Recentemente li uma crítica feita aos calvinistas que eles costumam escapar de dilemas teológicos resultantes de sua própria lógica recorrendo ao conceito de “mistério”. Ou seja, os calvinistas, depois de se colocarem a si mesmos numa encruzilhada teológica, candidamente confessam que não sabem a resposta para a mesma.
A crítica em particular era sobre a doutrina da predestinação. Segundo a crítica, os calvinistas insistem que Deus decretou tudo que existe, mas quando chega o momento de explicar a existência do mal no mundo, a liberdade humana e a responsabilidade na evangelização, eles simplesmente dizem que não sabem a resposta para os dilemas lógicos criados: se Deus predestinou os que haveriam de ser salvos e condenados, como podemos responsabilizar os que rejeitam a mensagem do Evangelho? Os calvinistas, então, de acordo com a crítica, recorrem ao que é denominado de antinômio, a existência pacífica de duas proposições bíblicas aparentemente contraditórias que não podem ser harmonizadas pela lógica humana.
A verdade é que, além da soberania de Deus, temos outras doutrinas na mesma condição, como a definição clássica da Trindade, mantida não somente pelos calvinistas, mas pelo Cristianismo histórico em geral. Por um lado, ela afirma a existência de um único Deus. Por outro, afirma a existência de três Pessoas que são divinas, sem admitir a existência de três deuses.
Ao longo da história da Igreja vários tentaram resolver logicamente o dilema causado pela afirmação simultânea de duas verdades aparentemente incompatíveis. Quanto ao mistério da Trindade, as soluções invariavelmente correram na direção da negação da divindade de Cristo ou da personalidade e divindade do Espírito Santo; ou ainda, na direção da negação da existência de três Pessoas distintas. Todas essas tentativas sempre foram rechaçadas pela Igreja Cristã por negarem algum dos lados do antinômio.
Um outro exemplo foram as tentativas de resolver a tensão entre as duas naturezas de Cristo. Os gnósticos tendiam a negar a sua humanidade para poder manter a sua divindade. Já arianos, e mais tarde, liberais, negaram a sua divindade para manter a sua humanidade. Os conservadores, por sua vez, insistiram em manter as duas naturezas e confessar que não se pode saber como elas podem coexistir simultânea e plenamente numa única pessoa.
No caso em questão, as tentativas de solucionar o aparente dilema entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana sempre caminharam para a redução e negação da soberania de Deus ou, indo na outra direção, para a anulação da liberdade humana. No primeiro caso, temos os pelagianos e arminianos. No outro, temos os hipercalvinistas, que por suas posições deveriam mais ser chamados de “anticalvinistas”. Mais recentemente, os teólogos relacionais chegaram mesmo a negar a presciência de Deus pensando assim em resguardar a liberdade humana.
Há várias razões pelas quais eu resisto à tentação de descobrir a chave desses enigmas. A primeira e a mais importante é o fato que a Bíblia simplesmente apresenta vários fatos sem explicá-los. Ela afirma que há um Deus e que há três Pessoas que são Deus. Não nos dá nenhuma explicação sobre como isso pode acontecer, mesmo diante da aparente impossibilidade lógica do ponto de vista humano. Os próprios escritores bíblicos, inspirados por Deus, preferiram afirmar essas verdades lado a lado, sem elucidar a relação entre elas. Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro afirma que a morte de Jesus foi predeterminada por Deus ao mesmo tempo em que responsabiliza os judeus por ela. Não há qualquer preocupação da parte de Pedro com o dilema lógico que ele cria: se Deus predeterminou a morte de Jesus, como se pode responsabilizar os judeus por tê-lo matado? Da mesma forma, Paulo, após tratar deste que é um dos mais famosos casos de antinomínia do Novo Testamento (predestinação e responsabilidade humana), reconhece a realidade de que os juízos de Deus são insondáveis e seus caminhos inescrutáveis (Rm 11.33).
A segunda razão é a natureza de Deus e a revelação que ele fez de si mesmo. Para mim, Deus está acima de nossa possibilidade plena de compreensão. Não estou concordando com os neo-ortodoxos que negam qualquer possibilidade de até se falar sobre Deus. Mas, é verdade que ninguém pode compreender Deus de forma exaustiva, completa e total. Dependemos da revelação que ele fez de si mesmo. Contudo, essa revelação, na natureza e especialmente nas Escrituras, mesmo suficiente, não é exaustiva. Não sendo exaustiva, ela se cala sobre diversos pontos – e entre eles estão o relacionamento lógico entre os pontos que compõem a doutrina da Trindade, da pessoa de Cristo e da soberania de Deus.
A terceira razão é que existe um pressuposto por detrás das tentativas feitas de explicar racionalmente os mistérios bíblicos, pressuposto esse que eu rejeito: que somente é verdadeiro aquilo que podemos entender. Não vou dizer que isso é exclusivamente fruto do Iluminismo do séc. XVII pois antes dele essa tendência já existia. O racionalismo acaba subordinando as Escrituras aos seus cânones. Prefiro o lema de Paulo, “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Coríntios 10.5). Parece que os racionalistas esquecem que além de limitados em nosso entendimento por sermos criaturas finitas, somos limitados também por nossa pecaminosidade. É claro que mediante a regeneração e a iluminação do Espírito podemos entender salvadoramente aquilo que Deus nos revelou em sua Palavra. Contudo, não há promessas de que regenerados e iluminados descortinaremos todos os mistérios de Deus. A regeneração e a iluminação não nos tornam iguais a Deus.
Além dos mistérios mencionados, existem outros relacionados com a natureza de Deus e seus caminhos. Diante de todos eles, procuro calar-me onde os escritores bíblicos se calaram, após esgotar toda análise das partes do mistério que foram reveladas. Não estou dizendo que não podemos ponderar sobre o que a Bíblia não fala – mas que o façamos conscientes de que estamos apenas especulando, no bom sentido, e que os resultados dessas especulações não podem ser tomados como dogmas.
