O novo líder da Igreja Católica, escolhido em um dia
considerado por muitos “cabalístico” (13.03.13), já recebeu diversos
comentários e reações aos seus primeiros pronunciamentos. Mesmo sendo muito
cedo para qualquer análise ou opinião, observamos que todos os segmentos, os
dos católicos, evangélicos e até os que se declaram sem religião, estão, por
razões diversas, perplexos.
Aqueles com os quais a mídia fez coro, na expectativa da
eleição de um Papa que fosse “progressista”, se espantaram com a posição do Dom
Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco, com relação à união de gays, à questão
do homossexualismo como “apenas” uma opção sexual e sobre o aborto. Ele é contra, ponto final! Na esfera
política latino-americana, o distanciamento do Papa da tiete chavista Cristina Kirchner e alegados
alinhamentos passados com a direita argentina, também fez com que este grupo
ficasse não somente eriçado, como igualmente frustrado. Em adição, muitos “sem
religião”, que dizem não ligar a mínima para o papado, têm comentado essas
posições e declarações do Papa, franzindo o cenho em desaprovação ainda que meio
veladamente.
Católicos se espantaram porque ele não colocou, de início, o envolvimento social como prioridade máxima da Igreja. Em vez
disso, contrariou a mensagem que tem soado renitentemente ao longo das quatro
últimas décadas, especialmente em terras brasileiras, proclamada pelos
politizados “teólogos da libertação”, ou da natimorta “teologia pública”. Ele
aparentou priorizar as questões espirituais!
Exatamente por isso, no campo evangélico, chamou atenção a
sua declaração de que a missão da Igreja é difundir a mensagem de
Jesus Cristo pelo mundo. Na realidade, o Papa disse que se esse não for
o foco principal, a Instituição da Igreja Católica Romana tende a se
transformar em uma “ONG beneficente”, mas sem relevância maior à saúde espiritual
das pessoas! Ei! Disseram alguns evangélicos – essa é a nossa mensagem!!
Bom, não é a primeira vez na história que um prelado
católico reconhece que a Igreja tem estado equivocada em seus caminhos e
mensagem. Já houve um monge agostiniano que, estudando a Bíblia, verificou que
tinha que retornar às bases das Escrituras e reavivar a missão da igreja na
proclamação do evangelho, libertando-a de penduricalhos humanos absorvidos
através de séculos de tradição. Estes possuíam apenas características místicas,
mas nenhuma contribuição espiritual e de vida que fosse real às pessoas. Assim
foi disparado o movimento que ficou conhecido na história como a Reforma do Século 16, com as mensagens,
escritos e ações de Martinho Lutero, em 1517. Lutero foi seguido por muitos
outros reformadores, que se apegaram à Bíblia como regra de fé e prática.
Entendo, portanto, que não
seria impossível uma “segunda reforma” dentro da Igreja
Católica, se esta declaração inicial do Papa Francisco for levada a sério, por
ele próprio e por seus seguidores. É importante lembrar, entretanto, que proclamar a mensagem de Jesus Cristo é algo
bem abrangente e sério. Entre outras coisas que poderiam ser mencionada, a
Igreja Católica precisaria se definir com coragem nessas cinco áreas cruciais:
1. Rejeitar apêndices
aos livros inspirados das Escrituras. Ou seja, assumir lealdade apenas às
Escrituras Sagradas, rejeitando os chamados livros apócrifos. Proclamar as
palavras de Jesus, nesta área, é aceitar tão somente o que ele aceitou. Em
Lucas 24.44, Jesus referiu-se às Escrituras disponíveis antes dos livros do Novo
Testamento, como “A Lei de Moisés, Os Profetas e Os Salmos” – essa era
exatamente a forma da época de se referir às Escrituras que formam o Antigo
Testamento, em três divisões específicas (Pentateuco, livros históricos e
proféticos e livros poéticos) compreendendo, no total, 39 livros. Representam
os livros inspirados aceitos até hoje pelo cristianismo histórico, abraçado
pelos evangélicos, bem como pelos Judeus de então e da atualidade. Ou seja,
nenhuma menção ou aceitação dos livros apócrifos, não inspirados, que foram
inseridos 400 anos depois de Cristo, quando Jerônimo editou a tradução em Latim
da Bíblia – a Vulgata Latina[1].
Evangélicos e católicos concordam quanto aos 27 livros do Novo Testamento, mas
essas adições à Palavra são responsáveis pela introdução de diversas doutrinas
estranhas, que nunca foram ensinadas ou abraçadas por Jesus e pelos apóstolos. Proclamar
a palavra de Jesus ao mundo começa com a aceitação das Escrituras do Antigo e
Novo Testamento, e elas somente, como fonte de conhecimento religioso e regra
de fé e prática.
