segunda-feira, abril 07, 2008

Augustus Nicodemus Lopes

Darwin no Banco dos Réus

Esse é o título do livro que será lançado essa semana durante a realização do I Simpósio Internacional Darwinismo Hoje, escrito por Philip Johnson, professor de direito da Universidade de Berkeley.

Apesar de ter sido publicado em 1993, o livro de Johnson continua atualíssimo. Pouca coisa surgiu nesse período que inovou a apologética antievolucionista além do que Johnson tem feito. O livro causou um grande impacto na comunidade científica por ocasião do seu lançamento, provocando reações, resenhas e contestações de grandes nomes do meio científico, como o renomado evolucionista Stephen Jay Gould. Muitos intelectuais consideraram essa obra como a primeira ameaça séria ao evolucionismo a aparecer nos últimos 40 anos. Johnson, graduado em Harvard e na Universidade de Chicago, escreve com maestria, lógica e domina a retórica.

O livro de Johnson não é o primeiro a questionar o dogma que a evolução é um fato científico inconteste. Em 1985 o pesquisador médico Michael Denton, um agnóstico australiano, agitou o meio científico com o livro Evolution: A Theory in Crisis [Evolução: Um a Teoria em Crise], cujo ponto era que o darwinismo estava em dificuldades diante das evidências contraditórias de campos diversos como paleontologia, biologia do desenvolvimento, biologia molecular e taxonomia. O livro de Johnson vai no mesmo caminho, embora partindo de diferentes premissas e usando um método distinto. A voz de Johnson se junta a muitas outras, em tempos recentes, que questionam o status de “fato” que o evolucionismo tem gozado na academia por quase duzentos anos.

Outra coisa interessante sobre esse livro é que seu autor não é um cientista cristão tentando mostrar com base na Bíblia e em dados científicos que o sistema darwinista está totalmente contrário aos primeiros capítulos do livro de Gênesis. Johnson é advogado e professor emérito de Direito da Universidade da Califórnia - Berkeley. Sua especialidade é análise lógica de argumentos e identificação dos pressupostos que estão por detrás desses argumentos. E é esse o alvo desse livro, trazer Darwin e o darwinismo, a um tribunal, por assim dizer, e examinar logicamente as suas a sserções e afirmações para verificar se são verdadeiras, e identificar os pressupostos filosóficos e os compromissos epistemológicos que estão subjacentes. Daí o nome do livro. Portanto, o que encontraremos aqui, nas palavras do próprio Johnson, é um exame criterioso, lógico, analítico, dos fundamentos teóricos, pressupostos e principais afirmações do darwinismo.

Mais uma coisa sobre esse livro. Ele é diferente de muitos outros que fazem parte da apologética antievolucionista – e é aqui, talvez, que resida em grande medida a sua eficácia. Muitos autores antievolucionistas empregam abertamente declarações e princípios fundamentados em suas crenças cristãs como base da sua argumentação, apresentando uma visão alternativa da realidade alicerçada na Bíblia. Johnson evita cuidadosamente esse tipo de abordagem, ainda que seja cristão, como se fosse um cético desinteressado do evolucionismo e que procura analisar seus argumentos à distância, para ver se os mesmos são apoiados pelas evidências. Essa falta de alusão aos argumentos bíblicos geralmente empregados pelos criacionistas faz com que a obra de Johnson tenha penetração em círculos universitários e acadêmicos, onde, via de regra, se pretende deixar o criacionismo fora da academia. Essa abordagem de Johnson é característica da abordagem do movimento do Design Inteligente, que permite reunir dentro do movimento inclusive cientistas e filósofos que não têm convicções cristãs ou religiosas, unidos, todavia, pela consciência de que o darwinismo, como paradigma científico, já não tem mais respostas para as questões levantadas por recentes descobertas, especialmente na área de bioquímica.

A estratégia de Johnson em Darwin no Banco dos Réus é dupla. Primeiro, ele procura demonstrar que o evolucionismo está profundamente comprometido com o naturalismo filosófico-ateísta. Esse ponto está desenvolvido em capítulos como “As Regras da Ciência,” “A religião darwinista,” “A educação darwinista” e “Ciência e pseudociência.” Como tal, o evolucionismo se sustenta sobre pressupostos filosóficos e metafísicos, como o ateísmo e o naturalismo filosófico, tornando-se assim uma religião do tipo fundamentalista, o que tinge a análise dos dados e das evidências. Segundo, ele analisa as evidências que os evolucionistas apresentam como prova científica da sua teoria. É aqui que o expertise de Johnson mais lhe serve. Com sua capacidade ímpar de detectar o que está por detrás de argumentos, ele analisa essas evidências nos capítulos “A seleção natural,” “As mutações grandes e pequenas,” “O problema do registro fóssil,” “A seqüência dos vertebrados,” entre outros. O veredito é sempre o mesmo. O compromisso da ciência evolucionista com a visão ateísta e naturalista de mundo compromete e vicia seus resultados.
O livro é publicado em português pela Editora Cultura Cristã e estará breve disponível para aquisição pelo site da editora.

