[Este post de Solano foi originalmente publicado em 25/12/2006 e republicamos aqui pela pertinência, tanto do assunto quanto da data.]
Cristãos Contra o Natal!
Como bem observou o Augustus, em seu último post, o impossível está acontecendo: temos um movimento crescente de “Cristãos Contra o Natal”! A chamada “festa máxima da cristandade” está sob ataque cerrado de vários flancos e desta vez a luta é interna! Multiplicam-se os textos e os posicionamentos não apenas contra as características eminentemente comerciais do feriado (esse viés sempre foi um legítimo campo de batalha dos cristãos), mas somos alertados que o Natal não é nada mais do que um feriado pagão assimilado pela igreja medieval, e que persiste no campo evangélico apenas por desconhecimento do seu histórico. Essa origem, além da exploração comercial, inviabilizaria a sua observância religiosa pelos cristãos sendo fútil a tentativa de se resgatar o conceito abrigado no desgastado chavão do “verdadeiro sentido do Natal” (postei algo sobre isso em 20 de dezembro de 2005).
A literatura já nos brindou com alguns exemplos de personagens que não gostavam do Natal. Temos Charles Dickens, no livro Um Conto de Natal (teria sido melhor traduzido como “Um Cântico de Natal”),[1] trazendo a história de Ebenezer Scrooge, durante um período de festividades natalinas. Scrooge era um homem rico, não ligava para ninguém; desprezava as crianças pobres; era avarento e egoísta. Teve, entretanto, um sonho no qual empobrece, modificando sua atitude para com a data. A mensagem de Dickens é que a “essência” do Natal conseguiu derreter aquele coração endurecido. Outro personagem famoso é o Grinch – da pena do escritor Dr. Seuss, que publicava seus contos em rimas. Ele escreveu Como Grinch Roubou o Natal,[2] que virou, anos atrás, um filme com o ator Jim Carey. A história retrata Grinch como uma criatura mal-humorada que tem o coração bem pequeno. Ele odeia o Natal – pois não consegue ver ninguém demonstrando felicidade – e planeja roubar todos os presentes e ornamentos para impedir a celebração do evento em uma aldeia perto de sua moradia. Para seu espanto, a celebração ocorre de qualquer maneira. A mensagem de Seuss é que a “essência” do Natal não estava nos presentes ou nos ornamentos – transcendia tudo isso.
Obviamente os “Cristãos Contra o Natal” não têm relação com qualquer desses personagens, ou com aquele outro, registrado nas páginas das Escrituras Sagradas, que também odiou o Natal – o Rei Herodes,[3] mas parece que está virando moda termos cristãos contra o Natal. Além das razões relacionadas com as origens e da distorção comercial já mencionada, temos cristãos que apresentam algumas razões teológicas firmadas em suas convicções do que seria ou não apropriado ao culto e celebrações na Igreja de Cristo.
Cristãos Reformados Contra o Natal!No campo reformado, principalmente entre presbiterianos e batistas históricos, os argumentos contra o Natal são ampliados com uma veia histórica. Pretende-se provar que a verdadeira teologia da reforma e, principalmente, os reformadores e seus seguidores próximos, foram avessos à celebração do Natal. Argumenta-se que a celebração do Natal fere o “princípio regulador do culto”, defendido pela ala reformada da igreja. Conseqüentemente, se desejamos ser seguidores da reforma, teríamos que, coerentemente, rejeitar a celebração desta data. Nessa linha de entendimento, muitos artigos têm sido escritos[4] presumindo uma linha uniforme de pensamento nos teólogos reformados e correntes denominacionais reformadas no que diz respeito à rejeição da comemoração do Natal. Normalmente, também, o raciocínio se estende a outras datas celebradas no seio da cristandade, tais como a páscoa, que seriam igualmente condenáveis no calendário cristão. Por vezes, a defesa apaixonada deste ponto de vista tem resultado em dissensões e desarmonia no seio da igreja, ou de demonstração de um espírito de superioridade espiritual e auto-justiça, com críticas mordazes e ferinas aos que não se convenceram do embasamento teológico, histórico ou bíblico para a rejeição.
Deixando de lado a questão das origens – se elas têm a força de determinar a correção de uma observância religiosa – o que seria um ensaio à parte, será que a opinião dos reformadores foi sempre uniforme com relação à celebração do Natal e de outras datas importantes ao cristianismo? Será que houve sempre tanta harmonia assim, nas denominações reformadas, com relação à rejeição da comemoração do Natal resultando nessa tradição monolítica? Será que Calvino, realmente, se posicionou contra o Natal? Será que procede o que me escreveu uma vez um irmão reformado, dizendo que a rejeição do Natal seria “coerente com a fé cristã bíblica e reformada, principalmente com a posição presbiteriana histórica, a partir de Calvino e Knox”?
