Alguns anos passados fiquei estarrecido com uma estatística publicada por uma revista evangélica após entrevistas feitas com jovens evangélicos de 22 denominações. Estes jovens, a grande maioria composta de solteiros, haviam nascido em lar evangélico e eram freqüentadores regulares de igrejas. De acordo com a pesquisa, 52% deles já haviam tido sexo. Destes, cerca da metade mantinha uma vida sexual ativa com um ou mais parceiros. A idade média em que perderam a virgindade era de 14 anos para os rapazes e de 16 anos para as moças.
sexta-feira, setembro 11, 2009
Vergonha de ser virgem
Essa reportagem foi publicada em setembro de 2002. Desconfio que os números são ainda mais estarrecedores se forem atualizados para 2009.
Não vou aqui gastar muito tempo defendendo o que, acredito, a maioria dos nossos leitores já sabe que é nossa posição: sexo é uma bênção a ser desfrutada somente no casamento. Namorados que praticam relações sexuais estão pecando contra a Palavra de Deus. Mesmo que não tenhamos um versículo que diga "é proibido o sexo pré-marital" (desnecessário à época em que a Bíblia foi escrita, visto que na cultura do antigo Oriente não existia namoro, noivado, ficar, etc.), é evidente que a visão bíblica do casamento é de uma instituição divina da qual o sexo é uma parte integrante e essencial.
Alguns textos que mostram que contrair matrimônio e casar era uma instituição oficial entre o povo de Deus, e o ambiente próprio para desfrutar o sexo:
"...nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações" (Dt 7.3).
"...Majorai de muito o dote de casamento e as dádivas, e darei o que me pedirdes; dai-me, porém, a jovem por esposa" (Gn 34.12).
"... e lhe dará uma jovem em casamento..." (Dn 11.17).
"... Respondeu-lhes Jesus: Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento, enquanto o noivo está com eles?" (Mt 9.15).
"... nos dias anteriores ao dilúvio comiam e bebiam, casavam e davam-se em casamento" (Mt 24.38).
"... Três dias depois, houve um casamento em Caná da Galiléia, achando-se ali a mãe de Jesus. Jesus também foi convidado, com os seus discípulos, para o casamento" (Jo 2.1-2).
"... Estás livre de mulher? Não procures casamento" (1Cor 7.27).
"... Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras e que têm cauterizada a própria consciência, que proíbem o casamento..." (1Tim 4.1-3).
"... Se um homem casar com uma mulher, e, depois de coabitar com ela, a aborrecer, e lhe atribuir atos vergonhosos, e contra ela divulgar má fama, dizendo: Casei com esta mulher e me cheguei a ela, porém não a achei virgem..." (Dt 22.13-14)
"... qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5.32).
"... Se essa é a condição do homem relativamente à sua mulher, não convém casar" (Mt 19.10).
"... Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado" (1Cor 7.9).
"... Mas, se te casares, com isto não pecas; e também, se a virgem se casar, por isso não peca" (1Cor 7.28).
"... A mulher está ligada enquanto vive o marido; contudo, se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, mas somente no Senhor" (1Cor 7.39).
"... ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade" (Jo 4.17-18).
"... alguém (o presbítero e/ou pastor) que seja irrepreensível, marido de uma só mulher..." (Tito 1.6).
"... quanto ao que me escrevestes, é bom que o homem não toque em mulher; mas, por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa, e cada uma, o seu próprio marido." (1Cor 7:1-2)
"... Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros" (Heb 13.4).
"... que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra, não com o desejo de lascívia, como os gentios que não conhecem a Deus; e que, nesta matéria, ninguém ofenda nem defraude a seu irmão; porque o Senhor, contra todas estas coisas, como antes vos avisamos e testificamos claramente, é o vingador, porquanto Deus não nos chamou para a impureza, e sim para a santificação" (1Tes 4.4-7).
As passagens acima (e haveriam muitas outras) mostram que casar, ter esposa, contrair matrimônio é o caminho prescrito por Deus para quem não quer ficar solteiro ou permanecer viúvo. O casamento era, sim, uma instituição oficial em meio ao povo de Deus. As relações sexuais fora do casamento nunca foram aceitas, quer em Israel, quer na Igreja Primitiva, a julgar pela quantidade de leis contra a fornicação e a impureza sexual e pelas leis e exemplos que fortalecem o casamento como instituição para o povo de Deus em todas as épocas.
O ônus de provar que namorados podem ter relações sexuais como uma coisa normal é dos libertinos. Posso me justificar biblicamente diante de Deus por viver com minha namorada como se ela fosse minha esposa, não sendo casados? Como eu lido com essa evidência massiva de que o casamento é a alternativa bíblica para quem não quer ficar solteiro ou viúvo?
O que existe na verdade é aquilo que Judas menciona em sua carta, sobre pessoas ímpias que transformam a graça de Deus em libertinagem (Judas 4). Os argumentos do tipo, "quem casou Adão e Eva" demonstram o grau de má vontade e a disposição do coração de continuar na prática da fornicação, mesmo diante da resposta: "O caso de Adão e Eva não é nosso paradigma, a não ser que você tenha sido feito diretamente do barro por Deus e sua namorada tenha sido tirada de sua costela. Se não foi, então você deve se sujeitar ao paradigma que Deus estabeleceu para toda a raça humana, para os descendentes de Adão e Eva, que é contrair matrimônio, casar-se, um compromisso público diante das autoridades civis".
Os demais argumentos - "é melhor que os namorados cristãos tenham sexo responsável entre si do que procurar prostitutas, etc." nem merecem resposta. O que falta realmente é domínio próprio, castidade, submissão à vontade de Deus, amor à santificação.
Chegamos ao ponto em que os rapazes e as moças cristãos têm vergonha de dizer, até mesmo em reuniões de mocidade e de adolescentes, que são virgens.
Tenho compaixão dos jovens e adolescentes de nossas igrejas. Mas sinto uma santa ira contra os libertinos, que pervertem a graça de Deus, pessoas ímpias, que desviam nossa juventude para este caminho. "A vingança pertence ao Senhor" (Rom 12.19).
Postado por Augustus Nicodemus Lopes.
Sobre os autores:
Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.
O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.
O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.
47 comentários
comentáriosGraça e paz!
