segunda-feira, dezembro 16, 2013

Augustus Nicodemus Lopes

Não Sou Totalmente contra o Natal

Como todos os cristãos em geral, eu sou contra a secularização do Natal, o comércio que se faz em torno da data, as festas e bebedeiras que ocorrem na época. Todos sabemos que Papai Noel, árvores de Natal, guirlandas, bolinhas brilhantes e coloridas, bengalinhas de açúcar e anjinhos pendurados nas árvores, nada disso faz parte do Natal. São acréscimos culturais e pagãos feitos ao longo dos séculos e certamente não pelos verdadeiros cristãos.

Por isto, acho que não deveríamos ter nos cultos de Natal qualquer desses símbolos, desde Papai Noel até a árvore. Há quem pense diferente. Ellen White, profetiza mor do Adventismo, ensinava que se deveria ter uma árvore de Natal no culto e que a mesma poderia ser enfeitada durante a celebração.
"Deus muito Se alegraria se no Natal cada igreja tivesse uma árvore de Natal sobre a qual pendurar ofertas, grandes e pequenas, para essas casas de culto”. [1] 
Sou veementemente contra essa idéia.

Também sou contra fazer de 25 de dezembro uma espécie de dia “santo”. Para nós, há somente um dia “santo”, por assim dizer, que é o dia do Senhor, o domingo. A maioria dos cristãos esclarecidos sabe que a data 25 de dezembro foi escolhida depois do período dos apóstolos, por três razões: para substituir as celebrações pagãs da Saturnália, substituir as celebrações do solstício do inverno, quando era adorado o Sol Invicto e por ser a data de aniversário do imperador Constantino. Todos estão conscientes de que Jesus pode não ter nascido – e provavelmente não nasceu – nessa data. Ela é uma convenção apenas, aceita pela Cristandade desde tempos antigos.

Por causa dos abusos, dos acréscimos pagãos e do desvirtuamento do sentido, muitos têm se posicionado contra as celebrações natalinas no decorrer dos séculos. Posso entender perfeitamente seus argumentos. Um bom número de seitas, por exemplo, insiste que o Natal é uma festa pagã e que todos os verdadeiros cristãos deveriam afastar-se dela.

As Testemunhas de Jeová estão entre as que atacam de maneira mais ferrenha as festividades natalinas. Num artigo intitulado "Crenças e Costumes que Desagradam a Deus" as Testemunhas de Jeová argumentam:
"Jesus não nasceu em 25 de dezembro. Ele nasceu por volta de 1° de outubro, época do ano em que os pastores mantinham seus rebanhos ao ar livre, à noite (Lucas 2:8-12). Jesus nunca ordenou que os cristãos celebrassem seu nascimento. Antes, mandou que comemorassem ou recordassem sua morte (Lucas 22.19,20)".[2] 
Todavia, considerando a rejeição aberta e agressiva que as Testemunhas de Jeová mantém contra a Encarnação e a divindade de Jesus Cristo, não se poderia esperar outra atitude deles.

Mais recentemente, igrejas e pregadores neopentecostais passaram a atacar duramente os cultos natalinos. Os argumentos são similares aos das seitas contra o Natal, só que com mais ênfase no caráter pagão-satânico do "bom velhinho". O ataque é resultado da visão dicotomizada de mundo que caracteriza muitos neopentecostais (não a todos, obviamente) e faz parte das críticas que fazem aos programas de Disney, às cartas de baralho, às mensagens satânicas subliminares em músicas de rock, etc., o que enfraquece bastante a força dos seus ataques ao Natal.

Os abusos e distorções também têm provocado reação contrária ao Natal de pastores e estudiosos reformados. Os argumentos são basicamente os mesmos empregados pelas seitas e pelos neopentecostais, sem que com isso queiramos comparar ou assemelhar esses grupos: falta de prescrição bíblica, incerteza da data exata do nascimento, origem pagã da festa e introdução de elementos pagãos ao longo do tempo.