Calvino Contra o Natal?
A primeira coisa que temos a observar é que essa hipotética concordância entre Calvino e Knox não existiu. Nem há uma visão monolítica, sobre a questão, no seio reformado histórico, como muitos pretendem transmitir. Aquele irmão, em sua carta, desafiava: “por favor cite uma fonte primaria de onde Calvino aprova o Natal ou recomenda o mesmo”.
Bom, se é isso que vai ajudar, vamos a ela: uma das fontes primárias é uma carta de Calvino ao pastor da cidade de Berna, Jean Haller, de 2 de janeiro de 1551 (Selected Works of John Calvin: Tracts and Letters, editadas por Jules Bonnet, traduzida para o inglês por David Constable; Grand Rapids: Baker Book House, 1983, 454 páginas; reprodução de Letters of John Calvin (Philadelphia: Presbyterian Board of Publication, 1858). Nela, Calvino escreveu: “Priusquam urbem unquam ingrederer, nullae prorsus erant feriae praeter diem Dominicum. Ex quo sum revocatus hoc temperamentum quae sivi, ut Christi natalis celebraretur”.
Para alguns, isso bastaria para resolver a questão, mas para o resto de nós – entre os quais me incluo, a versão ao vernáculo é necessária. Possivelmente, uma tradução razoável para o português, seria (agradecimentos ao Rev. Elias Medeiros): “Antes da minha chamada à cidade, eles não tinham nenhuma festa exceto no dia do Senhor. Desde então eu tenho procurado moderação afim de que o nascimento de Cristo seja celebrado”.
Uma outra carta, de março de 1555, para os Magistrados (Seigneurs) de Berna, que aderentemente eram contra a celebração do Natal, diz o seguinte: “Quanto ao restante, meus escritos testemunham os meus sentimentos nesses pontos, pois neles declaro que uma igreja não deve ser desprezada ou condenada porque observa mais festivais do que outras. A recente abolição de dias de festas resultou apenas no seguinte: não se passa um ano sem que haja algum tipo de briga e discussão; o povo estava dividido ao ponto de desembainharem as suas espadas” (mesma fonte). No contexto, Calvino parece indicar que os oficiais que haviam abolido a celebração tinham boas intenções de eliminar a idolatria (vamos nos lembrar da situação histórica), mas parece igualmente claro que ele indica que, se a definição estivesse em suas mãos teria agido de forma diferente.
Historicamente, Knox e a igreja a Igreja Escocesa seguiram a opinião dos oficiais de Genebra. Ou seja, em seu contexto histórico de se dissociar de tudo que era catolicismo, reforçou a abolição das festividades, nas igrejas. Mas não esqueçamos que ele também rejeitou instrumentos musicais, cânticos, e várias outras formas de adoração – os “Reformados Contra o Natal” estão dispostos a segui-lo em tudo, como parâmetro infalível?
Ocorre que Calvino é sempre apontado como uma força instigadora e radical, na gestão de Genebra. Na realidade, entretanto, ele agiu, em muitos casos (como no incidente de Serveto) como um pólo de moderação e encaminhamento, mas nem sempre sua opinião prevaleceu. O governo de Genebra era conciliar e fazia valer a visão da maioria. Por exemplo, o Rev. Hérmisten Maia Pereira da Costa aponta que a persuasão de Calvino era a de que a Santa Ceia devia ser celebrada semanalmente, enquanto que nas cidades de Berna e Genebra, no máximo era celebrada quatro vezes por ano. Calvino deu até o que poderíamos chamar de um “jeitinho reformado” ou de um “jogo de cintura” notável. Hérmisten cita: “Calvino procurou atenuar a severidade destes decretos fazendo arranjos para que as datas da comunhão variassem em cada igreja da cidade, provendo assim oportunidade para a comunhão mais freqüente do povo, que podia comungar em uma igreja vizinha” [William D. Maxwell, El Culto Cristiano: sua evolución y sus formas, p. 140-141] Costume este que se tornou comum na Escócia. [Cf. William D. Maxwell, El Culto Cristiano: sua evolución y sus formas, p. 141].
