Ser um calvinista é um ato de fé. Ser arminiano, nem tanto. Pois, vivendo a vida diária, parece muito mais evidente que somos absolutamente livres para fazer o que quisermos. Sinto-me livre para escolher um prato do cardápio no restaurante. Sinto-me livre para escolher a camisa que preciso comprar. Senti-me livre quando escolhi, olhando o mapa, que viria ao Recife pela BR 101 e não pela 116. Quando resolvi que iria aceitar a explicação que meu filho adolescente deu para ter agredido o irmão mais novo, sinto que não havia nada me impedindo de fazê-lo. Se estas escolhas ou outras foram determinadas por Deus antes da fundação do mundo, certamente não pareceu, na hora que as tomei. Não me senti em nada compelido a fazer qualquer uma destas coisas. Aliás, senti que podia ter escolhido exatamente o oposto.
Pensando naquele dia de setembro de 1977 em que decidi orar e buscar a Deus em minha angústia, lembro-me de que o fiz livremente. Foi ali que nasci de novo. Confesso, contudo, que não posso dizer que poderia não ter orado. De qualquer forma, meu ponto neste post é que o arminianismo, que ensina o pleno livre arbítrio do homem e nega os decretos de Deus em nível da predestinação individual, com certeza parece ser muito mais evidente aos nossos olhos. Em meados de 1975, jovem rebelde e desviado da Igreja, fui confrontado por uma mensagem poderosa, que me exigia uma decisão. Lutei por vários minutos. Sai do local da reunião. Tomei a decisão de rejeitar aquele apelo. Senti, de fato, uma compulsão para aceitá-lo, mas tive forças para recusá-lo. Não é de admirar que quando me tornei um cristão verdadeiro em 1977, senti muito naturalmente que o arminianismo era a coisa certa. Durante os primeiros anos da minha vida cristã cheguei a enfrentar calvinistas e desafiá-los. Afinal, era óbvio que o homem era livre.
Hoje, vinte e cinco anos depois, libertado por Charles Haddon Spurgeon dos últimos escrúpulos arminianos, continuo operando diariamente como se fosse absolutamente livre diante de todas as escolhas com que me deparo. O apelo do arminianismo é a prova da experiência diária. Já o calvinismo não tem como provar pragmaticamente que esta ou aquela decisão já havia sido antecipadamente decretada por Deus, e que ao livremente escolhermos nosso caminho, o fizemos em perfeita harmonia com o que Deus havia decretado. O calvinista tem de, realmente, viver pela fé, acreditando no ensino bíblico de uma Providência invisível, imperceptível, silenciosa, inaudível, que guia seus passos. Ele tem de diariamente aprender a ver além daquilo que seus sentidos, emoções e experiência parecem confirmar, que é o pleno livre arbítrio.
Eu já não me preocupo mais com isto. Convivo diariamente com o meu suposto livre arbítrio e a declarada soberania de Deus na minha vida. Não paro para refletir teologicamente diante das decisões. Simplesmente, tomo-as. Reflito, é claro, nos valores e princípios teológicos que controlam as escolhas, para que possa fazer aquelas que sejam acertadas Mas, não mais me pergunto “qual a escolha que Deus já determinou para mim”? Esse tipo de pergunta pode paralisar o calvinista, pois provavelmente ele só terá a resposta se for em frente e escolher. Sei que no final, Deus terá realizado seu plano sábio, justo e bom na minha vida. É nisto que creio.
Como Deus nos protege?
