segunda-feira, dezembro 31, 2007

Augustus Nicodemus Lopes

Conselhos a Um Pregador Itinerante

[mais uma carta dirigida a personagem fictícia, porém baseada em experiências e fatos bem reais]

Meu caro Pr. Filipe,

Obrigado por seu e-mail contando as experiências recentes em suas pregações Brasil afora. Eu mesmo tenho tido a oportunidade, durante meu ministério, de pregar praticamente em todos os Estados da Federação e em vários países do exterior. Só posso agradecer a Deus.

Acho que é por isso que me sinto à vontade para atender seu pedido de conselhos práticos para suas viagens. Vou falar de coisinhas práticas que, mesmo sendo pequenas e “mundanas”, podem estragar sua estada em uma igreja.

1. Se for viajar de avião, acerte bem cedo quem vai comprar a passagem. Já me aconteceu de chegar o dia de viajar e não ter um bilhete. Os que me convidaram não compraram passagem pensando que eu ia comprar! Foi uma dificuldade conseguir passagem de última hora e estas geralmente são mais caras.

2. Se ficar a seu critério comprar a passagem, veja o horário em que a programação começa, para não chegar em cima da hora. Dê sempre um espaço para atrasos nos aeroportos. Peça um assento no corredor ou janela, não deixe para marcar na hora do embarque. Você pode terminar lá no fundo, espremido entre dois gordões durante duas horas de vôo. Um verdadeiro inferno.

3. No caso de você comprar a passagem, guarde o comprovante para mostrar quanto custou, na hora do reembolso. Não será um problema se você não tiver comprovante, mas fica mais elegante e transparente estar pronto para mostrá-lo.

4. Escreva em lugar acessível um telefone para contato, e mesmo o endereço da Igreja ou do local das pregações, para quando chegar ao aeroporto da cidade onde vai pregar não ser surpreendido por um aeroporto vazio, sem ninguém lhe esperando. Já passei por isso, sem telefone de contato e sem endereço, e lhe garanto, é desesperador!

5. A bagagem é extremamente importante, em caso de compromissos fora da sua cidade. Se for de ônibus, tudo bem. Se for de avião, esteja preparado para extravios. A melhor coisa é viajar leve e acomodar suas roupas, etc. em uma mala ou bolsa que você possa levar consigo dentro do avião, sem ter que despachar como bagagem. Se não tiver jeito, leve pelo menos uma muda de roupa com você. As chances de extravio de bagagem são grandes. Já me ocorreu de chegar em Goiânia para pregar num grande evento, e minha mala se extraviou. Tive que morrer num Shopping Center para comprar de última hora uma roupa completa e todos os acessórios (por causa do meu tamanho, sempre é difícil conseguir paletó emprestado...). A mala só apareceu dois dias depois.

6. Ainda sobre bagagem. O costume das igrejas varia muito pelo Brasil quanto à indumentária do pregador. Em alguns lugares, usar paletó é sagrado. Em outras, indiferente. Meu conselho é que pergunte antes ao pastor da Igreja que indumentária ele costuma usar. E caso isso não tenha sido possível, leve um paletó completo por via das dúvidas. Esteja preparado para tudo – rasgar as calças, descosturar o zíper da calça do único paletó (isso me ocorreu faz um mês, na encantadora Porto Velho. Minha sorte foi que havia uma irmã que era excelente costureira e deu um jeito a tempo para o culto da noite), manchar o único paletó que levou logo na primeira refeição, etc.

7. Por falar em hospedagem, naqueles compromissos de mais de um dia, meu conselho é que não imponha como condição ficar num hotel. Pega muito mal. Infelizmente, muitos pregadores evangélicos de renome quando aceitam um convite impõem como condição, além da oferta já determinada, ficar em hotéis de várias estrelas, comer em determinados locais, etc. etc. Para mim, é coisa de mercenário. Diga que aceita ficar hospedado na casa de uma família desde que você tenha tempo para descansar e rever seus sermões e orar. No meu caso, eu acrescento que não consigo dormir com mosquito (pernilongo, muriçoca, etc. – você tem que lembrar que dependendo do lugar para onde vai, o nome muda...) e calor, e se a família tiver pelo menos um bom ventilador e repelente, já basta. Deixe a Igreja que lhe convida decidir onde vai lhe hospedar. (Se você quiser ler um pouco sobre as bençãos de ser hospedado – e dos que hospedam pregadores – leia uma série de posts sobre o assunto, que começa aqui [ http://www.cronicasdocotidiano.com/?p=143 ])