ResponderNão vou postar uma opnião contrária a descrita neste texto. Gostei muito da abordagem que o sr. utilizou para essa questão.
Mas essa oportunidade foi dada por Deus na hora certa! Você acredita que neste exato momento estava eu lendo outro post seu de um ano atrás (Reprimir o Desejo Sexual faz Mal?)? Ao voltar para a página principal eu atualizei o navegador e você tinha atualizado a página a apenas 10 minutos. Não se pode subestimar Deus!
Pois então, neste mesmo post achei um comentário de um irmão chamado Pedro que o sr. não respondeu...
Mas essa questão me encheu de dúvidas. Uma parte deste comentário dizia o seguinte:
' ...quando um casal de namorados esta com DESEJOS sexuais, algo comum, sabem que não é legal fazer sexo antes do casamento. Bom, qual a atitude mais sensata, nesse caso: tentar se controlar, o que com o tempo torna-se muito difícil ou casar. Nesse último pode residir o problema: as pessoas casam para fazer SEXO, e não levam em consideração outros fatores importantes. Quantos e quantos cristãos casam apenas para fazer SEXO e deixam de lado outras questões e no fim dá tudo errado. Obviamente, não quero dizer que todos os casais são assim.
2 - Hoje o jovem para não pecar na área sexual casa logo, mas nem todos estão maduros o suficiente para tanto. 6 a 12 meses de namoro já é suficiente para a tentação vir a tona.
3 - Há um grande problema hoje que envolve estabilidade financeira. Os jovens estão prorrogando o casório para ter uma vida melhor. O desejo sexual começa aos 12, 13 anos, e ele só vai fazer sexo lá com os seus 28 anos. A questão é: abstinencia não gera neurose, mas essa espera pode gerar um grau de ansiedade muito intenso a ponto de gerar problemas de ejaculação precoce ou mesmo falta de ereção.
A decisão de casar pode ser baseada somente nos hormônios. Repetindo, isso não significa que todos são assim.
4 - Conheço pessoas que alegam que não fizeram sexo antes do casamento e o casamento não foi horroroso, houve até problemas de adultério. Ao mesmo tempo, conheços pessoas que fizeram sexo antes do casamento e ficaram casados por muito tempo. Da mesma forma, conheço pessoas que não fizeram sexo antes do casamento e se amam e tem uma vida sexual muito boa e se são bem.
Novamente, não quero justificar sexo antes do casamento. Só estou tentando jogar questões que são importante e que muitas vezes não tenho resposta aos jovens.
Existem os libertinos e em geral a justificativa para o sexo fora do casamento é das mais furadas. Mas acho que os jovens sofrem muito com essa questão. Querem viver o evangelho e cumprir as escrituras, mas os desejos sexuais de um namoro de 4,5 e 6 anos ficam difíceis de serem controlados. E o casamento naquele momento pode ser difícil dado, por exemplo, a situação financeira do casal.
http://tempora-mores.blogspot.com/2008/09/reprimir-o-desejo-sexual-faz-mal.html
Prezado Pastor Augustus, Teria alguma forma de que você me esplicasse algo nessas situações aí acima? Pode haver exceções nesses casos? E nos casos onde o amor pode ser muito verdadeiro(dom de Deus)?
Sinceramente. É uma dúvida e não protesto. Tenho conhecimento e até nojo desse tipo de pessoas que não entendem o que é saber viver.
Um grande abraço irmão presbiteriano!
Meu email (jabisael@hotmail.com).
Mantenha contato.
Jabisael,
ResponderEu não respondi ao Pedro provavelmente pelo tamanho do comentário. São pelo menos 5 perguntas e cada uma delas com mais uma ou duas outras dentro delas. Você vai compreender se eu disser que não tenho tempo para tudo isto. Examinando as perguntas, posso apenas lhe dar uma resposta geral, pois acho que meus posts sobre o assunto são claros: nada do que Pedro argumentou justifica uma exceção ao ensino bíblico. O fruto do Espírito é domínio próprio. E tudo posso naquele que me fortalece.
Abs.
Pr Nicodemus,
ResponderAlém da falta de obediência aos princípios bíblicos, o que se vê é o deliberado desejo por desobedecer e se entregar aos deleites carnais.
Um dos graves erros da igreja é o de não disciplinar o membro em pecado; e o que muito se tem feito é fazer "vistas grossas", contemporizar os pecados em nome de um pretenso amor que nada mais é do que a omissão de não corrigir o rebelde, o qual permanece na igreja aliciando e dando um péssimo exemplo, envergonhando e insultando o Evangelho.
Paulo, sobre a fornicação, diz: "Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne"; e em seguida interroga: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1Co 6.16,19).
Aquele que se une ao "parceiro(a)", e tem relações sexuais com namorado(a), ou mesmo eventualmente com outra pessoa, já está unido carnalmente com aquele(a) ou aqueles(as). Já se tornaram uma só carne (ou várias carnes, pode-se dizer), e isso é grave, especialmente porque não há mostras de arrependimento naqueles que praticam o sexo "livre"; eles se viciam e se deixam viciar, sem nenhum pesar.
Há histórias de casais que sofrem até hoje por se entregarem ao pecado do sexo ilícito, com consequências tristes, algumas, trágicas. Se cada um entendesse que o nosso corpo é para a glória de Deus; se houvesse um esforço em se pregar a santidade, em exortar à santidade, em criar grupos de estudo onde se busque entender a santidade divina e a necessidade de sermos santos como é o bom Deus; se a igreja se envolvesse na guerra contra o pecado, discipulando e também disciplinando os seus membros, provavelmente a situação não seria tão degradante, até por que, o número de "bodes" diminuiria sensivelmente entre as ovelhas.
Mas o que fazer se entre os próprios líderes há divorciados, descasados, e lares abandonados, desfeitos?
A compaixão é importante. Acolher o pecador arrependido é um dever cristão; mas a omissão e o desleixo para com a santidade da igreja têm de ser combatidas, a fim de que o nome de Cristo não seja blasfemado.
Abraços.
Pastor,
ResponderSempre tenho reservas com estatísticas. Especialmente as brasileiras e especialmente ainda quando evolvem coisas do "povo evangélico". Na área sexual então, acredito menos ainda. Sabemos que as pessoas mentem muito em relação à sua vida sexual.