2. Rejeitar a
mediação de qualquer outro (ou outra) entre Deus e as Pessoas, que não seja
o próprio Cristo. Não acatar a mediação de Maria, e muito menos a designação
dela como co-redentora, lembrando que o ensino da palavra é o de que “há um só Deus e um só Mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus, homem” (1 Timóteo 2.5). Na realidade, a Igreja
precisa obedecer até à própria Maria, que ensinou: “Fazei tudo o que Ele vos disser” (João 2.5); e Ele nos diz: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida;
ninguém vem ao pai, senão por mim” (João
14.6). Foi um momento revelador da dificuldade que o Papa tem na aderência a
essa mensagem da Bíblia, observar sua homilia pública (angelus) de 17.03.2013. Após falar
várias coisas importantes e bíblicas sobre perdão e misericórdia divina,
finalizou dizendo: “procuremos a
intercessão de Maria”... Não é assim que irá proclamar a palavra de Jesus ao mundo, pois precisa apresentá-lo como único e exclusivo mediador; nosso advogado; aquele que
pleiteia e defende a nossa causa perante o tribunal divino.
3. Rejeitar as
imagens e o panteão de santos composto por vários personagens que também são
alvo de adoração e devoção devidas somente a Cristo. Essa característica da
Igreja Católica está relacionada com a utilização de imagens de escultura, como
objeto de adoração e veneração; e também precisaria ser rejeitada. Ela
contraria o segundo mandamento e desvia os olhos dos fiéis daquele que é o
“autor e consumador da fé - Jesus” (Hebreus 12.2). Proclamar a palavra de Jesus
ao mundo significa abandonar a prática espúria e humana da canonização de
mortais comuns, pecadores como eu e você, em complexos, mas inúteis processos
eclesiásticos, que não têm o poder de aferir ou atribuir poderes especiais a
esses santos.
4. Rejeitar o ensino
de que existe um estado pós-morte que proporciona uma “segunda chance” às
pessoas. A doutrina do purgatório não tem base bíblica e surgiu exatamente
dos livros conhecidos como apócrifos (em 2 Macabeus 12.45), sendo formalizada
apenas nos Concílios de Lyon e Florença, em 1439. Mas Jesus e a Bíblia ensinam
que existem apenas dois destinos que
esperam as pessoas, após a morte: Estar na glória com o Criador – salvos pela
graça infinita de Deus (Lucas 23.43 e Atos 15.11), ou na morte eterna (Mateus
23.33), como consequência dos nossos próprios pecados. Proclamar a palavra de
Jesus ao mundo é alertar as pessoas sobre a inevitabilidade da morte eterna,
pregando o evangelho do arrependimento e a boa nova da salvação através de
Cristo, sem iludir os fiéis com falsos destinos.
5. Rejeitar os “mantras”
religiosos, que são proferidos como se tivessem validade intrínseca, como
fortalecimento progressivo pela repetibilidade. É o próprio Jesus que nos
ensinou, em Mateus 6.7: “... orando, não useis de vãs repetições,
como os gentios; porque presumem que pelo seu muito falar serão ouvidos”. É
simplesmente incrível como a ficha não tem caído na Igreja Católica, ao longo
dos séculos e, mesmo com uma declaração tão clara contra as repetições, da
parte de Cristo, as rezas, rosários, novenas, sinais da cruz etc. são
promovidos e apresentados como sinais de espiritualidade ou motivadores de ação
divina àqueles que os repetem. Proclamar a palavra de Jesus ao mundo é
dirigir-se ao Pai como ele ensina, em nome do próprio Jesus, no poder do
Espírito Santo, abrindo o nosso coração perante o trono de graça (Filipenses
4.6).
Confesso que admiro a coragem deste homem, que, enquanto
cardeal se pronunciou claramente contra alguns pecados aberrantes que estão
destruindo a família e a sociedade. Peço a Deus que dê forças às nossas
lideranças evangélicas, e a nós mesmos, para termos intrepidez no interpelar de
governantes e da mídia, quando promovem leis e comportamentos que contradizem
totalmente os princípios que Deus delineia em Sua Palavra. Estes sempre são os
melhores para o bem da humanidade, na qual o povo de Deus (incluindo nossos
filhos e netos) está inserido.
Mas quanto a uma possível Segunda Reforma, vou ficar
cauteloso e com muitas dúvidas. No momento em que eu testemunhar mudanças, como
as que apresentei acima, vou me animar, entusiasmar e bater palmas – talvez ela
esteja em andamento! Até lá, entretanto, continuarei triste em ver tantos olhos
e esperanças fixados em mitos, misticismo e na pessoa humana, em vez de no Deus
único soberano, esperança de nossas vidas, que nos fala em Cristo Jesus, pelo
poder do Espírito Santo, que é real e eterno e não temporal como o Papa.
[1] A
Vulgata Latina (382 – 402 d.C.), tradução para o latim, da Bíblia, contém 73
livros (e não 66) além de adições de capítulos em alguns livros do Antigo
Testamento, que não constam dos textos hebraicos, nem da Septuaginta (tradução
para o Grego, do Antigo Testamento, realizada em torno de 280 a.C.). Estes
livros adicionais são chamados de livros apócrifos (duvidosos, fabulosos,
falsos). O próprio Jerônimo colocou notas de advertências, quanto à
canonicidade e validade dessas adições, mas essa cautela foi suprimida nos
séculos à frente. Sua aceitação como escritura canônica, no seio da Igreja
Católica, foi formalizada pelo Concílio de Trento, em 1546 d.C. Desapareceu,
assim, a compreensão de que aqueles livros estavam ali colocados por “seu valor
histórico” ou devocional. É possível que se Jerônimo soubesse, que na
posteridade seriam considerados parte integral da Bíblia, provavelmente não os
teria incluído em seu trabalho.