8. Como você é presbiteriano, fique atento para um detalhe que pode acabar trazendo algum embaraço, se você for convidado para pregar numa igreja batista. Isso nunca me aconteceu, mas sei de casos em que o pastor presbiteriano foi pregar numa igreja batista e na hora da Ceia do Senhor foi preterido – o diácono zeloso não lhe serviu o pão e o vinho (como eram batistas, provavelmente era suco de uva). Ouvi falar de pastores presbiterianos que passaram por esse vexame e sei de pelo menos um que se levantou e saiu do culto, na hora. Não precisava tanto, talvez. Mas, que fica chato, fica. Você é crente o suficiente para estar falando lá e até para ensinar a congregação como trilhar os caminhos de Deus, mas não para tomar ceia...Por isso, cuidadosamente, pergunte antes ao colega batista, ou de outra denominação que restrinja a Ceia, se haverá celebração da Ceia e se ele tem a posição restrita ou mais aberta, que concede a Ceia aos pobres presbiterianos. O que é acertado antes, não sai caro.

9. Outro conselho – procure informar-se ao máximo da Igreja onde vai pregar, ou dos que estão patrocinando o evento em que você vai falar. Em 1997 paguei um dos maiores micos do meu ministério quando fui convidado para falar sobre Batalha Espiritual em uma igreja presbiteriana fora de São Paulo (eu tinha acabado de lançar meu livro O Que você Precisa Saber sobre Batalha Espiritual). Eles esperavam que eu falasse a favor e eu fui falar contra! Se eu tivesse tomado o cuidado de me informar cuidadosamente das posições do pastor da época e da situação da igreja, provavelmente teria recusado o convite ou então deixado muito claro que iria falar contra. Foram três dias de tensão e desconforto, na esperança de que Deus estivesse utilizando positivamente aquele constrangimento... Conhecer antecipadamente sua audiência vai ajudar a calibrar a pregação, determinar os conteúdos e tirar do baú do escriba coisas velhas e novas apropriadas para a ocasião (Mateus 13.52).

10. Nesse sentido, é bom estar absolutamente seguro da ocasião e do motivo do convite. O que a Igreja espera? É um aniversário da Igreja? Há um tema específico? Os temas das pregações ou palestras são livres? Eles esperam que você fale quantas vezes? Seja organizado, tenha tudo isso anotadinho bem antes do evento. Eu já passei por maus momentos por causa de desorganização. Cheguei na cidade onde tinha de pregar três vezes sem ter me assegurado da ocasião. Confesso que confiei demais na minha experiência e nos sermões de reserva que tenho de memória. A ocasião era o aniversário do coral da UPH!!! Eu não tinha sermão nenhum preparado para isso. Tive de improvisar na última hora e ficou aquela beleza...

11. Ainda alguns conselhos sobre as pregações. Pergunte antes o tempo que o pastor da igreja costuma pregar. Não abuse do fato que você é convidado. Você vai querer que eles se lembrem de você como “ah, aquele pastor que pregou tão bem sobre Lázaro...” e não como “ah, sim, aquele pastor que pregou cada sermão um mais comprido que o outro...”

12. Outro conselho muito importante. Pregadores itinerantes “como nós” costumam ter um pacote de sermões que levamos conosco e pregamos onde somos convidados. Pode acontecer o desastre de você repetir o mesmo sermão num mesmo lugar. Já passei por essa vergonha. Quem me salvou foi Solano Portela, que estava presente, e logo que eu anunciei o texto e fiz a introdução do sermão, ele discretamente se levantou do banco e me passou um bilhetinho onde estava escrito “você já pregou esse sermão aqui no mês passado”. Quase morri de vergonha. E o pior foi pregar na hora um sermão novo de improviso! Portanto, ache um jeito de registrar onde você pregou determinado sermão e quando, para evitar esse desastre.

13. Por incrível que pareça, o púlpito onde você vai pregar pode se tornar um problema. Há igrejas com púlpitos minúsculos e outras que nem púlpito têm mais – foram aposentados quando o pastor e a igreja adotaram grupo de coreografia, um enorme grupo de louvor e equipe de teatro. O pastor passou a pregar com microfone sem fio, andando pelo palco e pela igreja, sem anotações e sem a Bíblia diante dele, só contando histórias e experiências. Eu sei que você gosta de pregar expositivamente, de ter sua Bíblia aberta diante de você e as anotações ao lado. O que fazer em casos assim? Eu já me virei com aquele estande do regente do conjunto coral, onde de improviso acomodei a Bíblia e as notas. Em outras vezes, não teve jeito. Tive de pregar com a Bíblia aberta numa mão e o microfone sem fio na outra, sem chance de ter as anotações! Nesse caso, o que me salvou foi a boa memória a experiência de pregar de improviso. Meu conselho é que você também pergunte ao pastor se haverá ao menos um estande de regente para colocar Bíblia e notas. Outro conselho é que memorize os sermões e passe a pregar sem notas. Isso vai lhe salvar de inúmeras situações similares.

