações de leituras.
Não acredito em uma lei que proteja a morte de pessoas que sequer tiveram chance de tentar viver.Quem são eles?alguma espécie divina, com direito de decidir sobre a vida?
E me questiono mais ainda, se nossos governantes não podem ou não querem fazer nada?
Escondendo-se sobre uma questão dita somente cultural, ficamos na mais completa paz, pois com essa desculpa estamos acomodados.
agradeço desde já por indicações
MICHELI D BORTOLAZZO
estudante de historia.
michelidbortolazzo@yahoo.com.br
Que estranho,
Respondera internet é tão abrangente e só existem comentarios de cristãos,
humano, demasiado humano.