Claro que o mundanismo tem invadido a igreja. Portanto não acho que esses números devem ser desprezados.
Mas eles devem, creio eu, ser posicionados de modo realista. Assim seria bom se o senhor citasse a fonte, ou maiores dados como a faixa etária, as regiões pesquisadas, se envolveu igrejas liberais, neo-pentecostais, ou históricas, etc.
Anyway, fecho com o senhor no entendimento da visão bíblica do assunto.
Abs
Anderson.
Manter a pureza sexual em um mundo odorizado pelo sexo de todas as formas e, ser membro de igrejas onde a maioria das mulheres andam mais nuas do que vestidas, expondo escancaradamente a sensualidade e provocando a lascívia desordenada nos homens que latejam hormônios... Nesse caso precisamos ser mártires. Sei que os namoros de hoje são escabrosos sim, mas mais escabrosas são a falta de pudor, temor dentro da maneira que as mulheres ditas cristãs hoje se vestem e se comportam. Não estou culpando as mulheres, estou salientando que, se houvesse mais moderação e domínio próprio nessas questões, dentro de nossas igrejas poderiam-se amenizar muitos transtornos dessa natureza.
ResponderPrezado Pastor,
ResponderSei que o tema ora abordado incide sobre a questão do casamento como pressuposto para o relacionamento sexual, porém, indago-lhe, ainda que destoando, sobre a legitimidade bíblica de um matrimônio entre não convertidos. Pode-se entender que tal evento não ocorre sob as bênçãos de Deus? Ou seja, pode-se afirmar que foi Deus que os uniu e, por isso, não separe o homem?
Para finalizar, faço questão de salientar, por ser este o meu primeiro comentário ao presente blog, que o senhor tem sido uma importante referência pessoal de fidelidade bíblica, em qual deposito grande confiabilidade.
Deus o abençõe!
Paulo Celeste
Caro reverendo,
ResponderGostaria de saber qual a opinião do senhor sobre a opinião de muitos que afirmam que o sexo é o casamento em si. Afirmam que a Bíblia não institui casamento civil nem religioso, mas que o sexo é a consumação do casamento. Nesse caso, os namorados que fazem sexo seriam na realidade casados perante Deus (quando digo casados, nesse caso, digo como 'uma só carne'). Assim, esses tais namorados não poderiam terminar o relacionamento (a não ser por relações sexuais ilícitas), o que caracterizaria divórcio... Mas aí eu me pergunto onde fica a parte em que 'o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne', visto que a grande maioria dos namorados vivem com seus pais (muitos sustentados pelos mesmos) e quando fazem sexo, pode não ser tão esporádico, mas não é algo, digamos, 'caseiro'; não há uma vida realmente à 2, vivendo na mesma casa, convivendo juntos, se sustentando financeira física e espiritualmente juntos, olhando de perto um as dificuldades e defeitos do outro. Existe base bíblica para considerar a relaão sexual em si como o início do casamento, sem a necessidade de 'assinar os papéis'?
Outro fator que também vejo como um fator agravante dessa postura pró sexo pré-nupcial é o fato de a nossa lei brasileira considerar como casamento (os mesmos direitos e deveres) a relação de duas pessoas que vivem juntas, os chamados 'ajuntados', dando a isso o nome de união legalmente estável (ULE). Isso seria válido para namorados cristãos (pelo menos professos) que resolvem morar juntos, mesmo sem realizar casamento civil e religioso? E como tratar dessa questão com casais que vivem nessa situação (ULE) e que se convertem? Devem assinar os papéis no cartório? Podem exercer função nas igrejas antes disso (ministro de louvor, líder de célula, ou outras funções)?
Outra dúvida que eu tenho quanto a isso é: como seria a disciplina para os fornicadores? Quais seriam os caminhos para tais? Que práticas seriam adequadas?
Sei que são perguntas demais, mas são sinceras e gostaria de receber resposta.
De um jovem virgem com orgulho, com grande admiração pelo seu trabalho e na paz de Cristo,
Bernardo W. D.
Olá, professor!
ResponderInteressante q os posts anteriores contêm enorme número de respostas. E esse, sobre a virgindade, só seis!
Penso, q assim como os pressupostos -principalmente culturais- de um povo, influenciam e servem para medir suas ações, apontam tbém para a maneira com a qual entendem, ou querem entender, a Bíblia.
Um país inculto biblicamente, acaba aceitando a tal nominação de "apóstolos" e aceitando as "bispas", embora até como gozação para criticarem ainda mais os "crentes", aquele povo "que não é católico".
Mas, os evangélicos, por natureza, deveriam ser mais cultos, mais bereanos, se se dedicassem no conhecimento da Bíblia de todo coração.
Mas, o q dizer de evangélicos q pervertem a verdade atrás de interesses escusos, por "torpe ganância"?
Qto à santidade e castidade até mtos pais se secularizaram, achando "normal" nos dia de hoje. Como podem, então, confrontar seus filhos?
Na mesma esteira está o jugo desigual, que por não quererem aceitar o ensino bíblico, acabam por não discutí-lo alegando ser assunto "polêmico".
Com isso, a igreja se seculariza, e vamos indo mesmo de mal a pior.
Um grande abraço,
angelica
Prezado Dr. Augustus, aproveito a questão do Bernardo (interessantíssima), para ampliá-la nos seguintes termos:
Responder1) considerando que o casamento não é sacramento, mas instituição civil reconhecida pela Igreja, que se limita a reconhecer o "status marital" do casal e, em culto público, assim chamado de "casamento religioso", celebrar ações de graça e intercessão a Deus por bênçãos à nova família;
2) considerando que a nosso ordenamento constitucional e civil equiparou a "união estável" ao casamento, nos termos da Lei 9.278/96, que estabelece os parâmetros para que a união possa ser entendida como entidade familiar;
3) de acordo com a referida lei, considerando ainda que para que a união seja alçada à condição de entidade familiar, portanto, valorizada e em várias situações equiparada ao casamento, são exigidos o atendimento de quatro requisitos fundamentais: que a convivência seja duradoura, seja pública, seja contínua, e finalmente, que a união tenha o objetivo de constituir família;
minha pergunta é:
Não teria a igreja o dever de reconhecer a união estável, nos parâmetros acima estabelecidos, dispensando a necessidade do assim chamado "casamento civil". Nesse caso, bastaria a cerimônia religiosa (na verdade um culto) para que a união se torna pública e surta os efeitos eclesiásticos e morais perante a igreja?