47 comentários
comentáriosmeu caro Pastor, eu o admiro muito pela sua simplicidade, contéudo na Palavra.A minha pergunta é o seguinte:Porque será que existe uma hiper valorização da nomenclatura Calvinista no meio reformado ao ponto de menosprezar alguns irmãos que são de outra linha teológica?.
ResponderUm abraço fraterno em Cristo
Teve um pensador que disse: "Sobre os mistérios de Deus, eu não sei, você não sabe, ninguém sabe, mas é inteligente pensar sobre isso"
ResponderPr. Augustus, o que você acha do argumento William Craig sobre o molinismo para resolver essa questão?
Pode ser encontrado aqui > http://www.youtube.com/watch?v=PUgYs_jooy8&feature=related
A parte dois ele fala sobre determinismo dos calvinista do livro: Quatro Visões Sobre a Divina Providência.
O senhor não publicou o meu comentário de novo, deve ter sido por causa do meu temperamento.
Um grande abraço!
Jean Patirk
http://www.arminianos.com/
Bom texto,Rev. Augustus, de agradáveis elucidações. A afirmação "Contudo, não há promessas de que regenerados e iluminados descortinaremos todos os mistérios de Deus." me fez pensa na grandeza de nosso Deus, que quando estivermos em sua presença só teremos a ação de ajoelhados O adorar. O veremos e não o compreenderemos.
ResponderFui criado dentro da igreja e quando ouvi pela primeira sobre predestinação foi na escola secular quando estudei a Reforma Protestante. Essa idéia me pareceu absurda e o assunto nunca mais veio à tona até o momento em li sobre o assunto no livro Vergonha do Evangelho de Jonh Macarthur. Da mesma forma, essa idéia de predestinação pareceu-me absurda. Entretanto, tomei o cuidado de olhar mais atentamente os versos que Jonh citou e passei a ver a questão com menos absurdidade (se é que essa palavra existe). Nesse afã de ter uma visão verdadeiramente bíblica sobre a questão, passei por todos os estágios possíveis, de arminiano à hiper-calvinista ou anti-calvinista, mas cheguei à mesma conclusão que Augustus expôs aqui, pois percebi que se Deus não preordenou tudo, de fato Ele não é soberano ou não sabe todas as coisas, se ele pra salvar alguém, está preso a uma decisão alheia, então Ele não faz tudo o que Lhe apraz e tudo isso é blasfêmia. O fato é: alguém pode insistir em não aceitar a predestinação, mas pra provar que a bíblia não a ensina vai precisar de uma biblioteca inteira de exegese e ainda assim vai precisar distorcer as palavras.
ResponderRev. Augustus, que dizer? Texto claro, maravilhoso, simples, objetivo e reverente à Bíblia: "calar onde os escritores bíblicos calaram"! Sem com isso, se negar às especulações, sabendo que essas são apenas isso: especulações! Amei!
ResponderAbraços sempre afetuosos.
Fábio.
Belo texto, eu também não sei, todavia acho maravilhoso poder descansar humildemente na minha limitação ante a majestade do Deus da minha salvação.
ResponderCordialmente,
Ronaldo
Prezado Rev. Nicodemus,
Responderconcordo que há certas coisas difíceis de entender na Bíblia (a coexistência da natureza divina e humana na pessoa de Cristo; a triunidade divina). Mas discordo absolutamente quando isso é dito sobre a questão 'soberania divina - responsabilidade humana'. A meu ver a questão é muito clara. Muita polêmica se tem criado em torno de uma questão fácil de resolver.
É importante ressaltar que das pessoas que se enquadram na definição de seu 1º parágrafo (pessoas que criticam os calvinistas que apelam ao mistério), muitas não insinuam que tais calvinistas, só por defenderem antinomias, deixam de ter argumentos em favor da evangelização.
Creio que a Bíblia fornece a resposta para a questão 'soberania divina - responsabilidade humana' focando a autoridade divina: em sua autoridade de Criador Todo-Poderoso, Deus nos ordena a evangelizar, a nos arrependermos de nossos pecados e a crermos nele. Indubitavelmente a Bíblia diz que Deus não concede fé a todos (2 Ts 3.2 etc.), mas somente àqueles confiados a Jesus Cristo por Deus Pai. Mas quais são essas pessoas, bem, isto é algo que somente a Deus compete saber. A nós cabe apenas o que nos foi revelado e ordenado! É tolice um crítico do calvinismo dizer que, porque Deus é soberano, ela ficará de braços cruzados, quando o próprio fato de ficar de braços cruzados já é adotar a postura da omissão (=desobediência).
Quando a autoridade divina de impor ordens e mandamentos aos homens é elevada ao nível certo (o mais alto), inexiste mistério, e qualquer insinuação de omissão e apatia só pode receber o nome de rebelião incrédula. Esses críticos acham um problema lógico relacionar soberania divina e responsabilidade divina só porque, sem base bíblica, pressupõem que responsabilidade pressupõe liberdade.
Deus faz uma pessoa andar longe de seus caminhos e endurece seu coração (Is 63.17; Ex 4.21; 7.3-4,13; 8.19; 9.12; 10.1-2,20,27; 11.9-10; 14.4,8,17) para ela não temer a Deus (Is 63.17) e mesmo assim a acusa por não obedecer-lhe (Ex 9.16-17; 10.3-4). A autoridade divina está por trás de tudo isso!
Abs
marcelo h.
Fato: Nossa visão é limitada.