Há 5 horas
28 comentários
comentáriosOlá, Rev. Augustus
ResponderDescobri hoje o blog de vocês! Parabéns pela iniciativa. É muito bom ver que o povo reformado tem feito uso "das novas ferramentas modernas de Gutenberg". Acredito que Deus tem utilizando a vida de cada um de vocês para abençoar a Igreja brasileira. E mais ainda, a crescente influência e educação cristã sobre a nova geração cristã que levará em frente a tocha flamejante do Evangelho de Deus. Aqui em Brasília, por exemplo, muitos jovens que conheço são leitores dos artigos e livros que vocês publicam. Soli Deo Gloria! E, assim como o Solano, vocês também estão convidados a participar da Lista Cristãos Reformados, que é mais um instrumento fomentador da fé protestante. :-)
Augustus:
ResponderSuas reflexões, muito bem-vindas, expressam a falácia que é fazer-se a ilação de que a soberania de Deus é menor porque ele nos dotou de livre agência (que deve ser entendida distintamente de "livre arbítrio"). Temos a capacidade de planejar, definir e de fazer escolhas. Assim a Palavra de Deus fala conosco instando, inclusive, a colocar diligência em nosso caminhar cristão. O grande mistério é o entrelaçamento disso tudo com o plano divino e a soberania divina, incontestavelmente refletida nas Escrituras - Deus operando em nós "tanto o querer, como o poder" sem sentimentos de robotização: ou seja - escolhas reais, intrínsecamente ligadas a um plano previamento definido. Que a aceitação disso é um passo de fé, não há dúvida, mas somente essa visão, que se traslada em uma cosmovisão abrangente, faz justiça à Revelação Especial e é lógica com a pessoa e atributos de Deus.
Um abraço,
Solano
Realmente é engraçado tentar entender a soberania de Deus e a liberdade humana. Como um "guri" de 26 anos tento caminhar assim também, tomando decisões a partir dos princípios da Palavra e discernimento para aplica-los a minha vida, entendendo que tudo que acontece é decreto do Criador e nesse paradoxo eu não fico especulando, contemplo e dou glórias a Deus.
ResponderInfelizmente o arminianismo impregnado no evangelicalismo brasileiro mostra a superficialidade bíblica e a imaturidade espiritual do povo de Deus hoje, vide a sociedade como se encontra e quantos evangélicos temos em nossa patria. (Não quero dizer com isso que todos os calvinistas são maduros só por serem reformados e nem que são melhores que alguém, são o que são pela graça, eu li o livrinho do Solano sobre os 5 pecados que ameaçam os calvinistas).
Viva Deus que em sua soberania nos sustenta pela graça e misericórdia a cada dia.
Viva "The forgotten Spurgeon", o Spurgeon Esquecido, PES, de I. Murray, muito bom mesmo!
a clássica pergunta dos que defendem o livre-arbítrio é: "então Deus fez um monte de robôs para se divertir?". ao mesmo tempo que ouço a pergunta e penso na livre agência (como bem enfatizou e mencionou o irmão solano) e na maravilhosa e bíblica soberania do plano de Deus. penso no início da caminhada cristã, onde a maioria (para não dizer todos) advogam os princípios do livre-arbítrio juntamente com a expiação ilimitada e etc. penso ainda em como o exame das Escrituras nos mostra o contrário e caminhamos para a eleição. mudamos nossas convicções, temos nossas mentes transformadas pelo conhecimento da Palavra de Deus. é o sinal de maturidade. estamos à comer nutrientes sólidos. agora, àqueles que não caminham para o que a eleição que a Bíblia demonstra em sua totalidade, eu vejo um triste padrão de crescimento.
Responderdescobri hoje o blog. é bênção do Senhor. sobriedade e humanidade. amor, graça e compromisso com a Palavra de Deus. tornar-me-ei sócio. rs.
rafael
(http://valedeberaca.blogspot.com)
Embora não seja oficialmente uma coisa nem outra, preciso discordar: é naturalmente preciso muito mais fé para ser arminiano.
ResponderO calvinista tem fé de que tudo vai dar certo porque Deus exerce soberania sobre o que nos parecem, do nosso pobre ponto de vista, decisões independentes dos homens.
O arminiano crê que tudo vai dar certo *apesar* das decisões independentes dos homens. O Deus do arminiano é sensivelmente maior, porque é poderoso o bastante para garantir com absoluta segurança o resultado final mesmo tendo de lidar com as milhões de variáveis imprevisíveis com que tem lidar a cada instante.
Crer nesse Deus maior requer fé maior.
Paulo Brabo,
ResponderMuito legal seu comentário e não posso deixar de concordar com você. Realmente, o Deus dos arminianos tem que ser um super Deus, para conseguir realizar seus planos em meio a todas as frustrações causadas pelo livre arbítrio dos homens. E o pior de tudo, é que se for o Deus dos teólogos relacionais, este Deus nem sabe que decisões eles vão tomar.