[Essa postagem é uma adaptação da Apresentação do livro de Johnson, que tive o privilégio de fazer.]

Augustus Nicodemus Lopes

Postado por Augustus Nicodemus Lopes.

Sobre os autores:

Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.

O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.

O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.

29 comentários

comentários
Anônimo
AUTOR
8/4/08 12:33 delete

Muito obrigado pela informação. Pretendo adquirir o livro, pois já tenho do Phillip Johnson o livro "Ciência, Intolerância e Fé", publicado pela Ultimato. O cara é realmente muito bom!


Osmar Neves

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Anônimo
AUTOR
8/4/08 20:13 delete

Caro Nicodemus,
Não seria possível a sua "influência" junto ao Mauro para que a CEP editasse o livro do Michael Denton, "Evolução: Uma teoria em Crise", em português?
Viria a calhar, juntamente com esse do Philipp Johnson e a Caixa Preta de Darwin, do Michael Behe.
Fica a sugestão.
Abraços.

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Anônimo
AUTOR
8/4/08 23:32 delete

Excelente post Dr. Augustus. Apreciei muito. Aliás, todo o site de vocês é muito bom. Uma prestação de serviços à Igreja.

Permita-me perguntar: O senhor já teve acesso ao livro que a Editora Fiel lançou recentemente, de Prof. Adauto Lourenço: Como Tudo Começou ? Se teve, poderia dizer o que achou ?

R. Barbosa - Sao Paulo

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Anônimo
AUTOR
9/4/08 12:45 delete

Caro Nicodemus,

sinceramente não sei o porquê dos evangelicais fazerem da Evolução X Criacionismo um cavalo de batalha... Penso que essas questões estão bem, mas bem à margem do âmago da fé. Sim é verdade, pela fé nós cremos que pela palavra de Deus os mundos foram criados. Mas "nós" cremos.

Na verdade acredito que existem questões estruturais bem mais sérias relacionadas ao sistema educacional, algumas das quais esse Blog já abordou anteriormente. Essas sim mereciam ser perseguidas! E creio que ali nossa influência seria, se não bem vinda, pelo menos, mais efetiva.

Mas não falo isso para chateá-los. Estou só aproveitando o vosso espaço para um lamento pessoal e queixando-me de algo de dimenções que estrapolam esse Blog.

Enfim, o Tempora já pode ser clicado também lá no FRATERNUS.

Abrçs fraternos,

Roger

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L. G. Freire
AUTOR
9/4/08 15:48 delete

Fiquei curioso. O Johnson acredita em terreno comum no uso neutro da razão ou simplesmente não adota a cosmovisão cristã para efeito de argumentação dentro dos pressupostos rivais? Isto é, o estilo dele tende para Geisler ou para Van Til?

Abs

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Joel
AUTOR
9/4/08 18:04 delete

Prezado Augustus,
Relevantes informações. Estou ansioso para ler o referido livro.
Abraço.

Joel

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9/4/08 18:25 delete

Jorge,

Não tenho qualquer influência nas decisões de títulos a serem publicados pela Editora, mas posso passar a sugestão para o Mauro.

Abraços!

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9/4/08 18:26 delete

R. Barbosa,

Sim, conheço o livro, muito bom. Adauto é muito didático e conhece os argumentos.

Um abraço.

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Anônimo
AUTOR
10/4/08 10:23 delete