ResponderExistem justificativas bíblicas tanto para o arminianismo quanto para o calvinismo. O que parece absurdo é a teologia relacional e o pelagianismo, assim como o hiper-calvinismo. E há razões suficientes para aceitar qualquer dos dois lados, tanto o calvinismo quanto o arminianismo. Deus é soberano. E Ele não é perverso. E nos deu livre-arbítrio. Como conciliar estas idéias? Talvez não precisemos. A discussão é saudável (até certo ponto), mas temos que sempre ter em mente que conhecemos somente em parte. Quando conhecermos tão bem como somos conhecidos, talvez enxergaremos melhor esses pontos. Creio que além da predestinação e da trindade, existem tantas controvérsias quanto visões de mundo. E, como discípulos, saber que nossa teologia, qualquer que seja ela, não passa de modelos aproximados e malfeitos, moldados às categorias de nossa mente e cultura, que estão tão próximos à verdade quanto o formato de uma esfera perfeita é em relação ao nosso planeta. Além do que, o ponto fundamental da nossa fé está na vida, obra e relevância de Jesus, O Cristo. Se a soberania de Deus é de importância tal que ele pode passar por cima da lei moral que ele mesmo instituiu em nossa consciência, em nome de sua soberania, O sacrifício vicário foi inútil. Se ele não é soberano o suficiente nem para evitar desastres naturais, como pode garantir as profecias e as promessas de Cristo? Logo, não é o Poderoso Criador do Universo.
Há quem diga que o teísmo aberto é consequência lógica do arminianismo
Da mesma forma, o arminianismo é consequência lógica do calvinismo.
Creio que esta questão é demasiado pequena para atrair os holofotes que vêm atraindo ao longo dos séculos
Didático como sempre Rev. Augustus! Passaremos a eternidade com Deus e nunca o compreenderemos exaustivamente, pois Ele é infinito!
ResponderEu sempre fui obcecado ao que tange a idoneidade das sagradas escrituras, e esta sede pela verdade me levou a buscar vários tipos de ensinamentos, muitos deles heterodoxos...
ResponderConfesso que fiquei igual ao meu próprio comutador, cheio de programas que em nada ajudavam o pior eram os vírus!
Bom.
Lembro-me de nutrir uma filosofia advinda de um seminário cujo palestrante me entupiu com inúmeros versículos para asseverar que todo cristão depois de sua morte fica em total estado de inércia.
“Literalmente inconsciente” até o ressoar da trombeta.
Já em contra resposta houve os que afirmavam categoricamente que existe o paraíso em que as almas se deleitam alegremente em paz...
A questão é a seguinte.
Como um bom Arminista vou tornar-me extremamente zeloso já que em meio a tantos que negam a fé eu não venha subjugar o fato de ter sido escolhido para herdar o reino dos céus.
E como um perseverante Calvinista, vou usar o meu livre arbítrio para optar por uma vida separada buscando amiúde a vontade de Deus.
Agora se vou dormir o saudoso sono da alma, ou se vou ficar ouvindo Voz da verdade na voz do Pr. Marcus Feliciano...
A não!
Eu prefiro o sono da alma.
Gostei,claro e conciso.
ResponderComo outros irmãos,algum tempo atrás me mantive distante de controvérsias teológicas.Não aceitava nenhuma posição teológica a não ser a que aprendi por muito tempo;aliás nem tinha conhecimento que era uma visão majoritária atualmente.É claro que não gosto muito de nomenclaturas,(mas agora acredito que seja um mal menor)mas fui a muito tempo arminiano,igualitarista,pré-milenista dispensacionalista...agora a coisa têm mudado,não tenho pretensão de ser isso ou aquilo,apenas um discipulo de Cristo,seguidor da verdade e de uma doutrina correta,a qual aprendo segundo as escrituras.
Somente à Deus a Glória
Eu também não sei! Mas vou falar somente sobre aquilo que tenho convicção.
ResponderDeus é Soberano.
Deus Pai, Filho e Espírito Santo, são três pessoas, mas ao mesmo tempo formam um único Deus.
Deus elege (ou escolhe) os seus sem nenhum tipo de merecimento por parte do homem, e tem o domínio sobre todas as coisas.
A sua Palavra é a verdade e os mistérios à Ele pertence.
O homem pecou, é responsável pelos seus atos e não pode se reconciliar com Deus pelas suas próprias forças, recebendo a salvação somente em Cristo Jesus.
E finalmente. Eu não tenho uma explicação lógica para estas questões, mas muito menos ainda, tenho a pretensão de questionar um Deus santo e todo poderoso, sobre o seu governo e soberania. Apenas oro para que Ele faça de nós humildes servos, que o amemos de todo o coração e o adoremos em espírito e verdade. Amém.
Tenho pensado muito sobre isso nos meus estudos. Tenho realmente me questionado até onde podemos inferir logicamente coisas a partir de interpretações fiéis a Bíblia. Acabei chegando na mesma conclusão que você, se o autor do texto se limitou aquilo, prefiro não inferir nada além disso. Muito esclarecedor e confortador para mim, pois eu vi que não é um pensamento tolo.
ResponderEm Dt 29:29 está escrito que "As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos... Não creio que a(s)verdade aqui encontrada(s) têm como objetivo por um freio às minhas pesquisas em conhecer as coisas encobertas, até porque, nem nós mesmos podemos, por mais exaustivamente que pesquisemos, dizer tudo o que é de fato revelado ou tudo o que é de fato encoberto. Mas concordo com o Rev. Augustus quando diz que se cala "onde os escritores bíblicos calaram! Sem com isso, se negar às especulações, sabendo que essas são apenas isso: especulações"! O conhecimento da Palavra de Deus é algo que precisamos buscar com diligência, persistente e profundamente. No entanto, penso que para o momento, este em que já estamos em Cristo, sem pensar em parar as nossas pesquisas, devemos estar satisfeitos com aquilo que Deus já nos revelou conforme o escrito em 1Jo 2:20 "E vós tendes a unção do Santo, e sabeis tudo".
ResponderRev. Augustus, a Paz do Eterno!