Estou de acordo com as críticas feitas aos abusos e distorções. Todavia, acredito que precisamos jogar fora somente a água suja da banheirinha, e não o bebê. Penso que a realização de um culto a Deus em gratidão pelo nascimento de Jesus Cristo nessa época do ano, como parte do calendário de ocasiões especiais da Cristandade, se encaixa no espírito cristão reformado.

Além do que, alguns dos argumentos usados para a cessação total da realização de cultos dessa ordem não me parecem persuasivos.
         
Por exemplo, o argumento do silêncio da Bíblia, usado quanto às prescrições de comemorar o nascimento de Jesus, para mim não é definitivo. A Bíblia silencia quanto a muita coisa que é praticada nos cultos das seitas, dos neopentecostais e mesmo dos reformados. Eu sei que a celebração dos anjos e pastores na noite do nascimento de Jesus, bem como a atitude dos magos posteriormente, não são argumentos suficientes para estabelecermos cultos natalinos, mas pelo menos mostra que não é errado nos alegrarmos com o nascimento do Salvador.

Os argumentos de que os Reformadores, puritanos e presbiterianos antigos eram contra o Natal também não é final. A começar pela falibilidade das opiniões deles, especialmente em áreas onde as Escrituras não tinham muita coisa a dizer. Há muita manipulação das opiniões desses antigos heróis da fé pelos seus seguidores hoje (entre os quais me incluo, mas não na categoria de seguidor cego). Quando eles concordam, são citados. Quando discordam, são esquecidos. Aliás, não tenho certeza que Calvino era contra cultos em ocasiões especiais do calendário cristão. Ao que parece, ele era favorável.

A questão toda, ao final, é quanto ao calendário litúrgico, isto é, a validade ou não das igrejas reformadas realizarem cultos temáticos alusivos às datas tradicionais da Cristandade, como o nascimento de Jesus, sua paixão, morte e ressurreição, Pentecostes, etc. Nenhum Reformado realmente coloca 25 de dezembro como um dia santo, em mesmo pé de igualdade com o domingo. Trata-se de uma data do calendário litúrgico cristão, que pode ou não ser usado como uma ocasião propícia.

As grandes confissões reformadas consentem com o uso dessas datas. A Confissão de Fé de Westminster diz que
"... são partes do ordinário culto de Deus, além dos juramentos religiosos; votos, jejuns solenes e ações de graças em ocasiões especiais, tudo o que, em seus vários tempos e ocasiões próprias, deve ser usado de um modo santo e religioso." [3] 
A Segunda Confissão Helvética de 1566, produzida sob supervisão de Bullinger, discípulo de Calvino, declara (XXIV): "Ademais, se na liberdade cristã, as igrejas celebram de modo religioso a lembrança do nascimento do Senhor, a circuncisão, a paixão, a ressurreição e Sua ascensão ao céu, bem como o envio do Espírito Santo sobre os discípulos, damos-lhes plena aprovação".

A velha Igreja Reformada Holandesa, no famoso Sínodo de Dort (1618-1619), adotou uma ordem para a igreja que incluía a observância de vários dias do calendário cristão, inclusive o nascimento de Jesus (art. 67). Isso mostra que, no mínimo, muitos Reformados eram favoráveis à celebração de datas especiais do calendário litúrgico cristão.

Por fim, creio, também, que a celebração do Natal no calendário cristão encaixa-se perfeitamente com a celebração dos grandes eventos da redenção pela oportunidade de esclarecer a doutrina da Encarnação (João 1.1-4,14). Afinal, o que deve ser celebrado não é simplesmente o nascimento de Jesus, mas a encarnação do Verbo de Deus, a vinda do Emanuel para a libertação do seu povo. Pode-se argumentar que esta doutrina (e outras quaisquer), podem ser ensinadas e celebradas regularmente pelo povo Deus, em qualquer domingo. Mas o argumento contrário também poderia ser usado: deveríamos parar de celebrar qualquer culto que não seja no domingo?