Reverendo, após ler o comentário acima do I. G. Freire, gostaria de aproveitar o espaço para algumas indações. Não sou nenhum especialista em teologia nem em apologética (nunca me aprofundei na apologética pressuposicionalista, até pela carência de publicações no Brasil - mal arranho o português!), apenas um curioso e é por isso que pergunto: um sistema filosófico ou teológico coerente NECESSARIAMENTE é verdadeiro? Convém lembrar aqui o Marxismo (ele falhou por não CORRESPONDER À REALIDADE!). Sobre as críticas dos pressuposicionalistas ao evidencialismo, algumas considerações: a maioria dos avanços da ciência (vacinas, equipamentos tecnológicos) foram conseguidos na base da tentativa e erro; os procedimentos e as fórmulas para aquisição do conhecimento não estavam escritos em nenhum manual REVELADO. Quando os pressuposicionalistas partem da Bíblia, parecem esquecer o que a Bíblia é: uma coletânea de livros, escritos por diversos autores num período longo de tempo que foram juntados quase 500 anos depois de Cristo pela Igreja (não um bloco monolítico e coeso! Acredito na inspiração, mas admito que tenho algumas dificuldades com alguns livros - qual a relevância de Cantares?). Para iniciar qualquer conversa ou debate devemos partir de pontos em comum. E por que o cético não admite a inspiração, acredito que o evidencialismo seja mais honesto intelectualmente e melhor aceito por aqueles dispostos a conhecer a verdade. Se seguirmos o caminho do presuposicionalismo sempre, toda a possibilidade de descobertas estará comprometida, ficaremos marcando passo em torno de algumas verdades e é improvável que venhamos a obter novos conhecimentos (como justificaremos o conhecimento da História se muitos eventos não estão narrados na Bíblia? - ex: a história dos povos pré-colombianos). Esta é a minha OPINIÃO (isso mesmo, opinião, um conhecimento transitório, esperando a aquisição da verdade - Ref. I Coríntios 13.12). Daí a importância do livro do Phillip Johnson, com seu apelo às evidências (a macroevolução realmente ocorreu ou ocorre?) e ao seu encadeamento de raciocínios lógicos para desestabilizar a segurança e a tranquilidade dos ateus e de alguns "crentes" da evolução. Obrigado.


Osmar Neves

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Unknown
AUTOR
10/4/08 14:36 delete

Pessoal, desculpe, não resisti ao que vai abaixo. :-)

Fiquei curiosa e fui ao blog do Fraternus. Surpresa: sou linkada lá junto com Tempora e Gus Nagel, com direito até a fotinha simpática deste último, tirada do Orkut (no blog dele não há fotinha), em delicada cor sépia. Quanto capricho! Mas o que me chamou a atenção mesmo foi a rubrica: estamos todos reunidos sob o termo "Burgensis", enquanto a fina flor da sociedade de Fraternus está em "Bairro Nobre": Ricardo Gondim, Paulo Brabo, Lou. Dois comentários inevitáveis e permeados de risos (sorry, tenho um senso de humor gigantesco e por vezes muito inoportuno):

(1) em contraposição a "nobreza", a "burguesia" é parte da ralé - foi esse o recado?;

(2) Fraternus reproduziu em seu blog, sem se dar conta, o imaginário esquerdista oculto: Zelite são eles; a escória indesejada, sem modos e sempre escorraçada dos bairros nobres da cidade da "mui livre" expressão de idéias somos nós, os direitecas reaças fundamentalistas. É essa escória que deve ser sempre empurrada para a periferia (os burgos) da opinião e do ensino, enquanto a nobreza continua a reinar com voz cada vez mais absoluta.
Claro, são só divertidas especulações. :-)

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Anônimo
AUTOR
10/4/08 16:06 delete

A paz

Ricardo Meira /BH / reformanumaperspectivabiblica.blogspot.com

Bom, tenho um questionamentos sobre esse assunto.

A bíblia nos diz que, 1 dia para Deus é como mil anos e mil como um (II Pedro 3:8)

Quando Deus mostra em gêneses a sua criação, ele fala sobre seis dias, seis dia de sua criação. sabemos que o livro de gênesis como vários outros livros da bíblia, tem uma linguagem simbólica, e que não devemos entender que esses dias sejam literais

A exemplo disso é que em (2Pedro 3:8) (Ap 20) quando fala do milênio de paz, a bíblia nos mostra que o tempo de Deus não é literal mas sim simbólico. Tendo isso em mente podemos dizer que o período de seis dias poderia ser seis mil anos ou um outro espaço de tempo menor ou maior que o mesmo, e que neste tempo, a terra tenha passado por um período de transformação natural.

Em gênesis 1: 1-2 No principio, Deus criou o Céu e a terra. A terra estava deserta (sem forma) e Vazia, as trevas cobriam o abismo e o Espírito de Deus pairava sobre as águas.

Quem nos garante que neste período da criação, não ouve varias espesses de animais grandes como por exemplo os dinossauros ou uma espesse de humanos diferenciada, pois Deus nos diz que nos criou do barro para dar a idéia de estar nos modelando, e assim chegarmos na sua imagem e sua semelhança.

Estou querendo com isso, mostrar que não podemos jogar fora toda a idéia da evolução, mas analisar com muita cautela para não cairmos nos mesmos erros passado.

Não defendo que o homem veio de uma espécie inracional ( macaco) mas que sua evolução é clara!!! isso não podemos negar.

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L. G. Freire
AUTOR
10/4/08 17:51 delete

Osmar,

1. A bíblia é inerrante em tudo o que diz. Gary North escreveu mais de 30 volumes com exegese minuciosa do aque a bíblia diz de economia e teoria econômica. Nunca vi nenhum esforço em alguma outra área que não seja teológica. Você não acha que simplesmente pressupor que, já que esse não é o tema principal da bíblia, ela não tem nada a ensinar sobre isso é o mesmo que afirmar indiferença à inerrância da bíblia nessas áreas "secundárias"? O que acontece é que a maioria dos cristãos ainda acredita no uso neutro da razão.