ResponderEstou passando pela “fase de transição” – se é que posso dizer assim – do arminianismo para o calvinismo (não gosto muito dessas terminologias, pois quando no arminianismo, não concordava com todos os ensinos de Arminio e, agora no Calvinismo, não concordo em tudo com Calvino. Essas nomenclaturas, acho que representam melhor aqueles que têm tudo em comum com esses que a figuram). Mas, ainda tenho dificuldades para entender a questão da apostasia (Jr 8.5; 1Tm 4.1,2), de pessoas que negam a fé. Como posso entender melhor essa questão dentro da teologia reformada?
Abc,
Cleiton Tenório
Espero que ninguém tenha me compreendido mal.
ResponderO que eu quis dizer é que tenho convicção dessas verdades também e concordo com a opinião do Rev. Augustus quando diz, "procuro calar-me onde os escritores bíblicos se calaram, após esgotar toda análise das partes do mistério que foram reveladas".
Agradeço a Deus pelo trabalho feito neste blog.
Muito me alegra ver uma postura tão humilde de um homem de Deus como o Rev. Nicodemus. Recentemente assintindo a um vídeo, o senhor usou uma ilustração que acho que nunca mais esqueço: http://youtu.be/vG1GjvHrZ0I
ResponderVerdade é que se um dia compreendêssemos tudo de Deus, Ele deixaria de ser Deus. E esse dia nunca vai chegar...
que DEUS vos abençoe
Matheus C. de Azevedo
É muito interessante que, pouco se discute sobre a Trindade, o qual não está definido tão claramente nas escituras... mas quando refere-se às limitações do homem, aí se torna inaceitável. Rejeitam a doutrina da "predestinação" para buscar méritos no homem. E as palavras "eleitos, escolhidos, predestinou, preparados, vontade de Deus" está em quase todas as cartas.
ResponderPorque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. (Atos 17:28)
Fica na paz de Cristo!
Rev. Augustus,
ResponderSe olharmos para a soberania de Deus e a responsabilidade humana, dá ótica de que Deus existe fora do tempo humano, e que dentro da eternidade, ele "coopera todas as coisa" de forma que o homem, dentro de sua existência temporal, viva de forma responsável por todos os seus atos, sendo que ao mesmo "tempo", Deus controla todas as coisas.
Por exemplo no caso da Queda de Adão. Deus, que não está preso ao tempo, CONTROLA TODA A SITUAÇÃO, colocando uma árvore no jardim, um fruto atraente, permite que Satanás tente a mulher. A mulher de forma LIVRE e de espontânea vontade, come.
Se, Deus não tivesse o desejo e propósito na queda, era só Ele mudar o cenário. Pois, Ele já sabia de tudo o que viria a ocorrer. Pois, Ele não está preso no tempo, ele controla o tempo. "Aquele que era, que é, e que há de vir"
Quando olho para Deus, sabendo que Ele é o dono do tempo, vejo que TODAS AS COISAS COOPERAM para o bem daqueles que ama a Deus.
Deus faz um Egípcio ficar três dias doentes esperando que Davi o encontrasse para mostrar o caminho até os amalequitas 1Sm:30.
Gostaria de saber sua opinião sobre a queda e a vontade de Deus. E se de fato Deus, controlou toda aquela situação de forma que o casal, mesmo usando sua liberdade, está fazendo aquilo que Deus determinou.
Abraços,
Em Cristo,
José Leonardo Santos
Caro pr. Augustus,
ResponderEsse texto é excelente, e já o recomendei em minhas batalhas anteriores contra o racionalismo reformado. Como um racionalista em remissão, eu não poderia deixar de ver grande importância no tema. Inclusive, continuo empenhado nisso e escrevendo a respeito. Obrigado pelo reforço. hehe
Um grande abraço!
Hum,
ResponderOlha, eu acho que, pelo menos, a doutrina da Trindade é mais suportável, já que queremos ignorar as criticas e os problemas para sustentar essa doutrina. Agora, já a predestinação, em minha opinião, é mais complicado. Não se trata apenas de um problema de lógica, trata-se de um problema que envolve a "bondade" do próprio Deus. Como pode Deus predestinar pessoas para a perdição e outros para a Salvação? Com um Deus desse, quem precisa de Diabo?
Desculpa Rev., gosto muito de seus textos, mas, confesso que sempre tive dificuldade com a doutrina da predestinação desde criança. Lembro que aos 14 anos entrei numa paranoia quando comecei a pensar nisso. Para mim, era ( e é ainda) inconcebível pensar que Deus predestine pessoas para perdição e mesmo Salvação.
A questão da Trindade é fácil... risos...
ResponderÉ só explicar para o teu filho pequeno como eram os aparelhos 3 em 1.
Era um só aparelho, mas três ao mesmo tempo, tinha fita cassete, agulha para disco de vinil e era rádio também.
Lembra deles?
A questão da Trindade está resolvida, não é mistério... risos...
Só não é humano, pois está mais para uma "figura" única com três cabeças (três pessoas).
A questão das duas naturezas de Jesus é simples... risos...
Como nós, ele era constituído de duas partes (formando uma), uma era a parte imaterial (o espírito, ou a alma, ou o coração, ou a mente, ou a parte racional consciente), e a outra parte material (o corpo, a carne, o sangue, os ossos). Eu sou dicotomista.
A parte material era humana do mesmo material que Adão, logo Jesus era 100% Homem.
A parte imaterial era o próprio Espírito da pessoa do Verbo Eterno, a Palavra de Deus, logo Jesus era também 100% Deus, pois ele era o Verbo.
Facinho não? risos...
A questão da soberania x responsabilidade, é mais difícil... Ainda estou no grupo dos “não sei”, mas o argumento da autoridade é muito bom.
Grande abraço!
Deus abençoe Reverendo.
