quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Augustus Nicodemus Lopes

Carta a Jean Martin Ulrico

[O Rev. Jean Martin Ulrico é um pastor fictício. A correspondência, por sua vez, se baseia em fatos bem reais]

Meu caro Jean Martin Ulrico,
Somente hoje pude ler sua mensagem. Lamento que os atritos entre você e o Conselho da igreja tenham piorado. Todavia, era esperado que a liderança de sua igreja, bem como grande parte dela, estranhassem as mudanças que você vem tentando fazer no culto nos últimos meses, como fruto da mudança que ocorreu em sua vida depois que você abraçou o “neo-puritanismo”.
É com pesar, Jean Martin, que acompanhei sua adesão gradual a estas idéias nos últimos meses, e as suas tentativas de impor estas idéias em sua igreja, tendo como resultado o atual conflito em que vive. Receio que este conflito venha a minar seu pastorado e prejudicar a boa abertura que você vinha tendo para difundir a fé reformada em sua Igreja.
Eu me recordo quando o termo “neo-puritano” passou a ser usado aqui no Brasil. Acho que você nem estava ainda no seminário. Foi quando um grupo de irmãos reformados passou a defender zelosamente certas práticas litúrgicas que vieram a considerar essenciais para a reforma do culto e da adoração correta a Deus, como a abolição dos instrumentos musicais, corais e grupos de louvor no culto, bem como a abolição de qualquer outro louvor que não fosse os salmos, e de preferência, aqueles metrificados do Saltério Genebrino. A isto, acrescentou-se a proibição da mulher cristã orar no culto e a ensinar qualquer outra classe que não fosse das crianças. Alguns deles chegam a defender o uso do véu ou chapéus por parte das mulheres durante o culto, como em algumas igrejas neo-puritanas modernas em países de fala inglesa. Outros chegaram até mesmo a proibir que a mulher orasse em família, se o marido estivesse presente. Começaram a classificar o culto prestado nas igrejas reformadas e suas co-irmãs como corrompido e desfigurado.
Quando eu escrevi na semana passada que você estava virando neo-puritano, você reclamou, dizendo que rotulações são injustas e cobrou que eu definisse o rótulo “neo-puritano”. OK, vamos lá. Esse designativo surgiu da necessidade de se deixar claro que aquilo que este grupo novo estava disseminando não era a essência da Reforma protestante, e nem mesmo o consenso entre os reformados e antigos puritanos. Era preciso evitar que os sentimentos de forte rejeição aos ensinamentos deste grupo se estendessem às próprias doutrinas da Reforma e descolá-los das grandes doutrinas da graça características da Reforma.
O título “neo-puritanos” passou a ser usado, então, para identificar os aderentes destas práticas como um movimento distinto dentro das igrejas reformadas, que, por um lado, quer ter ligações com os antigos puritanos – no que os reformados em geral concordam –, mas que, por outro, representa o ressurgimento das práticas de alguns grupos radicais de entre os puritanos. Ou seja, elas nunca foram consenso entre eles e nem foram jamais aceitas por denominações presbiterianas e reformadas ao redor do mundo. Quando muito, está restrita a algumas pequenas comunidades reformadas na Europa e nos Estados Unidos.
Eu sei que nenhuma rotulação é boa, mas às vezes, infelizmente, acaba se tornando útil. A utilidade neste caso foi de permitir que se diga “sou Reformado, porém, não sou neo-puritano”. Também estou ciente de que você e outros rejeitam veementemente esta rotulação e não se entendem como tais. Antes, se vêem como os verdadeiros presbiterianos, estando todos os demais errados, inclusive aqueles que comungam com vocês de posições teológicas bíblicas e conservadoras, o que torna o diálogo e o esclarecimento das idéias ainda mais difícil. Eu mesmo tenho um bom relacionamento com vários destes irmãos neo-puritanos, mas tenho experimentando esta dificuldade.
Não nego, meu caro Jean Martin, que você está correto em vários pontos. Concordo com você que igrejas reformadas e denominações históricas no Brasil têm admitido no culto a Deus elementos estranhos às Escrituras e tornado este culto em um exercício antropocêntrico. Também concordo que é preciso purificar o serviço divino destes acréscimos humanos. Você também está certo quando me lembra de nossa herança puritana. É fato histórico de que a Confissão de Fé de Westminster, adotada como padrão doutrinário por todas as igrejas presbiterianas do mundo, foi escrita pelos puritanos. Todavia, pondere no que vou dizer em seguida.
Primeiro, lembre que o Brasil, infelizmente, ainda está longe de conhecer a Reforma protestante e suas principais doutrinas, resumidas nos solas ou nos cinco pontos do Calvinismo. Se em vez de pregar estas idiossincrasias de alguns grupos puritanos, e em vez de querer impô-las em sua igreja, você tivesse se concentrado em pregar as grandes doutrinas da graça, prestaria um enorme serviço ao Reino de Deus. Como está, infelizmente, você só conseguiu provocar polêmicas, discórdias e dissensões dentro da sua igreja, criando uma eclesiola in eclesia (igrejinha dentro da igreja).
Segundo, não esqueça que você é pastor de uma denominação (a IPB) que adota decisões de seus concílios como regra para todas as igrejas e membros. Há muitas decisões da IPB que deixam claro que a denominação aceita corais, orquestras, instrumentos de música, o ministério não-ordenado das mulheres, o cântico de hinos e outras composições, as celebrações das datas do calendário eclesiástico. Em e-mails anteriores, você reclamou de pastores e presbíteros liberais e pentecostais dentro da IPB que não honram os votos que fizeram na ordenação, quais sejam: aceitar a Confissão de Fé de Westminster como fiel exposição da Palavra de Deus, aceitar o governo da IPB, sua constituição e Princípios de Liturgia. Todavia, você também jurou aceitar o governo da IPB e sua Constituição, que inclui os nossos Princípios de Liturgia e as decisões dos concílios. Não há uma incoerência nisto?
Jean, meu conselho é que você não vá adiante nessa tentativa de mudar as coisas a ferro e fogo. Se suas convicções o impedem realmente de acatar a liturgia da IPB, trate deste assunto com seu presbitério e busque orientação quanto ao que fazer junto aos concílios. Receba meus conselhos como de um pai – afinal, tenho idade para isto.

Um grande abraço,
Augustus

Augustus Nicodemus Lopes

Postado por Augustus Nicodemus Lopes.

Sobre os autores:

Dr. Augustus Nicodemus (@augustuslopes) é atualmentepastor da Primeira Igreja Presbiteriana de Goiânia, vice-presidente do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana doBrasil e presidente da Junta de Educação Teológica da IPB.

O Prof. Solano Portela prega e ensina na Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, onde tem uma classe dominical, que aborda as doutrinas contidas na Confissão de Fé de Westminster.

O Dr. Mauro Meister (@mfmeister) iniciou a plantação daIgreja Presbiteriana da Barra Funda.

117 comentários

comentários
10/2/10 21:22 delete

Rev. Augustus, Louvado seja o Triúno Deus por sua vida.Olha, sou pastor da Igreja Presbiteriana Fundamentalista do cabo/PE,defendo a Fé Reformada, e tenho aprendido muito através dos seus livros e artigos.Quanto ao conselho dado ao pastor fictício, ótimo! continue fazendo isso, pois, nós pastores precisamos dessas reflexões.

Abraço

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10/2/10 21:51 delete

Se eu fosse o Rev. Jean Martin Ulrico, pararia e acolheria os conselhos dados com fino requinte dos princípios reformados, adicionado com uma pitada generosa de criatividade e bom humor. Parabéns Augustus pela postagem. Grande abraço!

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Daniel
AUTOR
10/2/10 22:14 delete

Rev. Augustus. Me converti, em uma igreja neo-pentecostal, faz dois anos, há seis meses descobri a fé reformada e tenho congregado desde então em uma IPB.
Mas ainda não me tornei membro, pois tenho algumas dúvidas, espero que o Sr. possa me ajudar.
1º - Se os pastores devem obedecer aos concílios, porque a IPB não pune os pastores que se comportam como neo-pentecostais, que permitem danças, pulos, palmas, músicas com ritmo dançante (que torna quase impossível para alguns não dançar ou rebolar) gritaria, campanhas da teologia da prosperidade (veja a prova em http://www.youtube.com/watch?v=fO8qiWITdhI ou no site da presbiteriana central de Londrina onde tem até culto de libertação)? Se a IPB é uma igreja séria, conciliar, e tem uma confissão de fé, porque não pune tais pastores? Ninguém vê isto? (esta publicado na internet!)
2º - Se eu me tornar membro da IPB, posso denunciar esses oficiais, para manter a igreja pura? (pois vou para um retiro no feriado, e o pastor que organizou, pelo que vi, é neo-pentecostal e permite danças no púlpito).

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10/2/10 23:18 delete

Houve uma época em que eu achei que podia mudar as coisas na igreja da noite para o dia. Depois, de algum tempo a gente percebe que as coisas não são assim. A própria reforma religiosa do século XVI deu-se através de um longo processo. É preciso pasciencia se queremos provar alguma coisa para alguém, e, na igreja é necessário além da pasciencia a coerencia. Creio como o reformador João Calvino que a doutrina não é matéria só da lingua, mas, da vida. Creio que não é dividindo a igreja com pequenas doutrinas ou como diz o Rev. Augusto com "Idiossicrasias" ou formando uma igreja dentro da igreja que vamos reformar a nossa IPB.
Infelizmente, há muita incoerencia no neo puritanismo, por exemplo, coisas mais importantes como a vida de oração, santidade e evangelismo não são temas dominantes nessa reforma. Fato estranho, pois, os puritanos históricos foram grandes homens de oração.
Assim, concordo com o Rev Augustus Nicodemus, quando usa o termo neopuritano, para diferenciar daqueles que querem a verdadeira reforma na igreja.
Rev Clodoaldo Brunet

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10/2/10 23:28 delete

Rev.Augustus,
Gostaria que o senhor considerasse algumas observações:
1-Aceitar não é obrigar.Se a IPB permite a prática de corais,orquestras e outras coisas mais.Isso não obriga a nenhum pastor adotá-las em sua igreja.
2-Ainda que a IPB permita o uso de composições.A CFW,que a IPB adota como sistema expositivo de doutrina, fala apenas em Salmos.
3-Pregar somente as doutrinas da graça é como dizer apenas que existe um caminho a ser seguido,sem mostrar ao povo que caminho é esse e como deve ser trilhado.Do que vale conhecer as doutrinas da graça sem saber dos impactos que elas causam na vida litúrgica da Igreja?

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Unknown
AUTOR
11/2/10 02:02 delete

Dr. Augustus, já me entusiasmo cada vez que um post começa com as palavras "Carta a..."; e este post não decepcionou. Gostei especialmente de um pequeno detalhe: o nome do destinatário (e eu nem pegaria a piada se não fosse o Ulrico no final), apelido perfeito para os que querem ser mais "reformados" até que os reformadores.

Um abraço, e continue as correspondências!

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Anônimo
AUTOR
11/2/10 09:24 delete

Reverendo Augustus,

O senhor sabe do resultado daquela reunião dos presbiterianos escoceses sobre a aceitação de pastores homossexuais?

O meio presbiteriano está passando por um momento de grande tensão!

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11/2/10 09:46 delete

Dr. Augustus
Lamentável a atitude desse pastor fictício.
Creio que haja bandeiras mais imponentes para serem hasteadas e defendidas (cinco solas, cinco pontos do calvinismo), do que, com o devido respeito, "data maxima venia", bandeirolas estampadas de cisão, contenda, e não edificação e paz.

A paz
Tales
P.S: respeito os neo-puritanos, ou seja lá qual rótulo adotem, mas deveriam lidar com mudanças segundo o amor e o respeito, não se julgando mais espirituais ou santos.

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SOLA GRATIA
AUTOR
11/2/10 09:46 delete

Mui prezado Pr. Augustus,
Graça e Paz.

Ler seus textos, seja no Blog, seja nos livros, é sempre reconfortante, inspirador e por que não, um calmante para o coração e mente que sempre questiona. Aliás estou lendo seu livro: "Cheios do Espírito." (Ed. Vida) Fantástico!

Gostei muito da carta com suas explicações e conselho. Parece até que eu voltei um pouco no passado, quando enfrentei algumas questões de ordem, dentro de uma denominação (filha) da IPB. Li as questões do Daniel, e me vi questionando também certas práticas dentro desta denominação.

Eu não sou (como deve saber), membro da IPB, mas adimiro profundamente esta denominação, pela seriedade e pela história. Mas, tento sempre lembrar de uma frase que diz: "As denominações são feitas por homens e a igreja feita com homens". Assim eu me mantenho centrado.Nem tanto ao céu, nem tanto à terra.

Erros, todas têm. Dizer que uns são piores que outros, nos faz juizes. A Palavra de Deus é quem julga nos casos de discórdia? Sim, mas aquele que interpreta esta Palavra, nem sempre está atento à voz do Espírito Santo Seu maior interprete.

Ortodoxos, fundamentalistas, neopuritanos, deixando de lado o significado de cada termo, existe em qualquer denominação. O Apóstolo Paulo mesmo, já os encontrou entre os da Gálatas (não é verdade?).

Então me restam as perguntas: "Onde será que vamos chegar com tudo isso?" "Quando será que a igreja (a brasileira incluída), vai acordar para a Sua chamada e para a simplicidade do Evangelho?"

Gostaria muito de estar vivo para ver isso!

Pr. Menga
SOBERANA GRAÇA
http://smenga.blogspot.com

P.s. Espero não ter saído do tema com minha divagação.

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Servus
AUTOR
11/2/10 09:56 delete

Olá Rev. Augusto,

Gostaria de parabeniza-lo por mais esse bom artigo. Tenho acompanhado o blog sempre mas não havia comentado antes. Eu gostaria de saber sua opinião quanto aos liberais e os conflitos que são gerados nos concilios entre liberais e tradicionais (de forma geral).
Presb. Givaldo Lins

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Damaceno
AUTOR
11/2/10 10:09 delete

Rev. Augustos;

O senhor escreveu que a IPB reconhece o minstério fenino não ordenado. Minha dificuldade nisto é saber quais os limites desse ministério. Pregar em dias de culto solene, estaria dentro desse limite, ou ultrapassa-o. Tenho-o como um servo de Deus comprometido e equilibrado em suas colocações e gostaria que me ajudasse neste ponto.

Att. Damaceno

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L. G. Freire
AUTOR
11/2/10 13:08 delete

Prezado Rev. Augustus,

Louvo a Deus pela obra que Ele tem feito mediante o sr. e seus companheiros do blogue.

Contudo, nao posso concordar com a posicao de repudio aos ditos "neopuritanos", embora muitos do grupo exagerem ao fazer estardalhaço disso.

Sim, é verdade que a IPB nunca foi "puritana e reformada" na sua liturgia, desde a sua fundação. Nesse sentido, os "neopuritanos" seriam um elemento de "novidade".

Mas talvez a novidade seja para melhor.

Em todo caso, o que é colocado é um dilema: ou a IPB emite um documento oficial dizendo que a CFW está errada ao limitar a música do culto ao canto dos "salmos", ou a IPB leva a sério a objeção "neopuritana". E o mesmo para outras aplicações do princípio regulador.

Não dá para a denominação permanecer uma "broad church", da mesma forma como a Igreja da Inglaterra é, bem como tantas outras denominações.

Mas uma coisa não se pode negar: a CFW iguala a música no culto ao canto congregacional dos salmos. Mudar o sentido do que a assembleia de Westminster quis dizer com "salmos" é simplesmente intelectualmente desonesto, para dizer o mínimo.

Concordo que muito tempo é perdido com esse debate.

E, de minha parte, penso que a verdadeira reforma que é necessária hoje é na pregação. A palavra deve voltar a ser exposta em qualquer igreja que se diz pautar por ela. Enquanto o púlpito não for reformado, dificilmente qualquer outra coisa será.

Abraço e Deus abençoe

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Pr. Neto
AUTOR
11/2/10 13:10 delete

Dr. Augustus,
Como sempre seus artigos são edificantes. Admiro muito a sua capacidade de observar os problemas do cristianismo no geral e sem isentar a sua propria denominação. Não sou presbiteriano, mas cominho com principios reformados também.

Louvo a Deus por sua visão equilibrada das coisas. Percedo que alguns são tedenciosos aos extremos. Uns são liberais demais, outros concervadores e legalistas demais. Posso estar errado, mas percebo nesse neo-purtanismo um toque de farisaismo.