14. Agora, a questão da oferta. Na verdade, isso não deveria ser nem mesmo uma questão para você. No máximo é uma questão apropriada para quem convida. Quando isso passa ser o foco do seu ministério, vira coisa de mercenários, os que mercadejam a Palavra de Deus. Sei que existem muitos que não têm outras fontes de sustento a não ser o ministério itinerante, mas não é o seu caso e eu não saberia como lidar com essa situação... Já recebi vários convites que vinham com a pergunta receosa, “quanto o irmão cobra por palestra?” Obviamente, respondi que não cobro absolutamente nada, só preciso que paguem as despesas de passagem e hospedagem (e já houve casos em que acabei pagando para ir pregar em outro Estado, numa igrejinha que não tinha condições de pagar a passagem de avião. De ônibus, levaria 2 dias para ir e mais 2 dias para voltar). (Deve ser por isso que minha agenda de pregações está lotada até o final de 2008...). Meu conselho é que não conte com ofertas, como se fosse coisa certa. Não são. São um extra, um bônus, que pode ter ou não. Se, todavia, a igreja ou entidade patrocinadora lhe oferecer uma oferta, aceite com alegria e gratidão. Se recusar, vai ofendê-los.

Bom, eu teria mais um monte de coisas para dizer sobre esse assunto. Afinal, após 27 anos como pregador itinerante, no Brasil e fora dele, a gente aprende muito. Mas, no geral, eu lhe diria que tem sido um grande privilégio e alegria pregar em tantos lugares diferentes. Os contratempos não representam nada diante das bênçãos. É claro que isso só tem sido possível pela compreensão e apoio da minha esposa (filha de missionários) e de nossos quatro filhos, que sempre ficam contando os dias quando papai viaja... recentemente fiquei muito alegre quando uma igreja mandou uma carta para minha esposa e filhos, agradecendo por terem me liberado para passar um fim de semana com eles.

Um grande abraço!
Augustus
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sexta-feira, dezembro 14, 2007

Mauro Meister

O natal e os tesouros do coração

Presentes: esta é a palavra de ordem do mês de dezembro. Muitos estão preocupados com o que vão dar de presente, e outros, com o que vão receber. O comércio espera, todo ano, superar o consumo do ano anterior e muitas pessoas esperam superar o valor do presente que deram ou receberam no último natal. Alguns passam o ano alimentando o que esta oportunidade de ganhar vai lhes proporcionar. Fazem do seu sonho de consumo o tesouro do seu coração...

Como o natal, supostamente, deveria ser a celebração do natalício de Jesus, ouçamos o que o aniversariante nos diz a este respeito:

Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Mateus 6:19-21
Percebem a ironia? Ainda que o próprio Senhor tenha ganhado presentes caros pela ocasião de seu nascimento (incenso, ouro e mirra), eles eram representativos do seu ministério e daquilo que ele mesmo viria a ser, um rei não reconhecido pelo seu povo que morreria tragicamente, conforme a vontade do Pai celestial, para que, pelo seu sangue, muitos fossem salvos. O que os presentes que você vai dar ou receber neste natal representam a respeito da sua fé, devoção, salvação e ministério? Logo, o problema não são os presentes em si, mas o que eles significam e como os entesouramos. Aliás, presentes devem ser dados, como verdadeiras dádivas e de forma graciosa, como convém aos santos.
Uma das grandes expectativas do comércio é que as pessoas comprem o máximo que puderem nesta época de “espírito contagiante”, indo muito além daquilo que podem pagar. Já está comprovado que grande parte da população se endivida gravemente a ponto de não conseguir pagar o que deve durante o ano inteiro, tornando-se maus pagadores. O que é que faz alguém caminhar nesta direção? Ou melhor, o que faz um crente se enveredar por este caminho dando um testemunho condenável até pelos ímpios?

Ouça as palavras do aniversariante:
São os olhos a lâmpada do corpo. Se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso; se, porém, os teus olhos forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão! Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro, ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. Mateus 6:22-24
Primeiro, sofremos do perigo de nos deixar dominar pela cobiça dos olhos. O “ver” as coisas pode tornar-se terrível fonte de cobiça e destruição. Foi pelo ver o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal que nossos primeiros pais foram tentados. O fato é que muitas vezes nos expomos deliberadamente ao pecado através do olhar, do contemplar e de alimentar no coração desejos que são meramente carnais, como diz Tiago, “cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz” (Tg 1.14).

Isto termina por nos levar a servir outro senhor, as riquezas, mesmo que não a possuamos. E como diz o Senhor, ninguém pode servir a dois senhores, a Deus e às riquezas.