ResponderGostei muito da humildade nas palavras que demonstrou, admitindo não poder explicar este conflito referente à predestinação. Eu honestamente tento entender - apesar da contradição lógica. Sei que o senhor usou o caso da Trindade e outros pra conseguirmos alcançar que não entenderemos tudo da Bíblia, mas acredito que estes argumentos não cabem se tratando da Doutrina da Salvação - a Bondade de Deus e Misericórdia - como disse o amigo IVFRAGA. Deus nunca quis fazer da Salvação algo confuso de se entender. O livre arbítrio é fácil e justo e - ao contrario do que muitos pensam - em nenhum momento tira a Soberania de Deus. Pois dar opção ao pecador só faz Deus mais Soberano, Gloriosa e desejável. Sabe qual é a maior dificuldade de aceitar a predestinação? Deus é Soberano? Sim! Se Ele quiser salvar 50% da humanidade Ele tem autoridade pra isso? Sim! E não deve explicação pra nós. Porém a Bíblia diz que, Jesus é Soberano, mas também sua essência é Amor; pq Deus é Amor. E não consigo entender um Deus que é 100% Amor e Soberano, predestinar uns pra salvação e outros não; podendo por sua Soberania e Amor salvar a todos; ou então, Ele Poe todos no inferno e assim resolve o problema da parcialidade. Não consigo entender... Se Deus tem autoridade e poder pra Salvar 100% pq vai Salvar 25% por exemplo? Pra aceitar a predestinação terei que ignorar que Deus é na sua essência Amor. A predestinação me mostra um Deus parcial e o Amor não é.
Te amo em Cristo Jesus
a maneira com Deus conhece as coisas é inifitamente superior a maneira como conhecemos. por isso devemos descançar na sua sabedoria em reaizar as coisas.e adora-lo pela nossa eliçao na graça salvadora.
Responderum abraço Rev. Augustus
Caros irmãos,existe uma passagem em Deuteronomio que diz expressamente que as coisas reveladas pertencem aos homens e as encobertas a DEUS (estou sem Bíblia no momento para dar a referência correta).
ResponderO texto de Isaías 55 (se não me engano versos 8 e 9)falam que os pensamentos e os caminhos de DEUS não são sequer compreendidos pelos homens.
Não tenho desconforto nenhum em dizer e crer que há um só DEUS que subsiste em Três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo.
Quanto à questão da responsabilidade humana x soberania de DEUS, concilio meu pensamento da seguinte maneira:
a) O Poder de DEUS é maior do que tudo e, mesmo com o pecado e a desobediência humana, seus intentos e propósitos nunca são frustrados;
b) o homem caiu no pecado e, por essa razão, passou a ser responsável por sua própria destruição, sem qualquer escapatória (por conta da ação humana);
c) o SENHOR resolveu salvar alguns (por que? Não tenho a menor idéia) e, então enviou Seu FILHO para cumprir a missão;
d) todos aqueles que o SENHOR quis salvar, antes mesmo da fundação do mundo, serão salvos e, aqueles que permanecerem no pecado terão o destino que já lhes estava reservado.
No mundo caído, o pecado é a regra! Por isso, que nós crentes não somos do mundo, mas apenas peregrinos!!!
Há muito preconceito contra os calvinistas no meio evangélico. Por conta disso, há uma série de críticas passionais ou até mesmo absurdas por absoluta falta de conhecimento.
Quando se responde "mistério", na realidade estamos nos curvando diante da autoridade da Palavra que não nos revelou totalmente a questão e, mais ainda, com humildade entendemos que não nos compete saber!!!
Nenhum pecador regenerado, por mais consagrado e espiritual que seja, é capaz de ter todas as respostas.
Um abraço para todos!
Cristiano Pereira de Magalhães
Caros irmãos,existe uma passagem em Deuteronomio que diz expressamente que as coisas reveladas pertencem aos homens e as encobertas a DEUS (estou sem Bíblia no momento para dar a referência correta).
ResponderO texto de Isaías 55 (se não me engano versos 8 e 9)falam que os pensamentos e os caminhos de DEUS não são sequer compreendidos pelos homens.
Não tenho desconforto nenhum em dizer e crer que há um só DEUS que subsiste em Três Pessoas, Pai, Filho e Espírito Santo.
Quanto à questão da responsabilidade humana x soberania de DEUS, concilio meu pensamento da seguinte maneira:
a) O Poder de DEUS é maior do que tudo e, mesmo com o pecado e a desobediência humana, seus intentos e propósitos nunca são frustrados;
b) o homem caiu no pecado e, por essa razão, passou a ser responsável por sua própria destruição, sem qualquer escapatória (por conta da ação humana);
c) o SENHOR resolveu salvar alguns (por que? Não tenho a menor idéia) e, então enviou Seu FILHO para cumprir a missão;
d) todos aqueles que o SENHOR quis salvar, antes mesmo da fundação do mundo, serão salvos e, aqueles que permanecerem no pecado terão o destino que já lhes estava reservado.
No mundo caído, o pecado é a regra! Por isso, que nós crentes não somos do mundo, mas apenas peregrinos!!!
Há muito preconceito contra os calvinistas no meio evangélico. Por conta disso, há uma série de críticas passionais ou até mesmo absurdas por absoluta falta de conhecimento.
Quando se responde "mistério", na realidade estamos nos curvando diante da autoridade da Palavra que não nos revelou totalmente a questão e, mais ainda, com humildade entendemos que não nos compete saber!!!
Nenhum pecador regenerado, por mais consagrado e espiritual que seja, é capaz de ter todas as respostas.
Um abraço para todos!
Cristiano Pereira de Magalhães
Kairós,
ResponderA apostasia, dentro da perspectiva reformada, só acontece com quem nunca de fato foi convertido. Pois o verdadeiro crente é preservado e guardado por Deus, de forma que nunca vem a cair total e finalmente da graça. Ele pode passar por momentos de crise, dúvidas mas jamais negará ao Senhor, pois o próprio Jesus, pelo Espírito, o sustenta e guarda.