2. Como uma tecnologia "não-revelada" pode funcionar? Fácil. Primeiro, por graça comum de Deus. Segundo, pode ser que o raciocínio que leva a essa tecnologia não contrarie em tese a verdade e a ordem da criação. Terceiro, pode ser que o raciocínio contrarie, sim, mas como todo sistema que faz isso ou se auto-destrói ou acaba abandonando a lógica e aderindo a parte do sistema cristão e compatível com a ordem criada, então acho que há diversos motivos para explicar a partir de um ponto de vista cristão.

Lucas

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L. G. Freire
AUTOR
11/4/08 00:22 delete

Anônimo,

1. Gênesis é um registro histórico, não poético ou alegórico.

2. Quem tem que entender o termo "dia" (yom) somos nós e os leitores originais, não Deus.

3. "Lembra-te do dia (yom) de sábado para o santificar" &c. Então ótimo, para Deus o dia vale mil anos então nunca mais vou trabalhar né? (Reductio ad absurdum)

4. Outra regra exegética diz que, não havendo MOTIVO para não entender o texto literalmente, então não devemos especular para uma interpretação alegórica, metafórica, &c. Ora, NÃO EXISTE motivo para não entender o texto literalmente. O gênero e a estrutura de Gn 1 a 3 diz que é história; e não é por causa de uma teoria humanista que eu vou mudar a interpretação.

5. O nosso modelo de pesquisa, de intelectualidade, enfim, nossa cosmovisão, é que deve se ajustar à palavra. Isso é difícil, mas é preciso sair do pressuposto de que a razão é religiosamente autônoma. Nenhuma teoria nem raciocínio é neutro. Fazendo isso, ao invés lermos as partes "biológicas" ou "físicas", etc. da bíblia com os "óculos" da teoria de Einstein, Darwin, ou seja lá quem for, nós leremos a NATUREZA com os "óculos" da revelação de Deus.

6. Fazer isso é difícil, eu concordo, mas uma primeira tarefa é desmascarar de vez o dogma da neutralidade do raciocínio. O homem caído já tem um viés idólatra no seu raciocínio. Por isso ele reduz os diversos aspectos da realidade temporal a um só, ou dois no máximo. Com Jesus, temos o dever de santificar cada área de nossa vida, inclusive a intelectualidade.

Abs

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Anônimo
AUTOR
11/4/08 09:54 delete

Oi Chantilly,

andas atarefada heim?! Percebo que seu ritmo no mundo Blog diminuiu... vc é quem está certa. Já está na hora de eu também diminuir o ritmo.

Então você gostou da sessão "Burgensis"? Foi feita com carinho. Mas não se precipite no julgamento. "Burgensis" do Latim significa somente cidadão. Pois a idéia do Site é discutir assuntos de cidadania relacionado ao cristianismo. Não estaria seu imaginário bem fertil?

Mas aproveitando o seu gancho: desde quando burguesia é ralé? Já expliquei para o Naguel, vocês estão ali graças à minha veia eclética. Afinal, qual de nós que não visita estes sites?

Te peço um favor, na próxima vez que visitar-nos deixe-nos um comentário, lá também, será uma honra. Além de mais elegante.

De toda forma, obrigado pela visita.

abraços fraternos,

Roger

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11/4/08 10:11 delete

A propósito, Norma,

aproveitando sua onda de humor: eu pensei que era Darwin quem estava no banco dos réus e não nosso humilde site! :(

Saudações,

Roger

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Anônimo
AUTOR
11/4/08 10:49 delete