Deus Deus continui te abençoando! Aguardarei a proxima postagem.

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11/2/10 14:59 delete

Elano,

A liturgia da IPB sempre incluiu corais, instrumentos musicais, cântico de hinos e corinhos. Portanto, este é o procedimento padrão, default. Se algum pastor neopuritano quiser excluir estas práticas do culto, ele está sendo a exceção.

A decisão da IPB sobre práticas neopuritanas é esta:

CE-2008- Doc. 193 - CE-SC/IPB-2008 – Doc. CXCIII - Quanto ao documento 202 - Proveniente do Presbitério Sul Paulistano - Sínodo de Piratininga - Ementa: Consulta do Presbitério Sul Paulistano Sobre Práticas Neo-Puritanas. Considerando: 1. Que as práticas elencadas pelo PSPA tais como: cântico exclusivo de salmos, proibição de mulheres cristãs de orarem nos cultos da Igreja, proibição de instrumentos musicais e de corais nos cultos não encontram amparo nos Símbolos de Fé da Igreja e nem nos Princípios de Liturgia que regem o culto na Igreja Presbiteriana do Brasil; 2. Que a Igreja Presbiteriana do Brasil é historicamente uma Igreja litúrgica, e que tem primado por um culto solene, embasado nas Sagradas Escrituras conforme interpretado pelos seus Símbolos de Fé; A CE-SC/IPB 2008 RESOLVE: 1. Lamentar que as restrições esposadas por aqueles que defendem tais práticas estejam trazendo confusão no seio do povo presbiteriano; 2. Determinar aos pastores que observem os “Princípios de Liturgia” da Igreja Presbiteriana do Brasil como parâmetro litúrgico para os cultos em suas igrejas, bem como os fundamentos teológicos do culto esposados pela Confissão de Fé de Westminster e seus Catecismos Maior e Breve como norteadores para uma sadia teologia do culto; 3. Determinar aos concílios da Igreja Presbiteriana do Brasil que velem pela execução da liturgia reformada, conforme expressa nos Símbolos de Fé e Princípios de Liturgia adotados pela IPB, repelindo todas as práticas estranhas a eles, quer sejam elas “Neo-Puritanas” de restrição de genuínos atos litúrgicos, quer sejam de acréscimos de práticas antropocêntricas “Neo-pentecostais”.

Portanto, os pastores neopuritanos estão desobedecendo à decisão da IPB quando querem transformar a liturgia dela na liturgia neopuritana.

Sobre os salmos, vou responder no comentário feito por outros.

E sobre seu último ponto, é aí que transparece todo o problema que tenho com os neopuritanos. Vocês supõem que nós, Reformados, que pregamos a graça, mas não somos neopuritanos na liturgia, estamos deixando de ser práticos e de levar as implicações da graça para o culto. Com isso, vocês estão dizendo que o único culto compatível com as doutrinas da graça é o neopuritano.

Nem mesmo os puritanos eram unânimes nas questões litúrgicas, especialmente estas. E ainda hoje, a maioria das igrejas reformadas no mundo rejeita o culto neopuritano. Devem ser todas incoerentes com as doutrinas da graça segundo o teu ponto de vista.

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Alexandre
AUTOR
11/2/10 15:31 delete

Caro Rev. Augustus, o equilibrio nao esta no meio, está Bílbia. Sabiamente o sr. coloca como a nossa IPB tem se pautado na palavra. Creio que o momento é de grnade reforço no conhecimento e estudo, principlamente dos presbíteros da igreja. Pra mim é o caminho para uma igreja saudável.
Um abraço
Presb. Alexandre

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11/2/10 15:41 delete

Daniel,

Tentando ajudá-lo em suas dúvidas:

1 - A IPB não pune de cara - ela primeiro tenta resolver os problemas por meios suasórios, seguindo Mateus 18 onde couber. Não sei de que igreja você saiu, mas na IPB, vemos a disciplina como meio de correção, e não de punição.

2 - A IPB, como denominação, não corrige pastores - quem faz isso são os presbitérios aos quais os pastores estão ligados.

3 - Para que os presbitérios possam disciplinar seus pastores, precisam que seja feita uma denúncia que mostre claramente, à luz da Bíblia e dos símbolos de fé, qual a falta do referido pastor. Sem uma queixa apoiada em provas, os presbitérios nada podem fazer.

4 - Se você se tornar membro, é claro que pode fazer uma denúncia ou queixa. Quanto a danças no culto, já tem uma decisão da IPB proibindo, de forma que você tem respaldo. Só precisa documentar muito bem e estar movido pelos motivos certos, que é amor, desejo de corrigir, promover a glória de Deus e o bem da Igreja.

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Anônimo
AUTOR
11/2/10 17:44 delete

A decisão da CE determina que os pastores observem os Princípios de Liturgia. Interessantemente, eles silenciam sobre a questão de corais. Rev. Nicodemus, o senhor assumiu algo, mas não provou. Em nome da verdade, seria bom se o senhor provasse de uma vez por todas que os Princípios de Liturgia falam a respeito do uso de corais.

Amplexos!

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Anônimo
AUTOR
11/2/10 19:16 delete

"4 - Se você se tornar membro, é claro que pode fazer uma denúncia ou queixa. Quanto a danças no culto, já tem uma decisão da IPB proibindo, de forma que você tem respaldo. Só precisa documentar muito bem e estar movido pelos motivos certos, que é amor, desejo de corrigir, promover a glória de Deus e o bem da Igreja."

Pastor,

Até onde conheço, em relação aos grupos de dança nos cultos não há uma proibição, e sim uma recomendação. O documento que vi, na verdade, falava sobre "expressões corporais" exageradas, ou algo assim.

Por favor, Pastor, seria muito útil a mim se pudesse informar onde encontro o documento que PROIBE as danças no culto... Melhor ainda se pudesse transcrever aqui, visto que nos 4 textos que o senhor postou recentemente sobre danças não havia citação deste documento.

Abraços,

Natan
Fortaleza/CE

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11/2/10 20:28 delete

Caro Rev. Augusto.
Como sempre estou lendo e me atualizando dos acontecimentos que são comentados teologicamente em seu blog.
Olha em relação a esta questão do "neopuritanismo" acho que é um extremo que leva ao legalismo e a "neoortodoxia" é o outro extremo que leva ao liberalismo.
Então devemos estar atentos a isto e ser o mais coerente possível, onde a graça de Deus nos leve a viver de forma equilibrada.
Abraço.

Responder
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11/2/10 21:23 delete

L. G. Freire,

Obrigado pelas palavras de incentivo e encorajamento. Vamos aos pontos de seu comentário.

Eu não disse que a IPB não era puritana e reformada em sua liturgia. Eu disse que ela nunca foi neopuritana. Muitas igrejas reformadas mundo afora, e que não são liberais, têm corais, instrumentos musicais, e cantam hinos em seus cultos. Como reformada, a IPB oficialmente repudia práticas neopuritanas, danças litúrgicas, etc. em seus cultos. Cabe aos presbitérios zelar para que as igrejas e pastores sigam estas decisões.


Não creio que o neopuritanismo dentro da IPB seja uma novidade para melhor, pelos motivos que já expus na carta ao Jean Martin Ulrico. Eu me pergunto, aliás, onde o movimento neopuritano tem sido uma novidade melhor, com estas ênfases já citadas em relação ao culto.

O dilema que você propõe já foi resolvido pela IPB faz tempo. Em vez de dizer que a CFW está errada - e a IPB teria todo direito de fazer isto, pois a própria CFW diz que concílios podem errar, inclusive aquele que a elaborou - a IPB preferiu interpretar a CFW nos Princípios de Liturgia, onde se fala, não de salmos, mas "cânticos sagrados". Em vez de alterar a Confissão, como já foi feito antes, a IPB simplesmente a interpretou. E como os pastores presbiterianos juram fidelidade também aos Princípios de Liturgia, não há dilema algum: os salmos mencionados na Confissão são os cânticos sagrados, que englobam os salmos, hinos e cânticos espirituais, conforme mencionados na Bíblia.

Além disto, a IPB já mostrou que é esta a interpretação que ela dá ao adotar um hinário chamado Novo Cântico e não o Saltério Genebrino, e ter uma Secretaria de Música.

Se você está insatisfeito com o atual estado da IPB, e é presbiteriano, existem concílios que receberão sua queixa. Elabore-a, fundamente-a e envie para que seja discutida dentro do bom espírito reformado e puritano.

Acho que desonestidade intelectual é a dos neopuritanos que ficam na IPB, tendo jurado lealdade aos Princípios de Liturgia, sabendo que a denominação não adota a salmodia exclusiva, sabendo que este é um ponto de discórdia em todas as demais denominações reformadas. Desonestidade intelectual é jurar fidelidade ao governo da IPB mas sabotar suas decisões nas igrejas, sem usar os trâmites eclesiásticos para expressar sua discordância. Por que vocês simplesmente não elaboram um documento ao Supremo Concílio pedindo que a IPB adote a Salmodia exclusiva? E por que não esperam a decisão do SC antes de tentar mudar o culto das igrejas presbiterianas neste ponto?

E por fim, você tem razão, o importante é pregar a Palavra - e vai ser difícil provar por ela que os primeiros cristãos cantavam o saltério genebrino.

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180°s
AUTOR
11/2/10 21:24 delete

Caro Augustus,

Gostaria de alguns exemplos para seu comentário:

"Concordo com você que igrejas reformadas e denominações históricas no Brasil têm admitido no culto a Deus elementos estranhos às Escrituras e tornado este culto em um exercício antropocêntrico. "

Abraço,
Carlos Henrique

Responder
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11/2/10 21:34 delete

Anônimo das 17:44,

Os Princípios de Liturgia silenciam sobre os corais da mesma forma que silenciam sobre outras circunstâncias de culto, como disposição dos móveis, horário dos cultos, vestes dos pastores. Se corais fossem elementos de culto, certamente estariam mencionados. Mas são meras circunstâncias, podendo haver ou não.

Em nome da verdade, pare de misturar as coisas.

Responder
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11/2/10 22:30 delete

Carlos Henrique,

Eu me referia a coisas como danças litúrgicas, por exemplo. Sobre isto já postei perto de meia dúzia de textos aqui no blog.

Responder
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12/2/10 10:26 delete

Natan,

A IPB já definiu que "fortes expressões corporais" se refere à danças litúrgicas. veja a decisão abaixo, da qual transcrevo a parte que fala deste assunto:


CE-2008- Doc. 159 - ... ao esclarecer que o termo “fortes expressões corporais” se refere às danças litúrgicas e coreografias, a CE/SC-2007 respondeu as consultas feitas pelos concílios nos documentos 116, 160, 166, interpretando a decisão do SC-IPB/98-XCIII...

Agora, a questão do "recomendar" e "proibir". Existe uma discussão se o "recomendar" dos concílios não equivale a um "determinar". Muitos acham que é a mesma coisa. Mesmo que não seja (e estou aberto para discutir isto), a prudência, bom senso e a sabedoria sempre mandaram que acatássemos recomendações dos superiores, a não ser que entendamos que estão equivocados biblicamente. E neste caso, caberia uma consulta, uma divergência aos concílios.

O que não é correto é ignorar a posição de um concílio simplesmente porque é uma recomendação e não uma determinação. Geralmente (há exceções) quem não acata uma recomendação também não vai acatar uma determinação.

Mas, no nosso caso específico, creio que não se trata apenas de uma recomendação. Veja estas decisões:

... são inconvenientes todas as formas que possam distanciar os adoradores desses princípios, sendo que dentre essas formas inconvenientes, conforme já declarado pelo SC/1998, encontram-se as expressões corporais acentuadas, podendo ser incluídas entre as quais, práticas tais como danças litúrgicas e coreografias... (CE - SC/IPB-2007 – DOC. CLXXXVII).

... reafirmar a Resolução CLXXXVII –CE/SC-2007, que considera inconveniente nos cultos presbiterianos a prática de danças litúrgicas e coreografias (CE - SC/IPB - 2008 – Doc. CXXXII).


Veja ainda o que disse a IPB sobre esta decisão sobre danças litúrgicas:

CE-2008- Doc. 161 - ... Responder a consulta do Conselho, através do Presbitério e Sínodo, afirmando que a decisão da CE-SC é bíblica, confessional e legítima e, como tal, deve ser acatada pelos concílios e ministros de toda a Igreja Presbiteriana do Brasil.

Ou seja, a IPB espera que os seus pastores acatem a posição da denominação, de que as danças são incovenientes no culto público - ou seja, as mesmas não devem ser feitas.

Espero ter ajudado.

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12/2/10 11:25 delete

Caro Rev. Augustus,
Gostaria apenas de fazer alguns comentários sobre sua resposta a meus questionamentos.

1-“A liturgia da IPB sempre incluiu corais, instrumentos musicais, cântico de hinos e corinhos.” Neste momento, o senhor apela para a tradição a fim de legitimar estas práticas. Uma das bandeiras da Reforma é uma igreja reformada sempre reformando. Algo pode ser praticado durante mil anos pela igreja, mas isso não o torna correto.

2-“E ainda hoje, a maioria das igrejas reformadas no mundo rejeita o culto neopuritano.” Aqui, há um apelo ao argumento da maioria. Reverendo, se formos pela Bíblia e os exemplos históricos o que vemos é que a maioria, na maior parte das vezes está errada. Analiso seu argumento, não quero dizer com isso que a maioria das igrejas reformadas estão erradas.

3-Com relação aos Salmos, o senhor recorre a uma interpretação oficial da IPB. Reverendo, isso parece mais com o sistema episcopal, onde há uma interpretação autorizada.

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12/2/10 12:52 delete

Pr. Augustus, realemente vemos vez por outra alguem que leu UM livro dito reformado e aproveita suas oportunidades na igreja para dizer que cantar hinos, mulher falar na igreja, acreditar-se em obras sobrenaturais do Espirito, etc, é tudo invenção e pentecostalismo (como se todas as igrejas não tivessem como mãe a que começou em Pencoste).Causa-se problemas nas igrejas, e estes tais posam de "martires" da causa reformada frente a uma "igreja apóstata". Na realidade o que grassa é um total desconhecimento da história e da teologia da reforma, e assim tenta-se produzir um monstrengo mais parecido com um velorio chamando-o de culto reformado. Creio que as denominaçõpes de cunho reformado têm que ter muito cuidado e discernimento com estes tais.

Joelson Gomes
Igreja Congregacional
http://gracaplena.blogspot.com

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12/2/10 12:56 delete

Paulo de Tarso,

Seu comentário é muito longo e em inglês. O conteúdo é bom, mas não vai dar para publicar.

Responder
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L. G. Freire
AUTOR
12/2/10 15:34 delete

Rev. Augustus,

Obrigado pela resposta.

O sr. menciona que a IPB oficialmente repudia "práticas neopuritanas". Para esclarecer, o sr. se refere a qual tipo de prática? Quero dizer, não me considero totalmente alinhado com os ditos "neopuritanos" nem com o "outro lado" (seriam esses os "neoanglicanos"?), mas em termos do que a IPB estipula na música, haveria objeção ao canto dos salmos no culto?

Pois tenho percebido que mesmo nas igrejas mais "conservadoras" da IPB há um desprezo prático pelo canto dos salmos, sendo muito maior a frequência de músicas do hinário "novo cântico" e de outras músicas que inclusive não passaram pela "Comissão de hinodia".

Então: o documento oficial repudia que a palavra de Deus seja cantada - ou simplesmente quer que ela seja cantada menos frequente que cantos extra-bíblicos? Ou não menciona algo sobre música em específico?

Outra pergunta: se a IPB é reformada em liturgia mas não necessariamente "neopuritana", não seria o momento de a denominação esclarecer também em caráter oficial o que isso implica na prática?

Pois tenho visto também outras manifestações não ordenadas pela palavra no culto (creio que ao menos em teoria a IPB ainda queira seguir o princípio regulador?) como, por exemplo, teatrinhos, apresentações de música secular, e a gota d'água, um sujeito pintando um quadro na frente durante o culto.

Talvez o manual de culto da IPB já estipule o que deve ser feito, e falta implementar.

Sobre a IPB ter "interpretado" a CFW em outro documento, não seria o caso de revisar a interpretação? Afinal, à luz do contexto histórico e gramatical "Psalms" na CFW quer dizer salmos, e não "Cânticos sagrados" de qualquer natureza.

