Alguns blogs recentemente criticaram duramente os evangélicos pela falta de diálogo com figuras conhecidas e que acabaram se desviando do, digamos, cristianismo histórico. No twitter, cheguei mesmo a ser convidado para entrar em diálogo com uma destas figuras. Vou explicar por que não tenho aceitado estes convites. Um diálogo pressupõe uma abertura de ambos os lados para mudança de opinião, ponto de vista ou postura. Pressupõe que nada é fixo, que tudo pode mudar. Assume que posições defendidas podem estar erradas e que aquilo que se pensa errado no outro lado pode, afinal, estar certo. Pressupõe ainda que ambos os lados estariam dispostos a ceder em nome do acordo e da paz e da unidade e da harmonia. Se diálogo for isto, não acredito em diálogo com quem nega os pontos centrais do Cristianismo, e dos quais estou absolutamente convencido. Para mim, a Trindade, os atributos de Deus, a divindade de Cristo, sua ressurreição literal de entre os mortos, a inerrância da Bíblia, a salvação pela fé sem as obras da lei, a segunda vinda física e pessoal de Jesus, a vida eterna e as penas eternas são inegociáveis. Portanto, não tenho nada a dialogar com quem nega estas coisas. Eu sei exatamente o que elas pensam e elas sabem exatamente o que eu penso. Já tomamos nossas posições e fizemos nossas escolhas. Dialogar sobre o quê? Não me recuso a sentar na mesa para dialogar com irmaos em Cristo sobre pontos secundários da fé cristã, como liturgia, dons espirituais, governo da igreja, forma de batismo, métodos de crescimento de igreja, assuntos relacionados com liberdade cristã, usos e costumes. Quanto aos outros, tecnicamente, não cabe diálogo, mas evangelização,
Como Deus nos protege?
Há um dia
15 comentários
comentáriosCaríssimo Augustus.
ResponderBom dia!
Tenho acompanhado-o já de algum tempo e tenho constato que suas proposições são sempre francas e objetivas, tal qual a presente.
Conclamo o direito de discorda, muitíssimo pouco do que você explanou, mas de toda sorte parabenizo-o pela franqueza e objetividade no que escreve.
Armando Micheleto Jr.
www.armandomicheletojr@blogspot.com
Em suma..."eu sei em QUEM tenho crido", consequentemente, em QUE tenho crido. Não arredo o pé da Rocha!
ResponderPenso exatamente como o senhor. Parabéns pelo post.
ResponderCoberto de razão, Reverendo!
ResponderE aproveito o ensejo e digo mais: nada mais obscuro do que o tal selo "blogosfera cristã", puro engano. Não demorei muito a perceber que até aqueles selos que vemos em alguns blogs "pertenço à blogosfera evangélica" é uma cesta em que se encontra de TUDO. Há espíritas, messiânicos, testemunhas de Jeová, mórmons, sabatistas e até abortistas rsrsrs! Mas é sério. A gente vai chegando perto, pensando que vai dialogar e termino por descobrrir que a figura "cristã, evangélica" do outro lado precisa é ser evangelizada. Essa é a blogosfera!
Abraços sempre afetuosos.
Fábio.
Concordo perfeitamente. É isso que o faz um dos maiores nomes, pela graça de Deus, do evangelicalismo brasileiro. Os apóstolos também não negociavam. Podemos ver isso nas suas epístolas.
ResponderOro para que o sr. se torne cada vez mais esse exemplo, pois nos nossos dias são poucos.
Excelente posicionamento.
ResponderAvaliação perfeita!!!!
ResponderOi Rev. Nicodemus, Graça e Paz!
ResponderGrande mensagem e o fechamento foi maravilhoso! Que Deus continue a usá-lo para instruir e apascentar o Seu povo. Por favor, permita-me divulgar aqui o excelente sorteio do Apologia:
http://www.apologia.com.br/?p=788
Obrigado e por favor só corrija no texto o nome do Nosso Salvador (13ª linha). Um abraço e fica na Paz!
Muito bom mesmo, diálogos que são entre pessoas muito diferentes acabam não sendo diálogos e sim debates, e debates são demonstrações de poder em que um tenta superar o outro com seus argumentos e, no afã de vencer o debate, isso evolui rapidamente para falácias e ataques.
ResponderGraça e Paz Reverendo.
Responderé lamentável quando vemos pastores renomados renegando o bom e simples evangelho para algo destorcido,parafrasendo as escrituras:deixando de tomar água limpa para tomar água suja.Brigadão Rev Nicodemos pela simplicidade.
Shalom Reverendo Nicodemus! Sou teólogo reformado aqui de Juiz de Fora MG, tenho 27 anos e congrego na Igreja Cristã Reformada. Diante de uma gama de opiniões diferentes acerca da passagem de Jo 20.22. Até mesmo no âmbito reformado, gostaria de saber a sua opinião desta passagem. Não obstante sabemos que os discipúlos foram batizados com ou no espírito Santo no evento do Pentecostes, e todavia, esta passagem descrita no evangelho de João destaca que Jesus soprou sobre eles o Espírito, entendo como um ato simbólico, mas o que significa realmente esta passagem? Gostaria que o Reverendo me esclarecesse, pois ainda não tenho uma opinião formada do real significado. Desde já agradeço. Shalom. meu email é TadeuDamaso@Yahoo.com.br
ResponderMuito bom pastor, concordo plenamente!
ResponderPaz irmão! queria só como um leitor, lhe chamar atenção para dois erros gramaticais:
ResponderNo trecho: "...segunda vinda física e pessoal de Jeaus, a vida eterna e as penas eternas são inegociáveis."
Em vez de Jeaus - Jesus.
e nesse trecho: "...assuntos relacionados com liberdade crista, usos e costumes."
Em vez de crista - cristã.
Deus abençoe.
Valeu, irmão, vou corrigir.
ResponderAbs.
olá Rev. Augustus, permita-me discordar em partes, como um irmão acima já falou se tornaria um debate,posições diferentes de pensamento, mas eu penso que debates podem ser muito proveitosos para quem escuta, é muito bom para quem assiste e ainda não tem opinião formada sobre o assunto, se temos a verdade, creio que até certo ponto ela pode ser demonstrada.
Respondereu já assisti inúmeros debates entre ateus e cristãos, e tive minha fé revigorada ao ver cristãos defendendo a fé muito bem, sem acusações de nada, mas creio que ter a disposição de debater é um dom, e eu acho que o Rev. não deve ter esse dom...rsrs, mas eu gostaria muito de ver um dia um debate do Sr. com pessoas que pensam diferente, seria muito interessante...