Entrando no assunto por essa porta, você tem toda razão.
Mas a minha porta de entrada foi outra. Eu estava refletindo no fato que o arminianismo parece mais óbvio diante da liberdade que sentimos para decidir no dia a dia. E que diante disto, o calvinista, que sente essa mesma liberdade, precisa andar por fé, e não por vista.
Obrigado pelo comentário!
Sueño,
ResponderSolaño, digo, Solano vai responder sua indagação, não tenho dúvidas, mas já quero adiantar que você não parece não ter entendido direito a diferença entre livre agência e livre arbitrio.
Também parece não ter entendido direito o que é o calvinismo, pois seremos os primeiros a lutar contra a idéia de que somos robôs.
E por último, entendi que você é adepto da teologia relacional, é isso mesmo? Você acredita realmente em tudo o que os teólogos desta linha afirmam sobre Deus? Já leu alguma coisa de John Sanders, Clark Pinnock, os proponentes desta teologia? Com quem você aprendeu essa teologia? É só para entender a que nivel podemos levar adiante a nossa conversa.
Um abraço.
Gostei muito do artigo. Ele sustenta uma tese de um amigo meu que todo calvinista nasce arminiano, depois se converte. (risos)
ResponderFalando sobre livre arbítrio, acredito que somos lives ATÉ o plano de Deus para nós. Por exemplo: Deus determinou que eu iria pra Recife. A rodovia eu escolho.
Se eu estiver engado, estou aberto ao aprendizado.
Um abraço.
Gustavo,
ResponderTodos nós temos a tendência de tentar encontrar uma solução racional para uma aparente contradição no campo teológico. Os primeiros cristãos passaram por isso quanto tentaram entender a tensão entre a revelação bíblica de que existe somente um Deus e a mesma revelação bíblica de que há Três Pessoas na divindade. Outra tensão foi entre as duas naturezas de Cristo. E sem dúvida, a aparente contradição entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana sempre ocupou as mentes mais brilhantes da história da Igreja.
Os que tentaram resolver a aparente contradição acabaram por enfocar um lado em detrimento do outro. No caso da Trindade, surgiram várias teorias que acabavam ou nengando a divindade de duas das Pessoas (o Filho e o Espírito) ou negando a personalidade delas. No caso de Cristo, ou negavam sua divindade ou sua humanidade.
O risco que corremos é o mesmo quando nos deparamos com o dilema soberania versus liberdade. Não podemos afirmar a soberania de Deus a ponto de anular a responsabilidade humana. E nem afirmar a liberdade humana a ponto de negar a soberania de Deus.
A Bíblia afirma ambas as coisas. De um lado, temos dezenas e dezenas de textos que falam dos decretos eternos de Deus, que cobrem inclusive queda de passarinhos e fios de cabelo da nossa cabeça. Por outro, temos dezenas e dezenas de texto que responsabilizm o homem pelas suas decisões.
Creio que o caminho é mantermos essas duas verdades juntas, caminhando lado a lado, como os dois trilhos do trem, que vão um ao lado do outro, na mesma direção, porém sem nunca se tocarem. Tocam-se, porém, no horizonte, símbolo de que na eternidade entenderemos a relação entre eles.
Diante disto, eu diria que você ao escolher a rodovia para Recife, sentiu-se perfeitamente livre para fazê-lo. Contudo, ao final, sua escolha havia sido determinada por Deus, de uma forma misteriosa, que não invalida a sua responsabilidade. Não posso e nem sei dizer mais do que isso.
Uma vez perguntaram a Spurgeon como ele reconciliava a soberania de Deus com a responsabilidade humana. Ele respondeu que nunca reconciliava amigos.
Um abraço.
Caro Walicoski,
ResponderVocê disse: "Quero ser calvinista mas não consigo!!!" -- ué, cadê o livre arbítrio? Onde está a capacidade de escolha? :-)
Brincadeiras, à parte, não precisa se tornar calvinista, continue onde está. Seja um crente fiel ao Senhor, ame a Sua Palavra e pratique o que é reto.