Para mim, é mais construtivo e esclarecedor declarar de uma forma menos "escondida" que a denominação não adota a CFW nesse quesito, do que deixar implícito.
---

Mas o sr. menciona algumas coisas do lado prático também:

"Desonestidade intelectual é jurar fidelidade ao governo da IPB mas sabotar suas decisões nas igrejas, sem usar os trâmites eclesiásticos para expressar sua discordância".

Eu acho que isso seria mais desonestidade "moral". Desonestidade intelectual eu mencionei com um sentido bem específico antes.

Pois bem, gostaria de saber (i) o tempo médio que leva para processos dessa natureza "tramitarem" e (ii) o que membros com peso na consciência por conta de não poderem ainda "implementar" o que gostariam (ex. cantar os salmos, parar com o uso de imagens de "Jesus" na escola dominical, etc) deveriam fazer enquanto durar o processo; (iii) se, não havendo denominação nacional disponível para a transferência desses membros, a prática de culto mais "enxuta" seria aceita (não necessariamente o programa "neopuritano" completo, mas simplesmente o culto descrito na CFW: canto de salmos, oração, leitura, pregação, quando precisar, votos, sacramentos).

Afinal, isso não é pedir para a IPB tolerar no nível local (sem necessariamente impor para as outras) algo que ela rejeita, mas sim algo que ela aprova na confissão. (?)

"Por que vocês simplesmente não elaboram um documento ao Supremo Concílio pedindo que a IPB adote a Salmodia exclusiva?"

Não entendi exatamente o "vocês", mas o que eu gostaria que acontecesse era que a IPB adotasse pregação expositiva antes de qualquer outra mudança.

"E por fim, você tem razão, o importante é pregar a Palavra - e vai ser difícil provar por ela que os primeiros cristãos cantavam o saltério genebrino".

Nem acho que seja possível provar isso. Igual o que eu disse, antes de qualquer estardalhaço sobre música, seria desejável que os esforços da denominação se concentrassem nessa área grave que é a qualidade e o conteúdo da pregação. Não seria?

Abraço e obrigado pela ajuda

Lucas.

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12/2/10 15:51 delete

Querido Elano,

Você tem razão que uma das bandeiras da Reforma é que a Igreja sempre se reforma. Todavia, esta Reforma é sempre no sentido de nos aproximarmos mais e mais das Escrituras. Nem toda tradição é ruim, e só devemos abandonar as boas, como estas que a IPB pratica, se formos convencidos biblicamente que elas estão erradas. E até o presente momento, vocês, neopuritanos, não conseguiram mostrar que o culto que vocês defendem é o culto prescrito na Bíblia.

Meu argumento da maioria não é decisivo, é claro. Todavia, quando esta maioria é composta de Reformados piedosos, tementes a Deus, que conhecem as Escrituras mais do que eu, que são intelectual e espiritualmente superiores a mim, com o sêlo de Deus em seus ministérios pelos frutos colhidos, eu ao menos teria mais cautela e humildade em dizer que eles estão todos errados e eu estou certo.

Sobre a interpretação autorizada feita pela IPB, ela é bastante diferente do sistema episcopal, onde um homem só determina a interpretação correta (pensando no Papa). No caso da IPB, o entendimento de que "salmos" correspondem aos "cânticos sagrados" foi feita em um concílio, por homens sérios, estudiosos da Bíblia, que discutiram a questão, examinaram a Escritura e chegaram a esta decisão, após orarem e pedirem a Deus que os iluminasse. Eles podem ter errado? É claro que podem. Mas, então, vamos mostrar este erro, nos reunindo em concílio, reabrindo o assunto e juntos estudando a Palavra de Deus. O episcopalismo aqui seria querer fazer prevalecer uma interpretação individual contra os concílios compostos de irmãos tão crentes, tementes a Deus e conhecedores da Bíblia quanto nós.

E por último, a adesão à IPB ou à qualquer igreja reformada que canta hinos, tem corais e instrumentos musicais é voluntária. Ninguém é obrigado a filiar-se ou permanecer nelas.

Responder
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12/2/10 15:58 delete

AMIGOS,

ESTAREI NUM RETIRO DURANTE O CARNAVAL ONDE POSSIVELMENTE NÃO TEREI ACESSO À INTERNET. A MODERAÇÃO E INTERAÇÃO COM COMENTÁRIOS PODE SER INTERROMPIDA DURANTE ESTE PERÍODO. RETORNAREMOS DEPOIS.

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Alan Rennê
AUTOR
12/2/10 16:20 delete

Reverendo Augustus,

Como vai? Gostaria de saber se o senhor tem conhecimento ou se já leu o livro The Worship of God, organizado por Joseph Pipa, publicado pela Christian Focus Publishing. O último capítulo do livro é intitulado "The Few on behalf of the Many", do Rev. Cliff Blair. Ele faz uma análise histórica, bíblica e teológica sobre a questão dos corais. É um capítulo interessante e intelectualmente honesto. Se possível, gostari de saber tuas impressões a respeito do mesmo.

Abraços fraternos!

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12/2/10 16:52 delete

Graça e Paz!

Augustus:

O texto, como assinalei, não é de minha lavra, e te enviei para enriquecer conhecimento.

Grato pela resposta.

Laus Deo

Responder
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Anônimo
AUTOR
12/2/10 18:05 delete

A necessidade de se conhecer os puritanos e suas doutrinas são altamente pertinentes e vistas com bons olhos por todo reformado esclarecido. Entendo que o neo puritanismo tem ido além do propósito original, que é fornecer um culto e um vida mais compromissada com a Palavra. Por esta razão entendo que seus defensores estão passando dos limites, exigindo normas litúrgicas que jamais foram abraçadas pela fé reformada de modo pleno. Parabéns reverendo Augustus, somos gratos por seu equilíbrio e sobriedade.

Responder
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13/2/10 00:23 delete

Graça e Paz, pr. Augustus.

Faço parte de uma pequena confederação de Igrejas Reformadas e compartilho com suas preocupações em relação aos grupos neo-puritanos que já começam a nos ameaçar. Reconheço que eles nos chamam a atenção a muitas coisas importantes que a igreja tem se descuidado, mas geralmente o fazem de uma forma que beira a arrogância, com pouca humildade e sem espaço para discussões ou outras visões. Parece que querem ser mais reformados que os reformadores, mais calvinistas do que Calvino, mais apostólicos do que os Apóstolos. Descobri que um grande problema na "tão perfeita" teologia e prática deles é no campo da Eclesiologia, deve fazê-los corar o comentário nas Institutas de Calvino sobre "A Santa Igreja Católica" e sobre o dever de permanecermos unidos a ela! Há algumas importantes semelhanças entre estes grupos e os Donatistas na época de Agostinho e os Perfeccionistas (esqueci o termo histórico!!!) na época da reforma.

Que o Senhor tenha piedade de sua Igreja ameaçada por liberais e neo-puritanos.

Responder
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13/2/10 02:13 delete

Olá, Rev. Augustus,

Pergunto-lhe sobre a questão das mulheres orarem em cultos e de ensinarem classes que não a das crianças.

Confesso que tenho pouco entendimento bíblico, mas o texto bíblico que me lembro que fala sobre isso (1Tm 2.8-15) parece favorecer o neopuritanismo. Há outros textos que trazem luz a essa discussão?

Em outra parte do seu texto, o sr. diz que há neopuritanos que defendem o uso do véu ou chapéus por parte das mulheres durante o culto (tomando como base, creio eu, 1Co 11.2-15). A explicação que eu ouvi para essa passagem é que o uso do véu era uma recomendação de Paulo somente para as cristãs de Corinto para diferenciá-las das suas conterrâneas imorais... É essa a explicação de fato?

Faço essas perguntas ao sr. apenas para que eu tenha maior base bíblica sobre esses assuntos.

Em Cristo,

Alberto F. N. Gonzaga.

Responder
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Osmar Neves
AUTOR
13/2/10 02:56 delete

Reverendo Augustus Nicodemus e amigos, por favor permitam-me compartilhar com vocês uma grande alegria:

Finalmente foi lançado o 1° livro em português do filósofo calvinista Gordon Clark, "Em Defesa da Teologia"
http://www.editoramonergismo.com.br/index.php?page=shop.product_details&category_id=15&flypage=flypage.tpl&product_id=187&option=com_virtuemart&Itemid=71

Um exemplo do fino humor do Clark: "Por fim os leitores serão instados a chegar às próprias conclusões; uma maneira polida de dizer que o autor espera que concordem com ele" (pág. 17 e 18)

Obrigado e espero que leiam essa maravilhosa obra!

Osmar Neves, Padre Bernardo-GO em 13/02/2010

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13/2/10 14:41 delete

Eecife-PE URGENTE!!!!!!!! Rev. vou pedir que alguns de meus amigos neo puritanicos leiam esse seu conselho, pois vivo em Recife perto de um grupo desses e são meus amigos e irmãos, mas ja tive varias contendas teológicas até quando cito seu nome como referência de coerência no meio reformado. Rsrsrsrsr!!!! muito bom entrar nesse assunto, era necessario!!! obrigado por seu equilíbrio e amor ao expor as escrituras, sou um grande admirador seu e lhe considero meu Pastor!!! Obg!!!!

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13/2/10 14:57 delete

paz de Cristo a todos sou Daniel correia de Recife,já estava ancioso por uma postagem do rev.augustus,e agora ele abre como sempre com uma exelente postagem,parabens pelo tópico está um 10 recomendo a todos o livro dele proprio "o culto espiritual" é maravilhoso.

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13/2/10 19:31 delete

Uso deste recurso para solicitar ao Rev. Augustus que comente o conteúdo abaixo (Gilberto Mynssen Ferreira)
Samba enredo da PIB S.J.Campos: Deus da Criação
Letra abaixo, e mais informações são encontradas http://www.conexaolivre.org/news/2010/11fev.html

Neste domingo, às 22hs, o Bloco REAÇÃO da PIBSJCampos se apresentará na passarela do samba.

O samba enredo "Deus da Criação", letra abaixo, e mais informações são encontradas http://www.conexaolivre.org/news/2010/11fev.html

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13/2/10 23:03 delete

Seria interessante uma(s) postagem(s) sobre a teologia do Vincent Cheung. Parece que ele é uma importante influência em alguns círculos neo-puritanos.

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Osmar Neves
AUTOR
14/2/10 02:51 delete

Prezado Geraldo Henrique dos Santos Melo, Graça e Paz!

O Vincent Cheung em seus escritos procura tratar de Teologia, Metafísica, Epistemologia, Soteriologia, Comentários Bíblicos e Vida Cristã. Não me lembro dele se enveredar pelos caminhos da Eclesiologia. Se alguns neo-puritanos utilizam os escritos do Cheung para embasar as suas práticas de culto, especificamente no que diz respeito aos temas abordados pelo Rev. Nicodemus, eles estão deturpando o pensamento do Cheung. E aproveitando a oportunidade, sugiro a você que adquira o livro "Questões Últimas" no site da Editora Monergismo, está em promoção. Recomendo até que você leia antes o livro do filósofo ateu Thomas Nagel "Uma Breve Introdução à Filosofia". Depois de ler o livro do Nagel, para tomar conhecimento dos grandes problemas da filosofia e a incapacidade dos pensadores seculares em oferecer respostas, leia o livro do Cheung e veja como apenas a cosmovisão Cristã responde às "Questões Últimas". Um abraço e fica na Paz!

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Heitor Alves
AUTOR
15/2/10 10:47 delete

Olá Nicodemus.

Primeiramente gostaria de demonstrar meu apreço pela sua postagem.

Acho interessante que os "neo-puritanos" simplesmente não conseguem dialogar sobre liturgia reformada, sem serem ásperos e duros em seus comentários. Taxam os que pensam diferentes deles como hereges, desviados, não-presbiterianos etc...

É incrível como eles não conseguem ponderar seus comentários! Estão sempre raivosos contra aqueles que pensam diferente deles!

Sinceramente eu não conseguiria fazer parte de uma igreja cuja liturgia é diferente da que eu penso ser "biblicamente correta". portanto, porque eles ainda continuam na IPB?

Nicodemus, se me permite, gostaria de postar um link para um excelente artigo (longo por sinal!rsrs) de um presbítero da IPB daqui de Recife. Ele escreveu um artigo que fala do Princípio Regulador do Culto e Sua Utilização Errada por parte desses "neo-puritanos". Abaixo segue o link:

O Princípio Regulador do Culto e Sua Utilização Errada

Seria bom se os comentaristas desta postagens pudessem ler o artigo. Podemos manter os comentário por aqui mesmo.

Então, o que acha do artigo?

Um abraço.

Responder
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Paulo Sollo
AUTOR
15/2/10 17:26 delete

Será que os neo-puritanos consideram os calvinistas anglicanos George Whitefield ,J.C. Ryle,J. I. Packer,Howell Harris,Daniel Rowland, John Berridge,Romaine, Madan,Venn,Griffith,Baddiley ,Conyers,Shirley,Hicks,Benjamin Ingham, William Delamotte, Griffith Jones e milhares de outros de reformados?...rsrs

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16/2/10 12:47 delete

Obrigado pela resposta Osmar Neves.

Já tive contato com uma pequena parte da obra do Cheung: "Deus, o autor do pecado", "Teologia Sistemática" e um livreto sobre como derrotar descrentes em discussões (tem uma capa bem sugestiva - alguém degolando outra pessoa). Não gosto da forma como ele trata quem não é "supralapsariano", "continuista", "não-obscurantista", como ele é. Os reformados sempre discutiram estes assuntos, mas de uma forma geral sempre respeitaram quem pensava diferente e se esforçaram para não "rasgar" a Igreja por causa destes assuntos. Não vejo a mesma atitude no Cheung que chama quem não pensa com ele de cristãos incoerentes e não-bíblicos.

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Osmar Neves
AUTOR
17/2/10 02:00 delete

Prezado Geraldo Henrique,

Não é minha intenção iniciar um debate sobre o Cheung, eu o exorto a interagir com mais obras dele (recomendo "Questões Últimas" e o lançamento "Cativo à Razão"). A capa escolhida pela editora Monergismo para o livro "Apologética no Diálogo" foi um quadro de Caravaggio representando "Davi e Golias" e a minha avaliação é que foram muito felizes nessa escolha: devemos destroçar todos os argumentos idiotas dos incrédulos e vindicar a supremacia e vitória da Revelação Proposicional Bíblica. Se você leu todo o livro "Apologética no Diálogo" (se não, aconselho a que leia) deve ter lido uma das razões do Cheung ser tão incisivo em suas asserções: a polidez é indicada mas não compulsória (lembre-se de Cristo sobre os fariseus: sepulcros caiados!). Para o Cheung é irrelevante se você gosta ou não do estilo dele, se você discorda de alguma coisa que ele escreveu você deve refutá-lo, sendo bíblico e lógico. Confesso que no meu caso (por enquanto), ainda não subscrevo a epistemologia dele, o ocasionalismo, mas não consigo refutá-lo! E todos os meus argumentos em favor de uma síntese entre empirismo e Imago Dei (presumo ser uma posição semelhante à do Van Til e do Bahnsen) foram logicamente refutados pelo Cheung ("Cativo à Razão" é um livro fantástico!). E disputas sobre a verdade não deveriam ser coibidas mas estimuladas: já imaginou Lutero abstendo-se de lutar pela Justificação pela fé e se recolhendo para não causar divisão? Nós não estaríamos aqui.

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Anônimo
AUTOR
17/2/10 11:16 delete

Certa vez consultei um dos meus professores no CPAJ sobre Cheung e a resposta que me deu foi o que também penso do citado autor: É um escritor sem muita credibilidade fora do restritíssimo círculo que o adota, "dono" de um Ministério Reformado Internacional auto-fundado, arrogante, com uma lógica meramente aparente, cheio de sofismas e falácias. Ou seja, Cheung abusa do raciocínio errado, mas uma vez que você assume que o raciocínio errado dele é "certo", fica difícil refutá-lo.

Particularmente, não vejo em gente arrogante - liberais, fundamentalistas, neo-puritanos ou neo-fariseus, muita similaridade com Jesus Cristo que é "manso e humilde de coração" (Mt 11,29) e nos ordena aprender a ser assim como Ele é.

Quanto ao neo-puritanismo acho-o profundamente contraditório, até porque nunca soube que os Símbolos de Westminster e o tal princípio regulador tivessem sido canonizados.