Prezado Lucas, obrigado pelas explicações mas confesso que não fui convencido pela sua argumentação. O fato de Gary North (não conheço, infelizmente) ter escrito essa grande quantidade de livros não diz necessariamente nada, pois Hegel escreveu muito também (filosofia, religião, direito, etc) mas quem realmente conseguiu entendê-lo? E fica aqui uma indagação: isso é possível? kkkkkkkkk. Outra coisa: eu não pressupus nada! Eu não disse que a Bíblia não tinha nada a nos ensinar nessas áreas, embora nunca tenha lido ali a descrição da fabricação de um perfume, os materiais utlizados, os procedimentos, enfim, a Bíblia não se ocupa disso, ela trata da Revelação de Deus, cuja existência nós inferimos a partir da observação da natureza que corrabora o nosso senso de espiritualidade (Roamanos 1:18-21). Eu não questiono a inerrância bíblica, questiono certas interpretações que se fazem do texto! Por exemplo (por favor, é apenas uma especulação, quase um devaneio): por que acreditar que a Terra parou de girar quando Josué pediu a Deus para que o Sol parasse (as implicações disso para o planeta seriam catastróficas! Todavia, creio sim que Deus tem todo o poder para fazer isso sem que o planeta sofresse, ou seja, pode ter acontecido um MILAGRE assombroso, algo como um MILAGRE MILAGROSO!) quando poderíamos ao invés disso admitir que não sabemos o que realmete aconteceu, mas uma coisa é certa: Josué precisava de iluminação e foi isso que ele obteve(Romanos 8:26). Eu tenho, ou melhor, tenho procurado ter consciência da falácia do uso neutro da razão e admito que isso é sim um problema, mas quando debatemos com não-crentes eu ACHO que deveríamos partir de pontos em comum se quisermos um debate frutífero, a construção do diálogo e a busca da verdade. Para tanto, o evidencialismo, o uso da lógica e a retórica são, acredito, as melhores opções. O pressuposiocionalismo, eu acho, deveria ser utilizado com cautela, reservado a última opção, até porque um sistema (filosófico, teológico) coerente não necessariamente é verdadeiro (ex: MARXISMO). Reitero também a observação de que a ciência aplicada (saúde, informática, agricultura, etc) obtém a maioria dos seus avanços num processo de tentativa e erro. Outras ciências também (principalmente a História) ficariam comprometidas sem a observação e coleta de dados observados (evidencialismo). Como cristão, acredito que a percepção e o conhecimento da realidade só é possível por causa de Deus, da graça comum, mas para o incrédulo isso não é válido, ele não aceita os meus pessupostos e então cabe a mim apresentar EVIDÊNCIAS (o universo é inteligível, apresenta uma estrutura racional e somos capazes de PERCEBER isso - aconselho a todos lerem o livro "Sós no Universo?" de Peter Ward, da editora Campus) para refutar as suas pseudocrenças e direcioná-lo para uma postura menos intransigente. Uma última palavra: sobre o seu debate com o Ricardo, não concordo com você sobre a questão da literalidade bíblica (os seis dias de Gênesis PODEM SER sim interpretados como apenas as diversas fases ou etapas da Criação num longo período de tempo) e discordo dele sobre a sua CERTEZA da evolução (sinceramente Ricardo, não sabemos COMO aconteceu). Daí a pertinência do livro do Phillip Johnson. Obrigado.


Osmar Neves

PS: Reverendo, por favor disponibilize aqui no blog a tradução do texto "Skepticism, Agnosticism and Atheism - A Brief History of Unbelief" de M. Z. Hemingway, disponível em http://www.modernreformation.org/default.php?page=articledisplay&var1=NoRate&var2=911&var3=main&var4=Home. Obrigado de novo.

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Norma
AUTOR
12/4/08 19:39 delete

Ih, agora vi que deixei um comentário com o Nick do meu gato... :-)

Ora, Roger, achei que você gostava dessas historinhas inventadas. A última que você compôs, comigo e com o Nagel, era tudo, menos elegante, lembra? Não aqui, claro, mas lá no blog do Alysson. Águas passadas, você dirá. Bom...

Eu confesso que não entendo sua insistência conosco. É o tipo de cisma que dificilmente vai embora através do espaço virtual. Estou certa de que me compreende. E não estou sendo nem um pouco irônica aqui. Se você pudesse ser tão sincero quanto eu estou sendo e me dizer como passou da franca hostilidade - mesclada de um humor ferino - para tanta reverência e simpatia aqui no Tempora, uma reverência e uma simpatia que agora une os três temporinos e a mim e ao Nagel... eu agradeço. Não gosto de ambigüidades - só na literatura.

Abraços.

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Norma
AUTOR
12/4/08 22:17 delete

(Também não gosto de erros de concordância: uma reverência e uma simpatia que agora UNEM. Que horror. Isso mede o grau do meu cansaço esses últimos tempos...)

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L. G. Freire
AUTOR
12/4/08 22:34 delete

Oi Osmar

1. O Marxismo é uma das teorias com mais buracos. Qualquer filósofo da ciência sabe disso, veja por exemplo os estudos de Popper e de Lakatos sobre o tanto de buraco que essa teoria tem. Ela não é coerente. Böhm-Bawerk refutou ponto por ponto do núcleo central do Kapital, e isso enquanto Marx ainda era vivo.

2. Mas isso foi só uma observação. Uma teoria coerente não é necessariamente verdadeira? Bom, de um ponto de vista você está certo sim, mas isso se refere ao abismo entre proposições analíticas e verificação. Isso se aplica a sistemas dedutivos formais, não ao marxismo e muito menos alguma teoria "teológica".