41 comentários
comentáriosÓtimo texto! Precisamos lembrar também da resposta que Gregório I deu ao imperador Focas em 604, quando ele recusou o título de bispo universal. Aquele que aceitasse o título de Papa, deveria ser considerado um anticristo. Todavia, em 607, Bonifácio III aceitou o título, criando assim a instituição do papado. Somente Jesus Cristo é o fundamento da Igreja e a Pedra fundamental sobre a qual ela está edificada (1Co 3.11; Ef 2.20; 1Co 10.4).
ResponderPAZ!
ResponderA citação correta é Lucas 24.44 (Toráh, Neviim e Kethuvim) e não Lucas 24.24
Att, Marcelo
Presb. Solano, fascinante e esclarecedor seu artigo (não poderia ser diferente). Estou desconfiado com o Papa Francisco. Ele fala como cordeiro, e se lança como alguém que trás um discurso de humildade na promoção da paz! (Não quero que pense que ele é o Anticristo, mas sua estratégia segue na mesma linha. Não creio em uma nova reforma, pois o que promove é o Espírito Santo de Deus - não creio que ele está nesse empreendimento, se assim estivesse a perseguição seria inevitável e não a anuência generalizada dentro da própria Igreja em torno do nome do atual Papa. É esperar!!! Nas minhas reflexões na madrugado - quando Deus tira o sono - sinto a profunda necessidade de preparar o povo de Deus para o tempo do fim!!! Abraço.
Responder"Irmãos e irmãs, boa noite!
ResponderVós sabeis que o dever do Conclave era dar um Bispo a Roma. Parece que os meus irmãos Cardeais tenham ido buscá-lo quase ao fim do mundo… Eis-me aqui! Agradeço-vos o acolhimento: a comunidade diocesana de Roma tem o seu Bispo. Obrigado! E, antes de mais nada, quero fazer uma oração pelo nosso Bispo Emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e Nossa Senhora o guarde.
E agora iniciamos este caminho, Bispo e povo… este caminho da Igreja de Roma, que é aquela que preside a todas as Igrejas na caridade. Um caminho de fraternidade, de amor, de confiança entre nós. Rezemos sempre uns pelos outros. Rezemos por todo o mundo, para que haja uma grande fraternidade. Espero que este caminho de Igreja, que hoje começamos e no qual me ajudará o meu Cardeal Vigário, aqui presente, seja frutuoso para a evangelização desta cidade tão bela!
E agora quero dar a bênção, mas antes… antes, peço-vos um favor: antes de o Bispo abençoar o povo, peço-vos que rezeis ao Senhor para que me abençoe a mim; é a oração do povo, pedindo a Bênção para o seu Bispo. Façamos em silêncio esta oração vossa por mim.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Francisco
1) Por que o Papa Francisco insiste em ser chamado de Bispo ? Por que ele também insiste em chamar o Papa Emérito Bento XVI de Bispo? Sim são Bispos de Roma. Mas além disso o Papa Francisco em sua primeira missa , se vestiu como Cardeal,se recusou a utilizar a Cruz Papal de ouro, e se manteve com sua cruz de ferro do tempo que foi eleito Bispo, se recusou a utilizar o sapato vermelho papal, se recusou a utilizar o mantelete papal. Tudo isso em nome da “humildade” ? Será mesmo?
2) Pedir Benção ao Povo ? Isso é sinal de Humildade? Veja neste link clicando aqui
3) Caridade e Fraternidade: Ok, Legal. Mas só pra informar, essas 2 palavrinhas mágicas, além de lemas de São Francisco de Assis, são lemas da TL Marxista.
Entenda o tipo de Fraternidade que isso significa, analisando o que a “Campanha da Fraternidade” da CNBB faz aqui no Brasil acessando os links abaixo como exemplo, podem buscar outros no google:
http://www.sacralidade.com/igreja2010/0299.cnbb.html
http://www.tradicaoemfococomroma.com/2012/02/campanha-da-fraternidade-e-cnbb.html
E o que faz um blog da teologia da libertação enchendo a bola da “Campanha da Fraternidade” ? Simples, a Campanha da Fraternidade tem cunho da TL.
http://blogdalibertacao.blogspot.com.br/2009/02/campanha-da-fraternidade.html
Leonardo Boff dando aval a “Campanha da Fraternidade” >> http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?lang=PT&cod=45697
4) O Papa Francisco vai presidir todas as IGREJASSSSSSS ? No Plural ? — Tudo bem, que o Cardeal Bergoglio tem um currículo vasto de ecumenismo, com muculmanos, budistas, maçons, protestantes, inclusive em sua catedral que administrava enquanto Bispo. Mas agora vai fazer isso também no comando da Igreja Católica? Vai querer presidir todas as IGREJASSSSSSSS ? A Igreja Católica é UNA. Isso é heresia.
Presidir IgrejaSSSS na CARIDADE ? O que será que isso significa? Só sei que Igreja Católica é UNA. Ou alguém assopre isso para o Papa, talvez ele não saiba."