E por falar em princípio regulador, acho este argumento insustentável, pois absolutamente TODAS as Igrejas Cristãs tem alguma prática ou costume que não se encontra prescrito ou ordenado nas Escrituras, são adiáforas e não vejo nada errado nisso, pois se tiver, vamos acabar com a Escola Dominical, o Seminário, os cultos fora do domingo, as sociedades internas, o batismo durante o culto solene, a Ceia servida para mulheres, etc, etc, etc.

Como disse Pedro, o apóstolo: "Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados" (1Pe 4,8), isto é Crstianismo.

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17/2/10 12:05 delete

Faço cópia de parte do argumento do Senhor Heitor alves para depois respondê-lo: "Sinceramente eu não conseguiria fazer parte de uma igreja cuja liturgia é diferente da que eu penso ser "biblicamente correta". portanto, porque eles ainda continuam na IPB?"
Um dos grandes problemas que enfrentamos hoje é exatamente cada um pensar ter a liturgia Bíblica, e assim a forma correta de adorar a Deus. Nossa Confissão quando fala do culto diz que a forma correta de adorar a Deus é instituída por ele mesmo. Pois bem, concordo com a confissão e como ministro a subscrevo, mas fica a pergunta: Qual é a forma instituída por Deus para adorá-lo. Um princípio deste mesmo capítulo da confissão diz que não devemos adorar a Deus de uma forma que Ele mesmo não instituiu, ou seja, se a Bíblia não nos manda fazer, não fazemos. Com base nisto questiono as Igrejas que batem palmas em seus cultos. Uma vez que isto não é exigido pelas escrituras. Mas onde nos manda fazermos as leituras Bíblicas de pé. Fazermos a ceia em pequenos cálices e uma vez por mês. Pregarmos de terno e grava (algumas igrejas o pstor sem gravata é quase a encarnação do capiroto com purpurina). Os passos da Liturgia: Adoração, Confissão, Louvor, Edificação e consagração; passos estes ensinados nos seminários.. em qual texto Bíblico temos claramente a intenção do autor (exegese reformada) de falar sobre este assunto? O que fazemos é uma junção de textos aqui e acolá para termos o frankenstein de nossas igrejas Presbiterianas. Uma igreja para cada gosto.... mas dentro da mesma IPB. Como diz o apresentador global: "loucura, loucura, loucura.” Creio que as partes constituintes do culto, como assinaladas pela confissão e claramente exigidas pelas escrituras tais como: Oração, pregação, Cânticos, Sacramentos e ofertas devem fazer parte do culto e o restante é invencionice, tão errado quando danças litúrgicas e palmas e corais (isto mesmo.....corais)
Entendendo o culto como congregacional conjuntos são de fato um desvio para o mal..... onde o povo de Deus é levado a ser passivo no culto onde ele deveria ser ativo. Mas adoramos quando o coral canta. E o que dizem....Creio que em muitas igrejas este é o momento em que os jovens vão beber água... distorções na adoração........ quebra do 2º mandamento.

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17/2/10 12:50 delete

Alan Rennê,

O que é um capítulo intelectualmente honesto? Se eu discordar dele estarei sendo desonesto intelectualmente?

Não conheço o livro do Pipa, mas conheço on Pipa e suas posições. Já discuti e debati pessoalmente com ele sobre algumas das posturas neopuritanas dele.

Agora fiquei com medo de ler o capitulo e ser considerado intelectualmente desonesto se discordar dele.

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17/2/10 12:51 delete

Estimado Alberto Francener,

O Texto de 1 Tim 2:8-15 não proibe que as mulheres ensinem na igreja, mas que elas ensinem com autoridade de homem, ou seja, revestidas daquele ofício de governo espiritual da Igreja que a Biblia reserva para os homens cristãos qualificados. Em outras palavras, Paulo está proibindo ali a ordenação feminina ao pastorado.

Veja minha interpretação desta passagem em:

www.ipb.org.br/estudos_biblicos/.../ordenacaofeminina.doc

Há outros textos que devem ser levados em consideração. Paulo admite que a mulher orava e profetizava, embora devessem fazê-lo debaixo de autoridade, do qual o véu era símbolo naquela época (1Cor 11:5). As filhas de Felipe profetizavam e com certeza não era somente para as crianças em casa (Atos 21:9, compare com Atos 2:17). Havia Ana, que profetizava no templo (Lu 2:36), a profecia de Isabel (Lu 1:42-45) e de Maria (Lu 1:46-55). Para não falar de Miriã, Débora, Hulda. Nenhuma delas era sacerdote (no AT) ou pastora (no NT) mas certamente falaram ao povo de Deus.

No texto da internet que mencionei acima trato da questão do véu, dê uma lidinha.

Abs.
Augustus

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17/2/10 12:51 delete

Caro Lucas G. Freire,

Infelizmente seu comentário - na verdade, é um questionário - é muito extenso, e vai exigir de mim um tempo que não tenho para responder. Vou apenas responder algumas das questões que você coloca.

1 - Sobre as práticas neopuritanas mencionadas na última decisão da IPB e que foram por ela repudiadas estão mencionadas na decisão que copiei aqui para alguém. Leia os comentários e encontrará a decisão.

2 - A IPB não é contra cantar os salmos - como poderia? - ela é contra a samodia exclusiva, ou seja, a idéia de que cantar somente os salmos é que é o louvor bíblico e aceitável a Deus. Eu gosto muito de cantar os salmos, mas gosto também de hinos (alguns) e cânticos contemporâneos (alguns). O problema não é a salmodia, mas a salmodia exclusiva e à capela!

3 - Quando você insinua que o documento oficial "repudia que a Palavra de Deus seja cantada" está cometendo dois erros. Primeiro, a IPB não repudia o cântico de salmos, conforme eu já disse acima. Segundo, você parece igualar - me corrija se estiver errado - o Saltério Genebrino com a Palavra de Deus. Este erro é inaceitável. Dê uma olhada num comentário postado aqui que menciona um artigo de alguém do Recife sobre O Princípio Regulador e Seu USo Errado. A parte em que ele trata dos salmos é muito boa e esclarecedora e todo neopuritano deveria ler.

4 - Eu não vejo razão para revisar a interpretação da IPB que salmos são cânticos sagrados. COncordo com esta interpretação, pois não creio que os cristãos do NT cantavam somente os salmos. Quem pensa diferente tem todo direito de documentar, provar exegeticamente e entrar com um documento junto ao SC pedindo que a IPB pare de cantar hinos e corinhos e cante só o Saltério Genebrino.

5 - Talvez você não saiba, mas a CFW já foi alterada mais de uma vez. A Confissão que a IPB adota é aquela que foi alterada pela Igreja americana, que tirou alguns parágrafos. Portanto, quando a IPB quer, ela não tem receio de alterar e mexer na Confissão, pois não a considera como a Bíblia, "imexível". Ela aceita a Confissão sim, e nas partes mais polêmicas, ela emite sua interpretação. Um outro exemplo é o que os catecismo dizem sobre imagens ao expor o segundo mandamento. Há uma interpretação do Supremo Concílio que permite que as igrejas presbiterianas usem figuras de Jesus para fins didáticos.

6 - Não sei precisar o tempo que levaria para que o SC alterasse uma decisão sua. MAs o tempo está propício. Até o dia 22 deste mês os presbitérios podem mandar documentos à Comissão Executiva da IPB que os encaminhará para a reunião do Supremo em julho deste ano. Se você tiver seus argumentos prontos, um conselho de igreja local que concorde com eles, e um presbitério disposto a encaminhar o documento, você pode ter uma resposta já em julho deste ano.


Um abraço.

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17/2/10 12:52 delete

Gilberto,

Não tive ocasião ainda de ver o bloco da PIB SJ dos Campos ou ler o samba enredo deles. Me parece que você deseja saber minha opinião sobre blocos evangélicos no carnaval. Se for isto, respondo que não gosto. Causa mais problemas e polêmica do que contibuição para o Reino, na minha avaliação.

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17/2/10 13:17 delete

Welison,

Não é só você que deseja ter um culto que seja prescrito pela Palavra de Deus. Todo crente verdadeiro deseja.

VocÊ está certo quanto à questão, "qual é o culto que a Bíblia prescreve"? Como existem diferentes interpretações, os cristãos se organizaram em grupos e denominações de acordo com o que entendem o que é este culto verdadeiro.

A IPB tem sua própria interpretação. Ela aceita corais, instrumentos musicais, canta hinos e não somente salmos, aceita a participação das mulheres no culto desde que não ordenadas.

Deve haver algum outro grupo no Brasil onde os neopuritanos se sentirão livres para cultuar a Deus conforme a interpretação deles.

Se para você a IPB quebra o segundo mandamento por ter corais é um frankestein, porque ainda está nela?

O que talvez os neopuritanos ainda não entenderam é que eles não são presbiterianos do Brasil, são uma outra denominação.

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17/2/10 15:51 delete

Palavras do do Rev. Nicodemus. "Se para você a IPB quebra o segundo mandamento por ter corais é um frankestein, porque ainda está nela."
Olá rev. É muito bom falar com o Sr. Creio que minhas palavras foram mal entendidas, talvez por eu não ter conseguido me expressar direito.
1º Sei que nossa Igreja aceita conjuntos e corais; venho de uma igreja que possui um bom coral, mas minha preocupação é na particularidade que o culto toma voltada apenas para o conjunto em detrimento das demais partes. Exatamente por conhecer igrejas com corais sei o quão prejudicial isto pode ser para a igreja local e a sua união. Sei que este pode ser um caso isolado mas com certeza não é o único.
2º Quando disse que nossa igreja parece ser um frankestein é devido ao grande número de correntes existentes dentro da denominação. E cada grupo que subscreve a confissão de fé com o seu próprio rumo litúrgico. O próprio texto do Sr. reconhece este caso. São: Reformados (em sua minoria), neo pentecostais (a grande maioria), Liberais, neo-ortodoxos e neo puritanos. Como disse um amontoado de visões contraditórias. Esta é a realidade da IPB hoje como denominação. Não creio que toda a igreja quebre o 2º mandamento. Mas que vários casos se avolumam onde o culto a Deus, como entendido pela nossa denominação, é desrespeitado e DEus é honrado pela imaginação humana e pelas sutilezas do diabo são reais e presentes. No próprio presbitério que o Sr. faz parte devem existir muitas igrejas assim.
3º Não sou um neo puritano. Aceito o ministério feminino desde que não ordenado, a existência de conjuntos e corais, desde que não tome o lugar do culto congregacional.
4º Estou na IPB por amar a Igreja como descrita em seus manuais e sua teologia como formulada pela confissão de Fé. E exatamente por isto, que me entristeço ao ver dentro da igreja tantos grupos deturpando a verdade que prometeram defender e difundir.
Espero ter me expressado melhor desta vez. Um Grande Abraço.
Em Cristo o Senhor da Igreja
Rev. Welison Rodrigues Ayres

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Osmar Neves
AUTOR
17/2/10 20:22 delete

Rev. Sandro, Graça e Paz!

Faço ao senhor a mesma exortação feita ao Sr. Geraldo Henrique: interaja com as obras do Cheung, reflita sobre o que é dito e peça sabedoria a Deus para tomar uma posição. O senhor não apresentou nenhum argumento contestando os escritos do Cheung mas tentou desacreditá-lo através do uso das falácias ad hominem e apelo à autoridade. Debatedores honestos não fazem isso! Não se trata de assumir o ponto de partida do Cheung e ficar impossibilitado de refutá-lo de forma lógica. Se o senhor assume um ponto de partida distinto (ele reinvindica assumir a Revelação Proposicional Bíblica) e outra metodologia (ele reinvindica adotar a dedução lógica), por favor esclareça. Não acredito que aqui seja o espaço adequado mas fica posto o desafio para o senhor e seus mestres refutarem o Cheung e enviarem suas contestações ao pessoal do Monergismo. Embora alguns escritos do Cheung não estejam ainda convertidos em livros, é possível encontrá-los na internet (estão praticamente todos disponíveis em inglês no site dele). Mas eu peço ao senhor que adquira os livros no site da Editora Monergismo: vamos incentivar ao abnegado Felipe Sabino a não esmorecer em seu ministério de divulgação da fé reformada (tornei-me reformado após a descoberta do Monergismo). Novamente, reitero o pedido para interagir com as obras do Cheung, pois pode acontecer de um determinado ponto ser melhor esclarecido em outros livros (aconteceu comigo de divergir ou não entender algo em "Questões Últimas" e obter o esclarecimento em "Cativo à Razão). Um abraço e fica na Paz!

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17/2/10 21:09 delete

A discussão é relevante e é bom ver as manifestações aqui postadas.

Eu acho o seguinte:

(1) A maioria das “objeções” ao cântico da “salmodia exclusiva” ou “salmodia maior” não passa de ironia, e não argumentação bíblica e histórica. Creio que isso não é de utilidade se o objetivo for tentar fazer com que aqueles que professam a fé reformada vivam em comunhão, a despeito de diferenças periféricas.

(2) A grande maioria dos defensores da “salmodia exclusiva” (dos quais meu amigo Lucas Freire NÃO é um exemplo) se preocupa, na minha opinião, com o que é secundário. Todos nós conhecemos inúmeras IPB's que não passam de igrejas arminianas e pentecostais. O culto é uma bagunça e o “sermão” não passa de um apelo de 15 minutos. Portanto, temos muito o que fazer antes de chegarmos no momento de decidir se cantaremos só salmos ou não. O calvinismo, como um sistema de vida (Kuyper), deve ser ensinados a todos os nossos membros, desde crianças a idosos. Nesse ínterim, é claro, alguns “cânticos” deverão ser rejeitados de imediato.

Eu gosto muito de cantar salmos, mas canto sem problema algum cânticos que sejam bíblicos e que não passem de mero palavreado sem sentido e cheio de sensacionalismo e emocionalismo.

Se eu congregasse numa igreja americana, aceitaria cantar as músicas gospel de Elvis Presley sem problema algum e com muito prazer. :)

Um abraço,
Felipe Sabino

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17/2/10 21:53 delete

Neo-puritanos negam, na prática, a Graça que pregam, uma vez que impõem um fardo religioso pesado sobre outros. Ao comparar com neo-pentecostais, são muito parecidos... a Graça que pregam nunca é suficiente, não sem os "ritos"... Neopuritanismo e neopentecostalismo são faces diferentes do mesmo farisaísmo, esse que tem contribuído muito para o crescimento de um outro grupo Neo, os neo-não-vou-mais-à-igreja... :(

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Heitor Alves
AUTOR
17/2/10 22:12 delete

Pastor Welison Rodrigues Ayres,

Você diz que um dos grandes problemas que enfrentamos hoje é exatamente cada um pensar ter a liturgia Bíblica, e assim a forma correta de adorar a Deus. Não diria que cada um tem a sua própria liturgia, mas o problema são os neo-puritanos se achando que possuem a verdadeira liturgia bíblica.

Se não entendi bem, você tenta fazer uma diferença entre "princípio" e "regra", não é? Pois bem, seria bom se você lesse o artigo que citei sobre o Princípio Regulador do Culto e sua utilização errada. Lá o autor faz exatamente essa diferença.

Não consigo entender como pode ser considerado um hino "estranho" no culto a Deus um cântico que diz "Santo, Santo, Santo, Deus onipotente..." O Hinário Presbiteriano simplesmente contém hinos com uma profunda teologia bíblica. Esses hinos nada mais são do que o cântico da nossa fé em Deus, pelo que Ele é e pelo que Ele faz. Isso é cantar aquilo que cremos; cantar doutrinas bíblicas!

Se esse hino e tantos outros são considerado "estranho" no culto, então porque citar escritores em nossas pregações, um avez que deveríamos citar APENAS a Bíblia? Citar palavras de homens para ilustrar nossas mensagens (mesmo que sejam doutrinariamente corretas) não é cometer sacrilégio?

Da mesma forma, porque nós não oramos as orações registradas na Bíblia? Mesmo que sejam orações espontâneas doutrinariamente corretas, não deveríamos evitar para não cometermos sacrilégio?

A idéia é: se estamos comentendo sacrilégio ao cantarmos hinos doutrinariamente corretos escritos por homens não-inspirados (como dizem os defensores da Salmodia Exclusiva), então por que limitarmos aos cânticos somente? E os outros elementos de culto podem ser observados usando métodos humanos não-infalíveis?

A falta de respostas fundamentadas a essas e às outras perguntas não me incentiva a defender a salmodia exclusiva.