No nosso blog, nosso alvo não é converter ninguém ao calvinismo, apenas dar testemunho, como calvinistas, da graça de Deus em nossas vidas. Afinal, o que não falta são críticas aos calvinistas na Internet. Apenas desejamos oferecer o outro lado. Continue sendo um bom arminiano.
Não sei se seu pedido final foi brincadeira ou não. Vou tomá-lo apenas como uma brincadeira, pois é evidente que eu não tenho nada a lhe ensinar, depois de você ter estudado a Bíblia, discutido com calvinistas por anos, reconhecer a força do argumento de Romanos 9 e ainda achar que o arminianismo é o caminho.
Um abraço.
JS:24;15 Mas, se vos parece mal o servirdes ao Senhor, escolhei hoje a quem haveis de servir; se aos deuses a quem serviram vossos pais, que estavam além do Rio, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra habitais. Porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
Responder1ºSM:8;7 Disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te dizem, pois não é a ti que têm rejeitado, porém a mim, para que eu não reine sobre eles.
MT 23;37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a [galinha] ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!
5 Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele tudo fará.
SE ESTAS DECISÕES NÃO FOR LIVRE ARBÍTRIO EU NÃO SEI O QUE É LIVRE-ARBÍTRIO
Parabens pelo blog
ResponderQuerido Jovacy,
Responder"Livre arbítrio" é a idéia de que o homem pode escolher livremente entre o certo e o errado. Como nós somos pecadores e inclinados para o mal e para o pecado, nunca fazemos uma decisão de forma neutra, sempre somos influenciados pelo pecado. Somente Adão teve livre arbítrio, pois ele era realmente livre do pecado.
O fato de não podermos tomar decisões sem sermos influenciados pelo pecado que habita em nós não nos exime da responsabilidade de decidir. Deus nos fez seres morais responsáveis.
Os textos que você mencionou acima falam da tomada de decisão e não de livre arbítrio. Aliás, a palavra "livre arbítrio" nem aparece na Bíblia. Deus pede que nós decidamos. Isso não quer dizer que podemos decidir livremente. Nossas decisões sempre serão inclinadas para o mal.
Dezenas e dezenas de outras passagens da Bíblia falam que somente com a graça de Deus é que podemos tomar as decisões certas, escolher a Deus e crer. Nosso arbítrio -- isto é, nossa capacidade de julgar e decidir -- está comprometida com o pecado, e portanto não é livre. Quando tomamos uma decisão na vida, sentimos que fizemos isso livremente e daí vem a falsa ilusão de que somos neutros para o bem e para o mal.
Espero que tenha ajudado.
Augustus Nicodemus e demais companheiros de ponderações,
Respondersaúde.
Tanto na concepção calvinista quanto na arminiana, a empresa humana de crer no Deus da Bíblia é impossível. Ademais, para se crer em Deus, tanto como entusiasta da primeira concepção quanto da segunda é preciso ter fé, e, basta a fé que Ele nos concede pela sua graça, e graça multiforme.
Cremos em Deus pela sua graça, no limite de nossa humanidade. Pela sua vontade soberana vemos nas Escrituras que a uns foram dado mais fé do que à outros, mas independente do tamanho, crendo, veremos a glória de Deus.
Humanamente é impossível crer em um Deus incomensurável. Sem fé, tanto um arminiano quanto um calvinista, que declaram crer em Deus, na verdade, não estão crendo efetivamente no Deus da Bíblia, estão crendo em alguma projeção humana da pessoa de Deus; a mesma figura na qual Barth trata como “Não Deus”.
Por isto creio, que não é preciso ter mais fé em Deus por abraçar qualquer uma das duas posições teológicas, o que basta, e o que é preciso é ter fé, e tão somente.
Deus como soberano confunde a mente tanto do arminiano como do calvinista, como confundiu, outrora, a mente dos seus servos. Tanto o calvinista, como o arminiano, se são honestos consigo mesmos, tem indagações a fazer ao Senhor, como, e por exemplo, o profeta Habacuque, que cria piamente na justiça de Deus – que Ele por ser tão puro de olhos não podia ver o mal - mas não entendia, por que sua nação era assaltada diante dos olhos Senhor, por uma nação mais impura. Habacuque tinha as suas certezas em relação a Deus, mas também tinha indagações a fazer, a um Deus incomensurável. Mesmo com todas as suas indagações, não deixou de crer que o justo viverá pela fé. Não acrescentou tamanho da mesma, mas, e, tão somente, a fé.