Retirado do site católico:
http://fimdostempos.net/discurso-francisco.html
13-03-2013 = 1+3+3+2+1+3 = 13
Cuincidencia?
Concordo que reforma na igreja catolica seria mudar sim,mas nao de papa sim de doutrina dogmatica e escatologicca
ResponderAcredito não ser possível uma segunda reforma, no sentido de se organizar o conteúdo e direção da fé. O que é possível é o papa se encaminhar pelo mesmo caminho bradado no século 16, sendo o mais notável: a Bíblia como única regra de fé, prática e autoridade (todos os demais pontos certos e errados serão alinhados por esse). Não há mais o que ser reformado, neste sentido, - só há uma verdade.
ResponderAgora, naturalmente, a igreja, como instituição, poderia ser reformada (não mais a fé). Assim como todas as igrejas protestantes devem seguir se reformando (ensino de Lutero) para manutenção da missão e interação com este mundo (hoje cheio de mudanças) - sem mexer na reforma da fé: os cinco solas.
Mas, no caso do Vaticano, seria somente pela gratia, solus com Cristo, muita fide e absoluta soli Deo Glória, rsrs...
Boa reflexão, acredito que muitos estão com os olhos fitos no Papa Francisco, observando o que irá acontecer, mas ainda não estão ventilando seus pensamentos.
Abs.
Na realidade, a Igreja precisa obedecer até à própria Maria....
ResponderNo próprio texto de vcs, diz isso! :)
Maria É Mãe da Igreja!!! Q É Jesus Cristo NOSSO SENHOR!
Vcs dizem q nós católicos nao entendemos nada da bíblia...
Quer maior blasfêmia do que esta???
E julgamento tamanho inferior!
Pois, está escrito:
"Não julgueis, e não sereis julgados. (São Mateus 7, 1).
No mais, não gosto de discutir religião!!! Religião não se discute, se ensina! Assim como a Mãe de Deus e NOSSA, nos ensinou!
Dileto amigo Solano Portela, achei excelente o seu texto: direto, preciso, verdadeiro, bíblico. Parabéns!
ResponderCreio que haja alguma possibilidade de haver uma reforma na igreja romana. O que acho improvável é uma reforma na na igreja evangélica cuja maioria de seus líderes se encontram muito mais distante do verdadeiro evangelho do que o papa. E nestas condições não estão somente todo o pentecostalismo e suas múltiplas ramificações. Tem mais gente.
ResponderAbraços.
Fabio, cristaodebereia.blogspot.com
Solano, graça e paz. Na sua opinião até que ponto uma declaração como essa, do Papa Francisco, ajuda nas questões morais da sociedade mundial, bem como, o quanto é importante para nós cristãos protestantes percebermos que o líder católico (nestas questões) tem o mesmo posicionamento nosso? Isso ajuda em que?
ResponderSolano, graça e paz. Até que ponto é importante para nós cristãos protestantes, termos idéias comuns junto com o líder máximo da igreja catolica??
ResponderQue análise bem fundamentada - gostei!
ResponderExcelente texto Pb. Solano. Fico com sua opinião...
ResponderA verdadeira Reforma começa com a volta à Escritura. Ainda é muito cedo. Vamos esperar, os próximos pronunciamentos dele. Como ele mesmo afirmou: "os católicos precisam confessar a Jesus". Mas também precisam tê-lo como Único Mediador, Salvador e Senhor.
ResponderÉ interessante notar que muita gente trata as Sagradas Escrituras como se elas fossem um tratado de álgebra, onde dadas as definições dos operadores as conclusões das equações são inescapáveis, ou seja, não há quem discuta que 2 + 2 = 4.
ResponderAs Sagradas Escrituras, porém, não são um tratado de álgebra, é obviamente não se encerram sem si própria e nem a si mesmo interpreta, de modo que essa história de "voltar às Escrituras" é vazia, a Igreja Católica nunca saiu das Escrituras, aliás, foram as Escrituras que saíram da Igreja Católica, foi a Igreja quem a produziu e quem corretamente a interpreta pois traz consigo a tradição que vem desde os apóstolos (e não de um pitaco que um advogado deu 1.500 anos depois).
Muito me impressiona, também, a ingenuidade do Sr. Portela ao supor que a fé Católica seja, de algum modo, negociável. Os dogmas são incontornáveis, aqui não há negociação alguma, e jamais haverá.
Como eu gostaria que fosse verdade a possibilidade verdadeira de uma reforma. Mas, e se a igreja estiver fazendo isto como uma estratégia, apenas, para não perder mais fiéis? Não estaria ela preocupada com o reino de Deus e sim com o evitar em perder o poder. Qual a intenção em converter a sua teologia? Só Deus sabe!!!
ResponderCaro Vágner Lira,
ResponderGraça e Paz.
Como sempre, você usa e abusa de falácias escancaradas em seus argumentos pífios. Observe:
"mas vocês, na sua prepotência, são arrogantes com interpretações calvinistas absurdas."
Ora, meu caro! Isto se chama argumentum ad hominem, onde a intenção é atacar o autor do artigo, esquecendo de refutar suas idéias. Conclusão: argumento INVÁLIDO.