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18/2/10 02:35 delete

Caríssimos Rev.Augustus e demais seguidores desse blog:

Excelente postagem, como sempre. Quero lembrá-los que a IPB, via Supremo Concílio, já orientou os demais concílios quanto ao procedimento que deve ser adotado relativamente às prátcas neopuritanas, como segue:

"repelindo todas as práticas estranhas a eles, quer sejam elas ―Neo-Puritanas de restrição de genuínos atos litúrgicos quer sejam de acréscimos de práticas antropocêntricas ―Neo-pentecostais".

O que estamos esperando? Graças a Deus, em nossa igreja, IPB-Jordão (Recife-PE), isso foi suficiente para contornar a situação (estamos em paz, após combate intenso). Caso não tivesse sido, nosso conselho estava pronto a "repelir", com ação disciplinar, inclusive, esse "vento de doutrina neopuritana", por muitos motivos, entre eles a quebra do 5º mandamento (CMW). Todos devem fazer o mesmo.

Agradeço a referência ao nosso artigo sobre "O princípio Regulador do Culto e sua utilização errada". Fico feliz em ter contribuído. Gostaria de convidá-los a ler e comentar, in:

www.filosofiacalvinista.blogspot.com

Concluo com o pensamento do presb.Jonas Carvalho, da IPB- Jordão: "Os neopuritanos querem uma igreja "perfeita" aqui na terra. Como isso não é possível, sugiro que eles morram para encontrá-la nos céus. O grande problema é que, chegando lá, vão reclamar de alguma coisa".

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Anônimo
AUTOR
18/2/10 11:33 delete

Existem doutrinas que são totalmente humanas. Com o tempo, essas se dissolvem e os sinceros e aqueles que sabem examinar bem as Escrituras deixam essas doutrinas.

Assim aconteceu com a Coca-cola e com a TV em algumas igrejas pentecostais. A mesma coisa com as nossas igrejas presbiterianas. Esse ensinamento que não pode bater palmas, nem fazer um louvor animado nem usar instrumentos como bateria etc vai dissolver com o tempo e as pessoas verão que isso não passa de doutrinas humanas.

Toda vez que acontece esse amálgama da tradição, a igreja cai no erro do "Corban". Podem observar!

Acredito até que essa contradição entre as normas religiosas caem em extremos. Os sinceros e pensadores vão para o liberalismo teológico, pois diante dessa contradição alguma coisa está errada com a Escritura. O segundo grupo transgride mesmo como existe igrejas nossas que batem palmas, cantam louvor com animação. Igrejas cheias, mesmo pregando a Escritura com zelo. O terceiro grupo fiel cai no radicalismo que é o falado nesse post. Já que é para seguir a reforma, vamos seguir até como Lutero entrava na igreja.

Zé Pastor

Zé Pastor

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18/2/10 11:50 delete

Briga de presbiteriano batista não se mete! :)...

[se a Bíblia não nos manda fazer, não fazemos. Com base nisto questiono as Igrejas que batem palmas em seus cultos.]

Eu fiquei na dúvida na minha pobre ingenuidade exegética: o livro de Salmos não é Palavra de Deus não?!! Ah mas o livro de Malaquias faz quando fala do dízimo. Falando nisso não há ensinamentos que devemos recolher dízimos nos cultos (com base nessa hermenêutica)

Só devemos fazer o que a Bíblia manda fazer?!!

Vamos tirar muita coisa dos cultos a começar por alguma tecnologia. Por outro lado, devemos procurar uma sinagoga, ir a Israel para cultuar no templo, pois a Bíblia afirma que a igreja se reuniu nesses lugares. Não é para fazer só o que a Bíblia diz? Se há explicações para isso, por que não há para outras.

Ehh isso não entra na minha lógica.

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Anônimo
AUTOR
18/2/10 17:11 delete

Querido Osmar,

Não me leve a mal, não quis ofender a quem quer que seja.

Quanto a Cheung e suas obras li vários de seus textos e interagi com muitos de seus argumentos. Em alguma coisa concordo e em outras tantas discordo dele. Obviamente não refutei e não refutarei Cheung porque aqui não é o espaço para isto e não é Cheung o assunto em pauta. Até gostaria de ler algo do Rev. Augustus sobre este escritor, mas não é o caso.

Caríssimo, como não analisei os argumentos de Cheung, não incorri em desonestidade e muito menos em falácia, pois não falei nada sobre nenhum texto dele, somente demonstrei qual a abrangência de seu trabalho no meio reformado e quem ele é, e em momento nenhum menti sobre ele ou denegri sua pessoa (não faço isso com ninguém).

Particularmente e por motivos que não cabem neste espaço, não aprecio a teologia de Cheung, mas dou o direito a qualquer pessoa de discordar de mim. "Lógicas" humanas falham, eu não sou e não pretendo ser o dono da verdade.

Um abração.

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18/2/10 17:38 delete

Caro Sr. Heitor, Boa tarde. Quando falo de cada um tentar ter a verdade sobre a verdadeira adoração é exatamente pensando na grande variedade (algo que não everia existir) dentro da IPB. Pense comigo. Os Grupos Neopentecostais - crêem que possuem a forma correta. Da mesma forma os neopuritanos. Desta forma larga-se o princípio regulador do culto e se adota claramente outros princípios. Percebamos o seguinte: Nossa Igreja é muito grande (em todo o território nacional) um país multi cultural. Mas nossa denominação possui uma forma de regeular e tornar as diferentes culturas mais homogêneas no que diz respeito a organização eclesiastica, teolgia e o culto - isto por meio de seus manuais, confissão e catecismos. O problema neste caso são dois: 1º Deixar de lado os manuais e formar igrejas locais a imagem e semelhança de seus pastores (Faço parte de um sinodo que possui igrejas assim).
2º Interpretar literalmente alguns termos confessionais, como por exemplo - o cântico dos Salmos - e partindo deste ponto considerar todos os demais hereges.Os dois erros, ao meu ver, são desvios dentro do nosso sistema presbiteriano que atrapalham o bom desenvolvimento da igreja e a sua expansão no Brasil. Por isso, creio, que deveríamos ter mais processos dentro da nossa igreja para tentar arrumar a casa. Ela esta muito bagunçada. Basta vermos debaixo do mesmo guarda chuva tantas visões contraditórias.....

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18/2/10 17:48 delete

Briga de presbiteriano batista não se mete! :)...
MEsmo por que sr.Francisco o sistema batista é diferente do sistema presbiteriano, percebasse isto nas diferentes igrejas dentro da Igreja Batista.
Quando falo das palmas - parte que o Sr citou, estou me referindo a um terno da confissão de fé adatada pela IPB ( não pela Igreja batista - arminiana em sua grande maioria no Brasil) que diz que não devemos adorar a Deus: "de qualquer outro modo não prescrito nas Santas Escrituras." O livro do Salmos que o Sr. cita não regula estes gestos no culto.E por favor não me cite o Salmo 47.1... A nossa lógica é o que Bíblia nos manda - estamos falando da forma da adoração e não de tecnologias que são usadas na Igreja.

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L. G. Freire
AUTOR
18/2/10 18:48 delete

Rev. Augustus,

Obrigado pela resposta informativa. Uma correção: quando eu me referi a revisar a interpretação do termo "salmos" eu quis dizer a interpretação da Confissão de Fé. Me parece que uma olhadela histórico-gramatical na CFW concluiria que salmos quer dizer salmos.

Sim, eu concordo que a CFW pode ser mexida e eu penso que a denominação deixaria mais clara a postura ao mexer na CFW.

Se isso não ocorresse, ela então bem que poderia aceitar uma igreja que pratica à risca o que a CFW estipula no culto, não é?

Em todo o caso, reitero que de fato o que me parece mais desejável no momento é que o povo reformado brasileiro tenha acesso à bíblia através da pregação que exponha a palavra, pregação deste tipo tem sido totalmente negligenciada em todos os níveis.

Se meus irmãos cantores de salmos não crêem ser este um problema grave, então só posso lamentar por eles. No que cabe a mim, acho que seria mais produtivo rogar que o Concílio decidisse enviar uma advertência contra a pregação negligente e superficial da palavra.

Por isso congratulo o sr. e seus colegas do blogue por permanecer firme no método expositivo e não ceder aos impulsos de falar sabedoria humana no púlpito.

Abraço

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Osmar Neves
AUTOR
18/2/10 19:30 delete

Rev. Sandro, Graça e Paz!

Lamento prosseguir com a discussão, inclusive porque o tema do post do Rev. Nicodemus é outro, mas é que não vejo coerência entre os dois posts do senhor e por favor, permita-me demonstrá-lo. Quando o senhor diz no primeiro post que o Cheung é

"... arrogante, com uma lógica meramente aparente, cheio de sofismas e falácias. Ou seja, Cheung abusa do raciocínio errado, mas uma vez que você assume que o raciocínio errado dele é "certo", fica difícil refutá-lo.",

Essa declaração veio desacompanhada de qualquer evidência ou demonstração lógica. E para muitas pessoas, eu inclusive, essa atitude caracteriza ofensa. Peço ao senhor que reflita sobre isso e reconsidere. Fica na Paz!

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Heitor Alves
AUTOR
18/2/10 22:12 delete

Pastor Welison Rodrigues Ayres,

Concordo plenamente com você. O problema está na interpretação que dão ao que a IPB diz.

Os dois problemas levantados por você me faz refletir no seguinte:

O 1º problema: a IPB perderia completamente aquilo que a caracteriza. Ela perderia o referencial de doutrina e de culto, assemelhando-se a inúmeras outras igrejas sem nenhum padrão.

O 2º problema: vejo que o problema é de interpretação. A IPB é a favror que se cante os salmos, porém, ela é contra a se cantar os salmos com EXCLUSIVIDADE.

E ainda nos chamam de "falsos presbiterianos" só porque não cantamos os salmos com exclusividade, como se a IPB concordasse com isso!!!

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18/2/10 23:02 delete

Lucas, meu irmão,

1 - Não há o que revisar, na minha opinião. a IPB interpretou correto o termo "salmos" na CFW. Os puritanos se referiam com este termo não ao Saltério Genebrino, mas à cânticos sagrados. É assim que entendemos. [Você leu o artigo do Fábio, cujo endereço eu coloquei num comentário aqui?]

2 - Portanto, todas as igrejas que entoam cânticos sagrados, estão seguindo à risca a CFW.

3 - Quem só canta salmos e condena quem canta hinos, não é presbiteriano do Brasil e não está seguindo à risca a CFW conforme a IPB a entende.

Sobre a ênfase à pregação, discordo com sua análise, que a exposição bíblica tem sido totalmente negligenciada. Conheço dezenas de pastores presbiterianos que são expositores fiéis da Bíblia. O problema com este tipo de crítica generalizada que você faz, além de ser injusta, é que mostra que seu universo de conhecimento da Igreja é pequeno e que por ele vocÊ faz uma imagem (falsa) do restante. Não estou dizendo que a pregação bíblica tem sido negligenciada, mas dizer que tem sido totalmente negligenciada é muito errado.

Obrigado pelas palavras de encorajamento.

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Anônimo
AUTOR
18/2/10 23:26 delete

Osmar,

Não estou te entendendo. Primeiro você me acusa de desonesto e depois diz que eu é que te ofendi? Aprendeu bem a lógica do Cheung...

Você afirma que eu fui falacioso, mostrei que não fui, você vem dizer que fui ilógico simplesmente porque não citei fontes? Caríssimo, isso aqui é um blog e não uma monografia, e como você mesmo assumiu, não é o lugar e nem o espaço para isso. Quem faltou com a lógica então?

Particularmente encerro aqui este assunto.

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L. G. Freire
AUTOR
19/2/10 12:53 delete

Rev. Augustus,

Obrigado mais uma vez pela resposta.

Permita-me discordar sobre o sentido de "salmos" na CFW. O texto mencionado do irmão Fábio, bem pesquisado que é, tem um defeito de se apoiar demasiado em fontes secundárias. Um olhar sobre as minutas da Assembleia de Westminster esclarecerá o sentido de "salmos" ali. Mas o ponto não é tanto esse, e sim o fato de que tal pesquisa deveria ter sido feita quando a interpretação oficial da IPB foi providenciada. Como também deve ser o caso na hora de esclarecer o que queriam dizer por guardar o Domingo do Senhor, etc.

É claro que a denominação poderia ao meu ver modificar a CFW tal como a PCUSA fez em 1788 ao mudar o termpo para "salmos e hinos", se achar que ajustaria a CFW em conformidade à sua prática. O mesmo sobre a guarda do domingo, para ajustar à prática contemporânea. É isso que eu quero dizer: que seria menos confuso dizer: "fazemos diferente, mas achamos que estamos certos, então, vamos alterar o texto conforme as nossas convicções".

Sobre a pregação e inferência estatística: tudo bem, louvado seja o Senhor pelas dezenas de pastores que o sr. conhece, e que Ele multiplique essas dezenas em centenas daqui em diante. E, quem sabe, que a IPB "espalhe" mais esses pastores pelo país, de maneira que a amostragem que qualquer pessoa aleatória tiver seja positiva na sua maioria, e não negativa. Então retiro o "totalmente" e mantenho o "negligenciada" conforme o sugerido.

Sei que tenho sido edificado ricamente pelo ministério de pregação do sr. e de, quem sabe, alguns mais dentro das dezenas que pregam fielmente a palavra. E por isso mesmo tive que agradecer por isso e tenho que continuar a orando pelos ministros do povo de Deus.

Abraço

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19/2/10 14:49 delete

Rev. Augustus, sempre que posso tenho acompanhado o seu blog. Ficarei extremamente contente em receber a sua visita no meu:http://www.historiaedebate.blogspot.com/
Reverendo,mesmo não sendo adepto a debates, considero os mesmos às vezes necessários. O assunto em pauta, me fez lembrar as palavras de um experiente presbítero reformado, disse ele: "Fico triste em perceber que o crescimento reformado que tem acontecido entre os jovens, tem sido na sua maioria um crescimento intelectual, e não de piedade." Isso tem sido um fato inegável. Lembrei de uma citação feita por Robinson Cavalcanti, no seu livro: A Igreja, o país e o mundo. Diz ele: "Há sinais, práticas e ensino (autóctones ou importados) em igrejas evangélicas brasileiras hoje que, de certo, causariam tristeza, revolta ou desalento aos reformadores, que até os levariam às lágrimas, exclamando: Não era bem isso o que nós queríamos!"(2000,p.23).
Particularmente penso que, precisamos urgentemente retornar as nossas origens, ou seja, reler o início da nossa bela história. Não tenho dúvidas em afirmar que, muitos que fazem parte da IPB, desconhecem a sua história. Precisamos lembrar a vida do nosso pioneiro Simonton, e seguir o seu exemplo: O Rev. Simonton apesar de ter vivido aparentemente tão pouco, o seu trabalho pela graça e para glória de Deus é de valor incalculável. Partiu o jovem Simonton, mas ficou o seu legado: A fundação da Primeira Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, em 12 de janeiro de 1862; A criação do Presbitério do Rio de Janeiro, solenemente instalado no dia 16 de dezembro de 1865 na cidade São Paulo, o mesmo era composto de três igrejas: Rio de Janeiro (1862), São Paulo (1865) e Brotas (1865); A criação do chamado Seminário Primitivo, teve inicio as aulas no dia 14 de maio de 1867 (Simonton foi um dos professores), existiu por apenas três anos, mas formou os primeiros pastores de língua portuguesa; O lançamento do primeiro periódico protestante do Brasil, que foi o jornal a Imprensa Evangélica, o qual circulou durante 28 anos. Olhando um pouco a história da Igreja Presbiteriana do Brasil nesses seus 150 anos, e tendo Simonton como um paradigma, somos desafiados a um sentimento de profunda gratidão, bem como de uma urgente reflexão: Se no passado os nossos pioneiros sendo tão poucos, fizeram muito, resta nos lembrar, que hoje somos “muitos”, mas não podemos negar, temos feito pouco.