NOTAS

[1] Review and Herald, 11 de dezembro de 1879. Citado em http://www.cacp.org.br/Natal_e_os_adventistas.htm

[2] http://www.watchtower.org/t/rq/article_11.htm

[3] Confissão de Fé de Westminster, XXI, 5.

Augustus Nicodemus Lopes

Postado por Augustus Nicodemus Lopes.

Sobre os autores:

Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.

O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.

O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.

27 comentários

comentários
!
AUTOR
17/12/13 00:22 delete

Reverendo,

Me considero reformado, mas gostaria que o senhor explanasse melhor, a referência do dia do Senhor ser o domingo e não o sábado. Quando ocorreu essa mudança, se ocorreu de fato? Faço um adendo de não concordar em guardar o sábado, como de costume fazem os adventistas, apenas não sedimentei entendimento sobre o tema.

A paz do Senhor.

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Anônimo
AUTOR
17/12/13 00:27 delete

Augustus Nicodemus Lopes o Sr citou um trecho no texto que me veio a dúvida, o Sr é contra a atitude dos pentecostais a respeito de estudos relacionados a Músicas Satânicas, brinquedos satânicos e entre outros? Responda se puder, obrigado desde já.

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Anônimo
AUTOR
17/12/13 00:37 delete

"Para nós, há somente um dia 'santo', por assim dizer, que é o dia do Senhor, o domingo" aonde esta escrito isso na biblia, que eu saiba, todos os dias são ou devem ser santos, pois vivemos no tempo da graça e nao da lei ;)

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Yan Guedes
AUTOR
17/12/13 00:53 delete

"Para nós, há somente um dia “santo”, por assim dizer, que é o dia do Senhor, o domingo."

^^)

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17/12/13 01:30 delete

Boa. E já que temos a data que, pelo menos no papel, comemora o nascimento do Cristo, enfoquemos apenas o que é, sem luzes nem adornos, sem presentes dividido varias vezes no cartao, sem velhos de vermelho que nos invade com neve em pleno verao. Se é Natal, adoremos o Cristo vindo ao mundo.

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17/12/13 03:41 delete

Graça e Paz amado.
Vejo sempre seus comentários e estudos e admiro sua sobriedade.
Quanto ao exposto sobre esta comemoração natalina, vejo que conheces o principio desta data pagã.
Sendo assim acho salutar o total banimento, pois se a origem é pagã e os adereços colocados ao longo dos anos também é pagão, não vejo o porque comemorá-lo, já que se o fizermos eu creio que é uma confirmação que estamos cultuando este deus pagão, já que neste período as festividades eram para o seu louvor!
Um exemplo que vejo para não comemorarmos esta data, além da falta de indicação Bíblica, ao meu ver é a não utilização dos Judeus para comemorar esta data.
Se o Judeu sendo direto descendente do Messias não comemora, o porque nós o faríamos.
Em relação a não cultuarmos senão aos domingos não vejo que cabe nesta comparação, já que nossos cultos diários não são ligados a um principio pagão, como é no natal.
Vejo com muita cautela todas estas aberturas a estas festas pagãs que admitem nos dias de hoje em muitas igrejas.
Abraços meu amigo.

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Unknown
AUTOR
17/12/13 08:21 delete

Os Judeus nem acreditam que o messias veio ao mundo ainda, rs, como comemorariam o Natal? (Nascimento do Messias, rs)

No mais, é válido, se analisarmos por referencia pagã (campestre), até nossas vestimentas o são, e nem por isso estamos adorando deus algum por usarmos um terno =S.

Acredito que não podemos adorar nada sem nosso consentimento, e a Igreja nos primórdios usou apenas a data e mudou o foco da comemoração, o que pra mim é extremamente válido, assim como usar o simbolo da Tríscele para ensinar a Trindade.