E mais: "Mas há esperança ainda, eu acredito nisso depois que vi o maior pastor presbiteriano dos Estados Unidos, ferrenho anticatolico, converter-se a igreja de Cristo, a Igreja Católica Romana, vejam a história dele, seu nome: Scott Hahn, procurem na WEB por esse nome e sigam seu exemplo de história."
Uma falácia "non sequitur" (não segue), tendo em vista que consideras a veracidade das assertivas romanas com base na "conversão" de um líder protestante. Veja a inconsistência do seu argumento:
1) O maior pastor protestante dos Estados Unidos é ferrenho anticatólico.
2) Este pastor "converte-se" ao catolicismo
Conclusão: o catolicismo é a verdadeira igreja de Cristo.
Ora, fica evidente que a conclusão não se segue das premissas apresentadas. Erro lógico escancarado!
É, Vágner Lira. Vamos melhorar os argumentos!
Sola Scriptura.
Belo texto. Porém, só da para falar de Reforma quando a igreja de Roma estiver em conformidade com isso aqui: http://nopphistoriador.blogspot.com.br/2013/02/as-cinco-solas-da-reforma-do.html?m=1
ResponderEsta é mais uma das muitas artimanhas da ICAR para iludir os fiéis de que pregam alguma verdade. Apenas querem fugir dos muitos ecandalos e do desprestigio que vivem. Não se iludam. É dragão com voz de ovelha. Basta ver o "cargo" que ocupa. Um substituto do Filho de Deus. Bah!
ResponderInteressante; porém estamos apoiando nossa sociedade bíblica que produz uma bíblia ecumênica - NTLH - produzida com os apócrifos com a "Edições Paulinas" além de usar palavras catolicisadas como "santuário" "procissão" etc (que também são usadas na "Revista e Atualizada")
ResponderA bíblia cnbb diz: AT 4.12 "Em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome dado à humanidade pelo qual devamos ser salvos".
leia o verso 8 "Pedro cheio do Espírito Santo, disse-lhes....
Pedro dirigido pelo Espírito Santo declara que não podemos ser salvos por outra pessoa, mas somente Jesus; Uma "igreja" vem dizer coisas contra o Espírito Santo hoje, contradizendo o que este falou por Pedro naquele dia...
Com quem iremos ficar???!! Com a Palavra do Espírito Santo dada a Pedro naquela hora, ou com esta "igreja" que se diz Cristã e nega a palavra de Deus??!!
O mesmo fazem com o texto sobre o ùnico mediador....
Claro, o próprio "papa" seria um "mediador" segundo a doutrina católica... seria negar ao "papa" o status...
Ninguém se engane, esperamos mais de dois mil anos desde a promessa a Adão e Eva, do libertador, até que o messias veio e quando Este chega vamos seguir sua mãe??? O Salvador é Ele Jesus!!
Prezado Anderson Fortaleza, como pode ser, a Escritura ter saído da Igreja católica, quando ela, a Escritura, já era conhecida dos cristãos???!!! Será que não consegues perceber tão grande equivoco histórico? Consegues admitir que Constantino simplesmente tentou romanizar o cristianismo? A igreja, prezado Anderson Fortaleza, existia e estava formada bem antes de Roma!!! A questão de bispo mais importante, vem muito tempo depois. Refaça seus argumentos, leia historiadores independentes do magistério da igreja católica e concluirás que Pedro não tinha trono, foi casado e era falível. Roney Leao
ResponderPrezado Anderson fortaleza, se conseguires ler história sem que seja pela pena de escritores escorados no magistério da igreja católica, tens que admitir que Pedro não tinha trono, foi casado e era falível, pelo que, foi publicamente repreendido por Paulo e o registro disso podes conferir em sua própria bíblia. Mais ainda, consegues admitir que a Escritura estava pronta muito antes de o bispo de Roma ser o centro de tudo na igreja católica? A igreja veio da Palavra de Jesus Cristo, não o contrario. Roney Leao
ResponderCreio que o artigo contém um equívoco, no ponto 3. A doutrina da ICAR não parece ensinar que santos devem ser adorados. Até onde pude aprender lendo o assunto, deve-se prestar veneração, não adoração aos santos. Veneração refere-se a respeito, honra, como se dá também a homens vivos.
ResponderAgora, é fato que na prática a adoração ocorre a olhos vistos. Mas me refiro, aqui, ao ensinamento da ICAR.
Gostaria de uma intervenção no comentário de RCMG no qual este parece isentar a ICAR de ensinar adoração aos santos. Muito embora se fale exaustivamente em veneração, a igreja de Roma, ao concluir um processo de canonização de seus santos mortos, estabelece que a pessoa canonizada pode sim ser objeto de culto! Se isto não for o ensino da adoração (no caso, idolatria), eu não sei o que pode ser.
ResponderCaros irmãos,
Responderconcordo com o Anderson, e faço questão de repeti-lo: "As Sagradas Escrituras, porém, não são um tratado de álgebra, é obviamente não se encerram sem si própria e nem a si mesmo interpreta, de modo que essa história de "voltar às Escrituras" é vazia, a Igreja Católica nunca saiu das Escrituras, aliás, foram as Escrituras que saíram da Igreja Católica, foi a Igreja quem a produziu e quem corretamente a interpreta pois traz consigo a tradição que vem desde os apóstolos (e não de um pitaco que um advogado deu 1.500 anos depois)."