3. Sim, me desculpe sobre "colocar palavras na sua boca", eu não tinha informação suficiente para fazer isso. Já que concordamos sobre a idéia geral de inspiração e inerrância, passo para outra.

4. A questão de Gênesis deve ser resolvida com exegese histórico-gramatical e teológica. O que eu quis dizer é que não há motivo exegético algum para achar que o começo de Gênesis é poético ou figurado. O que uma teoria humanista da ciência diz é irrelevante na minha interpretação nesse caso. O método continua o mesmo.

5. Gary North. Eu dei o exemplo porque ele tirou uma teoria econômica da bíblia. Quer dizer que a bíblia tem muito a ensinar sobre a economia, mas não tínhamos assumido o dever cristão de enxergar a economia com a bíblia até então. Hegel está bem distante disso.

6. Mantenho minha preferência pelo pressuposicionalismo. É a abordagem de Paulo em Atenas. Você não apresenta uma evidência "neutra". Toda evidência é sempre filtrada à luz de pressupostos ou teorias "de fundo". O coração rebelde do homem caído não vai se convencer por "evidência" porque vai sempre reinterpretar à luz de seus pressupostos. Teologia natural e evidencialismo são auxiliares.

7. Mas você pode usar os auxiliares ao mostrar que, mesmo pressupondo a visão ateísta, ela é incoerente. Isso sim. Ou seja, viram meras ferramentas, mas não são o carro-chefe do debate.

Isso porque eu acredito na depravação total do homem. Quem usa teologia natural e evidencialismo em geral não acha que o pecado corrompeu a área intelectual totalmente e tenta achar aí um ponto de contato neutro com o outro. Eu não uso isso. Mas isso depende da sua visão, você de repente pode achar mais adequado. Eu não consigo, porque acho que o homem caído está rebelde em todas as áreas.

Abraço

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13/4/08 09:52 delete

Querida Norma,

como cristãos evangélicos temos experimentado, no Brasil, tudo menos uma evolução (o que não tem nada a ver com Darwin), como era de se esperar.

Para que haja esse amadurecimento cabeças pensantes são necessárias. Infelizmente o Brasil, por décadas, foi privado de vários desses cérebros devido à ditadura militar.

Em contrapartida, hoje, vivendo numa democracia e com a oportunidade que a internet, em especial os Blogs oferecem, temos um terreno fértil para esse amadurecimento. Tanto no plano cívico como no espiritual.

Não sendo tão sensível, você perceberá que não há de minha parte nem “tanta reverência e simpatia“ e nem houve „franca hostilidade“. Minha atitude continua a mesma de quando escrevi no site da Ultimato ”Está Cristo dividido?” Tenho minhas convicções, mas isso não me impede de apreciar outros pontos de vista.

Assim não existe ambigüidade nenhuma.

Abrçs fratrenos,

Rogério

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13/4/08 13:10 delete

aLDAIR MUI INTERESSANTE O TEU BLOG,APESAR DE NAUM DOMINAR MUITO O ASSUNTO TEOLOGIA,MAS GOSTEI DAS POSTAGENS,DIVULGAREI TEU BLOG

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Anônimo
AUTOR
14/4/08 00:39 delete

Caro Nicodemus,

Como assíduo leitor deste blog, fiquei sabendo do Simpósio no Mackenzie e pude acompanhar a mesa redonda do dia 9/04 e achei muito interessante, pelo currículo dos convidados bem como da distribuição de tempo aos mesmos; sem falar na qualidade do papo.

Mas achei que o ponto de vista naturalista/materialista esta pouco representado, com apenas um na mesa, enquanto os outros três defendiam linhas criacionistas ou teístas semelhantes.

Gostaria de observar apenas isto: o debate seria mais enriquecedor se houvesse um equilíbrio na mesa sobre as visões existentes.

Deixo registrado também meus cumprimentos e elogios a esta brilhante iniciativa, que seja o começo de muitos e muitos encontros para se discutir civilizadamente e com conteúdo os temas importantes da vida.

Grande abraço, paz do Senhor!!
Guilherme Arruda

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Anônimo
AUTOR
14/4/08 22:26 delete