Aproveito para dizer que, como advogado, não recomendaria essa situação a ninguém, pois tal regime de união estável, não assegura o regime parcial de bens ao casal, fonte de enorme controvérsia entre doutrinadores e tribunais (mas esse raciocínio é tecnicista e pressupõe a possibilidade da extinção do casamento, o que é contraria o preceito bíblico)...
Enfim, como interpretar a dinâmica interfacetária entre essas duas relações? de um lado a Palavra de Deus imutável (que nesse tema valida o ato jurídico estatal) e o sistema normativo estatal (em constante mutação) e que neste tema amplia as modalidades de casamento e equipara novas relações a este instituto?
Um abraço,
Ricardo de Abreu Barbosa
Caros Bernardo e Ricardo,
ResponderEstou fora de São Paulo em compromisso de pregação, e sem tempo para responder (de novo) estas perguntas. Por favor, leiam dois posts anteriores que tratam das questões levantadas por vocês, embora, talvez, sem o mesmo foco. Leiam os comentários e discussões, onde estes assuntos vêem à tona.
http://tempora-mores.blogspot.com/2008/09/reprimir-o-desejo-sexual-faz-mal.html
http://tempora-mores.blogspot.com/2008/07/carta-um-jovem-evanglico-que-faz-sexo.html
Em resumo, assim de cabeça: (1) Não creio que o Estado disse que casamento e união estável é a mesma coisa. A equiparação é para efeitos de herança, direitos na separação, etc.; (2) Mesmo que fosse, a Igreja se submete primariamente às Escrituras, e ao Estado enquanto o mesmo não a obriga a desobedecer às Escrituras; (3) A IPB permite que, à critério dos conselhos de igrejas locais, casais vivendo em união estável há mais de 3 anos, e que não podem se casar por motivos superiores às suas vontades (cônjuge do primeiro casamento desaparecido, por exemplo), sejam recebidos como membros da Igreja. Mas esta medida tem gerado polêmica e controvérsia e é provável que seja revista mais à frente; (4) Nenhuma destas considerações autoriza sexo antes do casamento do ponto de vista da Igreja. Ela se guia pelas Escrituras e pelas leis do Estado que não a obriguem a desobedecer os valores defendidos nas Escrituras.
Um abraço.
Caro Reverendo,
ResponderJá li esses dois posts em outra época, mas vou lê-los novamente. Mas, antes de ler, vou fazer mais umas perguntinhas =P. Quando o senhor diz "Mesmo que fosse, a Igreja se submete primariamente às Escrituras, e ao Estado enquanto o mesmo não a obriga a desobedecer às Escrituras;". Minha questão realmente é referente às Escrituras. Existe na Bíblia alguma ordenança sobre o casamento civil? Porque já ouvi (e tenho dúvidas se está certo ou não) que a real consumação do casamento, aquilo que caracteriza o casamento - de acordo com a Palavra - é a relação sexual. Então se essa afirmação for verdadeira, a relação sexual antes do casamento civil não seria propriamente pré-nupcial, mas sim o início e consumação do casamento. O problema seria se o 'namoro' (que nesse caso já seria um casamento, mas não formalizado judicialmente) terminar e houvesse um novo relacionamento, o que caracterizaria divórcio, já que os 2 já são uma só carne. Não tenho um conhecimento muito profundo da Bíblia (mas estou lendo com regularidade, graças a Deus), mas me veio à cabeça a cena em que o servo de Abraão retorna com Rebeca.
"Certa tarde, saiu ao campo para meditar. Ao erguer os olhos, viu que se aproximavam camelos. Rebeca também ergueu os olhos e viu Isaque. Ela desceu do camelo e perguntou ao servo: “Quem é aquele homem que vem pelo campo ao nosso encontro?” “É meu senhor”, respondeu o servo. Então ela se cobriu com o véu.Depois o servo contou a Isaque tudo o que havia feito. Isaque levou Rebeca para a tenda de sua mãe Sara; fez dela sua mulher, e a amou; assim Isaque foi consolado após a morte de sua mãe."
Gênesis 24.
Nesse caso, o casamento de Isaque com Rebeca foi o ato sexual em si, penso eu. Entendo que a relação sexual foi o "fez dela sua mulher". É claro que a cultura era extremamente diferente, e também havia a certeza por parte do servo de Abraão que Rebeca era a esposa certa para Isaque, quando o Senhor o direcionou, no poço junto com seus camelos. Mas será que esse princípio se aplica nos nossos dias? Ou será que estou totalmente errado? rsrs Desculpa lhe incomodar no seu preparo, mas pode responder quando estiver com mais 'tempo livre'. E que Deus lhe abençoe e lhe dê direção nessas pregações!
No amor do Cordeiro,
Bernardo W. D.
Oliveira,
ResponderSeu comentário estava muito legal, mas tinha umas coisas descritas em linguagem meio "gráfica" que preferimos evitar. Se quiser mandar de novo sem ser tão explícito, publicarei.
Abs.
Bernardo,
ResponderNas minhas postagens sobre o assunto deixei claro meu entendimento: casamento é uma instituição divina de natureza civil. Não há casamento quando duas pessoas mantén relação sexual fora dele. Isto a Bíblia chama de fornicação, imoralidade, impureza.
A interpretação que você faz de Gênesis 24 é improvável. Devemos ler um texto em seu contexto. No contexto de Israel e do Antigo Oriente Médio, fazer de uma virgem "sua mulher" significa simplesmente que ele se casou com ela, seguindo todo o ritual da época (provavelmente realizado por Abraão, o líder civil-religioso do povo).
Aliás, o hebraico diz "wattehi-lô l'iššâ" que pode ser traduzido como "e ela se tornou sua mulher". É assim que a LXX traduz, bem como ARA, ARC e dezenas de outras versões.
A expressão hebraica se encontra ainda em outras passagens do AT onde significa tomar como esposa, como Rute 4:13, 1Samuel 25:42, 2Samuel 11:27. É claro que a isso se seguem as relações sexuais.