Ainda acrescento que se Calvino tivesse nascido hoje teria feio não um tratado jurídico, mas provavelmente algo ainda mais absurdo como uma descrição computacional na linguagem bíblica (para entender o que quero dizer com 'computacional', vide linguística).
O problema do protestantismo conservador é o ponto de partida. É impossível debater com eles dentro do sistema, porque este é construído para fechar-se logicamente em si mesmo. Aliás, me parece que acreditam mais na lógica como meio de hermenêutica do que na própria revelação.
ta na hora de se arrepender católicos apostólicos romanos, para não fazer parte da tropa que vai dizer no dia do grande Julgamento: Mas Senhor em teu nome fizemos tantas coisas... e Jesus dirá APARTAI-VOS DE MIM MALDITOS, PORQUE NÃO VOS CONHEÇO, EVANGELHO É PODER DE DEUS, não é vã tradições de enganadores e malignos papas nem de mentirosos homens que usados por satanas desviam as pessoas de Deus, se arrependam, pois MUITOS HONRAM AO SENHOR COM OS LÁBIOS, mas o coração está longe, mas tenho uma boa noticia, enquanto vocês estiverem vivos ha esperança se arrependam, e Jesus os perdoará.
ResponderCaros,
Responderrepito aqui uma questão que fiz ao Solano, durante postagem sobre "Ressurgimento da Espiritualidade":
- vc citou a a objetividade como qualidade da revelação bíblica. Gostaria de saber o que tem em mente com essa palavra, o que significa 'ser objetivo' e qual a relação desse sentido com as escrituras. Seria possível extrair das próprias escrituras um conceito de 'objetividade' sem andarmos em círculos?
Ou seja, como é possível extrair proposições dogmáticas da bíblia, e de maneira dogmática, sem pressupor algo como a possibilidade de proposições objetivas que apontem para a Verdade? E essa proposição não é algo fora-da-bíblia, tomada antes do Sola Scriptura?
Ora, o próprio Solano afirma nesse post que deve-se "Representam os livros inspirados aceitos até hoje pelo cristianismo histórico, abraçado pelos evangélicos, bem como pelos Judeus de então e da atualidade". Isso significa que há uma historicidade que precede às Escrituras.
Caros, continuo...
Respondertambém gostaria de registrar um resumo de comentário que submetido ao Augustus em post anterior:
Não acontece que quando extraímos proposições acerca da Verdade Cristã, ao estilo Calvino, estamos tratando de Deus como um ente, uma coisa intramundana? Os termos que uso aqui dizem respeito à tradição filosófica que busca interpretar o sentido do ser. Ora, existe um diferença ontológica evidente entre ente e ser. Posso descrever os entes, interpretá-los, atribuir-lhes categoriais. Isso se faz com "coisas". Bem, esse modo de proceder coincide, ao menos aproximadamente, com o que os protestantes conservadores fazem com Deus. Pois, dizem, "as Escrituras são infalíveis e fonte da revelação da Verdade. Logo, devemos extrair-lhes objetivamente proposições que nos dirão a Verdade acerca de Deus, Sua relação com os homens, a criação, etc." Ou seja, procede-se como quem descreve um ente, uma coisa. Isso por sua vez significa inserir Deus como mais um ente-intramundano, por mais que seja um tipo de "ente máximo supremo", mas ainda é só mais um ente.
Assim é quando imagino, por exemplo, um ente matemático não-empírico, mas que posso criar. Ele não deixa de ser somente intra-mundano.
Se isso ocorre, é um problema grave. Porque o diferencial do cristianismo em relação ao paganismo reside em que, justamente, nosso Deus está fora de, além do Mundo, transcendendo-o, criando-o, salvando-o, etc. São os deuses pagãos que permanecem como mais um ente dentro do mundo. Assim, a abordagem calvinista trata Deus muito mais como um intramundano, do que um transcendente.
É claro que Calvino não diz expressamente isso. Mas não basta dizer que Deus é onisciente e onipotente para garantir que não o está tratando como um ente intramundano ao estilo pagão. Onipotência e onipresença são apenas palavras, que podem cobrir sentidos que não necessariamente garantam que Deus seja tratado como, de fato, como alguém fora do mundo.
ResponderEm "A Verdadeira Religião" Agostinho elabora a relação entre fé e razão. Lá, ele reafirma que Deus é o ser supremo, mas não só supremo no sentido de um super-ser. Ao contrário, Deus está fora do mundo, da criação, sendo ao mesmo temp a fonte de Vida para os outros seres da criação, estes sim dentro dela. Como a Verdade se revelará? ora, seria absurdo supor que ela possa se mostrar assim de pronto e acabado, porque isso implicaria em um conhecimento nosso como quem conhece algo dentro do mundo. Ocorre então que a caminhada na direção da Verdade revelada só pode ser uma jornada, uma passo da razão que sempre precisa se apoiar em outro de fé. A fé inicial só pode vir pela autoridade, ou seja, preciso dar crédito a algo que se diz sobre a Verdade para que daí eu parta, pela razão, para o processo de esclarecimento da Verdade. Esse processo nunca acaba, porque a Verdade, ela mesma, não está aí trancada e definida matematicamente ou hermeneuticamente em um livro, como quem faz história, química, física, psicologia, etc. Não, essa é Verdade está fora do mundo, é um Ser, não só mais um ente.