Por isto tanto arminianos quanto calvinistas agradarão a Deus com a fé que lhes foi concedida.
Sem fé é impossível agradar a Deus, mas tendo fé, mesmo do tamanho de um grão de mostarda faremos proezas. A medida da fé é de Deus e não do homem.
Quando um calvinista se gaba que é mais difícil crer em Deus adotando os seus pressupostos, em detrimento as idéias arminianas, ele não está se gabando de ter desenvolvido a fé em maior instancia do o arminiano? Com isto, ele não está ferindo o principio bíblico de que a fé é um dom de Deus, que dá a cada um, de acordo com a sua medida? Não esta desconsiderando a exortação paulina de que ninguém deve se gloriar, já que a fé é um dom de Deus?
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie;” (Ef.2. 8, 9)
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Lailson Castanha
Lailson,
ResponderCreio que você está misturando as coisas. O texto de Efésios 2:8-9 trata da fé pela qual nos tornamos cristãos. Essa, sim, é dom de Deus a todos, indistintamente, e ninguém a possui em maior ou menor grau.
O meu post não fala de fé para ser cristão, mas para ser calvinista ou arminiano. Considero arminianos como cristãos, meus irmãos em Cristo, salvos pela mesma fé que os calvinistas.
O meu ponto foi que cristãos para se tornarem calvinistas enfrentam mais objeções e dificuldades do que para se tornarem arminianos. Daí precisarem de "mais fé" -- o que certamente não é uma referência à fé salvadora.
Um abraço.
Augusto Nicodemos, saúde.
ResponderEu entendi a proposta do seu texto, tanto que enfatizei, que o Deus da Bíblia, se visto numa perspectiva humana, confunde tanto a mente do calvinista quanto a do arminiano. Com isto queria destacar, que é difícil crer em Deus (humanamente falando), nas duas perspectivas.
Por isto, também ressaltei a necessidade do apego apenas a fé provida por Deus, em detrimento ao orgulho teológico.
O apego a dificuldades que uma teologia teoriza na relação Deus/homem, não significa mérito. Agora, se o apego que você tem em relação a teoria que abraça, fosse por causa de uma maior proximidade com a doutrina bíblica, aí sim valeria um destaque.
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Lailson Castanha
Lailson,
ResponderDesculpa, mas você continua sem entender. Você está confundindo calvinismo e arminianismo com ser cristão.
Você diz que é arrogância e orgulho teológico dizer o que eu disse. Mas, na verdade, não é não. Eu poderia igualmente acusá-lo da mesma coisa, em sua insistência em manter uma confusão que você mesmo criou, quando eu não disse absolutamente nada disso que você inventa.
A verdade é que você é arminiano e se doeu com meu post. Isso também é orgulho teológico, pois você vem tentar justificar sua crença arminiana desqualificando de maneira distorcida o meu argumento.
Dei-lhe o direito de réplica e tréplica. Mas agora ficamos por aqui.
Um abraço.
Prezado Augustus Nicodemus,
ResponderEm minha cidade (Limeira-SP), não temos nehum curso de teologia da IPB. Decidi, então, frequentar um cusro de teologia que é dado numa igreja Assembléiana. Hoje, debati com meu professor sobre a predestinação. Foi difícil! Confesso, que conheco muito pouco sobre esta doutrina. O debate se esquentou tanto, que cheguei a ouvir no fundo da sala "...vamos voltar á aula senão vai acabar em briga!..."
Fiz algumas perguntas ao Pastor:
Eu disse: Pastor, suponhamos que nesta sala só tivessem icrédulos, e que o senhor pregasse o evangelho para todos aqui presentes. Sabemos que 1- a fé é don de Deus, e Ele dá para quem Ele quer. 2- O arrepemdimento também é Dom de Deus, e Ele dá para quem ele quer. 3-Sabemos também que até mesmo o querer e o realizar provem de Deus. 4- Sabemos também, que depois da queda, o homem perdeu seu livre arbítrio perfeito. 5- sabemos também, que nem todos que ouvem o evangelho se convertem. ENTÃO COMO É POSSÍVEL ENTENDER A SALVAÇÃO SE NÃO COMPREENDERMOS QUE DEUS TEM SEUS ESCOLHIDOS?