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19/2/10 17:25 delete

sr." História e Debate. Lendo seu comentário fico a imaginar a formação intelectual de nossos jovens ministros. Sou recém formado, apenas 02 anos, sou da turma de 2007 da seminário Presbiteriano Reverendo Denoel Nicodemus Eller, em BH, e me lembro com tristeza de alguns contemporâneos e mesmo amigos de classe que diziam pelos corredores que no exame no presbitério se perguntados se subscreviam a confissão eles responderiam que sim e depois jogariam este lixo (palavras de um destes alunos) no lixo que era o lugar dele. Estes eram muito espirituais, dentro de uma perspectiva "Batista da logoinha" e pouco interessados na IPB, na sua história na sua teologia... Vejo um problema aqui, Onde os candidatos são avaliados quanto a sua real vocação? Alguém poderia dizer, com razão, que vocação é algo interior. Mas ela deveria ser comprovada pelo testemunho da Igreja. Pois bem, quem avalia a vocação? Deveria ser a Igreja que envia para o presbitério. O seminário funciona como uma escola qualquer. O aluno senta na carteira, faz as prova (não raras vezes vi estes "espirituais colando), faz os trabalhos, ganha a nota e no final se forma. Em nenhum momento existe uma avaliação de vocação. O sujeito volta para o presbitério. No concílio o recém formada é avaliado lá pelas altas horas da madrugada, por um concilio cansado. O rapaz é licenciado, quando não ordenado direto sem que realmente seja avaliado questões simples de doutrina, prática cristã e vocação. (existem exceções, raras mas existem). Vi um candidato ser ordenada sem a menor condição para isto, errado as perguntas mais bestas possíveis, sob o seguinte argumento. "O irmão já arrumou campo, tem familia para sustentar, coitado vamos ordenar." Infelizmente muitos dentro da própria Igreja não a levam a sério. Se possuem campo o resto não interessa. Concordo com o irmão. Se faz necessário uma volta as raízes, aos princípios. Um pregar do evangelho aos moldes calvinistas, deixando a estupidez arminiana de lado. É necessário nos tornarmos realmente presbiterianoe sem sermos influenciados pela teologia da prosperidade ou pela IB Lagoinha. Entretanto, acredito que isto passa por uma avaliação mais profundo onde nossos candidatos seriam avaliados de outra forma. Como exemplo do que digo leia o os comentários no Post da rev. Augustus " carta a Bultmann". Segue o link: “http://tempora-mores.blogspot.com/2009/11/carta-bultmann.html” Ali um SEMINARISTA claramente de linha liberal deixa claro os seus pontos de vista. Sabe o que vai acontecer quanto ele terminar o curso.... vai ser ordenado. Se a igreja não se levar a sério continuaremos da forma como estamos e indo para pior.

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19/2/10 20:12 delete

Será, meu Deus, que estamos nos conformando?
Há mais abusos e loucuras nos cultos dos não puritanos(pentecostais e outros disfarçados).
Que tempo os nossos!
Li o livro salmodia exclusiva
e tenho certeza que há
mais erro nos cultos nossos que nos deles.
Espero estar errado.
Davi

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Heitor Alves
AUTOR
19/2/10 23:28 delete

Davi,

Se eu entendi bem, você acha que o culto que contém a salmodia exclusiva está mais correta?

Você gostou do livro "Salmodia Exclusiva - uma defesa bíblica” do Pr. Brian M. Schwertley? Então não deixe de ler uma crítica ao livro feito por Waldemir Magalhães Cruz, um dos diretores do Centro de Literatura Reformada (CLIRE) daqui de Recife. Veja o link abaixo:

SALMODIA EXCLUSIVA: Compartilhando Algumas Observações à Luz de Alguns Princípios Gerais da Fé Cristã Reformada

Depois de diga aqui mesmo o que achou.

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Oliveira
AUTOR
20/2/10 00:19 delete

Oi

O que Vincent Cheung escreve é realmente muito bom e faz pensar.

Mas sim reconheço que a forma como ele escreve é exagerada, dando a impressão que considera praticamente blasfemos todos os que eventualmente discordem dele... sim, isto transparece nos seus escritos.

Quando eu estou a fim de "apanhar" eu leio Cheung, por que ele escreve muitas coisas boas, mas ignoro e não dou muita importância quando ele se passa no rigor da bitola do relho.

Usar salmos exclusivamente me parece um exagero.

Por outro lado, a preocupação com santidade me parece genuína.

Mas também penso que Deus não está tão preocupado com a forma dos nossos "sacrifícios" mas sim com o espírito quebrantado e contrito (Salmos 51.17).

Agora segue minha paráfrase "herética" de uma pequena parte de Romanos 14:

"Aquele que faz caso do uso de corais no culto, para o Senhor o faz, e o que faz uso de corais para o Senhor o faz. O que canta no coral, para o Senhor canta.... etc..."

Tudo estaria maculado se eu fosse excessivamente rigoroso com alguns padrões:

1. Deixo de ir na igreja, só por que ela tem uma torre logo na entrada e isto vem de remotos cultos ao órgão sexual masculino?

2. Devo deixar minha esposa sem véu, mesmo sabendo que este costume se desfez a partir de mulheres rebeldes que foram aos poucos desafiando este costume da igreja primitiva?

3. Devo raspar a barba mesmo sabendo que é bem provável que este hábito era um costume de homossexuais atenienses e largamente imitado pelos romanos para ficarem parecidos com as mulheres e com um rosto menos másculo?

4. Devo cortar todos os bosques e árvores só porque estes já foram símbolos de idolatria generalizada?

5. Devo parar de comercializar qualquer tipo de livro sobre vida cristã ou teologia, porque está escrito que farão de vós negócio?

Etc... e etc....

Concluo que:

- Não sejamos demasiadamente justos.

- Tudo é lícito quando não explícito na escritura, mas nem tudo nos convém.

- Cada um dará conta daquilo que fizer.

- Bem aventurado o homem que não se condena naquilo que faz, quando a Bíblia não é explícita.

- Cada um esteja bem seguro daquilo que tem em sua mente com temor do Senhor.

PS: Eu canto no coral.........

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Heitor Alves
AUTOR
20/2/10 00:55 delete

Não acho que precisamos criticar que a defende. O que devemos criticar é o radicalismo dos defensores da salmodia exclusiva em condenar aqueles que não a defendem.

Poxa, será que eu devo ser considerado um herege, ou um desviado só por não defender a salmodia exclusiva? Será que devo ser considerado uma "ameaça" à sociedade calvinista e reformada?? rsrs

O que percebo em Calvino é que ele não era contra o cantar os salmos, porém, vejo que ele não era adepto da exclusividade do cantar os salmos.

Houve um tempo em que a igreja de Henebra não tinha Confissão de Fé ou uma Ordem do Culto. O que Calvino fez foi musicar o Credo Apostólico e os Dez Mandamentos, e mandar cantá-los pela congregação(Fonte: A Liturgia Reformada - Ensaio Histórico, Socep, p. 20).

Os Reformadores não descartaram outros hinos antigos que haviam sido associados de perto com os salmos na devoção pública. O Te Deum, o Cântico de Simeão, o Magnificat, foram também transferidos, em um formato métrico, para o ritual protestante. Mas o mais usado com freqüência foi o HIno de Ambrósio e Agostinho (Fonte: A Liturgia Reformada - Ensaio Histórico, Socep, p. 27).

Inclusive, o Cântico de Simeão foi cantado justamente na última participação de Calvino (já muito doente) antes da morte na Catedral de Saint Pierre, em genebra. Essse cântico era cantado geralmente após a celebração da Santa Ceia (Fonte: A Liturgia Reformada - Ensaio Histórico, Socep, p. 41).

Que Calvino sempre incentivou o cãntico de salmos não é de se duvidar. Agora, o que é estranho é tentar provar que Calvino concordava com a EXCLUSIVIDADE DO CÃNTICO DOS SALMOS.

O próprio Calvino cncordava que se cantasse outras partes das Escrituras. Inclusive houve até um esforço de algumas pessoas para se metrificar outras partes das Escrituras com o apoio de Calvino! Por quê seria diferente hoje? Será que os salmos é mais inspirados do que outras partes da Bíblia?

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Heitor Alves
AUTOR
20/2/10 00:56 delete

Citei um exemplo de Calvino, mas poderia citar exemplos de outros reformados. Vendo as opiniões dos primeiros reformados, chego a seguinte conclusão:

Se entre eles não houve consenso quanto à salmodia exclusiva, porque haveria consenso agora entre nós?

Não estamos mais vivendo no perído de formação do pensamento teológico da igreja cristã. Esse período passou, é passado. O que estamos vivendo é tão somente a aceitação e a subscrição de um pensamento teológico já formado, estabelecido e aprovado unanimemente. Naquela época, havia um estudo rigoroso (de vários dias, meses ou anos) para se determinar qual doutrina é bíblica ou herética. Hoje, não se precisa mais disso.

Hoje, uma das bases que adotamos para uma doutrina ser taxada de heretica ou bíblica é o uso da época de formação dos pensamentos, ou seja, base histórica.

Portanto, para concluirmos que a salmodia exclusiva deve ser adotada nos cultos como algo "correto e bíblico", deve-se apoiar em subsídios históricos que mostrem uma "decisão final" por parte de concílios e assembléias aprovando (de forma unânime) a exclusividade do cânticos dos salmos, condenando qualquer culto que não adote tal resolução.

Como nunca houve consenso entre os reformadores quanto a exclusividade de se cantar os salmos no culto, logo não podemos taxar a salmodia exclusiva como "caso encerrado" se ela mesma nunca foi encerrada históricamente.

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20/2/10 10:25 delete

Heitor,

Sua colocação e o link para o artigo são muito importantes. Talvez nossos leitores não saibam, mas a CLIRE é uma organização de difusão da literatura reformada em espanhol e português que por muitos anos tem sido uma grande bênção em espalhar boa literatura.

O artigo do Waldemir mostra claramente que entre os reformados nem todos defendem todos os pontos da agenda neopuritana. Há reformados muito firmes no Brasil, que amam as doutrinas da graça e a teologia de Westminster e o culto reformado, mas que não concordam com pontos tais quais salmodia exclusiva, para mencionar apenas um.

Como eu disse no post, rótulos não são bons. Todavia, em alguns casos, são úteis. O rótulo "neopuritano", após ser bem definido, ao menos permite que se diga "Sou Reformado mas não neopuritano".

Um abraço.

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Heitor Alves
AUTOR
20/2/10 11:10 delete

Pois é, Nicodemus,

Todo o problema reside na intolerância de alguns neopuritanos (de acordo com a sua definição). Nunca houve atitudes de hostilidades como essas entre os primeiros puritanos.

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joão
AUTOR
20/2/10 18:35 delete

pr Nicodemus: faço parte de uma igreja presbiteriana do Brasil e portanto deveria ser de fe reformada,mais o que temos visto e estamos sendo ensinados e´exatamente o contrario.As praticas estranhas tem adentrado os nossos cultos; tais como manifestaçoes de linguas extaticas quedas, profecias e outras coisas mais.tambem temos um grupo de coreografia que se apresenta regularmente alias são tres grupos.E o nosso reverendo diz que tem amparo biblico para defender essas praticas inclusive as danças liturgicas e os senhores não usam nem um texto biblico para defender a proibição. o rev. vai ao sc. 2010 como repressetante do estado do ceara. diz ele q com os textos biblicos q vai apresentar aos srs vai acabar com proibição pois segundo ele os srs não tem base biblica.Se nao conseguir ele não vai aceitar assim mesmo.o que vai acontecer com nossa igreja? ja que o nosso reverendo não vai aceitar a determinação do sc.Deus abençoe o senhor rev. augustus nicodemus.

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20/2/10 22:42 delete

PRINCÍPIOS DE LITURGIA DA IPB Entre inúmeras perguntas "difíceis" de responder, no ministério pastoral, existem umas que lembro com facilidade, tendo em vista que as mesmas são feitas constantemente: "Pastor por que as Igrejas Presbiterianas do Brasil divergem tanto uma da outra, mesmo na maioria das vezes estando tão próximas? Não existe um modelo, ou um princípio a ser seguido?" Bem, a minha tarefa neste simples artigo, não é de responder com as minhas próprias palavras, e sim trazer à tona a posição da IPB, quanto o seu Princípio de Liturgia, que provavelmente responderão as perguntas supracitadas e outras relacionadas. Eis a decisão da IPB em Sua XXXIV Reunião Ordinária (SC-IPB/98-113):
Considerando: 1) Que os Princípios de Liturgia da IPB prescrevem no Capítulo III, Arts. 7 e 8, que "O Culto público é um ato religioso, através do qual o povo de Deus adora o Senhor, entrando em comunhão com Ele, fazendo-lhe confissão de pecados e buscando pela mediação de Jesus Cristo, o perdão, a santificação da vida e o crescimento espiritual....", constando " ordinariamente de leitura da Palavra de Deus, pregação, cânticos sagrados, orações e ofertas(...)"; 2) Que a vida cristã em todas as suas facetas é integral, e o culto a Deus como manifestação responsiva do seu povo, envolve a emoção, a vontade e a razão; 3) Que dentro da compreensão Reformada do Novo Testamento, no culto além da sinceridade do adorador e obediência aos preceitos bíblicos, no que concerne ao participante deve predominar a inteligibilidade da adoração (Rm 12.1-2); 4). Que "O modo aceitável de adorar o verdadeiro Deus é instituído por Ele mesmo e tão limitado pela sua vontade revelada, que não deve ser adorado segundo imaginações e invenções dos homens ou sugestões de Satanás nem sob qualquer outra maneira não prescrita na Santa Escritura." (Confissão de Westminster, 21.1). 5) Que o Culto é a nossa mais nobre atividade, colocando o espírito humano em comunicação com Deus eterno. 6) Que a ênfase acentuada no movimento físico durante o culto, além de não se constituir em praxe presbiteriana, não contribui para a sua inteligibilidade, antes, propicia desvios do sentido mais profundamente bíblico da adoração cristã. 7) A urgência de um posicionamento da Igreja no que se refere às variadas e até mesmo contraditórias manifestações litúrgicas em nossa Igreja.
Resolve: 1) Lembrar que entre as funções privativas do Pastor, está em: "orientar e supervisionar a liturgia na igreja de que é pastor" (CI/IPB. Art 31, "d"), tendo este no ato de sua Ordenação ao Sagrado Ministério reafirmado "sua crença nas Escrituras Sagradas como a Palavra de Deus, bem como a sua lealdade à Confissão de Fé, aos Catecismos e à Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil". (Princípios de Liturgia, Cap. XIV, Art 33). 2) Determinar que os Sínodos e Presbitérios cumpram o que prescrevem os Princípios de Liturgia/IPB, Cap. III, Arts. 7 e 8, e zelem para que façam o mesmo os Pastores e Igrejas por eles jurisdicionadas, 3) Recomendar que os Sínodos e Presbitérios promovam simpósios regionais sobre os Princípios Bíblicos-Reformados da Adoração Cristã.
Continua...

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20/2/10 22:43 delete

Outra excelente informação que ainda encontramos na CI/IPB (com jurisprudência), no Cap.3 do Princípio de Liturgia, está relacionada a uma importante recomendação: "Recomendar que os pastores e Conselhos atentem diligentemente à teologia refletida nas letras dos cânticos entoados em suas igrejas..." (SC-94-102). Certa ocasião o Rev. Alderi Matos respondendo a uma pergunta, que lhe foi enviada em relação ao princípio litúrgico da IPB (no site da própria IPB), disse ele:
"o culto presbiteriano baseia-se em princípios bíblicos que foram inicialmente identificados e desenvolvidos pelo reformador João Calvino e pelas confissões de fé reformadas. Uma norma importante desse culto é o chamado "princípio regulador", isto é, nada deve ser feito no culto a Deus que não seja expressamente ensinado pelas Escrituras. Para que um determinado elemento seja incluído no culto, deve haver um claro precedente bíblico, neotestamentário. Outros princípios são a simplicidade, a reverência, a centralidade da Palavra e dos sacramentos, e o equilíbrio entre razão e emoção. O verdadeiro culto presbiteriano é solene e respeitoso, sem deixar de ser fervoroso e profundamente espiritual. Finalmente, esse culto é teocêntrico, ou seja, Deus é o principal ponto de referência, e não as pessoas. O culto deve agradar e exaltar primeiramente ao Deus triúno, e não os adoradores."
Rev. Claudio Marra respondendo (encontramos no site da IPB) a uma pergunta, que muitas vezes nos é feita quanto à responsabilidade de supervisionar as igrejas da IPB, afirmou ele: "É responsabilidade dos presbitérios tratarem das questões apresentadas. Os sínodos e o Supremo Concílio, ou sua Comissão Executiva, tratarão das questões que estes lhes encaminharem. Gostaria de conclui fazendo ainda uma citação da CI/IPB, Cap. 17, Art. 44 do PL, que diz: "Estes Princípios de Liturgia são Lei Constitucional da Igreja Presbiteriana do Brasil, só reformável nos mesmos trâmites da Constituição. E, assim, pela autoridade que recebemos, determinamos que estes Princípios de Liturgia sejam divulgados e fielmente cumpridos em todo o território da Igreja Presbiteriana do Brasil." Só a Deus Glória!
Rev. José Roberto de Souza

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20/2/10 22:47 delete

João,

Este pastor tem todo o direito de apresentar argumentação bíblica ao SC e pedir que ele revise sua decisão contra as danças. Todavia, até que o SC mude de posição, ele deveria acatar a posição atual e submeter-se a ela, conforme jurou ao ser ordenado pastor.