Portanto, ler Genesis 24:67 como se Isaque levou Rebeca para a tenda e teve relações com ela imediatamente, sem que antes tivessem casado, não faz sentido à luz do contexto e da análise do hebraico.
É o que dá ler a Bíblia com os olhos da nossa própria experiência...
Graça e paz Pastor Augustus.
ResponderFico muito feliz em que o pastor tenha tocado no assunto. Acho muito pertinente pois, compartilho do mesmo pensamento: que o casamento é uma instituição divina de natureza civil.
Sinto, pelo fato que muitos oficiais de hoje, bem como as igrejas e até mesmo tradicionais, tenham se acomodado com o modo de entender o casamento e assim vêm aceitando outros modos fabricados de união que não seja o acima citado.
No entanto, tenho uma dúvida a respeito deste tema:
Levando em consideração a sua citação com referência as estatísticas (que assombra).É claro que teremos a probabilidade de haverem futuramente pastores que nos seu histórico apareceram disciplinas por terem se adiantado em seu relacionamento quando jovem. Como, então, este pastor poderá se portar aos jovens e a igreja, no intuito de instruí-los a não viverem uma vida que negligencie o casamento e o conceito bíblico para o seu entendimento? Pois, haverá a probabilidade de alguém sempre desenterrar a questão e usá-la contra o mesmo.
Agradeço a paciência e continue sempre se importando com as grandes dificuldades no seio da igreja, pastor.
Pr. Valdeci,
ResponderSe alguém que hoje é pastor no passado foi disciplinado por ter cometido imoralidade e fornicação (nomes para sexo antes do casamento), se ele aceitou a cumpriu a disciplina e foi restaurado, não há motivo para que isto seja um impecilho. O arrependimento do pastor pelos atos cometidos quando jovem deve ficar evidente. Ele deve evitar se referir a estas coisas com uma espécie de "orgulho", como já vi acontecer, querendo impressionar os jovens ou sua audiência.
Paulo se refere ao nosso passado em pecado como "coisas das quais vos envergonhais", Romanos 6:21.
Se houver este sentimento, bem como o arrependimento patente e claro, não vejo problemas.
Abs.
Reverendo
ResponderFique tranquilo quanto a impossibilidade de ser publicado.
"Gráfico"...? risos...
Mas não tenho como reenviar pois não lembro mais palavra por palavra o que escrevi, então deixa p´rá lá.
Provavelmente não era para ninguém ler mesmo.
Grande abraço... e desculpe pela linguagem... espero não tê-lo escandalizado...
Mas se o senhor achou legal é porque os meus argumentos (tirando a linguagem) estão a princípio corretos.
Augustus
ResponderNão sei se vc já assistiu no youtube um vídeo do Pr. Ed René Kivtz. Nesse vídeo ele fala que o sexo antes do casamento não é aquele tipo de pecado abominável, mas é um tipo de gula, dando a entender que pode desde que seja com compromisso.
Achei estranho demais. Será verdade mesmo ou uma montagem?
A paz
Tales
Rev., eu tinha notado, conversando com alguns pastores e irmãos que a base para o casamento desses era bem deficiente. Pensei em escrever até um artigo sobre isso. Vejo que a maioria da igreja não conhece a base bíblica para o casamento. Isso assusta porque estamos numa sociedade que impera o sexo livre e sem compromisso. Não percebem que a Bíblia não ensina que o amor seja uma condição para o casamento, pois isso é óbvio. Ninguém casa com alguém que odeia ou sente aversão. Porém, a Bíblia ensina o compromisso social "deixará o homem seu pai e sua mãe". Portanto, não se pode ter a desculpa que basta o amor. Porém, Isso exige estudo exegético e poucas igrejas têm, infelizmente.
ResponderQuanto ao post da Igreja Luterana, eu não entendo como essas igrejas liberais adotam a Bíblia como um livro religioso cheio de contradições apenas como uma história dos judeus, pois se a Bíblia for lida com o pressuposto que não existem milagres, ela é o livro mais imbecil que existe. Seria melhor ler as obras de Shakespeare ou os contos de Machado de Assis. São mais inteligentes. Eu aconselharia a esses pastores luteranos a adotarem esses autores. Pelos menos não vão ter tábuas que foram escritas pelo próprio Deus, jumentas que falam ou um homem que ressuscitou ao terceiro dia, já que não aceitam os testemunhos dos apóstolos.
Caro Francisco Mário,
ResponderConcordo totalmente com suas duas ponderações. É lastimável que a Igreja de Cristo tenha chegado a este ponto em algumas áreas e lugares. Mas, continuemos firmes na esperança das promessas do Senhor.
Grande abraço!
Tales,
ResponderNão vi, não; mas espero que seja montagem, visto que o Ed é um líder de grande influência no meio evangélico.
Abs.
O link para a fala do Ed Rene Kivitz está aqui:
Responderhttp://www.youtube.com/watch?v=3623neA7lNw
Abs em Cristo,
Anderson.
Olá Reverendo!
ResponderMuito obrigado pela explicação! Foi de muito valor pra mim, já que não possuo estudo no hebraico e nem muita experiência na leitura da Palavra... Só gostaria de ressaltar que não quis interpretar a Bíblia de acordo com o que eu penso, é só que eu pensava que aquela expressão queria dizer o que eu escrevi mesmo. Foi sem más intenções, só querendo aprender. Agradeço mesmo, de coração, a sua disposição em me responder.
Na paz de Cristo,
Bernardo W. D.
Sinceramente este post jogou minhocas em minha cabeça. Concordo plenamente sobre a questão levantada, de que o sexo é para depois do casamento. Mas dizer isto não basta. Dizer que nós jovens, temos apenas falta de vontade de santificação não ajuda muito. Nunca vi um pregador desses digamos "de nome" ensinar como evitar esse tipo de pecado. Só dizem "é pecado". Nenhuma ajuda espiritual. Ainda tem um outro grande detalhe, já vi muitos pastores pregando isso, mas, parece que só passaram a acreditar nisso depois do casamento, pois viviam em completa fornicação. Depois num reclamem qdo o Edir Macedo fazer a "terapia do amor" e casar os jovens de lá com 2 meses de namoro.