Hérmisten aponta também que em Genebra os magistrados determinaram que a Ceia fosse celebrada no Natal, na Páscoa, no Pentecostes e na Festa das Colheitas [Vd. John Calvin, “To the Seigneurs of Berne”, John Calvin Collection, [CD-ROM], (Albany, OR: Ages Software, 1998), nº 395, p. 163. Vd. também: William D. Maxwell, El Culto Cristiano: sua evolución y sus formas, p. 141]. A conclusão óbvia é a citada pelo Hérmisten: “As cinco festas da Igreja Reformada eram: Natal, Sexta-Feira Santa, Páscoa, Assunção e Pentecostes” (Cf. Charles W. Baird, A Liturgia Reformada: Ensaio histórico, p. 28)]. Podemos dizer que não havia, na essência da questão, celebração do Natal, em Genebra?
A suposta unidade monolítica e histórica dos reformados, sobre esta questão das celebrações de festividades do chamado “calendário cristão” é mais um mito do que verdade. Ousaríamos rotular o Sínodo de Dordrecht (Dordt) de “não reformado” – justamente de onde extraímos os Cinco Pontos do Calvinismo (em 1618)? Pois bem, em 1578, temos a seguinte decisão: “... considerando que outros dias festivos são observados pela autoridade do governo, como o Natal e o dia seguinte, o dia seguinte à Páscoa, e o dia seguinte ao de Pentecostes, e, em alguns lugares, o Dia de Ano Novo e o Dia da Ascensão, os ministros deverão empregar toda a diligência para prepararem sermões nos quais eles, especificamente, ensinarão a congregação as questões relacionadas com o nascimento e ressurreição de Cristo, o envio do Espírito Santo, e outros artigos de fé direcionados a impedir a ociosidade”. Assim, as igrejas reformadas procedentes do ramo holandês comemoram várias dessas datas até em dose dupla (incluindo o dia seguinte). Augustus mencionou não somente este trecho, mas adicionou a admissão dessa visão na Confissão de Fé de Westminster (Cap. 21) e na Confissão Helvética (XXIV). Não ve, igualmente, dano na celebração do Natal, um outro ícone reformado, Turretin (1623-1687)[5]. Ou seja, a rejeição do Natal, atualmente “ressuscitada”, não tem o respaldo histórico-teológico que pretende ter.
Obviamente todos esses referenciais históricos são importantes, mas o que firma a nossa convicção é a Palavra de Deus e nela aprendemos que a questão das origens não determina a propriedade, ou não, de uma coisa ou situação, mas sim a atitude de fé do utilizante. Isso pode ser extraído de um estudo de 1 Coríntios 8.1-13; ou examinando como os artefatos e itens preciosos, surrupiados pelos Israelitas dos Egípcios (imediatamente antes do Êxodo), muitos dos quais com certeza utilizados em cultos e festividades pagãs, foram utilizados em consagração total (e sem restrições) no Tabernáculo (Ex 35 a 39). Das Escrituras, podemos inferir, possivelmente, que Jesus participou de celebrações de festividades que não procediam das determinações explícitas da Lei Mosaica, mas que refletiam ocorrências históricas importantes na história do Povo de Deus – como as festas de Purim[6] e Hanucah[7] – deixando implícita a propriedade dessas celebrações, como algo que, provém “de fé”, não sendo, portanto, pecado. Romanos 14 e 15 trazem considerações sobre tais questões, demonstrando a necessidade da consciência pura, ao lado da preocupação com os irmãos na fé, para que procuremos “as coisas que servem para a paz e as que contribuem para a edificação mútua” (14.19). É lá igualmente que lemos (14.5): “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias; cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente”. Se Deus decidiu não disciplinar condenatoriamente a questão, não o façamos nós.
Um Feliz Natal Reformado a todos!