Ele respondeu: A SALVAÇÃO É UM MILAGRE!!! Porém, a predestição CALVINISTA está em conflito com várias outras passgens Bíblicas!
Neste curso de teologia que tenho feito na assembléia, tenho aprendido muito. Porém eles tem está visão, além de outras como o dispensacionalismo... etc.
Prezado Anônimo,
ResponderNão vou dizer que a predestinação é uma doutrina fácil de entender e de explicar. Todavia, uma coisa é certa: ela está na Bíblia, é ensinada na Bíblia e a Bíblia não pede desculpas por ela.
Minha postura não pode ser outra senão admitir que ela é bíblica, mesmo que eu não a entenda perfeitamente e nem compreenda sua profundidade. Afinal, estamos lidando com os decretos eternos e misteriosos de um Deus que é infinitamente maior do que nós.
Fique firme e aproveite seu tempo de estudos.
Abraços.
Olá,Pastor Augustus Nicodemus Lopes
ResponderGostei muito da sua mensagem.
Suas mensagens tem edificado muito a minha vida.
Hoje em dia, graças a Deus, encaro com naturalidade a Soberania de Deus e a livre-agência.
Se eu escolho livremente Algo, é porque primeiramente Deus havia escolhido.
Creio que a livre-agência do verdadeiro cristão esta em harmonia com a vontade de Deus.
Já do homem caído está escrava do pecado.
Peço desculpa se eu cometi algum erro teológico.
Rev. Augustus, eu o conheci, certa vez, em SBC na 1ª IPB. Na época, 1999, eu era da IPF (Mesma denominação do Rev Laudo de Almeida-Limeira), mas estava cursando Teologia no Presbiteriano Conservador em SBC.
ResponderRev, sua história sobre antes ser um arminiano e depois de um tempo descobrir, de fato, a verdade bíblica sobre a soberania de Deus na salvação muito me fez lembrar meus tempos de arminiano. Deus foi tão gracioso, como sempre é, e me abriu a mente quando comecei meu curso de Teologia no Seminário Presbiteriano Conservador, tendo aulas com o Rev. João Alves dos SAntos. Lá eu conheci de fato a soberania de Deus.
Rev, quero lhe pedir um grande favor, comecei a pregar expositivamente na carta de Paulo aos Romanos. Tenho sim alguns comentários, Loyd JOnes, Hendricksenb, Haldane (ingles tenho que dar meus pulos..rsr) mas necessito de mais material sobre Romanos.
Caro irmão, hoje sou pastor conservador e, se possível gostaria de receber algum material do Senhor
Rev. Augustus, nasci em lar cristão pentecostal e frequentei durante a infância e pré-adolescência a escola bíblica dominical na Presbiteriana que ficava próximo a nossa casa. Me afastei da igreja na adolecência e retornei já adulto para a Assembléia de Deus. Cansado da denominação pentecostal, saí e fui para a igreja do Nazareno que é de linhagem Wesleyana. Então eu cansei e tomei a coragem de seguir o caminho que sempre quis e por questões famíliares ainda não havia feito. Hoje sou membro da igreja Presbiteriana do Brasil e sou feliz. Não que não tivesse sido feliz anteriormente, mas fui "vítima" de uma escolha que eu não fiz.Bom é uma longa história, mas mesmo estando debaixo do domínia arminiano, sei que o calvinismo esclarecerá as muitas dúvidas que "assombram" a minha mente. Obrigado por tão oportuno artigo. Abraço.
ResponderQuerido Rev. Nicodemus,
ResponderLindo seu post!