ResponderAdonias Reis
Ig. Evan. Congregacional
Caro Nicodemus
ResponderO que se tem observado ultimamente é a dificuldade do jovem cristão "sério" ("sério": aquele que quer levar o evangelho com seriedade e santidade, mas muitas vezes acaba sucumbindo às falhas humanas) de se manter virgem devido as condições e restrições atuais: (a) elevado tempo de namoro, (b) idade avançada para casar, (c) necessidade de estudar e trabalhar (d) situação financeira estabilizada depois de alguns anos, (e) não existe mais a idéia de morar junto com a família, etc...
1) Como o jovem deve proceder para manter sua sexualidade sadia dada tais restrições.
2) Será que isso é passível de generalização ou cada caso é um caso.
3) Como lidar com o tempo excessivo de namoro que muitas vezes é necessário. Casar com uma pessoa depois de pouco tempo de namoro não é muito arriscado.
Abs
Marcos
Adonias,
ResponderHá várias coisas que podem ser ditas, a partir da Bíblia, aos jovens que desejam controlar o impulso sexual e rejeitar as tentações.
1) Tolerância zero com tudo que desperta as paixões sexuais. Seguindo a orientação de Jesus ("se teu olho te escandalizar, arranca-o"), isto pode representar colocar filtros contra pornografia no computador, deixar de ver filmes e cenas de erotismo e sensualidade, parar de consumir determinadas músicas com conteúdo sexual (por vezes explícito, como o funk) e até mesmo acabar com o namoro que já tomou proporções fora de controle. Pode significar inclusive romper com determinadas companhias e amigos que gostam de falar e contar coisas eróticas e sensuais. Em outras palavras, sem sacrifício e determinação, no poder do Espírito, o jovem crente não vai conseguir se livrar do poder que a impureza tem sobre ele.
2) Vida espiritual intensa com Deus. Leitura diária da Palavra de Deus, tempo de oração e comunhão com ele. Ler bons livros evangélicos sobre o assunto. Muitos jovens deixam de ler a Bíblia e orar diariamente e depois se admiram que não têm força contra as tentações. Mas o Senhor disse, "Vigiai e orai para não entrardes em tentação; o espírito está pronto, mas a carne é fraca".
3) Participar intensamente das atividades da sua igrejas local, envolver-se no trabalho de Deus, evangelismo, ação social, enfim, ocupar o tempo, o coração e a mente com as coisas de Deus.
4) Encontrar uma pessoa de confiança com quem fazer um pacto de confessar todas as vezes em que for tentado e caiu, para orarem juntos e pedirem perdão a Deus. Tem que ser alguém do mesmo sexo, uma pessoa crente e firme.
5) Abrir o coração e pedir aconselhamento a um pastor que seja reconhecidamente um homem de Deus e cuja família seja uma prova viva de que ele sabe do que está falando.
São coisas simples, práticas, que se algum jovem cristão quiser realmente fazer, vai ajudar em muito a vencer as tentações e a viver uma vida de pureza sexual.
É claro que nunca deixaremos de ser tentados, e lutaremos até o último suspiro contra o pecado. Mas, desanimar e nos entregar ao pecado -- nunca!
Abraços!
Marcos,
ResponderVeja minha resposta ao Adonias.
Abs.
A Paz, Dr. Augustus!
ResponderDê uma olhadinha nesse link: http://www.pastorbatista.com.br/j15/index.php?option=com_content&view=article&id=137:batizar-amasiado&catid=42:polemicas&Itemid=56
...isso se o sr. tiver tempo, e depois se puder por favor faça um comentário. Afinal, o casal que está amasiado está em pecado ou não?...esse "tipo" de casamento é válido para a igreja e está correto biblicamente?
Desde já agradeço!
Cleiton Tenório
São Sebastião/SP
Olá, Pastor. O que me diz desse texto...Não estou desejoso de gerar polêmicas, apenas esclarecimentos.
ResponderSexo antes do casamento é pecado?
http://www.caiofabio.com/2009/conteudo.asp?codigo=01796
Parabéns pelo blog, Nicodemus. Conheci ele através dos seus textos postados no Pulpito Cristão.
ResponderTenho 24 anos de idade, sou virgem e atualmente não estou namorando. Mesmo que tenha planos de um dia me casar eu não tenho muita pressa com relação a isso. Assim sobra mais tempo prá eu me preocupar com o Evangelho, me dedicar a concluir o último ano da minha faculdade, me consolidar no meu trabalho, etc. Não é nada fácil ser virgem nos dias de hoje. Diariamente somos bombardeados por todos os lados com mensagens que incitam o desejo sexual. Preciso constantemente estar me alimentando espiritualmente, seja por meio da Bíblia, oração, lendo livros cristãos construtivos, etc. Assim fortaleço o espiritual e enfraqueço o carnal. Não há como, utiliando-se apenas das minhas forças, resistir as tentações. É Deus quem me dá os escapes. Claro que prudência é sempre bom. Evitar filmes com cenas de sexo, músicas com conteúdo erótico, usar filtros no computador, etc. Essas coisas sempre ajudam. Mas é fundamental manter comunhão diária com Deus.
Como disse tenho planos de algum dia me casar. Contudo tem uma questão que gostaria de levantar. Não duvido das estatisticas que foram levantadas no artigo acima. Tenho contato com muitos jovens na igreja que frequento e dá prá contar nos dedos aqueles que (da minha rodinha dos amigos mais próximos) ainda não tiveram relação sexual. Sem contar que até o ano passado eu dava aulas na escola bíblica para os adolescentes e questões e comentários sobre sexo eram frequentemente levantados. Por ser virgem sempre desejei que minha futura esposa fosse virgem também. Sempre dei importância prá esta condição. Mas, diante do estrondoso número de jovens que já tiveram relação sexual você acha que eu realmente devo pensar nessa condição quando entrar em um relacionamento? Até que ponto devo desejar que minha futura esposa também seja virgem? O quanto pode prejudicar um futuro casamento o fato de um ter tido relações sexuais e o outro não? (com todo respeito, quando falo sobre prejudicar um futuro casamento eu não estou me preocupando com a desenvoltura sexual do casal... durante o "até que a morte os separe" serão vários anos para aprimoramento hehehe...)
Desde já agradeço...