Basta apenas sabermos discernir o mundano do sagrado, e lembrar essa data pela sua ideia principal.

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Unknown
AUTOR
17/12/13 08:59 delete

Você poderia reconsiderar Luiz Cláudio, visto que Paulo usa poemas que tem origem pagã e os aplica na pregação do evangelho (At 17) um dele é até dedicado exclusivamente a Zeus. Sempre ouço dizer que "se a fonte não é cristã não serve" isso entra em conflito direto com o uso da cultura local que Paulo fez, se pensarmos um pouco mais sobe fonte ninguém pode fazer nada de bom a não ser que Deus dê graça, assim a fonte (mesmo que não seja um regenerado) é Deus com sua graça. Agora o que não estou dizendo é sobre liberalismo, pois, sei que somos facilmente enganados por nossa natureza e o que nos parece bom não é necessáriamente bom diante de Deus, antes devemos consultar as Escrituras e se há proibição rejeitemos e se não há proibição re-consideremos de acordo com a manifestação da graça e contexto geral dos Escritos Sagrados.

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17/12/13 09:18 delete

Augusto, essa onda atual de abolir pai noel, árvorembé de natal, etccc... por motivo de ser oriundo do paganismo é muito complicada, isso faz parte da cultura atual, se é o comércio ou não, o fato é que não faz sentido acabar com isso. Daqui a pouco vai ter pastor querendo queimar papai noel em praça pública. E também vamos ser então coerentes sobre o paganismo, se querer abolir as coisas do natal, jogue no lixo as suas gravatas pois a mesmo o sr. bem sabes que é de origem pagâ!!! pura adoração a deusa iris no passado!!!

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obinski
AUTOR
17/12/13 09:48 delete

Na minha opinião não deveríamos celebrar o natal nessa data, pois como o próprio artigo comenta, é uma data mentirosa, sobre o nascimento de Jesus.
Mentira é mentira não importando a roupa que use.
Porque desde o inicio o que não queriam abrir mão é das festas e comemoração. E para os cristãos o natal é o dia que Cristo nasce no coração de um novo convertido , nesse dia sim ha festas inclusive entre os anjos!

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Thiago
AUTOR
17/12/13 10:01 delete

Compartilho da mesma dúvida dos irmãos acima. O que o senhor quer dizer quando fala que o domingo é um dia santo? No NT todos os dias não são iguais (Rm 14.5)?

Qual sua definição de dia santo? Se for a mesma dada ao sábado no AT todos os crentes estão em pecado...

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17/12/13 10:25 delete

Thiago,

Notou que usei "santo" entre aspas? Isto significa que eu usei o termo no sentido que outros usam, e não no que eu entendo.

Não creio que haja dias santos, é claro. Mas, creio que temos evidências suficientes no NT para distinguir o primeiro dia da semana dos demais. Ele é o kuriakos, termo que João usa no Apocalipse para o "dia do Senhor", que era o primeiro dia da semana. Afora outros argumentos. Mas não que seja santo no sentido estrito do termo. Abs.

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17/12/13 14:28 delete

Eu me lembro que eu joguei fora a árvore de Natal por considera-la satânica quando eu era pequeno. Eu fui muito idiota naquela época, manipulado por todo vento de doutrina. Essa é a coisa que eu me arrependo mais ardentemente da minha juventude. Hoje, a nossa igreja comemora o Natal, temos até presépio lá, e estou muito feliz com isso.

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17/12/13 14:49 delete

Com relação ao domingo e não ao sábado, foi convencionado, por considerar que Cristo ressuscitou no domingo, selando assim a aliança com seu povo e trazendo salvação. O sábado é uma convenção do Antigo Testamento que faz referência a criação do mundo onde depois do pecado original o povo se encontrava debaixo da lei e hoje depois da morte e ressurreição de Cristo que trouxe Redenção, nos encontramos debaixo da Graça. Creio que o Rev. saberá apresentar esse ponto melhor.