Em suma, meu problema com o protestantismo conservador é esse: travar uma hermenêutica bíblica que se crê capaz de descrever a Verdade de uma forma que muito se confunde com a descrição categorial de entes do mundo. Se aproxima, assim, de um tipo de paganismo moderno/racional.
Uma evidência disso é a preocupação que os protestantes mantém com debates do tipo "Acaso x Determinismo", debatendo com ateus materialistas, por exemplo, menos no sentido de desmascarar seu materialismo e mais no sentido de evidenciar que tem razão sobre a "coisa" que tratam. Entender que Deus não é só uma "super-coisa" descrita categorialmente via bíblia implica em perceber que, afinal de contas, a primazia do Acaso contra o Determinismo (de uma tal Soberania) nada diz respeito acerca da Verdade, já que está entre coisas como as que estão por aí (evolução, socialismo, etc.).
Ou seja, os protestantes conservadores se preocupam tanto e não parecer humanistas e cientificistas porque, justamente, estão muito próximos desses seus adversários. São lados opostos, mas de uma mesma moeda. Um acredita que a Bíblia é a fonte da Verdade, o outro diz que é a ciência; um diz que é a moral de Deus a veradeira, o outro diz que é a moral socialmente construída, etc. Mas esses dois lados estão falando da mesma coisa, de um conceito de Verdade muito parecido. São dois lados oposto sim, mas de uma mesma moeda.
Paz de Cristo Solano!
ResponderMuito bom o texto. Só um adendo: a doutrina do Purgatório no Catolicismo Romano não envolve uma "segunda chance" como está no título. Quem vai ao purgatório são os já salvos mas que ainda precisam passar por uma certa purificação, pois não foram santos o suficiente para entrar no Céu. São os que cometeram pecados veniais (que não inferem em condenação eterna) e que não pagaram por eles, passando então pelo sofrimento com fogo para que isso ocorra. Após esse tempo no purgatório, eles entram na visão beatifica de Deus.
Abração!
Se me permitirem,
ResponderDizer que Calvino fez pitacos e que são loucos os mentores da CFW é tão ofensivo quanto dizer que o Papa é o Anticristo.
Pitacos são estes (meus) abaixo:
Item 1 - É verdade que o cânon do VT foi decidido pela geração que crucificou a Jesus...?
Item 2 - A mediação dos católicos para salvação é uma só (Jesus), eles só diversificam quando tratam da intercessão (que para eles não é mediação para salvação), ou estou errado?
Item 3 - Quando o sacerdote se ajoelhava diante da imagem dos anjos no Santos dos Santos, ele estava adorando as mesmas? Sejamos pacientes com a sutil diferença entre venerar e adorar.
Item 4 - Sobre uma suposta "segunda chance", o que dizer do que está escrito quando diz que certo pecado não terá perdão nem neste mundo nem no porvir? Perdão no porvir?
Item 5 - Vãs repetições "pagãs" é o mesmo que "repetições" do Pai Nosso, sejam elas muitas no mesmo dia ou "apenas" 365 vezes ao ano (uma por dia)?
Outros pitacos:
- Não é claro para os senhores que a tradição foi quem definiu o cânon?
- No princípio Jesus não era "o logos" (a lógica)? São coisas diferentes? A lógica não é exatamente a forma de pensar divina?
- É possível exercitar a hermenêutica sem o uso da lógica Como?
- A revelação é "ilógica"?
- Qual o problema com os pressupostos? É possível ler as Escrituras sem pressupostos?
- Não conseguem se respeitar os que pressupôem o "Sola Scriptura" com os que pressupõem igualdade entre a Escritura e a Tradição? E vice-versa?
- O fato de Deus ser descrito por muitos e pela própria Escritura quando antropomórfica, de uma forma digamos "intra-mundana" significa que não podemos afirmar sua soberania transcedente?
- Onipotencia e onipresença são somente palavras? Como assim?
- A busca da verdade é um processo, concordo, mas a Verdade também estaria em processo e isto definido pela tradição?
- Se a Escritura não é suficiente para descrever a Verdade, então quem será? A tradição? Isto não é arbitrário? Posso ser arbitrário ficando somente com a Escritura?
- Qual seria o conceito de Verdade que busca outro pressuposto que não a Escritura ou a Ciência ou a Filosofia ou etc...? Como posso ter certeza de que este outro conceito de verdade seria de fato verdadeiro?
- Dá para não ter pressuposto sem ser agnóstico? E o pressuposto agnóstico será ele uma verdade? Mas o bom agnóstico até dele deve duvidar... Não?
Minhas desculpas pelos pitacos "heréticos" quem nem sei se serão publicados.