Sobre danças litúrgicas, já coloquei uns três ou quatro posts aqui no blog sobre este assunto, inclusive analisando o que a Bíblia diz sobre o assunto.

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20/2/10 22:51 delete

Amigos,

Acho que está na hora de pararmos a discussão sobre Cheung. Alguns comentários que chegaram estão ficando pesados demais, além de não ser este o assunto do post.


Augustus

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Miguel Silva
AUTOR
21/2/10 11:55 delete

PASTOR GOSTEI MUITO DO TEXTO. CONCORDO EM PARTES NO CONSELHO QUE O SR. DEU AO JOVEM PASTOR. CONHEÇO EM RECIFE ALGUNS CRISTÃOS REFORMADOS QUE TEM ASSUMIDO UMA POSIÇÃO MUITO SEVERA COM RESPEITO AO CULTO.EM CONTRA PARTIDA,SERIA MUITO INTERESSANTE LÊR ALGUM ARTIGO SEU SOBRE OS NEO-PRESBITERIANISMO QUE TEM SURGIDO DENTRO DE NOSSAS IGREJAS PRESBITERIANAS. INFELIZMENTE NÃO SÃO POUCOS NEO-PRESBITERIANOS NO BRASIL, ELES ESTÃO SENDO A MAIORIA NO MOMENTO.O POUCO QUE CONHEÇO SOBRE A HISTÓRIA DA I.P.PERCEBO QUE HOUVE UM ESQUECIMENTO DA FIGURA E POSTURA ASSUMIDA POR UM PASTOR PRESBITERIANO, POR CONTA DESTA NOVA FIGURA NEO-PRESBITERIANA.POR FAVOR, NÃO ENTENDA ISSO COMO UMA AGRESSÃO AOS PASTORES DA I.P.B E NEM A VOSSA PESSOA.

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Moita
AUTOR
21/2/10 15:30 delete

Excelente este post.
Que Deus continue a usar o querido Rev.para glória Dele e alegria nossa.

Moisés.

http://moisco.blogspot.com/2010/02/vozes-no-deserto.html

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andre araújo
AUTOR
22/2/10 10:13 delete

Gostaria de fazer uma pergunta aos queridos irmãos:
Calvino pode estar errado sobre algo que escreveu? Se não, então ele é um autor inspirado (o que nenhum calvinista admitiria francamente...); Se sim, então porque defendem tudo que ele escreveu como se fosse infalível (e não me venham dizer que a exegese e interpretação dele, por mais bem feita que seja, tem a autoridade de Escritura.)

Faço essa pergunta não como uma provocação, mas sim por uma preocupação com o que o leio nos posts.

A graça de Cristo e amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos que servem o nosso Senhor.

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22/2/10 10:28 delete

André,

Respondendo às suas indagações:

1 - Calvino certamente pode estar errado no que escreveu. Eu mesmo discordo dele em vários pontos, e outros reformados discordam também.

2 - Ele não é um autor inspirado (no sentido de infalível). Não conheço um Reformado que atribua infalibilidade a Calvino. Fazemos isto somente em relação aos textos originais grego, hebraico e aramaico das EScrituras.

3 - Não, não vou lhe dizer que a exegese e a interpretação dele tem a autoridade de Escritura, pelo fato de que nem eu e nem qualquer Reformado sério acredita nisto.

Todavia, tendo dito isto, não podemos deixar de admitir que Deus levanta homens especiais na História da Igreja, a quem Ele usa de maneira poderosa, para instruir a Igreja, ajudá-la a compreender melhor a Palavra. Até os não cristãos admitem a importância e influência de Calvino. Como foi largamente difundido na mídia, o neo-calvinismo - movimento que tem suas raízes teológicas no pensamento do Reformador de Genebra - é considerado a terceira maior influência no mundo ocidental moderno.

Não vamos canonizar Calvino - seria blasfêmia. Mas, não vamos desprezá-lo - seria um desperdício.

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andré araújo
AUTOR
22/2/10 10:57 delete

Muito obrigado pelos esclarecimentos Dr. Augustus Nicodemus.

Espero que todos os calvinistas maduros e os iniciantes tenham essa mesma clareza.

Eu tenho certeza de que esse questionamento não é nem uma novidade para qualquer calvinista. Mas a repetição do mesmo não tira a importância ou até mesmo a veraciade que há por trás dessa indagação.

Como já escrevi uma vez aqui: se para alcançar minha salvação fosse estritamente necessário optar pelo Calvinismo ou pelo Arminianismo, eu escolheria o primeiro. Mas como Deus não impôs essa condição uso do meu direito para não optar por nenhum deles. Pois apesar de entender que a salvação é toda realizada por Deus do princípio a o fim, reservo-me o direito de não tentar afrimar de maneira categórica (como os calvinistas fazem) todos os aspectos envolvidos nessa salvação, pois como está escrito:

"O profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!"

A paz de Cristo.

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Anônimo
AUTOR
22/2/10 12:43 delete

Os neopuritanos pregando o uso do Saltério Genebrinho, são combatidos pela liderança da IPB de uma forma tão unida e feroz, que nem mesmo heresias como o uso dos livros do Rick Warren (e suas consequências) por igrejas e presbitérios inteiros; as danças litúrgicas; o neopentecostalismo; a pregação antropocêntrica; ou o abandono da pregação expositiva da Palavra do Senhor tem o mesmo tratamento.

Daí eu me pergunto: quais dessas atitudes deveria realmente ser combatida com todas as forças? Quais delas estão trazendo desvios doutrinários a toda uma geração? Quais delas estão realmente matando almas e dividindo o Corpo de Cristo?

Tenho para mim que, certamente, não é a Salmodia Exclusiva.

Vejo o movimento "neopuritano" apenas como um reflexo da inação dos Concílios Superiores da IPB em combater o que deve ser combatido. Em outras palavras, o "corpo mole" da denominação com o que deve ser combatido, é responsável pela proliferação dos tais "neopuritanos".

Em minha igreja (que de presbiteriana só tem a placa), os livros do Rick Warren são o padrão. A Marcha Para Jesus é data oficial, o Projeto Débora é o carro chefe. O uso das Revistas da Editora Cultura Cristã para a EBD é combatido, e sugerir seu uso é ser taxado de presbiteriano [ou seja: retrógrado], afinal: "temos que ouvir de tudo e reter o que é bom". E quem abre a boca contra é quase metralhado.

O resultado disso só podem ser os "talebãs" presbiterianos. Nos quais eu mesmo já estou inclinado a me alistar.

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22/2/10 13:07 delete

Meneuemai,

Um erro não justifica outro.

Abraços.

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Anônimo
AUTOR
22/2/10 13:44 delete

"Um erro não justifica outro."

Mas, quando não se podem combater todos os erros simultaneamente, é preciso prioriazar. A priorização adotada mostra a opção de combater o mais fraco e deixar o forte no erro contaminar todo o rebanho.

Onde está a lógica calvinista nisso?

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Damaceno
AUTOR
22/2/10 14:34 delete

MENEUEMAI,

ACHO QUE A TOLERÂNCIA COM TODAS ESSAS PRA´TICAS QUE VOCÊ MENCIONOU, E QUE É PERCEBIDA NAO SÓ NA SUA IGREJA, DE PLACA PRESBITERIANA SE DEVE AO FATO DE QUE TAIS PRÁTICAS INCHA AS IGREJAS QUE AS ADOTAM, E OS NÚMEROS IMPRESSIONAM E INFLUENCIAM.

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22/2/10 18:04 delete

Anônimo das 13:44,

Você tem razão. Quando não se pode combater dois erros simultaneamente, temos que priorizar um deles.

Apenas acho que não é este o caso. Há decisões da IPB contra os cultos chamados neopentecostais (que incluem danças, etc.). Veja por exemplo a decisão contra as práticas neopuritanas, que já foi reproduzida aqui. Ela termina dizendo que a IPB é contra estas práticas "bem como as práticas neopentecostais". Existe apenas uma decisão da IPB contra as práticas neopuritanas, mas pelo menos umas três contra as danças.

Um outro exemplo. Aqui mesmo no blog temos publicado muito material contra o culto pragmático, antropocêntrico, contra as danças, etc. Só contra danças litúrgicas foram umas quatro postagens ou mais. Todavia, sobre neopuritanismo, há apenas a presente postagem.

E por último, não sei o que Calvino tem a ver com isto.

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22/2/10 18:24 delete

Caríssimo Menuemai, demais irmãos:

Que bom que vc citou a existência de todas essas "MAZELAS" na sua igreja e, certamente, em muitas outras igrejas locais (IPB) pelo país a fora.

Observem:

A IPB não abona nem concorda com nada disso que acabou de citar. Todos nós - os que conhecem um pouquinho a doutrina e os princípios da IPB - também somos, radicalmente, contra tudo isso, correto? Sim, claro. Fico tão revoltado quanto vc em só ouvir tais coisas.

Percebe como temos coisas para LUTARMOS JUNTOS? Coisas extremamente MAIS PRIORITÁRIAS e que estão, verdadeiramente, fazendo muitas igrejas locais, pastores e oficiais (não a intituição IPB) andarem por caminhos tortuosos?

A IPB pode um dia ser a favor da Salmodia Exclusiva? Eu, particularmente, não descarto essa possibiildade; até mesmo de lutar pessoalmente por isso (por outros argumentos, não pelos que são hoje apresentados). Mas, irmãos,sinceramente, isso deve ser nossa prioridade, hoje, quando há igrejas com coreografias, batizando roupas, ungindo as pessoas? (sim, estou falando da IPB). Temos muito a fazer!

Até pouco tempo lutávamos, JUNTOS, contra essas coisas. E agora? Paramos? Como se já tivéssemos vencido essa batalha? Nem mesmo conseguimos melhorar as coisas ainda.

Agora estamos divididos e perdendo tempo e força para combater, o que neste momento (pode ser que em outro não) se constitui um grave "VENTO DE DOUTRINA".

Enquanto isso, as práticas pentecostais, neopentecostias e renovadas, se proliferam no meio da IPB, por falta de conhecimento. Enquanto isso, estamos deixando de ensinar as maravilhosas doutrinas defendidas pela IPB. Sabe, aquelas que todos nós concordamos.

Vejam quantos comentários aqui, no filosofiacalvinista, no eleitosdedeus e em muitos outros blogs. Vejam o tempo que o Rev.Augustus está utilizando para rebater os "antigos aliados de causa".

Quanto tempo desperdiçado na construção de artigos apologéticos contra aqueles que, até pouco tempo, repito, estavam do lado de cá da trincheira.

Não percebem a "seta" malígna lançada para nos confundir? Parafraseando Paulo: "Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a lutar pelas mesmas verdades?"

Proponho um trato:

Todos nós que estamos falando contra a Salmodia Esclusiva, Proibição da utilização de instrumentos musicais etc, passaremos a DEFENDER as mesmas idéias dos irmãos. Sim, abrimos mão de nossas convicções! Mas, antes, VAMOS LUTAR, JUNTOS, CONTRA AS QUESTÕES MAIS URGENTES? Depois, quanto tivermos conseguido eliminar essas "práticas não abonadas, oficialmente, pela IPB", posso garantir: serei o primeiro a empunhar a bandeira da Salmodia Exclusiva, me permitindo apenas fazer isso por outros motivos.

Que tal o trato?

Presb.Fábio Coreria

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23/2/10 01:45 delete

Caro Rev. Augustus,

Vejo esse assunto, leio todos os comentários... etc... etc...

Percebo antes de mais nada que um resultado totalmente equivocado de sua critica ao "neo-puritanismo", é muitas vezes um desejo de varios irmãos que aqui postaram, de ler aqui também uma critica direta a pentecostais e etc... o problema é que esse não é o assunto, e se o assunto é a critica ao "neo-puritanismo", não adianta se esconder atras das criticas ao pentecostalismo, liberalismo e etc.

Dentre vários comentários, vejo uma critica as vezes muito feroz a IPB como um todo e não gosto. Porque mesmo sabendo os vários problemas que temos em nossa denominação, eu ainda sou IPB e se o sou, estou sendo criticado.

Se existem tantas irmãos que aqui postaram que frequentam igrejas que tem praticas anti-biblicas, onde estão as denuncias? Os documentos oficiais? Se somos verdadeiramente PRESBITERIANOS, usamos nosso sistema de governo, nossos concílios e levantamos nossa voz para exortar quanto aos erros e apontar o caminho certo, o qual so pode ser certo se for uma interpretação fiel das Escrituras.

Além disso, vejo que existe uma briga em nossa denominação que só terá um grupo derrotado. Aqueles que verdadeiramente zelam por uma igreja bíblica e cristocentrica. Tenho infelizmente presenciado muitas discussões que partem na maioria das vezes de jovens pastores (jovens como eu) que fazem de tudo pra provar seu ponto e pouco fazem para ouvir os pastores mais experientes e mais sábios. temos vivido num estilo "Roboão" e criado grupos com pouca sabedoria para nos aconselhar. Não concordo com tudo que o Rev Augustus pensa, mas eu o amo e sei que é um grande aliado.

Tenho também amigos de infância, como o querido Lucas Grassi, que também mesmo amando, hora concordo, hora discordo.

A questão maior que me deixa angustiado é uma só:
"até quando brigaremos entre nós (os que amam a Igreja, que amam a Palavra, que buscam uma pratica eclesiológica cristocentrica, que prezam pelo culto solene e pela fiel exposição das escrituras) por causa de detalhes menores e deixaremos os equivocados pentecostais e liberais apodrecer a imagem da IPB?

Sabe Rev. Augustus, eu também conheço dezenas de pastores da IPB que zelam por uma pregação bíblica e verdadeira, mas assim como o Lucas, e o senhor sabe que eu conheço uma gama expressiva de nossa denominação, fico muito triste ao ver como o pentecostalismo tem tomado conta de nossas igrejas. Aqui em BH, contamos nos dedos da mão as igrejas que tem se mantido firmes.
Ver que no seminario de BH, os seminaristas que trabalham na primeira igreja de BH (que sabemos que tem buscado a cada dia mais uma pratica reformada em seu dia a dia) são zombados pelos colegas constantemente e chamados de gelados e ultrapassados.

Ao mesmo tempo convivi de perto com o neo puritanismo e percebi que infelizmente, alguns transformaram o zelo em arrogância. Ouvi constantemente rumores de divisão, declarações calorosas de "sairemos" de um racha "inevitável". E no meio disso tudo só me lembrava das palavras de meu avô (Rev. Ludgero Moraes) as quais hoje estão sempre nos labios de meu pai... "so saio dessa igreja o dia que me expulsarem!".

Creio firmemente em tudo o que o senhor defendeu nesse texto, reverendo. E mesmo não sendo hoje um fã fervoroso de corais, e crendo que uma igreja que tem salmodia exclusiva não está em pecado, acho que os queridos irmãos "puritanos" precisam por as minúcias de lado e se unir num coro por reforma, pela palavra e por Cristo em nossa igreja. Sem querer "ensinar" ou "convencer" Augustus, Cleomines, Ludgero, Valdecir... de seu equívoco, como tristemente ouvi de jovens pastores "puritanos" que tem idade média de 30 anos de idade...


se são presbiterianos

se amam a IPB

se são reformados

sejam unidos, mansos e piedosos...