Olá! para tados e para o Sr. Nicodemus´!
É oportuno o tema pois tenho visto jovens adolescentes e pessoas já maduras em idade e também na igreja com muitas dúvidas sobre Darwim e a Bíblia, hoje os canais Discovery Channel e National Geograph mostram documentários sobre estes temas, e quem tem assistido crê que o que estes canais mostram é a verdade cientificamente provada.
Pessoas na Escola Biblica Dominical dizem que são cristãs e ao mesmo tempo evolucionistas dizendo o que alguem já questionou que Deus Criou a vida e as condições para que ela evoluísse, Pastores que vem de seminários onde ensinam que o Génesis é apenas uma alegoria, que o Senhor não fez Adão do barro, isso é apenas uma metáfora e por aí vai.
Dizem também que temos de estudar outros livros na E.B.D e não só a Bíblia, dizem que temos que ser "mente aberta" e não céticos e radicais, quase falando que aqueles que ficam só com o testemunho bíblico são simplistas/leigos ignorantes, enfim! O que o Reverendo Nicodemus mostrou em seu texto realmente tem acontecido nas igrejas e os ícones destes pensamentos por coincidência tem grande contato com o meio acadêmico, e me preocupa, pois por serem professores e pesquisadores universitários outros jovens na fé consideram muito a opinião destes.
É isso!
João Luís
jluisire@pop.com.br
Londrina PR

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Anônimo
AUTOR
15/4/08 15:19 delete

Ricardo Meira / www.reformanumaperspectivabiblica.blogspot.com

Amigo na fé l.g. Freire
Paz e Graça da parte de Cristo

Fiquei muito feliz por você ter respondido minha postagem, peso perdão por não ter agradecido antes, pois só agora tive tempo para tal.

Fiquei pensando no que me respondeu e vi a urgência de retratar minha opinião, pois de forma alguma eu quis por em duvida o poder criacional de Deus, mas mostrar de uma forma até soberana que Deus também é o senhor do tempo e da história.

Nunca, de forma alguma pensei que o livro de gênesis fosse um livro poético, até pelo contrário, tenho um grande amor e um grande temor por todos os livros da sagrada escritura, e de forma alguma quis colocar sua autenticidade a prova.

O argumento que uso para mostrar passagens não literais em gêneses, e que o próprio livro nos mostra vários exemplos; Genesis 4:14-15. Quem se Deus criou Adão e Eva. Um outro exemplo: gêneses 4: 17-22 de onde eram essas mulheres? Em fim o livro de Gênesis não é um livro poético, mas o seu entendimento não pode ser totalmente literal.

Bom, um outro assunto é sobre o dia sábatico. A palavra sábado deriva do latim sabbatum, que por sua vez deriva do hebraico שבת, shabāt, que designava o dia do descanso entre os judeus. O dia do descanso não um dia especifico, mas o dia do descanso (Dt.5: 12-14). Um outro exemplo é Lv.25: 1-5, o ano sabático. Se você trabalha seis dia, você vai descansar no sétimo, pois para Deus mil vale um e um mil, não para nos humanos. Por isso, não deve você deixar de trabalhar nunca mais, pois você trabalha seis dia não seis mil anos.

Se olharmos a palavra sábado como um dia especifico estamos todos nos em pecado contra Deus pois Dt 5: 12 ele ordena a guarda o dia de sábado, e nos guardamos o domingo.

Hoje, o dia do senhor para nos evangélicos é o Domingo, isso porque olhamos o coletivo, mas tendo em mente que o nosso dia de domingo e o nosso dia sabático (descanso).

Desculpe o tamanho do texto.
Paz e Graça

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L. G. Freire
AUTOR
15/4/08 20:57 delete

Ricardo,

Não precisa se desculpar de nada hehe.

Olha, eu entendo que você tenha formado uma opinião sobre essas coisas. Mas tento mostrar o lado "conservador" da história.

1. Eu me expressei mal sobre o "literal", o que eu quis dizer é "histórico-gramatical". Quando você acha uma passagem que de primeira não dá para ser interpretada no sentido natural, então tenta olhar para alguma outra opção. O gênero do texto é muito importante nessa hora. O livro inteiro de Gênesis não representa o gênero poético nem alegórico, etc. Trata-se de uma narrativa histórica de coisas acontecendo no tempo e no espaço, e, claro, sob o controle do Senhor. Eu entendo que fica bonito dizer que Deus é o Senhor do tempo, e um dia vale mais do que mil. Mas eu tenho certeza que isso não se aplica a Gênesis 1. O objetivo é exatamente comunicar-nos, não encobrir, ou elaborar um mito, sobre o que aconteceu. À primeira vista, não existe motivo para não tomar os dias da criação em um sentido natural. Lembrando que pesquisas externas no caso não jogam luz, porque é uma regra exegética. Para nós um dia não vale necessariamente mil. Quando lemos "dia", quer dizer dia, a não ser que haja um motivo bom para não ser o caso.

2. Então. Há um motivo bom? Eu penso que não, mas você pensa que sim. É claro que nossos pressupostos controlam toda a "evidência" que veremos pela frente no livro, certo? Você aponta as passagens de Gn 4 como indicadores da possibilidade de não termos que tomar literalmente as coisas. Sim, mesmo numa narrativa nem tudo é literal. Mas desde que haja um bom motivo. Repare que Gn 4 é uma perícope diferente de Gn 1, só aí já temos então a necessidade de ligar uma coisa "não-literal" em Gn 4 com uma coisa "obscura" em Gn 1 para depois "esclarecer" a coisa obscura. Isso em si é um processo muito trabalhoso. Só dizer que existe em algum lugar em Gn uma passagem não-literal não ajuda. Então você teria que resolver esse problema para ficar tranqüilo com essa leitura.