Abraços!
Prezado Reverendo Nicodemus,
ResponderNão seria a questão da predestinação x livre arbítrio mais um antinomismo?
O prezado pastor não poderia considerar a existência de um antinômio onde a salvação é predeterminada por Deus, mas ao mesmo tempo o resultado da decisão pessoal do homem de forma que nem os calvinistas clássicos nem os arminianos estariam plenamente com a razão, mas a verdade da soteriologia seria mais um dos antinomismos bíblicos?
O irmão conhece o livro "Eleitos, mas livres" de Norman Geisler?
Na Paz de Cristo
Pr. Raidson Alencar
Sábias palavras.
ResponderRealmente somos seres racionalmente limitados, e mais ainda quando o assunto é Deus.
Encontrar uma chave de harmonização entre as duas verdades dos paradoxos (ou contradiçoes aparentes, ou antinomismos, como o pastor falou): impossível.
Se contentar com a aparente contradição: muito difícil - tanto é que isso deve explicar as muitas tentativas, que acabaram originando tantas heresias.
Se contentar E CRER: mais difícil ainda. Tanto que Paulo assevera: 1Co 2.14: Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espitirualmente.
e mais - 1Co 3.18: Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio.
E por isso também o evangelho é chamado de loucura, e o Senhor agradece ao Pai por tê-lo ocultado aos sábios, mas revelado aos pequeninos.
Tentar achar uma chave se faz uma grande tentação.
Por outro lado, parar de pensar no assunto também.
O mais difícil (só possível pela necessária obra de Iluminação): pensar da maneira que foi revelada, aceitar da mesma maneira, e crer que mesmo não entendendo, é verdade, porque é Deus quem está falando.
Renato S.
ResponderO livre arbítrio não tão é fácil e justo como parece.
Pq Deus, cuja essência imutável é Amor, não criou pessoas imutavelmente boas?
Normalmente a resposta que ouço é que se a pessoa fosse imutavelmente boa não amaria de verdade.
Mas como fica Deus que é imutavelmente bom e ama de verdade?
Parece que Deus ama mais dar (e respeitar) o livre-arbítrio do que salvar pessoas.
Para parecer mais fácil e justo, acho q a teologia do processo é a opção preferível.
Valdim,
ResponderLogo por sua imutabilidade em Amar, ao invez de salvar 1/3 ou 2/3, salve a todos, ou deixe-nos perecer, ou nos deixe escolher. Já que não somos imutavelmente bons para fazermos escolhas corretas; então nos salve. Sem parcialidade. O que se espera de um Ser que sua essência é constituida de Amor e que tem Autoridade pra todos salvar, é que aja assim.
Graça e Paz!
A questão que coloquei é: se Ele é essencialmente amor (pressuposto seu), e pode salvar todos, pq deixa alguém escolher perecer?
ResponderAmado irmão Valdim,
ResponderA Resposta eu já disse,
"...Já que não somos imutavelmente bons para fazermos escolhas corretas; então nos salve(Todos)."
Porém, nós que acreditamos no livre arbítrio cremos que o homem na "QUEDA" não ficou integralmente depravado, mas avariado. por isso ele pode, apesar da sua natureza corrompida, fazer alguma escolha positiva.
Obs: Não fui eu que defini que Deus é essencialmente Amor, é a Bíblia que diz.
Deus nos fortaleça.
Renato S.
ResponderVou explicar melhor. No meu pressuposto o motivo do Deus de amor salvar 2/3 é um mistério, como bem expressa o post. Vc disse q o livre arbítrio oferece uma explicação fácil e justa para esse mistério.
Meu questionamento é o seguinte: Pq um Deus cuja essência é amor decidiu conceder livre árbitro ciente de que com isso salvaria apenas 1/3 ou 2/3 da humanidade? Pois Deus, de posse do atributo de onisciência, decide dá ao homem a capacidade de escolha, ele decide inexoravelmente salvar apenas parte da humanidade, e isto pelos méritos da escolha dessa parte.
Deixar escolher equivale a salvar 1/3 ou 2/3.
Irmão Valdim,
Respondervocê disse:
"Deixar escolher equivale a salvar 1/3 ou 2/3."
Sim. Porém nesta realidade, eu não tenho pressupostos pra falar que Deus fez acepção de alguém(que é o grande impasse pra aceitar a predestinação).
Jesus te abençoe
Renato S.
ResponderQuanto a Bíblia diz q Deus é amor, entendo que se refere ao amor com um atributo que coexiste com outros como: justiça e sabedoria. Deus é luz (1Jo 1:5) e fogo consumidor (Hb 12:29). Não vejo a Bíblia dizendo que o atributo amor se sobrepõe aos outros (tbm não to afirmando q é isso q vc disse, mas quando diz d Deus é essencialmente amor, parece exaltar este atributo sobre os outros).
Vc tbm acredita que Deus continue amando os perdidos eternamente no inferno?
Caro Reverendo
ResponderUma pergunta impertinente... (talvez).
Acho que este argumento de que Deus é amor e a partir disto (do que as pessoas entendem disto) acabamos numa armadilha lógica que pode levar a conclusões inválidas.
Como um Deus que é amor pode enviar pessoas ao inferno, matar passarinhos inocentes, permitir que o câncer ataque pessoas "gente fina", enviar uma desgraça tipo um tsunami, permitir que um estupro ocorra, etc...
Mas a pergunta é:
- "Deus é amor" é a mesma coisa que interpretar que "Deus é o amor";
- Amor e Deus são a mesma coisa...?
- Ou "Deus é amor" é a mesma coisa que interpretar que em Deus temos o Amor (quando expresso) da maneira mais perfeita possível...?