E Deus será honrado em nossa Denominação...


abração reverendo

saudades


Ludgero Neto

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Danilo Dias
AUTOR
23/2/10 07:07 delete

Rev. Nicodemus Lopes,

Venho acompanhando seu blog e as opiniões dos leitores sobre os chamados neo-puritados. Fiz parte da IPB até o mês de janeiro e saí com muita triste, visto que fui eu quem lançou os fundamentos de um congregação da IPB em minha cidade, Limoeiro-PE. Hoje estou na Igreja Presbiteriana Reformada do Recife-IPRR (rev. Francisco Cardoso), igreja que alguns a têm por puritana demais. Mas antes de tomar a decisão de sair da IPB eu fui até a IPRR para ver como era, já que tantos falavam. Fiquei surpreso quando na EBD estudavam a CFW e a grande maioria traziam a CFW; vi uma jovem de 18 anos lendo um livro do Dr. Martin LLoyd-Jones e q já havia lido As Confissões de Agostinho; vi adolescentes em uma igreja que não há grupo de louvor, dança litúrgica ou bateria; vi um culto simples, enxuto e Cristocêntrico; ouvi uma mensagem expositiva. È verdade que a IPRR não tem instrumentos, não salmodia exclusivamente (adota salmodia necessária), mulheres não oram publicamente, mas nem por isso é formada só de homens. Estou feliz, como o senhor mesmo diz não podemos jogar a criança juntamente com a água suja. Até o presente momento ainda não vi não que fosse contra a Bíblia ou ao senso comum. Com todo respeito que tenho ao senhor e a IPB, se tudo isso que a IPRR pratica é ser neo-puritano, então eu sou.

Danilo Dias

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Anônimo
AUTOR
23/2/10 08:37 delete

Caríssimos irmãos,

Usando o Princípio Regulador, que tantos aqui advogam, onde encontro na Bíblia mandamento/ordem para o uso exclusívo do Salmos em culto público?

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23/2/10 10:01 delete

Caro Danilo:
Pelos motivos que citou para sair da IPB, penso que precipitou-se e abandonou o barco, o que é uma postura bem mais cômoda. Quando cheguei na IPB que congrego, há uns 20 anos atrás, até "lingua estranha" havia. Com muita luta, paciência, tolerança e bom senso, juntamente com muitos outros irmãos, conseguimos modificar a situação. Não foi fácil, mas conseguimos. Sabe o que estudamos na escola dominical? O Catecismo Maior de Westminter (na sala de aula), além disso, desde janeiro, como programação especial, estamos expondo os 10 mandamentos à luz do CMW. Todos os oficiais possuem os símbolos de fé de Westminster. Nossos jovens possuem boas bibliotecas teológicas, com esses livros que vc citou e muitos outros. Não se canta nada na igreja sem que o presbítero responsável analise a teologia do hino. Ainda falta muito, muito mesmo; mas já evoluímos bastante. Aos poucos, "nem por força nem por violência", gradativamente, estaremos nos aproximando mais das escrituras. Sabe porque essa boa mudança ocorreu? Porque preferimos ficar e lutar para melhorar, ao invés de sair e ficar criticando ou ainda ficar só criticando, sem fazer nada e sem sair, como muitos têm feito. Quantas denúncias o irmão fez antes de sair da IPB? Esse é um instrumento legal de mudança.Quantos Simpósios realizou em sua antiga igreja? Quantas pessoas convidou para apresenter-lhes a doutrina da IPB? Caro Danilo, precisamos ensinar ao povo o que é realmente a IPB. Eles não sabem. Quando ficam sabendo, de fato, se apaixonam, mudam e ficam.

Tudo de bom!

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23/2/10 14:32 delete

Caro Rev. Sandro,
Com efeito, não há uma ordem explicíta quanto ao uso exclusivo dos Salmos para o louvor.Porém, algumas questões devem ser observadas:
A Bíblia é suficiente para o culto? Se a resposta for positiva,questiono: por que precisamos utilizar composições humanas se já temos as inspiradas?
Acredito que no culto devemos cantar a Bíblia,ler a Bíblia,orar a Bíblia e pregar a Bíblia.
Mas,ao meu ver as modernas composições são muito pobres em conteúdo teológico.
Alguns argumentam que se cantarmos os Salmos, a melodia será humana.Porém, o conteúdo é inspirado.Assim como na pregação, que temos um pecador regenerado transmitindo a Palavra infalível.Em cantar partes das Escrituras,nós temos uma música humana carregando uma mensagem inspirada.

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Anônimo
AUTOR
23/2/10 22:37 delete

Meus irmãos,

A Bíblia é suficiente quando ela nos ordena fazer algo, se ela não nos ordena, não podemos exigir aquilo que Deus mesmo não exigiu. Não podemos ir além das Escrituras, mas também não podemos ficar aquém delas.

Este é o Princípio Regulador do Culto: "Deus só deve ser adorado da forma que ele mesmo requer nas Escrituras Sagradas". Se ele não requereu a salmodia exclusiva, ela não pode ser exigida e muito menos imposta à Igreja de Cristo. Se algum grupo específico quer praticá-la tudo bem, mas não pode condenar quem não o faz.

Outra coisa, o "Saltério" não são os Salmos propriamente dito, mas uma versão metrificada dos mesmos, logo, obra humana igual ao Novo Cântico, Cantor Cristão, Salmos e Hinos, Harpa Cristã, etc. Aliás, se quisermos ser puristas, até os Salmos em português são traduções, obras humanas, inclusive diferindo umas das outras, teremos que cantar os Salmos em hebraico (estes sim, inspirados)?

Não levem para o lado pessoal, estou apenas fazendo reflexões que penso serem bíblicas e pertinentes.

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Anônimo
AUTOR
23/2/10 23:18 delete

Dentra da estrutura da aliança. Onde uma mulher no culto solene representaria o homem orando?
Onde encontramos assembléias solenes mulheres orando?
Me provem por favor dentro de uma estrutura aliancista?

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24/2/10 00:23 delete

Caro Helano Sudário:

Quero parabenizá-lo pela coerência. Finalmente encontrei um defensor da Salmodia Exlusiva coerente.

O irmão acredita que deve "cantar a bíblia (inspirado)", "orar a bíblia,(inspirado)", ler (só ler) a bíblia (inspirado)", PREGAR a bíblia (OPA, OPA, OPA.....). Eis aqui uma incoerência. Retiro o que disse inicialmente. Nem vossa PREGAÇÃO, nem de qualquer outro é INSPIRADA, logo, segundo vosso raciocínio, NAO DEVE ter lugar no culto; "A BÍBLIA É SUFICIENTE NO CULTO, LEMBRA?

Desculpe-me se estou sendo "chatamente" observador. Mas é que só falta isso para vosso culto ser perfeito: retirar o único elemento não inspirado que ainda é utilizado: A PREGAÇÃO.

Sem hinos não inspirados, sem orações espontâneas, SEM PREGAÇÃO. Só salmos, só leitura das orações da bíblia, e no lugar da pregação? SOMENTE LEITURA DOS TEXTOS INSPIRADOS.

Ah, quero agradecer tabém por tirar todas as minhas dúvidas e, provavelmente, do Rev.Sandro. Sinceramente ainda tinha algumas dúvidas quando à S.E, agora não as tenho mais, obrigado. Seu argumento foi muito exclarecedor:

"não há uma ordem explicíta quanto ao uso exclusivo dos Salmos para o louvor".

Tudo de bom!

Presb.Fábio Correia

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Anônimo
AUTOR
24/2/10 08:54 delete

A vontade de Deus e os neopuritanos

Usando a terminlogia de R. C. Sproul adotada no seu livro Verdades Essenciais da Fé Cristã, editado pela Cultura Cristã, tem-se que:

1) A Vontade soberana decretiva de Deus é oculta de nós até que aconteça;
2) A Vontade preceptiva de Deus é a Sua lei revelada as quais, se violada apenas por ignorância, no afã de ser-Lhe fiel, torna o violador inimputável;
3) A Vontade dispositiva de Deus revela o que lhe agrada; entretanto, se a criatura faz o seu melhor, usando as faculdades que Deus mesmo lhe deu, não pode, igualmente, ser considerado culpado por não conseguir atendê-la satisfatoriamente por deficiência dessas faculdades.

Ora, os neopuritanos tentam fazer a Vontade de Deus da forma como a compreendem. Eles buscam compreendê-la com o melhor de sua mente e do seu coração. Como, então, podemos condená-los?

Saudações em Cristo

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24/2/10 12:17 delete

Caro Presb. Fábio Correia,
Alguns esclarecimentos fazem-se necessários:
1- Releia o que escrevi. Acredito que entenderá melhor;
2- Não modifique o que escrevi: "cantar a bíblia (inspirado)", "orar a bíblia,(inspirado)", ler (só ler) a bíblia (inspirado)";,tentando assim encontrar incoerência onde não há.
3- Em momento algum eu fiz qualquer alusão a pregação inspirada. Eis o que eu disse: “Alguns argumentam que se cantarmos os Salmos, a melodia será humana.Porém, o conteúdo é inspirado.Assim como na pregação, que temos um pecador regenerado transmitindo a Palavra infalível.”
4- Não coloque como argumento o que é apenas uma premissa: Seu argumento foi muito exclarecedor: "não há uma ordem explicíta quanto ao uso exclusivo dos Salmos para o louvor".
Abraço.

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24/2/10 14:54 delete

Caro Elano Sudário:

Na verdade, em última análise, a pregação não é, necessariamente, "a transmissão da Palavra infalível" e sim a INTERPRETAÇÃO FALÍVEL da PALAVRA INFALÍVEL. Caso contrário, todos os pregadores "pregariam" somente o que a bíblia realmente diz; não haveria mais heresias. Não haveria mais denominações. Não haveria mais pensamentos divergentes quanto à Salmodia Exclusiva. Sendo assim, todos os pregadores se utilizam de um recurso (interpretação) não inspirada no culto. Logo, considerando suas próprias premissas, assim como não podes cantar hinos não inspirados, também não podes pronunciar palavras não inspiradas (pregação) no culto. "A bíblia não é suficiente"? Resultado: Só podes cantar salmos e ler e orar a bíblia. Nada mais. Claro, se quiseres continuar com tua lógica exclusivista.

Forte abraço,
Tudo de bom no Senhor,

Presb.Fábio Correia

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Maykon Johny
AUTOR
24/2/10 17:21 delete

Rev. Nicodemus...

Desde que comecei acessar o Tempora Mores, o que mais me chamou atenção foi o uso desta linguagem de "cartas fictícias" onde situações muito interessantes são criadas a fim de mostrar qual seria a visão reformada sobre as mesmas... geralmente são os post que considero os mais interessantes do blog...

Se não for muito inconveniente, gostaria de pedir para que uma destas "cartas" fosse escrita abordando a questão do batismo nas águas... dei uma pesquisada rápida no blog e não achei nenhuma falando a respeito... acho que seria bacana se houvesse uma...

É que a comunidade a que pertenço vem discutindo este tema atualmente... e como faço parte de uma denominação que era pentecostal até o final dos anos 90 e do início dos anos 2000 pra cá, passou a abraçar a teologia reformada, muitas coisas foram mudadas por aqui de forma bem gradativa... inclusive a idéia que nós tínhamos sobre o batismo nas águas...

[a mudança mais radical, creio eu, foi a do próprio nome da denominação. O antigo nome fora substituído por "Igreja Reformada de Londrina"... mas esta é outra história]...

No mais é isso mesmo... forte abraço e até mais...

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Anônimo
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25/2/10 12:11 delete

Creio que o assunto tem sido colocado com doses de sabedoria em alguns comentários.

Permitir que uma igreja tenha opções dentro de um quadro de possibilidades contidos na CFW adaptada pela IPB, mas não estimular que ela torne o seu ponto de visto restritivo à liberdade das igrejas irmãs.

Quanto ao véu e impedimento de que a mulher ensine sob qualquer hipótese, ai mora o perigo.

Parabéns ao Rev. Nicodumus por ter tido a coragem de colocar o assunto em discussão.

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Luciano Sena
AUTOR
26/2/10 07:33 delete

Eu ainda tenho u algo engasgado sobre nossos simbolos de fé. Dizem que são nossos símbolos, mas assuntos como papado e anticristo casamento misto, parece que anda meio fora de moda... ou são nossos símbolos de fé ou mude! enquanto não muda, assuntos tratados pelo rev Nicodemus, bem como esses que citei devem ser mantidos. Lmentavel que nem mesmo igrejas presbieterianas estão ensinando a doutrina pura da bíblia.

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Anônimo
AUTOR
26/2/10 08:28 delete

Professor Nicodemus,

Que Deus continue abençoando o senhor nesta sua carreira de educador cristão.

O senhor poderia comentar o vídeo anexo, O Ridículo das Religiões? ( http://www.youtube.com/watch?v=sfgBjMX0KT4)

Creio que o seu papel como professor cristão poderá ser-nos muito útil, pois, assim como os neopuritanos, existem os ne-ateus, talvez ainda conversíveis ao Cristianismo se um bom professor puder ensiná-los.

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Vandim
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26/2/10 11:46 delete

Rev. Augustos,
Uma pergunta,
Se as restrições paulinas quanto a participação da mulher na vida da igreja (1 Tim 2:8-15; 1 Cor 14:-3435), parte da ordem da criação e significa que as mulheres não poder ser “revestidas daquele ofício de governo espiritual da Igreja que a Bíblia reserva para os homens cristãos qualificados”.
O que dizer de mulheres ocuparem cargos públicos no legislativo, executivo e judiciário. Neste ano eleitoral uma mulher cristã poder ser candidata? É licito um cristão votar na Dilma por exemplo?

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João Marcos
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27/2/10 13:43 delete

Olá Rev. Augusto Nicodemus.

Paz.

Assisti a uma palestra do rev. onde disse que os Liberais não reconhecem todas as espitolas(cartas)como escritas pelo Ap. Paulo.
Queria lhe perguntar se possível for responder-me, de onde esses liberais tiram essas afirmações? De onde eles são e quem são eles?

Um forte abraço

João Marcos

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12/3/10 08:34 delete

Parabéns, Rev. Augutus pelo excelente post.

Mas não consigo deixar de comentar a tamanha perseguição aos "neo-puritanos" quando na verdade, nós não encontramos a mesma posturação com relação aos : Neo pentecostais,Liberais,Místicos e etc.

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17/10/11 21:55 delete Este comentário foi removido pelo autor.
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19/10/11 11:42 delete

Felipe -

A IPB não está fazendo perseguição alguma, que eu saiba. Foram os defensores da salmodia exclusiva que começaram a atacar o culto presbiteriano chamando-o de impuro, cheio de acréscimos humanos e condenando quem não pratica a salmodia exclusiva. Eu sei que há abusos em igrejas presbiterianas, mas os salmodistas colocaram no mesmo saco todo mundo que não pratica a salmodia exclusiva, acusando-nos de não sermos reformados, etc.

Então subiu uma consulta ao Supremo Concílio sobre o assunto e o Supremo Concílio após examinar a matéria decidiu que salmodia exclusiva não faz parte obrigatória do culto que Deus nos ordenou. Os salmodistas exclusivos dentro da IPB que discordam deveriam então acatar a decisão, ou recorrer dela, ou então sair da IPB e começar suas próprias igrejas onde vão cantar somente salmos. Mas parem de ficar tentando mudar a IPB numa igreja neopuritana salmodista.

A salmodia exclusiva não tem fundamentação bíblica, teológica ou mesmo histórica. O fato de parte dos puritanos terem-na adotado não significa nada, pois para nós a única regra de fé e prática é a Bíblia e não as práticas puritanas.

Eu não faço campanha contra a salmodia exclusiva, mas sempre que tenho oportunidade de avisar contra esta idéia errada, aproveito. Por sinal, não tenho problemas com a salmodia. Amo cantar os salmos. Meu problema é com a "exclusiva" e "à capela".

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28/11/11 17:30 delete

Bom, examinando as escrituras cheguei a conclusão que a salmodia exclusiva é um grande erro litúrgico..;Agradeço a Deus por ter aberto os meus olhos!!!

Acredite hoje eu sou litúrgico..

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28/11/11 17:39 delete

Querido Rev. Augustus Nicodemus,

Tenho aprendido e crescido muito a cada ministração sua, que Deus continue sendo glorificado através da sua vida.

Minha questão, fugindo um pouco o neopuritanismo, é:

Tendo em vista os inumeros casos de Maçons dentro da IPB, como provar Bíblicamente que participar deste tipo de sociedade secreta vai contra a Bíblia? Quais seriam os melhores argumentos bíblicos/teológicos para tal refutação?

Desde já agradeço sua atenção.

Em Cristo,
Moisés.

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Unknown
AUTOR
10/2/16 07:41 delete

Querido Rev. Augustus, não está claro, pelo menos para mim. A IPB proíbe a salmodia exclusiva ou não? O que fazer quando uma congregação só canta salmos e ama canta-los a capela? O conselho deve estimular o aprendizado de outros cânticos e instrumentos? O presbíterio deve notificar tal congregação para que para de cantar salmodia exclusiva e a capela?

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