Solano
[1] Charles Dickens, Um Conto de Natal (S. Paulo: Rideel, 2003), 32 pp.[2] Dr. Seuss, Como Grinch Roubou o Natal (S. Paulo: Companhia das Letrinhas, 2000), 64 pp.[3] Mt 2.1-18. Herodes, conhecido como “o Grande” e “Rei dos Judeus”, nasceu em 73 a.C. Filho de Antipater II – era da região chamada induméia e foi indicado pelo imperador romano Júlio César como “governador da Judéia”.[4] Veja, por exemplo, Brian Schwertley e seu artigo “The Regulative Principle of Worship and Christmas”, postado, entre outros sites, em: http://www.swrb.com/newslett/actualnls/CHRISTMAS.htm (acessado em 18.12.2003).[5] Turretin admite as celebrações de dias especiais pelas igrejas, desde que estes não sejam impostos por elas como matéria de fé, ou considerados mais santos do que os demais. Referindo-se à censura de igrejas que haviam escolhido não celebrar o Natal e outras datas, sobre outras igrejas cristãos, ele escreve: “não podemos aprovar o julgamento rígido daqueles que acusam essas igrejas de idolatria” (Institutes of Elenctic Theology (Philipsburg, NJ: Presbyterian & Reformed, 1994), vol 2 p. 100.[6] Possivelmente a festividade relatada em João 5 – relacionada com os incidentes narrados no livro de Ester.[7] Ou “Chanukah” – festividade originada na época dos Macabeus, em celebração ao livramento físico do Povo Judeu. Jesus estava em Jerusalém na época da celebração (João 10.23-30).
Como Deus nos protege?
Há 10 horas
34 comentários
comentáriosGostei do post. Eu já me havia deparado na igreja onde congrego (associada à Convenção Batista Brasileira) com um irmão que, na sua simplicidade, não celebra aniversários nem o Natal. Outro irmão, de outra tradição teológica (e ele detesta tanto o termo "tradição" como o termo "teologia", tadinho...) me interpelou seriamente porque na minha igreja temos Escola Dominical, coisa que, segundo ele, "não está na Bíblia"!!!
ResponderEu respondi que, sim,não temos EBD na Bíblia, mas tampouco temos microfones, mas temos, claramente, a ordem de ensinar, de fazer discípulo - sem se determinar exatamente como. A EBD é só isso - uma maneira, dentre várias outras, de se cumprir a ordem de se fazer discípulos. E acrescentaria que Jesus frequentava as sinagogas, outra coisa que "não estava na Bíblia" (ou seja, não na Bíblia que se tinha,na época, o Antigo Testamento). A instituição das sinagogas não foi explicitamente ordenada no AT, mas a ordem de se ensinar e ler as Escrituras, com certeza o foi.
Pois é!
O Natal é uma benção esse dia é importante para os cristãos, acredito que todo cristão deve celebrar o natal fico aqui com as palavras do Rev: Hernandes Dias Lopes: O Natal é a maior de todas as festas. É a boa notícia vinda céu. É Deus entrando na nossa história. É o eterno entrando no tempo. É Deus vestindo a nossa pele e calçando as nossas sandálias. É o Verbo se fazendo carne para habitar entre nós cheio de graça e de verdade. O primeiro Natal foi comemorado com música nos céus de Belém. O anjo de Deus anunciou aos pastores: "Não temais, eis que vos trago boa nova de grande alegria e o que será para todo o povo. É que hoje vos nasceu na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor".
ResponderFeliz Natal a todos.
ResponderAproveitemos o momento para falar de Cristo, seu nascimento, morte e ressurreição!
A paz
Tales
Solano e Augusto,
ResponderA Bíblia manda celebrar o natal? Não. Apenas a Páscoa. E em último caso, se não há uma ordenança bíblica, eu tenho o direito de não comemorar e discordar que quem comemora.
A montagem focou ótima. Calvino já pensava no Dr.? e ainda com a foto rodeada de guirlanda? Rsrs. Deus abençoe a todos.
ResponderEm primeiro lugar é bom ver um novo post. Que Deus os manteha firmes.
ResponderSobre o natal...
Não sei se a maior festa, mas, deve ser comemorado. Devemos perceber a tentativa de tirar a presença de Cristo da história humana.
Quanto a alguns dizerem que a EBD e teologia não é bíblica, cabe ressaltar que Paulo tinha uma escola em Éfeso(At. 19. 8 -20).
Pastor,
ResponderEstou entendendo agora a minha vizinha (gente boa), mas notei um certo ar de superioridade,quando disse que não tinha árvore nem adereços de Natal em sua casa. Tudo bem. Mas quase escondo as minhas.
Gostei da foto, hehehe
Um Feliz Natal reformado a todos.
Tania
Gostei demais deste poste, principalmente das citações de Calvino.
ResponderEntendo que seria muito importante escrever algo sobre a celebração de outras festas também: Páscoa, Assunção e Pentecostes.
Entendo também que a ministração semanal da santa ceia, ou mais frequente, faria a igreja refletir sobre a herança teológica sacramental calvinista.