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Unknown
AUTOR
17/12/13 17:32 delete

Lendo alguns comentários, chego à conclusão de que várias pessoas aqui sofrem de dificuldade de compreensão da leitura, meu povo, leiam 1, 2, 3,4 até 10 vezes, mas leiam até entender o que de fato o escritor quis dizer! Abraços a todos e concordo com a postagem.

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Diogo
AUTOR
17/12/13 19:19 delete

Quanto ao domingo, a Confissão de Fé de Westminster diz o seguinte:

"VII. Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também em sua palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga a todos os homens em todos os séculos, Deus designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por Ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último da semana; e desde a ressurreição de Cristo foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado Domingo, ou dia do Senhor, e que há de continuar até ao fim do mundo como o sábado cristão.

Exo. 20:8-11; Gen. 2:3; I Cor. 16:1-2; At. 20:7; Apoc.1:10; Mat. 5: 17-18.

VIII. Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado os seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia."

(CFW, Cap. XXI, VII - VIII)

=)

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Unknown
AUTOR
17/12/13 20:37 delete

Acredito na validade do Natal. Alegro-me nesta data por ser (mesmo que aparentemente) quando o meu Salvador veio ao mundo, quando se fez carne e morreu por mim. Deleito-me em cultuá-lo. Fico extasiado quando me deparo com a alegria desta data proporciona nas pessoas, nas ruas da cidade, no comércio, etc... É verdade não se sabe o dia exato do nascimento e que muitos consideram a festividade pagã. Mas não tem como se negar a veracidade e a alegria do nascimento de Cristo, (ver Lc. 1: 39-56). Às vezes confunde-se simplicidade com ignorância em servir a Cristo. Retiremos todas as ideologias pagãs do Natal e extraímos realmente o que importa, que é a adoração ao Único e Verdadeiro, e que apenas nos rendemos a sua graça. FELIZ NATAL

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Unknown
AUTOR
18/12/13 18:57 delete

Caro pastor Augusto, apenas um pequeno esclarecimento ao que o sr. escreveu. De fato Ellen White "ensinava que se deveria ter uma árvore de Natal no culto e que a mesma poderia ser enfeitada durante a celebração". Porém, ao citar "Adventismo", importante esclarecer que os Adventistas DA PROMESSA, não comemoram o Natal e, muito menos consideram essa senhora profetiza.

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Unknown
AUTOR
18/12/13 19:38 delete

Reverendo,
Concordo com o seu texto, mas fiquei com uma dúvida...
Na sua opinião, deveríamos retirar os elementos que não se referem ao seu real significado, como manter árvores de natal e a troca de presentes?
Pois, sempre pensei que não deveríamos alimentar o comércio dessa época, mas sim aproveitar a oportunidade para falar de Cristo e adorá-lo. Mas gostaria de ouvir sua opinião, a qual considero muito.
Abço.

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Anônimo
AUTOR
19/12/13 11:28 delete

Olá Augustus Nicodemos Lopes, parabéns pelo seu trabalho que muito admiro! porém não compreendi bem a questão de costumes pagãos serem introduzidos na cultura cristã. O que pode-se dizer do terno usado pelos pastores? qual a origem do terno como vestimenta "nobre" "pura" e "critã"? não pode-se assim dizer de tantas outras coisas que não tiveram origem "santa"!
Deus é criador de tudo o que há nos céus e na terra? sabe-se que TUDO está corrompido pelo pecado, então o que é "santo" e "puro"?
eis minhas dúvidas em relação a esse post e desde já grato se puder respondê-la

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Unknown
AUTOR
20/12/13 11:08 delete

Caro Reverendo,

Seu post veio (mais uma vez) complementar meu estudo pessoal dessa semana. Muito obrigado?
Dentre várias coisas, uma que talvez possa contribuir foi essa seleção de cartas de Calvino sobre o assunto: http://www.rbvincent.com/BibleStudies/calvinxmas.htm

Abraço,

William Teixeira

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Jaime Alves.
AUTOR
20/12/13 11:09 delete

Na verdade eu ainda continuo sobrevivendo no meio pentecostal, espero que o amor de Cristo inerente ao coração do amado Reverendo possa fazer com que o senhor usufrua de um dos dons peculiar àqueles que são servos de Deus “longaminidade”.