Abraços fraternais,
Cleiton,
ResponderObrigado pelo link. Minha posição já é previsível, diante de todos os posts que coloquei sobre o assunto e de todos os comentários que já respondi.
Abs.
Anônimo das 14:17,
ResponderMinha posição quanto a sexo antes do casamento é bastante clara. Sem entrar na discussão de nomes, ainda que Calvino achasse legal, eu discordaria dele, hehehehe!
Abs.
Reverendo augustus.
ResponderHoje li o seguinte no Uol noticias internacionais The new york times “Noites de luta e reggae enchem igrejas evangélicas no Brasil”. A igreja Renascer em cristo mais uma vez expõem a igreja brasileira ao ridículo, essa noticia na minha opinião se encaixa bem
Em suas ultimas postagens de um lado lideres libertinos com sede de poder e sem o menor traço de piedade de outro nossos jovens sendo presa fácil, em um ambiente deste a palavra virgindade e blasfêmia com certeza.
Sobre a mensagem do Ed René Kivitz no YouTube, vale lembrar que essa é apenas é uma parte da mensagem. Eu a ouvi esses dias, e não consegui entender muito bem o que ele quis dizer. Em algumas partes ele diz que é para os solteiros ficarem na castidade até o casamento, em outras parece que ele diz que não é necessário "assinar os papéis". Pra quem quiser ouvir a mensagem na íntegra, pra depois tirar suas conclusões, aí vai o link:
Responderhttp://www.ibab.com.br/mensagens/20080727_noite_erk.mp3
Atenciosamente,
Bernardo W. D.
Caro Pr. Nicodemus,
ResponderCreio que um dos grandes problemas em relação a este tema é o fato de que as pessoas que não aceitam o ponto de vista cristão vivem criando argumentações cheias de falácias, que tentam nos levar à conclusão de que é impossível conseguir se casar virgem nos dias de hoje.
Um exemplo: O argumento de que as pessoas se casam mais tarde hoje em dia, na faixa dos 30-40, já que precisam de estabilidade financeira, precisam ter um carro, uma casa... Este pressuposto é tido hoje em dia como uma verdade absoluta. Pensemos nas consequências disto: Um rapaz de 15 anos começa a gostar de uma garota de 14. Como pensar em um namoro sério, neste caso, que deva durar uns 15 ou 20 anos, mais ou menos? Fica difícil, não é mesmo? (não impossível, mas muito difícil). Quantos, pensando nisso, não sucumbem à tentação, por ter a certeza de que, como somente poderão se casar quando tiverem o seu pós-doutorado concluído,n ão conseguirão se manter castos? Mas desde quando este deve ser o padrão para o povo de Deus? Por que os jovens hoje somente pensam em se casar quando tiverem uma vida financeira completamente segura? Onde está a sua confiança? Em um Deus que proverá, ou em belo salário de R$10.000,00 por mês? São incentivados a separar "a vida real" da vida espiritual. E isto é uma fonte incrível de erros! Um deles é que desde cedo em nossas vidas, nos condicionamos a colocar o dinheiro como a fonte primeira de nossa segurança, o que é uma inverdade. Perdemos a oportunidade de conquistar os nossos bens ao lado da mulher de nossa mocidade, mesmo que passando por momentos de dificuldades. Queremos chegar com tudo pronto, e quando isto acontece, com que facilidade dizemos: "Este carro é meu, eu comprei antes de casar!" E assim perdemos muitas oportunidades de crescermos junto com nossas esposas, em confiança e alegria. Tal argumento errôneo acaba por trazer dois problemas, sob este ponto de vista: Antes do casamento, faz com que acreditemos que é praticamente impossível se manter casto até o casamento. E após, gera uma individualidade muito grande dentro da relação, pois já temos histórias de vidas muito longas e complexas, antes de nos tornarmos um.
Bem Pastor, desculpe se me alonguei... Talvez se trate apenas do desabafo de alguém que tem escutado muita besteira,e que pela graça de Deus, mudou de opinião a tempo!
Um grande abraço, em Cristo.
Danilo
Reverendo, muito obrigado pela resposta. Acho que ela responde tanto minhas duvidas qto aquelas levantadas pelo irmão Jabisael citando o irmão Pedro. Que Deus continue abençando a sua vida.
ResponderGrande Nicodemus, sei que não faz parte do assunto, mas não poderia deixar passar em branco:
ResponderA dona do Blog "estrangeira no mundo" que eu nunca lembro do nome, está propondo, promovendo, um protesto pela ética cristã no dia 2 de novembro, na marcha pra Gezuis; Ela protestou sozinha na EXpomamom e eu me senti um imprestavel por ve-la sozinha no meio de tantos lobos. Alias o protesto dela, silencioso, foi um tapa na cara de muitos mercadores da fé. Abraços
Adonias Soares
Caro Danilo
ResponderA questão não é casar com uma conta de R$ 10.000 reais no banco ou ter concluído pós doutorado. O grande problema é que até mesmo o mínimo esta complicado.
Se voce esta em um grande centro, quanto voce acha que custa um aluguel por mês...
Como voce vai tirar uma garota da casa do pai que tem um monte de comodidades e colocá-la em um ambiente muito mais dificil.
Se a pessoa não tem estrutura para tanto, o casamento com certeza vai começar mal.
Estudar sem estar casado é muito mais tranquilo do que quando se esta casado, uma vez que voce agora tem uma família pra criar...
Quando voce é solteiro voce passa por muitos apertos, mas sabendo que a recompensa dos estudos acarretará em outros benefícios mais pra frente. E outra mora com os pais. E hoje voce precisa estar cada vez mais atualizado e em constante aprendizado.
Mas quando se esta casado, vc precisa colocar dinheiro em casa, e o trabalho se torna mais importante. Como hoje vc vai conseguir bens ao lado da sua esposa se para isso vc precisa se tornar mais competitivo.
Ou vc paga o aluguel ou vc paga seu curso...
Nessa brincadeira toda, voce percebe que já passa dos 25, seu namoro já passa dos 4 anos, tem um prognóstico de casar daqui a dois anos ou mais e cada vez mais fica dificil manter a "pureza sexual".
Cara concordo com tudo o que voce disse, mas na prática a coisa não é muito simples...