Gostei do artigo! Devemos celebrar o Natal como reformados contudo, sempre citar que a data foi determinada pelo estado politico e pelo interesse do comercio europeu. Que o natal celebrado por interesse comercial associa à papai noel e claro à presentes para que o comercio fosse incrementado, tambem associado ao pinheiro de natal, etc. Vamos celebrar o Natal nos lembrando que Deus deu Seu Filho ao mundo para que todo aquele que Nele crer não pereça mas tenha a vida eterna! Frederico e Maria Aguiar Ruegger
Responderachei interessante o artigo.Entretanto depois que venho pesquisando sobre o assunto sobre "os messias solares" e sobre a nova era na igreja e maçonaria, começo a pensar mais vezes antes de comemorar o Natal pagão como se fosse festa cristã!
Responderfeliz natal ...
Quando criança gostava bastante do Natal, e gostava muito das cantatas (que eram bem melhores do que as de hoje). Mas devemos ter claro que é uma tradição humana, introduzida muito depois do tempo dos apóstolos, por interesses não muito recomendáveis (adapatar o cristianismo ao gosto do pagãos "convertidos"). Devemos ter claro, também, que é uma festa cheia de tradições humanas que acabam por desviar a atenção do suposto homenageado. Devemos lembrar, também, que muitas dessas tradições humanas são até idólatras e anti-cristãs.
ResponderVivemos dentro do nosso contexto, e não me nego a participar dos festejos em família. Mas devemos ter muito cuidado para não nos conformarmos com a idolatria.
Feliz Natal a todos!
ResponderSempre gostei do natal e o celebrei, mas há dois anos (como crente)fiquei com receio de utilizardos simbolos natalinos, principalmentre por que os irmaos de minha congregação nao usam nada em suas casas.MAs acho que, desde que eu tenha convicção da verdadeira razao de ser do natal, nao tem nenhum problema, ou tem?
ResponderComemoremos o que a Bíblia não endossa? Celebremos uma festa ausente e indeferida pela Bíblia, Festejaremos o nascimento do Messias erroneamente? ( Ele não nasceu em Dezembro ), enfim, vivamos o evento natalicio cotidianamente em nossos corações, pois, o Feliz Natal de Dezembro é pura ficção, magia e mentira! Deus seja Louvado, e a Bíblia seja vivida!!
ResponderInteressante: os anjos celebraram o nascimento de Jesus, os magos do Oriente celebraram o nascimento de Jesus (e isso está expresso na Bíblia, viu?)... mas nós não podemos?!
ResponderNão posso imaginar a vinda de Nosso Senhor como algo sem a menor importância que não deva ser constantemente rememorado pelo Seu povo.
Feliz Natal Reformado a todos!
A idéia: "A questão das origens não determina a propriedade, ou não, de uma coisa ou situação, mas sim a atitude de fé do utilizante." É como se não importasse o que se copia do mundo de Satanás, mas sim a atitude de quem utiliza. Embora não se deva negar a grande contribuição de Calvino para o desenvolvimento do cristianismo, Calvino era um homem sujeito a erros tanto teológicos como de interpretação. Paulo não disse que o cristão podia participar de uma oferenda a ídolos ou copiar as festas pagãs e "vesti-las" de cristã. Um estudo sincero de 1 Cor 8:1-13, revelaria que ele estava desecorajando o cristão maduro de comer carne que já se sabia ser carne sacrificada a ídolos, versiculos 9 ao 13, o mesmo conselho é repetido em 1 Cor 10: 19,20,23-33.Muito embora o uso de Singogas fossem um arranjo de origem humana para edificação dos judeus, o seu uso não era uma adptação de costumes pagãos. No entanto, alguns costumes de povos não israelitas, como o concubinato, que foram tolerados entre o povo, não continuaram no arranjo cristão.
ResponderQuando se examina a origem do natal e dos costumes associados a ele, fica fácil perceber que o professos cristãos já haviam se afastados dos costumes puros dos apóstolos. Se era pagão quando começou será que o passar do tempo o tornou cristão?Tiago 1:16.
Na ocasião do nascimento de Cristo, os Anjos de Deus participaram com Deus na sua alegria deste evento importante, porém não há nenhuma indicação, mesmo fora das escrituras do novo testamento, que este dia fora comemorado.
Amados, favor atualizar o endereço do meu blog em vossa relaçao de blogs fraternos para www.altairgermano.net
ResponderAbraços,
Os cânticos natalinos registrados no evangelho de Lucas é um sinal de que de alguma forma as primeiras comunidades cristãs celebravam o nascimento de Jesus Cristo.