3. Mas será que, mais uma vez, não existe possibilidade de sentido "natural" em Gn 4? No v.14 as traduções que tenho visto nem sempre são "quem" mas também podem servir para "que", ou seja, Caim indicando medo de que toda a criação se volte contra ele. Mesmo fazendo vista grossa para essa questão da tradução, ainda assim podemos concluir que existiam pessoas além de Caim no mundo. Isso só reforça a idéia do terror dele ao reparar na hediondez do seu crime. Medo da própria família. Tudo isso deve ser levado em conta antes de partirmos para a segunda hipótese, certo? E sobre o v.17, repare que o fato de se tratar de um relato histórico não quer dizer que tudo esteja disposto exatamente na ordem cronológica, certo (exemplo clássico é o evangelho de João)? Então, o que eu penso é que, justamente porque havia umas poucas pessoas no mundo, seria muito simples a irmã de Caim saber que ele era homicida e não se casar com ele, não é verdade? Faz mais sentido entender assim: o v.17 inicia uma outra perícope, que falará da historinha de Lameque, por isso, tem que contar a historinha da genealogia - omitindo de novo algumas coisas - para prosseguir. Então provavelmente a mocinha se casou antes do homicídio e fuga eventual. Nada impede também que os filhos tenham nascido antes, mas isso é desnecessário supor. Moisés escolhe, depois do episódio de Caim e Deus, tomar outra linha de raciocínio, falando a genealogia até Lameque e depois a sua história. Repare que você pode identificar uma simetria, com a história de Lameque no meio, e duas genealogias nas extremidades, uma que começa no v.17 e outra que termina no v.26, para depois, a passagem seguinte detalhar melhor. Assim, a estrutura do texto aponta para o fato de que é um pedaço mais "isolado" por assim dizer.

Resumindo: (1) Mesmo supondo 4.14-15 e 4.17 como não-literais, ainda é problemático transportar isso para 1 em diante. (2) Mas o mesmo método se aplica a 4.14-15 e 4.17 e, à primeira vista, nada impede o sentido natural. É claro que o contexto e a estrutura do texto ajudam a saber o motivo, mas em tese, nada impede.

4. Mencionei o sábado só como uma piadinha, eu não quis argumentar sobre o sábado propriamente. Creio que o mandamento é para 1 dia em 7 sim, não o dia específico chamado hoje de "sábado", mas eu quis dizer que, pelo mesmo princípio (para Deus 1 dia = 1000) podemos justificar a preguiça e parar de trabalhar para sempre (redução ao absurdo).

Agora, eu que peço desculpas pelo texto grandinho, mas entendo a sua posição. Espero que eu tenha esclarecido a minha. É claro que tudo demanda mais exame, mas pelo menos espero que em alguma aula de seminário ou escola dominical você consiga trabalhar com os dois pressupostos.

Abraço,

Lucas.

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Anônimo
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16/4/08 17:45 delete

Ricardo Meira

Lucas:
Obrigado pela explicação

Não tenho uma opinião formada sobre esse assunto. A primeira postagem foi de duvida, e que você com muita propriedade me ajudou.

Tenho dois anos de convertido, um e meio de presbiteriano, e estou muito feliz por está aprendendo a doutrina reformada. Fui católico durante 14anos e sempre gostei de aprofundar na palavra de Deus. Por isso não estou lá mais.

Espero para começar o seminário, falta pouco, mas já estou muito ansioso.

Hoje, tenho um verdadeiro amor pela doutrina reformada, e espero a ajuda dos irmãos na fé para com meu crescimento na doutrina.

Que Deus os abençoe.

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L. G. Freire
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17/4/08 13:34 delete

Ricardo:

Que Deus o abençoe nos seus projetos!

Abraço

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Anônimo
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23/5/10 11:37 delete

Cada vez mais a ciência apresenta provas contra as teses evolucionistas. Darwinismo, como paradigma científico, realmente não tem respostas para as questões levantadas pelas novas descobertas. O evolucionismo não pode sobreviver violando leis da própria ciência. Não só a bioquímica como também a termodinâmica e a biogênese apresentam argumentos fortíssimos contra. O que ontém eles apresentavam como verdade absoluta, hoje, novos descobrimentos jogam por terra.

Ana Paula Donner Freitas

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Anônimo
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25/11/10 00:48 delete

Muito bom.

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