Abs
Marcos
Caro Marcos,
ResponderVocê confirma de fato o que eu escrevi. Em nenhum momento eu disse que isto era simples. E em nenhum momento o Senhor nos prometeu que o caminhar em seus caminhos seria fácil:
Mat 16:24 Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me;
O caminho do Senhor é um caminho, de fato, de negação de si mesmo. Dói? Muitas vezes, mas tenha certeza que é compensador...E não tenha dúvida que depois de algum tempo, de persistência, o que nos lembraremos é que:
Mat 11:30 [...] o meu jugo é suave, e o meu fardo e leve.
Me desculpe Marcos. Mas o cerne desta questão está na sua própria mensagem: "Como voce vai tirar uma garota da casa do pai que tem um monte de comodidades e colocá-la em um ambiente muito mais dificil."
Não queremos sair da casa de nossos pais, a não ser que consigamos manter, em nossas casas de recém-casados, o mesmo padrão de vida que tínhamos. Mas nossos pais já estão casados há quanto tempo??? Se o conforto da casa dos nossos pais parece mais atrativo que um casamento simples - mas firmado no Senhor, devemos repensar o valor que damos para esta instituição divina. E que se note: Não estou falando aqui de "viver de amor", de se casar sem ter o que comer - o que estou falando é simplesmente de baixar o nosso padrão de custo de vida.
Repito Marcos: Sei que a tarefa é árdua, e envolve muita negação de si mesmo, mas lembre-se que ao mesmo tempo que temos que carregar a nossa cruz, somos lembrados que o fardo do Senhor é leve. Basta que deixemos que Ele o carregue conosco.
Um grande abraço, em Cristo,
De seu irmão Danilo.
Amado pastor, Hoje em dia com a banalização do sexo, na mídia, nas escolas, para os jovens e adolescentes, manter uma etica Cristã que vai contra a etca do mundo, esta cada vez , mais dificil, muitos jovens, acham e preferem estar de bem com o mundo do que com a palavra de Deus.
ResponderEste assunto deveria ser mais pregado e falado dentro de nossas igrejas, como a própria escritura diz, encucar na cabeça de nossos filhso, pela manhã, a tarde e de dia, para que os mesmo, guardem seus mandamento, será que isso esta acontecendo dentro de nossos lares?
A pregação da palvra no dia a dia?
Paulo Cesar
Igreja Presbiteriana
Champagnat
Curitiba
Servo de Jesus Cristo
Tenho uma pergunta! Por que não existe nem uma recomendação ou mandamento para que o homem case virgem no velho testamento? Seria por ser tal mandamento insustentável! Porque na lista de relações proibida nos livros de levítcos e números, ao invés de deixar claro que o homem só pode transar com a mulher que vier a ser sua esposa, se faz uma classificação de mulheres proibidas, deixando sobrar outras? Onde fica o ideal divino do: “serão dois uma só carne” na poligamia que nunca foi explicitamente proibida? Gostaria de uma resposta, sem a argumentação pueril de duas dispensação, posto que lei e graça subsistem eternamente na mente de Deus.
ResponderGresder,
ResponderA razão pela qual não há mandamento para que o homem case virgem é porque há dezenas de passagens que nos ensinam que a fornicação, a prostituição e a promiscuidade são proibidos diante de Deus; há dezenas de passagens que nos ensinam que o sexo é para o casamento - releia os meus posts sobre o assunto, não vou aqui repetir as citações.
A mesma resposta serve para suas demais perguntas.
Sobre a poligamia, lembremos que a vontade de Deus nos foi revelada de maneira progressiva. No Novo Testamento temos a revelação final de Deus sobre o assunto, e lá a poligamia é claramente proibida. Aliás, mesmo no AT o ideal monogâmico é perceptível.
Espero que minha resposta não tenha sido pueril e tenha satisfeito suas perguntas tão sofisticadamente elaboradas...
Que ninguém se engane,membro de igreja é uma coisa,e um dia ser sal
Respondervo é outra bem diferente.Só os limpos verão a DEUS( Mt.5:8 ).
Não adianta espernear essa é a verdade.
Ola,meus filhos aprovaram o texto!
ResponderGrato.
A culpa e de que ou quem? O liberalismo teologico tao responsabilizado aqui nesse blog pelos grandes problemas da igreja em outras nacoes aqui nesse caso nao pode ser culpado.
ResponderEu acho ate bem mais grave a imoralidade dentro da igreja de maneira generalizada do que pastor gay da PCUSA ou ELCA (e so uns gatos pingados) Considerando que a grande maioria esmagadora da igreja nao tem lideranca homosexual na America. Enquanto que na IPB (assim como nas outras igrejas historicas) a imoralidade dos jovens e endemica.
A verdade e que fazem vista grossa. A juventude da igreja se prostituindo e ninguem diz nada. Os pastores tem rabo preso. Se forem pregar contra a imoralidade do filho do presbitero tal perde o emprego.
Por isso vejo os casamentos se acabando por que ja comecaram na horizontal. O problema e espiritual e nao teologico. Por que a igreja nao esta equipada (salvo raras excecoes) pra enfrentar os pecados de natureza sexual. Ate o proprio homosexualismo que e constante topico do blog. O que dizer quando um pastor tem um filho gay? (como eu conheco alguns na IPB).
Eu acho que falta oracao e jejum. As disciplinas de intimidade com Cristo e vida santa nao sao ensinadas em seminario. Isso e desenvolvido ao longo da vida. Tambem o amor ao pecador e importante. Precisamos criar comunidades que nao afirmem mais amem o homosexual, o adultero, os jovens prostituidos de maneira Crista porem testificando da realidade do pecado e necessidade do arrependimento.
Eu ate gostei do blog ter tocado no assunto por que isso me corroi a alma. Vejo meus amigos crentes divorciados e em adulterio com outras mulheres e com filhos perdidos na vida.
Gostaria que outros irmaos dessem suas opinioes. So condenar o pecado nao e suficiente. Tem que clamar ao Senhor por arrependimento e mudanca nao so nos coracoes dos fieis mais tambem do clero.
Caro Pr. Augustus,
ResponderRelevante assunto e muito bem embasado biblicamente.
Acho que iria até além dizendo que o ônus da prova de dizer que o namoro é uma instituição aprovada por Deus antes do casamento é de quem concorda que é.
Abraço,