ResponderDesculpe, Senhor Vandim, mas não compreendi a sua dedução. Quem cantou no nascimento do Messias foram os anjos, não consigo compreender como disso você tirou a conclusão de que as primeiras comunidades cristãs celebravam o nascimento dele.
ResponderDe qualquer forma, se alguém celebrava, certamente não era no dia 25 de dezembro.
Um Feliz Natal e um 2011 repleto das bênçãos do Senhor!!!
ResponderAbraços
Osvaldo Pimentel Filho
IP Vila Mariana - SP
bem o argumento é o seguinte:
ResponderLucas se valeu de fontes para escrever sua narrativa. Ele msm não ouviu o cantico de Maria, cântico de Zacarias, cântico dos anjos nem o cântico de Simeão.
A fonte desses canticos provalmente era uma tradição viva das primeiras comunidades cristãs.
Quanto ao dia 25, foi fixado, ou por oportunismo p sufocar o feriado pagão, ou por uma questão q surgiu do calculo da data da páscoa.
Não sei quanto aos outros mas EU celebro no Natal o nascimento do meu salvador.
ResponderCelebro com culto, muito louvor e gratidão no coração; e o faço em família porque o sentimento de alegria pela dádiva divina é um privilégio dos remidos.
Não vejo nenhum mal em se criar memoriais para comemorarmos as maravilhosas bênçãos que Deus nos dá. Quando Cristo nasceu, os anjos, os pastores e os magos celebraram. Como não estava lá, o faço agora com muito prazer.
Com certeza o sentimento do mundo em relação à festa é diferente, mas nessa época os descrentes dispensam muito mais atenção ao anúncio do evangelho em meio às celebrações dos crentes que aproveitam a oportunidade para pregar e louvar a Deus, e não para julgar e condenar aqueles o fazem.
Feliz Natal Giulliana
ResponderContinue sempre a utilizar essa epoca para evangelizer, você está inteiramente certa.
Vandin
ResponderTodas as palavras registradas no evangelho de Lucas, do início ao fim, são baseadas em informações anteriores, escritas ou orais. Não vejo em que o cántico de Maria difira, nesse ponto, de qualquer outra informação registrada.
Quanto ao dia 25 de dezembro, nenhum estudioso supõe ser nem aproximadamente a data do nascimento do Messias.
O seu aprendiz,
Responderoq eu ecrevi foi oq vc escreveu.
ou eu expressei mal e/ou vc não me entendeu.
Vandim
ResponderSe não o compreendi, perdoe-me.
Fique na paz, irmão.
Caros Rev. Augustus e Solano, J. Gresham Machen sobre o Natal:
Responder“Eu não quero dizer que é errado comemorarmos o nascimento de Jesus. Nós celebramos o Natal e está correto fazermos isto. Felizes nesta época de Natal, que nós acabamos de passar, foram aqueles que não tiveram momentos de festividade mundana, mas um tempo de comemoração da vinda de nosso Salvador bendito a este mundo. Felizes foram aqueles homens, mulheres e crianças que ouviram, paralelamente a todas as suas alegrias Natalinas, com fé simples e inocente, a doce história que nos é contada em Mateus e Lucas. Felizes foram aqueles celebrantes de Natal a quem os anjos trouxeram novamente, pela leitura da Palavra de Deus, suas boas notícias de grande alegria. Sim, eu digo, graças a Deus pela época do Natal; graças a Deus pelo amolecimento que ela traz aos corações duros; graças a Deus pela identificação que ela traz para as crianças pequenas a quem Jesus tomou em seus braços; graças a Deus, até mesmo pela tristeza estranha e doce que ela traz para nós, juntamente com suas alegrias, quando pensamos nos entes queridos que se foram. Sim, é assim que devemos celebrar o Natal e que Deus nos dê sempre um coração de criança para que possamos celebrá-lo corretamente. Mas, sobretudo, meus amigos, não é o Natal o maior aniversário na Igreja Cristã. Não é o nascimento de Jesus que a Igreja principalmente comemora, mas a sua morte.” MACHEN, J. Gresham. God Transcendent. Edinburgh: The Banner Of Truth Trust, 1982, p. 202.
Abraços,
Ageu
Uma breve correção que em nada altera o significado do artigo: o texto citado é de Rm 14.5 e não 14.15.
ResponderAbraços
Raniere,
ResponderNão foi Solano quem excluiu seus comentários, mas eu, que por um lamentável equívoco liberei-os, não sei como e nem por que.
Augustus
Muito bom o post, que Deus abençoe.
Responder