- Neste caso último Deus é amor (expresso) para os que são nova criatura em Cristo, pode ser amor (expresso) para os ímpios via Graça Comum, mas de resto Ele seria IRA pois os que não estão em Cristo está escrito que a ira de Deus sobre eles permanece.
Esta interpretação "Deus é amor" não está um pouco distorcida.
Deus e Amor são a mesma coisa?
O Amor é uma pessoa divina?
O que João desejou dizer com este texto?
E quando Deus odeia e se ira, é amor ao mesmo tempo?
Grande abraço!
Feliz Natal!
Renato S.
ResponderEntão chegamos ao ponto em que concordamos mais do que divergimos:
Concordamos que Deus poderia salvar todas as pessoas ou não salvar ninguém, mas que decidiu salvar apenas uma parte da humanidade caída.
Divergimos apenas no ponto que:
Vc acredita que Deus Salva essa parte baseando-se na escolha destas pessoas.
E eu q Deus salva por pura misericórdia concedendo arrependimento p a vida.
Por isso que não vejo que o livre arbítrio fornece uma explicação mais fácil é justa para esta questão. Pois de um jeito ou de outro, em certo sentido, Deus poderia, mas não quis salvar a humanidade toda.
Abraço,
Feliz Advento
Prezado irmão Oliveira,
ResponderVou arriscar responder essa questão: O amor só pode ser entendido a partir de DEUS. Os homens nascem depravados e só podem amar por resposta ao amor de DEUS. Nossa compreensão do amor é absolutamente limitada. Quem consegue cumprir 1 Coríntios 13?
O amor de DEUS é tão grandioso e perfeito que se personifica no próprio SENHOR. O texto citado de 1 João diz que a manifestação do amor Celestial é o envio do SENHOR JESUS para nos resgatar.
Quanto à questão da ira de DEUS, nunca podemos nos esquecer que o DEUS SANTO odeia o pecado! Ele é o Criador e tem direito de fazer o que quiser com a criatura e nós sequer temos o direito de questioná-lo!
Nosso destino é a Jerusalém Celestial! Os que não crêem perecerão eternamente no lago de fogo, por seus próprios pecados, porque desprezaram o perdão Gracioso de DEUS!
Todos somos indesculpáveis (lembre-se que temos da Lei de DEUS gravada no coração - Romanos 1) e, se não houver arrependimento e apropriação do sacrifício vicário do SENHOR JESUS, a Lei condenará o pecador e a ira de DEUS permanece sobre ele...
Ira, Santa e Justa que irá destruir o pecado e punir eternamente o pecador!
Se hoje há o mal no mundo, lembre-se de Deuteronomio 32.35, quando o SENHOR chama para si o direito de vingança e que essa não demora!
Estamos no que Isaías chama "Ano Aceitável do SENHOR" (Cap. 61), quando há oportunidade para o arrependimento e conversão dos pecadores, como nós que já fomos resgatados e muitos que ainda serão acrescentados ao Rebanho do BOM PASTOR!
O mundo ímpio anda na teimosia de seu coração, seguindo seus próprios conselhos... (Salmo 81.12)
A intensidade do sofrimento do nosso SENHOR na cruz mostra o quanto DEUS está irado com pecador! O nosso SENHOR por imputação foi esmagado, quanto mais não será o pecador...
Um abraço!
Cristiano Pereira de Magalhães
Muito bom comentário Pr. Vejo simplicidade em suas palavras e espero que vc continue seguindo esse caminho dentro da teologia. Peço a Deus que sustente homens com o sr, e que o sr cresça mais e mais em sabedoria devidamente conduzido pelo Espirito Santo.
ResponderCaro Cristiano
ResponderObrigado pelo esforço em me ajudar.
Minha dúvida permanece, uma vez que questiono a tal "personificação do amor em Deus" a tal ponto de eles serem a mesma coisa.
Então as dúvidas são:
- Deus e Amor são a mesma coisa?
- O Amor é uma pessoa divina?
- O que João desejou dizer com este texto?
A partir da tal "personificação" é que me parece que surgem as interpretações equivocadas de que Deus então não pode irar-se, ou odiar, ou enviar pessoas para o inferno e lá mantê-las por eternidades.
Para mim são coisas distintas.
- Deus é uma pessoa;
- Amor é uma volição que Deus pode expressar ou não;
- Assim pela minha concepção "herética", eu poderia também dizer que Deus é Ódio, ou seja, quando o ódio de Deus é expresso, ele é expresso de forma perfeita e justa.
- Mas da mesma forma que não me atrevo a dizer que Deus e Amor sejam a mesma coisa, igualmente Deus e Ódio também não o são.
Igualar Amor e Deus numa personificação só, acaba levando o indivíduo logicamente a negar a inspiração de muitos textos bíblicos e criar para si um cânon dentro do cânon.
Abraço!
Caro Oliveira,
ResponderJá adianto que não sou teólogo, presbítero, pastor ou oficial de Igreja, mas um crente que gosta de estudar...
Quem sabe, o Rev. Augustus poderá nos ajudar?
Mas, vamos tentar, mais uma vez, esclarecer seu dilema:
O irmão já deve ter ouvido falar das figuras de linguagem: metáforas, hipérboles etc.. Faz tempo que não estudo língua portuguesa, mas se não me foge à memória, no caso em tela, o texto Bíblico contém uma metáfora recheada de hipérbole!!! Explico: o autor usa de uma figura de linguagem personificando um sentimento (Amor) para passar, entre outras impressões ao leitor, que tal atributo é tão presente em Nosso SENHOR que Ele o personifica.
Como disse anteriormente, só é possível compreender o amor a partir de DEUS.
Não há qualquer erro no texto Bíblico! Nossas mentes não conseguem atingir a total dimensão do que foi revelado. Lembre-se: precisamos do Espírito Santo para melhor compreendê-lo!