Me chamo André, sou seminarista da igreja do nazareno e acredito que nossas tentativas de explicar os eventos que nos sucedem ou as escolhas que fazemos dentro de uma perspectiva racional, lógica, como o senhor fez, são excelentes. Acredito sinceramente, que a bíblia dá campo de visão para as duas perspectivas, tanto arminiana quanto calvinista, e que nosso maior erro é colocá-la uma acima da outra, como a visão que define Deus a respeito do assunto em questão. Acredito que Deus trabalha com eleição individual e responsabilidade humana de modo total, a um nível de "100% para cada uma", e que este assunto pode e deve ser debatido sim, mas que sua explicação transcende nosso entendimento, e por isso nos é tão difícil pontuá-lo. Pergunto ao senhor: seria impensável crer que arminianos e calvinista possam estar plenamente corretos, os dois? Segundo a palavra de Deus, isso seria impossível? (me lembro de uma explicação em vídeo do senhor sobre uma estrada de ferro, com dois trilhos - soberania de Deus e responsabilidade humana - que apontando em linha reta para o horizonte até convergirem).
Desde já agradeço muito a sua atenção, aguardando sua resposta.
Posso dizer algo: Pensei que jamais iria engolir a visão calvinista. Apos minha conversão, onde as coisas pareciam não sair tanto do campo de minhas escolhas, eu não concebia a ideia calvinista. Me irritava quando as pessoas falavam em eleição e predestinação..
ResponderAfirmava que essa visão era de um deus tirano e controlador e que nossa vida não passaria de um determinismo..
Ah quando eu me lembro disso...
Hoje, eu não posso ler o texto bíblico sem ir as lagrimas ao perceber que eu não fiz nada para me aproximar a Deus. Que antes de eu fazer o bem ou o mal, sinto que o plano de Deus já existia desde a eternidade. Me alegro a saber que os planos do meu Deus não podem ser frustrados. Eu caminhava para o abismo, mas Ele me livrou do caminho de morte e trocou meu coração de pedra por um de carne. Foi Ele quem me deu a medida de fé necessária para aceitar e me agarrar fortemente a mensagem do Evangelho. Não consigo ver de outra forma.
Se sou livre em minhas escolhas? Sou mais livre quando controlado por Deus (Agostinho), mas não queimo mais neurônio 24 horas por dia pensando nisso, mas é vivo em meu interior a soberania de Deus em todas as escolhas e caminhos de minha simples e pequenina vida.
Sá a Deus a Glória...
Sr. e Rev. Augustus Nicodemus, digo que gostei do seu esforço sobre humano e bastante complexo de explicar o sobrenatural de Deus que só a graça e o poder do Espírito de Deus, explicará em sua essência na eternidade, ( se é que vai haver explicações,crêio que somente aceitações rsrsrsrsrs ), porem tenho que lhe dizer que como um Teólogo da liberdade em Cristo e de sua glória, nos encontraremos lá... só de pensar que eu sua senhoria e os postaram comentários aqui no seu blog,também os... Zuynglianos, Calvinistas,Arminianistas,Luteranos,Wesleyanos, Pentecostais, os Presbiteriano e Batistas, sim todos estavam destinados à condenação a vergonha eterna até que Deus por graça e misericórdia nos chamou da morte para vida, então só quero Adorar pela fé e obedecer, sempre defendendo a corrente de pensamentos mais aceita entre os Cristãos que é, A do maior homem que ja interagiu com as palavras do mestre Cristo Jesus, o Apóstolo Paulo da corrente paulina Apostólica.
ResponderNo mais um abração e felicidades.
Rev Augustus, o senhor menciona, em um de seus comentários acima, que Adão era livre. Gostaria de saber sua opinião sobre a questão abaixo, de preferência com justificativa: ADÃO PODERIA NÃO TER PECADO?
ResponderCarlos,
ResponderNão sei. A Bíblia não diz nada sobre isto. O que ela diz é que os planos de Deus não podem ser frustrados e que o homem é responsável por seus atos.
Assim, a culpa do pecado é de Adão mesmo e ao pecar, Adão estava dentro do que Deus havia planejado desde a eternidade.
Abs.
Eu Saúdo a todos na santa paz os irmãos na santa e gloriosa paz de nosso senhor Jesus eu aprendo muito com ambos Por que a Bíblia está repleta de uma forma ensina arminiano e da outra forma o calvinismo O importante é que o único salvador que nos liberta do pecado do mal mesmo e o credo que ganho minha salvação pela graça sendo grato e não perdoo mais como também tendo que trabalhar para não perder minha salvação e isto é muito interessante de certa forma nos leva a estudar mais e eu me sinto bem
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