Logo, uma procura na alma que cada um de nós deve fazer neste tempo é, onde está o meu tesouro? Com certeza, a resposta lhe dirá onde está o seu coração. E se, por ventura, você encontrar o seu coração com tesouros fúteis, vazios, pode ser que a riqueza tenha se tornado o seu senhor. Lembre-se, mais uma vez, das palavras do aniversariante:
Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a
vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?... Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas; buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Mateus 6.25, 32, 33
Que este seja para cada um de nós um natal do Reino, sem os excessos da preocupação com a comida, a bebida, as roupas e os presentes, mas com todos eles, na medida do Reino!

Feliz Natal! Tempora-mores

COMENTARISTAS, ME PERDOEM, MAS ESTA MENSAGEM É O NOSSO DESEJO DE FELIZ NATAL E NÃO ESPECIFICAMENTE PARA DEBATE...
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sábado, dezembro 08, 2007

Augustus Nicodemus Lopes

Recomendação do Tempora-Mores - A Sistemática de Franklin e Alan

Por     26 comentários:

[Acaba de ser lançada pela Editora Vida Nova a magna opus de Franklin Ferreira e Alan Myatt, Teologia Sistemática. Tive o grande privilégio de ser um dos apresentadores, junto com Dr. Russell Shedd. Reproduzo aqui a minha apresentação, com a recomendação do livro para os que desejam um manual didático, preciso e prático das grandes doutrinas da fé cristã].
"A teologia sistemática que o leitor tem em mãos é diferente de todas as demais disponíveis no mercado brasileiro de hoje. Em primeiro lugar, pela nacionalidade de seus autores. Um deles é brasileiro e o outro, americano. Esclareço que não acredito em “teologia brasileira”. Aliás, não acredito que teologias sejam irreversivelmente determinadas pela nacionalidade dos seus autores e nem pelo local onde foram escritas. Todavia, embora eu creia que o ambiente vivencial não determine irrevogavelmente a compreensão final que alguém tenha da revelação de Deus, com certeza o fato de Franklin Ferreira ser brasileiro – embora com cidadania americana –contribuirá para que a sistematização, o estudo bíblico e a aplicação que compõem cada capítulo sejam sensíveis ao nosso contexto. O fato de que Alan Myatt e Franklin Ferreira conseguiram escrever juntos uma teologia sistemática reflete nossa crença que a teologia consegue freqüentemente extrapolar os ambientes vivenciais, os regionalismos e se apresentar como fruto de fatores transcendentes que lhe dão unidade e coerência.

Em segundo lugar, os autores são batistas reformados. Essa combinação certamente soará estranha nos ouvidos de muitos evangélicos que geralmente associam a Reforma protestante com os presbiterianos e episcopais. Todavia, os batistas reformados remontam aos primórdios da denominação e sempre se constituíram numa força poderosa entre os batistas, quer pelo número, quer pela pujança teológica. Os autores estão entre eles e sua obra reflete a teologia reformada e as convicções batistas. Todavia, esse último ponto não impediu Myatt e Ferreira de exporem as posições divergentes abraçadas por outras tradições reformadas e mesmo cristãs. Essa sistemática, portanto, é de corte reformado e viés batista, aberta todavia aos pontos comuns que os reformados compartilham.

Em terceiro lugar, pela maneira como foi estruturada. Geralmente as teologias sistemáticas, particularmente as reformadas, sofrem a acusação de serem teóricas demais, desconectadas das questões práticas que ocupam a vida da igreja e dos cristãos comuns. A presente teologia resolveu mostrar a cada capítulo as implicações práticas de cada um dos principais pontos da sistemática, após discutir as questões apologéticas envolvidas em cada um destes pontos.
Em quarto lugar, pela preocupação exegética, nem sempre presente em teologias sistemáticas. Por definição, a teologia sistemática se preocupa em analisar os textos bíblicos sistematicamente dentro de categorias temáticas, encaixando cada passagem da Bíblia na gaveta correspondente. Por exemplo, os textos da Bíblia que falam da divindade de Cristo não são analisados em seu contexto canônico, histórico e literário, mas à luz dos demais textos que tratam do mesmo assunto, fazendo com que freqüentemente sejam removidos de seu contexto original. Para evitar essa armadilha, os autores incluíram em cada capítulo um estudo bíblico das passagens mais importantes relacionadas ao tema em apreço. O resultado final é o que quase poderíamos chamar de uma teologia bíblico-sistemática.
É por esses motivos que me sinto honrado e satisfeito em poder apresentar a magna opus de Myatt e Ferreira ao público evangélico brasileiro, sempre carente, especialmente nos dias de hoje, de uma visão sistemática clara, bíblica e prática das coisas concernentes a Deus e ao seu Reino.
O livro pode ser comprado aqui.
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