Mas, aqui, trata-se, apenas e tão somente, de entender o contexto da passagem e verificar que a interpretação literal é inadequada. Essa regra vale para qualquer texto!
Veja o exemplo: se um dissesse que fulano está com a mão tão suja que parece um carvão, seria absurdo entender que a mão de fulano é de carvão!!!
Um abraço!
Cristiano
Meu Irmão amado Vandim,
ResponderTem sido muito bom conversar a respeito disto; porém o processo aqui é muito limitado, moroso (hoje pergunto, amanhã tu responde, o reverendo é uma pessoa ocupada tem que ficar mestrando o dialogo e etc). Não acredito que vamos encerrar essa questão milenar.
Agora, espero terminar minha
participação com essa ilustração simples:
Digamos que VOCÊ (leitor) - um Pai de Amor e Justiça - exija algo dos seus 5 filhos e os promete beneficiá-los por isto.
Quais os casos que podemos esperar: VOCÊ,
1º Premiou aqueles que cumpriram a exigência, e desonrou os outros.
(Justo e Amoroso [Livre Arbítrio])
2º Não premiou nenhum dos 5.(Justo e Amoroso)
3º Premiou todos os 5.(Justo e Amoroso)
Final da historia:
Nenhum dos 5 cumpriram as exigências. Mas VOCÊ, decidiu premiar somente 3 dos seus filhos - pois tem autoridade pra isso.(Injusto, mas Amoroso COM ALGUNS [Predestinação])
- Não parece ACEPÇÃO de filhos? Por que não escolheu a 2ª ou 3ª opção uma vez que todos erraram? Isso é um caso claro de acepção. e se fossemos as duas outras crianças como ficaríamos?
Por favor, não me responda com outra ilustração ou pergunta, mas me dê uma explicação a esse respeito. É ou não é isso a Doutrina da Eleição? Se eu estiver errado me ajude.
OBS:
> Não ignoro os outros atributos de Deus - é claro.
> Quando Deus Poe alguém no inferno Ele não sente Amor por quem esta lá; isso satisfaz a sua Justiça, e tudo que Deus faz é Bom.
> O Inferno é a Ira de Deus sobre aqueles que REJEITARAM O EVANGELHO.
Que o Espírito Santo sempre esteja sobre nós.
Tbm concluído minha participação,
ResponderSua ilustração é infeliz, a salvação é descrita como um prêmio justo pela obediência, mas entendo q ela é por pura graça, a perdição q é por mérito humano. Deus não deixou de executar sua justiça, no caso dos eleitos, executou-a em Cristo.
Obrigado pelo esclarecimento na questão da coexistência dos atributos de Deus, e a resposta quanto ao fato de Deus não amar eternamente os perdidos, mostra que Deus ama de forma diferente: os q se perdem com amor temporal (graça comum) e os salvos com amor eterno (eleição).
Se não me engano o Cheung critica o apelo ao mistério. A exposição de calvinismo me pareceu bem mais convincente que outras que ja li. (e olha que não sou calvinista... ainda)
Responder"Há várias razões pelas quais eu resisto à tentação de descobrir a chave desses enigmas.(...)"
ResponderLouvo por sua vida Pr. Nicodemus, principamente por sua simplicidade e sinceridade em admitir sua limitação. Pode parecer estranho falar assim, mas não para quem esteve acostumado a testemunhar velhos crentes, dito "cavinistas", se aventurando orgulhosamente nos labirintos de suas próprias pretensões teológicas, com muito pouca preocupação pelas mentes de crianças espirituais.
Fiz parte de uma Igreja Presbiteriana. Tenho satisfação no investimento que tive nas doutrinas cristãs sólidas, marcantes da cultura reformada. Apesar disso doutrinas como predestinação e eleição, nos moldes que tentavam me ensinar, só me levavam à tentação de negligenciar o chamado para trabalho evangelístico, levando minha respnsabilidade para o plano secundário. Hoje sou membro de uma Igreja Batista, que dá bastante ênfase no evangelismo e QUASE nada se FALA acerca de eleição ou predestinação (pelo menos não da maneira presbiteriana). Se é arminiana ou não, não me interessa mais. Nada me acrescenta. Não tenho dúvidas que a doutrina da predestinação e eleição sejam bíblicas. No entanto hoje me sinto realizado pelo trabalho que pude desenvover na área evangelística, tenho como carro chefe a compreensão do AMOR DE DEUS DERRAMADO SOBRE A HUMANIDADE, ATRAVÉS DE CRISTO, E SEU DESEJO PELA SALVAÇÃO DE TODOS OS HOMENS. (1Tm 2:1-4).
Parabéns meu irmão. Muito bom aprender com você.
Obrigado
Pr Augustus,
ResponderConcordo com suas palavras, com a exceção de que haja essa insolúvel adequação racionalista na suposta antinomia entre a soberania de Deus e a liberdade humana. Isso porque não há nas Escrituras texto algum que afirme ser o homem livre. Se alguém o diz defende tal conclusão pressupondo poder pelo instar de Deus quanto ao dever. Ou seja, se acredita que o homem seja livre pelos mandamentos pelos quais Deus exige um posicionamento do homem.
As Escrituras imputam ao homem responsabilidade pelo mal que comete, e não há nada, nem texto biblico algum do qual se possa categoricamente afirmar que o homem seja livre.
Calvinistas que se valem destes termos [livre agência, livre arbítrio] poderiam descartá-los visto que não os usamos para exprimir o sentido real ao qual buscam alcançar com a definição teólogos arminianos e os do teísmo aberto. De fato, o homem não é livre, e dizer que ele é livre redundará em nada além de dizer que ele é responsável, e se por "livre" se busca definir responsabilidade, usar termos como "livre agencia" ou "livre arbítrio" não ajuda em muita coisa, uma vez que não é pelo sentido de defender liberdade que se articula a definição.
Mizael