Cada um que fique com o seu pressuposto desde que respeitados os oponentes de forma amistosa.
Cordiais saudações!
Olá,
Respondergostaria de fazer uma observação diretamente relacionada ao tema da postagem: é fato que o atual papa é contra a teologia da libertação, assim como seus sucessores. Porém, é importante frisar que ele tem sim já declarado a importância de um retorno à simplicidade e da preocupação com os pobres, que faz parte de sua carreira (não é só um discurso para fazer pose). Além disso, proclamar o nome de Cristo e evangelizar, para a Igreja Católica, envolve a caridade como uma peça fundamental. Ao contrário dos protestantes, a espiritualidade para a qual a tradição do papa convoca inclui e exige uma vida simples alida à caridade.
Quando os protestantes falam que a prioridade da Igreja é viver Cristo, não se transformar em ONG benificente, não estão falando a mesma coisa que o papa, embora as palavras sejam as mesmas. Vida simples e caridade não são peças centrais para o protestantismo, embora também sejam consideradas.
Vagner Lira
ResponderA IPB coloca a CFW como regra de fé? Poderia me provar?
Eu nunca ouví um cristão da IPB que afirma que o Papa seria o anticristo.
Antonio Carlos de Oliveira,disse:
ResponderMorei algum tempo na Argentina e notei que o catolicismo romano é igual ao brasileiro: idólatra e mariano e muito mais fanático. É pura ingenuidade acreditar que o novo papa é amigo dos evangélicos! A Argentina é pequeno o grupo de protestantes e no interior eles são perseguidos
Caro Vagner Lira
ResponderNão se apoquente.
A retratação já foi feita.
Veja o que diz mais abaixo um comentarista da CFW.
A IPB é confessional, ou seja, subscreve a CFW como parâmetro, mas a regra de fé mesmo é somente a Escritura.
E como (eu pelo menos por “tradição” risos...) não achamos recomendável que se altere o texto da CFW, naquilo que não concordamos, reinterpretamos.
Com a Escritura é mais complicado, naquilo que não concordamos, engolimos em seco, e guardamos (eu pelo menos) no coração para perguntar para o Senhor um dia – Por que, Senhor?
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Comentário da CFW:
“A liderança do Papa. A Confissão de Fé foi escrita em uma época de beligerância religiosa
bipolarizada: Protestantismo e Catolicismo; uma facção atribuindo à outra o
anticristismo. Hoje, distante das apologias radicais... ... a Igreja
continua combatendo o clericalismo romano... ... mas sem negar as
virtudes cristãs da Igreja romana: sua fidelidade... ... A Igreja romana tem
muitos erros, à luz das Escrituras, mas não ousamos chamar seu líder máximo de
anticristo ou “homem da iniqüidade”. Respeitamos... “
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Caro, entendeu? Veja que assim como o Papa João Paulo II pediu desculpas por erros passados da Igreja Católica, pelo menos um comentarista presbiteriano também já percebeu que o texto que apontas na CFW, não foi dos mais felizes, que os seus mentores escreveram.
Desafio você a ler alguns dos textos dos contra-reformadores católicos e mesmos de seus Papas contemporâneos, e lá verás expressões como “cães”, “blasfemos”, “apóstatas”, “anticristos”, etc... Todos se referindo a presbiterianos reformados.
Então veja que num certo momento histórico, o sangue “ferveu” dos dois lados.
Neste aspecto (penso eu), os dois lados errados, mas zelosos.
Como já disse com outras palavras, que cada um esteja bem certo daquilo que crê, e se crê errado,
Deus tratará com cada um com justiça, respeitando inclusive os limites da sua compreensão.
Abraço!
ResponderNova reforma? mais ainda? todos os dias surge em minha cidade uma nova reforma, um novo Lutero que não concorda com a igreja na qual faz parte e sai, funda sua própria igreja, e pronto uma nova reforma diária surge, caiam na real o que Lutero propôs inicialmente era uma nova igreja que fosse única, mas nunca alcançou nem alcançará, por que não foi fundada por CRISTO, a igreja dele nunca fará reformas, mesmo que passe por maus momentos, sobre ela nem as portas do inferno prevalecerá,DISSE JESUS. BJ
Gostaria de saber qual o problema de chamar o Papa de Anticristo.A instituição que ele preside é anticristã em sua essência, como está provado no documento final do famigerado Vaticano II:
ResponderExtratos do discurso de Paulo VI no encerramento do Concílio Vaticano II:
(7 de dezembro de 1965, Ed. Fides 1966, p.635-636)
" A religião do Deus que se fez homem se encontrou com a religião, porque ela é tal, do homem que se faz Deus".
A religião do homem-Deus é a base do Anticristo. O Papa pode não ser "O Anticristo" mas certamente é um tipo bastante próximo disto.
Não nos esqueçamos disto.
Abraços
Osvaldo Pimentel
IP Vila Mariana - SP
Edite
ResponderNos faz um favor, mostre qual seria o erro do estudo escrito pelo Solano,pare de usar argumentos ou críticas ao autor ou o que seguimos,se abstenha a mostrar quais seriam os erros.
Com todo respeito mas me irrita pessoas que discordam porem não mostra qual seria o erro do referido estudo.