Tenho vivenciado coisas absurdas em meu meio, infelizmente!

E na maioria das vezes com um terrível pedantismo, tudo isto com o propósito de dirimir a festa de natal.

Sem querer aprofundar-me nas questões tecnicamente, teológicas, acredito que podemos transcender até mesmo o sentido desta festa, evidenciando em nossos corações algo que vai além, o amor e a comunhão que Cristo nos proporciona.

E a partir deste amor fazer com que a comunhão subjugue os excessos para que em nossa longaminidade passemos a dar um sentido ainda mais superlativo ao que se refere ao natal.

Aí!

Os céticos, os fundamentalistas, os heteroxos, ao entrarem em nossos lares tenham lições de vida e Jesus possa nascer em seus corações...


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Alex Esteves
AUTOR
21/12/13 16:47 delete

[Off topic] Pastor Nicodemus,

Na internet eu só encontrei a exposição do senhor em Hebreus a partir da 14ª palestra até a 22ª. Onde posso encontrar as anteriores?
Grato,
Alex Esteves da Rocha Sousa.

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Anônimo
AUTOR
22/12/13 23:38 delete

Todo dia é dia de Deus, todos os dias são santo, todo dia é dia de culto e de obedecer a Palavra.(Lc 1.75 um bom exemplo!) Abaixo o formalismo que tanto estraga o cristianismo.

Todavia, a opinião do Nicodemos é boa porque há os que fazem questão de dias e outros que não ligam para isso. (assunto secundário como ensina Paulo - cf.Rm 14.5) Apesar de respeitar o primeiro grupo creio ser o segundo mais consistente, maduro e que causa menas dor de cabeça!

Abraços e bom final de ano a todos. Orlando
souteologico.blogspot.com

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Jaime Alves.
AUTOR
24/12/13 09:10 delete

Revendo.
Desejo ao senhor e toda família um feliz natal e um prospero ano novo e que o senhor continue enriquecendo as nossas vidas.
Alguém que muito admira o seu trabalho.
Glorifico a Deus por sua vida.

Jaime Alves

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Aprendiz
AUTOR
26/12/13 11:58 delete

Interessante notar que, mesmo sobre o domingo, não há nenhuma prescrição na Bíblia. Existe apenas o registro do COSTUME de reunir-se no primeiro dia da semana. Mas mesmo sobre isso, o significado é duvidoso. Muitas pessoas, na Igreja primitiva, eram constrangidas a trabalhar todos os dias, pois haviam muitos servos. Provavelmente o horário de reuniões era de manhã cedinho ou no início da noite. Se eles se reuniam no início da noite, então o "primeiro dia da semana" seria para nós a noite de sábado (lembremos que todos os escritores do NT, com a possível mas não provável exceção de Lucas, eram judeus). Então mesmo o domingo como "dia santo" poderia ser posto em causa.

Note-se também que não havia prescrição para os cristãos gentios para guardarem os sábados, pois no concílio de Jerusalém, as únicas prescrições dadas a eles foram as de natureza moral e a prescrição de não comer sangue.

No estranho mundo daqueles que pensam que tudo o que não é prescrito é proibido, seria então o caso de proibir reuniões tanto no sábado coo no domingo? Esquisito, não? Mas para alguém que quisesse proibir tudo o que não é prescrito, essa discussão nem deveria existir, pois internet não existia naquela época, então o que fazem eles argumentando isso pela internet? A ideia de proibir tudo o que não é prescrito não se sustenta, ninguém vive assim e ninguém conseguiria viver assim, é uma falácia.

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